7 de jun. de 2012

IRMÃO K – 7 de junho de 2012



Mensagem publicada em 8 de junho, pelo site AUTRES DIMENSIONS.


Áudio da Mensagem em Francês

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Eu sou IRMÃO K.
Irmãos e Irmãs na Humanidade, dignem-se a aceitar o Amor e as bênçãos da Graça.

Eu vim, hoje, falar-lhes da Transparência.
Vou, primeiro, se efetivamente quiserem, definir a Transparência, da qual não quero falar e, assim, explicar-me.
A Transparência, tal como ela é concebida na personalidade, nas relações, no meio social e, mesmo, econômico, não é a Transparência da qual eu quero falar-lhes.
Porque essa Transparência recorre a códigos morais, a códigos que são, todos, inscritos na personalidade.
Qualquer que seja a Transparência da personalidade, em sua expressão, em seus modos de relações, em seus modos de trocas, ela não permitirá, jamais, viver a Transparência no sentido que eu quero exprimir-me.

A Transparência de que eu falo é aquela da consciência, que permite estabelecer-se, de maneira forte, no Si, e esperar, assim, deixar o lugar ao desconhecido.
Qualquer que seja a Transparência vislumbrada na personalidade, ela será, sempre, apenas uma projeção.
Nenhuma relação, a mais harmoniosa, nenhuma conformação a um rito, a um dogma, a uma sociedade pode estar em qualquer relação com a Transparência de que vou falar-lhes.

A Transparência, no sentido da personalidade, apenas pode resultar da alma, apenas pode resultar de uma educação ou de uma conformação a um ideal.
A Transparência de que vou falar-lhes é, efetivamente, aquela da consciência que vai tornar-se transparente.

A Transparência – em seu sentido, independentemente da personalidade, do Si ou do Absoluto – é um estado.
A Transparência é o que deixa passar, o que não interfere, o que, além da noção de clareza ou de qualquer moralidade, é algo que vai permitir superar a percepção, superar o sentir, superar a própria explicação que pode ser dada e que vai, portanto, bem além da observação, bem além da projeção da própria consciência, no que é observado.

Eu diria, para retomar uma terminologia que lhes é empregada nesses últimos tempos, que a Transparência vai abolir a distância sujeito/objeto, em um primeiro tempo.
E, num segundo tempo, ela vai fazer desaparecer o objeto e o sujeito.

Enquanto o olho da consciência está voltado para o exterior, seja no eu ou no Si, seja, mesmo, em um olhar voltado para o Interior (na compreensão do Si), jamais haverá uma Transparência total, uma vez que o simples fato de ver a Luz, de viver e provar a Luz, traduz uma plenitude da Luz (e não uma Transparência à Luz, não um apagar do Si), que não pode conduzir, em caso algum, ao desconhecido e, ainda menos, ao Absoluto.

A Transparência vai colocá-los em um estado no qual vocês deixam o observador.
É o momento em que, mesmo na consciência comum do eu fragmentado, vocês vão parar de interagir.
Não para ver, não para olhar, não para observar, mas, efetivamente, para deixar-se atravessar pelo fluxo da Vida, para deixar-se atravessar, sem interagir com o que atravessa.

O que atravessa é bem além do objeto que é olhado.
Eu lhes expliquei, há algum tempo, minha experiência que sobreveio após uma experiência traumática, que me conduziu, após uma indizível dor, a viver a indizível Alegria.

A Transparência ligada, como vocês sabem, à Porta KI-RIS-TI, é ligada, portanto, ao impulso Metatrônico.
E é o que vai permitir-lhes – quando vocês adotam esse modo de ser – aproximar-se ao mais perto da não ação e, portanto, da não dualidade.

A Transparência não é uma resignação.
A Transparência não é uma indiferença.
Aquela de que falo é a que vai consistir em extrair-se, inteiramente, da pessoa, extrair-se, inteiramente, do Si, a fim de não mais interagir, de não mais agir e de não mais reagir com o que quer que seja.

Uma aproximação da Transparência pode ser realizada pela meditação.
Alguns estados meditativos podem conduzi-los a observar, num primeiro tempo, o fluxo dos pensamentos, o fluxo das emoções, eventualmente, o fluxo das imagens que lhes chegam.
Mas, se vocês superam esses estágios, vão dar-se conta de que a meditação vai permitir-lhes apreender que o que é visto, o que é atravessado, naquele momento, não lhes pertence.
Há, portanto, na Transparência, uma noção, primeiro, preliminar, de distância que pode estabelecer-se, que permite distanciar-se, realmente, do que era observado precedentemente.

