31 de mar. de 2012

O.M. AÏVANHOV – 31 de março de 2012

Mensagem publicada em 01 de abril, pelo site Autres Dimensions.


Áudio da Mensagem em Francês

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Bem, caros amigos, estou extremamente contente por reencontrá-los.
Eu lhes transmito todas as minhas bênçãos e venho a vocês para interagir.
Eu lhes transmito todas as minhas bênçãos, toda a graça porque, como vocês sabem, a Luz desce, a graça sobe, e tudo se reencontra e alquimiza-se.
É o grande Casamento de primavera, não é?

Então, eu os escuto.

Questão: a que corresponde a data de 2 de abril? A um novo patamar Vibratório?

Isso corresponde, sobretudo, ao que são chamadas as energias do renascimento da primavera.

O equinócio passou, não é?
Vocês terão, entre o equinócio e o solstício de verão, como todos os anos, desde tempos imemoriais, uma saída da energia.

Vocês saem de uma fase de interiorização e vão para a exteriorização.
Não de vocês mesmos, é claro, mas do que estava nas profundezas.
E, como vocês sabem, como lhes disse SRI AUROBINDO, a Terra está Liberada, não é?, há algum tempo, e a Fusão dos Éteres, que houve no ano passado, à mesma época (que era, de algum modo, o que aconteceu no Céu) corresponde, hoje, ao Manto Azul da Graça, destinado a favorecer uma passagem para ir mais longe.

Vocês sabem que lhes falaram do Manto Azul da Graça – já, desde fevereiro, não é? – que passava pelas Portas Atração e Visão, ou seja, pelos órgãos que encerram a Porta Estreita, ou seja, o fígado e o baço.
O fígado e o baço são os órgãos do renascimento e da primavera.
O baço, porque é o retorno ao centro.
E o fígado, porque é a energia da primavera.

É, em todas as tradições, tanto Ocidentais como Orientais, o momento da renovação, o momento do renascimento.
Então, talvez, entre vocês, já desde algum tempo, há quem sinta dores no fígado, problemas digestivos, uma energia diferente, ou muito mais energia, ou, ao inverso, uma grande fadiga com flutuações da energia.

A Onda da Graça, que sobe da Terra, das profundezas da Terra modifica, se preferem, o próprio equilíbrio da energia vital.
A vitalidade que ressurge na primavera é, agora, não mais amputada (como era o caso desde muito, muito tempo), mas ela reencontrou, eu diria, seu vigor.
E, obviamente, o corpo no qual vocês estão reencontra, ele também, uma transformação importante dessa energia vital.

A Onda da Graça vem, também, transformar essa energia vital.
A primeira lua cheia da primavera [inverno, no hemisfério sul] vai dar a viver essa subida importante de Vibrações, de energia, de consciência, de Liberação da Terra e de sua própria Liberação.

Há, entre vocês, os que já começaram a sentir – antes mesmo que se tenha anunciado, desde os primeiros exercícios, se se pode dizer assim, do Manto Azul da Graça – o trabalho que se fazia ao nível das Portas Atração, Visão, do fígado e do baço.
Outros sentiram uma zona, extremamente precisa, à frente, da Fonte Borbulhante dos chineses, uma Vibração que aparece aqui, que dá, por vezes, Vibrações, calores, pesos, por vezes, outros sintomas ao nível das pernas.
Mas tudo isso representa a energia e a consciência da renovação, da Ressurreição, não é?
Portanto, é muito importante, sim, efetivamente.

Já, desde algumas semanas, para muitos de vocês e, sobretudo, a partir de 2 de abril, vocês poderão partilhar a Onda da Graça, a Onda de vida, porque é algo que se partilha.

Até o presente, pedia-se para permanecerem centrados em si mesmos, guardar no Interior, como um tesouro, o que estava nascendo através do Si, através da Realização, através das Coroas Radiantes.
Agora, esse movimento, se se pode chamá-lo assim, torna-se irresistível.
É uma onda.
Uma onda um pouco como a Onda Galáctica.
É um estremecimento extraordinário da Vida (que nós todos somos), que encontra seus plenos direitos.
E, é claro, a primavera é o momento privilegiado para conscientizar-se disso, para superar, mesmo, a consciência disso e reencontrarem-se a tudo viver e a deixar-se fecundar – porque é uma fecundação, um novo nascimento – pela Onda de Vida e tornar-se isso.
Aí está porque essa data.

Então, é claro, ter-se-ia podido dizer por que não o 20 de março?
Porque, eu repito, o ciclo começa, plenamente.
Ele está a plena potência, já, antes da primavera (início de março) e, pouco após, toma sua plena potência, seu pleno florescimento – aí, em alguns dias – mesmo se, é claro, vocês não estejam, todos, sincronizados nos mesmos ritmos, em função de sua própria energia vital, em função de sua própria constituição do corpo de Luz.

Mas a resultante é que, ao nível da humanidade, há essa corrente de Ressurreição, essa corrente da graça, essa onda que sobe, esse estremecimento de Amor inacreditável, que vem, também, é claro, vocês sabem, do cosmos.
Tudo isso se reencontra em vocês.
Aí está a explicação resumida, porque se poderia ir muito, muito longe.
Mas nós nos engajamos, uns e outros, a não fazer trabalhar seu mental dando-lhes todos os sintomas possíveis e imagináveis da Onda da Graça porque, se fazemos isso, vocês vão querer observar: «Ah, sim, efetivamente, sinto a Vibração que eles disseram, que nasce nesse nível»; «Ah, sim, efetivamente, sinto que há algo que acontece ao nível do períneo, do escroto, ou dos grandes lábios, para as mulheres, algo que se põe a mover, aí».
Não se quer orientá-los para tudo isso.

É preciso que vocês o vivam, e o melhor modo de vivê-lo – como foi dito – é imergir-se nisso.
É não observá-lo, mesmo se, efetivamente, seja, por vezes, sedutor observar o que acontece.
Mas, aí, em relação a isso, a Onda de Vida não tem necessidade de sua consciência.
Ela nasceu, ou vai nascer, ou já nasceu, já, há algum tempo.
Ela deve ser vivida e viver-se na plenitude, ou seja, não a observando, mas tornando-se a Onda de Vida.
É isso que dá esse Êxtase.

