3 de nov. de 2012

BIDI – 3 de novembro de 2012


DO SITE AUTRES DIMENSIONS.

Áudio da Mensagem em Português

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(GRAVAÇÃO REALIZADA A PARTIR DO TEXTO ORIGINAL FRANCÊS, SUJEITA, PORTANTO, A CORREÇÕES QUANDO DA TRANSCRIÇÃO).


Áudio da Mensagem em Francês

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Bem, Bidi está com vocês e eu os saúdo.
Vamos, portanto, abordar nossas últimas trocas e conversas que terminam, se quiserem, por minha conclusão, concernente ao que nós realizamos.
Mas, de momento, eu os escuto.

Questão: ser uma consciência sem corpo, como um ponto no Universo é para o que se inclina?

A partir do instante em que você define um objetivo ou uma experiência passada, você não é mais o que você É.
Você não tem que “inclinar-se para”, porque “inclinar-se para” é, já, colocar uma distância em relação à experiência, ou em relação a um desejo, ou em relação a uma realidade.

É claro que existe, na consciência, a possibilidade de viver sem forma.
Mas a consciência, como você diz, continua aí: isso se chama a Infinita Presença ou Última Presença.
Mas não faça do que você viveu, há um tempo, um objetivo: criando um objetivo, você cria uma separação.

Apreenda, efetivamente, que só o ponto de vista da personalidade limita-o e confina-o e o faz considerar o que foi vivido como um objetivo.
Enquanto você definir um objetivo (em relação a uma experiência, mesmo a mais importante), você não está no Instante Presente e você não é o que você É.
Você deixou o controle ser assumido pela personalidade.

A partir do instante em que uma experiência aparece para a consciência (qualquer que seja essa consciência), ela vai apropriar-se da experiência.
É por isso que Ser Absoluto põe fim a toda experiência.
O que não quer dizer que a experiência não seja mais possível, mas ela não tem mais lugar de ser, a partir do instante em que você se tornou, realmente, o que você É, de toda Eternidade.
O olhar mudou, definitivamente.
Enquanto existe, na consciência, o sentimento de uma memória, de uma experiência (mesmo a mais extraordinária que seja), você vive no passado.
Porque há um condicionamento que vem de suas próprias experiências e que vem alterar, realmente, a possibilidade de Ser o que você É.

Nenhuma experiência resume-se a um passado ou a um futuro.
Mesmo a experiência da Unidade, ou a Consciência Turiya, não deve ser uma lembrança, mas deve tender a tornar-se a Permanência que você É.
E depois, Turiya deve ser visto de outro ponto de vista, e isso é Absoluto.
Definir um objetivo, uma finalidade, relevará, sempre, da pessoa.
O que você É não é um objetivo.
O que você É não tem necessidade de ser descrito, nem colocado em imagem, nem rememorado.
Senão, isso não é o que você É.

Questão: você não intervirá mais, doravante, porque nós temos todos os elementos para poder continuar a trabalhar ou porque nós chegamos ao tempo Final?

Porque limitar a essas duas proposições que fazem apenas confirmar que você procura uma resposta em relação a um fim e nada mais?

Permita-me responder a sua questão quando de minha conclusão (e você apreenderá o sentido do por que eu vim e parti).

O intervalo de minha vinda sobrepôs-se a algo próximo, á Liberação da Terra.
Ou seja, justamente, à possibilidade de voltar a tornar-se o que vocês São e de não mais estar no esquecimento, porque as condições eram propícias.
Mas esse não é o único objetivo ou a única indicação.
Mas eu voltarei a isso depois.

Questão: pode-se escolher o Absoluto ou não?

Mas em que o Absoluto seria uma questão de escolha, uma vez que, eu repito, é o que você É?

Só o ponto de vista da personalidade pode girar em círculo, em relação a isso, e fazê-lo crer que há uma escolha.
Essa não é uma escolha uma vez que é o que você sempre foi.
Só o apego à sua pessoa, só o apego ao que se desenrola e que o hipnotiza, impede-o de vê-lo.
Portanto, essa não é uma escolha, a não ser a escolha de vê-lo ou de não vê-lo, mas isso nada muda na realidade do que É.

