QUESTÃO 68: a que corresponde o
frio noturno intenso, que se manifesta recentemente? Ele está em relação com a
noite do grande frio?
Eu
vou responder porque, mesmo se eles não fiquem contentes, quem se importa?
É
que eu já falei de tudo isso há numerosos anos.
E
eu, efetivamente, disse que os Três Dias, há muito tempo, sobreviriam por uma
noite de grande frio.
Então,
é claro, Cabeça de Caboche apressou-se em pensar que seria o inverno.
Mas
eu jamais disse que seria o inverno.
Eu
disse que haveria problemas de transporte e de comunicação, por um frio
terrível, na Europa do Leste e do Oeste, mas na parte Norte.
Isso
é absolutamente verdadeiro.
E,
também, em outras regiões do mundo.
É,
exatamente, o que acontece do lado das Américas lá embaixo, não é?
Os
americanos vivem um período de frio extremamente intenso.
Então,
o frio pode, também, chegar inesperadamente, não importa em qual dia assim que
a Terra desacelere, suficientemente, sua rotação, antes de parar.
Porque
as forças de atrito ligadas à excitação do Núcleo cristalino da Terra
manifestam-se pelos vulcões, manifestam-se pelos sismos e manifestam-se,
também, por mudanças extremamente violentas ligadas à ação dos Cavaleiros ao nível
dos climas.
E
o que acontece em vocês modifica, também, seu clima, emocional, mental, vocês
sabem bem disso, que isso se modifica em vocês.
Vocês
veem, efetivamente, que há desejos que desaparecem, que há polos de interesse
que desaparecem, que, por vezes, há um sentimento de exasperação, enquanto você
estava muito calmo, por vezes, há um sentimento de letargia, enquanto você era
um ser superexcitado, etc. etc.
Portanto,
as variações térmicas que você vive são, tanto ligadas ao que acontece, nesse
momento, mas, também, para alguns de vocês, sobretudo, quando esse episódio de
frio sobrevém, independentemente da regulação térmica ou da temperatura da sala
ou de onde você está, mas que cai, assim, inesperadamente, que pode durar um
momento ou mais tempo, são, efetivamente, ligadas, eu diria, à premonição do
que se desenrola, enfim, do que vai desenrolar-se em relação a tudo o que nós
falamos nas Publicações da Ascensão.
Portanto,
há os dois: há, ao mesmo tempo, uma premonição e um sentir preliminar de um
processo que chega.
Um
pouquinho como uma questão anterior, que foi colocada concernente aos suores
noturnos.
São,
exatamente, os mesmos processos: o fogo, a eliminação, a purificação e, ao
mesmo tempo, o frio que é, também, como eu o disse há muito tempo, uma das
manifestações do Fogo do Espírito.
O
Fogo do Espírito nem sempre queima.
O
fogo vital queima, sempre.
O
Fogo do Espírito é um Fogo que queima, mas que não desencadeia queimadura.
Esse
Fogo é vivido como o Fogo do amor, mas não como um aquecimento.
Do
mesmo modo, o frio não é, sempre, ligado a entidades, mas quando é interior, é
ligado, verdadeiramente, a uma descida do Espírito Santo e do Fogo do Espírito,
no momento em que você o sente.
E,
se você sente o Fogo do Espírito assim, isso quer dizer que o Pentecostes está
próximo, o verdadeiro, coletivo, ou seja, a descida total do Espírito Santo,
depois que ele tenha tocado o Núcleo da Terra, ele entra em atualização na
superfície da Terra, ação conjunta do Céu e da Terra, ação conjunta de Sírius e
do Núcleo cristalino, que vem de Sírius, ação conjunta da Irradiação da Fonte,
etc. etc.
Então,
sim, o frio, quando ele se produz assim, de repente, abruptamente, e não
corresponde a uma doença ou ao frio ambiente é, exatamente, um apelo da Luz.
Então,
isso pode, também, desencadear, como dizer..., um sentimento, talvez, de
mal-estar muito fugaz, esse frio.
Sim,
porque, sem fazer jogo de palavras desagradável, é o frio da morte.
Mas
a morte de quê?
A
morte do que é efêmero.
Há,
ainda, os odores, isso, talvez, virá.
Aí
está, portanto, os dois são perfeitamente possíveis.
Isso
anuncia, provavelmente, e é evidente, uma vez que nós estamos dentro, a
aproximação de um processo total do Espírito Santo, ou seja, o batismo pelo
fogo e o planeta grelha, como eu dizia à época.
E
o planeta grelha pode dar frio.
Os
extremos juntam-se, o calor e o frio, o fogo e o frio.
O
fogo pode dar frio, sobretudo quando há essa pequena apreensão mal
identificável, porque a primeira coisa que você vai pensar é que você tem um vírus
ou uma doença.
Ou,
então, que a temperatura baixou no quarto.
Mas,
frequentemente, não é isso.
Então,
isso pode ser uma premonição, algo que é vivido um pouco antecipadamente, por
pequenos toques, sobretudo se isso cria não uma doença ou um problema, mas uma
espécie de... não uma angústia, tampouco, mas isso o lembra de algo, o frio.
E
isso não o lembra, unicamente, do odor da morte ou da rigidez cadavérica.
Isso
lhe evoca, também, o batismo do Espírito, ou seja, o momento inicial, não de
descida nessa encarnação, mas o momento inicial, não de criação, uma vez que
isso não existe, é eterno, não há tempo.
Mas
o momento inicial, por exemplo, no qual você está separado de sua mônada, se
você tem uma mônada.
Isso
pode ser, também, outra coisa.
Mas,
o mais frequente, é isso.
E,
de outro lado, por momentos, você tem estruturas que queimam, literalmente.
Por
vezes, você não sabe se é calor ou frio, ou seja, quando isso pica.
Quando
a vibração é muito rápida, ela pode não ser assimilada ao calor ou sentida como
calor ou uma queimadura, tampouco como frio.
Isso
vai dar milhares de golpes de agulhas, como um formigamento, e você sabe muito
bem que, quando você toma frio, você tem congelamentos, isso pica, também,
assim.
Mesmo
quando isso se reaquece, é pior quando isso se reaquece.
Eu
sei, na Bulgária havia lugares muito frios no inverno.
E,
mesmo em Frejus houve, antes que eu chegasse onde eu estava, um pouco mais alto,
antes, houve o inverno de 54.
Bom,
eu não vou falar de memórias, porque eu, tampouco, sou suposto de ter memória,
enfim, em breve.
Vocês
têm outras questões?
Sim, a última.
Então,
caros amigos, eu creio que nós enchemos demasiado os ouvidos, os corações, os
pés e tudo.
Eu
lhes transmito todo o meu Amor, todas as minhas bênçãos.
E
esta noite terei grande prazer em vir cutucar aí onde dói, com Li Shen, com
Mestre Philippe.
Eu
creio que, por uma vez, Um Amigo juntar-se-á a nós, para tudo o que é
componente, mais Ar e mais ligado ao sutil, eu diria, da encarnação.
E
dizem-me que haverá outros também, mas essa será a surpresa.
Bom,
certo.
Bem,
escutem, eu lhes transmito todo o meu Amor e eu lhes digo até muito
rapidamente, ou seja, até já, não é?
Todo
o meu Amor acompanhe-os, good vibs, bom
calor, bom frio, bons formigamentos, boas queimaduras, bons suores, vocês veem,
tudo vai bem, no melhor dos mundos, não é?
Até
muito em breve, com todo o meu Amor.
Parece
que eu estava indo, é preciso que eu volte.
Eu
teria esquecido de uma questão.
Como
os outros já saíram, havia apenas eu de disponível.
Então,
eu escuto.
QUESTÃO 69: falaram-me atrás da
nuca, vieram por trás de minha nuca e eu tive um beijo atrás da nuca. A que
isso corresponde?
Uma
das três Estrelas que veio beijá-lo, em seu beijo ligado aos Elementos.
Aí
está, é muito simples.
Ao
nível do Triângulo da Terra.
Cabe
a você ver.
Bom,
eu não volto mais aí agora.
Eu
lhes digo até já, fiquem bem.
Canalização de CRISTO: Ver na primeira parte.
Sétima Parte.
