23 de nov. de 2014

MA ANANDA MOYI (por Clémence) – 23 de novembro de 2014


Eu sou MA ANANDA MOYI.
Irmãos e Irmãs na carne e encarnados, eu venho como depositária da vibração AL, aquela do FOGO.

Há algum tempo, eu tentei explicar-lhes e demonstrar-lhes o futuro da alma quanto à sua reversão, quanto à sua dissolução e seu desaparecimento, para que o Espírito e a consciência não possam ser entraves por qualquer atração e qualquer manifestação nesse mundo.
A dissolução da alma põe a nu o Espírito, tal como vocês são, em Verdade.

Hoje eu venho, por minha vez, falar-lhes do Silêncio.
Uma vez que a alma tenha revertido, que o Fogo tenha aparecido, ela se dissolve, deixando o lugar para o Espírito de Verdade, que é Silêncio, no qual todos os elementos são harmonizados e fundidos em um único, ao Centro do Centro, por intermédio do que foi nomeada a Lemniscata Sagrada, da Porta OD, no topo de sua cabeça e além.

Eu os convido a repetir, quando, extraindo-me desse mundo, ao mesmo tempo ali estando, plenamente, por minha vez, a finalizar o que deve ser em vocês e estabelecê-los no Silêncio, aquele que, na encarnação, eu dei a ver a vários presentes, mas em Espírito, no qual não existia qualquer necessidade nem de comer, nem de falar, nem de mover-me, porque é quando tudo faz Silêncio que o Silêncio pode revelar-se.
O Silêncio é a antecâmara do Amor.
Ele o veste e veicula.
Assim, quando o Silêncio está presente, então, a alma não está mais na resistência, ela desapareceu e, naquele momento, você está nu e você é verdadeiro.
Nenhuma necessidade pode aparecer no Silêncio, qualquer que seja, necessidade concernente a esse mundo ou necessidade concernente à sua Eternidade porque, no Silêncio, tudo é consumado, porque no Silêncio reina o Amor.

Assim, de sua capacidade para desaparecer para si mesmo na manifestação nesse mundo, ao mesmo tempo estando nesse mundo, inteira e totalmente nu e verdadeiro, só aí se pode encontrar a Verdade.
A partir do instante em que nenhuma suposição ou nenhuma manifestação e nenhum discernimento pode vir alterar ou modificar a Verdade do Amor, então, talvez, como você já o vive, manifestam-se a você esses períodos de Silêncio que se pode, facilmente, assimilar ou compreender como um sono ou uma ausência.
Mas é na Ausência a esse mundo, por sua presença nesse mundo, que se realiza o que você é e não de outro modo, deixando calar-se e evaporar o atrito dos elementos em seus corpos e suas túnicas sutis porque, se Silêncio há, Verdade há, porque, se Silêncio há, o Amor está aí.

Assim, minha vida dá-lhes a ler, hoje, as narrativas de meus êxtases, nos quais a densidade de minha Presença era tal, que nada podia mover esse corpo, que nenhum som, nenhuma palavra e nenhum pensamento podiam emergir na plenitude do Amor.
Assim, hoje, vocês vivem esse Silêncio, esse desaparecimento, por instantes e por momentos e, no retorno à consciência comum, qualquer que seja a lembrança ou a memória, permanece o mais importante: você é pleno, você está saturado de Felicidade e de Alegria.
E, de qualquer forma, seus olhos abririam às feiuras desse mundo, você não veria, ali, nem infortúnio nem feiura, mas a beleza em formação.
Assim molda-se a alma nos Ateliês da Criação.
Assim dissolve-se a alma na plenitude do Espírito.

Então, quando da passagem que está aí, o que você quer levar como túnica?
Você quer ser livre e nu, sem túnica e sem voz, na Felicidade total e incondicional do Amor?
Ou você quer jogar os jogos, também divinos, mas que o leva a afastar-se, ao mesmo tempo estando religado ao Silêncio do Amor e ao amor do Silêncio?