Há, aliás, entre vocês, os que sentem essa energia subir, os que a sentem girar e, quando eu digo girar, ela toma, obviamente, circuitos que foram perfeitamente descritos, tanto no Budismo fundamental, e ela foi descrita, também, na Pérsia antiga.
Isso foi descrito, também, por alguns místicos ocidentais que viveram esses Êxtases.

Essas correntes Vibratórias, essas correntes de energia, essas correntes de consciência seguem circuitos preestabelecidos.
Mas para nada serve dá-los a vocês, não é?
Porque é apenas a partir do momento em que não estão mais na observação do que se desenrola em vocês, mas que vivem isso, inteiramente (ou seja, no momento em que vocês não estão mais separados do que acontece), que o Êxtase desencadeia-se.

Portanto, para nada serve dar-lhes todos os detalhes.
Se vocês têm questões precisas, é claro, eu responderei.
Mas vão ao essencial, ou seja, deixem nascer o que nasce e tornem-se o que nasceu.
É muito mais fácil assim.
Nós não temos necessidade de fazê-los atrair a atenção sobre as Estrelas, de dar-lhes a constituição das Estrelas, das Portas, dos diferentes circuitos, das diferentes Coroas.

Vivam, simplesmente, em toda espontaneidade, essa Doação, porque é uma Doação, é a Doação da Vida, porque vocês são a Doação, como nós todos o dissemos.

Nós lhes repetiremos sem parar, porque não há outra Verdade.
Vocês estão, aí, em processos e mecanismos que são, ao mesmo tempo, originais e, eu diria, essenciais, mas que concernem, também, a certa forma de conclusão.
Vocês, efetivamente, entraram nisso.
Então, é claro, aqueles de vocês que nada viverão, é sua Verdade, de momento: para estes, isso nada quer dizer.

Se vocês perguntam, ao seu redor, àqueles que vivem isso, eles não podem fazê-los viver, porque é algo de íntimo.
Em contrapartida, quando vocês o viverem, haverá uma intimidade espiritual que se estabelecerá entre vocês, bem além de todos os assuntos humanos.
E o corpo o viverá, mas não há necessidade de fazer o que quer que seja ao nível do corpo.

A sequência lógica acontece no corpo.
O Êxtase é um processo que concerne a esse corpo e que se vive, portanto (como dizem nossos Irmãos orientais), nessa ilusão.
A ilusão torna-se a Verdade, por sua própria transformação, por sua própria perturbação.
Portanto, vivam o que vocês têm a viver, não é?

Por exemplo, quando vocês vão, não sei, ao cinema, vocês olham um filme (é um muito mau exemplo, mas não tenho um melhor, que venha à minha consciência), vocês vivem o filme, vocês não estão se perguntando por que tal ator usa tal vestimenta, porque ele colocou a mão em tal lugar e porque isso se desenrola assim.
Mesmo se, efetivamente, há um cenário, mesmo se, efetivamente, há um script, mas não é porque vocês conhecem o cenário, que vocês conhecem o script, que vocês vivem o filme, não é?
Aí, isso acontece no Interior de vocês.

Sejam o que está sendo vivido, e não o que observa o que está sendo vivido.
Não é, de modo algum, a realização do Si ou o despertar do Si, hoje.
É profundamente diferente.

E, o que é fundamental, é a Humildade, Simplicidade: isso vocês sabem.
Mas, sobretudo, a espontaneidade, aquela da criança que descobre, maravilhada, o que ela É.
E, para isso, vocês são obrigados a vivê-lo; para nada serve olhá-lo.

É claro, após, vocês poderão partilhar, seja com palavras, ou, em outros lugares, em outras Vibrações, para aqueles que vivem a mesma coisa com vocês.
Mas vocês podem, também, testemunhar; testemunhar por sua Presença.
Testemunhar, não para dizer o que vocês vivem, porque aquele que está em frente, se vocês lhe dizem que têm espécies de tremores que lhes tomam no períneo, que os aquece e que os põe num estado bizarro, ele vai olhá-los, verdadeiramente, como alguém que não é normal, não é?
Sobretudo, se ele não o vive.

Mas o que isso desencadeia, não o que acontece, mas como vocês estão?
Essa leveza, esse sorriso que os toma e que os conduz, esse Amor indizível que a Onda de Vida os faz viver, para cada Um, sem distinção do que quer que seja.
Isso sim, ousem dizê-lo, porque vocês o vivem.
Não é para esconder, não é do ego.

O ego, aliás, não poderia, jamais, gabar-se disso.
Vocês já viram um ego que vai dizer, assim, a todos os seres: «eu o amo», em toda simplicidade?
Isso não existe,
Vocês já viram um ego que não vive o Absoluto dizer, glorificando-se: «eu sou o Absoluto».
Não é possível.
Vocês não podem trapacear.
Mas vocês não podem calar-se, tampouco, porque a Onda de Vida sobe, ela se exprime e irradia, inteiramente.
Isso é muito importante.

Questão: se a energia sobe no hemisfério norte, o que é do hemisfério sul?

Isso segue também, mesmo se, para eles, seja a chegada do inverno.
O que é importante – eu sempre disse – que as descrições que nós damos sejam ligadas a esse país, que é a França.
Isso não quer dizer que os outros não sejam concernidos (quer eles estejam no outro extremo do planeta ou completamente ao oposto, no polo sul), mas porque, ao nível da emergência da Luz, há ressonâncias precisas que se fazem de acordo com os países.

Essa realidade é que a seiva sobe.
Ela sobe em toda a Terra.
Não há diferença entre o hemisfério norte e o hemisfério sul, mesmo se as estações sejam, como vocês sabem, de modo algum, as mesmas.
Mesmo aqueles que têm duas estações – verão/inverno – vivem a primavera da Ressurreição, porque aqueles que se interessam por isso, que ouviram os sons do Céu e da Terra, que ouviram as Trombetas, que ouviram falar disso é, muito exatamente, isso que se produz: há um apelo da vida à Vida.

