NB: Esta canalização
é uma preliminar às Publicações de fevereiro, que serão divulgadas no final
deste mês.
Eu
sou MA ANANDA MOYI.
Irmãos
e irmãs na carne da terra, permitam-me, antes de qualquer coisa, estabelecer,
com vocês, um instante de graça, um instante de Eternidade.
Bem
amados filhos do Amor, eu venho para vocês, neste instante e nestes tempos,
para tentar fazê-los apreender, viver e, também, talvez – para aqueles que têm
necessidade disso – explicar certo número de elementos que atuam em vocês, em
cada um de vocês, durante esse tempo.
O
que eu tenho a exprimir vem, diretamente, da Estrela que eu porto, a vibração
do Fogo, a vibração de AL, que corresponde, como eu já havia explicado, à
dimensão do Fogo, não qualquer fogo, mas um fogo específico, aquele do
Espírito, que vem, de algum modo, se vocês o aceitam, reverter sua alma para o
Espírito e, em seguida, dissolvê-la, para reencontrar a totalidade da liberdade
do Espírito e poder manifestar, se isso lhes convém, os estados de Samadhi que eu exprimi e manifestei
durante minha encarnação.
A
reversão da alma, realizada durante esses anos, ou não, coloca-os em
circunstâncias diferentes, quanto à sua manifestação, na superfície desse
mundo.
Hoje,
aqueles cuja alma está em curso de dissolução ou de reversão vivem mecanismos
precisos.
Aqueles
de vocês que fizeram a escolha de prosseguir a existência da alma e, portanto,
a experiência de circunstâncias, quaisquer que sejam as dimensões, não vivem,
absolutamente, as mesmas coisas.
Então,
eu vou tentar mostrar-lhes as engrenagens que estão no trabalho, as
manifestações que podem aparecer e sobrevir em sua vida, em sua consciência ou
em sua carne.
A
primeira observação concerne ao que ocupa, realmente, sua vida.
Aquele
cuja alma tenha decidido manter sua existência, ou que tenha revertido, mas
que, em seguida, desviou-se e afastou-se do Si, tem as mesmas características.
Apreendam,
efetivamente, que isso não é nem um julgamento nem uma condenação, mas uma simples
observação da realidade do que há a viver, em função do que foi nomeada a
atribuição vibratória e de seu posicionamento atual nesse mundo, nessa carne,
em todos os aspectos de sua vida.
Aquele
cuja alma tenha vivido uma reversão para o Espírito e que não foi ao extremo, e
que, entretanto, tenha vivido e incorporado a Luz vibral, vai manifestar,
durante este período, elementos de compreensão de dualidade persistente nesse
mundo, nos pensamentos, em sua vida, mas, também, coloca a consciência diretamente,
a uma situação de desequilíbrio com uma necessidade de lutar, uma necessidade
de analisar e de discernir o bem e o mal, tanto em si como no exterior de si.
Aquele
cuja alma tenha feito essa ida e vinda viveu, efetivamente, o Si, mas não
vislumbra o desaparecimento da alma, sua dissolução profunda.
Assim,
portanto, há o que foi nomeado de Realização, mas não Liberação, que dá a viver
alguns processos da Alegria, mas isso, jamais, leva a consciência,
inteiramente, ao nível da Morada de Paz Suprema.
Restam,
efetivamente, eu diria, oposições, confrontações a viver que se traduzem, na
vida, tanto por dificuldades de qualquer ordem que seja, mas, também, uma
dificuldade para deixar trabalhar a Luz sem ali misturar qualquer implicação.
Ora,
a alma tem necessidade de implicação na matéria.
A
alma possui suas próprias regras, suas próprias opiniões, seus próprios
impulsos ou suas próprias hesitações.
Isso
provoca, portanto, eu diria, oscilações, flutuações, momentos nos quais vocês
estão bem, momentos nos quais essas pessoas estão piores.
E
isso pode tomar, algumas vezes, eu diria, posturas específicas que provocam
flutuações do humor, flutuações das emoções e, também, uma dificuldade para
estabilizar essas ditas emoções e esses humores.
Isso
se traduz, também, por uma necessidade de ver o bem e o mal em todas as coisas,
em toda ação, em toda circunstância.
Essa
alma que tenha escolhido sua persistência está, portanto, eu diria, de algum
modo, em uma forma de desequilíbrio em relação ao derramamento atual da Luz,
que pode traduzir-se não pelas resistências de ajuste que lhes foram descritas,
mas, bem mais, como a reinstalação de certa forma de dualidade: a necessidade
de comparar, a necessidade de encontrar o que é bem e o que é mal, tanto em si
como em qualquer outro.
Isso,
se querem, é, verdadeiramente, uma característica importante da alma que tenha
descoberto a Luz e voltado a encarnar-se na dualidade, encarnar-se na carne
carbonada.
Assim,
será feito segundo seu caminho, segundo sua decisão e segundo sua vibração, que
está em acordo com sua alma, uma vez que ela permanece e persiste.
É
claro, a ação da Luz, eu diria, nesta Terra é, agora, como vocês veem, geral e
concerne a todas as consciências encarnadas.
Quer
seja na loucura que se apodera das pessoas, quer seja na necessidade de
combater, quer sejam ideias ou um combate que leva o nome de guerra, o
princípio de dualidade é um princípio que não pode manter-se em face da Luz.
E,
no entanto, um número de almas decidiu, em toda liberdade, viver com a
persistência da alma.
Pode-se
dizer que são seres que têm necessidade de sensações, que têm necessidade de
exprimir na matéria e que vão, portanto, assumir suas próprias escolhas e sua
própria noção de liberdade e de liberação.
Tranquilizem-se,
não há, aí, qualquer condenação.
Os
elementos que eu lhes dou são, simplesmente, destinados, se esse é o caso, a
ajudá-los a reencontrar seu ponto de vista, seu posicionamento.