Essa tomada de distância não é um afastamento.
Ela é uma preliminar, eu diria, à Transparência.
Porque, naquele momento, vocês apreendem – seja na meditação ou em uma experiência tal como eu a vivi e que lhes narrei – que vocês não são nem aquele que olha, nem aquele que é olhado, nem os sentidos que contemplam o que acontece.
Isso pode produzir-se em qualquer circunstância da vida, seja na natureza, seja na relação com um ser ou, como eu acabo de dizer, na meditação.

Essa Transparência não é uma indiferença: ela é a cessação da observação da consciência, a cessação do observador e é, portanto, o que vai permitir-lhes viver um estado específico, no qual todo parecer, toda noção de interação com o meio ambiental vai desaparecer.

Nenhuma expressão da comunicação, nenhuma expressão dessa interação está mais presente.
Isso vai desembocar em uma experiência indizível, que supera, de muito longe, o âmbito do Despertar, o âmbito da Realização, o âmbito do Si porque, a partir do instante em que vocês param de agir com o mundo ambiental, antes que o mundo desapareça, vocês se tornam Transparentes, vocês não existem mais para esse mundo.
Isso se aproxima, por diferentes ângulos, da Consciência Turiya, do Samadhi e, talvez, de Shantinilaya.

O que quer que seja, a Transparência, como muitos de nós o evocamos, é um elemento fundamental nos processos que se desenrolam, atualmente, sobre esta Terra.
A noção de Onda de Vida, de Manto Azul da Graça, a Fusão dos Éteres, o Despertar dos Chacras, o Despertar do Kundalini, as modificações da consciência fragmentária, que os conduziram, alguns, a viver o Si, deve deixar lugar a essa noção de Transparência.

Na Transparência há, de algum modo, uma aniquilação do Si, um desaparecimento do observador, um desaparecimento total daquele que se situa como testemunha que observa um ambiente, uma pessoa ou que interage com esse ambiente ou essa pessoa.
A Transparência põe fim, portanto, à interação.
Ela põe fim à interação, à ação, como eu disse, e permite desembocar, eu diria, nessa alguma coisa que é estritamente desconhecida.

O Despertar dá-lhes a viver um sentimento de Transparência do mundo, um sentimento de Transparência, mas que é vivido como algo observado no exterior.
A Transparência de que eu falo é a Transparência da alma e do Espírito.
A Transparência da própria pessoa que, de algum modo, desaparece de seu papel de observador, de seu papel de testemunha, e penetra em um espaço desconhecido, no qual nada mais pode interagir e interferir.

Nesse estado, o Absoluto ou a Última Presença surge, e é nesse estado – que eu vivi e que, eu espero, inúmeros Irmãos e Irmãs viverão – que pode viver-se o que foi nomeada a Liberação.

A partir do instante em que vocês apreendem que são apenas uma interação em um ambiente (que é, ele mesmo, criado por sua interação prévia e a interação prévia do conjunto de consciências que ali são portadas), vocês percebem, sem crer (não como uma simples crença, mas, efetivamente, como um fato estabelecido), que esse mundo, como sua própria presença, é apenas uma ilusão.
Vocês se extraem, de algum modo, como o diz BIDI, da cena de teatro, da poltrona do espectador e do próprio teatro.
A própria consciência desaparece e aniquila-se, totalmente, o que permite, naquele momento, viver outra coisa que não o que pode ser conhecido.
Essa outra coisa (que é, portanto, o desconhecido, propriamente dito) é o que eu chamei, em minha vida: «a Outra Margem», ir ao Outro Lado.

Aquele que não foi ao Outro Lado não pode, obviamente, encontrar qualquer explicação e qualquer justificação ao que eu exprimo.
Eu posso, contudo, apenas esperar dar-lhes os elementos chave, que permitem, através dessa Transparência, viver – imitar, se preferem – o caminho do Cristo, o caminho de Buda, o caminho dos Seres que, em todos os tempos, foram liberados das condições dessa matéria, dessa experiência, dessa encarnação e, mesmo, desse Si, sem, contudo, renegar o que quer que fosse porque, efetivamente, como lhes foi dito e redito, a Ilusão está inclusa no Absoluto.

