12 de set. de 2011

IRMÃO K – 12 de setembro de 2011

DO SITE AUTRES DIMENSIONS.


Áudio da Mensagem em Francês

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Eu sou IRMÃO K.
Recebam, Irmãos e Irmãs, todas as minhas saudações e todo o meu Amor.
Minha intervenção desta noite situar-se-á na sequência lógica de várias intervenções que eu lhes dei, concernentes, tanto à Liberdade e à Autonomia como à liberação do conhecido e o acesso ao desconhecido.

Eu desejaria, esta noite, mantê-los no desafio do tempo presente.
Esse desafio do tempo presente inscreve-se em suas perspectivas.
A primeira que é, eu diria, totalmente independente de qualquer tempo exterior, de qualquer calendário e que é válida a qualquer momento (e que foi válida a qualquer momento, no passado).
Eu terminarei esta exposição por uma segunda perspectiva que é muito mais focada no presente do tempo que vocês vivem, que aporta algumas iluminações e algumas precisões concernentes ao desafio do tempo presente.

Inúmeros Arcanjos, inúmeros Anciões exprimiram-lhes a necessidade de aproximar-se de HIC e NUNC, AQUI e AGORA, ou seja, aproximar-se do que vocês vivem, em Consciência, no instante presente, a fim de não ser afetado, em qualquer nível que seja, por seu passado, sua história ou uma projeção no futuro, qualquer que seja a razão, qualquer que seja a causa.

Certo número de elementos foi comunicado que permite, através de diversas técnicas, diversos procedimentos, aproximar-se desse famoso instante presente.
Tempo presente que lhes permite, ao nível emocional, mental e ao nível da Consciência, realizar uma espécie de alinhamento que permite beneficiar-se de alguns afluxos e de alguns influxos correspondentes a uma captação de Luz ou de uma Consciência, diferente da consciência comum e que permite a alguns viver e manifestar a Consciência que foi nomeada Turiya ou Supramental.

O desafio do tempo presente sempre foi, em todas as tradições e em todos os povos, certamente, o elemento o mais ambíguo, o mais complexo e, ao mesmo tempo, o mais simples a realizar.
De fato, o instante presente é, por Essência, inapreensível, uma vez que, assim que vocês pensam no instante presente, ele já passou.
E vocês estão num novo instante presente.
O que foi significado com isso (e vocês reencontram essa noção em todos os ensinamentos, tanto Orientais como Ocidentais): existem, através da oração, da meditação, da contemplação e de outras técnicas derivadas (o yoga também), meios que foram dados ao Homem experimentar uma aproximação da não linearidade do tempo, tal como é percebido e vivido pela consciência comum, quando estamos encarnados.

O conjunto de místicos, de qualquer origem, descreveu um momento específico, como se existisse uma apreensão da Consciência, que transcende, justamente, essa linearidade do tempo passado, presente e futuro, permitindo à Consciência, no espaço de um instante, no espaço de um momento mais longo, sair dessa linearidade do tempo e desembocar numa Consciência não habitual, na qual as percepções dos sentidos, na qual as percepções da consciência não são mais, de modo algum, habituais.

Alguns místicos consideraram mesmo – e viveram – que a parada do tempo era, de algum modo, ao nível do desenrolar da consciência, indispensável para aceder a essa Consciência não comum e viver um estado de Consciência que propicia um estado diferente do comum e que se acompanha de manifestações não habituais.

A linearidade do tempo é, de qualquer forma, inevitável para o ser humano encarnado, como para qualquer forma de vida encarnada e presente na superfície desse mundo.
Existiria, portanto, um espaço, que não depende de um passado, que não depende de um futuro no qual, através da meditação, da oração, da contemplação, do yoga ou outra coisa, seria, portanto, possível escapar dessa linearidade e aceder a um tempo que eu chamaria de transcendente.

A problemática do mundo moderno – e independentemente desse espaço específico de tempo que vocês vivem – foi modificar a percepção do tempo, mesmo, pela Consciência, uma vez que o ser humano, pode-se dizê-lo, em suas diferentes partes de povoamento, sempre seguiu, como foi dito, os ciclos da natureza.
Há ainda pouco tempo, em definitivo, na escala humana, o Homem seguia o curso do Sol, levantava-se com ele e deitava-se com ele.
O progresso modificou, é claro, esse agenciamento lógico do tempo, entre o levantar e o deitar do Sol, fazendo alternar os ritmos de sono e de vigília.
Alguns trabalham à noite.
A Luz mudou, devido à sua abundância (eletricidade), permitindo viver ao seu ritmo, não dependendo mais, de modo algum, em todo caso para essa parte, de qualquer ritmo Solar.
De certa forma, pode-se dizer que o Homem liberou-se de alguns limites de tempo.
Isso é, também, similar, aparentemente, no que se chama a duração de uma vida, cuja esperança, calculada e nomeada assim, aumentou, progressivamente e à medida desse século XX que acaba de escoar-se.

A esperança de vida era limitada a uma geração, há ainda alguns séculos, e, progressivamente, essa esperança de vida permitiu aos humanos vislumbrar, de algum modo, ter várias vidas numa vida.
Assim, apareceram mudanças de carreira, mudanças de cônjuge ou mudanças de lugar.
De fato, a modernidade aportou uma mobilidade no tempo, e esse tempo, de algum modo, estendeu-se, prolongou-se, permitindo ao humano efetuar várias experiências de frente e encontrar o que vocês chamam de informações, por diferentes fontes, que não cairiam mais sob o sentido habitual do olhar e da observação do ritmo e das estações, mas tornaram-se, eu diria, globalizadas e mundiais, permitindo, por intermédio de seus meios modernos de comunicação, transcender esses limites inscritos no calendário solar ou num calendário temporal específico ligado a espaços específicos da Terra.