A
simples observação do desenrolar de seus dias basta para mostrar e demonstrar
onde vocês estão, isso é muito simples.
Eu
não falo, é claro, de vibrações que podem, por vezes, ser sobrepostas, o que dá
a viver, ao mesmo tempo e no mesmo tempo, o Fogo vibral e o fogo vital.
O
fogo vital queima, realmente, o corpo; ele dá flutuações, como eu disse, também,
muito importantes, ao nível das percepções desse fogo vital.
O
fogo vital não se acompanha de um desaparecimento da consciência, mas de uma
persistência de experiências múltiplas e possíveis da consciência que tenha
vivido o Si.
Pode
ser, também, uma persistência para permanecer nos esquemas de ação-reação, para
reagir ao invés de agir, para não perceber o que diz a Luz, ou seja, se
preferem, para pôr a personalidade à frente, os humores, as recriminações, tudo
como as alegrias, submissas, desta vez, à satisfação dos desejos que possam
persistir.
Essa
alma fez a escolha da experiência, fez a escolha da manifestação e a
necessidade, de algum modo, de experiências, de certezas, de encontrar um ponto
de vista mais estável, antes de abandonar o ponto de vista da alma.
A
confusão pode ser mantida, também, justamente, pela interação do fogo vital e
do Fogo vibral que, eu os lembro, independentemente dos sintomas físicos que
possam, por vezes, ser idênticos, não dá, absolutamente, as mesmas
consequências.
Aquele
cuja alma persiste experimentará muitas dificuldades para desaparecer e
dissolver-se, tanto nesse momento como em outros momentos ulteriores.
Há
como que uma dificuldade para fazer cessar as atividades efêmeras, porque elas
são mantidas pela alma e permanecem no campo da consciência.
Esses
seres estão no Amor, tanto quanto vocês, porque eles o são.
Simplesmente,
há uma forma de imaturidade da alma e, também, talvez, a necessidade de
provar-se, a si mesmo, sua própria existência e sua própria Luz.
Trata-se,
portanto, de uma luz refletida e projetada, e não de uma Luz que se emite,
espontânea e naturalmente, sem meditação, sem oração, e que conduz,
diretamente, ao Samadhi, ao Samadhi o mais profundo que, ainda uma
vez eu o repito, pode ir, como eu já disse em inúmeras reprises, até a
impressão de que esse corpo não está mais vivo, torna-se como uma pedra que
nada mais anima.
Aquele
cuja alma está presente não quer ir até lá e não pode ir, porque ele está, a
partir do instante em que se põe em repouso, submisso a vibrações que são tanto
o Fogo vibral como o fogo vital.
O
fogo vital é uma energia que circula, mas que, também, pode dar manifestações
sensíveis de tipo fogo, que podem criar percepções específicas, tanto ao nível
das Coroas como da percepção da Onda de Vida.
Isso
quer dizer que, apesar do desaparecimento das linhas de predação pessoais e
coletivas, esses seres fizeram a escolha consciente de permanecer na luz da
alma ao invés de viver a totalidade do Espírito.
Eu
repito, isso não é nem superior nem inferior.
Não
há categorização, simplesmente, o meio de dar-lhes a perceber seu
posicionamento, de maneira, talvez, mais clara, e que será, de todo modo, cada
vez mais clara, progressivamente e à medida dos dias, das horas que se
desenrolam nesse plano temporal da Terra.
Por
outro lado, aqueles de vocês cuja alma está em curso de dissolução ou já
dissolvida traduz-se pelo desaparecimento do corpo causal e por toda noção
possível de dualidade, tanto no interior de si como no exterior de si.
Há,
naquele momento, uma incapacidade, para a consciência, para ver ou discernir,
de maneira a excluir o que pode ser bem, o que pode ser mal porque, desse
posicionamento, não há nem bem nem mal, há apenas a Luz e o Amor, que não se
preocupa com o que é bem e o que é mal.
Naquele
momento, a vida pode eclodir, o que lhes dá uma capacidade de desaparecimento
imediato, o que lhes dá uma capacidade para desaparecer, tanto para suas
próprias vibrações como para esse mundo, para aparecer na Luz do Esplendor,
aquela de sua Eternidade.
É
claro, todos os elementos de dualidade desapareceram.
O
corpo causal, o envelope o mais limitante e que os confina nesse mundo está
totalmente dissolvido.
Há
uma liberdade total.
Obviamente,
nos limites desse corpo existem, ainda, condições, eu diria, sociais, que podem
existir no ambiente no qual vocês estão.
Contudo,
a liberdade é bem real, não em relação aos atos da vida quotidiana, mas, bem
mais, uma liberdade interior que se traduz, como eu disse, por uma capacidade,
cada vez maior, de desaparecer, dissolver-se a si mesmo, não mais procurar
viver experiências de consciência ou vê-las, mas a elas não engajar-se.
Isso
se traduz, ao mesmo tempo, por uma paz importante.
É
claro, mesmo em sua paz podem manifestar-se elementos de natureza dual, é
claro, mas há uma dificuldade, para a consciência assim liberada, para penetrar
no jogo da dualidade, para penetrar no jogo da oposição bem-mal.
Há,
de algum modo, ao mesmo tempo, uma neutralidade em relação a isso, que não é
uma neutralidade, mas que é bem mais, para aquele que o vive, um englobamento,
uma globalização dessas noções que não são mais separadas, mas que são,
simplesmente, expressões diferentes da Luz ou de Sua expressão.
Aquele
cuja alma está dissolvida, talvez, você já o tenha sentido, viveu mecanismos de
ajuste e de ondas de dor que sobrevêm, essencialmente, ao nível de minha Porta
no corpo, ou seja, a Porta AL, mas, também, por vezes, e de maneira conjunta ou
alternada, uma dor, também, na Porta que guarda a Estrela Gemma, ou seja, a
Unidade.
Assim,
quando a alma está em curso de dissolução, podem manifestar-se dores, por
vezes, físicas e importantes, mesmo à pressão dessa zona nomeada, também, de
chacra de enraizamento da alma.