A Terra está Liberada.
Se a Terra está Liberada, isso quer dizer que ela deve tomar o lugar dela.
E vocês também, vocês devem tomar seu lugar.
É exatamente isso que se produz.
A noção de hemisfério norte/sul nada tem a ver, nesse nível.
É algo de muito preciso e é, sobretudo, ligado à Europa do oeste.
Mas, como vocês, talvez, viram, os mecanismos sonoros e os tremores da Terra – não os tremores de terra, tal como o entendem, mas as vibrações ou as ondas da Terra – são muito mais presentes do outro lado do Atlântico do que aqui, na Europa.
Mas é o mesmo processo, a tradução não é a mesma.

Para vocês, ela é, talvez, mais acessível no corpo.
Lá embaixo, também, ela é acessível no corpo.
Mas há uma forma de exteriorização dessa consciência que se faz de maneira, talvez, um pouco diferente.
Mas a resultante é exatamente a mesma, não é?

Quer vocês tenham Vibrações sob o pé, quer vocês tenham o períneo que aquece, quer tenham a energia que gira entre os meridianos e que estão à frente e atrás do corpo, como na alquimia, quer tenham a Fonte de Cristal que esteja borbulhando dessa Onda de vida ou que a Onda de Vida os faça estremecer e modifica seu metabolismo, pouco importa.
É o efeito que é importante, não nesse corpo, mesmo se vocês o vivam nesse corpo.

Mas o que está mudando em vocês?
Seu Amor torna-se o que vocês São.
Vocês não têm mais necessidade de exprimir um amor pessoal, mesmo se ele continue aí.
Vocês estão no Amor para tudo.
Aí está o que é o resultado da Onda de Vida, desse Êxtase.
Não é feito para ser vivido, assim, em seu pequeno canto, e esperar que os outros ali cheguem também.
É feito para Viver, inteiramente.

Viver o Êxtase, isso se vive, efetivamente, também, nesse corpo, mas isso os faz superar, como foi dito, todos os limites desse corpo.
Vocês sabem, pertinentemente (não porque ali aderem, não porque creem num além), que vocês não é esse corpo.
Vocês estão nesse corpo, mas vivem algo que é transcendental, que nada mais tem a ver com o funcionamento normal desse corpo.
Tudo mudou.
Aí está o que isso quer dizer.
É isso que é o elemento, os elementos os mais importantes a viver.

No momento em que a Onda de Vida chega, quer seja, por exemplo, por seu primeiro Êxtase, quer seja por seu primeiro estremecimento e circulação da Onda, quer seja por sua primeira Transfiguração celular, o mental, o Supramental que vem iluminar as células, quer seja sozinho, quer seja com o Sol, quer seja com alguém – como eu disse – a quem vocês vão apertar a mão, quer seja através de um olhar: Vivam-no.
Não se coloquem questão, porque, se vocês se colocam questões, vão recair e verão que a Onda do Êxtase vai afastar-se, ela vai refluir.
Ela não poderá apagar-se, porque o que nasceu é inexorável, é irreversível, totalmente irreversível.

Portanto, vivam o que vocês têm a viver porque, se vocês é Amor, se vivem o Amor, por que poderia ou deveriam existir limites, quaisquer que fossem?
Porque, se vocês estão no Amor, vocês permanecem no Amor.
Vocês não podem afastar-se do Amor.
Vocês não estão mais na personalidade, vivendo o Êxtase.
Portanto, para nada serve refletir com uma personalidade que vai dizer-lhes: «sim, mas não posso dizer, há convenções sociais, morais, eu não posso dizer que eu o amo, a tal pessoa».
E, depois, vocês vão ter medo, vão dizer-se: «talvez, se exprimo o que eu vivo, o outro vai recebê-lo mal ou vai compreender isso como um convite para outra coisa».
Mas é o ego que diz isso, não o Amor.
Vocês compreendem?

O ego vai, sempre, puxá-los para a noção de limite, para a noção de pecado, para a noção de «não está bem».
Mas o Amor não se importa com tudo isso.
Simplesmente, porque, na vivência do homem, há, sempre, o Amor (como o disse o bem amado João, SRI AUROBINDO, na última vez em que ele veio).

Essa noção de Transcendência, de Êxtase, remete a quê?
Ao nível do ego, ela remete ao nascimento, à vida, à morte, à sexualidade e ao amor (mas o amor que vocês podem chamar amor, quando criam uma família, quando querem bem a um ser).
Mas, aí, é além de tudo isso.

Por que vocês querem, ali, colocar esse gênero de coloração?
Portanto, vivam o que vocês têm a viver.
Se vocês permanecem no Êxtase, nada pode ser contrário ao Amor e à Verdade.
É o mental que vai levá-los a afastar-se desse Êxtase.

É claro, de acordo com seu mental, de acordo com sua constituição, isso vai tornar-se, de imediato, permanente.
Ou, para outros, isso vai vir partir, voltar, como um fluxo e um refluxo.
Lembrem-se de que vocês não podem controlar, nem dominar essa Onda.
É ela que os toma.
E ela os toma tanto mais facilmente se o mental não intervém para elucubrar em relação ao outro ou em relação a si mesmo.
Isso necessita, eu repito, da espontaneidade.
É a voz da Infância.
É aquela que ama sem a mínima questão, porque sabe que é sua natureza, uma vez que ela a vive.
Não é um amor condicionado, em função do que vai pensar o outro, em função do olhar do outro, em função das convenções afetivas, humanas, num casal ou numa relação, qualquer que seja.
É tudo isso.
E muito, muito amplamente transcendido.
Isso nada mais tem a ver.

Por que vocês querem pôr limites ao Amor?
Mas, se vocês saem do Amor, o limite será que a Onda do Êxtase vai rarefazer-se, ela vai refluir.
Quanto mais vocês estão no Amor, mais vocês estão nessa Onda de vida, mais há um fluxo potente que está aí, inteiramente.

Foi-lhes dito, ainda esta manhã: não julguem, não se julguem, nada julguem, sejam claros e tudo irá muito, muito bem.

