31 de out. de 2012

TERESA DE LISIEUX – 31 de outubro de 2012


Mensagem publicada em 1 de novembro, pelo site AUTRES DIMENSIONS.

Áudio da Mensagem em Português

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(GRAVAÇÃO REALIZADA A PARTIR DO TEXTO ORIGINAL FRANCÊS, SUJEITA, PORTANTO, A CORREÇÕES QUANDO DA TRANSCRIÇÃO).





Eu sou TERESA DE LISIEUX e eu lhes dirijo todo o Amor e a Luz que nós somos.
O que eu queria dizer-lhes inscreve-se na sequência de minhas duas últimas intervenções e, é claro, na sequência no que lhes disse minha Irmã Estrela GEMMA (ndr: GEMMA GALGANI).

Minhas palavras serão muito mais curtas que as dele, porque elas serão portadas, a vocês e em vocês, agora e já, por nossa Comunhão de Amor.

Vivamos, portanto, juntos, esse momento de Amor e de Comunhão.

... Partilhar da Doação da Graça...

Eu vou, portanto, falar-lhes, nesse estado de Comunhão, com vocês, do que representa dar-se ao Amor.

Dar-se o Amor, é viver a Alegria e esse Gozo Interior permanente, que faz com que tudo o que sejam ocupações de nosso quotidiano, sobre a Terra, quando nós ali estamos, viva-se no mesmo estado, no mesmo humor.

Dar-se ao Amor é, de algum modo, dar-se a si mesmo para, finalmente, Abandonar-se.
É tornar-se insignificante para ser Tudo.
É desaparecer da pessoa, ao mesmo tempo sendo uma pessoa, para aparecer em sua própria Eternidade.

O que nós somos é Amor, como dizia minha Irmã GEMMA, e dar-se ao Amor é uma forma de reciprocidade.
É reconhecer o Amor por toda a parte, mesmo além das aparências as mais funestas.

Eu os remeto para isso ao que eu pude escrever, muito jovem, quando eu decidia orar (eram minhas palavras) e ocupar-me de certo número de prisioneiros que haviam cometido crimes, porque eu pensava, sinceramente, que esses seres tinham, talvez, mais necessidade de Amor.
Não de uma ajuda no sentido em que se poderia entendê-la, ao nível humano, mas, efetivamente, de meu estado de Amor, em oração, para eles.

Dar-se ao Amor é isso.
É aceitar e reconhecer que todo Irmão ou Irmã que, aparentemente, não está no Amor, perdeu-se a si mesmo, não se reconhece no Amor e ali põe tanta oposição, que a única solução é, justamente, o Amor.
Quando vocês aceitam ver as coisas assim (porque elas são assim), então, o que vocês São desvenda-se a vocês e, naquele momento, vocês se dão, ao mesmo tempo, a si mesmos, ao Amor e ao outro, quem quer que seja, mesmo e, sobretudo, se ele lhes seja desconhecido.
Porque orar por seus amigos ou seus próximos é muito fácil, e estar no Amor para aquele que lhes pareça estar em oposição ao Amor a vocês mesmos, é mais, talvez, digno de Amor.
Porque, lembrem-se de que, mesmo ainda, hoje, antes do movimento coletivo da Luz, nós somos todos cegos e amputados do que nós somos, verdadeiramente, e que Amar além das aparências é, também, Amar além dos conflitos ou dos ressentimentos.
E é Amar toda a vida.

É amar mesmo o Irmão cujas crenças e o comportamento estão ao oposto do Amor, na aparência, porque se ele é assim, é que ele não se reencontrou, simplesmente.
Quando vocês aceitam isso e fazem disso a experiência, então, toda sua vida é mudada.

O movimento coletivo do Amor que vem, os fará perceber isso.
Ele lhes dará ver para além das aparências, para além de tudo o que vocês podem classificar em função da inteligência humana limitada, como das circunstâncias e do que dá a ver os sentidos ou as ideias.