A
alma desenraiza-se, o que não quer dizer que você parte, bem ao contrário, mas
que você está cada vez mais presente aqui, mesmo que você nada tenha a fazer,
mesmo se você sinta que isso pode prejudicar essa sede de liberdade que está em
você.
Há
uma função a assumir, que eu os lembro: é de estar aqui e agora, até o momento
tanto o seu como aquele da Terra.
Assim,
portanto, vocês são, por sua presença, não mais, unicamente, ancoradores ou
semeadores de Luz, mas vocês são bem mais: seres de Luz que, simplesmente, persistem,
certo tempo, nessa forma ilusória e nessa realidade, beneficiando-se, com isso,
desse sentimento de liberdade no interior de si.
Não
há mais vontade de experimentar o que quer que seja; há, simplesmente, esse
Silêncio que cresce cada vez mais, esse desaparecimento do mundo que,
efetivamente, em algumas circunstâncias, pode levá-los a mudar de ocupação, não
para liberar-se, mas, bem mais, para estar em adequação, eu diria, com o que se
manifesta em vocês.
De
fato, para alguns de vocês, há momentos nos quais uma atividade exterior, mesmo
se ela lhes pareça útil, indispensável, ou apenas alimentar, torna-se, de algum
modo, obsoleta.
Há
tal apelo, mas não é um apelo da alma, é uma injunção do Espírito, uma injunção
da Luz para não resistir.
Nesse
caso, há uma visão clara do que é limitado, tanto em si como no mundo.
O
bem, o mal são apenas denominações, a visão clara do que está não
suficientemente iluminado, ainda, tanto em você como no outro, como em qualquer
situação.
Isso
dá uma Transparência.
Essa
necessidade de Transparência, essa necessidade de Verdade traduz-se tanto
através do olhar como através do que é exprimido.
O
outro é, sempre, mais importante do que si, porque vivido como uma parte de si,
real e concretamente.
Assim,
englobar o Todo não é desaparecer do nada, ou seja, aqui, dessa ilusão, mas
englobá-la na mesma Alegria, na mesma Verdade e na mesma Presença.
Então,
é claro, há, eu diria, confrontações de ideias, por vezes, de emoções, por
vezes, de mental, porque cada um de vocês é diferente e cada posicionamento é
diferente.
Quer
seja na primeira hipótese como na última hipótese, isso pode dar lugar a
incompreensões, a dificuldades de compreensão entre uns e outros, conforme o
lugar no qual vocês estejam posicionados.
Mas
vocês observarão que, quaisquer que sejam as situações, por vezes explosivas, ela
termina, sempre, assim que um de vocês é liberado, nessa interação, por uma Paz
que cresce.
O
ressentimento não pode existir; há, simplesmente, luz, e ela não é vivida nem
como bem nem como mal, mas, simplesmente, como um espaço e um tempo de
resolução do que pode persistir como apegos, como afetivos, como emoções ou
como mental.
Assim,
portanto, o simples fato de poder desaparecer à vontade é a prova de que você
não está mais pendurado, por sua alma ou pelo que quer que seja nesse mundo.
E
não é porque você não está preso a nada mais que é preciso considerar outra
coisa que não a plenitude do coração, que não a plenitude de seu ser.
Então,
é claro, isso pode necessitar, eu diria, de um período de aclimatação, de
instabilidade, mas que não dura, jamais, e que não provoca, jamais,
consequências importantes ou que possam durar no tempo.
Assim,
portanto, você se deixa atravessar e aprende a Transparência, você aprende a
confiança, não em si, mas na Inteligência da Luz, você entrega tudo nas mãos da
Luz.
Sua
alma está, portanto, em curso de dissolução, ou dissolvida; não há mais,
propriamente dita, atração pelo que faz a vida vital nesse mundo.
O
que eu chamaria o fogo vital é, antes de tudo, a necessidade de nutrir-se, a
necessidade de sexualidade, a necessidade de olhar do outro, a necessidade de
sentir o amor do outro.
Aquele
que é Amor e que é liberado de tudo isso sabe que ele é a fonte de tudo isso.
Não
há, portanto, necessidade de pedir, não há necessidade de reagir: ele sabe que
deve manter sua Transparência, mesmo se ela seja, por vezes, difícil, o que dá,
por vezes, episódios que vocês poderiam chamar de depressão ou, de algum modo, cansaço,
ou dizer: "Pra que serve isso?".
Mas,
muito rapidamente, a Luz retoma o lugar dela e você pode, efetivamente, oscilar
não, unicamente, ao nível do humor, mas, simplesmente, nesse ajuste desse corpo
de carne ainda presente e do Espírito que se derrama, inteiramente, ao mesmo
tempo, pelas partículas adamantinas, mas, ao mesmo tempo, nesse momento, pela
construção de seu corpo de Existência, a reconstrução dele, eu diria, ao
idêntico, aqui mesmo, nessa carne, marcando essa carne do que foi nomeado o
Triângulo frontal, o Triângulo do coração.
Certo
número de potenciais é reativado, mas, mesmo esses potenciais não interessam
mais àqueles que são liberados da alma.
Eles
estão presentes, são vistos, mas não apresentam qualquer interesse em relação à
emanação do ser que vocês são, ou seja, do Espírito, do Amor, da Verdade.
A
Paz é, então, mais facilmente obtida, quaisquer que sejam as circunstâncias do
corpo ou de sua vida.
Assim,
portanto, há uma diferença essencial, vocês compreenderam.
Aquele
que considera, em si, a existência do bem e do mal, e que está persuadido de
que existe um caminho a percorrer e, de outro lado, aquele que, quaisquer que
sejam as manifestações desagradáveis, tem a íntima convicção e a íntima,
também, manifestação, mesmo se ela não seja permanente, de que nada há a adquirir,
de que não há caminho algum, de que não há qualquer verdade digna desse nome
nesse mundo, e sabe que a Verdade não é desse mundo e ele a vive por momentos,
ou permanentemente, procurando, sem o querer, ser transparente, desaparecer,
esquecer-se.