O ESPÍRITO DO SOL
QUESTÃO 70: poderia desenvolver
sobre a palavra de Cristo: "Vigiai e orai"?
O
«Vigiai e orai», tal como foi enunciado, faz referência ao fato de não dormir,
não, unicamente, no sentido de suas noites, mas, bem mais, no sentido de sua
consciência.
A
vigília é um processo ao mesmo tempo de esperança, de certeza, que varre todas
as crenças, porque essa certeza é, diretamente, ligada à sua conexão ao Sol, à
Eternidade, a Cristo e ao conjunto do manifestado e do não manifestado, do
Criado e do Incriado, que se traduzem, em vocês, pelo Amor, a Alegria, o
contentamento e a calma, cercada de Humildade, cercada de Simplicidade e,
também, na manifestação de sua Evidência a si mesmo, de sua Evidência ao que
você é, para além de tudo o que pôde apresentar-se sob o olho da consciência
nesse mundo, o que lhe dá a ver, sem querer, sem os olhos, sem o coração, mas,
diretamente, o que é atributo da consciência pura, sem maquiagem nem simulação,
sem ilusão e sem desejo.
Ver
a Verdade.
A
oração não é uma oração mecânica, no sentido em que vocês poderiam entendê-la,
nem mesmo praticá-la.
A
oração é um estado de comunhão com Aquele que vem, que abre bem as portas já
abertas por Metatron e por Uriel, que lhe dá a viver a realidade do Grande Todo
mesmo nessa carne, o que supera, amplamente, o âmbito da compaixão, o âmbito da
identificação, o âmbito do carisma, no qual, efetivamente, cada um pode tomar,
real e concretamente, o corpo e a consciência do outro, não como uma posse,
mas, bem mais, como a restituição da Verdade e da Unidade real e fundamental de
toda vida, em todo mundo e em toda dimensão.
Assim,
portanto, o «Vigiai e orai» é apenas a expressão de seu estado de Amor Daquele
que está aí, aqui, nesse mundo, presente a Ele mesmo, presente a Cristo, mas
presente na mesma percepção, na mesma consciência ao conjunto da humanidade,
que não julga mais nem em bem nem em mal, que apenas porta o olhar do Amor
incondicionado e incondicionante sobre cada coisa e sobre cada ser.
Naquele
momento, você está na oração perpétua, que não é mais uma súplica ou um pedido,
mas, bem mais, a confirmação dessa realiança, dessa orientação e dessa Verdade:
«Tudo é Um no Amor e pelo Amor».
Assim
pode exprimir-se e viver-se, compreender-se: «Vigiai e orai».
Cada
questão será seguida de um tempo de integração e de Silêncio que permite
assentar a resposta em vocês, permitindo desvendar o sentido dentro da palavra,
ou seja, o sentido direto que só compreende o Coração, sem qualquer artifício.
…Silêncio…
QUESTÃO 71: Cristo se
manifestará da mesma maneira para cada um de nós?
Bem
amada, não se trata, propriamente dita, de uma manifestação, no sentido comum,
mas, bem mais, de uma Integração e de uma Revelação.
Assim,
portanto, segundo o acordo que é o que você é entre você e sua Presença dará
conta de suas coisas.
A
manifestação de que você fala não é, verdadeiramente, uma manifestação, mas,
bem mais, eu repito, a liberação do átomo embrião situado em seu coração, que
permite a expressão da dimensão Cristo Una e Universal, para além de toda
forma, para além de toda história e para além, mesmo, de você mesma.
Isso
é tão vasto e tão tudo que não pode haver, quando desses momentos, qualquer
interrogação, qualquer dúvida sobre o que é bem real, bem mais do que a solidez
de um muro nesse mundo.
Assim,
portanto, a manifestação será diferente segundo cada um, segundo o grau de
integração e, eu diria, da Amizade que nascerá, naquele momento.
Uma
Amizade mantém-se, ela se cultiva, o que vocês têm feito durante esses tempos,
e eu não falo, unicamente, dos anos em que o Espírito Santo estava presente
nesta Terra, mas, sim, no conjunto de suas peregrinações, em suas moradas
efêmeras nesse mundo.
Assim,
portanto, o que se produzirá é íntimo e pessoal a você.
A
sincronia do mecanismo que se produz, a um dado momento, será, é claro,
precedida, para aqueles que vigiaram e oraram com ardor de modo, eu diria mais
direto, mas a resultante disso será, é claro, idêntico, quando do impulso
final, que dá, então, de imediato, sua vibração de ser, de consciência ou de
Absoluto, ou de alma.
Não
há, portanto, que antecipar nem a projetar a forma que tomará esse Reencontro
que se desenrola em vocês e cuja manifestação apenas pode sobrevir em você.
Tudo
depende de sua capacidade para deixar trabalhar o que trabalha para seu maior
bem; esse «bem» que se situa além da oposição clássica do bem e do mal, porque
se tudo está em você e se tudo é Um, qual bem, qual mal pode existir,
independentemente de sua visão?
Nesse
«Vigiai e orai» não há outra preparação que não o Acolhimento, em Verdade, em
Unidade e em contentamento, de Cristo e da Luz Cristo, que se traduz no selo de
sua Amizade restabelecida, o que se traduz na escolha de outra forma de
liberdade que não aquela da Eternidade.
Não
há, portanto, nisso, projeção possível; é, também, nesse sentido que Ele virá,
como um ladrão na noite, dando seguimento a «Vigiai e orai».
O
ladrão na noite é aquele que os surpreende e, mesmo, aquele que vigiou e orou
e, mesmo, aquele que é Liberado vivo não poderá fazer diferentemente do que ser
surpreendido por esse Reencontro, porque ele não corresponderá nem a uma visão
nem a uma aparição em qualquer plano que seja, mas, bem mais, a revelação de
seu Coração Um, no Centro do Centro, associado à Presença de Cristo, de Maria e
de Miguel, já presentes em vocês, de toda a Eternidade, e que devem revelar-se
nessa dinâmica interior e não mais em qualquer processo de consciência no
exterior de você.
… Silêncio…
QUESTÃO 72: como viver tudo é
Um em um mundo ainda dissociado?
Bem
amada, tudo é Um em você, e o mundo está em você, e o mundo é você.
É
um sonho que prossegue, ao qual inúmeras almas deram corpo, não por vontade
pessoal de alma, mas, bem mais, resultante da alteração ou falsificação.
A
partir do instante em que sua Unidade é vivida em seu interior, o mundo
dissociado não lhe concerne mais, ele é absorvido, superado e transfigurado
pelo estado do que você é.
Assim,
portanto, enquanto se coloca a contradição entre tudo é Um e o fato de ser
impactado pela realidade desse mundo dissociado prova, simplesmente, a
distância entre a Unidade e a dualidade desse mundo.
A
Unidade é interior, o todo é Um produz-se em seu interior.
Ele
nada procura no exterior de você.
Você
não pode fazer aderir quem quer que seja ao fato de que o mundo está em você e
é, no entanto, o que se produz, a partir do instante em que sua consciência
desaparece no simples sono da noite do mortal que você é.
Assim,
portanto, a Unidade é, antes de tudo, uma atitude de Liberdade interior, que se
liberta não por vontade, mas por evidência da dualidade desse mundo
falsificado.
Assim,
portanto, não pode ser encontrada Unidade no exterior de si, porque a Unidade
necessita, já, de uma reversão de alma, uma reversão de olhar e uma reversão de
consciência que, estritamente, nada tem a ver com as ocupações desse mundo, como
suas ocupações nesse mundo que, em nada concernem à Unidade que você é.
Unidade
a ser desvendada, a ser revelada como a Verdade Final do que você é.
Isso,
estritamente, nada tem a ver com a construção desse mundo, qualquer que seja o
mundo, livre ou não livre.
A
Verdade está alhures e, no entanto, ela apenas se encontra Aqui e Agora, aí,
onde você está e em nenhum outro lugar, mas no «aí, onde você está» há, é
claro, o território interior, aquele que é vasto, infinito, em perpétua
recriação, em perpétuo Silêncio, em perpétua comunhão.
Assim,
portanto, é impossível, nesse tipo de mundo, aí, onde você tem os pés, realizar
a Unidade desse mundo, mas, bem mais, a Unidade como revelação e desvendamento
de sua Eternidade.