O ser humano adaptou, portanto, de algum modo, seus mecanismos de vida em relação ao desafio desse tempo presente, em relação à modernidade, fazendo-o captar (pode-se empregar essa palavra) certo número de elementos que lhe teria sido impossível captar anteriormente.
Eu não falo unicamente de informações, mas mesmo do acesso a um conhecimento de seu ambiente, que era ainda impossível há somente uma centena de anos.

A questão que se põe é saber se essa modernidade, essa elasticidade do tempo, essa saída do tempo solar permitiu ao humano aproximar-se da transcendência.
É claro, isso, vocês podem imaginar, estritamente, nada é, bem ao contrário, uma vez que tudo foi criado, na modernidade, para colocar o Homem num ritmo desenfreado de competição, que nada mais tem a ver com uma vida calma que evolui segundo as estações e segundo o ritmo do dia, com ocupações ritmadas por esse mesmo ritmo do dia.
Então, é claro, a consciência do humano moderno, hoje, nada tem a ver com a consciência do humano da Idade Média.
E eu falo, nesse nível, do humano normal, que não tem busca específica de sentidos, de espiritualidade, e que ocupa sua vida em sua personalidade, levando a efeito suas ocupações.

Hoje, os meios de sedução, de informação, de conhecimento criaram uma multidão de apoios (tecnológicos ou outros) que atraíram o ser humano a essa modernidade.
Essa modernidade, efetivamente, tornou muito mais fácil a vida comum.
De fato, para ter a água basta, em geral (em todo caso, no Ocidente), abrir uma torneira: não há mais balde para descer no fundo de um poço, nem deslocamentos para ir até esse poço.
O conjunto de deslocamentos, aliás, tornou-se muito mais fácil e inscrevem-se, como vocês, talvez, observaram, em tempos cada vez mais rápidos, exceto, é claro, nas cidades, no que vocês chamam os engarrafamentos.

O humano tornou-se, portanto, capaz, através de sua técnica, de deslocar-se de um extremo ao outro do planeta.
Agora, será que se pode dizer que isso se acompanhou de uma possibilidade ao ser humano para viajar, de algum modo, em seu ser Interior e experimentar o conhecimento Interior de seu estado transcendente?
Obviamente, a resposta é não, uma vez que essa modernidade acompanhou-se, como foi escrito nos textos Orientais, pelo aparecimento de uma idade de decadência, chamada Idade Sombria ou Kali Yuga, na qual o homem afunda-se, cada vez mais, numa materialidade e num afastamento de ciclos naturais, que o afastam, assim, de seu contato, inerente e natural, com sua natureza de ser que vive sobre esta Terra.

O problema não é, para mim, discorrer sobre os méritos ou os deméritos dessa evolução, se é uma, ou uma involução.
O objetivo é, antes, aperceber-se, real e concretamente, de que o conjunto dessa evolução – ou involução – conduziu o Homem a afastar-se, cada vez mais, de sua transcendência.

No passado, não tão distante, o ser humano não se colocava a questão da transcendência: ele vivia completamente inserido em sua dinâmica de tempo presente.
Ele não se fazia, tampouco, a pergunta de qualquer falsificação, de qualquer Unidade e, eu diria mesmo, que ele não se colocava, geralmente, a questão do bem e do mal, para além de seu próprio círculo de vida que concernia, geralmente, à sua família e ao seu círculo restrito, que evoluía no mesmo espaço ou num espaço próximo, em todo caso, do dele.

Assim, apareceu o que, de maneira universal, foi chamada a civilização do lazer, ao mesmo tempo em que se instalava a civilização da competição e da informação.
Isso não deve ser julgado, uma vez que é, e correspondeu, de algum modo, à concretização de certo número de projeções exteriores da humanidade em seu conjunto, através do que lhes é conhecido como um sistema de crenças, um sistema de valores ou um sistema de melhorias do âmbito de vida.

Muitos de vocês, hoje, sabem e vivem o fato de que esse âmbito de vida não é, a priori, absolutamente nem libertador nem desabrochante, nem transcendente.
É, de fato, extremamente difícil para um ser que adotou a modernidade, em sua totalidade, e inscrito num curso para essa modernidade e para esse progresso (e, em especial, se ele tem um papel social ou econômico de primeiro plano), falar de qualquer transcendência.
O mundo moderno pôs fim a essa aparência de separação, pôs fim a essa aparência de distância, aproximou certo número de elementos do humano, mas que nada têm a ver, é claro, com a transcendência do humano, ao mesmo tempo dando a impressão de uma liberdade maior do que anteriormente, devido mesmo ao prolongamento da vida, devido mesmo à capacidade para simplificar o que nós chamamos as necessidades correntes e para criar, de algum modo, novos desejos e novos prazeres, diretamente oriundos da engenhosidade tecnológica do humano do século XX.

O desafio desse tempo presente é, justamente, reconectar, de algum modo, com a natureza, reconectar com os ciclos e com os ritmos que eu chamaria naturais.
É claro, o fato de ter criado uma possibilidade de ter a luz em plena noite, pela eletricidade, o fato de não mais estar isolado pelas noções de calendário diurno tornou o Homem muito mais ávido e muito mais orientado para o exterior que o que ele era durante os tempos precedentes.

O desafio do tempo presente é, portanto, chegar a encontrar, nessa acentuação do tempo e nessa ampliação do tempo (que não é uma parada do tempo), encontrar o meio ou os meios que vão permitir aproximar-se desse tempo presente, para além da linearidade desse tempo que se escoa, para além das seduções, dos prazeres e das atrações desse mundo, de sua tecnologia e de seus meios, para ir à busca de Si.
Ir à busca de Si jamais necessitou de mudar de país, jamais necessitou de mudar do que quer que fosse.
Pode-se mesmo dizer que ir ao reencontro de Si é totalmente, a priori, independente de qualquer corrida ou de qualquer busca exterior.