Eu
os lembro, como pôde dizê-lo Mestre Philippe de Lyon, e como eu o exprimi,
também, à minha maneira, em numerosas reprises: é porque eu nada sou aqui, que
eu fui a maior para vocês, aquela que, talvez, tenha manifestado esse Amor
incondicionado, absoluto e total, para toda forma de vida, para toda
consciência como para o que eu sou e continuo hoje.
Assim,
portanto, todas as preocupações comuns da vida social, afetiva, sexual,
alimentar, as necessidades vitais, mesmo, não são mais as mesmas.
Vocês
descobrirão a Liberdade, mesmo nessa carne, mesmo se a Liberação total é-lhes
adquirida e manifestada, há, efetivamente, imposições ao nível desse corpo, ao
nível da sociedade.
Mas
essas imposições passam ao segundo plano, elas não lhes tomam mais nem a cabeça
nem o espírito, elas estão no segundo plano e amenizam-se, desaparecem,
completamente, progressivamente e à medida do Abandono total à Luz.
Naquele
momento, sua vida é sustentada pela Luz.
A
Evidência e a Graça manifestam-se sem, mesmo, pensar nisso, afastando de você
as preocupações comuns da vida comum, não como uma recusa, mas, realmente, como
uma Transcendência total, e o que é feito nas tarefas obrigatórias é feito sem
ali passar, sem pensar nisso, com o mesmo coração leve, com a mesma
equanimidade, sem qualquer ressentimento para consigo mesmo ou para com quem
quer que seja.
Porque
você sabe que o Amor está aí.
Mesmo
se você não esteja, ainda, estabilizado nele, você sabe que nada há contra o
que lutar, nada há contra o que opor-se, se não é o que pode restar de si
mesmo, que pode, ainda, chegar, por momentos, a manifestar-se, o que lhe dá,
então, a ver claramente, e cada vez mais de maneira lúcida e precisa, o que
corresponde à expressão de sua pessoa nessa carne, uma vez que essa pessoa está
aí, até o fim.
Ou
até o desaparecimento, mesmo, de sua pessoa, quando, naquele momento, o que se
manifesta não será, jamais, impregnado de outra coisa que não a expressão do
Amor, a expressão da beleza, não através de um apoio, mas através de sua
própria Presença, através de um olhar (não há necessidade de gesto), através de
um sorriso, que não tem necessidade de outra coisa que não sorrir diante da
beleza da Vida.
Assim,
quando tudo isso se afasta de você, é claro, o que pode restar da pessoa que
deve realizar, efetivamente, certo número de coisas nesse mundo pode, por
vezes, inquietá-lo, mas essa inquietude não se torna, jamais, angústia ou
ansiedade.
Torna-se,
simplesmente, um pensamento que passa e que você observa, ao qual você quase
não dá mais tomada e que, de qualquer modo, evacuar-se-á de você no momento
vindo, sem dificuldade alguma.
Assim,
portanto, os caminhos são diferentes, e você mesmo reencontra em seu próprio
caminho, irmãos e irmãs que mantiveram a existência da alma, e irmãos e irmãs
cuja alma está completamente dissolvida.
Então,
é claro, nessas fases em curso, ilustradas pelo que lhes disse Uriel de modo
mais coletivo desde ontem, vocês verão essas características de comportamento,
essas características de vida que vão tornar-se profundamente diferentes entre
uns e os outros.
Mas
vocês são e continuarão, sempre, irmãos.
A
partir do instante em que a Luz tenha sido vista, a partir do instante em que
você é chamado, a partir do instante em que uma das Coroas seja ativada, você
sabe que, em definitivo, você será liberado.
Mas
o que resta a viver é função, justamente, de seu posicionamento, eu diria, no
momento da Ascensão coletiva, do retorno à Morada de Paz Suprema, as
experiências múltiplas, desprovidas de alma ligada à encarnação ou a persistência
de uma alma que necessita purificar, de algum modo, toda a sede da alma para
manifestar a experiência da consciência em mundos carbonados.
Quanto
àqueles que vivem, nesse momento, esse sentimento de inutilidade, esse
sentimento de "Pra que serve?", de ver todos os marcadores
desaparecerem, uns após os outros, eu os encorajo a não resistir, porque isso
assinala, para vocês, do início da dissolução da alma, o desaparecimento do
fogo vital e o aparecimento da totalidade do Fogo vibral.
O
Fogo vibral não aquece; ele é, efetivamente, uma mordida e uma queimadura de
Amor, que pode manifestar-se, essencialmente, por vibrações pontuais
extremamente rápidas, não mais nas Portas, não mais nas Estrelas, não mais nas
Coroas, mas em diferentes setores ou partes do corpo, parecendo como formigamento,
como picadas por milhares de agulhas.
Isso
quer dizer que a qualidade a mais pura da Luz penetrou você e vem trabalhar em você,
para facilitar-lhe o desvendamento do Espírito nesse mundo.
Então,
é claro, você observará mudanças, algumas dessas mudanças não lhe parecem
agradáveis, enquanto, quando você desaparece, a noção de agradável torna-se
evidente.
É
claro, isso pode causar alguns problemas entre a noção de engajamento e de
desengajamento.
Coloque-se
a questão, pergunte, em si, sem esperar uma escolha, peça, simplesmente, em si,
que a Luz mostre o que há a mostrar.
Esteja
atento e vigilante nesses momentos, de dúvidas, de tergiversações, ao que se
apresenta, em si, ao nível vibral.
Há
ali o sentimento de um fogo vital, que se propaga, ou há o sentimento de uma
Paz que ganha, qualquer que seja a interrogação do mental e da consciência?
Tanto
em um caso como no outro, você conseguirá situar-se, sem culpa e sem
julgamento, e amar-se, do mesmo modo.