Enquanto a consciência é inscrita em uma pessoa, sem qualquer reminiscência do que você É, ela é tributária de circunstâncias da pessoa, mesmo ao nível de uma busca de conhecimento de si, como espiritual.
É um erro, uma ilusão e uma trapaça.

Porque, dê-se conta: quaisquer que sejam suas idades, desde o tempo em que vocês procuram, o que vocês encontraram?
A pessoa o fará sempre girar em círculo, fazendo-o crer que você vai em linha reta, mas não há que se deslocar, nem em círculo, nem em linha reta.

O que você É, É, de toda a Eternidade.
Só a consciência da pessoa o faz crer que há uma escolha ou um objetivo.
Eu sempre disse que o Absoluto não podia, em caso algum, ser um objetivo.
Como é que o que você É poderia estar distante do que você É?
Só a pessoa crê nisso.
A dinâmica da consciência – lembrem-se – será sempre uma experiência, qualquer que seja a experiência.
Ela se serve, aliás, disso: fazê-los crer que a experiência tomará, um dia, fim, para fazê-los, sempre, girar em círculo.
O único modo de sair disso é lembrar-se do que vocês eram, antes de ser uma pessoa.
Lembrar-se de todas as pessoas que vocês foram, para nada serve.
Nada há a deslocar, exceto o olhar.
Quando vocês apreendem isso, serão Absoluto, sem qualquer dúvida possível, sem qualquer interrogação, sem qualquer questionamento, na felicidade a mais Absoluta que seja.

Mas deem-se conta: a pessoa não pode, jamais, estar na felicidade.
Quaisquer que sejam os fazeres, buscados ou encontrados, isso não dura, jamais.
E vocês sabem disso.
E vocês persistem em procurar no campo do conhecido de sua consciência.

Questão: para que terá servido nossa passagem na encarnação?

Mas não há qualquer passagem na encarnação.
É a pessoa que crê nisso.
Enquanto você crê que está encarnado e, portanto, que, um dia, esse saco vai desaparecer (esse saco de alimento), você se tornará saco de carne para as minhocas.
Quando você apreender isso, terá dado um grande passo para a imobilidade.

O princípio da evolução, da melhoria, não se mantém, uma vez que o Espírito é perfeito, de toda a Eternidade.
A FONTE é perfeita, de toda a Eternidade, e o Absoluto não conhece o tempo.
Você se inscreve, deliberadamente, em algo que é falso, esperando que sua encarnação permita-lhe bonificar-se de algo.
Mas o quê?
Como é que o que é perfeito poderia ser mais do que perfeito?
De seu ponto de vista, a encarnação serve para melhorá-lo.
De meu ponto de vista, a encarnação é uma trapaça.
Nós temos dito que as leis desse mundo, não são as leis dos Universos.
Por que vocês querem transpor o que sua consciência vive, aqui, alhures que não aqui?
O que vocês sabem disso?
Nada.

Só aquele que tem esse conhecimento considera que os conhecimentos desse mundo são apenas ignorância.
Quando você aceita isso descobre, realmente, o que você É.
É o olhar falsificado que o faz crer que há algo a melhorar.
É um ponto de vista.
Isso não é a Verdade.
Ou, se você prefere, é uma verdade (parcial ou relativa) que concerne apenas a um pequeno lado do que É a Realidade.
Como é que, se esse mundo é ilusão, considerar que sua presença na ilusão possa modificar o que quer que seja do que você É?
A única coisa que se modificará são as leis do carma e as leis da pessoa, mas, em caso algum, o que você É.

Agora, você é livre para crer nisso, para a Eternidade se quiser.
Defina seus objetivos.
Enquanto seu objetivo é uma bonificação ou uma melhoria, você não poderá, jamais, reencontrar o que você É.
Enquanto você crê no carma, você estará submisso ao carma.
Tudo aquilo em que você crê realiza-se, mas nenhuma crença Realiza o que você É.

Questão: a a-consciência, no Absoluto, pode ser considerada como coletiva?