Questão: por que momentos de Êxtase e de angústia sucedem-se?

Mas é normal.
Isso foi explicado: há certo número de dias para que a Onda de Vida ou a Onda da Graça (enfim, pouco importa a denominação que vocês deem), para que esses estremecimentos que sobem cheguem onde?
Ao nível do períneo e penetrem o períneo, portanto, tudo o que é ligado à esfera dos órgãos genitais, ao reto, ao Kundalini, aos dois primeiros chacras.

Ora, é nesses dois primeiros chacras que se encontram o quê?
A angústia da morte, a angústia da perda, o medo.
Não seu medo ligado à sua história.
Mas o medo da humanidade, o medo da morte, o medo da perda, a perda de quê?
Da própria personalidade.

Portanto, é claro, vocês serão puxados entre, de um lado, esse Êxtase e, de outro lado, por vezes, essa angústia.
É um meio de posicionar-se.
Vocês não são essa angústia, vocês não são esse corpo, isso acontece nesse corpo.

O que vocês fazem, nesse caso?
Vocês dão peso à angústia ou dão consistência à Onda de Vida?
A escolha é fácil a fazer, não?
Sobretudo, que vocês vão compreender, pela própria vivência, muito rapidamente, que, se vocês deixam a angústia subir, a Onda de Vida reflui.
Se vocês se identificam à angústia, se vocês são persuadidos de que é a sua, se vocês são persuadidos que não são puros, de que não estão prontos, de que sua história confina-os, de que ainda estão em sua problemática, qualquer que seja, mas é risível.
Isso quer dizer, simplesmente, que vocês mesmos atribuem peso ao seu passado.
E, portanto, se vocês são seu passado, vocês não podem ser seu presente.
E tudo isso deve ser conscientizado.
Isso pode fazer-se em cinco minutos, como necessitar de várias semanas.

Vocês querem ser o passado?
Vocês querem ser a angústia?
Vocês querem ser sua história, esse corpo?
Ou vocês querem ser muito mais do que isso?
Vocês querem ser a Onda de Vida?

É o que lhes pergunta a Onda de Vida.
Ela não lhes pede para querer suprimir esse medo, porque ele faz parte da vida, não é o seu.
Mas vocês não são esse medo, vocês são o Êxtase.
Cabe a vocês escolher.

Questão: por que apresentaram a Jesus, na cruz, uma esponja embebida em vinagre?

Isso tem um significado extremamente preciso, mas para que serve saber isso?
Será que é isso que faz nascer o Êxtase?
Ou será que, antes, isso faz nascer ideias no mental e isso nutre o mental?

Eu não estou mais aí para nutrir o mental.
O mais importante: há urgência para ser o que vocês São.
Mas não para saber porque havia uma esponja embebida em vinagre.
Vocês estiveram ali?
Portanto, vocês leram isso.
Não acreditem em nada do que vocês leem.
Não creiam em nada do que lhes dizem.
Vivam.
É simples.

É como se houvesse, no local, um pássaro que viesse cantar sobre seu ombro – e o rouxinol está aí, ele canta – e você estivesse me perguntando por que o rouxinol tem tal pena em tal lugar.
Você apreendeu?
E eu me dirijo a todos.

Isso quer dizer o quê?
É como se vocês me perguntassem: «a Onda de Vida, o que isso vai provocar no futuro?»; «o que vai acontecer no solstício de verão?».
Mas, se eu lhes digo isso, vocês não vão viver o instante.

É claro que há explicações que foram necessárias.
É claro que nós lhes falamos das Estrelas, das Vibrações, das Cruzes.
Tudo isso era necessário.
Para que?
Para que sua consciência saísse de seu pequeno umbigo e vocês compreendessem que a Luz é Inteligente.
Porque era necessário vivê-lo.

Do mesmo modo, hoje, nós poderíamos fazê-los discursos intermináveis, por exemplo, sobre os circuitos da Alquimia taoista ou do Tantrismo ou do Vajrayāna ou, que eu sei ainda..., de algumas concepções do Sufismo.
Mas qual é o interesse?

Vocês devem viver o que vocês São, e não projetar em relação a um passado, a uma angústia e, ainda menos, ao amanhã.
Vocês vão constatar, por si mesmos que, se estão no amanhã, a Onda de Vida vai refluir.
Eu disse, efetivamente, refluir.
Ela não pode apagar-se quando nasceu.

Vocês constatam, e constatarão que, se estão preocupados por ontem, qualquer que seja esse ontem, o seu, próprio, pessoal, ou a esponja do Cristo com o vinagre, é a mesma coisa: a Onda de Vida vai refluir.

O que vocês querem?
Vocês querem ser a Vida?
Ou vocês querem ser outra coisa?
É, portanto, muito simples.
É, sempre, o mental que vai arrastá-los, sempre, a afastarem-se do que vocês vivem.

A um dado momento, é claro, nós nos servimos do mental para criar, não uma egrégora, mas criar uma estrutura Vibratória real.
Essa estrutura Vibratória, impulsionada pelos Arcanjos, e que vocês criaram, é essa embarcação de Luz interdimensional, porque sua consciência tinha, para milhões de seres humanos, um objetivo comum: a Luz.

Hoje, a Luz respondeu.
A Luz fecundou a Terra, ela os fecundou.
Vão ao final da gravidez.
Não se coloquem a questão de: «em qual momento?».
É como se um bebê que estivesse no ventre da mamãe dissesse «vejamos, eu tenho quatro dedos, quando será que vai aparecer a unha de tal dedo?».
Vocês imaginam um pouco o ridículo?
Sejam espontâneos.
Liberem-se.

Questão: qual é o papel do mental e como parar o mental ou controlá-lo?

Então, isso, é uma questão de atualidade, porque vocês constatam, vocês mesmos, que há, ainda, um mental.
O mental é aquele que quer saber, é aquele que quer compreender, é aquele que quer observar, é aquele que quer analisar, é aquele que está sujeito ao julgamento, é aquele que toma suas referências no passado e que os conduz a projetar-se no futuro, em função, justamente, desse passado.