Para
isso, você terá demonstrado e mostrado, para si mesmo e para o outro, que você
respeita a liberdade de cada um e que não há, em você, qualquer traço de
predação, qualquer traço do que foi nomeado de Linhagens reptilianas, ou seja,
a necessidade de escravizar, a necessidade de controlar, a necessidade de
impor, mesmo em nome do Amor.
Naquele
momento há, mesmo, um desengajamento, não das relações, mas uma relação que se
torna, qualquer que seja, autônoma, ela também.
Tudo
é aceito na mesma graça, tudo se vive na mesma graça.
É
claro, há momentos em que isso pode ser desestabilizado pelo reencontro de um
irmão ou de uma irmã que não está no mesmo caminho de dissolução que você.
Mas,
em definitivo, se você passa isso e se você, em todo caso uma das pessoas, é
capaz de fazer abstração de si mesma, você constatará, por si mesmo, que a
Inteligência da Luz e a Presença de Cristo é, realmente, capaz de fazer
desaparecer oposição, antagonismo, tanto em si como em seu exterior.
Porque
Cristo está presente para cada um de vocês, quer a alma continue suas
peregrinações ou seja dissolvida.
Não
há diferença alguma.
Simplesmente,
aí aonde você vai, aonde você pensa ir, será totalmente adaptado a vibração que
você manifestar, à consciência que você manifesta, nesse tempo e,
especificamente, nesse tempo, até a vinda da Estrela.
Assim,
portanto, durante este período, conforme você se comporta, conforme você está
em suas relações, conforme você está em sua consciência expandida, conforme os
sinais que se manifestam ao nível dessa carne, você pode daí deduzir, muito facilmente
e muito simplesmente onde você está.
Não
se julgue, não julgue, tampouco, o outro, em qualquer situação que seja, tente
não a indiferença, mas, verdadeiramente, atravessar isso sem ali apegar-se, sem
prender-se, sem ali procurar um marcador ou uma reflexão em relação a um
passado ou a um futuro.
Aquele
cuja alma está dissolvida não tem qualquer dificuldade para encontrar o
instante presente e ali manter-se, sem esforço, sem meditação, que são as
condições ótimas para perceber a totalidade do corpo de Existência.
Então,
obviamente, aquele cuja alma continua presente vai, também, perceber esse corpo
de Existência, mas ele terá, dele, afetações diferentes e, portanto,
possibilidades diferentes, e tudo isso se traduzirá por uma necessidade de ver,
de saber e de compreender, uma necessidade de experimentar o "ficar
tranquilo" que toma, então, todo sentido.
Mesmo
aquele cuja alma está, ainda, presente, deve aprender, antes da chegada da
Estrela, a acolher Cristo, em Unidade e em Verdade, saindo dessa dualidade de
retorno, que o faz ver o mal, obviamente, sempre no exterior, em caso de
orgulho espiritual ou, então, em si. No caso de orgulho que eu qualificaria de
negativo.
O
que quer que seja o orgulho negativo, que corresponderia a uma culpa ou, em
todo caso, uma negação do que tenha sido vivido anteriormente, é apenas o
resultado da escolha de sua alma.
Você
compreendeu: se não há escolha de alma é que não há mais alma, que há
Transparência, que há pureza, que há Evidência, cada vez mais.
A
irradiação de Amor torna-se sua própria fonte, ela está em seu interior, ela
não tem mais necessidade de ser nutrida nem pela Coroa, nem pela Onda de Vida,
nem pelas Portas, porque você se tornou – em parte, eu diria – o Todo, o Grande
Todo.
E,
portanto, tornando-se o Grande Todo, você se apercebe de que você não está em
nenhum lugar aqui, nesse mundo, que isso não provoca, por vezes, simplesmente,
excessos do mental, mas não provoca danos, porque a alma em curso de dissolução
não pode mais dar meia-volta.
A
partir de seu reencontro e de sua fusão com a Luz, os processos de
desaparecimento da alma encadeiam-se, traduzindo-se por essas dores ao nível da
Porta AL ou da Porta Unidade, mas, também, ao nível da Porta KI-RIS-TI, com,
por vezes, o sentimento de uma dor intensa, orgânica, profunda, o que ela não
é, obviamente.
Assim,
portanto, permanecendo tranquilo no curso da dissolução da alma, se isso está
em curso, você poderá, sem dificuldade alguma, doravante, viver o que lhe
propôs Uriel, ou seja, o alinhamento completo na mesma vibração, no mesmo Amor,
dos diferentes componentes exteriorizados de si mesmo que se manifestaram
através do corpo de Existência, ou seja, naquele momento, você transcende e ultrapassa
o corpo de Existência.
Você
não está mais interessado nesse corpo de Existência e, entretanto, você está
plenamente vivo, plenamente presente na vacuidade e na plenitude.
Naquele
momento, a Graça será onipresente, ela se reatualizará em você, a partir do
instante em que você pensa em Cristo, a partir do instante em que você pensa em
uma de nós, mas, também, em si mesmo, não como pessoa, mas como coração ardente
de Amor, como coração que irradia esse Amor, sem mesmo, querer, sem, mesmo,
decidir isso e sendo afetado, cada vez menos, pelas circunstâncias da vida
comum.
Não
há um desengajamento, há, realmente, um desaparecimento; isso não é uma fuga,
não é você que decide, mas é o que você percorre e o que você é, doravante.
Eu
o informo porque isso vai tornar-se cada vez mais potente, cada vez mais
importante e cada vez mais flagrante.
Assim,
portanto, isso pode causar formas de incompreensão entre uns e os outros, o que
dá a ver, efetivamente, para aquele cuja alma persiste, uma escuridão ou,
mesmo, um desaparecimento da vida, o que não é, absolutamente, o caso.
É
um desaparecimento desse mundo e um aparecimento na Vida que não inter-reage
mais com esse mundo, o que lhe dá a viver episódios de desaparecimento cada vez
mais longos no tempo.
