29 de out. de 2012

IRMÃO K – 29 de outubro de 2012


Mensagem publicada em 30 de outubro, pelo site AUTRES DIMENSIONS.


Áudio da Mensagem em Português

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(GRAVAÇÃO REALIZADA A PARTIR DO TEXTO ORIGINAL FRANCÊS, SUJEITA, PORTANTO, A CORREÇÕES QUANDO DA TRANSCRIÇÃO).



Áudio da Mensagem em Francês

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Eu sou IRMÃO K.
Irmãos e Irmãs, encarnados na humanidade, acolhamos-nos mutuamente, na Fusão de Corações, antes que eu exprima o que eu vim expor-lhes.

... Partilhar da Doação da Graça...

A exposição que eu tenho a dar-lhes inscreve-se na sequência lógica do que eu pude exprimir concernente à Liberdade e à Autonomia (ndr: ver, em especial, as intervenções do IRMÃO K de 18 de fevereiro e de 17 de março de 2012).

Eu vou, portanto, propor-lhes um olhar, um pouco diferente, sobre o que representa a Liberdade.

Cada um de nós, na encarnação, vai conceber e imaginar a liberdade, em função de sua própria rede de leitura.
A liberdade, na vida comum, é não mais estar constrangido por um elemento dito exterior a si, qualquer que seja esse elemento (mesmo representado por uma situação, por um Irmão ou uma Irmã ou, ainda, por uma obrigação).
Aquele que não se coloca a questão da Liberdade (em suas grandes linhas) está, por evidência, submisso aos seus condicionamentos, aos seus autocondicionamentos e aos confinamentos criados pela consciência dissociada.

Colocar-se a questão da Liberdade é, portanto, já, considerar que pode existir uma possibilidade de outra coisa que não o que é conhecido.
O conhecido (por definição) leva-os a noções de liberdade que são relativas.
Quer seja diretamente ligado às suas atividades e ao fato de poder privilegiar algumas delas, em detrimento de outras, a liberdade, tal como ela é concebida, em um primeiro tempo, concerne exclusivamente às circunstâncias da vida encarnada: sair de seu trabalho, sair da escola, liberar-se de um engajamento.

A liberdade é, sempre, concebida em relação a uma situação anterior e uma situação posterior, na qual o elemento que parecia privar de liberdade não está mais presente.
Essa liberdade concerne, é claro, exclusivamente, ao relativo da personalidade.

A Liberdade de que quero falar-lhes é completamente de outro gênero, porque essa Liberdade não depende do sentimento de estar privado de liberdade, nesse mundo, em relação a um evento ou uma ação.
A Liberdade de que eu falo é aquela da consciência.
O conjunto de regras desse mundo cria condicionamentos, regras, obrigações.
Nesses condicionamentos, nessas regras, há a possibilidade de entrever ou de reivindicar uma liberdade.

A Liberdade de que falo nada tem a ver com o conjunto de circunstâncias de sua vida.
A Liberdade de que eu quero falar-lhes é aquela que se vive na própria consciência, a partir do instante em que a consciência não se sente mais tributária de limites, de regras, de condicionamentos e de obrigações, criados pela própria personalidade.
A Liberdade torna-se um problema fundamental que se junta, de algum modo, à maturidade espiritual, ou seja, ao momento em que vai colocar-se o questionamento do próprio sentido da vida, do próprio sentido da encarnação.
Questionamento cujas respostas, aportadas mesmo nesse mundo, não encontrarão mais eco sobre vocês.
Quer concirna às leis ditas de evolução, quer concirna ao carma, quer concirna às responsabilidades nas quais vocês estão engajados, uma liberação de qualquer desses aspectos, não os torna Livres.

O problema da Liberdade coloca-se, no momento da maturidade e da interrogação, não mais no sentido da vida, mas no sentido do que é a Vida, fora, justamente, desta vida que é vivida.

Há, é claro, inúmeras liberdades.
A Liberdade de que eu falo não é, tampouco, a liberdade de pensar, nem a liberdade de criar, mas efetivamente, eu repito, a Liberdade da própria consciência.

Não pode existir Liberdade assim que exista um quadro.
Durante nossa encarnação, nós estamos em um quadro, cujos limites são, naturalmente, formados pelos limites desse corpo e da consciência subjacente (consciência desse corpo, como consciência da própria pessoa).