Não há nem coletividade, nem Unidade, nem individualidade.
Você procura definir o que não pode ser definido.
Você é prisioneiro de um teatro.
Você não pode perceber que está em um teatro enquanto não o tenha visto.
O problema desse teatro é que ele não termina, jamais.
Há um princípio.
Como se vocês estivessem subjugados, atraídos, por algo que se faz espelhar, mas que vocês não agarram, jamais, e por boas razões.

Olhem sua vida: você melhoraram, talvez, a personalidade, suas percepções, suas concepções do mundo, mas será que vocês saíram disso?
Jamais.
Aquele que saiu disso sabe onde está a Verdade.
Não sair disso, escapando, mas vendo, claramente, as coisas.

Enquanto há crenças, elas o congelam e bloqueiam-no em um movimento, linear ou circular, do qual você não pode sair.
Aquele que crê que nada existe, após a morte desse saco, vai encontrar-se confrontado a outra realidade.
Nessa realidade, mais leve, há uma impressão de luz, de amor, de presença: mas isso, também, é um erro.

É por isso que Ser Absoluto, é deixar desparecer, por si mesmo, o conjunto de crenças e, sobretudo, aquelas concernentes ao que vocês nomeiam o espiritual.
Vocês não têm qualquer meio (e não haverá jamais nenhum) que lhes dará acesso a um conhecimento além dos Véus do astral, porque não existe qualquer conhecimento disso.
É apenas no momento em que o conjunto de conhecimentos (desse mundo, da energia, da espiritualidade) desaparece, que você é, realmente, o que você É.
Não antes.

Questão: portanto as pessoas que em nada creem, nem durante a vida, nem depois da vida...

Mas isso nada muda.
Aquele que não crê no que ele não vê, será confrontado, quando o saco de alimento desaparecer, ao que será dado a ver e a perceber, de acordo com os sentidos dele.
Aí também, há inúmeras ilusões.
O fato de crer ou de não crer, nada muda.
A distância entre aquele que crê no carma, e o Absoluto, como a distância entre aquele que em nada crê, e o Absoluto, é exatamente a mesma.
Só aquele que em nada crê ou que é capaz de instalar-se no Instante Presente, é suscetível de encontrar o que ele É.

Mas, eu repito, passar de uma consciência, qualquer que seja, a uma a-consciência é impossível.
Apenas a extinção da consciência é que pode fazê-lo.
Ora, a consciência observa-se, permanentemente.
O que quer que vocês observem: o mundo, sua pessoa, o cenário do teatro ou o teatro, vocês não saíram do teatro.
É tão simples assim.

Quando há uma diligência ou uma busca espiritual, de imediato, há consideração de um objetivo ou de uma finalidade: conceber um objetivo ou uma finalidade é o obstáculo o mais importante para o Absoluto.
É como o exemplo da cebola: vocês exploram uma camada da cebola.
Só as camadas adjacentes são cognoscíveis.
Mas conhecer uma camada da cebola e as camadas adjacentes não bastará, jamais, para ser uma cebola.
Aquele que está instalado em uma camada, e que se define nessa camada, não pode, de modo algum, ver a globalidade.
A consciência sempre foi definida, na sociedade como na espiritualidade, ou como um motor ou como um elemento de ação o mais importante em toda busca (moral, social ou espiritual).
Mas não pode haver busca.
Só o ponto de vista da consciência os faz crer nisso, congelando-os em uma identidade, em uma sucessão de identidades e no engano de algo a melhorar.

Questão: há pouco você deu a entender que haveria uma persistência de um mundo astral para as almas falecidas. Ora, eu acreditei compreender que o plano astral estaria dissolvido.

Eu nada dei a entender.
É você que supõe.
Eu falo de condições comuns, habituais.
Quando o saco de alimento torna-se um saco de carne, o que acontece para a consciência?
O que eu disse não se inscreve em qualquer perspectiva de modificação, mesmo se ela exista.
Mas vocês compreenderão muito melhor quando eu exprimir, no final, o sentido e a conclusão de minhas intervenções.