No
retorno desses estados, a Alegria é onipresente.
Assim
que há as contrariedades habituais da vida, você não é mais afetado por isso.
Você
as vê, mesmo se o mental manifeste-se, você sabe que isso não é você, você sabe
que você não está implicado nisso, que você é, talvez, afetado, mas isso faz
apenas passar e não pode permanecer, em circunstância alguma.
Assim,
portanto, aí estão meios muito simples de posicionar-se e de ver claro onde
você está.
Cabe
apenas a você, depois, se você o deseja, modificar isso, não em relação a uma
mudança de escolha, porque isso é impossível doravante, mas, simplesmente, para
assumir esse momento que se desenrola e deixar o Apelo de Maria realizar o que
não pôde, talvez, para você, ser realizado, de momento.
De
qualquer forma, independentemente de todas as percepções do fogo vital ou do
Fogo vibral, a consciência pura é capaz de verificar sua própria transparência
ou não.
Essas
características que você observa, você não toma, necessariamente, mais
distância em relação às suas emoções, ao seu mental ou a uma causalidade
qualquer, mas você está mais lúcido sobre o que se joga.
Então,
é claro, se há uma forma de distanciamento entre seu querer e a vontade da Luz,
resta-lhe a impressão de ter uma distância a percorrer, de fazer algo, de
trabalhar, de estar ativo.
De
qualquer modo, isso não mudará, exceto pela Graça Mariana, que nós denominamos
o Apelo.
Esse
Apelo é formulado a partir de agora, pelo desconforto que você vive, se esse
desconforto parece-lhe crescer e não apaziguar-se e afastar-se de você.
Esteja
certo de que, naquele momento, a Graça Final abençoará você e encarnará em
você.
Simplesmente,
o período é para viver, aqui, é esclarecedor para cada um de vocês, ele é esclarecedor
para suas relações e, se tudo vai bem, se a alma é totalmente dissolvida, você
chegará, realmente, à percepção clara e consciente da ilusão, tal como ela foi
definida por Bidi: você verá tudo isso como uma cena de jogo na qual cada um
toca uma partitura, partitura alterada pela privação da conexão à Fonte que
causa, por vezes, uma espécie de cacofonia vibratória.
Mas
tudo isso participa de seu equilíbrio e sua Liberação final, quaisquer que
sejam suas escolhas, o que quer que você pense, o que quer que imagine.
Há
uma adequação, isso foi dito, absolutamente total, não, unicamente, nós dizemos
que cada coisa está em seu lugar, mas que cada coisa, cada pessoa, cada
situação estará, muito exatamente, no lugar necessário para a manifestação da
Graça e para o Apelo de Maria e, portanto, dar-lhe-á a viver a estase, esse
momento de Face a Face no qual absolutamente nada do que não é luminoso poderá,
ainda, ser colocado em algum lugar.
Haverá
plenitude, a atualização total e imediata do Juramento e da Promessa
traduzir-se-á pela imersão na Luz Branca, quando todos os marcadores
desaparecem e, ao mesmo tempo, a Alegria cresce, cada vez mais.
O
Amor nasce no interior de seu peito, não há mais necessidade de Canal Mariano,
nem de Onda de Vida, nem de qualquer Porta que seja, nem de qualquer Estrela
que seja.
Isso
está bem presente, mas não interessa mais a consciência, porque ela ultrapassa
esse estado da observação, esse estado da conscientização, superou, portanto,
toda forma e toda identificação a uma forma, mesmo nos mundos os mais etéreos.
Aí
está a verdadeira Liberação; ela não deve ser procurada, porque, quanto mais
você a procurar e, sobretudo, durante este período, mais ela lhe escapará e
mais ela se afastará.
Em
resumo, você deve conformar-se ou ao impulso da alma ou ao impulso do Espírito.
Não
há valor, não há diferença, há, simplesmente, preferências que se exprimem,
concretizam-se e atualizam-se.
Nada
mais há que não isso, e tudo o que permite isso é o Amor.
Quer
você o veja ou não, quer você o aceite ou não, quer você o viva ou não, a
Essência do Amor é, realmente, o que será revelado: sua Essência e nossa
Essência comum, tudo é Um, o resto é apenas ilusão.
Então,
é claro, dizer isso quando se está, ainda, inscrito na personalidade e submetido
nas oposições bem/mal desse mundo pode, por vezes, ser difícil a suportar, a
encaixar e a transcender.
Mas
eu os tranquilizo, a partir de ontem, isso se tornará muito mais fácil no
caminho da dissolução.
Isso
não quer dizer que será muito mais difícil no caminho da persistência da alma e
sua não dissolução, mas você viverá o que há a viver, o combate do bem e do
mal, a oposição entre as diferentes partes de você mesmo, como com os
diferentes seres que você reencontrar.
Mas
isso não tem qualquer importância, porque você terá, também, a possibilidade de
prender-se, nesse caso, ao que apareceu um dia, que é a Luz, a vibração das
coroas radiantes, o fogo vital e o Fogo vibral.
Assim,
você compreendeu, quando há persistência da alma há persistência dos desejos,
quaisquer que sejam, há necessidade de fogo vital, há necessidade de amar essa
vida, mas na materialidade que ela propicia e não em sua Essência, o que se
traduz, obviamente, por modificações importantes para uns e para os outros, mas
que não vão, verdadeiramente, na mesma direção.
E
cada dimensão, cada direção é tão respeitável quanto aquele que é liberado
vivo.
Simplesmente,
vocês não estão, todos, na mesma idade, mas são, todos, confrontados ao mesmo
evento, porque se trata de um evento coletivo.
Ninguém
poderá escapar do Retorno da Fonte e do retorno da Liberdade, mas a Graça é
total.