A crucificação ao nível de suas vestes e túnicas sutis é um apelo, e esse apelo não se faz pelas mãos e os pés, como Cristo, mas faz-se sob os pés e ao nível das Portas AL e UNIDADE que se fundem no Coração.
O Silêncio é o espaço no qual, mesmo nossas Presenças distintas, a sua e a minha, como a sua e qualquer outra, desaparecem, ambas, nesse ato de Amor.
A dissolução, como vocês sabem, é o início da verdadeira Vida em Cristo e em Unidade, vida que não se obstrui com qualquer artifício e qualquer túnica, na qual nada é fixado, na qual tudo é movimento e, no entanto, tudo é imóvel.
Eu os convido, Irmãos e Irmãs na carne, por minha Presença e minha radiância, a instalar-se e a permanecer na Paz eterna e suprema de Shantinilaya.
Nesse espaço não existe qualquer julgamento, qualquer possibilidade de ver outra coisa que não o Amor em todas as coisas e em todo ser, qualquer que seja o jogo da aparência, qualquer que seja o jogo da ilusão.
Tudo isso, para vocês, não pode existir a partir do instante em que entram no Centro do Centro, pela Graça do Silêncio e na evidência do Amor.
O que existe, se não é a Luz do Amor?
Aí está a Verdade, aí está a porta de entrada, para além de todo condicionamento e para além de toda forma, nos espaços da Verdade incriada, como manifestada ou criada.

O corpo de Eternidade está, agora, em vocês, ou à sua frente, para esse Face a Face.
Então, você está pronto para desaparecer para si mesmo e aparecer na Verdade nua da Eternidade?
Lembre-se de que nada há a fazer, exceto viver o Silêncio, exceto viver o que está aí.
Nenhuma circunstância desse mundo, doravante, pode frear ou retardar o que deve ser e o que já é.

É-lhe possível desaparecer sem o querer, sem o desejar, sem o almejar, simplesmente, no Silêncio de toda manifestação.
Aí se encontra a porta de saída e de entrada, aí se encontra, dito em outros termos, o limiar que permite observar o antes e o depois do Reencontro, da Promessa e do Juramento.
Para isso, você deve estar presente a si mesmo, na Humildade a mais claramente exprimida e manifestada.
Assim, você tocará, se já não é o caso, o Samadhi, qualquer que seja a forma dele, quer ele seja um êxtase ou um íntase, quer seja a densidade de sua presença nesse mundo, que o torna mais pesado do que a pedra e, ao mesmo tempo, mais leve do que o ar, o que torna possível o que foi nomeado, em todos os tempos, de manifestações místicas.

Para isso, o Silêncio deve tornar-se a Evidência.
A Evidência da Verdade, a Evidência do Amor.
Então, o que há a fazer, se não é desfazer, pela não ação, se não é não dar qualquer tomada a uma reação, qualquer que seja, em qualquer túnica ou qualquer corpo que seja, o seu ou aquela de outro?
Aí, liberado de toda ilusão, de todo jogo, de toda dualidade, encontra-se o Feminino Sagrado, aquele que lhes é revelado e manifestado pela tripla corrente da Onda do Éter, que será explicitada.
Mas a condição prévia é esse Silêncio que é uma retirada, não desse mundo, mas, efetivamente, uma retirada em sua Eternidade, no espaço prévio a todo espaço, no tempo prévio a todo tempo, aí onde se situa a emergência da manifestação.
No que está aí, nenhuma palavra poderá ajudá-los no que quer que seja; no que está aí, há apenas a perfeição da Alegria Eterna e do Amor; o Amor Essência, o Amor manifestado como o Amor não criado.
O Silêncio é o espaço de resolução nesses tempos e nesse Templo.
Porque, se há Silêncio, há Alegria e, se há Alegria, incondicionada, há o Amor e, se há Amor, tudo é englobado na mesma Verdade, que transcende a ilusão do bem e do mal, da sombra e da Luz, do verdadeiro e do falso, porque o Verdadeiro não é desse mundo.
Então, você, seja Verdadeiro.

O Silêncio é porta e passagem.
O Silêncio é transcendência e superação do ego, não imposto pela vontade ou pela energia, mas, unicamente, pelo estado de ser interior.
Nesses espaços de densidade e de leveza, vividos tanto nesse Templo como nessa carne, em sua totalidade, o desaparecimento de suas necessidades fisiológicas é um testemunho confiável.
No espaço do Silêncio, de fato, não pode existir qualquer necessidade e qualquer interrogação, porque tudo ali está.
No espaço do Silêncio, o conhecimento torna-se ignorância.
No espaço do Silêncio, tudo ali está, o que permite ao seu Templo e sua carne deixar a Luz realizar, completamente, a Dissolução.