Eu posso, já, dar-lhes um exemplo disso, através do que lhes é conhecido: existem, em todos os povos, livros de acompanhamento, para aqueles que passam ao outro lado.
Ainda é preciso conhecê-los.
É por isso que a leitura deles era feita, tradicionalmente, para aqueles que partiam, permitindo a eles enfrentar outra camada da cebola.
Daí vocês deduzem, já, em parte, minha conclusão.
Mas eu voltarei a isso depois.

Questão: os livros que nos falam da vida após a morte, portanto, para nada servem?

Mas a vida após a morte não é a Vida.
É outro confinamento que existia.
Isso, parecia-me que a maior parte dos Anciões havia explicado.
Se vocês fazem do após vida a Verdadeira Vida, vocês estão, novamente, em uma crença, que é oriunda ou de suas próprias experiências de sobrevida ou, justamente, daquilo sobre o que vocês são documentados.
E aí, inscreve-se, à perfeição, esse porque eu intervi.

Deem-se conta: vocês substituíram as religiões (pela abertura que se produziu, há mais de um século) pela crença em uma sobrevivência, com inumeráveis testemunhos e inumeráveis documentos.
Mas quem lhes prova que é verdade?
Quem lhes diz a Verdade?
É claro que existe um mundo mais leve, menos denso, menos pesado, com regras, com luzes.
Mas isso é profundamente delimitado e, eu diria, mesmo, condicionado por suas crenças, aqui mesmo.
E é efetivamente por isso que é preciso liberar-se de todas as crenças.

Mas atenção, eu jamais pedi para crerem em mim.
Vocês estariam no erro.
Mas, em contrapartida, o que eu disse (quer vocês tenham lido ou escutado), é que isso, para vocês, representa uma chance ou uma infelicidade, nada mudará.
Quer dizer que, no momento vindo, quer vocês tenham compreendido, quer vocês tenham aceitado a possibilidade de que isso seja a estrita Verdade, ou que vocês nada compreenderam do que eu disse, do que leram, tudo isso permanecerá gravado, em vocês, no momento vindo.
Toda a diferença está aí.

E é minha conclusão: aquele que deixa esse mundo será confrontado, é claro, a uma nova realidade.
Aquele que refuta essa nova realidade, como sendo outra camada da cebola e não uma finalidade verificará, por ele mesmo, o que ele É.
Mas aquele que não tem a mesma ocasião, em sua consciência, de pôr em dúvida o que é visto, o que é percebido, será tributário do que é visto e do que é percebido.
Portanto, quer vocês tenham me compreendido ou rejeitado, não tem qualquer espécie de importância.

Alguns, entre vocês, tornaram-se, de imediato, Absoluto.
Outros se erigem em oposição, pela razão e pelas crenças.
Pouco importa.
Vocês verão, efetivamente, no momento vindo.

Eu os lembro de que vocês, estritamente, nada levam quando esse saco de alimento desaparece.
Só a consciência crê levar-se, a ela mesma, com suas lembranças.
Mas então, explique-me porque vocês não têm a lembrança do conjunto de suas vidas passadas?
Por que é que isso desaparece?
Então, fazem-nos crer que é preciso ser espiritual e que a memória das vidas passadas vai voltar.
Onde está a continuidade?
Se não é através da lei de ação/reação, que permitiu o confinamento desse mundo?
Tudo isso não é verdade, exceto quando vocês creem nisso.
Nossas conversas jamais foram a ocasião de fazê-los aderir ao que quer que fosse, mas simplesmente, mas para aqueles que não perceberam o que eles São, no momento vindo, o simples fato de ter, na consciência, a lembrança dessas palavras, permitirá a vocês, naquele momento, não serem enganados por suas crenças e suposições.

Lembrem-se: a consciência da pessoa é separada e dividida, ela é tributária de uma história.
A consciência do Si (ou a Unidade ou um dos Samadhi) põe-nos em face da persistência de uma forma, e da vivência de que não existe separação entre todas as formas e todas as consciências.
Certamente, é muito mais sedutor e agradável que esse saco esteja na alegria, mas isso nada mudará no destino do saco.
E eu falo do saco de alimento, como do saco mental.