O mental é ação/reação.
O mental é o que os impede, literal e concretamente, de viver a Verdade,
O mental não será, jamais, a Verdade.
Portanto, hoje, mais do que nunca, é necessário matar o mental.
Mas, quando eu digo matar o mental, lembrem-se: se vocês quiserem matá-lo, ele vai reforçar-se.
Então, o que é preciso fazer?
É muito simples: vocês não são esse mental.
Portanto, não há razão alguma para que o que é vocês obedeça ao seu mental.
Não digo para conduzir um automóvel: aí, o mental é necessário.
Jamais a Onda de Vida poderá conduzir o automóvel em seu lugar, não é?
Aliás, alguns de vocês têm dificuldades para conduzir.

Em contrapartida, para a Onda de Vida, é preciso que nada venha tomar-lhes a cabeça, nem observação, nem explicação.
Após, eu posso dizer: vivam o que vocês têm a viver.
Depois, se quiserem brincar com seu mental e observar, a posteriori, o que aconteceu, façam-no, isso vai diverti-los cinco minutos, mas não é a finalidade.

Portanto, é claro, vocês não podem matar o mental.
Enquanto vocês têm um corpo, o mental está aí.
Mas a questão é saber quem é o mestre a bordo: o mental ou vocês?
O que quer dizer que, enquanto creem que são mental, vocês não veem que é o mental.
Mas vocês não são o mental, vocês não são esse aspecto reflexivo que pensa, sem parar, em definir o instante em relação a um passado, que tem necessidade de crer o que quer que seja.
Aliás, assim que acreditam no que quer que seja, vocês não são, jamais, Livres.
Apenas a experiência é que torna Livre.
Nenhuma crença pode torná-los livres.
Nenhum conhecimento pode torná-los Livres.
Apenas a experiência é que os torna Livres.
Isso, é vocês que a fazem.
E a experiência é feita para ser vivida.
Ela não é feita para ser sistematizada, sobretudo, em relação à Onda da graça.
Portanto, vocês podem imaginar tudo para fazer calar o mental: vão observar a natureza, encostem-se numa árvore, vão andar no orvalho da manhã, façam a sesta.
O melhor modo de não mais ter mental é dormir, é o mais eficaz, o que explica, aliás, que muitos de vocês adormecem.
Então, eles ficam frustrados quando o mental exprime-se.
Eles se dizem: «mas eu perdi alguma coisa».
Eles pensam ter perdido algo.
Mas tranquilizem-se, se vocês dormem enquanto eu lhes falo, se vocês adormecem durante os Alinhamentos, se vocês adormecem durante o Manto Azul da Graça, vocês são abençoados, porque seu mental não pode intervir quando vocês dormem, não é?
Portanto, durmam.
Não agora, hein?
Coloquem-se questões, caso contrário, vou me aborrecer.

Questão: é o mesmo para o emocional?

Sim.
A emoção é inscrita na ação/reação.

Muitas pessoas confundem o Amor e a emoção.
O Amor não é uma emoção e, ainda menos, um sentimento.
O que nós chamamos amor, quando estamos encarnados, nada tem a ver com o Amor.
É um substituto de Amor.
É uma maquiagem do Amor.
E nós chamamos a isso Amor.

O Amor é Vibração, percepção Vibratória no Coração, no Si.
E, depois, Amor indizível para tudo, quando vocês vivem o Êxtase, porque é a natureza do que nós somos.

A emoção nada tem a ver com o Amor, mesmo se vocês tenham a impressão de que uma emoção aproxima-os de algo, por exemplo, escutando uma música, por exemplo, reencontrando um ser amado, ou comprando um automóvel, para alguns outros.
Mas tudo isso é da ilusão
Tudo isso é apenas o substituto de Amor.

Toda a confusão vem daí, e muitas pessoas vivem estados emocionais.
Não se deve confundir o estremecer da Onda de Vida com uma emoção.
Pode assemelhar-se, por alguns lados, mas a diferença é significativa: uma emoção desaparece, e ela tem necessidade de ser reproduzida, sem parar.

Se vocês gostam de fotos, vocês devem olhar fotos, para sentir uma emoção.
Se vocês gostam da natureza, se vocês amam ir à montanha e isso lhes parece ser uma emoção que os transporta, vocês vão reproduzir o fato de ir à montanha.
Se vocês gostam de alguém, e se são jovens, vocês vão ter necessidade de reproduzir o ato sexual, para reencontrar essa Unidade.

Mas o Amor nada tem a ver com tudo isso.
Vocês não têm necessidade de fazer o que quer que seja, uma vez que vocês são o Amor.
É toda a diferença.

A emoção não será, jamais, do Amor.
Mesmo se alguns seres, e em algumas formas de espiritualidade, tenham insistido no fato de viver as emoções.
Mas nenhuma emoção conduzi-los-á ao Amor.
É um engano.

O mental é um substituto, e a emoção é um engano, porque isso os afasta da Onda de Vida.

Se nós empregamos essa palavra, Êxtase ou Íntase, e não Samadhi, é que há algo que é vasto, algo que os supera e algo que nasce, independentemente da ação/reação, como é o caso para uma emoção.
Jamais a emoção leva-os a viver a Vida, ela lhes dá a impressão de vivê-la.
Agora, vocês não podem, tampouco, expulsar suas emoções, porque, aí também, como o mental, se vocês se opõem, vão reforçá-las.

É preciso não confundir o prazer, o desejo, com o Êxtase.
O desejo e o prazer são dependentes de um objeto a amar, a consumir, qualquer que seja (um cigarro, por exemplo).
Mas o desejo e o prazer nada têm a ver com o Êxtase, porque o Êxtase não é uma consequência do que quer que seja: é nossa natureza.

Questão: a Onda de Vida ajuda a apagar as memórias e os traumatismos?

Mas ela não tem necessidade de apagá-las.
Se você é a Onda de vida, você não é mais suas memórias.
Você não se importa com suas memórias.