A busca de Si pode fazer-se através da adesão (isso vocês sabem) a religiões, a princípios, a filosofias, a crenças, a uma experiência também.
Mas isso é apenas uma busca.
O desafio do tempo presente é que supõe, cortando todas as fontes de informações ditas exteriores ou exógenas, encontrar uma transcendência.
Essa transcendência, enquanto é inscrita numa busca exterior, fosse a mais louvável, através de exercícios exteriores, através da adesão a uma religião ou a uma filosofia não permite, infelizmente, jamais, encontrar a transcendência.

De fato, até o presente e até um tempo relativamente recente, o número de seres humanos que teve acesso a essa transcendência pela adesão a uma religião, a um princípio, a uma filosofia é extremamente limitado.
E, aliás, aqueles que fizeram parte de sistemas de crenças, sejam religiosas ou outras, e que acederam a essa transcendência, tanto no Oriente como no Ocidente, foram tão raros que se tornaram ou santos ou personagens, em todo caso, rastreáveis segundo a tradição e que atraíram muitas pessoas que esperavam, pelo reencontro com esses seres, viver uma parcela dessa transcendência, uma parcela dessa eternidade.

Isso foi extremamente flagrante no século XIX e no século XX quando, como vocês sabem, a maior parte daqueles que são chamados os Anciões estava presente sobre a Terra para ancorar, de algum modo, a revelação da Luz que vocês vivem hoje.
Esses seres, qualquer que seja o lugar de predileção deles, qualquer que seja sua origem ou seu lugar de vida deixaram uma mensagem, deixaram um testemunho por seu caminho, por sua vivência.

O conjunto desses seres que, hoje, constitui a Assembleia dos Melquisedeques, deixou o plano da Terra, o mais tardar no curso dos anos 1985-90.
Depois desse tempo, a época dos Mestres Encarnados terminou, totalmente.

De fato, o que devia ser ancorado foi, totalmente, ancorado.
As informações disponíveis que nós deixamos, uns e outros, puseram, de algum modo, as bases, mesmo se algum de nós, naquele momento, não pôde evocar claramente o que era a Unidade, de maneira tão nítida como hoje, porque era extremamente difícil poder aceder a esse estado de Unidade sem ter parado o tempo, justamente, e sem ter saído da linearidade do tempo, inteiramente.
O que não é seu caso, hoje, porque muitos de vocês que viveram as transformações Vibratórias prosseguiram sua vida nesse mundo, em sua linearidade habitual, mesmo se alguns componentes foram mudados em seus diversos ambientes.

O desafio do tempo presente sempre foi, portanto, o de extrair-se, de algum modo, de uma maneira ou de outra, o tempo de viver a experiência dessa saída do tempo: o acesso à transcendência.

Nós sempre insistimos, em nossa vida (qualquer que tenha sido nossa filosofia de vida, nossas adesões às nossas crenças, nós também), em mostrar, cada um à sua maneira, que existiam exercícios da consciência (de minha parte), exercícios espirituais (para outros), testemunhos de vida (para outros ainda), que permitiam transcender a linearidade do tempo, quer isso fosse exprimido através de curas (como o Mestre Philippe de Lyon, que viveu um pouquinho antes), quer fosse através de ensinamentos espirituais, pedagógicos (como o fez nosso Comandante, ou como o fizeram, também, outros Anciões que criaram escolas, como Mestre RAM).
Tudo isso correspondeu a uma época em que os seres humanos estavam ávidos para encontrar um Mestre exterior a seguir, para banhar-se no ambiente dele.

Em minha vida, eu jamais busquei isso, uma vez que eu mesmo rejeitei, de maneira formal, invocando que, ao meu sentido (e isso se verifica hoje, para muitos seres humanos), não há outros mestres além de si mesmo, quando você decide cruzar a Porta de seu próprio Coração, e que nenhum testemunho, hoje, pode substituir o testemunho direto da Luz e que nenhum ser humano, qualquer que seja, pode aportar-lhes o que vocês são no direito de viver, vocês mesmos, sozinhos, com a Luz Vibral.

O desafio do tempo presente e dos tempos que vocês vivem desde um século e, sobretudo, agora (e não falo dos tempos reduzidos que virão na segunda parte de minha exposição), é que a Luz Vibral convida-os para sair do tempo.
Ela os convida a sair do tempo em seus espaços de alinhamento.
Ela os convida a sair do tempo nos espaços Vibratórios que vocês vivem, independentemente dos alinhamentos.
Vocês todos constataram que, por momentos (não necessariamente localizáveis em relação à Luz ou em relação a um humor Interior), o afluxo de Vibrações faz-se mais intenso, ao nível da cabeça, para a maior parte de vocês e, para alguns de vocês, já ao nível do Coração e, para outros, mais raros, ao nível do Kundalini.
Esse apelo da Luz necessita, de sua parte, de uma atenção e uma meticulosidade extremas, que lhes permitam responder, de algum modo, de maneira adequada, a fim de beneficiar-se ao máximo e de recolher os influxos da Luz que são, vocês sabem, transformadores ao nível de sua consciência.
Tudo isso, uns e outros, vocês seguiram, em graus diversos e realizaram, em graus diversos.

Convém, também, compreender que, nesse tempo presente e independentemente de tudo o que nós demos, uns e outros (e mesmo através do que eu desenvolvi, há pouco tempo, através de algumas Portas a passar, a transcender), em definitivo, apenas você sozinho é que pode efetuar essa última passagem.

Então, para que, vocês podem dizer-me, ter efetuado todas essas preparações?
Bem, simplesmente para levá-los diante dessa Porta.
E essa Porta, apenas vocês é que podem cruzá-la, e vocês sozinhos.