Dar-se ao Amor permite-lhes evitar todos os obstáculos do julgamento, todos os obstáculos da condenação, e permite-lhes evitar, sobretudo, pensar apenas em seu interesse próprio.
Em resumo, dar-se ao Amor, é dar o Amor, para um ilustre desconhecido, sem qualquer vontade, simplesmente, porque nós sabemos que é sua natureza (tanto da Terra como desse desconhecido), isso nos põe no Amor e, portanto, nos faz Vibrar o Amor.
Porque é um Amor que, justamente, é gratuito: ele não visa compensar o que quer que seja, ele não visa reparar e, sobretudo, é um Amor que não é inscrito em qualquer condição.
É um Amor totalmente gratuito.
É a verdadeira Doação ao Amor.

Assim, Amar o que se pode considerar como o pior inimigo, faz-nos apreender e viver que, em definitivo, não há melhor amigo para o Amor, do que nosso melhor inimigo.
Porque o que quer que nós vivamos com ele (e eu pude testemunhar, em meu diário, quando eu estava no Carmel, algumas situações que eu vivia como muito difíceis e que, se eu me tivesse tido à minha condição humana apenas, teria me feito reagir ou detestar tal pessoa), isso não podia ser, porque eu havia decidido que o Cristo e o Amor estavam presentes, do mesmo modo, em cada Irmão, em cada Irmã, o que quer que me fizessem e o que quer que me dissessem.
Isso me permitiu, efetivamente, verificar essa Doação de Amor e ver que todas as forças estavam ali, e que a Única Verdade e a Única Potência, reais, situavam-se, unicamente, nesse nível.

E nas circunstâncias coletivas agora, daí de onde vocês estão, é isso que será preciso encontrar.
Porque, se vocês são Transparentes, se aceitam desaparecer para ser, inteiramente, vocês mesmos, vocês nada têm a desprezar, nada têm a limitar, tanto em vocês como para qualquer outro.

E se vocês Amam, naquele momento, verão, efetivamente, por si mesmos, que se torna, então, muito fácil extrair-se do julgamento, extrair-se da categorização, ou impor um limite a quem quer que seja ou ao que quer que seja.

Dar-se Amor é assim.
É não enviar amor a alguém esperando melhorá-lo.
É simplesmente dar-se a ele, porque vocês reconhecem, nele, o que vocês São, para além da idade, das ações, de qualquer aparência.
E durante este período, é a melhor modo, o único, de encontrar-se a si mesmos, totalmente, e de passar de um estado, de uma experiência (mesmo as mais importantes), para tornar-se essa experiência, não mais como uma experiência, mas como um estado permanente, que é permitido por esse momento coletivo de Luz.   

Se vocês realizam essa Doação de Amor, a Humildade, a Simplicidade, a Transparência, aparecer-lhes-ão cada vez mais claramente, como um único Caminho válido e, sobretudo, a única Verdade.
Vocês sairão de toda projeção de Amor e tornar-se-ão, realmente, o que vocês São e o que nós Somos, todos, porque o Amor pode ser apenas Doação: ele não pode ser mantido para si.

É nesse sentido que os Anciões, os Arcanjos falaram-lhes do Abandono do Si, não como uma rejeição, não como algo a estigmatizar ou a condenar, mas, efetivamente, a realização de sua natureza profunda.
Porque, enquanto vocês são afetados nesse corpo, nessa vida, nesse efêmero, o Amor não poderá tocá-los, inteiramente.
Ele poderá exprimir-se através de vocês, no que vocês constroem, na afeição que portam ou que lhes porta um próximo, mas isso são apenas contrapartidas bem frágeis do que se realiza quando vocês dão o Amor.

E essa Doação de Amor não é nem conjuntural, nem a expressão de uma vontade de Amor (que nada quereria dizer), mas é, efetivamente, reconhecer a natureza do Ser que nós Somos.
É aceitar que nós estamos, quando estamos encarnados, em algo que, por muitos lados, afasta-nos dessa Luz e desse Amor e que, no entanto, nós somos.

Então, dar o Amor é suprimir todos os limites.
Dar-se ao Amor, é pôr fim a todas as limitações, a todos os quadros.
É entrar, diretamente, na Eternidade, mesmo na superfície desse mundo ainda presente.
É o melhor modo de render-se à evidência, aceitar, como eu dizia, "nada mais ser, para ser Tudo", "ser o menor", como lhes dizia um dos Anciões, o Mestre PHILIPPE.