Então, é claro, durante certo tempo, no Despertar ao Si, nas Coroas Radiantes, nós dissemos a vocês que era necessário trabalhar, por exemplo, nos apegos, nos engramas que estavam aí.
Depois, disseram-lhes para deixar trabalhar a Luz.
Para a Onda de Vida, não é, mesmo, deixar trabalhar a Luz.
Vocês são a Onda de vida ou vocês são suas memórias.

A Onda de Vida não tem memória alguma.
Ela é espontânea.
Portanto, crer e propor, como você diz: «tenho cristalizações, eu vivi tais sofrimentos», o que isso quer dizer?
Que você está identificado, ainda, a si mesmo, aos seus pequenos sofrimentos, às suas pequenas alegrias, às suas pequenas dores, à sua vivência, às suas vidas passadas, porque você crê, ainda, nisso, porque você crê que isso tem um efeito e que é o que você é.
Mas você nada é de tudo isso.

É preciso parar de acreditar em bobagens.
Vocês não devem crer em nada.
Vocês devem eliminar tudo.
Mas eliminar, não de sua vida: vocês não precisam eliminar-se a si mesmos.
É preciso parar de identificar seu mental e suas emoções à vida.
A Vida não é as emoções, não é o mental, não é o corpo, mas isso vem transformar o corpo, o mental e as emoções.
E apenas aquele que vive o Êxtase realizou a Grande Obra, porque é um Liberado.
Ele não é, unicamente, Realizado ou Desperto, porque aquele que é Realizado e Desperto está ao nível do que se chama o Atman, ou seja, a Unidade, o Si.
Mas ele está, ainda, numa etapa intermediária, ele contempla sua própria Luz.
E, indo mais longe, o próprio princípio da falsificação veio daí.
O eixo ATRAÇÃO/VISÃO, o mito de Prometeu, a energia dita Luciferiana, que era o confinamento da Luz, que pensava que, fechando-se na Luz, isso ia tornar-se ainda mais belo.
Mas isso não é possível.
O que pode ser mais belo do que a Onda de Vida?
O que pode ser mais belo do que nós somos, todos?

Questão: então, o que faz subirem memórias que estavam completamente esquecidas?
Sua própria posição no passado, sua adesão à sua própria ilusão, nada mais.
Se você dá peso, consciência ao que sobe, isso quer dizer o quê, em definitivo?
Isso quer dizer que você é, totalmente, identificado ao que lhe é dado a ver e que você se identifica a isso.

Portanto, você dá ainda mais consistência, mais presença, mais peso.
Como você quer ser Liberado daquilo em que você mesmo crê?
Toda memória, toda energia é um ato de projeção, portanto, faz você sair de si mesmo.
Por isso que se tem dito: «fiquem tranquilos, estejam na Paz, nada façam, durmam».
Mas parem de crer-se ter chegado, porque vocês têm memórias de vidas passadas que lhes sobem ou porque vocês vivem energias.
Vocês chegaram a lugar nenhum.
Vocês prepararam algo.
Não parem no caminho, sobretudo, porque não há caminho.

Questão: poderia explicar a palavra transcender?

Transcender, o que isso quer dizer?
Vocês são uma forma, não é?, na qual vocês creem: esse corpo, com seus dedos, seus olhos, seus cabelos.
Esse corpo transforma-se, dia a dia.
Ele se transforma, na medida em que ele cresce: a adolescência, a idade adulta; e ele decresce, com modificações bem reais.
No entanto, não lhes viria, jamais, ao espírito, quando vocês olham o espelho, dizer-se que vocês não são vocês mesmos, mesmo se esse corpo mude, dia a dia.

Um dia, vocês estão com os cabelos escuros, e depois, mais tarde, vocês vão ter os cabelos brancos.
Mas, fundamentalmente, vocês se reconhecerão, não é?
Vocês deixam crescer a barba, mudam de estilo de vestimenta e, no entanto, vocês conservam a noção de uma identidade, apesar da mudança de forma.

Em seguida, nós lhes falamos de transformações ligadas à Luz: o Despertar ao Si, a ativação das Coroas, seu trabalho, essencial, de Ancoradores e de Semeadores de Luz.
Tudo isso é da transformação: é passar de uma forma a outra forma com, entretanto, uma continuidade.

A transcendência (como foi dito por SRI AUROBINDO): não há qualquer continuidade.
Há um antes e um depois.
Não é a mesma forma, mesmo se a forma continue, aparente e estritamente, a mesma.
O que vocês são não é mais, jamais, o mesmo.
Há o conhecido e o desconhecido.
Há o limitado e há o ilimitado.
Há a Margem em que vocês estão e há a outra Margem.
Enquanto vocês permanecem na mesma Margem, quaisquer que sejam as descrições que se dê a vocês do outro lado, vocês não estão do outro lado.
E, entre uma Margem e a outra, não há continuidade: não há ponte possível entre o que é desconhecido e o que é conhecido.
No outro sentido, é possível.
Mas, para saber que há outro sentido, vocês devem estar do outro lado.

A transcendência é a transformação, digamos, radical, que está além da transformação, além de toda forma.
A transcendência é a superação, real, da forma, das memórias, de tudo o que fazia a vida, até o presente, para vocês.
É isso, a transcendência.
E vocês não podem viver a transcendência enquanto permanecem no conhecido.

Durante o mês de abril, vocês terão um interveniente novo, que vai dar-lhes golpes atrás da cabeça e nas nádegas, extremamente precisos, extremamente lógicos, porque eles terão uma ressonância extremamente exata ao nível do que nós chamamos a estrutura Vibratória do ser humano.
Não para elucidar a estrutura Vibratória ou a estrutura energética, isso, é conhecido desde muito tempo.
Mas, justamente, para permitir passar da transformação, mesmo a mais importante, à transcendência.
É concomitante à Onda de Vida, que se espalha de maneira muito mais sensível, digamos.

Portanto, a transcendência não é, simplesmente, uma mudança de forma.
É a manutenção da forma, mas que não é mais concebida como forma.
Vocês são, totalmente, deslocalizados, totalmente, dissolvidos no Absoluto, ao mesmo tempo mantendo uma forma.