A alma é um médium.
Como eu disse, ela é puxada para a matéria ou ela se volta para o Espírito e, quando a alma encontra o Espírito, ela queima no fogo do Amor, para desaparecer para ela mesma, porque o Espírito não é a alma.
Porque a alma pode estar no barulho, a alma pode estar no movimento, enquanto o Espírito nada conhece de tudo isso.
Ele é o que você é, e isso é um êxtase sem fim, no qual não pode existir a mínima interferência e a mínima dualidade.
Saindo do Silêncio, você observará que o que quer que você diga, que o que quer que você seja levado a fazer ou a realizar, o Silêncio continuará aí, quaisquer que sejam as palavras, quaisquer que sejam as circunstâncias, quaisquer que sejam os encontros.
O Silêncio é, também, a porta da Humildade, aí, onde existe a incapacidade de julgar, a incapacidade, mesmo, de condenar.

Entre, cada vez mais, no Silêncio, para deixar o Amor desabrochar, tal uma flor empanturrada de sol e de água e que exala seu perfume de Alegria e de Plenitude.
Assim, talvez, você já tenha vivido sua crucificação na porta AL ou na Porta UNIDADE ou, também, na Porta KI-RIS-TI; toda a região desse peito no qual se resolve todo antagonismo e todo contrário.
Você é convidado.
A qualidade de seu Silêncio dará a intensidade de seu Amor.
O Amor não se mede, não se compara, mas ele é, em si, mais ou menos intenso e, quanto mais ele se torna intenso, e mais ele transcende no Silêncio, a dualidade bem/mal e sombra/Luz, mais a alma apaga-se e o Espírito aparece.
Nesse espaço, não há lugar algum para a mínima manifestação, para a mínima energia, para a mínima fenda.

Hoje, neste dia tão especial, eu os acompanharei, doravante, a cada etapa do silêncio, a cada desvendamento da Evidência, o que lhes dá a viver o contentamento o mais perfeito, aí, onde o Espírito vem fecundar a carne desse corpo, para elevá-lo no Amor.
Saborear o Silêncio é saborear a Eternidade.
Saborear o Silêncio é tomar gosto pela Eternidade.
O Silêncio já é pleno da Criação, mas a Criação livre de toda alma e de todo condicionamento.

Então, eu venho, simplesmente, perguntar-lhe: você quer Ser, você quer ser Livre?
Então, se sim, o Silêncio crescerá em você, fazendo calar os opostos, fazendo calar a oposição e fazendo calar os Elementos.
Aí, onde não existe qualquer manifestação, uma vez que a Água e o Fogo são transcendidos.
A testemunha e o observador que era a alma desapareceram em si mesma e fundiu-se, em sua dissolução, com a Eternidade.
Você quer ser o Silêncio desse mundo para ser o Amor dos outros mundos, sem privação?
Alguns de vocês, na carne, concluíram sua Obra interior.
Nisso, não há mais história pessoal nem história exterior, porque a plenitude do Amor e do Silêncio preenche cada interstício da ilusão dessa carne, da ilusão desse mundo.
Só a alma que resiste ali vê um neant, seu próprio neant.
Do mesmo modo que aquele que tem medo da morte desse corpo não percebeu sua Eternidade, do mesmo modo que aquele que é exaltado pelo fogo da alma não pode conhecer o Silêncio e sua Eternidade.
Para isso, é preciso aceitar depor todas as condições, todas as crenças e todas as ilusões à porta de seu Templo.
Não há outra escolha, não há outra possibilidade, não há outra Verdade.
Todo o resto são apenas jogos, todo o resto são apenas distrações e divertimentos.

Então, vá ao mais profundo de você, para ali descobrir se existem, ainda, desejos ligados à alma ou se a alma está dissolvida na ausência de desejo, na ausência, mesmo, de todo mundo ou de toda Criação.
Você quer ser, ainda, uma criatura?
Você quer, ainda, jogar os jogos da oposição?
Você quer jogar o jogo do sofrimento, ou você quer ser o contentamento, o néctar da imortalidade?
Daí decorrem sua escolha e sua posição.
Daí decorre o estado de sua consciência.
Daí decorre a Verdade ou a Ilusão.
Então, você quer estar no êxtase, aquele de Maha-samadhi, no qual mais nenhuma forma existe, no qual mais nenhum tempo existe, no qual o próprio sentido de um indivíduo ou de uma pessoa funde-se no Grande Todo, da primeira respiração da Criação, em todos os potenciais e possíveis da Luz Branca?
Ou você prefere colorir sua alma com um atributo de experiências, ao mesmo tempo permanecendo livre?
O que você vive é isso.