Em contrapartida, ter ouvido algo que vocês perceberam, vocês mesmos, aí, é fácil.
Ou, então, o que lhes é oposto, interiormente, pela impossibilidade de vivê-lo, colocá-los-á, justamente, em face dessa possibilidade, muito mais facilmente, no momento vindo.
Portanto, não é um problema de crença, mas, bem mais, de impregnação de camadas periféricas da consciência.
Eu havia explicado tudo isso em relação à ação de minha voz no chacra laríngeo.

Questão: o desaparecimento do astral pode ajudar a dissolver essas crenças e fazer de forma a que não haja outras que se grave?

As crenças não vêm do astral: elas vêm do mental.
Estruturar uma ideia, estruturar um pensamento (adaptado a esse mundo, que fornece sentido a esse mundo), tem todas as razões de realizar-se.
O desaparecimento dessas egrégoras foi-lhes explicado.
O astral é ligado à visão.
É por isso que eu tomei o exemplo do teatro.

A partir do instante em que vocês não são mais sujeitos à visão (aquela desse mundo, como aquela do outro lado, ao nível astral), então, vocês estão Livres.
Não antes.
Porque a visão física, a visão astral, mesmo a visão etérea, remete-os à distinção de formas.
A verdadeira visão (aquela que eu chamei "o ponto de vista") é totalmente diferente.
Ela não é um "ver" no sentido que vocês concebem, no sentido que vocês realizam.
Esse "ver" é independente do olhar, é independente dos olhos e, portanto, independente da consciência ou dos órgãos dos sentidos que, eu os lembro, não existem mais do outro lado.
E, no entanto, aqueles que estão do outro lado veem, sem olhos.
O que é que vê?
Coloquem-se a questão.

Questão: A consciência, no Absoluto, está, portanto, por toda a parte em lugar algum e ilimitada?

Sim.
Mas não se esqueça de que dizer "por toda parte, e em lugar algum" é, já, localizar-se.
Isso traduz a visão de seu cérebro porque, para o cérebro, é preciso estar em algum lugar, localizado no espaço e no tempo.
È, aliás, uma das características da consciência, quaisquer que sejam esses tempos, quaisquer que sejam esses espaços.

O Absoluto não é concernido nem pelo tempo, nem pelo espaço.
Portanto, ele não está em lugar algum, nem por toda a parte.
Eu diria melhor: in-delimitado ou indefinido porque, se você propõe que é ilimitado, já, você concebe que há um limite possível (possivelmente, um limite) e isso o remete, ao seu modo de apreender, com sua consciência, as coisas.

Lembrem-se do que eu repeti, sem parar: aquele que é Absoluto, sabe disso.
É uma evidência.
Para aquele que está envelopado em sua camada de cebola ou que está subjugado pelo espetáculo, para ele, isso não existe.
Mas, obviamente, se isso existisse, não haveria mais questão, mais espetáculo, mais espectador e mais teatro.
É o exercício da consciência, da própria consciência, que é responsável pela limitação.
Portanto, apor o termo "ilimitado" não basta.
O infinito apenas pode ser concebido através da noção de limite, em relação a uma noção de finito.
O termo exato, na consciência (que vai perturbá-lo, no máximo), é o indefinido ou, se você prefere, o não delimitado, que não é o ilimitado: não se define o Absoluto pelo contrário.

Questão: para que servem todos os protocolos que nós fazemos?

Para ocupar a consciência, para fazê-la dirigir-se, justamente, a algo que é menos limitado, para viver o Si, para aproximar-se da Infinita Presença, para viver e amplificar o que é tolerável, nesse momento.

Mas o Absoluto não é concernido por isso.
Simplesmente, existem estratos da consciência mais acessíveis (se posso dizê-lo), mesmo se não haja passagem para o Absoluto.
É o caso daquele que não é mais subjugado pela cena do teatro, que se apercebe de que há um espectador, que é o observador, e que por trás (mas não é a palavra exata) do observador, há outra coisa, é o que você É.