Mas isso, o limitado, o que tem uma forma não vai, jamais, admitir.
Seu ego vai dizer-lhes: «é impossível; eu estou inscrito em um corpo, em uma memória, portanto, é impossível que eu seja Tudo».
Mas, é claro, o ego, ali, vai dizer-lhes tudo isso, todo o tempo, e vocês acreditam, é claro.
Vocês acreditam mais facilmente em seus limites, em sua história, em suas memórias, do que no Absoluto.
Mas é claro, vocês não podem crer no Absoluto, jamais.
É impossível para o ego.
Vocês podem apenas Sê-lo e Vivê-lo.

Jamais o Absoluto pode ser uma crença.
Jamais o Absoluto pode ser um conceito.
Jamais o Absoluto pode ser uma Vibração.
O Absoluto é o Êxtase.

Questão: pode-se viver tudo isso sem a ajuda exterior de um Mestre ou de vocês, por exemplo?

Vocês não têm necessidade de ninguém.
O que era verdade antes de 1984 não é mais verdade hoje, porque, efetivamente, era mais fácil viver, aceder a essa transcendência, digamos, na atmosfera de um Mestre, de um verdadeiro Mestre, ou do Satguru, como dizem nossos amigos orientais.
Mas acabou, esse tempo.

Vocês são seu próprio Mestre.
Aliás, não há Mestre, isso nada quer dizer.
Quando vocês são a Vida, vocês nada têm a Mestrar.
É o que essa ideia de querer chegar à Mestria?
Mas o que quer chegar à Mestria?
É a personalidade.

Vocês são perfeitos, de toda a Eternidade.
Como é que haveria uma perfeição a adquirir?
Vocês devem mudar de posicionamento, é tudo.
Portanto, vocês não têm necessidade de ninguém.
Não sigam ninguém.
Não creiam em ninguém.
Escutem os testemunhos, porque há uma ressonância que pode fazer-se.
Mas não procurem outra coisa que não Ser o que vocês São, essa Onda de Vida.

Vocês não têm necessidade de Mestre algum.
Vocês não têm, mesmo, necessidade de vocês mesmos, sobretudo.
Quando vocês chegam a essa Simplicidade, a Onda de Vida está aí.
Enquanto vocês creem que são uma história, enquanto creem que são uma pessoa, enquanto creem que têm uma memória, enquanto creem que têm algo a mestrar, enquanto creem que têm que se ter de tal modo ou a fazer tal coisa, a Onda de Vida não está aí.

Questão: como vai, então, transformar-se o quotidiano?

Você se coloca a questão de como vai ser amanhã.
Portanto, se você se põe a questão de como vai ser amanhã, como você quer viver a Onda de Vida?

Você vive a Onda de Vida?
A resposta é, obviamente, não.
Aquele que vive a Onda de Vida está instalado no Êxtase.
Não há qualquer razão para colocar-se a mínima questão porque, amanhã, será, também, o Êxtase.
E a graça é a graça.
Que não há inquietude alguma a ter.

Busquem o Reino dos Céus.
Vivam o Reino dos Céus, e todo o resto ser-lhes-á dado em abundância.
E, aliás, vocês se colocam a questão porque o Êxtase é o Êxtase.

Olhem todos os testemunhos que lhes deram as Estrelas: enquanto existe a questão de amanhã, vocês não estão presentes a si mesmos.
Aqueles que viveram, e há deles, aqui, a Onda de vida, ainda que apenas uma vez, sabem, muito bem, o que eu quero dizer.

Mas aquele que freia com os dois pés, não poderá, jamais, saber o que isso quer dizer.
Vocês não podem apreender, ter uma visão do desconhecido, a partir do conhecido, é impossível.

Nós não estamos no Despertar, nós não estamos na autossatisfação do Si ou na Realização do Si.
Agora, eu repito, se vocês não o vivem, o que eu posso dizer?
Ou vocês são capazes de fazer calar o mental, sem matá-lo, transcendendo, ou vocês estão instalados no Si.
Então, continuem instalados no Si.
No Si, há alegria.
Mas vocês observam, de qualquer forma, como todos aqui, como em outros lugares: basta que nós tenhamos evocado a palavra Absoluto, para que o ego gire em sua tumba.
É claro, para ele, é inconcebível, é inadmissível.
«Como? Vocês se dão conta. Todo o trabalho que eu fiz. Eu ativei minhas Coroas, fiz as meditações, fiz exercícios, fiz estágios, meditei, e, agora, dizem-me o quê? Que devo deixar tudo o que eu, arduamente, obtive? Isso é uma piada».

Não, a piada era antes.
Agora, é muito sério.
Outros amigos orientais diriam: «é um espetáculo».
Outros diriam que é um circo, ou uma fraude, na pior das hipóteses.
Mas não é importante porque, se vocês são a Onda de Vida, vocês não se colocam a questão de saber se é um espetáculo, se é um circo, se é uma fraude.
Vocês se recolocam no contexto, ou seja, em algo que era conhecido e que era limitado ou efêmero.

Questão: quando tudo é simples e fluido, é uma sincronia ou a Onda da Graça?

É a Inteligência da Luz, é a Fluidez da Unidade, as sincronias, chamem a isso como vocês quiserem.
É uma primeira fase de entrada na Ação de Graça.
Mas não é, contudo, que vocês vivam o Êxtase.
Mas o Êxtase, o estado entusiástico, vai reforçar isso, é claro.
Tudo se tornará evidente, ainda mais.

Questão: quando se vive momentos de êxtase em práticas como o yoga, por exemplo, pode-se atingir o êxtase permanente?

Não.
Do mesmo modo que vocês podem viver um estremecimento de Êxtase através, por exemplo, da sexualidade, vocês podem muito bem chegar, através de alguns yogas, a viver momentos ditos de Êxtase.