Não
pode haver – e é isso que vocês viverão, todos e cada um – Unidade manifestada
de maneira conjunta e unitária na multidão de consciências encarnadas.
A
Unidade não é uma promessa nesse mundo, mas é uma promessa no mundo Eterno que,
em nada, é concernido por sua própria presença nesse mundo e, no entanto, é
nessa presença nesse mundo, nesse corpo e nessa consciência limitada que deve
ser reencontrada a Unidade fundamental, que se encontra no que você é e não no
que você vê, no que você crê e no que você pode perceber ou sentir desse mundo.
Há,
portanto, uma mudança radical não, unicamente, de ponto de vista, mas, também,
de cenário.
É
o momento no qual você toma consciência de que a Unidade e de que tudo é Um e
de que a Unidade apenas é possível na vastidão de seu ser interior, que dá a
ver no exterior, ou seja, em projeção nesse mundo, o contentamento, a
felicidade, a Alegria Eterna e a equanimidade presentes, quaisquer que sejam as
circunstâncias de sua vida como as circunstâncias desse mundo.
Você
não pode pretender a Unidade e estar na Unidade enquanto há uma interação
vivida como difícil no que você nomeia mundo exterior.
Trata-se,
portanto, realmente, de uma reversão da consciência, que leva a ver-se e a ver
o mundo situado, na totalidade, no interior de você, e isso apenas pode
realizar-se saindo da ilusão do tempo, não como uma recusa desse tempo que se
escoa, mas, bem mais, como uma capacidade para transcender, metabolizar e
transubstanciar tudo o que corresponde a esse mundo.
Esse
processo é um processo em curso, que você vive, talvez, de maneira completa ou
de maneira intermitente, mas que é a resultante direta de suas tomadas de
consciência, de suas tomadas de posição no interior de si ou no interior desse
mundo, enquanto você considera esse mundo como exterior.
Quando
o mundo passa, inteiramente, para seu interior, tudo, ali, é englobado, tanto o
pior inimigo como o melhor dos amigos, como todos os seres de planos
interdimensionais e multidimensionais, qualquer que seja a origem, qualquer que
seja a importância deles.
Enquanto
não há conceituação, enquanto não há perceptualização, enquanto não há vivência
verídica e autêntica do que se esconde no interior de si não pode ali haver
Unidade, nem nesse mundo nem em você.
Cristo
havia dito: «Busque o Reino dos Céus porque tudo ali está, e o resto ser-lhe-á
dado em acréscimo».
Ora,
a consciência procura, sempre, no exterior de si, um meio de encontrar uma
porta de saída.
Não
há porta de saída no exterior de si, uma vez que, mesmo as portas de saída
estão inscritas no tempo desse templo efêmero nomeado o Centro do Centro e atualizado
pelo Arcanjo Metatron, O Arcanjo Uriel, pela nova Tri-Unidade e, sobretudo,
pelo retorno de Cristo.
Enquanto
sua vida interior não triunfe sobre a projeção da consciência nesse mundo e,
sobretudo, nesses tempos, não pode ali haver Unidade duradoura, não pode ali
haver Alegria estabelecida, e você oscilará, permanentemente, entre os altos e
baixos, até a Graça do Apelo de Maria e até a Amizade de Cristo.
É,
portanto, ilusório querer pretender um equilíbrio, qualquer que seja, no que
está em desequilíbrio permanente.
A
única coisa equilibrada é a Vida que percorre esse mundo e, também, a Vida que
vive em você, aí, onde você deve reencontrar-se, aí, onde você deve
reencontrá-Lo.
Enquanto
você mesmo não tenha feito o sacrifício de sua pessoa, enquanto você mesmo não
tenha feito o sacrifício do amor dividido em favor do Amor incondicionado, não
pode ali haver Unidade verdadeira.
As
experiências da Unidade, quer elas passem pela vibração ou passem por uma
entidade que vem de outro lugar, deve levá-la a conscientizar-se de que toda
entidade que se exprime a partir de um ponto exterior a você, a partir de
planos sutis, está incluída no interior de si.
Isso
concerne tanto a Cristo como ao diabo.
Mas
a quem você dá a palavra no interior de si?
O
diabo o fará, sempre, procurar, no exterior de si, a Unidade, porque ele sabe,
pertinentemente, que, se seu olhar volta-se à sua interioridade, extraindo
você, de algum modo, pela plena Presença e a plena consciência da ilusão dos
jogos desse mundo, então, a Verdade pode aparecer, mas ela não estará, jamais,
presente nesse mundo.
A
única Verdade que pode estar presente nesse mundo é a irrupção da Luz e o
desaparecimento de tudo o que é efêmero, sem qualquer exceção, o que permite
reencontrar sua Eternidade em todo tempo, em todo espaço e em todas as
dimensões possíveis em todos os multiversos e todos os universos.
A
projeção da consciência, tanto nesse mundo como em qualquer mundo, apenas é
concernida pelo princípio de apropriação e não de predação, pelo princípio de
conscientização, ela mesma, que dá peso à experiência vivida, qualquer que seja
a dimensão na qual ela é vivida.
Mas
a consciência puxará, sempre, dessa experiência, a fonte dela mesma à Fonte, ou
seja, ao Absoluto.
O
que quer que você experimente, quaisquer que sejam suas dúvidas, quaisquer que
sejam suas certezas, enquanto elas se apoiam em outra coisa que não o que está
em você, elas não serão, jamais, estáveis, jamais estabelecidas.
Só
Cristo estabelece a Verdade Eterna.
Não
veja, aí, um nome histórico, mas, bem mais, um Princípio que engloba o
personagem histórico, mas o Princípio da Revelação, ou seja, o momento em que a
consciência encontra sua Vida no interior de si e não na satisfação de algo
nesse mundo.
Percorrer
esse mundo, vigiando e orando, é, efetivamente, conhecer e viver a incerteza
desse mundo oposto à certeza interior de seu mundo.
Todo
mundo exterior que lhe é dado a ver é apenas o resultado de múltiplas projeções
de consciência.
É
a única realidade que vocês conhecem, para muitos de vocês.
Mas
o simples fato de saber que a Verdade não é desse mundo, sem querer fugir desse
mundo, abre-lhes as portas para sua Verdade, e ela apenas pode ser inscrita no
interior de sua consciência, e não depende de qualquer outra consciência que
apareça como separada na superfície desse mundo.
O
princípio de melhoria desse mundo prova-lhes, facilmente, que desde os tempos
nomeados históricos desse ciclo de encarnação e desse ciclo de Vida é apenas
uma vã palavra.
A
evolução, a melhoria são vãs palavras, conceitos elaborados pelo mental, que
permite a ele manter-se nesse mundo, como para a consciência limitada, mas que
não se traduzem, jamais, por algo de estável, que não se traduzem, jamais, por
outra coisa que não a satisfação de desejos ou de necessidades.
A
satisfação de sua consciência Una, interior, expandida, multidimensional, quer
você a chame Supramental ou você a chame Liberação, são apenas palavras.
O
mais importante é o posicionamento não, simplesmente, de seus pensamentos, mas
a perspectiva real das experiências realizadas ou vividas na intimidade de seu
peito.
Todo
o resto desaparecerá.
E
isso vocês sabem, desde seu primeiro nascimento nesse mundo, como a cada nascimento,
o corpo é mortal, do mesmo modo que as civilizações são mortais, do mesmo modo
que, nesse mundo, existem ciclos indestrutíveis, inabaláveis.
A
morte da consciência não pode existir, tanto nesse mundo como em qualquer
mundo.
Pode
haver, simplesmente, pesos cada vez mais pesados arrastados, de algum modo,
pela consciência, que vem congelar possibilidades de transformação, de Reversão
e de expansão da consciência, para além da realidade ilusória desse mundo como,
aliás, de toda projeção de consciência, qualquer que seja.
A
consciência Una desemboca na Felicidade que foi nomeada Sat Chit Ananda, que propicia ao ser que a vive uma completude que
nenhum elemento do mundo exterior pode vir alterar, diminuir ou aumentar.
…Silêncio…
QUESTÃO 73: para sair das
crenças religiosas que nos foram inculcadas, poderia Cristo definir-se como Ser
Cósmico?