Inúmeras Estrelas e inúmeros Anciões, independentemente de mim mesmo, exprimiram o que era a passagem dessa Porta estreita e eu os remeto às suas intervenções.

A passagem dessa Porta, da qual grande coisa não pode ser dita enquanto não se viveu porque, já, exprimir-se sobre ela em palavras a travestiria.
É claro, pode-se falar de Samadhi, pode-se falar de Consciência Unificada, pode-se falar de Existência, mas são apenas palavras, enquanto que o Ser, ele mesmo, não o viveu, fundamentalmente, no Interior de si mesmo.
O paradoxo é que, parar o tempo para viver isso, deve fazê-los aceitar e compreender que, estritamente, nada há a buscar que já não esteja aí.
Aí está o primeiro paradoxo e, sobretudo, nesses tempos reduzidos, sobre os quais eu voltarei.

De fato, a Consciência chamada Turiya (ou Consciência Unitária) manifesta-se a partir do instante em que tudo o que é da ordem da consciência habitual apaga-se, ou seja, a partir do instante em que os sinais habituais da consciência (emoções, pensamentos, relações, Atração, Visão), tudo o que é da ordem da consciência comum, de algum modo, faz silêncio.
O que pode fazer dizer (e como foi dito, aliás, há extremamente longo tempo, por alguns Anciões, no tempo da vivência deles) que a Consciência da Unidade já estava aí.
Ela não tem que ser buscada e escavada em algum lugar para ser encontrada, mas ela necessita, finalmente, apenas de uma coisa: que se volte para ela.
E é exatamente isso.

Então, é claro, a consciência da personalidade, habituada a encontrar os elementos de resposta no exterior, na compreensão intelectual, na compreensão emocional, em sua vida, em suas referências de suas vidas passadas, numa projeção num futuro idílico ou transformador, de fato, vai procurar onde não é necessário, ou seja, ainda uma vez, no exterior de si.

A Luz é um Apelo.
Ela é um Apelo, de fato, de vocês mesmos, em sua Dimensão de Eternidade de vocês mesmos, que os chama, de algum modo, para desviarem-se da consciência comum e para voltarem-se, francamente, para essa Consciência não comum.

A Consciência não comum não é, portanto, algo a conquistar, não é, portanto, algo a fazer, mas é, justamente, um estado a conscientizar-se, ou seja, a ser e a realizar.
Mas essa Realização, esse Despertar não pode estar inscrito em outro lugar que não no instante presente.
E toda a sutileza será, por meios diversos e variados, parar tudo o que não é esse instante presente porque, assim que o instante presente é vivido como instante único, a consciência sai, instantaneamente, dessa linearidade do tempo.

Ora, a consciência não sai dessa linearidade do tempo, habitualmente, a não ser em situação de urgência.
Vocês todos conhecem, ao redor de vocês (ou já viveram, vocês mesmos), esse mecanismo de acidente ou de urgência instantânea que ejeta, literalmente, a consciência, a um espaço no qual não existe, justamente, mais apreensão ou, por vezes, a vida vai desfilar atrás dos olhos fechados.

No espaço de um bilionésimo de segundo vive-se toda a vida.
Existe, portanto, um mecanismo, bem real, ligado à urgência que conduz o humano a viver essa saída da linearidade do tempo.
Isso foi descrito bem além e bem mais amplamente do que a experiência mística.

O acesso à Consciência Turiya é, portanto, algo que está aí, mas que não está, de algum modo, desvendado, revelado ou manifestado, e o que impede a manifestação da Consciência Turiya sempre foi (o que disseram os meditadores, o que disseram as pessoas que oravam) o afastamento desse estado pelas atividades, mesmo efetuadas na vida comum.
É por isso que, nos tempos passados, inúmeros místicos provaram a necessidade, real, de isolar-se, de renunciar a toda a vida exterior para poder encontrar esse estado de Consciência.

Lembrem-se, como eu o disse, de que hoje, a maior parte dos humanos, desde a partida dos Mestres, consegue, espontaneamente (e para uma parte não negligenciável da humanidade) viver experiências de Unidade e, isso, independentemente de qualquer situação de urgência.

Esse acesso à Consciência não comum pode desvendar-se, também, para algumas pessoas, à noite.
O desafio, portanto, de seu tempo presente, é muito específico.
É que, através da vida que vocês vivem, que os afasta do tempo presente, será necessário encontrar o tempo presente.
O que não se punha como questão anteriormente põe-se, hoje, como uma questão crucial, tanto mais que, a partir do início do século XX, certo número de movimentos espiritualistas aparece e proclamou, de algum modo, a descoberta da alma, e convidava-os a conhecer as leis da alma.

Mas, como eu tive a ocasião de dizer e como eu o repeti esta noite, as leis da alma não são as Leis do Espírito.
As leis da dualidade não são as Leis do Espírito.
As leis que foram aplicadas por esses espiritualistas concernem às leis da matéria, mas não concernem às Leis do Espírito.

Assim, portanto, desenvolveu-se o que eu denunciei em minha vida: certo número de espiritualidades, extremamente desenvolvidas hoje, que arrastaram o ser humano a afastar-se ainda mais do Espírito, fazendo-o descobrir as engrenagens da alma, criando leis chamadas Leis do Espírito, mas que não são, de modo algum, as Leis do Espírito, mas que são apenas o reflexo, ao nível da alma, de leis da personalidade e de leis do confinamento.

A única verdade, a única Unidade possível apenas pode encontrar-se quando, justamente, vocês abandonam todos esses tipos de ensinamentos, todas essas informações concernentes à alma e concernentes a qualquer evolução espiritual ligada à reencarnação ou ligada a um futuro melhor nesta Terra porque jamais, é claro, esses ensinamentos falarão da finalidade deles.
É claro, eles falarão de acesso à Luz, eles falarão do Amor, mas, em momento algum, eles os prevenirão sobre o que está chegando a esta Terra nesse momento mesmo.