Há, também, técnicas mais modernas que se baseiam na respiração, como o que foi redescoberto, como o renascimento, que pode dar-lhes a viver um sentimento de Êxtase.
Mas qual é a diferença?
Quando vocês têm uma relação sexual, vocês têm um gozo e, mesmo, um Êxtase.
O problema é que isso desaparece assim que não há mais relação sexual, ao final de certo tempo, mesmo.
A diferença é essencial: num caso, vocês procuram criar algo, e existem meios para criar isso, a título de experiência.
Mas a experiência de que eu falo, ao nível da Onda de Vida, é Êxtase de geração espontânea.
Nada há a procurar, e é profundamente diferente, porque esse Êxtase, aquele da Onda de Vida, é permanente e irreversível, mesmo se, no início, ele dê a impressão de provocar fluxos e refluxos, coisa que é impossível com os exercícios.

Aliás, isso foi dito.
Geralmente, esse Absoluto nasce assim que há um evento importante na vida, sobretudo, junto a um ser jovem, que é o sentimento da perda, o sentimento de seu próprio desaparecimento, ou seja, o nada.
Vocês estão diante de um precipício: nada mais há, há o vazio.
É todo o contrário de uma prática.

Vocês não podem fazer um yoga, não podem ter uma relação sexual dizendo-se que é vazio, uma vez que vocês buscam o pleno.
Vejam a diferença.

Não temos mais perguntas. Agradecemos.

Bem, eu lhes transmito todas as minhas bênçãos.
Eu lhes digo bom gozo, no Êxtase.

Até muito em breve, e sejam o riso permanente.
Vocês nada mais são do que isso.
Sejam o riso e vocês viverão o que São.

Todo o meu Amor está em vocês, e, certamente, até breve.
Fiquem bem.
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2 comentários:

  1. É preciso que vocês o vivam, e o melhor modo de vivê-lo – como foi dito – é imergir-se nisso. É não observá-lo, mesmo se, efetivamente, seja, por vezes, sedutor observar o que acontece. Mas, aí, em relação a isso, a Onda de Vida não tem necessidade de sua consciência <> Vão ao essencial, ou seja, deixem nascer o que nasce e tornem-se o que nasceu <> Sejam o que está sendo vivido, e não o que observa o que está sendo vivido <> Vocês são a Onda de vida ou vocês são suas memórias. A Onda de Vida não tem memória alguma. Ela é espontânea <> É preciso parar de acreditar em bobagens. Vocês não devem crer em nada <> Mas ele está, ainda, numa etapa intermediária, ele contempla sua própria Luz. E, indo mais longe, o próprio princípio da falsificação veio daí <> Como você quer ser Liberado daquilo em que você mesmo crê? <> Toda memória, toda energia é um ato de projeção, portanto, faz você sair de si mesmo <> Parem de crer-se ter chegado, porque vocês têm memórias de vidas passadas que lhes sobem ou porque vocês vivem energias <> Não parem no caminho, sobretudo, porque não há caminho <> Há a Margem em que vocês estão e há a outra Margem. Enquanto vocês permanecem na mesma Margem, quaisquer que sejam as descrições que se dê a vocês do outro lado, vocês não estão do outro lado <> Entre uma Margem e a outra, não há continuidade: não há ponte possível entre o que é desconhecido e o que é conhecido <> A transcendência não é, simplesmente, uma mudança de forma. É a manutenção da forma, mas que não é mais concebida como forma <> Não há Mestre, isso nada quer dizer. Quando vocês são a Vida, vocês nada têm a Mestrar. Mas o que quer chegar à Mestria? É a personalidade <> Enquanto vocês creem que são uma história, enquanto creem que são uma pessoa, enquanto creem que têm uma memória, enquanto creem que têm algo a mestrar, enquanto creem que têm que se ter de tal modo ou a fazer tal coisa, a Onda de Vida não está aí.

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  2. "Como vocês sabem, a Luz desce, a Graça sobe, e tudo se reencontra e alquimiza-se. É o grande Casamento de primavera, não é?
    "É, em todas as tradições, tanto Ocidentais como Orientais, o momento da Renovação, o momento do Renascimento.
    "O Ciclo começa, plenamente. Ele está a plena potência, já, antes da primavera ( início de março ) e, pouco após, toma sua plena potência, seu pleno florescimento.
    "A primeira lua cheia da primavera, vai dar a viver essa subida importante de Vibrações, de Energia, de Consciência, de Liberação da Terra e de sua própria Liberação.
    "É preciso que vocês o vivam, e o melhor modo de vivê-lo - como foi dito - é Imergir-se nisso.
    "Mas tudo isso representa a energia e a consciência da Renovação, da Ressurreição, não e?
    "Ao nível da humanidade, há essa corrente de Ressurreição, essa corrente da Graça, essa Onda que sobe. ...Tudo isso se reencontra em vocês.
    "Ela deve ser vivida e viver-se na Plenitude.
    "Vão ao essencial, ou seja, deixem nascer o que nasce e tornem-se o que nasceu.
    "Desde algumas semanas, para muitos de vocês e, sobretudo, a partir de 2 de abril, vocês poderão partilhar a Onda da Graça, a Onda de Vida, porque é algo que se partilha.
    "Vivam, simplesmente, em toda espontaneidade, essa Doação, porque é uma Doação, é a Doação da Vida, porque vocês são a Doação, como nós todos o dissemos.
    "A Onda de Vida sobe, ela se Exprime e Irradia, inteiramente.
    "A seiva sobe. Ela sobe em toda a Terra. Não há diferença entre o hemisfério Norte e o hemisfério Sul, mesmo se as estações sejam, como vocês sabem, de modo algum, as mesmas. Mesmo aqueles que têm duas estações - verão/inverno - vivem a primavera da Ressurreição.
    A Terra está Liberada. Se a Terra está Liberada, isso quer dizer que ela deve tomar o lugar dela. E vocês também, vocês devem tomar seu lugar. É exatamente isso que se produz."

    "Nós não estamos no Despertar, nós não estamos na autossatisfação do Si ou na Realização do Si.
    "A Transcendência é a transformação, digamos, radical, que está além da transformação, além de toda forma. É a manutenção da forma, mas que não é mais concebida como forma. Vocês são, totalmente, deslocalizados, totalmente, dissolvidos no Absoluto."

    "E apenas aquele que vive o Êxtase realizou a Grande Obra, porque é um Liberado."

    "Sejam o riso permanente. Sejam o riso e vocês viverão o que São."


    Rendo Graças.

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