Bem
amada, qualquer definição seria apenas limitante e restritiva.
A
definição congela, aqui mesmo como alhures; a definição atribui forma ou
função.
Eu
sou, antes de tudo, um Princípio.
Um
dos Princípios que constituem a Trindade, operadora de Criação em todo mundo,
Entidade que se apresenta sob a forma necessária e útil nos universos
concernidos, que porta, em si, a semente do conjunto de prováveis, do conjunto
da Verdade, do conjunto de manifestações, em qualquer dimensão que seja.
Eu
sou, assim como eu disse, unido e identificado a cada um de vocês, unido e
identificado ao Pai ou à Fonte.
Essa
identificação não é uma definição, porque ela engloba a totalidade de
experiências em desenvolvimento, em qualquer mundo que seja.
Eu
seria, de algum modo, a matriz de seu corpo de Existência, respeitando a
perfeição da Fonte, respeitando o Absoluto e respeitando o conjunto de Forças
da Confederação Intergaláctica.
Não
é, portanto, útil dar-me forma, mesmo se essa forma tenha existido em um corpo
e em uma consciência, ou mesmo, nos séculos seguintes, naqueles que me imitaram
até assemelhar-se a mim, através de seus estigmas.
Há,
portanto, nisso, uma incapacidade para definir-me, para apreender-me,
encarnando a Liberdade dos Mundos Livres, tanto nesse mundo como em toda
dimensão.
Querer
encontrar-me é tornar-se livre para esse Reencontro.
Eu
estou apenas no interior de vocês, mesmo se eu tenha sido representado em
posturas agradáveis ou desagradáveis, isso, não é, em nada a Verdade.
Isso
é histórico e concerne, portanto, à trama linear do tempo destinado a dar-lhes
um marcador para sua Liberação, um marcador que é inscrito na história, mas que
é bem mais vasto do que a história, tal como vocês a conhecem nesse mundo.
Assim,
portanto, vocês não podem representar-me, não podem idealizar-me, podem apenas
reencontrar-me, a partir do instante em que tudo o que trata do efêmero cale-se
em vocês.
Eu
me tenho apenas no interior de vocês, mas, também, no coração de cada um.
Isso
quer dizer, também, que vocês me reencontrarão no coração de cada outro, na
condição de ver apenas esse coração, de coração a coração ou de coração em
coração, mas, de modo algum, de pessoa a pessoa.
Porque
cada mundo projetado pela consciência Una é profundamente diferente e
inscreve-se em um quadro histórico tanto livre e confinado, quer ele seja
inscrito no instante ou inscrito nos espaços e tempos sem tempo e espaço, tais
como nós os conhecemos e temos conhecido nesse mundo.
Eu
não sou uma forma, eu não sou uma Presença, eu sou o conjunto de Presenças e,
sobretudo, sua própria Presença, aquela que não tem necessidade de marcadores,
aquela que não tem necessidade de palavras, aquela que não tem mais necessidade
de viver o sofrimento e que aceita, sem condição, render-se ao Espírito.
Assim,
e como vocês sabem, porque isso foi repetido por numerosas vozes, ninguém pode
penetrar o Reino dos Céus se não volta a tornar-se como uma criança, ninguém
pode ter-me como Amigo e prosseguir a agir pensando que a dualidade seja inexorável,
que o sofrimento seja inexorável.
Eu
tenho necessidade não de sua crença, eu tenho necessidade não de sua adesão a
um sistema ou outro, mas, bem mais, que, em todos esses sistemas, vocês deles
saiam livres no interior de si.
Eu
me tenho ali, no espaço da Liberdade, e eu não posso ter-me em qualquer espaço
no qual se encontre a ausência de reconhecimento do Princípio que eu encarnei,
a saber, o Amor, a Doação de si e, sobretudo, o Sacrifício de si e do Si.
Não
há outra porta.
O
conhecimento, assim como – eu espero – vocês o tenham vivido, não os conduzirá
a lugar algum que não a reforçar a muralha intransponível do mental.
O
Conhecimento direto, do coração, é o meu reconhecimento em vocês.
A
partir do instante em que esse reconhecimento é feito, não no sentido de uma
adesão a uma história ou a uma experiência, mas, sim, como a vivência real e
concreta de nossa Eternidade comum, transporta-os.
Existiram,
nesta Terra, quer meu nome tenha sido empregado ou não, numerosas
individualidades que levaram a efeito essa extração da ilusão.
Isso
é acessível a cada um, não existe qualquer barreira cármica, não existe
qualquer barreira de idade, não existe qualquer barreira de condicionamento que
vocês não possam fazer explodir, simplesmente, estando Aqui e Agora.
Como
eu dizia: «Estando nesse mundo, mas não sendo desse mundo» e, sobretudo,
aceitando, com a maior das humildades, o fato de que vocês sejam pó e que
retornarão ao pó.
A
partir do instante em que vocês mantenham qualquer apego ao que quer que seja,
a quem quer que seja ou a qualquer situação que seja, vocês não podem pretender
conhecer-me na totalidade.
Isso
não exclui, bem ao contrário, a humanidade; isso não exclui a compaixão; isso
não exclui manifestar o Amor, mesmo em seus componentes limitados nesse mundo,
qualquer que seja o reencontro.
Quando
foi dito, por mim mesmo, que a lei de Talião devia ser substituída e, quando eu
disse que era preciso estender a outra face, eu falava, é claro, da
consciência.
A
partir do instante em que vocês me procuram em si, o conjunto de manifestações
de suas vidas vai ao sentido da aceleração, mesmo se seja brutal, de nossos
reencontros.
Aquela
que me desposou, aquele que é meu amigo não poderá mais, jamais, ser submetido
a qualquer escravidão, porque ele encontrou, em nosso Reencontro, a Liberdade.
Não
há mais qualquer dúvida, porque ele sabe que é a Verdade Absoluta e que há
apenas uma, e é aquela.
E
que vocês não podem penetrar os espaços da Verdade de seu ser Eterno enquanto
mantêm, de uma maneira ou de outra, qualquer coisa nesse mundo.
Apreendam,
efetivamente, que não lhes é solicitado retirar-se do mundo, mas estar
presente, inteiramente, nesse mundo e sobre esse mundo, sem ser desse mundo.
Viver
isso cria as condições de sua Liberdade, amar sem apegar, amar, realmente, é
tornar Livre, amar, realmente, é não ter nem contas a entregar nem contas a
obter, é agir no instante, livre de todo condicionamento, livre de toda
projeção, livre de toda crença.
Realizando
isso, então, você está Livre, qualquer que seja a ausência de liberdade desse
corpo ou desse mundo no qual você está colocado.
Assim,
portanto, busque o Reino dos Céus, e o resto ser-lhe-á dado em acréscimo,
porque a Fonte, o Pai apenas pode estar em você.
É
claro, Ele é representado pelo que foi nomeado Alcyone.
É
claro, existem inumeráveis entidades que povoam o conjunto de dimensões, mas
todas aquelas que estão nos mundos livres, qualquer que seja a experiência que
é realizada, sabem, pertinentemente, por tê-lo vivido, por ter a memória
onipresente em cada deslocamento, em cada expansão como em cada retração, o que
é a Fonte, ou seja, o que você é.
Assim,
frequentemente foi dito, nas tradições, que o homem foi criado à imagem de
Deus; frequentemente foi dito que o homem apresenta, em si, a totalidade do
mundo.
Isso
não é uma visão, não é um conceito, mas, bem mais, a realidade objetiva,
concreta e eterna da consciência que encontrou.
Isso
quer dizer que ela parou de procurar fora de si, e procurar em si não é,
unicamente, escutar a pequena voz, nem escutar o coração, nem escutar o
Silêncio, mas, bem mais, em uma disponibilidade em face de Mim, em face da encarnação
do Amor e em face da encarnação da Verdade que deve revelar-se.
Pode-se
dizer, também, que, enquanto a maioria de seu tempo terrestre não está ocupada
nesse único pensamento, que não é uma interrogação, esse único pensamento é «Eu
sou Um».