Se
você decide permanecer nessa persistência da alma, porque ela é evidente para
você e será cada vez mais evidente, nada há nem a lamentar nem a esperar, ainda
menos; permaneça nisso e deixe trabalhar Maria, deixe trabalhar a estase, no
momento em que ela chegar.
Você
não tem, tampouco, que procurar instantes futuros, porque os instantes futuros
misturam-se ao instante presente, tudo se desenrola no mesmo tempo, nós já
dissemos isso: não há nem passado nem presente nem futuro.
Então,
aqueles que viveram a Luz e que mantêm a alma, por escolha da própria
consciência, são, talvez, chamados a ver mais coisas, além do que aqueles que
nada veem, ver as situações, ver e perceber as diferenças entre o bem e o mal,
ver e perceber as diferenças entre a Luz e a sombra.
É,
simplesmente, seu olhar que vai dar-lhe sua verdade a viver, em função do que
vive sua consciência.
O
que se manifesta a você, tanto nesse corpo como em seu exterior, em suas
circunstâncias de vida como no Amor que você manifesta, é cada vez mais
evidente.
Nada
há a fugir, nada há a esperar, há apenas a assumir: isso se chama a Autonomia e
a Liberdade, mas, também, a responsabilidade.
Não
se julgue, não julgue ninguém, simplesmente, aquiesça ao que há para a consciência
de cada um, para o Amor de cada um, por sua capacidade de Amor maior ou menor,
resultante da existência da alma ou da existência de véus ainda não
dissolvidos.
Estar
presente é, sobretudo, estar lúcido, não é continuar a fazer ou agir, é, antes
de tudo e acima de tudo, viver a Luz, mesmo se, depois, haja dificuldades para
essa Luz exprimir-se em alguns recantos de suas relações ou de suas
personalidades presentes, eu o lembro, até o fim, isso não é grave, porque a
Luz está presente e ela se colocará, necessariamente, mesmo se, naquele
momento, você tenha dificuldade para pôr o Amor à frente e que ele, ou a
situação que está à sua frente, tenha colocado o Amor atrás.
Nada
há a retificar, nada há a reequilibrar por você mesmo, porque é a Luz que se
encarrega, a partir do instante em que você se desengaja, não da vida, mas
dessa dualidade ou dessa problemática.
Assim,
portanto, você constata, em definitivo, há apenas duas possibilidades: à época,
nós havíamos dito o Amor ou o medo, hoje, nós dizemos, simplesmente, a
Liberdade do Amor para o conjunto, ou a privação do Amor para alguns ou para
algumas zonas de vocês.
Isso
não quer dizer que seja negro, isso não quer dizer que seja bem ou mal, mas que
isso faz parte das partituras a tocar, isso faz parte dos atos e das cenas de
teatro que não foram concluídas e que a alma tem necessidade de concluir, qualquer
que seja o tempo coletivo que esteja aí.
Assim,
portanto, quando nós dizemos que cada coisa está em seu exato lugar, e isso
segue um plano perfeitamente orquestrado pela Inteligência da Luz, pela
Transparência da Luz e pelo desaparecimento total de toda sombra nessa Terra
que vive, ela também, nesse momento mesmo, sua Ascensão.
A
Ascensão da Terra, a Ascensão individual já começou; a Ascensão coletiva
também, desde ontem.
Esse
lapso de tempo que lhes resta, até o aparecimento da Estrela, é um tempo que
deve ser aproveitado para cultivar a Paz.
Isso
não quer dizer desengajar-se do que a vida deu-lhe a fazer, mas fazê-lo,
justamente, estando desprendido, estando não implicado, sendo, simplesmente,
como alguém que desempenha, em uma cena de teatro, um papel, mas que não é esse
papel nem essa função.
Assim,
portanto, você chegará à Liberdade e à Liberação sem qualquer dificuldade, a
partir do instante em que você deixa as dificuldades resolverem-se, não sozinhas,
mas pela Inteligência, unicamente, de Cristo e da Luz.
Quando
Cristo dizia: «Vocês serão dois, reunidos em meu Nome», mesmo com opiniões e
posicionamentos diferentes, exemplo de um irmão prosseguiu a alma e cuja alma permanecerá,
e outro irmão, cuja alma não existe mais, absolutamente, o Espírito
manifesta-se, completamente, para essa alma que não é mais uma alma, mas que é
apenas uma pessoa que se tornou muito simples, sem esperança, sem vida passada,
sem futuro, simplesmente, que se instala, cada vez mais, no instante presente,
e que será vista, do outro lado, como uma negação da Vida; é claro, ver o nada,
para aquele cuja alma resiste ou cuja alma assegura a necessidade de
manifestação, a necessidade de consciência em um sistema carbonado, mesmo ela
resolver-se-á pela Presença de Cristo entre vocês dois.
Não
há, portanto, nem em um sentido nem no outro, nem em um caso como no outro, que
querer agir, querer resolver, querer interferir com a ação da Luz.
É
claro, não é a mesma coisa se, no curso, tanto da dissolução quanto do retorno
da alma à sua existência, há manifestações corporais que necessitam de uma
ajuda.
Naquele
momento, você tem, à sua disposição, todas as técnicas que já utilizaram
anteriormente e que permanecem válidas e valiosas.
Simplesmente,
seu posicionamento, sua leveza, também, não serão as mesmas: em um caso há
implicação na emoção, implicação no mental; no outro caso não há mais mental,
mais emoção ou, então, há uma clara visão do momento em que o mental ou a
emoção põe-se no trabalho, criando, realmente, a percepção de que essa emoção e
esse mental não são você.
Similar
para o corpo
Você
não desertou do corpo; eu o lembro de que o corpo físico, além de seus
envelopes sutis, está, de algum modo, sendo absorvido, metabolizado e
dissolvido pelo corpo de Existência, pela Inteligência da Luz, pela presença de
Cristo e de Uriel, pela nova tri-Unidade.
Tudo
isso se faz sem sua intervenção, seu seus desejos, sem seus anseios.