Então, olhe se você está no silêncio, quaisquer que sejam suas palavras, ou olhe se você é o próprio barulho, mesmo fazendo silêncio.
O que é que se desenrola em você?
Quem desaparece ou não desaparece?
A Humildade de nada ser, aqui, nesse mundo, dá a você o salvo-conduto para ser o Tudo e o Nada, em todo mundo, como em nenhum mundo, no espaço no qual não existe qualquer criação.
O não Ser é a Essência do Ser.
O Espírito é o filho do Amor.
A alma, em sua túnica, é apenas a veste que o isola do Absoluto, o que a alma chama o neant.
Então, hoje, você descobre isso.
Você descobre que, em definitivo, existem apenas dois espaços e dois tempos, aquele do Amor que dissolve a alma e o corpo e aquele do medo, que mantém o corpo e a alma em uma prisão.
Tudo isso atua em cada um de vocês, nesse momento, e atua, também, em seu ambiente que lhe é próprio, o que lhe dá a ver a Verdade, não a sua, aquela de seus pensamentos ou de suas ideias, mas a Verdade do Amor.

Ou, então, você se coloca na ausência de Verdade, feita de verdades relativas, de jogos de vai-e-vem entre o sofrimento e a alegria, a satisfação e a insatisfação, o sofrimento e a felicidade?
Você quer atuar nisso?
Cabe a você mostrá-lo, a você demonstrá-lo a si mesmo porque, nesse Templo, não há outra testemunha que não você.
Então, se você já desapareceu, de uma maneira ou de outra, você conhece o valor de minhas palavras por vivê-las em si.
Caso contrário, você pode apenas rejeitar essas partes de si mesmo que aspiram apenas ao Silêncio, essa parte de você mesmo que, de fato, é o Todo.

A Morada de Paz Suprema é-lhe aberta a partir do instante em que o Silêncio é estabelecido, ou seja, que nenhuma circunstância desse mundo, como nenhuma circunstância desse corpo, como nenhuma circunstância de sua vida possa vir modificar essa Paz, essa Morada de Paz Suprema.
Assim, portanto, você é capaz de ver-se em seus atos e ações, em suas meditações, em suas interioridades como no que você se debate, se você ainda se debate.

O que se desenrola no campo de percepção de sua consciência, aqui, nesse mundo, é, muito exatamente, o reflexo compatível com o que você conseguiu estabelecer no Silêncio da Eternidade.
O que quer dizer, dito em outros termos, que se a você se apresenta a mínima sombra e a mínima dualidade, isso significa, simplesmente, que você não tem a Paz e que você não é a Paz.
Nada há a forçar nesse nível, nada há para opor-se ou resistir ao que é, há apenas que atravessar para ir ao outro lado e, para isso, é preciso estar aqui, e, para isso, é preciso estar nu, para que o Amor flua de cima a baixo, juntando-se em seu Coração, porque o Coração não conhece nem antagonismo nem dualidade, caso contrário, não é mais o Coração, mas é o coração efêmero, aquele que é condicionado à sua própria existência, aos apegos e aos medos.

Não há alternativa, doravante, ao sofrimento ou o êxtase, e as circunstâncias de suas resistências, se existem, estão aí apenas para mostrar-lhe isso, resistência ou Abandono, Amor ou medo.
Do que emana de você, em sua ação nesse mundo e sobre esse mundo, decorre a resultante de seu estado interior de medo ou de Amor.
As manifestações da vida nesse mundo, quando desse Face a Face, apenas poderão ser a revelação e a concretização disso, quando desse Face a Face, pelas premissas atuais que você vive, em um momento, em um instante repentino desenrolar-se-á esse salto, ou não.