Esse
«Eu sou Um» nada tem a ver com a afirmação de qualquer potência nesse mundo,
mas é uma afirmação que, quando é vivida, inteiramente, desemboca, real e
concretamente, no desaparecimento do mundo e a não implicação do mundo em sua
Liberdade interior, fazendo com que quaisquer que sejam as circunstâncias desse
corpo, quer ele esteja na privação, quer esteja no fim de vida ou no início de
vida, quer esteja contente ou descontente, quer seja afetado pelos elementos do
mundo, isso não provoca qualquer modificação da consciência, qualquer
deslocamento da consciência, qualquer que seja o grau de afetação.
Assim,
aquele que vive a Luz em cada uma de suas células, em cada um dos constituintes
de sua consciência, não pode ser afetado – mesmo se esse corpo pereça, mesmo se
o ser o mais querido pereça – pelo que quer que seja porque ele está, como eu
disse, sobre esse mundo e não é desse mundo.
É
preciso, portanto, ter os pés colocados na terra, enraizados ao solo,
enraizados no núcleo intraterrestre, enraizados no céu.
Naquele
momento, você está na Verdade Absoluta de seu ser, o que quer que seus sentidos
percebam, o que quer que sua consciência diga a você, quaisquer que sejam as
manifestações do corpo mental ou do corpo emocional.
Assim,
portanto, cabe a você, mais do que nunca, apreender o alcance dessas palavras e
aplicá-las em si mesmo, em seu ser interior amado.
É
preciso que esse Amor e essa Luz sejam o objeto não, unicamente, de suas
atenções por momentos de oração ou de alinhamento, mas tornem-se um refrão de
cada uma de suas respirações tomadas nesse mundo, para saturar-se de Alegria,
para saturar sua Presença de Minha Luz, de sua Luz e da Luz da Fonte.
É
a única solução, se há uma, que não demanda tempo algum, outro que não a
aquiescência de sua consciência, que a aquiescência à sua renúncia, ao seu
sacrifício, para o maior bem da humanidade, para o maior bem daqueles aos
quais, ou situações às quais você não dá nem tomada, nem corpo, nem peso, e que
você deixa livres.
A
Liberdade é recíproca, o mundo deixará você tranquilo, a partir do instante em
que você esteja Livre.
O
mundo agarrará você, se você não está livre.
A
Liberdade apenas é adquirida pela renúncia e o sacrifício a esse mundo, pelo
desapego e o Abandono à Luz, pelo desaparecimento total do que pode fazer o
sentido alterado da Vida marcada pelo sentimento de Alegria, pelo sentimento de
sofrimento, mas que fazem apenas refletir as satisfações de desejos ou a
insatisfação do que não é realizado.
Assim,
portanto, a Alegria sem objeto, tal como foi apresentada, tal como lhes foi
manifestada, em você ou em seu exterior, corresponde a um estado bem real da
consciência que, quaisquer que sejam as possibilidades de numerosas Moradas do
Pai, aceita permanecer no Eterno Presente, no Eterno Amor e na Eterna Vacuidade
nesse mundo como no interior de si.
…Silêncio…
QUESTÃO 74: como compreender o
sacrifício de si e do Si?
Bem
amada, o sacrifício do Si, de si, é uma Doação de si à Vida e a toda
consciência que se apresenta a você, que dá a ver e a viver o olhar do Amor,
quaisquer que sejam as circunstâncias.
Pôr
o Amor à frente não é uma vã palavra.
É
a espontaneidade daquele que é liberado desse mundo.
Liberado
desse mundo, ele apenas vê, em cada consciência, o reflexo de si mesmo no
interior dele mesmo.
Não
pode, portanto, ser questão de outra coisa que não sacrificar-se para o outro,
que é o si manifestado no exterior de si.
O
sacrifício de Si é a renúncia à Luz para si, para restituir a Luz à Eternidade.
É,
enfim, despossuir-se, si mesmo, da ilusão de ser algo nesse mundo.
Assim,
o maior dos seres que viveu entre vocês, do qual, recentemente, algumas Irmãs
Estrelas são mais do que importantes, porque elas mostram, exatamente, o que é
o sacrifício de si e o sacrifício do Si.
É
amar tanto a Verdade Absoluta, é amar tanto a Luz, é tornar-se tanto a Luz que
nada mais pode existir que não a Luz, que nada mais pode existir que não o
Amor, em cada relação, em cada conflito, em cada evento como em cada situação.
Assim,
portanto, o sacrifício de si e do Si não é, certamente, um sacrifício da vida,
mas é um sacrifício concernente à ilusão.
Então,
obviamente, se você considera esse corpo material, o que você ganhou com o suor
de seu rosto nesse mundo, diferentemente de como os meios de subsistência, você
não está pronto para fazer o sacrifício de você nem do Si.
O
sacrifício do Si faz você mergulhar, diretamente, no que você é, na Eternidade,
é o basculamento a partir da Morada de Paz Suprema no Parabrahman, do Grande Todo, que lhe dá, na volta a esse mundo, em
sua manifestação projetada, a pertinência e a compreensão direta de que tudo
isso nada tem de real e, no entanto, é vivido com a mesma intensidade que o que
você encontra no interior de si.
Não
pode haver qualquer rejeição desse mundo, não pode haver qualquer rejeição de
qualquer consciência em sua Eternidade, porque tudo isso, antes de ser
manifestado sob o olho de sua consciência está, já, presente em você.
A
Liberdade é a esse preço.
Não
pode haver Liberdade sem sacrifício livremente consentido; não pode haver
Liberdade enquanto o que você diz, o que você cria em seus comportamentos, em
suas ações, em suas meditações não é centrado em outra coisa que não você
mesmo.
Enquanto
você puxa e reporta para você a experiência no centro da consciência comum,
você faz apenas refletir e espelhar ao infinito a Luz, dando-se a ilusão a Luz,
mas não sendo a Luz.
A
Luz é completude, a Luz é contentamento, a Luz é Alegria.
Se
a Luz diminui, então, a pessoa volta à dianteira da cena e cria a falta, cria o
medo, cria a busca.
Nada
de tudo isso pode ser bem sucedido, porque a Verdade não conhece tempo, não
conhece espaço e não conhece esse mundo.
Ela
conhece apenas a Vida que flui nesse mundo.
…Silêncio…
QUESTÃO 75: poderia falar-nos
da “Promessa e do Juramento"?
Bem
amada, "a Promessa e o Juramento" corresponde ao que você já vive,
neste momento, através de suas dúvidas, através de suas certezas, através da
evidência do que você é, ou da não evidência.
"O
Juramento e a Promessa" despertou-os, no sentido de "quem vocês são",
faz vocês colocarem a questão, que transcende a noção de nascimento e de morte
nesse mundo, colocando-se a questão, justamente, do que é eterno em um mundo no
qual nada é eterno.
Os
sóis apagam-se um dia, os planetas desaparecem um dia, mas a Vida não
desaparece, jamais, ela é livre dos sistemas solares, ela é livre das Linhagens
estelares, ela é livre de toda Origem estelar.
Quando
a necessidade de experiências cessa nesse mundo, como em outros mundos, então,
a Verdade pode aparecer.
O
Imutável, o Silêncio, a Dança do Silêncio e a consciência real é a vivência da
Eternidade.
Não
se esqueça de que o véu do esquecimento é onipresente nesse mundo, a partir do
instante em que você nasce; o véu do esquecimento é, também, muito forte, a
partir do instante em que você morre nessa matriz.
Assim,
portanto, há a palavra «esquecimento».
O
Juramento e a Promessa é o fim do esquecimento.
Mas
alguns foram suficientemente longe para não poder juntar-se a esse
desaparecimento do esquecimento.
Então,
há necessidade – pelo menos elas acreditam nisso, essas consciências – de aproximar-se
passo a passo, de ter, em definitivo, no interior de si, por vezes escondida, a
expressão da dúvida, a expressão do medo, a expressão, justamente, do que não
tenha sido vivido na totalidade.
O
Juramento e a Promessa é ligado, como vocês sabem, à Fonte, sendo Um com meu
Pai, como vocês o são, igualmente.
Efetivamente,
o Juramento e a Promessa correspondem ao Retorno da Luz e, portanto, ao fim do
esquecimento.
Não
como lembrança, mas, bem mais, como realidade da própria consciência, tanto a
sua como de qualquer outra que, em definitivo, são apenas Uma.
