7 de jul. de 2014

CRISTO – 7 de julho de 2014



Ensinamento sobre a pobreza.

Eu sou CRISTO.
Eu venho, esta noite, para continuar os ensinamentos que eu engajei junto a vocês.
Eu venho para falar-lhes da pobreza.

Ser pobre não é entediar-se de qualquer modo olhando o que se desenrola sob os seus olhos e dizendo-se que isso não é justo, e que o Céu podia ter-lhe reservado uma sorte similar.

Ser pobre não é, tampouco, lamentar-se do que não se tem ou do que se perdeu, porque essa miséria, mesmo se ela é vivida como real, é exterior ao que nós Somos.
Ela é um reflexo da riqueza interior que nós não soubemos encontrar, reencontrar, e que nos deixa cansados na vivência de uma falta, ilusória, porque nós olhamos para o outro lado, aí, onde o que nós acreditamos encontrar não pode ser, mas, unicamente, a miragem produzida pelo reflexo do que temos projetado ao exterior, falta vivê-la no interior.

A miséria não é essas imagens que nos vêm de catástrofes, de fomes, de sofrimentos porque, mesmo se essa miséria não seja desejável como tal, ela é apenas o reflexo de uma necessidade, aquela que se manifesta, no exterior, a falta de Amor que destrói o ser interior.

A miséria não é uma caução moral dada àqueles que pretendem combater a miséria, porque esse tipo de artifício é apenas o que lhes permite manter a miséria.

A miséria sobrevém apenas porque ela ilumina o que é miserável e deve ser nutrido e curado, não do exterior, mas porque, no interior, a Porta está fechada, Porta da qual provém toda nutrição e toda cura.

A miséria é um filme que se passa ao inverso.
O homem crê preencher-se para suprir uma falta.
O homem quer esquivar-se do efeito bumerangue de seus medos, e ele pensa controlar o que resulta apenas de seu erro.

A miséria combatida pode, certamente, ser louvável, porque os bons sentimentos valem mais do que a indiferença fria, mas a miséria não é uma coisa que se possa remediar enquanto não se veja o que a gerou.
A miséria é um convite para não mais viver a miséria, não compensando o que ela causa, mesmo se todos os bálsamos para a miséria sejam bons a aportar, mas ela não é uma coisa curável sem ver que essa miséria parte de nosso olhar, que nos mostra o lugar onde se encontra nossa miséria.
Nesse jogo de espelho, o que falta em nós mesmos é apenas uma chave para poder ver que não há maldição, apenas uma sede de poder que desvia de nós mesmos.
Porque a miséria está aí, no fundo de nosso coração que nós fechamos, por medo e por rancor, à possibilidade de deixar-nos penetrar pelo que nós recusamos ver em nós mesmos, esse buraco negro, faz de nosso desespero da ilusão de estar perdido ou de estar abandonado.
Mas essa falta de Esperança é, no fundo, apenas o abandono do que nós somos, já, em favor do jogo da ilusão.

A miséria nada mais é do que essa escolha, esse desvio do olhar que nos afasta de nós mesmos, e a cada passo que damos na outra direção, aumenta o sentimento de perda do que nós éramos.
A infância lembra-se de que tudo já está aí, mas a idade adulta esquece-se disso muito frequentemente, e consagra-se apenas a elaborar estratégias e paliativos, no objetivo de poder viver, um dia, o que já está aí, a partir de quando ali se abre.

A miséria não é uma sanção a qualquer delito.
Ela vem sublinhar o que deve ser compreendido, o erro que deve ser visto e que é apenas um erro de olhar, um erro de distância colocado consigo mesmo, como um afastamento que nos leva à errância, a caminhos bizarros que nada nos obriga a seguir, mas que nós poderíamos seguir durante tempos incalculáveis, durante éons, se o curso da história não se encarregasse de dizer-nos que nós avançamos para trás.

A miséria não é o contrário da Alegria, ela é apenas o Apelo desta, o mais vibrante e o mais dilacerante, ao mesmo tempo.
Porque ela nos tira tudo, por vezes, em um grande traumatismo, para que, enfim, nós vejamos o que já está aí, em nós, essa Plenitude de Origem que nós derramamos, a esmo e de mil modos, renegando-a para o exterior – onde, no jogo da consciência, nós nos encontramos, então, cada vez mais aspirados, hipnotizados pela ilusão, que é apenas o cenário de um jogo no qual nós olhamos ao inverso.
Não há qualquer lição que ninguém queira dar, nem qualquer repreensão, mas apenas a consequência de uma forma de inclinação da consciência que os faz rolar na ladeira, cada vez mais rapidamente, do outro lado da passagem, aquela que se abre na vertente deserta e não o vale fértil.