Portanto, todo o objetivo deles foi o de desviar, assim como a modernidade, o humano de sua transformação e de sua transcendência.
A finalidade do Espírito não pode ser outra coisa que não o Espírito.
A finalidade da personalidade não pode ser outra coisa que não a personalidade.
A finalidade da alma não pode ser outra coisa que não a alma.

O que acontece?
O Espírito não está presente nesse mundo.
É claro, é muito fácil dizer que o Homem é encarnado corpo, alma e Espírito, mas, quem pode dizer que ele viu sua alma?
Quem pode dizer que ele viu o Espírito?
Quem pode dizer que viaja, em toda liberdade, nas Dimensões da Eternidade?

Até o fim do século XX, mesmo os Mestres encarnados, entre os Anciões, que viviam Samadhi (no entanto, autênticos e totais), dissolveram-se no que é chamada a dissolução brahmânica ou a dissolução do atman, mas, em momento algum, puderam descrever os outros mundos existentes na Unidade.
Esse aspecto multidimensional é uma descoberta que aparece, para algumas pessoas, e cada vez mais, há vinte ou trinta anos, concernente ao acesso a uma nova Dimensão de vida que se prepara, agora, desde mais de uma geração.

O primeiro fluxo de codificação Vibratória da nova Dimensão chegou sobre a Terra no início e no meio do ano de 1984.
Foi naqueles momentos que partiram os últimos Mestres que ainda estavam encarnados que são, hoje, os Melquisedeques, para aqueles que estavam encarnados naquele momento.
Isso significa, também, que, naquele momento, o trabalho que nós tínhamos a realizar estava terminado e que nós devíamos deixar o lugar para outro tipo de trabalho, que era a emergência da Luz, do Espírito, em cada alma e em cada personalidade que o desejasse.
Esse trabalho realizou-se, de algum modo, pouco a pouco, para cada vez mais seres humanos.
Esse potencial de seres humanos que foi multiplicado por uma transmissão, eu diria, horizontal, de cada ser humano desperto, por simpatia, por ressonância, com outros seres humanos ao redor dele.

O trabalho dos Arcanjos, dos Anciões, das Estrelas permitiu, também, tornar acessíveis os ensinamentos da Unidade.
Ser ensinado sobre a Unidade não é viver a Unidade.
Ser ensinado sobre a Unidade dá acesso à vontade e a possibilidade, ao desejo de viver a Unidade.
Permite, contudo, abrir o que foi chamada a Coroa Radiante da cabeça, que fez São João dizer (que foi, como vocês sabem, bem mais tarde, Sri Aurobindo): «Haverá muitos chamados, poucos escolhidos, eles serão marcados na fronte».
O que Sri Aurobindo descreveu como chegada do Supramental e da transformação de células, ligada à chegada do Supramental.
Tudo isso vocês vivem, eu diria, diretamente, hoje, há algumas dezenas de anos, sobre a Terra.

O desafio desse tempo presente é, portanto, justamente, não se deixar abusar e não se enganar, de algum modo, pelo mundo moderno, pelas tecnologias, que são como armadilhas, ao nível da visão, ao nível dos lazeres, ao nível dos prazeres, ao nível da própria facilidade que é propiciada.
Tampouco fazer-se enganar pelos modelos espirituais que querem fazê-los conhecer, aplicando as leis da matéria, uma parte sutil, chamada a alma, enquanto a alma não depende apenas da matéria, mas, sobretudo, vocês compreenderam, de Leis do Espírito.
As Leis do Espírito que, justamente, estão ausentes sobre esta Terra, porque o Espírito foi retirado, de algum modo.
Vocês sabem: princípio de falsificação.

O desafio do tempo presente foi, portanto, o de reduzir, para muitos de vocês que vivem essas transformações, um conjunto de elementos aprisionantes.
Foi necessário, de algum modo, avançar para sua Liberdade, para sua Autonomia, avançar para algo que, ainda hoje, para muitos, é-lhes estritamente desconhecido.
Quaisquer que sejam as Vibrações que vocês vivem, qualquer que seja a abertura, real, das Estrelas e das Portas de seus corpos, isso é uma preparação.

O acesso à Unidade realiza-se, inteiramente, apenas quando vocês penetram, ainda que apenas uma vez, o Corpo de Existência e entram, como havia dito o Comandante em sua vida, no Sol.

A liberdade passa, portanto, pela Porta do Sol: ela é o acesso ao Sol.
Ela foi vivida por Moisés, por exemplo (nas Escrituras chamadas a Bíblia), no momento da transfiguração e de seu reencontro com METATRON.
Naquele momento, pode-se dizê-lo (e unicamente naquele momento), esse ser saiu da Matriz.

Assim, portanto, os seres que puderam extrair-se da Matriz, todos, comunicaram esse reencontro com o sol.
Esse reencontro com o Sol é real, uma vez que o acesso à Liberdade faz-se apenas a partir do momento em que vocês penetram, realmente, o Sol.

A experiência, chamada e estudada, hoje, EQM (ou Experiência de Morte Iminente, ou Experiência de Quase Morte), confirma, aliás, isso, uma vez que existe uma passagem por certo número de estados.
Geralmente, os seres param no momento dessa etapa fora da Matriz, mas, contudo, aprisionante, antes de reencontrar o Sol.
Mas a experiência que eles têm disso é totalmente transformadora quanto à experiência da sobrevida da alma, mas não da vida do Espírito.