Vocês devem, de fato, como dizia BIDI, mudar de olhar, não mais portar um olhar fragmentado, não mais portar olhar algum, ou seja, fazer cessar, inteiramente, o que eu havia chamado, há algum tempo, a ação do eixo ATRAÇÃO / VISÃO.
O Eixo ATRAÇÃO / VISÃO, ligado à imagem, ligado ao que é projetado e visto no exterior, na tela da consciência interiorizada, é o obstáculo maior à noção de Transparência porque, a partir do instante em que há observação, a partir do instante em que há interação ou ação, há, necessariamente, interação de seu próprio mental que se apreende do que é visto, do que é ouvido, do que é traduzido pelos sentidos, quaisquer que sejam, a fim de ali aportar uma explicação ou uma resposta adequada.

A partir do instante em que vocês não mais procuram explicar, a partir do instante em que vocês não mais buscam compreender, a partir do instante em que vocês se deixam atravessar, naquele momento, vocês atravessarão o rio para ir à Outra Margem, não antes.

Assim, as técnicas de meditação vão permitir pôr em repouso o mental, observar os próprios pensamentos, a fim, não de fazê-los desaparecer, mas deles distanciar-se.
Essa tomada de distância, assim como eu o disse, é o elemento capital que vai permitir-lhes deslocar o ponto de vista para fazê-lo sair da consciência e fazê-lo existir, independentemente de qualquer localização, como lhes foi explicado pelas viagens da consciência, através da Deslocalização, da Multilocalização ou, ainda, da Fusão com o Duplo.

O princípio do desaparecimento é o desaparecimento do observador.
É a vontade inexistente.
É o próprio princípio que rege a ausência de interação, a ausência de reação e a ausência de qualquer sentido, que permite desembocar no Absoluto.
Esse desembocar, assim como eu disse, não é, aí tampouco, uma passagem, uma vez que não é possível atravessar.

Em caso algum o desconhecido pode ser conhecido a partir do ponto de vista da pessoa, qualquer que seja a observação, qualquer que seja a explicação ou qualquer que seja a interação, mesmo, com o que é observado.
Há, a partir do instante em que a própria observação cessa, a partir do instante em que tudo o que é captado pelos próprios sentidos desaparece, a partir do momento em que o conjunto de sentires desaparece, que o Amor – que sustenta a manifestação e a ilusão – pode aparecer, claramente, além da consciência.
É naquele momento que vocês percebem a Beleza do Universo, a Beleza da Vida, para além do ponto de vista da pessoa fragmentada ou, ainda, na presença do Si.

Nós estamos bem além dos processos chamados Realização ou Despertar, uma vez que nada há a observar.
As preliminares, é claro, são conhecidas.
Elas consistem em colocar-se no Aqui e Agora.
O Aqui e Agora que lhes permitiu favorecer o estabelecimento do Si e a instalação no Si, que permitiu a Alegria, que permitiu a manifestação de sua Presença deve, de algum modo, desaparecer, ele mesmo, a fim de dar-lhes, não a ver outra coisa, não a olhar outra coisa, mas a tornarem-se, vocês mesmos, a essência total de toda manifestação, como de tudo o que não é manifestado.

Apenas nessa condição – ou seja, nessa espécie de desaparecimento do Si, esse desaparecimento da pessoa – é que pode estabelecer-se a totalidade do Grande Tudo, nomeado, se querem, Absoluto ou Desconhecido.
Enquanto existe um observador, enquanto existe um sujeito que contempla um objeto ou que o olha ou que apreende, por um sentido, um objeto ou uma relação, não pode existir a mínima Transparência.

Vejam, através dessas palavras (e eu os deixo, de algum modo, juízes), que há uma diferença fundamental entre a Transparência da personalidade, exprimida nas relações humanas ou através de regras sociais, e a Transparência de que eu falo que é, justamente, o desaparecimento de toda regra, de toda moral, de toda convenção e de toda pessoa, assim como de todo sujeito e de todo objeto.

A Transparência é essa Porta nomeada KI-RIS-TI, em suas costas, e foi impulsionada, para inúmeros de vocês, pela ação determinante do Arcanjo METATRON.
Hoje, vocês devem manifestar essa Transparência de maneira a mais evidente possível.
A Transparência, a partir do instante em que vocês a acrescentam aos outros pilares da Humildade, da Simplicidade, da Espontaneidade, do Instante Presente, vai permitir-lhes não mais interagir e, no espaço de um tempo extremamente reduzido (basta que isso se produza uma única vez para que o envelope do Coração seja, definitivamente, transpassado, perfurado), permitir superar os limites do Si, os limites da Presença.