Ser o que você É de nada depende.
Nem de uma evolução, nem de um protocolo, nem de um pensamento, nem de uma ideia, nem mesmo de um corpo, nem mesmo de um mundo.
É aqui que é a Morada de Paz Suprema.
Qual questão pode aparecer para aquele que está imerso nesse Contentamento?
Nenhuma.
A vida continua, normalmente, a pessoa ocupa-se do que há a fazer, mas você não é essa pessoa.
Aquele que é Absoluto sabe e vive-o.

Questão: existe uma reciclagem de consciência para que elas possam tornar-se Absolutas?

Mas nenhuma reciclagem de consciência pode fazê-lo tornar-se Absoluto.
É impossível.
Nada há a reciclar.
Nada há a transformar.
Nada há a mudar: há apenas que mudar de ponto de vista.

Esqueça-se de você mesmo.
Tome consciência, primeiro, do observador, do Si e depois, após, abandone o observador e o Si.
E você estará ainda aí, sem esse corpo, sem essa consciência, sem essa vida e sem esse mundo.
Aí está a Morada de Paz Suprema.

O problema, é que vocês analisam minhas palavras, é claro, com a consciência.
Mas lembrem-se de que minhas palavras (mesmo se elas os põem na reação, mesmo se elas os põem na cólera ou na incompreensão), essas palavras e a Vibração delas voltarão a sair, no momento vindo, para sua consciência.
Eu já disse, mesmo, que quanto menos vocês compreendem, mais vocês ganham tempo, e mais vocês se arranjam, mesmo sem sabê-lo, para deixar a a-consciência aflorar.

Não temos mais perguntas, agradecemos.

Então, BIDI pode apenas repetir-lhes sua conclusão que ele já deu: não se coloquem a questão de saber se o que eu disse é verdadeiro ou falso porque, em caso, algum isso concerne à sua consciência.

Lembrem-se de que, estritamente, nada há a compreender e de que quanto menos vocês compreendem, mais a consciência afrouxa-se.
E quanto mais a consciência afrouxa-se, mas há a faculdade de fazer aparecer o observador e, sobretudo, viver quem se tem atrás do observador: o que vocês São, sem forma, sem atribuição, sem objetivo, sem finalidade, mas a Morada de Paz Suprema.

O que vocês querem ser mais, ao mesmo tempo sabendo que vocês podem ser qualquer forma em qualquer consciência que seja, em qualquer mundo que seja, exceto aí onde vocês Estão?
Mantenha simplesmente em sua consciência (se vocês não são Absoluto), que em definitivo, vocês o São.
Não aportem a isso o peso de qualquer crença ou de qualquer certeza, e vocês verão, por si mesmos que, a um dado momento, ao fim desse saco, isso voltará a vocês.

Olhem, sobretudo, nos países ocidentais: o único modo que vocês tinham, era de seguir regras, leis ou crenças, espirituais ou sociais.
Falavam-lhes, então, de paraíso, de inferno e, portanto, de uma continuação da consciência: é exatamente o que acontece.

Mas será que a continuação da consciência é suficiente?
Será que vocês se contentam com isso?
Em definitivo, qual é o objetivo da consciência?
Ela tem uma finalidade?
Ela tem uma origem e um fim?

Exceto indo verificá-lo por vocês mesmos, vocês não têm qualquer meio de sabê-lo.
Vocês podem apenas crer nisso, supor ou comparar ao que vocês vivem, em consciência, no mundo no qual vocês estão.

Ora, nenhum elemento desse mundo, nenhum elemento de suas intuições, nenhum elemento de suas percepções ou de suas Vibrações, permitir-lhes-á Ser Absoluto.

Ora, é o que vocês São, desde sempre, antes mesmo que a consciência existisse.

Não se coloquem a questão de elucidar o que eu lhes disse porquê: ou vocês o vivem, ou vocês não o vivem.
Simplesmente: como a consciência é ligada à memória (qualquer que seja, quer seja a experiência em sua vida, aqui, ou outra memória que vocês nomeiam akáshika, pouco importa), no momento vindo, isso voltará a vocês.
Mas, enquanto não existia testemunho que lhes coloca a questão do Absoluto, ou que afirma o Absoluto, em que isso lhes concernia?
Exceto em algumas tradições, algumas faixas de alguns movimentos e alguns seres que ali tiveram acesso, o que resta?