Não
há mais projeções possíveis, há, simplesmente, e cada vez mais, a presença do
instante presente, que se basta por si mesma, porque englobam os três tempos.
Ela
engloba todas as oposições, todas as contradições em uma verdade que é bem mais
ampla, bem mais Una, e que eu qualifico, com foi nomeado pelo Arcanjo Anael, de
Verdade Absoluta, que não sofre qualquer contradição, qualquer oposição,
qualquer luta e qualquer esperança, porque tudo ali está incluso, tudo ali está
presente na mesma vibração, aquela da Consciência Unificada à Fonte, aquela que
atravessou a Fonte para juntar-se ao seu estado de Eternidade, no qual nada
mais há, nem forma, nem consciência, simplesmente, no retorno desse estado que
não é um, a manifestação da Morada de Paz Suprema que basta para preencher seus
dias, a partir do instante em que você pensa nela.
Então,
é claro, há, nesse mundo, um episódio de resolução ou, se preferem, de
confrontação final, no qual tudo o que deve exprimir-se e que não foi exprimido
até o presente, deve sair e voltar a sair: o conjunto de crenças, o conjunto de
convicções errôneas, o conjunto de erros, manifestados e traduzidos por todas
as religiões, sem qualquer exceção, são atualizados e desvendados.
Obviamente,
conduzindo ao que foi nomeado o Apocalipse, em sua fase final, que é uma fase,
eu os lembro, antes de tudo, de Revelação, mesmo se provoque o desaparecimento
do efêmero, na totalidade.
Mas
se vocês estão, ainda, no efêmero, isso pode induzir, é claro, necessidades de
preparar-se, necessidades de procurar, necessidades de estabilizar e provocar,
talvez, ressurgências de medos.
Mas
esses medos, mesmo se vocês estejam na perpetuação da alma, não poderão,
jamais, durar muito tempo, mas eles estarão, é claro, mais presentes em relação
àquele que não é afetado por qualquer fim do mundo, que não é afetado por
qualquer vibração, mesmo se ele as viva, nem mesmo por seu corpo de Existência.
Aquele
que consegue permanecer, sem o querer, simplesmente porque é sua linha de menor
resistência, permanecer no Centro do Centro, no Coração do Coração, na Morada
de Paz Suprema, verá o momento da Graça proposto por Maria como uma Liberação
final.
Quer
esse corpo permaneça ou não, isso não tem qualquer importância porque, naquele
momento, a liberação é total.
Qualquer
que seja o destino desse corpo, você não é mais concernido, porque seu corpo de
Existência está ativo e permitirá a você bem mais do que o que permitia esse
corpo físico.
Não
haverá, portanto, interrupção da consciência, nem para aqueles cujo Espírito
está revelado, completamente, nem para aqueles cuja alma persista na experiência
da encarnação carbonada.
Assim,
portanto, há um espaço de reconciliação, um espaço de Graça, um espaço de
unificação que corresponde, inteiramente, à estase, que dará, a cada um, a
oportunidade de ver-se tal como é e não tal como ele acredita que é.
Em
relação a isso, não é um julgamento, no sentido estrito, mesmo se isso se chame
o Julgamento Final.
Isso
quer dizer, simplesmente, em linguagem que eu qualificaria de espiritual, que o
Julgamento Final é apenas a colocação na Luz do que se opõe à Luz e à sua
dissolução, tanto em vocês como em seu exterior.
Se
você aceita esse princípio, apreenderá, facilmente, que todo medo desse futuro
é apenas o medo manifestado pela pessoa, pela alma; o Espírito não conhece o
medo, ele pode conhecer o sofrimento, é claro, mas ele não é afetado da mesma
maneira que aquele que permanece na alma.
Aí
estão os elementos a observar, de maneira muito simples, no que se desenrola e
será cada vez mais aparente doravante.
Assim,
portanto, seu marcador será tomado, cada vez mais, em relação ao ponto de vista
da consciência pura e não mais em relação ao jogo da personalidade ou da alma,
mesmo se ela exista até o momento da passagem, até o momento da estase.
Aí,
as coisas – na saída ou no curso desses três dias e três noites – tornar-se-ão
muito mais fáceis a viver, porque será o que haverá a viver, quer você esteja
liberado da alma ou, ainda, submetido à alma, é, exatamente, a mesma coisa, ou
seja, o retorno à sua Eternidade, o retorno a uma de suas Linhagens Estelares,
o retorno à sua Origem Estelar, o retorno à experiência carbonada livre e, para
alguns, a experiência dos mundos carbonados, porque seu valor de combate é
absolutamente real, mesmo se não esteja voltado para os bons alvos.
Corresponde
à integração do Si que poderá, então, manifestar-se no papel e no âmbito da
liberação completa de um Sistema Solar, disso o Comandante já falou, perece-me.
Então,
eu lhes proponho colocar-nos, juntos, além das palavras e além de minha Presença
e além de cada uma de suas Presenças, para colocar-se na Eternidade, para
colocar-se na Transparência, na Alegria e, como disse o Arcanjo Uriel, no Amor.
É
claro, eu desconfio que haverá questionamentos em relação ao que eu acabo de
dizer, vocês encontrarão as respostas de minha parte, ou de outras partes, nos
momentos de questões, ou seja, do que constitui, propriamente ditos, as
Publicações da Ascensão desse mês de fevereiro de 2015.
Assim,
portanto, permanecemos agora um instante, um momento fora do tempo, no que é,
de toda a Eternidade.
Eu
os amo, eu os abençôo e eu sou vocês, cada um de vocês, e é isso que há a
viver, no espaço de seu coração, no espaço do Silêncio.
Vamos
começar agora.
... Silêncio...
Eu
sou Ma Ananda Moyi, e eu lhes dou a minha Paz.
Pelo
Amor e no Amor, eu permaneço em vocês, como vocês permanecem em mim, na
Eternidade...
Até
breve.
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considere uma contribuição aqui.
Graças, Célia G.