A questão da Liberdade sobrevém, de maneira inevitável, no momento da maturidade e no momento em que as diferentes liberdades, vividas ou procuradas, não preenchem mais a consciência encarnada, e quando se coloca, então, diretamente, ao nível da alma, a questão essencial de uma Liberdade incondicional (que não depende, justamente, de qualquer engajamento, de qualquer pensamento e, sobretudo, de qualquer circunstância).
Essa Liberdade não pode ser encontrada na matéria, a matéria que é baseada (seja nos objetos ou nas consciências) no princípio da delimitação, da separação e do distanciamento.
Assim que existe uma delimitação, um distanciamento, a liberdade é apenas uma ideia ou um pensamento.

A Verdadeira Liberdade não pode conceber-se em um mundo de Ação/Reação.
A Liberdade chama a Graça, porque a Liberdade não pode ser, em caso algum, ligada a uma circunstância, a uma evolução qualquer que, por definição, é limitante e confinante.
Essa Liberdade não é, portanto, uma Liberdade que pode procurar-se, nem mesmo encontrar-se e, ainda menos, concretizar-se, nas próprias circunstâncias de vida nesse mundo.

A única Verdadeira Liberdade é aquela que concerne, exclusivamente, à consciência, e é o que vocês São, para além da consciência.
Não pode haver Liberdade enquanto a consciência é constrangida ou confinada (em uma circunstância, em um corpo, em uma relação).

A Liberdade não depende, portanto, absolutamente, de privações de liberdade, de circunstâncias exteriores, nem mesmo de sua liberdade ou capacidade para pensar Livremente, ou seja, liberados de crenças e do conhecido (mesmo se não mais estar submetido às crenças e ao conhecido seja uma etapa essencial para a Liberdade).
Isso não basta (por sua erradicação) para torná-los Livres.

A Liberdade de que eu falo é, portanto, aquela da consciência que não está mais submetida a um corpo, a uma função, a uma vida, a esse mundo, ou ao que quer que seja que lhes seja conhecido.
A Liberdade intercepta, portanto, a maturidade e a Graça.
Porque, sem Graça, não há Liberdade.
Essa Liberdade vai traduzir-se por uma ruptura.
Uma ruptura de tudo o que é condicional e confinante.

Esta Liberdade, que concerne apenas à consciência (e não mais aos mecanismos do pensamento ou, ainda, aos mecanismos da vida, tais como nós todos os vivemos), essa Liberdade é, é claro, religada à Autonomia, porque não pode existir Liberdade sem Autonomia (prestando bastante atenção para não confundir a Autonomia com a recusa de qualquer circunstância da vida).
Porque a Liberdade de que eu falo não dependerá, jamais, de qualquer liberdade de circunstâncias desse mundo.

A Liberdade de que eu falo é, efetivamente, aquela da consciência, Livre de qualquer engajamento, Livre de qualquer forma, Livre de qualquer emoção, Livre de qualquer mental e, eu diria mesmo, Livre de qualquer condicionamento, como de qualquer experiência.

A Liberdade é um elemento que é onipresente para aquele que é Absoluto, porque nenhuma circunstância desse mundo (mesmo a mais traumatizante, a mais invalidante) não o concerne de modo algum.
A Liberdade confere, de fato, uma espécie de distanciamento, real e objetivo, com a liberdade desse corpo, na expressão dessa vida, na expressão de suas relações e de suas interações.
Essa Liberdade não pode ser comparada (e não é mesmo nem comparável, nem concebível, como elemento de comparação) com a liberdade, no sentido comum, concernente à liberação de uma dependência, de uma obrigação (como eu disse) ou de uma circunstância, qualquer que seja.

A Liberdade de que eu falo não é, portanto, uma liberdade de pensar, nem mesmo uma liberdade de escolha, mas concerne, exclusivamente, à própria consciência.
Não pode haver Liberdade sem maturidade.
Não pode haver Liberdade sem Autonomia.
Não pode haver Liberdade sem Graça.

Porque tudo o que a personalidade chamará «liberdade», definir-se-á, finalmente e em definitivo, apenas em relação a ela mesma, em relação a uma circunstância anterior (ou a uma circunstância posterior), em ressonância com uma mudança de vida (ou das próprias circunstâncias).
Eu diria, mesmo, que essa Liberdade (essa Liberdade da própria consciência) não se importa com circunstâncias desse mundo, nem com circunstâncias desta vida.