Naquele momento, vocês poderão afirmar, porque o viverão, que são Absolutos.
A Transparência é a condição sine qua non do estabelecimento do Absoluto.
Esse estabelecimento, que não é um, mas que permite desembocar, de algum modo, além de todos os limites impostos pela personalidade, como além dos limites do Despertar e da Realização.

A partir do instante em que vocês aceitam fazer cessar toda percepção, a partir do instante em que vocês aceitam não mais interferir, de maneira alguma, com o que lhes apresentado como pensamento, como visão, como sentido, como sentir, como percepção, como concepção, naquele momento, a Transparência estabelece-se por si mesma.
É nesse sentido que outras expressões foram-lhes dadas e repetidas desde mais de um mês, incansavelmente, por BIDI e por outros Anciões entre nós, como o fato de ficar tranquilo, como o fato de efetuar uma investigação, como o fato de refutar.

O próprio princípio da Transparência vai conjugar-se, de algum modo, e vai apoiar-se na Humildade e na Simplicidade.
A Humildade, é claro, concerne, antes de tudo, à onipresença da personalidade, do eu e do mim em toda a vida de um indivíduo, mesmo a mais equilibrada possível.
A Simplicidade consiste, obviamente, em reencontrar o Caminho da Infância, assim como foi exprimido por algumas Estrelas, ou seja, juntar-se, de algum modo, à espontaneidade, num primeiro tempo, do observador, que é absorvido, ele mesmo, no que é observado,

Todo o mundo conhece a criança na baixa idade, que começa a brincar: ela brinca e é absorvida em sua brincadeira.
Nada mais de exterior pode existir.
Existe, portanto, nesse caso, para a criança, uma forma de sideração da consciência que é, literalmente, absorvida em uma ocupação.

Obviamente, para o adulto, isso é muito mais difícil a estabelecer porque, qualquer que seja a ação corrente que vocês efetuam, outras atividades do pensamento podem manifestar-se.
Em contrapartida, vocês todos fizeram a experiência (seja na meditação ou em atividades lúdicas ou recreativas ou criativas) de momentos em que estavam tão absorvidos, que o resto do mundo desaparecia.
Essa absorção em uma atividade é, talvez, uma preliminar para o estabelecimento da Transparência.
Mas, mesmo essa própria absorção deve desaparecer, porque ela é uma projeção da consciência.
Entretanto, é uma aproximação que pode permitir-lhes aproximar-se, se posso dizê-lo, dessa noção de Transparência.

A Transparência não pode apoiar-se em absolutamente nada do que é conhecido.
É o instante em que vocês aceitam colocar-se no Aqui e Agora, na Humildade e na Simplicidade.
É nesse instante no qual vocês não inter-reagem mais de maneira alguma com o mundo e consigo mesmos, como com qualquer outra consciência, que a Transparência explode.
Eu falo de explosão, porque não é um processo linear e progressivo.
É um processo no qual não havia Transparência e, de repente, de um único golpe, há Transparência.
Isso os faz passar do status do indivíduo ou do status do Ser Realizado para o Ser Liberado.
Há, portanto, uma perturbação, uma revolução e uma reversão que foi chamada, em numerosas reprises, a Última Reversão, pelo Arcanjo URIEL.

A Última Reversão desse mundo vai fazê-los reconsiderar sua posição, mesmo nesse mundo, em sua vida, em seu ambiente, em suas concepções, em suas percepções, em seus sentires, em suas crenças.
Em resumo, no conjunto do que constitui sua vida ou seu Si.

A ação da Luz é uma colocação na Transparência, uma vez que a Luz, em sua instalação, não pode deixar lugar para qualquer sombra, para qualquer resistência, qualquer dualidade.
Isso, é claro, é uma inversão total de suas concepções e do conjunto de experiências que vocês efetuaram no Si.
Mesmo o Si o mais estabilizado deve apagar-se, e isso foi chamado, eu os lembro, «o Abandono do Si».

A marcha para a Transparência é, certamente, o elemento, com a refutação, que vai permitir-lhes aproximar-se ao mais perto.
E é, naquele momento, que tudo poderá bascular, como eu lhes exprimi há algum tempo, concernente à minha experiência.
Naquele momento, vocês desaparecem, real e totalmente.
Vocês não são mais uma pessoa.
Vocês são, num primeiro tempo, eventualmente, o conjunto do mundo.
E, mesmo o mundo, naquele momento, desaparece.