Hoje, vocês são chamados a viver o Espírito, e, para viver o Espírito, assim como eu o disse, é necessário liberar-se, totalmente, de tudo o que é conhecido.
A problemática é que existe, no ser humano, um desafio.
Os desafios são-lhes apresentados tanto pelo mundo exterior no qual vocês vivem como, também, por ensinamentos espirituais que ignoram, totalmente (voluntariamente ou não), a realidade do Espírito.

Ora, não pode haver salvador exterior e não pode haver outra coisa que não você mesmo, através de sua própria experiência.

Vocês são, de maneira não figurada, o conjunto da Realidade.
Vocês são a totalidade da Verdade e vocês são a totalidade da Fonte.
Então, é claro, existiram, em todos os tempos, princípios ditos reducionistas, que quiseram pôr a consciência humana no que é chamado, vulgarmente, o pecado, algo que fez considerar o humano como qualquer coisa de totalmente dependente de uma autoridade exterior, fosse ela chamada Deus, fosse ela chamada diferentemente, que lhe permitiria, num futuro distante, bem após a morte, o acesso a um paraíso qualquer.
Esse paraíso absolutamente não existe na realidade do que vocês têm a viver porque, como lhes foi dito, vocês se tornarão, muito exatamente, o que vocês criaram.

O que vocês criaram?
A Unidade ou a Dualidade?
O que vocês criaram?
A adesão a crenças ou uma vivência de sua própria experiência da Unidade?
A Unidade não pode ser vivida no exterior de si.
Ela é, além disso, totalmente independente de qualquer Salvador, de qualquer Mestre e de qualquer autoridade.

Enquanto vocês aceitam uma autoridade exterior, vocês não têm acesso à Unidade.
Enquanto vocês creem depender de algo de exterior a vocês para aceder à sua Unidade, vocês não vivem a Unidade.
Isso é, ao mesmo tempo, extremamente simples, mas, por vezes, mais complicado para levar a efeito, devido mesmo ao desafio que é essa personalidade que não pode conceber-se como não existente.

A personalidade existe apenas após sua construção, durante a infância, e ela desaparece após diversas peripécias, na morte.
E, no entanto, a personalidade crê-se imortal.
Enquanto a personalidade crê-se imortal não pode haver acesso à Unidade.

É necessário, portanto, de alguma forma, pôr fim à personalidade.
Essa pena de morte não é uma pena de morte, no sentido real.
Não é questão de suprimir o que quer que seja, no sentido real e físico desse mundo, mesmo que ele seja uma Ilusão total.
É, efetivamente, uma mudança de olhar, uma mudança de ponto de vista, que corresponde a alguns Pilares que lhes foram desenvolvidos há muito pouco tempo pelo Arcanjo ANAEL (intervenção de 12 de setembro de 2011, na rubrica «mensagens a ler» do site), que foram exprimidas, aliás, anteriormente, sem, contudo, precisar que eram Pilares.

Mas é evidente que vocês apenas podem penetrar o Templo Interior da Unidade se aceitam, de alguma forma, não mais existir na personalidade.
Enquanto a personalidade reivindica a Existência, a Existência não será, jamais, desvendada.

Assim, portanto, isso pôde ser chamado, pelo Arcanjo ANAEL, e desenvolvido há dois anos, de modo extensivo, como Abandono à Luz, e, por algumas Irmãs, como Tensão para o Abandono, como Renúncia.
Mas é, verdadeiramente, uma crucificação que vê o fim de todas as ilusões e da Ilusão suprema, que é a personalidade.
Não há outros modos de transcender o tempo e de viver a transcendência.

O paradoxo é que, enquanto vocês creem poder tocar isso pelo exterior (seja um Salvador, um Mestre, um cônjuge, um Irmão ou uma Irmã), vocês não podem aceder à sua Verdade Interior.
É tão simples assim.

Então, eu venho, agora, à segunda parte de minha exposição, que concerne, mais especificamente, a esse tempo presente que vocês vivem que, como vocês sabem, é um tempo extremamente específico, uma vez que está inscrito no fim do conhecido, no fim do confinamento e no acesso ao desconhecido, à Liberação e à Autonomia a mais total.

Então, é claro, a personalidade vai, sem parar, puxá-los ao seu plano de existência e de realidade.
Mesmo para aqueles que viveram a Existência, ainda que apenas uma vez, as condições e as circunstâncias da vida, atualmente, vão pô-los em face do que é chamado o Choque da humanidade, os medos ancestrais, o medo da morte, os medos do abandono, os diferentes medos chamados coletivos, presentes em toda a humanidade.
E há, portanto, naquele momento, de maneira conjunta, uma consciência dualitária que se debate com essa Consciência Unitária.

Lembrem-se de que a Consciência Unitária não se debate, jamais, e não combate, jamais.
Ela está bem além dos jogos da personalidade.
Ela está bem além dos jogos existentes no corpo de desejo, em toda busca espiritual.
Pode-se mesmo dizer, hoje, que, enquanto há uma busca espiritual, vocês não podem tocar a Existência, tanto mais se essa busca inscreve-se num domínio espiritual ligado à alma ou ligado ao conhecimento psicológico, no qual a linearidade é onipresente através da lei de carma.

E vocês sabem, pertinentemente, que a lei da Carma, estritamente, nada tem a ver com a Lei do Espírito, que é chamada a Lei de Ação de Graça ou a Lei de Liberdade, a Lei dos Filhos do Um.