A Liberdade os faz descobrir o Amor, não exprimido através de um sentimento, não exprimido através de um ideal, não exprimido através de uma condição (mesmo nomeando-a incondicional).
Mas a Liberdade do Amor é tal, que aquele que se instala na Vibração do Amor, através do conjunto de elementos que vocês conhecem (como o Fogo do Coração, mas isso não é limitativo), desencadeia, na consciência, uma Liberdade a nenhuma outra similar.
Essa Liberdade leva-os, de maneira abrupta e, geralmente, direta, a não mais ver-se, simplesmente, como a expressão de uma consciência, a não mais ver-se como, simplesmente, a expressão de uma encarnação, mas os faz perceber que tudo isso é apenas passageiro, é apenas efêmero e não concerne, em nada, ao que vocês São, em Verdade.

É claro, viver e experimentar essa Liberdade é colocar-se, diretamente, sob sua égide.
Essa Liberdade é Amor, porque o Amor é de natureza para Ser a Liberdade.
Não pode haver Amor sem Liberdade.
É nesse sentido que o amor, empregado no sentido humano, conhece todas as limitações que nós todos conhecemos (seja através das palavras pronunciadas, seja através de uma relação corporal, afetiva, familiar ou outra).

A Liberdade não é, portanto, unicamente, escapar dos condicionamentos, não é, portanto, unicamente, considerar a existência de uma prisão e sair da prisão.
A Liberdade é bem mais do que isso: é o momento em que a consciência não está mais inferida (nem em desacordo) com qualquer circunstância de sua vida (como da vida, em geral).

A Liberdade cria, portanto, uma forma de distância.
Mas essa distância é, simplesmente, uma mudança de profundidade, uma mudança de visão, uma mudança de percepção também, que não está submissa, nem sujeita a qualquer circunstância desse mundo.

A Liberdade de Ser (e a Liberdade de sê-lo) vive-se a partir do instante em que alguns estados da Consciência Final manifestam-se.
Ela é um mecanismo que parte, portanto, do Interior, mas cuja tradução, no que eu nomearia o exterior (ou seja, nas circunstâncias de vida), é capaz de pacificá-las, de transformá-las, sem qualquer vontade própria, pessoal, sem qualquer decisão.

A instauração da Liberdade não decorre, portanto, de uma escolha de vida (ainda menos de circunstâncias de vida).
A instauração da Liberdade é independente do conjunto de circunstâncias prévias.
A Liberdade é não mais estar condicionado por qualquer elemento conhecido, por qualquer elemento de crença, por qualquer elemento societário ou afetivo.
Isso não quer dizer, contudo, renunciar a essas circunstâncias, mas, efetivamente, vivê-las, de um modo e por mecanismos profundamente diferentes do que eram anteriormente.

A Liberdade rima também com o não medo.
Porque toda expressão de medo é apenas uma privação de Liberdade (da Liberdade de que eu falo).
Toda manifestação de medo e toda manifestação de elementos que pertencem à consciência separada são apenas freios para a Liberdade.
Mas não basta, contudo, retirar os freios para recuperar essa Liberdade.
A Liberdade é profundamente religada, também, à noção de Sacrifício e de Ressurreição.

Os Mundos Livres são Mundos nos quais não existe qualquer regra, qualquer pressão.
Regras e pressões que se exprimem tanto no plano que vocês nomeiam material (daí onde vocês estão), como regras e pressões que se exercem nos diferentes estágios da própria consciência.

A Liberdade é, muito exatamente, o que vai ser-lhes proposto.
Essa proposição pode parecer, em um primeiro tempo, inadequada.
Inadequada devido à existência de crenças, devido à existência de condicionamentos, do conjunto de circunstâncias da própria vida encarnada.
A Liberdade não pode exprimir-se, de maneira exterior, porque a Liberdade é um estado Interior que, necessariamente, influi no exterior, mas sem a intervenção de qualquer vontade ou de qualquer decisão.

Ser Livre não depende de qualquer circunstância exterior.
Ser Livre é, portanto, uma liberação: uma liberação do conjunto de condicionamentos, uma liberação do conjunto de crenças, uma liberação do conjunto do que foi nomeado «Linhas de Predação», ao mesmo tempo mantendo, efetivamente, na consciência que a Liberdade não se obtém subtraindo-se desses elementos (nem mesmo de qualquer lei), mas efetivamente, observando-os pelo que são (ndr: referência às Linhas de Predação), nesse olhar correto daquele que É Livre.

O conjunto de circunstâncias desse mundo faz apenas refletir, em definitivo, o medo da Liberdade.
O medo é estruturante.
O medo é confinante.
O medo coloca limites.
A Liberdade põe fim aos limites e, portanto, aos medos.