É por isso que foi comparado ao sono porque, efetivamente, visto do exterior, isso corresponde à aniquilação total do mundo, como de sua consciência.
Contudo, há algo que permanece e, como o dizia BIDI, o que permanece encontra-se por trás do observador.
É aquele que jamais participou da mínima experiência: é o Absoluto.

O Absoluto não pode mover-se.
Isso lhes foi exprimido, também, de diferentes modos.
Portanto, a partir do instante em que a consciência move-se, em seu ato habitual de apreender uma percepção ou uma concepção, ou de interagir ou reagir, obviamente, vocês estão em movimento.
O movimento não permite conhecer o não movimento.
Há, portanto, nesse nível, um aprendizado que vai pô-los nas condições propícias para viver essa Transparência.
Não pode existir Transparência sem desaparecimento.

O que desaparece é, ao mesmo tempo, a consciência, aquela que os anima – quer vocês estejam no eu ou no Si – e o mundo em si mesmo, em todas as suas manifestações.
A preliminar é, efetivamente, a abolição de toda distância.
Isso é, ainda, o Si.
É o momento em que não existe mais barreira, separação, entre sua consciência e o conjunto da consciência desse mundo, seja através de outra consciência encarnada, de um Irmão ou de uma Irmã, da consciência de uma árvore, da consciência do ar, do Sol, da Lua e da própria Terra.

Vem, em seguida, uma etapa ulterior: é o momento em que vocês aceitam desaparecer, vocês mesmos, sem qualquer ação, sem qualquer vontade de fazer desaparecer o mundo ou sua própria vida.
Naquele momento, e de modo extremamente brutal, vocês fazem irrupção no Absoluto.

A ausência de sentidos, a ausência de Som, tal como lhes foi evocado pelo Arcanjo URIEL e pelo Arcanjo MIGUEL, há alguns anos, são, muito exatamente, as últimas coisas que podem ser observadas no Si.
O contato interdimensional, seja com o Canal Mariano, com o que foi nomeado o Duplo ou com o Arcanjo MIGUEL, como vocês sabem, desde pouco tempo, são elementos destinados, de algum modo, a fazê-los passar do dois ao Um e do Um ao Absoluto, por essa noção, mesmo, de Desaparecimento, de Fusão, de Dissolução, que permite viver outra coisa que não o que pode ser apreendido pela consciência, manifestado pela consciência, estabelecido pela própria consciência.
Isso corresponde a uma perturbação.
Essa perturbação é tal que se assimila, em parte, ao que havia sido nomeado o choque da humanidade e que está a caminho para vocês.

Assim, a partir do instante em que vocês aceitam não mais mover-se, ficar tranquilos, qualquer que seja o processo que vai desenrolar-se (e, em especial, o processo de revelação final da Luz), vocês não terão dificuldade alguma para tornar-se Transparentes, não terão dificuldade alguma para tornar-se, inteiramente, a Luz que parece chegar do exterior.
É a isso que vocês serão convidados, é disso que vocês vão viver, de algum modo, as primícias, que lhes são, agora e já, acessíveis, seja nos momentos em que sua consciência parece não mais existir, nos momentos que vocês podem, talvez, chamar, na personalidade ou no Si, de confusão, nos quais vocês não sabem mais quem são, nem onde estão ou, ainda, quando lhes parece perder a memória.

Esses processos são perfeitamente lógicos que, por sua vez, vão prepará-los para esse Absoluto, ou seja, para essa Transparência total.
A Transparência é, portanto, algo que pode ser qualificado, mesmo se lhes seja estritamente desconhecido, para a maior parte de vocês, de momento, de processo extremamente natural.

Essa Transparência dá-lhes a descobrir o Absoluto no qual, eu os lembro, está contido o conjunto de manifestações, mesmo as mais ilusórias.
Estabelecer-se nisso é sair de todo o resto.
Essa saída de todo o resto foi nomeada o Absoluto com forma, que será substituído, em breve, por um Absoluto sem forma, quando da Revelação final da Luz, que vem do Sol, do Núcleo da Terra, do Alinhamento com o Centro Galáctico e do conjunto de Dimensões e de Universos.

O processo de realização da Fusão com o Duplo ou da Dissolução no Duplo, qualquer que seja, é, aí também, uma aproximação da Transparência, porque vocês vão aperceber-se de que, quando MIGUEL está aí, vocês vão perceber a Vibração dele, vão perceber o Amor dele, vão perceber a realidade do contato dele, mas, até o momento, vocês continuam dois: há o observador, vocês, no Eu ou no Si – e, sobretudo, no Si – que vai apreender que há outra Presença que penetra, eu diria, em sua aura.