Há de fato (é uma figura), um princípio de vasos comunicantes.
Esse princípio de vasos comunicantes faz com que, real e concretamente, enquanto vocês creem ser algo, enquanto creem ser alguém e, unicamente, alguém, o Reino dos Céus é-lhes fechado e a Verdade do Amor que vocês São não lhes aparece, porque a Consciência está ocupada com outra coisa que não o Amor.
Tudo foi feito nesse mundo, vocês sabem, para ocupar a consciência com outra coisa que não o Amor.

Dar-se ao Amor é nada mais projetar.
É instalar-se, totalmente, no Instante Presente do que vocês fazem nesse ato de Doação ao Amor.
Vocês se reconhecem, e é reconhecendo-se, verdadeira e totalmente, que o peso do efêmero, do sofrimento e o peso da sua vida, desaparecem, totalmente.
E as condições desse mundo são, muito exatamente, essas, com uma forma de evidência cada vez mais clara para todo mundo.

Nós temos dito, frequentemente, que é nos momentos difíceis que o ser humano encontra os recursos para encontrar-se.
Dar-se ao Amor é o meio de reencontrar-se rapidamente, para não ser afetado pelo que se opõe ao Amor, pelo medo, em vocês, como por toda a parte.
Tudo isso já está inscrito em cada um de nós, no mais profundo de nós.

Há esse Amor que está aí e que nós não vemos, necessariamente, porque o medo mascarou-o, porque os sofrimentos ocultaram-nos.
Mas se se esquece de si mesmo (como corpo ou pessoa que sofre, corpo ou pessoa que é ferido ou que foi ferido), se se aceita, de algum modo, transpor esses limites, então, o Amor torna-se claro e o melhor modo de realizá-lo é dar-se ao Amor, sem colocar-se questão, sem procurar uma explicação ou uma lógica.
Porque a lógica obedece à razão e às regras desse mundo.
Mas a lógica do Amor, não é a própria lógica.

Dar-se ao Amor, é penetrar a Unidade, de maneira mais intensa.
É, sobretudo, ser aliviado de todo peso, de todo sofrimento.
É ver a Verdade de frente, não mais estar submisso às aparências, ao mesmo tempo aceitando essas aparências.

O Retorno da Luz, nesta fase, é um processo que eu posso nomear místico, porque é a mística pura que não se importa com sua vida, nessas circunstâncias, que não se importa com o que construiu o homem, como quadro, como limite, devido à sua insuficiência de reconhecimento de Amor.

Dar-se ao Amor é, efetivamente, além da Confiança, ou da Esperança, ou de qualquer crença.
É um ato, real e sincero, que se torna perceptível e tornar-se-á cada vez mais perceptível, na consciência, porque se dando ao Amor, há a Leveza e há, sobretudo, a Clareza e a Profundidade.

Resistir ao Amor é o sofrimento e a falta.
É questionar-se, é procurar-se, sem jamais encontrar-se.

Se vocês devessem reter apenas uma frase de tudo o que eu lhes disse desde certo tempo, ela seria, simplesmente, para não se esquecer de vocês e não se esquecer de dar-se ao Amor.
É o único modo de realizar o que se É, todos.
E de fazer isso nesses momentos que precedem o momento coletivo, porque é muito fácil, porque é mais evidente e o Reencontro, então, desenrolar-se-á como um face a face totalmente feliz e leve, no qual vocês percebem a ausência total de separação entre o que vocês se tornam, nesta vida, e o que vocês São, na Eternidade.

Lembrem-se de que a distância é o que é responsável pelo sofrimento.
E aquele que se construiu resistências e sofrimentos, quando o Amor apresenta-se a ele, percebe esse sofrimento com acuidade.
Mesmo se o Amor ponha fim a todo sofrimento, é preciso, contudo, reconhecer esse Amor como a quintessência do que nós somos, e como a quintessência da Vida, por toda a parte.

É claro, as atividades comuns que se prosseguem (de todas as vidas de nossos Irmãos e Irmãs, sobre a Terra) são, por vezes, muito prementes, muito invasivas.
É, efetivamente, por isso que as circunstâncias e as condições do retorno da Luz vão aliviar o fardo de hábitos e obrigações.
Não são vocês que decidem: é a ação da Luz e de sua Inteligência, nesta fase.
Vocês têm apenas que dar-se a ela.
E, dando-se ao Amor, vocês percebem que vocês são Amor, porque nada retém para si e dão-se inteiramente.
Não há outro modo de tocar sua própria Profundidade, seu próprio Coração, e sua Eternidade.