Compreendam, efetivamente, que essa Liberdade não é o resultado de uma ação, ainda menos de uma reação e, ainda menos, a ação de uma vontade que visa modificar circunstâncias exteriores.

A Liberdade de que eu falo sobrevém apenas no momento preciso do que foi nomeada a Transparência total.
A Liberdade decorre da Humildade.
A Liberdade decorre do apagamento.
Esse apagamento não é, em caso algum (como eu disse), uma evasão de circunstâncias da vida, mas, efetivamente, um mecanismo muito mais sutil e Interior, concernente à própria consciência.

A Liberdade é, também, considerar, e viver, e perceber, que vocês não dependem de qualquer circunstância de vida, como de qualquer circunstância espiritual, para Ser Livre.
Enquanto existe uma crença de que vocês vão Liberar-se e encontrar a Liberdade (por uma ação em circunstâncias da vida, como na vida nomeada espiritual), vocês se enganam.

A Liberdade não é, jamais, um trabalho.
A Liberdade não é, jamais, uma ascese.
A Liberdade não é, jamais, outra coisa que não uma renúncia ao efêmero, que não uma renúncia ao medo.

Inúmeros ensinamentos têm insistido no aspecto limitador do medo e no aspecto privativo do medo, em relação à Liberdade.
O medo, qualquer que seja, não tem necessidade de ser combatido: ele tem, simplesmente, que ser olhado.
É a atitude a mais exata que lhes permitirá descobrir a Liberdade ou, pelo menos, colocar-se a questão da Liberdade.

Enquanto esta questão não desaparece (e eu não falo, eu repito, de circunstâncias da vida encarnada), enquanto a Liberdade não os chama na consciência, vocês podem ter dela apenas uma definição e uma aproximação condicionadas, elas mesmas, pela existência de condições desse mundo no qual nós estivemos encarnados e no qual vocês estão encarnados.

Os agentes da Liberdade e da Liberação são múltiplos.
Alguns deles foram-lhes explicados.
Eles representam os Elementos.
A revelação desses Elementos (que realiza a revelação do Coração Ascensional), a morte (de algum modo) das Linhas de Predação pessoais (pelo Abandono à Luz e o Abandono do Si, assim como a subida da Onda de Vida), são circunstâncias preliminares para a Liberdade (ndr: vocês encontrarão, na rubrica «protocolos a praticar», informações sobre os Elementos e a revelação do Coração Ascensional).
Mas, mesmo essas circunstâncias preliminares (como eu disse), como circunstâncias espirituais, devem apagar-se, elas mesmas, inteiramente, para fazê-los descobrir o que vocês São, na Liberdade.

A Liberdade não pode resolver-se por uma modificação de circunstâncias exteriores, nem mesmo de circunstâncias Interiores, mesmo se algumas circunstâncias Interiores chamem-nos a viver sinais, de algum modo, do que se desenrola em vocês (como, por exemplo, a Última Presença).

A Liberdade é ver, claramente, o conjunto de circunstâncias, exteriores e Interiores, que podem vir frear a Liberdade.
É ver claramente os prós e os contras (tanto Interiores como exteriores) do que se joga em relação à Liberdade.

Como eu disse, os elementos os mais limitadores para a sua Liberdade serão, sempre, os medos.
Quer esses medos concirnam ao Desconhecido a vir, quer esses medos concirnam a esse corpo ou, ainda, a um dos elementos ou a uma das circunstâncias de sua vida, eles nutrem, todos, a mesma coisa: o reforço do medo e a limitação da própria Liberdade.

Ser Livre é bem mais do que a liberdade de pensar ou a liberdade de viajar às outras Dimensões, ao mesmo tempo conservando esse corpo.
Ser Livre é não mais se sofrer, de maneira alguma, a lei de Ação/Reação.
Ser Livre é, obviamente, não mais ser afetado por uma circunstância desse mundo, como por uma circunstância espiritual.
A Liberdade, enfim, põe fim, de maneira definitiva (se não foi o caso anteriormente), ao conjunto de predações, ao conjunto de confinamentos que existem previamente à Liberdade.

O simples fato de ver claramente as coisas, o simples fato de ver os mecanismos da consciência no trabalho (quando ela está submetida ou quando ela está Livre) permite-lhes, claramente, identificar onde vocês estão em relação à Liberdade.