Naquele momento, pode estabelecer-se uma Comunhão; naquele momento, pode estabelecer-se um esboço de Fusão, um esboço de Dissolução.
Mas, apenas a partir do instante em que, como dizia o CRISTO, vocês entregam seu Espírito entre as mãos do Pai ou da FONTE, é que se realiza o Absoluto.
Isso se chama a Ressurreição, com justa razão, porque há uma Transfiguração preliminar, assim como uma morte preliminar, que é indispensável e que é uma condição indispensável para que se realize a Transparência e, portanto, o Absoluto.

A Transparência é, portanto, um estado, no Si ou no Eu, que vai conduzi-los, como a Refutação, a aproximar-se ao máximo e a apresentar o mínimo de resistência possível ao estabelecimento do que vocês São, na Eternidade, ou seja, a própria Luz, o Amor, o Absoluto, além de qualquer manifestação.

Como foi dito, é claro, isso não concerne, apesar de tudo, à totalidade de Irmãos e de Irmãs encarnados, entretanto, o papel que vocês têm, a partir do instante em que saem desse papel de Ancoradores, de Semeadores de Luz e dirigem-se a essa direção, é essencial e fundamental, porque, quanto mais vocês forem numerosos a realizar a Fusão com o Duplo, a Fusão com MIGUEL, mais será fácil, para o conjunto da humanidade, viver, com facilidade, o Apelo de MARIA e a revelação final da Luz nesse Mundo.
Porque não haverá mais questões, porque não haverá mais interrogações, porque não haverá mais interações: haverá um apagamento total, o que eu nomeei um desaparecimento da pessoa e do Si, que lhes permite reintegrar a Eternidade.

Como eu acabo de dizer, isso não concerne à totalidade de todos aqueles que me lerão, a totalidade de vocês todos, aqui, que me escutam, mas, efetivamente, a um número limitado de pessoas, um número limitado de Si, porque a realização da Transparência basta, para um determinado indivíduo que sai de sua individualidade, para iluminar a totalidade desse Mundo.
Assim foi a vida do CRISTO, assim foi a Presença dos Seres Liberados, presentes sobre esta Terra, em todos os tempos.

A grande diferença, e ela é essencial, é que, hoje, vocês são extremamente numerosos a terem realizado o Si.
E vocês serão numerosos, também, a viver a Transparência e a estabelecer o Absoluto.
Naquele momento, a ação sobre a consciência daqueles que tiverem permanecido no Si, sobre a Consciência da própria Terra será de uma grande ajuda porque, naquele momento, seu estado, além de todo estado, será o melhor testemunho que vocês podem render à Luz e ao Amor, portanto, ao Absoluto.

Aí estão os alguns elementos, bastante breves, que eu tinha a comunicar-lhes sobre a Transparência.
Obviamente, resta-nos, ainda, tempo, em termos terrestres, para responder às suas interrogações.
Dar-me-á alegria respondê-las, dá-me alegria interagir com vocês sobre esse assunto.

Questão: qual é a diferença entre o Absoluto sem forma e o Absoluto com forma?

A partir do instante em que há persistência de um corpo carbonado (chamado, de maneira poética, saco de alimento, por BIDI), há um Absoluto com forma.
A partir do instante em que a forma desaparece, pelo processo de Revelação final da Luz, há, é claro, um Absoluto sem forma.

Questão: você pode desenvolver sobre a coexistência da consciência do Eu, do Si e do Absoluto, enquanto se está encarnado?

Eu nada posso dizer do Absoluto, como isso lhes foi dito.
O Absoluto não é uma consciência.
O Absoluto é uma ausência de localização, justamente, da consciência.

Ela não está nem no objeto, nem no sujeito, nem no experimentador, nem nesse mundo, nem em outro mundo.
A Transparência, através da Humildade e da Simplicidade, através da Espontaneidade, que são os três outros Pilares (ou, se preferem, se vocês se instalam na Presença, no Aqui e Agora), a partir daquele instante, há uma consciência chamada a consciência, que se instala, da Presença e do Si.
Essa própria consciência deve cessar, o Absoluto não é uma consciência.
A consciência, como tem sido explicado desde numerosos anos, está, sempre, em ressonância e em relação com uma experimentação, um experimentador.
A própria consciência brinca.
O Absoluto não brinca.