…Silêncio…
QUESTÃO 76: uma dor
aguda nos três pontos da Tri-Unidade, um calor agudo, lágrimas e um sentimento
de reconhecimento... você pode traduzi-los?
Bem
amado, esse Triângulo percebido ao nível do peito, por dores ao nível dos
pontos, ou, em breve, nos trajetos que unem esses três pontos é apenas a
tradução do selo aposto em você por si mesmo, que ressoa à Verdade de Cristo.
É
claro, pode haver dores, pelo ajuste normal e adaptação do efêmero transitório
ao Eterno.
Assim,
portanto, os Triângulos presentes em seu corpo de Existência marcam esse corpo
a ferro em brasa, se se pode dizer, o que dá a possibilidade, no momento vindo
e sem qualquer interrupção da consciência, de viver a Passagem do efêmero ao
Eterno.
Não
se trata, portanto, de um fim, no sentido que vocês o entendiam até o presente,
ou seja, uma morte, mas, bem mais, de uma Ressurreição e não, unicamente, de um
renascimento.
Porque
a Ressurreição acompanha-se da atualização da "Promessa e do
Juramento", mas, também, da atualização de Cristo em vocês.
Então,
é claro, esse sacrifício pode ser doloroso.
Ele
pode, mesmo, marcar-se na carne, e isso foi nomeado de estigmas.
O
que vocês vivem é uma forma de estigmatização, no sentido o mais nobre.
Vocês
reconstruíram, de algum modo, sua Eternidade; vocês despertaram a consciência
adormecida.
A
vibração presente nos pontos desse Triângulo, como em qualquer outra Porta de
seu corpo ou qualquer Estrela de sua cabeça é apenas a lembrança da atualização
de sua Eternidade nesse corpo.
O
Comandante dos Anciões havia falado da lagarta e da borboleta, e da crisálida,
é, muito exatamente, isso.
A
borboleta não se lembra de que foi lagarta, a lagarta não se lembra de que ela
foi borboleta.
Tudo
o que foi escondido é-lhes revelado, quer seja nas ações e condutas das
consciências separadas ao extremo, nesse mundo, como a consciência de alguma
coisa que vocês reconheçam.
Assim,
cada irmão e irmã na carne, que vive o Reencontro com Maria, qualquer que seja
sua forma, situa-se bem além da crença, mas, sim, diretamente, na reminiscência
dessa filiação.
Quando
Maria apresenta a você, você pode apenas chorar, chorar de Alegria, pela emoção
que o toma e eleva-o até Ela e do mesmo modo, que Ela fez descer até você,
porque há Reconhecimento comum.
É
o mesmo para Cristo, é o mesmo para sua Eternidade.
Quando
do processo completo da Liberação nesse mundo, as questões desaparecem, há
certeza, e essa certeza não decorre de qualquer crença ou fé, mas,
exclusivamente, dessa Reconexão.
A
fase ulterior é a reversão dessa conexão exterior como um mecanismo que existe,
já, no interior.
Naquele
momento, os mecanismos que vocês têm experimentado e vivido, nomeados as
comunhões, as fusões, as dissoluções, as transferências de consciência vividas
como uma transferência de consciência desde a pessoa até outra consciência são
vividas com uma noção de distância, de deslocamento.
No
dia em que a atualização torna-se total do "Juramento e da Promessa",
através da presença simultânea dos três pontos do Triângulo do peito, da Nova
Eucaristia, então, naquele momento, a certeza é inabalável, porque ela corresponde,
inteiramente, à vivência da consciência e não mais à projeção da consciência
nesse mundo.
Isso
dá a ver, então, a Unidade em todas as coisas, antes de tudo em si, mas,
também, mesmo nas expressões as mais distorcidas das consciências presentes
nesse mundo.
Como
o disseram alguns intervenientes, Livres, eles disseram que esse mundo não
existia, eles disseram, também, que vocês deviam esquecer-se.
E
as frases que eu pronunciei hoje, todas, têm a mesma direção, ainda que os
sentidos delas sejam um pouco diferentes.
Vocês
não podem, nesses tempos específicos, manter, ao mesmo tempo, a consciência
distanciada e a consciência Unitária.
Isso
provoca, em vocês, episódios de compreensão, episódios, por vezes, de
distorções, mas, em caso nenhum, isso os conduzirá à exclusão da Unidade.
Simplesmente,
porque vocês têm a capacidade de ver o que se desenrola nas duas facetas da
consciência: a consciência Unificada, que é uma das facetas da totalidade da
consciência com a consciência limitada, que não reconhece a Unidade.
Aí
também, a justaposição de duas consciências traduzir-se-á, inexoravelmente, no
momento vindo, pelo desaparecimento de uma ou da outra, de maneira geral.
Eu
excetuo, é claro, os casos específicos daqueles que devem aportar a própria
pessoa a outros lugares, por razões precisas.
Em
definitivo, independentemente da história desse mundo neste período, há,
também, uma história que se repete, indefinidamente, nesse mundo que é seu
nascimento e sua morte, com alguns pontos de referência que correspondem à
inter-vida, mesmo se vocês tenham vivido o que foi nomeada "experiência de
morte iminente".
É
praticamente impossível, antes da liberação total da consciência, ter a
consciência do que vocês são nas inter-vidas nesse mundo.
Muitas
lembranças são reencontradas por aqueles que fazem "experiências de morte
iminente".
Contatos
são estabelecidos com consciências que, como vocês dizem, passaram ao outro
lado, ou seja, na matriz astral.
Eles
podem descrever-lhes coisas, mas em caso algum, o que é descrito corresponde à
Verdade, não mais do que sua verdade, porque essas duas verdades, tanto a
astral como aqui, são efêmeras e condicionadas.
O
incondicionado vive-se, real e concretamente, Aqui e Agora, a partir do
instante em que você transcende todos esses obstáculos, todas essas
perturbações que podem existir em seus campos resistentes, em seus campos
limitados, corpo físico, corpo etéreo, até os corpos os mais sutis desse mundo.
Assim,
portanto, viver essas dores nos três pontos da Nova Tri-Unidade, do mesmo modo
que viver e perceber a ação, mesmo sumária, dos Triângulos Elementares da
cabeça assinala, em você, a alquimia dos quatro Cavaleiros, a alquimia dos
quatro Pilares e o retorno ao Éter Primordial, ao Éter não falsificado.
O
período pode criar dores, eu repito, pelo reajuste e pela confrontação mais ou
menos consciente, mais ou menos direta, entre os aspectos limitados,
necessariamente presentes, uma vez que você está nesse mundo, e os aspectos
ilimitados, bem mais determinantes e bem mais importantes do que o que pode
existir no efêmero.
Assim,
portanto, ser "marcado na fronte", viver a Nova Eucaristia restitui
você à sua Verdade Eterna, ao mesmo tempo participando, ainda, do jogo desse
mundo.
…Silêncio…
QUESTÃO 77: ouvir um som
cristalino ao nível do décimo terceiro corpo...?
Bem
amada, o que você exprime corresponde, eu diria, ao Canto da Ressurreição.
O
Universo foi criado pelo Verbo e o Som, esse.
O
Universo é criado de toda Eternidade, ele não tem nem começo nem fim.
Ele
sempre esteve aí, porque ignora o tempo.
Só
a perspectiva, conforme o grau dimensional, pode fazer aparecer uma noção de
tempo, qualquer que seja.
Assim,
o Canto da Ressurreição é, efetivamente, ouvido, ao mesmo tempo, pela Ampola da
clariaudiência esquerda, mas, também, ao nível do Bindu.
Do
mesmo modo, é possível ouvir os sons da música de seus chacras.
O
mais importante é compreender que, tendo sido o Universo criado pela vibração e
pelo Verbo, ouvir o som tem um lugar importante em todas as tradições.
Existe,
por exemplo, nos yogas, uma forma chamada Kriya
Yoga que medita e que faz meditar no som interior.
A
Criação nesse mundo tem um som, a Luz nesse mundo, como em qualquer mundo, tem
um som.
O
som específico, cristalino e agudo que vocês percebem, de maneira, certamente,
muito mais acurada nesse momento, é apenas a revelação do Verbo nesse mundo.