A Liberdade leva-os, portanto, a viver outra coisa.
A Liberdade leva-os a experimentar e a instalar-se para além dos limites e contingências, tanto Interiores como exteriores.
A Liberdade não pode acompanhar-se de qualquer pertencimento.
Esse sentimento de pertencimento desaparece, inteiramente, quando a Liberdade está aí, que se acompanha, aliás, da Transparência a mais total.

Só a consciência que percebeu isso é, definitivamente, Livre e Liberada.
A Liberdade não é mesmo função do que nós nomeamos «a Liberação».
A Liberdade é uma atitude, de algum modo, da consciência.
A Liberação faz apenas dar-lhes a possibilidade de Ser, realmente, Livres.
Mas, Ser realmente Livres, é não mais dar peso e consistência ao que quer que seja que não à própria Liberdade.

Eu dizia que o Amor é Liberdade porque o Amor não pode, justamente, deixar-se confinar em qualquer circunstância, em qualquer relação, em qualquer falta, como em qualquer plenitude.
Essa Liberdade é, é claro, religada à Autonomia.
Mas esta Liberdade é, antes de tudo, o desaparecimento, total, de todo medo, em campos de expressão da consciência.
Naquele momento, o ser que vive isso, quer ele seja ainda tributário de um corpo (nas circunstâncias desse mundo), não tem que ser afetado pelas referidas circunstâncias.

Ser Livre é não mais ser condicionado e, sobretudo, não mais ser condicionável.
Não pode existir Liberdade, tampouco, enquanto em vocês exista o mínimo julgamento sobre as circunstâncias desse mundo.
Qualquer condenação, qualquer julgamento concernente a uma circunstância (quer seja um evento ou uma pessoa), afasta-os da Liberdade.
Porque o julgamento, em si mesmo, porta nele suas próprias algemas e seu próprio confinamento.

Aquele que quer permanecer Livre, uma vez que tenha encontrado a Liberdade, não pode permitir-se exercer qualquer julgamento, assim como qualquer discriminação, sobre as circunstâncias desse mundo como sobre as circunstâncias espirituais.
Aquele que vive a Liberdade não pode, portanto, de modo algum, confinar quem quer que seja.
Porque, a partir do instante em que exista uma predação ou uma submissão de uma pessoa, qualquer que seja (mesmo a mais próxima de vocês), não há mais Liberdade.
E isso se ressente.
Esse ressentimento não é Vibratório.
Ele não é ligado, por exemplo, a uma resposta do Coração ou a uma subida da Onda de Vida ou à percepção do Canal Mariano.
É um Estado indizível que se associa, geralmente, à Morada de Paz Suprema.
Mas uma Morada de Paz Suprema que não tem que ser vivida no Íntase ou no Êxtase, mas que exprime, espontaneamente, quaisquer que sejam as circunstâncias de sua vida.

Ser Livre não é uma reivindicação, nem um objetivo.
A Liberdade vive-se, quaisquer que sejam as circunstâncias e quaisquer que sejam as condições desse corpo, como de seus pensamentos.

A Liberdade é o elemento que lhes dá a ver a realidade ilusória desse mundo, o peso do efêmero.
A Liberdade vai aumentar a Alegria.
A Liberdade vai aumentar a Paz e a Tranquilidade.
Não é uma Paz e uma Tranquilidade que seriam procuradas de maneira ativa, mas é, efetivamente, uma Paz e uma Tranquilidade que se estabelecem por si mesmas, para aquele que se torna Livre.

A Liberdade acompanha-se de um desaparecimento, puro e simples, de pensamentos (exceto quando eles, é claro, são solicitados pelas necessidades das circunstâncias da vida).
A Liberdade é, portanto, uma vacuidade.
Ela não é mesmo uma expansão Dimensional, uma viagem na Existência ou uma instalação no Absoluto.
A Liberdade é bem mais do que um sentimento Interior.
Ela é um Estado do Ser, no qual nenhuma submissão pode concretizar-se, no qual nenhuma tomada de poder pode manifestar-se (tanto em um sentido como no outro).

A Liberdade, é claro, é fonte de Graça e de satisfação.
Não de uma satisfação de um trabalho que teria sido cumprido, mas, bem mais, a satisfação daquele que, enfim, encontrou-se e reencontrou.
A Liberdade, enfim, é Leveza, em relação a esse corpo, como em relação às circunstâncias da vida.