Não existe qualquer meio de ter uma representação conceitual ou perceptiva do Absoluto, uma vez que o Absoluto é, justamente, uma a-consciência.
A Transparência, tal como acabo de explicar é, certamente, o que pode, mais facilmente, com o princípio da investigação e da Refutação, conduzi-los às portas desse Desconhecido.
Enquanto há um observador, mesmo se esse observador não contempla mais o mundo, mas a Luz, há interação.
E, portanto, não pode manifestar-se qualquer Transparência.

Na Transparência, nada existe, nada está aparente, tudo desapareceu.
Isso poderia aproximar-se de algumas concepções do Zen, do que foi nomeado, também, na alquimia Taoista, a Vacuidade,

Questão: não saber onde se situa a consciência corresponde à a-consciência?
 
Pode tratar-se de uma a-consciência, como pode tratar-se de um mecanismo de multilocalização ou de deslocalização.
O Absoluto, a partir do instante em que ele está aí, não pode deixar pairar qualquer dúvida, qualquer interrogação e qualquer questionamento porque, eu os lembro, como o dizia BIDI, é o estado natural do que vocês São.

Esse Mundo foi nomeado Maya: ele é uma projeção da consciência.
Não há qualquer anomalia a projetar a consciência em qualquer forma que seja, em qualquer Dimensão que seja.
Isso faz parte do jogo da consciência que é experiência, como eu o disse precedentemente.
A problemática é que, sobre esse Mundo, nós fomos confinados, se preferem, no andar térreo de um imóvel de trinta andares, sem ter conhecimento do que acontece nos outros andares.
A conexão à FONTE foi restringida à mais simples expressão.
Essa ruptura foi responsável pelo que foi chamado o medo, do qual resulta o apego da própria pessoa a ela mesma, devido a que esse desconhecido é-lhes, efetivamente, desconhecido; devido a que os outros estados de consciência, enquanto o Si não é realizado, enquanto não existe processo de Fusão/Dissolução, lhes é estritamente desconhecido como experiência.
A consciência, que é experiência, é, portanto, fragmentária, devido a que lhe falta certo número de elementos do quebra-cabeça, eu diria, da Consciência total.

Questão: o Corpo de Existência que está no Sol é Absoluto ou não?

O Corpo de Existência, qualquer que seja sua Dimensão, é, ainda, uma forma.
Essa forma situa-se ao nível do que foi nomeado de mundos Unitários, nos quais não existe qualquer separação, qualquer fragmentação.
Vocês evoluem livremente, a partir desse Corpo de Existência, até a FONTE.
O Absoluto é-lhes acessível como uma pulsação, se se pode dizê-lo, se se pode exprimir-se assim, imóvel, na qual vocês têm a possibilidade de fundir-se e de desaparecer.
Isso corresponde, também, a um Absoluto com forma.

A partir do instante em que a consciência parou de atuar, qualquer que seja essa consciência, a mais expandida possível até tornar-se um Planeta, um Sistema Solar ou uma Galáxia, a partir do instante em que isso foi levado ao termo do jogo, naquele momento, é possível extrair-se de toda experiência, de toda consciência, porque o Absoluto é conhecido na forma.

Eu os lembro de que o testemunho daquele que é Absoluto é, antes de tudo, a Morada de Paz Suprema, totalmente inalterável, imperturbável, estabelecida na Eternidade, para além mesmo da presença de um corpo, de uma forma, qualquer que seja, mesmo de um Corpo de Existência.

Questão: viver estados de Dissolução é uma das primícias ao Absoluto?

Sim, isso foi chamado de a Infinita Presença ou a Última Presença.

Questão: é exato que alguns, que não viveriam o Absoluto, continuariam no Si para ajudar a humanidade?

Vocês ajudam a humanidade, quer estejam no Si, quer sejam Absoluto, no processo de Fusão com o duplo, qualquer que seja.

Vocês irradiam sobre esse Mundo, sem vontade, vocês se tornam Absoluto.
A partir do instante em que duas consciências e, a fortiori, centenas ou milhares, são Absoluto, o Mundo desaparece.
Mesmo para aqueles que estão no Si, mesmo para aqueles que estão no Eu.
Isso depende, como vocês sabem, da própria Terra, mas, também, do número de consciências que se tornam a-consciência.