Os testemunhos do Absoluto, por aqueles que o são (porque o olhar mudou, o ponto de vista mudou), não estão aí para provar-lhes o que quer que seja, nem demonstrar-lhes o que quer que seja.
Mas simplesmente para deixar o traço que eu lhes expliquei.
Esse traço basta-se por si mesmo porque, a um dado momento, a consciência (em face do novo, em face de uma mudança de quadro ou de limite) colocar-se-á a questão do in-delimitado, do indefinido.
Simplesmente, porque essas palavras foram pronunciadas.

Aí estão, portanto, o sentido e o objetivo de nossas conversas.
Jamais foi o de alimentar o mental.
O princípio da investigação e da refutação (que eu lhes dei, no início), simplesmente, permitiu-lhes perceber, concretamente, tocar com o dedo e com o espírito, o que é efêmero e que concerne à integralidade desse mundo.
É isso que é importante.
É isso que voltará, no momento vindo.
É por isso, também, que eu insisti no fato de jamais considerar o Absoluto como um objetivo ou uma finalidade: o que ele não é.

São, portanto (de algum modo), contradefinições que, pelo absurdo, farão, em um primeiro tempo, na encarnação, derrapar, de algum modo, o mental e, do outro lado (quando o saco não estiver mais), desencadear o estímulo necessário da consciência.

Então Bidi vai saudá-los.
Eu diria, de meu ponto de vista:...
 
(ndr: seguem-se aproximadamente dois minutos de silêncio).

E Bidi saúda-os.
Adeus.
___________________
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2 comentários:

  1. Logo que ouço estes áudios, de imediato, tenho expressado o que ali surgiu de mais próximo do que vivo. No caso específico desta última MSG do BIDI, foi inevitável retardar este meu expressar, e as razões, para isto, foram de sobra. Então, feito esta pausa (interregno), eis-me aqui para dizer o indizível, mormente neste caso, onde o interveniente selou sua participação, sempre marcada que foi, pelo apontamento da realidade última e única. Enfim, diz a MSG, na maior das sínteses que me foi possível fazer, e que corresponde rigorosamente ao meu ponto de vista, que é de todo impessoal, já de longa data: "Ou existe a pessoa (tempo e espaço), ou ela não existe (o instante, em si mesmo). No caso dela existir, nada muda, de verdade, nunca. No caso dela não existir, tudo já mudou, e nada mais de mudança pode restar". E como acréscimo: "Com a pessoa, não há solução, jamais, e em lugar algum, pois as buscas e inquietações lhes são intrínsecas. Sem a pessoa, não há solução a buscar, pois tudo é como é, e sempre estar".

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  2. "Ser Absoluto põe fim a toda experiência.
    O que não quer dizer que a experiência não seja mais possível, mas ela não tem mais lugar de ser, a partir do instante em que você se tornou, realmente, o que você É, de toda Eternidade.
    "Mesmo a experiência da Unidade, ou a Consciência Turiya, não deve ser uma lembrança, mas deve tender a tornar-se a Permanência que você É. E depois, Turiya deve ser visto de outro ponto de vista, E Isso é Absoluto.

    "Quando vocês apreendem isso, serão Absoluto, sem qualquer dúvida possível, sem qualquer interrogação, sem qualquer questionamento, na felicidade a mais Absoluta que seja.
    "Nada há a reciclar. Nada há a transformar. Nada há a mudar.Há apenas a mudar de Ponto de Vista.
    Esqueça-se de você mesmo.

    "Os testemunhos do Absoluto, por aqueles que o são (porque o olhar mudou, o ponto de vista mudou), não estão aí para provar-lhes o que quer que seja, nem demonstrar-lhes o que quer que seja. Mas simplesmente para deixar o traço que eu lhes expliquei.
    Esse traço basta-se por si mesmo porque, a um dado momento, a consciência (em face do Novo, em face de uma mudança de quadro ou de limite) colocar-se-á a questão do In-delimitado, do Indefinido."

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