Aquele que é Livre não pode mais ser afetado pelas circunstâncias duais, pelas manifestações de uma consciência confinada.
Aquele que é Livre não pode considerar restringir a Liberdade de quem quer que seja.
Isso poderia chamar-se um apagamento ou uma humildade.
E é o caso.
Porque aquele que é Livre nada pode reivindicar, em circunstâncias desse mundo como em circunstâncias espirituais.

A Liberdade basta-se a si mesma.
Aquele que é Livre sabe-o.
Aquele que é Livre vive-o.
E essa Vida não é afetada pelas circunstâncias.

Colocar-se a questão da Liberdade deve fazer evitar o obstáculo de pensar na liberdade nesse mundo (como a liberdade de um emprego do tempo, a liberdade de fazer o que vocês quiserem).

A Liberdade de que falo não é uma liberdade de fazer, mas, efetivamente, uma Liberdade de Ser, para além de todo fazer.
Ser Livre é estar preenchido de Alegria, sem objeto, sem suporte, e sem objetivo.

A Liberdade não é uma demissão, a não ser uma demissão da Ilusão.
Não da Ilusão desse mundo, mas das próprias ilusões Interiores concernentes a esse mundo.

A Liberação da Terra, vivida atualmente e em conformidade ao que anunciaram alguns Anciões e, sobretudo, SERETI (ndr: sua intervenção de 30 de setembro de 2012), conduzem-nos a viver, nos dias que vêm, essa Liberdade.

Lembrem-se de que a Liberdade é ausência de marcadores, ausência de limites e ausência de constrangimentos, ausência de referenciamentos a uma experiência de vida, ausência de ligação com uma circunstância de vida (tanto Interior como exterior).

Quando a Liberdade apresenta-se, vocês a vivem.
Essa Liberdade não é a sede de uma interrogação sobre as circunstâncias, ou sobre «como melhorar o que quer que seja».
Porque a Liberdade é, ou não é.
A Liberdade que há a viver é aquela do Coração e aquela da Luz.
Ela não é tributária de qualquer forma, de qualquer lei.

A Liberdade é nossa Natureza e nossa Manifestação, nossa Essência, para além do que é limitado.
A Liberdade pode dar medo, porque se acompanha de um desaparecimento dos referidos limites e, portanto, mesmo, de marcadores de vida, no momento em que ela é vivida.
Superar esse medo instala a Liberdade, de maneira definitiva.
Essa Liberdade não apresenta qualquer possibilidade de ser afetada pelas liberdades desse mundo (que eu descrevi).

Viver a Liberdade e Ser Livre é algo que é sentido, diretamente, na consciência.
É o momento em que o verdadeiro sentido da Liberdade é compreendido e vivido.
Ou seja, que não depende, justamente, de qualquer circunstância, tanto material como espiritual.

A Liberdade é, portanto, por muitos lados, sobreponível à Infinita Presença ou Última Presença.
Aquele cuja consciência queixa-se de uma falta de liberdade (quer essa falta de liberdade seja exprimida em relação a outra pessoa, em relação a um emprego do tempo, em relação a uma profissão), faz apenas traduzir a ausência de Liberdade.
Porque aquele que é Livre não se importa, mesmo, com a privação de liberdade, a mais total, desse mundo.

A Liberdade é, portanto, totalmente independente de tudo o que lhes é conhecido nesse mundo e não se importa com a liberdade do tempo, ou com a liberdade de um corpo para mover-se.
Nessa Liberdade, é claro, não pode existir o mínimo medo concernente a esse corpo, como a outro ser humano ou, ainda, à própria sociedade.
Não é, tampouco, uma indiferença.
Não é, tampouco, uma rejeição.

Colocar-se a questão dessa Liberdade e vivê-la é, seguramente, o que se abre, em vocês, para muitos, através dos mecanismos específicos nos quais lhes parecem desaparecer, seja na percepção do corpo, seja em sua própria consciência, seja de maneira inesperada, espontânea ou decidida, pela meditação ou o Alinhamento.

Descobrir a Liberdade é não mais ser afetado, é não mais ser sensível às circunstâncias.
A Liberdade desacopla, portanto, de tudo o que pode constituir a consciência comum.
Ela cria (na própria consciência, como no próprio corpo) uma Paz nova, uma Liberação nova, tanto do corpo, como do pensamento.

Essa Liberdade não decorre jamais (como eu disse) de uma busca, mas, efetivamente, de uma cessação de busca.
Como para o Absoluto, essa Liberdade decorre de uma forma de capitulação, capitulação do conjunto de circunstâncias desse mundo, quanto à compreensão, à expressão, e à vivência dele.