A ação de ter Ancorado a Luz, de ter Semeado a Luz foi realizada pelo Si, manifestada por uma das Coroas Radiantes e, em especial, pela Coroa Radiante do Coração.
A Onda do Éter, nomeada, pela maior parte de nós, Onda de Vida (que é ligada, como vocês sabem, à Liberação da Terra), vai, progressivamente, fazê-los descobrir essa noção de Transparência, uma vez que, como já lhes foi desenvolvido, os diferentes apegos da personalidade a ela mesma, os diferentes medos são dissolvidos, se vocês aceitam Abandonar o Si, pela própria Onda de Vida.
A Transparência, naquele momento, estabelece-se de maneira extremamente simples e fácil.

Eu os remeto, para isso, a uma das últimas intervenções de UM AMIGO, que lhes falou de estremecimentos do peito, de ativação das asas Etéreas de um lado e do outro de KI-RIS-TI, assim como a colocação em Vibração da nova Tri-Unidade, chacra do Coração, chacra da alma, chacra do Espírito, assim como KI-RIS-TI.
Essa é uma preliminar e poderia ser assimilada à Última Presença.

Além disso, o Abandono do Si, nesse nível ou nessa etapa, desemboca na Transparência total.

O Duplo, quer ele seja MIGUEL ou um ser de Luz ou um ser encarnado, vai permitir-lhes viver, realizar, a Transparência, a Humildade, a Simplicidade, a Espontaneidade, mas, para isso, aquele que está, ainda, encarnado, ou os dois, devem desaparecer, inteiramente.
Naquele momento, e se posso exprimi-lo assim, se vocês são vocês, se vocês são MIGUEL, se são sua mônada, se são o Sol, isso se assimila à questão precedente, ou seja, que vocês não têm mais consciência de estar em algum lugar.
E, no entanto, vocês não estão perdidos, vocês se encontraram.

Não temos mais perguntas, agradecemos.

Irmãos e Irmãs na humanidade, eu rendo graças por sua escuta.
Do mesmo modo que o Arcanjo MIGUEL mostrou-lhes, há pouco tempo, eu lhes proponho viver um momento de Comunhão e, para muitos de vocês, aproximar-se dessa Fusão com um Duplo, no caso, o que eu Sou.

Eu lhes digo até muito em breve.
Que o Amor guie seus passos, porque é o que vocês São.
Vivamos isso, durante alguns minutos de seu tempo.

... Partilhar da Doação da graça...

IRMÃO K está em vocês.
E eu os saúdo.
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Um comentário:

  1. Que a Transparência é imprescindível para a solução de todas as questões, isto já é bastante notório. Que esta MSG fez a diferença nesta questão tão fundamental, também não resta menor dúvida. É claro, também, que a clareza maior desta fala só acontece no acontecendo, onde não existe "eu ou Si" algum. Vejamos algumas das muitas proezas ditas neste estilo inconfundível do Irmão K: "A Transparência é o que deixa passar, o que não interfere, o que, além da noção de clareza ou de qualquer moralidade, é algo que vai permitir superar a percepção, superar o sentir, superar a própria explicação que pode ser dada e que vai, portanto, bem além da observação, bem além da projeção da própria consciência, no que é observado <> Eu diria, para retomar uma terminologia que lhes é empregada nesses últimos tempos, que a Transparência vai abolir a distância sujeito/objeto, em um primeiro tempo. E, num segundo tempo, ela vai fazer desaparecer o objeto e o sujeito <> Enquanto o olho da consciência está voltado para o exterior, seja no eu ou no Si, seja, mesmo, em um olhar voltado para o Interior (na compreensão do Si), jamais haverá uma Transparência total, uma vez que o simples fato de ver a Luz, de viver e provar a Luz, traduz uma plenitude da Luz (e não uma Transparência à Luz, não um apagar do Si), que não pode conduzir, em caso algum, ao desconhecido e, ainda menos, ao Absoluto <> A Transparência vai colocá-los em um estado no qual vocês deixam o observador. É o momento em que, mesmo na consciência comum do eu fragmentado, vocês vão parar de interagir <> A partir do instante em que vocês não mais procuram explicar, a partir do instante em que vocês não mais buscam compreender, a partir do instante em que vocês se deixam atravessar, naquele momento, vocês atravessarão o rio para ir à Outra Margem, não antes <> Essa saída de todo o resto foi nomeada o Absoluto com forma, que será substituído, em breve, por um Absoluto sem forma, quando da Revelação final da Luz, que vem do Sol, do Núcleo da Terra, do Alinhamento com o Centro Galáctico e do conjunto de Dimensões e de Universos".

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