Vocês não podem pertencer aos dois mundos.
Isso vai revelar-se, nos tempos que vocês vivem agora, a cada dia de modo cada vez mais crucial, eu diria.
Vocês vão aperceber-se de que o que pensavam poder manter, de sua consciência comum, vai apagar-se, pouco a pouco.
Então, é claro, aqueles que ainda estão ancorados na personalidade e que não tiveram a possibilidade de viver um acesso, pleno e completo, ao Sol, vão encontrar-se confrontados a esses medos residuais, a esses medos ancestrais, que os faz duvidar da experiência vivida.
E disso, vocês não podem escapar.
Isso foi chamado o Face a Face; isso foi chamado a Noite Escura da alma; isso foi chamado a Passagem pelo buraco da agulha.
Pouco importam os nomes que vocês deem, todos correspondem, exatamente, ao mesmo processo que é: vocês querem a Liberdade ou vocês querem permanecer tal como estão?
Não haverá, e haverá cada vez menos meia medida.
Esses dois estados de consciência (chamados consciência comum e Consciência Turiya) devem, necessariamente, orientar-se para o desaparecimento de uma ou da outra.
Ou a Consciência Turiya vai desvendar-se e provocar, se já não é o caso, o Fogo do Coração, ou a consciência da personalidade vai tomar a dianteira e a Vibração vai afastar-se de vocês.

Lembrem-se de que não há qualquer julgamento no que eu defino, de valor ou de hierarquia, do que quer que seja.
Simplesmente, vocês vão, realmente, nesses tempos específicos, e o desafio desses tempos presentes, é criar, inteiramente, sua própria realidade, seu próprio estado Dimensional.
E vocês não podem manter um estado Dimensional liberado para além dos mundos carbonados.
Há, portanto, processos Vibratórios que não são mais escolhas, mas que são, eu diria, a atualização de seus potenciais e a atualização de sua consciência na nova Consciência.

É, portanto, um tempo específico.
E, nesse tempo específico, é claro, vocês são ajudados pela acumulação da Luz sobre esse mundo, que lhes permite, se vocês se desviam de sua própria história, de sua própria personalidade, penetrar, ainda mais facilmente, a Existência.
A penetração na Existência e no Sol realiza-se a partir do instante em que a Coroa Radiante do Coração desperta e torna-se quase permanente.
Vocês observarão, então, naquele momento, que as veleidades de sua própria personalidade não têm mais qualquer peso em relação à Consciência que vocês estão estabelecendo.
Isso quer dizer que, simplesmente, seus desejos não poderão mais, jamais, levá-los para onde eles os levavam anteriormente.
E vocês vão, aliás, constatar, como foi dito, que a maior parte de seus desejos, quaisquer que sejam, vão desaparecer, simplesmente.
Isso não é uma anomalia.

Então, é claro, nesse processo, algumas almas vivem pesos, vivem gravidades, vivem o sentimento de não mais viver o que viviam há alguns meses ou há alguns anos.
As coisas são claras: essas almas estão criando sua realidade em mundos carbonados e não mais em mundos Unificados.
O único modo de aceder à Unidade é, agora, criar a Unidade.
E essa criação faz-se no instante presente e não depende de qualquer circunstância exterior.

Enquanto vocês consideram que exista a mínima circunstância exterior, em qualquer domínio que seja, que os impeça de aceder à sua Unidade, é que, simplesmente, vocês não estão criando sua Unidade.
Criar a Unidade é totalmente independente, totalmente, de qualquer circunstância exterior, uma vez que isso não dependerá, jamais, de uma circunstância exterior, mas, efetivamente, de um mecanismo Interior.
Viver a Unidade é, também, através do que eu nomeei a meditação, a contemplação, a oração, o yoga, a capacidade para cessar, o tempo da experiência, toda projeção exterior.

Enquanto há uma projeção exterior nesse mundo, na encarnação, a Unidade não pode criar-se.
Quando eu digo criar-se quer dizer manifestar-se, uma vez que ela, de toda evidência, sempre esteve aí.
Independentemente da liberação de envelopes da Terra, que está quase terminada, independentemente da libertação da Terra, que se desenrola, agora, sua própria criação dependerá apenas de sua capacidade para estabelecer-se na Unidade.
Os Alinhamentos foram meios que favorecem, alinhando-se na Merkabah coletiva, aproximar-se da Porta estreita.
A porta KI-RIS-TI (ndr: entre as omoplatas) foi aberta em suas costas, propiciando o impulso KI-RIS-TI.
Resta-lhes, agora, cruzar essa Porta estreita.

E lembrem-se de que vocês não podem levar o que quer que seja pertencente ao que vocês eram, ontem, na Unidade, uma vez que, para penetrar essa Liberdade e essa Autonomia, vocês devem liberar-se, totalmente, do conhecido.
Vocês não podem aceder ao desconhecido levando o que quer que seja de conhecido.
A personalidade fará tudo o que está no poder dela, através de suas próprias resistências, através, justamente, do ambiente e do peso que vocês dão a esse ambiente, para impedi-los de realizar essa Passagem.
Essa Passagem que combina, eu os lembro, a Crucificação e a Ressurreição imediata, ou sensivelmente no mesmo tempo.

Assim, portanto, as circunstâncias da vida que vocês têm a enfrentar, hoje, nesses tempos específicos que vocês vivem, são, muito exatamente, as circunstâncias que lhes são as mais favoráveis (mesmo se isso lhes pareça estúpido), para viver a Unidade.
Qualquer que seja o peso que lhes afete, qualquer que seja a doença que possa afetá-los de maneira fulminante, qualquer que seja a oposição que possa sobrevir em sua família, é justamente na superação desses mecanismos que lhes são propostos que se descobrem as últimas projeções exteriores, efetuadas por vocês mesmos, e que convém transcender para viver a Unidade.

Não há, portanto, aí tampouco, que julgar, que condenar.
Não há, portanto, aí tampouco, que buscar um culpado no exterior, que viria impedi-los, do exterior, de viver o que vocês têm a viver, porque a única resistência, finalmente, será sempre, em definitivo, vocês mesmos, hoje, em relação a vocês mesmos, no Si.