A Liberdade é o que é proposto pela Liberação.
A Liberdade é o que é proposto pela Luz.
A Liberdade é da natureza do Amor e partilha, com o Amor, certo número de manifestações.

A Liberdade é uma Doação da Graça.
Essa Doação da Graça tornou-se real e palpável pela dissolução dos medos (seja o resultado da Onda de Vida ou a Ação do Manto Azul da Graça), pelo Canal Mariano.
Essa Liberdade acompanha-se de um estado de espírito que, além do simples não julgamento e da não condenação (de uma circunstância ou de um ser) vai, realmente, acompanhar-se de uma percepção e de um sentimento, bem reais, de desaparecimento desse mundo: coisa que se produz em alguns estados Interiores.

Viver o esquecimento de si, viver o esquecimento de suas próprias circunstâncias corporais e de pensamentos entreabre a Porta da Liberdade e instala-os na Liberdade.
Enquanto existe, em vocês, a crença de que a Liberdade dependerá de um emprego do tempo, de uma circunstância espiritual ou material, vocês não podem Ser Livres.

A Liberdade de que falo não é uma acomodação com as circunstâncias desse mundo ou com as circunstâncias de sua vida.
A Liberdade é, enfim, Estar na Vida, para além de sua vida e de toda vida, nesse mundo.

Essa Liberdade não pode ser a resultante de qualquer oposição à vida habitual, porque enquanto vocês se opõem, vocês não são Livres.
A Liberdade não cria uma indiferença, contudo (mesmo se não há oposição), mas cria, realmente, um desapego, completo e real (afetivo, emocional e circunstancial), do que é vivido.

A desidentificação e a deslocalização da consciência são etapas importantes, preliminares à Liberdade.
Elas são, de algum modo, as primícias da Liberdade.

Quando a Liberdade começa a aparecer, antes que ela se instale, pode haver uma ressurgência, uma acentuação de medos anteriores condicionantes, que não devem alarmá-los, mas, simplesmente, serem olhados para o que eles são: emoções que passam e pensamentos que passam.
A Liberdade não é concernida por isso.
A Liberdade está muito mais próxima de vocês, o que quer que vocês façam, quando as circunstâncias desse mundo mudam de maneira abrupta.

Um deslocamento de equilíbrio, qualquer que seja esse deslocamento de equilíbrio (quer ele seja ligado a um dos Elementos, como ao próprio humano), é frequentemente um elemento salutar, que faz aparecer a questão da Liberdade.
É o papel, em parte, dos Elementos e dos Cavaleiros, em vocês, doravante.
Essa é uma forma de Passagem, que corresponde a uma metamorfose: coisa que será explicitada, mais adiante, por ORIONIS, de retorno entre vocês e entre nós (ndr: intervenção prevista nos dias que vêm).

Passado o instante da surpresa (representado pelos diferentes choques possíveis da humanidade), o deslocamento de equilíbrio, realizado por esse choque, pode conduzir a uma metamorfose vital e à instalação da Liberdade.
É o objetivo.

As circunstâncias exteriores desse mundo são afetadas pelos Elementos, pela Luz Vibral, e pelos diferentes componentes da Luz, do mesmo modo que há, em vocês, essa afetação que modifica o equilíbrio inicial.
Este equilíbrio inicial encontrar-se-á, portanto, deslocado, ou pela Liberdade, ou pelo medo.
O resultado, é claro, é profundamente diferente.

É a vocês que cabe estar vigilantes sobre esses momentos de choque, momentos nos quais os Cavaleiros agem (tanto exterior como Interiormente).
Dessa vigilância, dessa observação de sua própria consciência, do aparecimento do medo ou não, decorrerá a instalação da Liberdade (se já não foi feito).

Os Elementos (sobre os quais eu me exprimi) são, talvez, aplicáveis, para vocês, a partir de agora, mas tornar-se-ão imediatamente aplicáveis (se tal é sua escolha) quando a Ação dos Cavaleiros, sobre a Terra, for maciça.
Nessas circunstâncias (que não são mais função, unicamente, de sua posição geográfica porque a Ação dos Cavaleiros vai, a um dado momento, concernir ao conjunto da Terra, momento iminente), é através dessa ação global que se realizará, em vocês, a Liberdade ou o medo.