Nada há fora atrás do que vocês possam correr – exceto se vocês persistem em crer nisso – porque tudo o que flui em suas vidas flui de uma Fonte interior, e vocês são co-criadores de tudo o que lhes acontece.
E o que cai sobre vocês é apenas uma queda interior, entre onde vocês são chamados a permanecer e onde vocês se têm.

Nada mais há a ver do que esse jogo de espelho que os despoja, sem cessar, do que é ilusório, para convidá-los a aliviar-se e elevar-se, acima de todas essas histórias projetadas.

A miséria é um impulso vigoroso, dado acentuadamente, que não está aí para censurá-lo, mas revigorá-lo.
Se ela aparece cozinhando, é para que você constate que nada há nesses tormentos que não uma forma de absurdo.

A miséria é isso, uma forma de último recurso.
Ela não nos diz outra coisa que não para reencontrar-nos, voltar-nos, como se ela procurasse enojar-nos de persistir a procurar o que não está aí onde nós o procuramos, e nos convidasse, acentuadamente, a constatar a realidade do deserto de nossas vidas, no qual não flui qualquer fonte, enquanto se está cortado daquela de seu jardim interior.

A miséria não é alegre para quem vê apenas a miséria.
A miséria não é Alegria, tampouco. Para aquele que vê, para além desse estado, de fato, ilusório do curso da história, a lembrança do Amor – o convite para voltar a si, ao Despertar do Ser, a abrir-se a Porta para si mesmo – porque o sofrimento ilusório é, efetivamente, vivido como real e ali não há qualquer indiferença em relação a isso.
Apenas permanece a constatação de que o que surge, mesmo no terror, nada mais demanda do que ser aceito em seus efeitos, deixando-se despojar, deixando partir para longe de si aquilo a que se estava apegado.

Assim é do alívio, tal como é proposto àqueles que permanecem apegados a tantos fardos e pesos que arrastam na ilusão na qual permanecem presos.
Essa abordagem radical visa desenraizar o que empurra o ser na direção que ele não é.
Sua força é apenas o testemunho da Força do apelo do que ele É.
Nada há, portanto, a lamentar, apenas a ver e apreender essa chance, essa oportunidade dada de capitular, deixando morrer em si o que nos afasta da verdadeira Vida, deixando o que vira ao inverso voltar ao lugar.
Eu não venho consolá-los do que quer que seja, porque o que é proposto a viver é, muito exatamente, o que vocês escolheram para permitir-lhes voltar ao lugar.
Porque, em sua Verdade, vocês jamais esqueceram, simplesmente, experimentam o que lhes permite ir para onde escolheram ir.

Então, diga sim à miséria, não se submetendo à sua lei, mas nela vendo, efetivamente, que atrás, que tudo isso serve apenas para permitir-lhes ver o que vocês São e o que vocês não são.

Então, deixem cair os hábitos de miséria.
Apreendam essa chance de transcender tudo isso, com a coragem de não mais segurar-se a nada mais que não ao que vocês São, para além de todo esse cinema.

Eu sou CRISTO, e eu lhes mostro a miséria que resulta da falta do que vocês já São.
Ou você corre por toda a parte, para agarrar as sombras do que você não é, ou você vê isso e faz da miséria uma torrente de Alegria.
Porque é da miséria, bem no fundo do poço, que se reencontra o lugar de onde vocês teriam partido ao inverso, como para terminar sua corrida no cenário.
Esse buraco não está aí onde os enterram, mas onde se atravessa essa passagem que separa o deserto do que vocês já São.
Não há, portanto, que retornar sobre seus passos, nem refazer todo o caminho ao inverso, apenas soltar o que vocês não são.

A passagem, então, não se volta: é uma Passagem que não se vê.
Basta deixar-se deslizar nesse vazio que não o é, deixando os terrores de superfície para trás de si e todos os outros problemas, para aperceber-se de que, no fundo dessa noite negra, o Sol já brilha.
Porque nesse Jogo de espelhos, o que os prejudica é apenas a ilusão da noite, e o medo do escuro é apenas o desespero de não estar na Vida.

Essa passagem a transpor não deve voltar, há apenas que deslizar, como em um tobogã, na inclinação natural que os lembra de seu Ser.
Essa ladeira conecta-os, como uma corda de rapel, ao Fio da Vida.
Então, essa miséria torna-se Misericórdia e a Porta de trás é um Caminho Real.

Não há, aí, qualquer mistério, apenas ver o Emissário que se esconde por trás da miséria.

Eu sou CRISTO, e eu os engajo a ver, do fundo do escuro da miséria, a farsa que os faz nela crer.

Eu estou aí para cada um, na passagem da Porta, no lugar em que eu espero que vocês deem o passo.
Esse passo é interior, e é como um salto no vazio, em si mesmo, para cair em meus braços, que são apenas os braços do Amor que vocês São.