Quando vocês compreendem esse mecanismo, quando vocês aceitam esse mecanismo, através do que lhes foi desenvolvido pelo Arcanjo ANAEL, da Humildade, da Simplicidade, da Transparência e da Pobreza de espírito, então, naquele momento, vocês podem viver o Coração.
Mas, jamais, antes.

Vocês podem empreender todas as melhores ações do mundo, vocês podem empreender toda a vontade de bem e toda a vontade de purificação, isso não os conduzirá, jamais, à Unidade.
A Unidade não se vive num eixo linear.
A Unidade não se vive mais, hoje, nesse tempo que vocês vivem, na promessa de uma abertura ou de uma Coroa.
Ela se vive por esse mecanismo preciso que é o desafio desse tempo presente, que é de Abandonar-se, totalmente, à sua própria Crucificação, à sua própria morte, à sua própria Ressurreição.

O que se inscreve em minhas palavras, hoje, dá-lhes a possibilidade de vivê-lo antes que esse mecanismo concirna à totalidade da humanidade.
Naquele momento, as condições, justamente, desse ambiente, não serão mais, de modo algum, as mesmas.
Existem, como foi dito por MARIA, datas irrevogáveis.
Essas datas irrevogáveis não são ligadas a um confinamento suplementar, mas são limites Vibratórios que não dependem nem de vocês, nem da Terra, nem de nós, mas que dependem, unicamente, da Estrela que anuncia a Estrela.

Assim, portanto, vocês estão prevenidos desse tempo reduzido, final, no qual vocês têm a efetuar (para aqueles que não o realizaram) a totalidade de sua co-criação consciente, que os conduz a viver a Unidade ou a viver a personalidade.

Compreendam, efetivamente, que nada há a buscar no exterior.
Compreendam, efetivamente, que todas as técnicas, quaisquer que sejam e que, mesmo o que eu falei (a oração, a meditação, a contemplação, o yoga e algumas técnicas que vocês podem utilizar nesse âmbito, ou seja, cristais ou qualquer outra coisa), em definitivo, fazem apenas aproximá-los dessa Porta, mas não os farão, jamais, cruzar a Porta.
Apenas vocês, Abandonando-se, é que cruzam a Porta.
E isso, vocês o fazem sozinhos, face a face, colocado entre os Quatro Pilares (ndr: Humildade, Simplicidade, Infância, Transparência).
Naquele momento, vocês constatarão que a revelação da Luz (que, para alguns, foi limitada à Coroa Radiante da cabeça), que assinala, de qualquer modo, sua Liberação, poderá permitir-lhes, se tal é sua escolha, se tal é sua Verdade, estabelecê-los na Unidade e nos mundos multidimensionais, totalmente Livres.

Aí estão as algumas palavras que eu tinha a dar-lhes, concernentes ao desafio desse tempo presente: tempo presente comum e tempo presente de Agora, ou seja, extraordinário, correspondente, desde a abertura da Porta KI-RIS-TI, à libertação da Terra.

Irmãos e Irmãs, se vocês têm questões em relação ao que eu acabo de exprimir, então, eu os escuto com grande prazer.

Não temos perguntas, agradecemos.

Irmãos e Irmãs, então, como de hábito, eu lhes proponho um momento de comunhão e voltarei, certamente, exprimir outras coisas dentro de muito pouco tempo, entre vocês.

Então, comunguemos.
E eu lhes digo até breve.

... Efusão Vibratória....
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Um comentário:

  1. O Irmão "K", bem ao seu estilo de quando encarnado, é sempre uma sumidade no desenvolvimento lógico no que tange à Liberdade, à Autonomia, à liberação do conhecido, e o acesso ao Desconhecido. Aqui, tudo isto parece ganhar ainda mais profundidade e clareza. A MSG é extensa, mas, tal a beleza de explanação e de conteúdo, traz-nos um sentimento de permanente admiração. O ponto focalizado, em especial, foi denominado de "O desafio do Tempo Presente". Bem, ao prosseguir, parágrafo a parágrafo, não acontece outra coisa, senão um intenso deleite, o tempo todo. Agora, tirando a minha condição de suspeito, por ter sido tão beneficiado por este tipo de abordagem, vejamos alguns extratos da MSG, certamente inquestionáveis e palpitantes: "O desafio do tempo presente sempre foi, em todas as tradições e em todos os povos, certamente, o elemento o mais ambíguo, o mais complexo e, ao mesmo tempo, o mais simples a realizar <> De fato, o instante presente é, por Essência, inapreensível, uma vez que, assim que vocês pensam no instante presente, ele já passou; e aí, vocês já estão num novo instante presente <> O desafio desse tempo presente (modernidade) é, justamente, reconectar, de algum modo, com a natureza, reconectar com os ciclos e com os ritmos que eu chamaria naturais <> O desafio do tempo presente é, portanto, nessa acentuação do tempo com seus meios tecnológicos, encontrar meio de buscar o Si <> O desafio do tempo presente é que a Luz Vibral convida-os para sair do tempo <> Enquanto a personalidade reivindica a Existência, a Existência não será, jamais, desvendada <> Esse tempo presente que vocês vivem é um tempo extremamente específico, uma vez que está inscrito no fim do conhecido, no fim do confinamento e no acesso ao desconhecido, à Liberação e à Autonomia a mais total <> A Unidade se vive por esse mecanismo preciso que é o desafio desse tempo presente, que é de Abandonar-se, totalmente, à sua própria Crucificação, à sua própria morte, à sua própria Ressurreição <> Existem, como foi dito por MARIA, datas irrevogáveis. Essas datas irrevogáveis não são ligadas a um confinamento suplementar, mas são limites Vibratórios que não dependem nem de vocês, nem da Terra, nem de nós, mas que dependem, unicamente, da Estrela que anuncia a Estrela".

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