Digam-se, efetivamente, também, que todos os elementos que se produzem em sua vida (isso foi dito e repetido, mas vai tornar-se muito mais importante nas manifestações, que é preciso redizê-lo), que tudo o que lhes acontece em sua vida, sem qualquer exceção (mesmo que lhes pareça penoso, mesmo que lhes pareça, a priori, contrário à Luz e ao Amor), está aí apenas para isso.
Não há nem punição, nem castigo, nem carma, nem culpa.
É sempre a pessoa e a personalidade que crê nisso, não o Amor.

Ora, todas as circunstâncias de suas vidas, sem qualquer exceção (mesmo se esse corpo é chamado a partir, nesse momento), são um convite ao Amor e nada mais.

Eu repito, estejam vigilantes, de algum modo, ao olhar que vocês portam sobre as coisas e os eventos, sobre seus próximos como sobre os seres distantes.
E lembrem-se de que a Sombra serve-se apenas de uma única coisa, quer ela esteja em vocês ou alhures: é do medo.
E que se vocês estão nessa Doação do Amor, não pode existir o mínimo lugar para o medo.
E que se o medo está presente, é apenas o reflexo da atividade do que resta de sua pessoa.
E lembrem-se de que a pessoa não conhecerá, jamais, a Luz, a pessoa não poderá, jamais, tornar-se a Luz.

A lagarta deixa o lugar à borboleta: não há qualquer comparação entre a lagarta e a borboleta seja na forma, seja na manifestação e, no entanto, no Interior, há a mesma coisa.
Tudo isso é algo que vai aparecer-lhes, se não é evidente, pelo menos como mais fácil a integrar.
Eu, efetivamente, disse a integrar, não a compreender porque isso desafia qualquer lógica, no sentido humano e, quanto mais vocês permanecem em seus limites, mais permanecem em seus apegos, mais há resistência ao Amor, e menos vocês podem dar-se ao Amor.

Dar-se ao Amor é fazer romper todos os limites e, sobretudo, descobrir a Leveza e a Alegria.
Eu nada posso desejar-lhes de melhor.

Então, é claro, durante todos esses anos, as Vibrações, os centros de consciência, as experiências e os estados que vocês têm vivido foram, de algum modo, marcadores e localizadores para levá-los a esse tempo.
Vocês tiveram a chance de poder preparar e viver (por antecipação, de algum modo), esse momento coletivo.

Como lhes transmitiram os Anciões: nada façam, contentem-se em acolher e dar-se ao Amor, desaparecer para aparecer a Verdade Eterna.
E é muito simples, mesmo se isso, hoje, pareça-lhes sem solução, amanhã, será profundamente diferente.
E, a partir de amanhã, pouco a pouco ou de maneira muito mais brutal, vocês apreenderão isso sem poder mesmo explicá-lo, nem mesmo compreendê-lo, mas é o que vocês viverão.

O que eu posso desejar-lhes mais nesse período que se abre?

Se há, em vocês, interrogações sobre o que eu disse, hoje ou em outros dias, sobre dar-se ao Amor e se eu posso ali aportar outras palavras, eu o faço.

Questão: como amar personalidades, uma vez que nos pedem para desapegar-nos delas?

Será sempre difícil, meu Irmão, para a personalidade que você é, porque é sua consciência egoica que diz isso, mas se você se coloca no Amor, isso não coloca qualquer problema.

Não é questão de enviar Amor.
Enviar amor é um ato da pessoa, é um ato egoico que se crê superior.

Torne-se nada, e tudo se tornará evidente, para você.
A personalidade verá, sempre, apenas a personalidade, assim como você exprimiu.
E se você vê, portanto, uma personalidade, é que você mesmo está inscrito na personalidade e não no Amor.
A personalidade terá, sempre, as boas razões para não amar, para detestar ou para amar, porque é função de seu ponto de vista.

Não temos mais perguntas, agradecemos.