A
revelação do Verbo nesse mundo é feita por Cristo, sua revelação da Luz em seu
ser interior faz-se, do mesmo modo, por Cristo.
O
som é a emanação primordial, o som corresponde, efetivamente, à mudança.
A
primeira coisa que faz o corpo de um recém nascido é emitir um som, do mesmo
modo que, quando você deixa essa vida, você emite um último gemido, você
entrega a alma, você expira e morre.
É
exatamente o mesmo nos outros mundos, nos quais não existe nem morte nem
nascimento, o som acompanha a Vida, estrutura a Vida, ordena a Vida e põe-na na
Alegria.
Assim,
portanto, do mesmo modo que você tem sido chamado pelo que foi nomeado o som da
alma, do mesmo modo que o som do Espírito manifestou-se, do mesmo modo que
esses sons são modificados, amplificados e mudam de frequência, isso é apenas o
anúncio da eminência de sua Ressurreição desde mais de trinta anos.
Mas
trinta anos nada são, comparados à respiração cósmica nesse Universo que
representa vinte e cinco milhões de anos e, portanto, um número incontável de
vidas na ilusão, para aqueles de vocês que ali já estavam, nesses períodos
remotos.
Hoje
o som é, também, um apelo, apelo do céu, apelo da Terra, apelo de sua
Eternidade, Apelo de Maria, a Amizade de Cristo.
Tudo
isso é uma sinfonia.
Nas
esferas da Criação as mais elevadas, imediatamente, eu diria, no aval da Fonte,
existe o que é nomeado o Coro dos Anjos.
Esse
Coro dos Anjos é a música que dá o ritmo do universo, ela emerge, diretamente,
do OM sagrado e vem revestir, animar os mundos.
A
Essência da forma encontra-se nos mundos, a Essência das dimensões encontra-se
no Verbo.
O
som é o Verbo manifestado pelo número, os sons múltiplos são a expressão de
diferentes números.
Alguns
cérebros são capazes de conceber a ligação e a vivência de um som com um
conceito ou com um número.
Esse
som é o som de sua Ressurreição.
Ao
mesmo tempo apelo, ao mesmo tempo concretização e ao mesmo tempo transformação.
…Silêncio…
QUESTÃO 78: ouvir, conjuntamente
com um irmão ou uma irmã, o som de uma sirene de navio, seguido do canto de
crianças ou Anjos, isso é um marcador que possa ser partilhado, ou um presente?
Bem
amado, o Coro dos Anjos canta a mesma sinfonia, permanentemente.
Ela
é acessível, essa sinfonia, a quem quer que tenha tirado alguns véus.
Ouvir
o Coro dos Anjos é um encantamento que é uma emoção do Espírito, se posso
exprimi-lo desse modo, ou seja, algo que os encanta, que os eleva, que os
preenche e satura de Alegria.
O
Êxtase, por exemplo, tal como lhes descreveram algumas irmãs Estrelas é,
sempre, acompanhado dessa música dos Anjos.
A
música dos Anjos, a música das Esferas, que dá a ouvir como se milhares de
coros infantis cantassem ao mesmo tempo, acoplado a milhares de sons de
violinos, o instrumento que mais se aproxima do que pode ser percebido conduz,
de maneira mais ou menos intensa, ao Êxtase.
O
Coro dos Anjos é o anúncio do retorno dos Anjos.
Obviamente,
esse processo pode ser vivido por dois irmãos ou duas irmãs ou várias pessoas,
no mesmo espaço ou no mesmo tempo ou na mesma ressonância.
Esse
som é absolutamente idêntico, do mesmo modo que o OM sagrado, quando é
percebido, é, sempre, o mesmo OM.
A
propagação do que vocês nomeiam som, ao nível de espaços interdimensionais, é
simultânea e não conhece a distância, porque esse som, ele também, o Coro dos
Anjos, é inscrito em vocês.
E
escutar a música dos anjos é bem mais gratificante e satisfatória do que
escutar seu mental ou as palavras que vocês pronunciam em interações
concernentes a esse mundo.
O
Coro dos Anjos solidifica a ponte que os une, em seu interior, a Cristo.
O
Coro dos Anjos é o marcador da Eternidade, ele é a primeira manifestação, assim
como eu disse, do OM sagrado.
É,
portanto, perfeitamente possível que, entrando em ressonância com um irmão ou
uma irmã, obedecendo, então, ao princípio que havia dado Cristo: "Quando
vocês foram dois reunidos em meu nome, eu estarei entre vocês", é a
ilustração perfeita disso.
Basta
ouvir uma vez, na encarnação, o Coro dos Anjos, para que o conjunto da vida
transforme-se, mesmo se isso não seja aparente de início.
Isso
deixa, eu diria, em sua terminologia, uma cicatriz indelével do que é a Verdade
em relação à algazarra desse mundo.
O
Coro dos Anjos é o Canto do Silêncio; o Coro dos Anjos é o que acompanha a
instalação na Morada de Paz Suprema.
Se
você porta sua consciência no som que é ouvido e vivido, então, ele pode
levá-lo ao mais próximo de Cristo, no interior de si mesmo.
Se
o Coro dos Anjos é ouvido, qualquer que seja o lugar, em você, no exterior de
você, ao nível de um ouvido, ao nível do coração, ao nível do Bindu, isso traduz a realidade dessa
ponte que o une a Ele.
Do
mesmo modo que algumas aparições, sem prejulgar sua origem, criam, de algum
modo, uma ruptura do quadro de referência, uma ruptura do quadro de
continuidade; é o mesmo para o Coro dos Anjos.
Ele
é a expressão a mais elevada das quatro Chamas que se têm diante da Fonte ou Hayoth Ha Kodesh.
…Silêncio…
QUESTÃO 79: ouvir um canto,
cantado por Maria, tem o mesmo significado?
Bem
amada, o Coro dos Anjos encanta você.
O
Canto de Maria não é ligado do nível do Coro dos Anjos.
Ele
representa a polaridade feminina do que se poderia chamar a divindade ou, se
você prefere, o Feminino Sagrado.
Ele
é uma das expressões polarizadas da Unidade.
Ouvir
o Canto de Maria deve acompanhar-se, se ele é real, não de um encantamento,
mas, desta vez, de uma Plenitude e de uma Presença no instante presente.
Assim,
portanto, ele traduz a realiança e a ressonância não a Cristo, mas, a mais ou a
menos, conforme os casos, à Vida.
Há,
portanto, uma conexão à Vida, mesmo nesse mundo, uma vez que, eu os lembro, a
Vida foi aportada por Maria.
O
Canto de Maria é, portanto, um Canto de celebração da Vida.
O
Coro dos Anjos é uma lembrança da Eternidade e do que vocês são na Eternidade,
antes mesmo do ato de Criação ou de co-Criação consciente.
…Silêncio…
QUESTÃO 80: a frase
"Pai, eu entrego meu espírito em Suas mãos" significa que nós temos
um espírito individual que vai dissolver-se na Fonte e, assim, reencontrar
nossa Eternidade?
Bem
amada, pronunciar essa frase: "Pai, eu entrego meu espírito em Suas mãos”
deve corresponder à Crucificação que é vivida, ou seja, o desaparecimento da
ilusão.
Repetir
essa frase em si não tem o mesmo valor nem o mesmo alcance que aquele que a
repete uma vez que ele é crucificado.
A
Crucificação corresponde à Última Reversão e ao retorno da Unidade que põe fim
à ilusão.
Assim,
portanto, pronunciar essas palavras quando da Crucificação é, efetivamente, um
ato de Abandono Final à Verdade e ao Absoluto.
Contudo,
pronunciadas nesse mundo, desse lugar no qual você está, sem viver a
Crucificação é, simplesmente, apenas um címbalo que ecoa sem efeito algum.
Não
basta afirmar "Pai, eu entrego meu espírito em Suas mãos” para que isso se
faça.
É
preciso, primeiramente, que sua vida dê-lhe a viver sua própria Crucificação.
Isso
sobrevém, como alguns Anciões ou algumas Estrelas explicaram, sempre, em um
momento de grande Abandono, mas, também, de grande sofrimento, quer seja a
perda de um próximo, quer seja um evento chocante vivido em si, quer seja em um
instante de sofrimento e de depressão intenso no qual, naquele momento, as
resistências caíram, no qual, naquele momento, a resistência é vã, como no caso
de uma crucificação física.