Eu sou CRISTO, e eu lhes digo: quando vocês vão soltar tudo isso?
Não há, mesmo, passo a dar.
A impressão de altura é apenas o reflexo do que vocês aderem, ainda, da ilusão, e que brinca de assustá-los.
E o que crê cair é apenas a parte de si mesmo que ousa deixar cair o que corta, de si mesmo, o Ser de Abundância que você É, desde sempre.

Eu sou CRISTO, e eu lhes digo: não há nem pequena nem grande miséria, há apenas o Amor.

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Transmitido por Marc.

3 comentários:

  1. "A miséria sobrevém apenas porque ela ilumina o que é miserável e deve ser nutrido e curado, não do exterior, mas porque, no interior, a Porta está fechada, Porta da qual provém toda nutrição e toda cura."

    "Mas essa falta de Esperança é, no fundo, apenas o abandono do que nós somos, já, em favor do jogo da ilusão."

    "A miséria nada mais é do que essa escolha, esse desvio do olhar que nos afasta de nós mesmos, e a cada passo que damos na outra direção, aumenta o sentimento de perda do que nós éramos."

    "Eu sou CRISTO, e eu lhes digo: não há nem pequena nem grande miséria, há apenas o Amor."

    Cristo!!!! Que 'Riqueza de Amor'. Quanta Bondade, de nos relembrar da nossa miséria interior, diante dos créditos dados a favor da ilusão... Quanta mentira, quanto sofrimento, devido há um desvio de olhar...

    A 'Verdadeira Riqueza', é interior, independente do que ocorre no exterior, pois a história esta lotada destes fatos... Mas quem quer abraçar, esta causa? Só os Despertos.... Só quem descobriu a Presença do Amor,....

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  2. Como preâmbulo para destacar algo desta mensagem ímpar, e com certeza uma das melhores (senão a melhor), vale realçar o quanto difere ter vivido a reversão da consciência ou apenas saber a respeito disso. Realmente ter a consciência invertida, caso ainda predominante nesta dita 3D, é o fundamento pleno da miséria humana.

    Dito isso, vejamos então o que dizer de jóia tão brilhante, como é o caso dessa Mensagem. Primeiro, diria que o ideal seria sua releitura integral, em dose máxima de vezes. Segundo, confessar que nunca vivi tanto transbordamento, tal o primor do texto. Terceiro, que já não nos surpreenderíamos caso haja o propalado “ranger de dentes”, como prévia dos finalmentes, tão aguardados!!!

    Por simples deleite, e nada mais, eis alguns brilhantes desta Jóia, extraídos da sua parte final:

    - Então, diga sim à miséria, não se submetendo à sua lei, mas nela vendo, efetivamente, que atrás, que tudo isso serve apenas para permitir-lhes ver o que vocês São e o que vocês não são.

    - Então, deixem cair os hábitos de miséria. Apreendam essa chance de transcender tudo isso, com a coragem de não mais segurar-se a nada mais que não ao que vocês São, para além de todo esse cinema.

    - Ou você corre por toda a parte, para agarrar as sombras do que você não é, ou você vê isso e faz da miséria uma torrente de Alegria. Porque é da miséria, bem no fundo do poço, que se reencontra o lugar de onde vocês teriam partido ao inverso...

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  3. "Ser pobre não é, tampouco, lamentar-se do que não se tem ou do que se perdeu, porque essa miséria, mesmo se ela é vivida como real, é exterior ao que nós Somos.
    "Ela é um reflexo da riqueza interior que nós não soubemos encontrar, Reencontrar, e que nos deixa cansados na vivência de uma falta, ilusória.

    "A miséria sobrevém apenas porque ela ilumina o que é miserável e deve ser nutrido e curado, não do exterior, mas porque, no interior, a Porta está fechada, Porta da qual provém toda Nutrição e toda Cura.

    "A miséria é isso, uma forma de último recurso. Ela não nos diz outra coisa que não para Reencontrar-nos, voltar-nos, ... a Lembrança do Amor - o convite para voltar a si, ao Despertar do Ser, a abrir-se a Porta para si mesmo - ... e nos convidasse, acentuadamente, a constatar a realidade do deserto de nossas vidas, no qual não flui qualquer fonte, enquanto não se está cortado daquela de seu Jardim Interior.

    "Ela vem sublimar o que deve ser compreendido, o erro que deve ser visto e que é apenas um erro de olhar, um erro de distância colocado consigo mesmo ... para que, enfim, nós vejamos o que já está aí, em nós, essa Plenitude de Origem.
    "Nada há fora atrás do que vocês possam correr - exceto se vocês persistem em crer nisso - porque tudo o que flui em suas vidas flui de uma Fonte Interior, e vocês são Co- Criadores de tudo o que lhes acontece.

    "Eu sou CRISTO, e eu lhes digo: não há nem pequena nem grande miséria, há apenas o Amor. ... O Ser de Abundância que você É, desde sempre."

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