Irmãos e Irmãs, presentes, aqui, permitam-me dar-lhes a vocês, dar-me a vocês, nesse Amor, nessa Doação de Amor que eu exprimi.
Esse é meu modo de render-lhes Graça e de Amá-los.
Eu lhes digo, quanto a mim, até uma próxima vez.
Até logo.
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MA ANANDA MOYI – 31 de outubro de 2012


Mensagem publicada em 1 de novembro, pelo site AUTRES DIMENSIONS.


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(GRAVAÇÃO REALIZADA A PARTIR DO TEXTO ORIGINAL FRANCÊS, SUJEITA, PORTANTO, A CORREÇÕES QUANDO DA TRANSCRIÇÃO).


Áudio da Mensagem em Francês

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Eu sou MA ANANDA MOYI.
Vivamos um tempo na Comunhão e na Graça do Amor.

... Partilhar da Doação da Graça...

Minha vinda, entre vocês, inscreve-se, esta noite, no âmbito da Vibração que eu porto, como Estrela AL, e como Oficiante do Manto Azul da Graça.

Eu não farei grandes discursos, mas vou, através da Vibração de AL e da Vibração da Graça, dar-lhes certo número de frases.
Essas frases vão corresponder, muito precisamente, a isso: o ego será sempre uma questão.
A resposta, ela está, sempre, ao nível do Ser.
Através de cada enunciado, a Luz Vibral de AL e do Manto Azul da Graça estará eficiente e ativo, em vocês.

O ego inscreve-se, sempre, no fazer.
O Ser é a única coisa que se acompanha do exato oposto: nada fazer.
O ego é inscrito, permanentemente, na ação e na reação, assim como na adaptação.
O Ser é a Graça personificada, para além da pessoa.
O ego é resistência.
O Ser é facilidade.
O ego tem necessidade de ver.
O Ser é bem além de tudo ver.
O ego é, sempre, um movimento.
O Ser é um não movimento.

Viver concerne ao ego como ao Ser.
A vida do ego tem, sempre, necessidade de justificações e de explicações.
A vida do Ser é evidência e Silêncio.
O ego inscreverá, sempre, sua ação em uma sequência lógica, na qual o ponto de referência é, sempre, ele mesmo.
O Ser passa de toda referência e o ponto de vista é, indiferentemente, não importa qual ponto de vista, sem diferença alguma.

Do ego ao Ser, existe apenas a distância que é concebida pelo próprio ego.
Do Ser ao ego, há coincidência e Alegria.

O ego dependerá, sempre, de algo mais.
O Ser de nada mais depende que não do que ele É.

O ego age e faz, no mundo das aparências e das causas.
O Ser não age, mas Irradia, porque essa é sua Natureza.

O ego é alimentado pela experiência.
O Ser é alimentado pela Essência.

Nenhuma experiência leva à Essência.
A Essência põe fim a toda experiência.
Descobrir o Ser é não mais ser afetado por qualquer circunstância, por qualquer evento.

O ego é ausência de Paz.
O Ser é Paz.
Nos tempos e instantes nos quais o Ser coletivo aparece, o ego desaparece, mesmo se ele não o deseja.
O Ser, para além da resposta, para além de qualquer evidência, é satisfação, Alegria e Plenitude.

O ego é inquietação.
O Ser é segurança.

O ego passa e falece.
O Ser é estabilidade.

O ego crê controlar e dirigir.
O Ser nada dirige, nada controla, mas deixa o que ele É, Ser, por si mesmo e dele mesmo.

O ego ama por convicção ou interesse.
O Ser não tem que amar, uma vez que essa é sua Natureza, sua Essência e sua única justificação.

O ego dá o sentido de uma identidade e da propriedade.
O Ser não pode ser limitado a uma identidade ou a uma propriedade.

O ego recusa o efêmero, enquanto ele o é.
O Ser observa o efêmero passar e em nada é concernido.

No momento em que o Fogo que queima do Amor vem colocar-lhes a questão do ego ou do Ser, ninguém poderá ignorar as duas respostas possíveis: a recusa ou a aceitação.

O ego não pode pensar em desaparecer.
O Ser não é concernido, nem pelo aparecimento, nem pelo desaparecimento.