É
naquele momento que o sacrifício de si deve fazer-se.
Mas
repeti-la na consciência comum, mesmo sob a forma cantada, é apenas um engano,
enquanto você mesma não esteja na Crucificação pela própria Luz.
Essa
Crucificação que pode tomar a forma, eu repito, de um sofrimento extremo que
desemboca, como por paradoxo, no Amor o mais puro porque, naquele momento,
quando da perda, há um "Para que serve?", que se manifesta,
concernente tanto a esse corpo como a uma relação que acaba de desaparecer.
É
nesse sofrimento que inúmeros seres humanos puderam encontrar a força de
apoiar-se para descobrir-se a si mesmos.
Naquele
momento, foi dito, mesmo sem pronunciar as palavras: "Pai, eu me abandono,
eu entrego meu espírito em Suas mãos”, porque eu mesmo não tenho meio algum
para agir em mim mesmo nem agir no mundo”.
Apenas
pode restar, naquele momento, a Verdade nua do ser Eterno que aceita, sem
condições, a sorte que a ele é dada e eleva-se acima dessa sorte, justamente,
por capitulação, de algum modo.
Aí
se encontra a Verdade do coração, aí se encontra o Contentamento do coração e a
Essencialidade do coração.
…Silêncio…
QUESTÃO 81: poderia falar-nos
do perdão?
Bem
amada, o perdão é um primeiro passo para a Eternidade, não é um reconhecimento
do outro ou da situação como integrante de si.
Mas
é, antes de tudo, o que eu poderia nomear um ato de contrição, de
reconhecimento de algo que não estava em acordo.
O
perdão é dado, frequentemente, em sua tradição Ocidental, no dia do que é
nomeado "as Cinzas" no qual você se dá a paz, você se cerra em seus
braços, você se aperta as mãos e o que passou é perdoado.
Perdoar
é entregar as faltas, é entregar isso não, unicamente, em si ou entre duas
pessoas, mas é, bem mais, um ato de reconhecimento da potência da Luz.
Esse
perdão é portador, em si, da energia da Graça, esse perdão faz você sair da
resistência no que concerne a essa problemática.
O
perdão permite, mesmo em meio a práticas desse mundo, desvendar algumas particularidades,
algumas formas de amor, certamente, ainda, condicionado, mas cuja ressonância é
direta com o Amor incondicionado.
O
perdão é, portanto, uma ferramenta de liberação, de si mesmo como do outro, o
que permite desligar o que estava ligado aqui na Terra.
Eu
os lembro de que o que foi ligado na Terra será desligado na Terra, e o que foi
ligado no Céu será desligado no Céu.
O
perdão é um dos elementos que permite esse desligamento.
Perdoar
quer dizer, também, que não há a necessidade de voltar a esse perdão.
O
perdão torna-os quites, energeticamente, mas, também, em relação ao Amor.
Qualquer
que seja a falta, qualquer que seja o erro, há o perdão e, portanto, de algum
modo, o perdão seria uma forma de Graça adaptada às suas relações humanas, mas,
também, às suas relações ditas espirituais.
Mas
o perdão não é o coração.
O
coração não tem necessidade de perdoar, porque ele é, de toda Eternidade, e não
pode ser afetado, de maneira alguma, pelo que quer que seja.
O
perdão é, portanto, ligado a um desequilíbrio do coração em relação a uma ação,
um pensamento ou um sentimento, ou concernente a uma relação entre dois seres.
Perdoar
é, já, liberar-se a si mesmo.
Perdoar
é, também, em parte, liberar o outro, é fazer a paz, é dar-se a Paz, é permitir
a um véu inútil liberar-se, desaparecer e ser dissolvido do coração, o que
permite ao coração não mais ser entravado por um histórico, por uma lenda ou
por um evento passado.
Se
você está no instante presente, cada sopro de sua vida é um perdão e uma Graça
porque, no instante presente não pode haver traços de ciúmes, não pode haver
traços de uma ferida passada.
O
instante presente é a disponibilidade total da consciência em relação ao
coração e não implica possibilidade de perdão porque o que emana de você é a
Graça e o perdão, espontaneamente.
Não
há, portanto, necessidade de formalizar a noção de perdão, contudo, nesse
mundo, dar-se a Graça, pedir-se perdão, dar-se a Paz é um ato importante que
permite, a vocês também, de um lado como do outro, liberar-se do que pode ser
confinante, do que pode tê-lo ferido, do que tem necessidade, segundo o sentido
da pessoa, de ser reparado.
Essa
reparação, esse perdão e essa Paz são a imagem em ressonância do que acontece
ao nível do coração.
Nesse
sentido, o perdão pode parecer indispensável para liberar-se disso e
liberar-se.
…Silêncio…
QUESTÃO 82: quais seriam as
preconizações de Cristo para viver, de maneira pacífica, os eventos atuais?
Bem
amada, exceto voltar-se para seu ser essencial interior, não há qualquer meio
para suavizar o que acontecerá no exterior.
A
única solução é, unicamente, interior, uma vez que a descida do Espírito Santo,
na totalidade, é um Fogo devorador, que põe fim, sem qualquer exceção, a tudo o
que é efêmero e ilusório.
Você
não pode, portanto, esperar encontrar, nesse efêmero, uma consolação duradoura.
Só
a entrada em si, a descoberta de seu coração permitirá a você estar ao abrigo
de tudo isso, porque o coração encontrado não pode aderir, de maneira alguma,
ao que se desenrola na tela da cena dessa vida, no que foi construído como
ilusão.
Assim,
portanto, a solução encontra-se, exclusivamente, voltando-se para seu interior,
aceitando ver-se não como você parece ou como você acredita, em suas histórias ou
suas energias, mas, sim, tal como você é, profundamente.
Primeiramente,
você ali verá, é claro, sobretudo desde que exista um início de justaposição do
Corpo de Existência e do corpo efêmero, há a possibilidade real de ver, no
interior de si, o que está conforme a Inteligência da Luz e o que dela se
afasta.
Não
para julgar-se, não para julgar o outro, mas, simplesmente, para vê-lo.
A
partir do instante em que você vê isso, a questão de uma técnica não se coloca,
porque lhe basta, então, colocar-se em um lugar ou em outro.
Em
um dos lugares há perpetuação do sofrimento, perpetuação da interrogação,
necessidade de compaixão, necessidade de técnicas.
Em
contrapartida, a partir do instante em que seu olhar está, exclusivamente,
voltado ao que se desenrola no Coração do Coração, mais nenhuma manifestação do
exterior pode alterar o que quer que seja no que você é, e isso cai,
perfeitamente bem, porque é, exatamente, o que vai acontecer.
A
um dado momento, o mundo exterior desaparece, um pouco como quando você dorme,
mas, ao invés de dormir, você encara a si mesmo e vê, clara e nitidamente, como
a ponderação de sua própria alma, se ela existe, em face de si mesmo, dando-lhe
a ver, tal um panorama, não as cenas ou os eventos, mas, mais de onde você vê
as coisas e de qual lugar você as vive, de qual andar de seu ser você atribui
um crédito, de qual andar de seu ser você vê a Verdade, de qual andar de seu
ser você é tocado ou não.
Assim,
portanto, o Coração do Coração, o Centro do Centro, a Morada de Paz Suprema aparece,
a partir do instante em que todo o resto desaparece, e não antes.
Portanto,
você não pode apoiar-se em nada do que você conhece, em nenhuma lenda pessoal,
mesmo aquela de um santo.
Você
apenas pode ali encontrar pontos de orientação e de referência, como se você
olhasse um mapa, mas é a você que cabe viver o território.
O
mapa não é o território, o mental não será, jamais, a Verdade, o que quer que
ele diga, o que quer que ele faça, porque ele não é a ferramenta adequada para
seu próprio desaparecimento.
…Silêncio…
Não
temos mais questões.
Obrigado.
Pelo
Espírito do Sol, hoje, Aqui e Agora, na Presença uns dos outros, e em
consciência e Presença do Grande Todo, que a Paz seja dada e vivida.
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