Retenham efetivamente, quando essas circunstâncias forem propostas, que há apenas duas escolhas: algumas Estrelas falaram do medo, ou do Amor, como estado.
Isso se junta, completamente, ao que havia sido dito (ndr: ver intervenções de TERESA DE LISIEUX de 03 de julho de 2012 e de GEMMA GALGANI de 20 de setembro de 2012).

A Liberdade é Amor.
O medo é apenas a expressão da ausência de Liberdade.
Coloquem-se, portanto, as boas questões.
Coloquem-se, portanto, para observar, objetivamente, o que se desenrola em vocês, desenrolar-se-á em vocês.

Eu os convido a pôr em paralelo o que eu disse sobre a Liberdade, hoje, com o que eu disse, há algum tempo, concernente à Autonomia e à Liberdade (ndr: suas intervenções de 1º de abril e 27 de novembro de 2011), assim como o ensinamento das Estrelas, concernente ao medo e ao Amor.
Rememorando o que foi dito (relendo isso), eu espero que vocês percebam a trama (cada vez mais visível, isso dito) do que se desenrola, atualmente, nas circunstâncias da Terra, como em suas circunstâncias Interiores.
O que acontece fora acontece dentro.
E o que acontece dentro, acontece fora.

Lembrem-se de que a Liberdade e as circunstâncias da Liberdade são afetadas por sua capacidade, maior ou menor, para estar na Paz e ficar Tranquilo.

Eu pararei aí as palavras de minha intervenção e proponho, antes de deixá-los para seu Alinhamento, um momento de Comunhão, de Graça e de Fusão.

... Partilhar da Doação da Graça...

Eu sou IRMÃO K e eu lhes digo até breve.
Com todo meu Amor.

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3 comentários:

  1. "Liberdade na Consciência", Liberdade, como sinônimo da Graça, Liberdade leva a ruptura. Liberdade, nada tem a ver como exterior. Liberdade, dá Paz, Alegria, Satisfação, Leveza. Liberdade de SER...

    "Eu prefiro ser, essa metamorfose ambulante..."
    e vamos aguardar Orionis.
    Inacreditável, esse avançar...
    Noemia




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  2. A Liberdade é tratada em profundidade e amplitude como jamais foi. A Liberdade é situada de todo incompatível com tudo aquilo que se conhece como sendo-a, sob a ótica deste mundo, ora prestes a se despedir de suas própria ilusões, sua marca fundamental. A Liberdade, enfim, ganha nesta abordagem, sua qualidade essencial, como dom da Graça, e emanação do próprio Amor. Tudo que corresponde ao pertencimento, seja de qual natureza, é, aqui, plenamente considerado alheio e oponente à real Liberdade. Os tempos da liberação são chegados, e a verdadeira Liberdade terá oportunidade de emergir do modo o mais impactante, muito além de todos os choques que a humanidade esteja a viver. Com a Liberdade, vive-se a Autonomia, e, a partir daí, nada mais pode assustar, mesmo a mais ampla metamorfose planetária, e mesmo a total falta de alternativas para todos os apegos que ainda se possa ter, nestes momentos finais, de proximidade iminente.

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  3. "A Liberdade é nossa Natureza e nossa Manifestação, nossa Essência, para além do que é limitado.
    "A única Verdadeira Liberdade é aquela que concerne, exclusivamente, à consciência, e é o que vocês São, para além da consciência.

    "Não pode haver Liberdade enquanto a consciência é constrangida ou confinada (em uma circunstância, em um corpo, em uma relação).
    "Essa Liberdade vai traduzir-se por uma ruptura. Uma ruptura de tudo o que é condicional e confinante.
    "A Liberdade desacopla, portanto, de tudo o que pode constituir-se a "consciência comum".
    "A Liberdade não cria uma indiferença, contudo, mas cria, realmente, um Desapego, completo e real, do que é vivido.
    "Como para o Absoluto, essa Liberdade decorre de uma forma de capitulação, capitulação do conjunto de circunstâncias desse mundo, quanto à compreensão, à expressão, e à vivência dele.
    "A Liberdade é o que é proposto pela Liberação.
    A Liberdade é o que é proposto pela Luz.

    "A Liberdade que há a viver é aquela do Coração e aquela da Luz.
    "A Liberdade é, enfim, Estar na Vida, para além de sua vida e de toda vida, nesse mundo.


    "A Liberação da Terra, vivida atualmente e em conformidade ao que anunciaram alguns Anciões e, sobretudo, SERETI, conduzem-nos a viver, nos dias que vêm, Essa Liberdade."

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