O ego toma-os pelo ventre ou pela cabeça
O Ser toma-os pelo Coração e pelo Centro e torna-os Livres.

O ego é ignorância do Ser.
O Ser conhece, à perfeição, o ego.

O ego é uma máscara que se adapta ao ambiente.
O Ser é Permanência, qualquer que seja o ambiente.

O ego é atraído pelo conhecimento, vivido como apropriação.
O Ser É o Conhecimento, independente de qualquer saber.

O ego vive-se por contraste e comparação.
O Ser vive-se por Amor, sem condição e sem limite.

A única escolha é essa: Ser ou ego, dar ou tomar, dar-se a si mesmo ou tomar-se pelo Si.

O ego permanece um sorriso circunstancial.
O Ser é um sorriso permanente do Coração, que não tem necessidade da aparência do rosto.

O ego exprimirá, sempre, a resistência à evidência.
O Ser exprimirá, sempre, a Alegria do Abandono.

O ego defenderá, sempre, seu próprio ponto de vista.
O Ser nada tem a defender, porque sua Presença é sua própria defesa.

O ego terá, sempre, sede.
O Ser é saciado, ele jamais terá sede.

O ego é mudança.
O Ser é fixo.

O ego não poderá, jamais, viver um Instante Presente.
O Ser nada mais conhece que não o Instante Presente.

O ego procura, sempre, mostrar-se e demonstrar.
O Ser nada tem a mostrar, apenas Ser.

O ego não conhecerá, jamais, a Vibração do Amor.
O Ser é a Vibração do Amor.

O ego manifestará, sempre, uma densidade exagerada.
O Ser não conhece a densidade.

O ego é afetado.
O Ser não pode ser afetado.

O ego procurará, sempre, um ponto de comparação, uma escala de medida.
O Ser não compara, jamais, nada, e nada tem a medir porque o Amor não se mede.

O ego serve-se do olho, físico ou sutil.
O Ser não tem necessidade de qualquer olho para ver.

O ego vendo, verá, sempre, o que é bem e o que é mal.
O Ser não pode ver o bem e o mal, porque ambos pertencem ao ego.

O ego tem necessidade de ser satisfeito.
O Ser é a satisfação.

O ego quererá, sempre, ter razão, mesmo reconhecendo seus defeitos.
O Ser não se importa em ter razão ou defeito, porque ter razão ou defeito exprime-se apenas no ego.

O ego é a marca deixada pela ausência de Amor, percebida e vivida.
O Ser não pode conhecer um amor exterior.

O ego é submisso aos riscos do tempo, dos pensamentos e das emoções, das lembranças.
O Ser é liberado de toda causalidade.

Até o presente, o ego e o Ser eram colocados em paralelo, eram justapostos.
Em algumas horas de seu tempo, o Ser e o ego não poderão mais ser justapostos, a consciência estará no ego ou naquela do Ser.

O ego é, sempre, ligado aos sentidos e ao sentimento de uma história e de crer ser uma pessoa.
O Ser não concerne ao que vocês são, pessoalmente, mas ao que vocês São, em Verdade, e comumente.

Abrir-se ao ego, é abrir-se à alternância, aos altos e aos baixos.
Abrir-se ao Ser, é não mais viver alternâncias: estar, ao mesmo tempo, no alto e embaixo, como nem no alto, nem embaixo.

O ego conhece apenas o prazer efêmero, que ele conquista por lutas.
O Ser conhece apenas a Alegria Eterna, que não resulta de qualquer luta.

Até o presente e antes desse tempo, o ego podia tomar-se pelo Ser, mas o Ser não pode, jamais, tomar-se pelo ego.

Doravante, o ego verá o Ser face a face e na distância para, claramente, identificar-se a si mesmo no sentido de uma identidade ou no sentido de uma perenidade.

O ego crê-se sem fim e faz tudo para evitar o fim.
O Ser sabe-se sem fim e, portanto, nada procura.

O ego serve-se, sempre, da projeção.
O Ser não conhece qualquer projeção.

Doravante, o ego verá o Ser, como o Ser verá o ego, em cada um, como por toda parte, de maneira íntima, como de maneira desvendada.

Ver, além dos olhos e de toda visão, o que vocês São ou ao que vocês se inclinam, pelo Abandono ou pela resistência, põe-nos no face a face, bem além do simples jogo da sombra e da Luz, porque o Ser sabe que nenhuma sombra pode ser tangível na Luz.

Só, o ego vê as zonas de sombra e quer ali aportar sua própria solução.
O Ser deixará a sombra resolver-se por si mesma, pela ação do Ser que nada faz, pela ação da própria Luz.

O ego crê-se Luz e reivindica-a.
O Ser É Luz e nada tem a reivindicar ou a mostrar.

O ego fará, sempre, tudo para evitar ter que se ver.
O Ser nada tem a ver, como nada a demonstrar, porque ele É.

O ego não É, mas ele crê sê-lo.
O Ser É, sem crer, sem vê-lo, mas pela proximidade e imediaticidade.
E, sobretudo, o testemunho do ego é o jogo daquele que age.
O testemunho do Ser é a Paz Suprema.

O ego cultivará, sempre, o antagonismo e a suposição.
O Ser nada cultiva, porque ele é Evidência e Permanência.

A diferença entre o ego e o Ser tem-se, simplesmente, no que a alma dá a tocar: ou a alma tem sede de matéria, ou a alma tem sede de Luz.
A sede de matéria é um desejo sem fim, uma busca desenfreada.
O Ser é estranho a tudo isso.

Assim, nesse tempo, o ego conhece e conhecerá a agitação.
O Ser conhece e conhecerá a pacificação.

A alma, que recebe a Luz, pode queimar e desaparecer ou resistir, para reforçar o ego.

O tempo é o tempo do Ser porque a Luz é oficiante, porque a Luz Real (não aquela que é visível aos olhos, mas aquela que ilumina a consciência) surge.

O ego pretende procurar a Luz.
O Ser nada pretende, ele É a Luz.

As condições da Terra chamam-na a Liberar seu Ser profundo e real.
Vocês que estão sobre a Terra, ela os chama, do mesmo modo, para deixar persistir o ego ou para deixar aparecer o Ser.
Quer o Ser viva o Si e a Unidade ou o Absoluto, é a mesma Alegria, a mesma Paz.

O ego não pode pretender essa Paz e essa Alegria.
O ego conhece, sempre, uma frustração ou outra.
O Ser é estranho a toda frustração.

O ego é vazio e crê-se pleno.
O Ser é pleno, mas sabe-se vazio para esse Mundo.

Minhas proposições desta noite encontrarão ressonância e eco, ou não, de acordo com o lugar de onde vocês me escutaram ou de onde vocês me escutarão.

O Ser reconhece o sentido, para além do sentido das palavras.
O ego pode apenas tentar rejeitar ou discutir.
A Vibração da alma é um Fogo.
Esse Fogo pode alimentar a matéria ou alimentar a Luz.
Alimentar a Luz, transmuta a matéria.
Alimentar a matéria, não cria qualquer transmutação.
Uma e outra, matéria e Luz, foram misturadas.

A alma que recebe a Luz tem por objeto desmisturar e dar a viver e a ver o ego e o Ser, para que a um dado momento, nenhum habitante da Terra poderá esconder-se por trás do ego, afirmando que não sabia.
O que se tornou consciente, de uma maneira ou de outra, não pode mais ser ignorado, nem desviado.

Vão além dos sentidos de minhas palavras e impregnem sua alma dessas palavras.
E se vocês são capazes disso, deixem essas palavras agir, em vocês, além de seu sentido e significado, realmente, na Radiação e na Vibrância que eu lhes aportei.

Irmãos e Irmãs, Sementes de Estrelas, nada pode manchar a autenticidade do Ser, só o ego acreditou nisso, mas não sejam culpados.
O ego será, sempre, culpado.
O Ser é Libertado.
O tempo que vem e que acelera é aquele da Maturidade, da Liberdade, da Verdade.

Eu sou MA ANANDA MOYI.
Pela Vibração de AL, eu saúdo, em vocês, o Ser.
Na Alegria do Amor, eu lhes digo, portanto, até uma próxima vez.
Permitam-me depositar, sobre seus ombros, o Manto Azul da Graça.

... Partilhar da Doação da Graça...

Até breve.
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