Cabe a você ver, a você observar não mais o testemunho, não mais as manifestações de qualquer faceta que seja da Criação e da alteração da Criação nesse mundo.
Porque, para que serve falar de Unidade e exprimir a dualidade?
O Coração em Paz conhece apenas a Paz e o Amor.
O Coração alterado conhece apenas o medo, a perturbação e o questionamento.
E isso, de maneira cada vez mais evidente ou cada vez mais flagrante e cada vez mais gritante.
O Silêncio ou as palavras, o medo ou o Amor, a Unidade ou a dualidade, mas, em caso algum, a dualidade conduzirá você à Unidade, o que quer dizer que as capacidades de discriminação, de discernimento e de julgamento, impostas pela alma falsificada nesse mundo, são apenas, finalmente, o reflexo de suas incertezas interiores.
O Amor não tem necessidade de provas.
Ele é Evidência a ele próprio, e não tem necessidade de saber onde ele está e onde ele não está, uma vez que ele está por toda a parte, exceto para aquele que não o vê e que vê apenas a aparência da manifestação ilusória desse mundo, através do bem e o mal, e do filtro do ego, da personalidade e da alma.
Quando os filtros tiverem desaparecido, resta apenas a Verdade nua, resta apenas a evidência do Coração e, portanto, segundo o que você tem a viver, segundo o que você vive, muito precisamente, nesse momento, nesse dia de coroamento, eu o convido a colocar-se e, sobretudo, a não julgar-se, de maneira alguma, porque a aceitação do que você é, aí onde você está, é o único modo de viver a Graça, quer seja a Graça final ou que ela seja o estado de Graça que é seu quotidiano ou, ainda, o estado de Graça que, talvez, você tenha conhecido por episódios.

O Amor é uma Graça permanente que se vive como uma Graça permanente, que não tem necessidade de outra coisa que não a evidência do Amor.
Quaisquer que sejam, mesmo, as manifestações alteradas desse mundo, elas não têm peso algum, qualquer densidade e qualquer leveza em face da Verdade do Amor.
Então, o Silêncio é o melhor modo de se equipar, o Silêncio é o melhor modo de estar no lugar certo e de ser Um com a FONTE e de ser UM, quaisquer que sejam as manifestações que se apresentem a você, tanto em sua carne como em todo ser presente na superfície desse mundo e com o qual exista uma relação de qualquer natureza que seja.
Há um tempo, minha Irmã Hildegarde de Bingen cantou para vocês, se posso dizer, a declamação do Amor.
Então, no espaço que segue o meu espaço, minha Irmã Hildegarde virá para a declamação do Silêncio.

Instalemo-nos alguns instantes nesse Silêncio.
Se o Silêncio está aí, nenhuma de minhas palavras pode vir perturbar o Silêncio, uma vez que minha Presença e sua Presença estão reunidas na mesma Presença.
Alguns disseram: «Quando vocês estiverem reunidos em dois ou três em meu nome, eu estarei entre vocês», mas na condição de deixar o lugar para Ele.
É o que se chama reunir-se em Seu nome e não em nome de uma pessoa, e não em nome de um mestre, mas, sim, na Humildade, a pequenez e a Simplicidade que é apenas o desaparecimento para esse mundo, aí, onde vocês se tornam, eu diria, de maneira paradoxal, o mais potente Amor nesse mundo.
Ser o menor para viver o maior.

Então, Irmãos e Irmãs encarnados, que o Silêncio e o Amor sejam sua Paz e sua Eternidade.
Eu sou MA ANANDA MOYI, e eu os amo.
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Transmitido por Clémence


3 comentários:

  1. Então, você está pronto para desaparecer para si mesmo e aparecer na Verdade nua da Eternidade? Lembre-se de que nada há a fazer, exceto viver o Silêncio, exceto viver o que está aí.

    No espaço do Silêncio, o conhecimento torna-se ignorância. No espaço do Silêncio, tudo ali está, o que permite ao seu Templo e sua carne deixar a Luz realizar, completamente, a Dissolução.

    Saborear o Silêncio é saborear a Eternidade. Saborear o Silêncio é tomar gosto pela Eternidade. O Silêncio já é pleno da Criação, mas a Criação livre de toda alma e de todo condicionamento.

    Você quer ser o Silêncio desse mundo para ser o Amor dos outros mundos, sem privação? Nisso, não há mais história pessoal nem história exterior, porque a plenitude do Amor e do Silêncio preenche cada interstício da ilusão dessa carne, da ilusão desse mundo. Só a alma que resiste ali vê um neant, seu próprio neant.

    Então, vá ao mais profundo de você, para ali descobrir se existem, ainda, desejos ligados à alma ou se a alma está dissolvida na ausência de desejo, na ausência, mesmo, de todo mundo ou de toda Criação.

    Você quer ser, ainda, uma criatura? Você quer, ainda, jogar os jogos da oposição? Você quer jogar o jogo do sofrimento, ou você quer ser o contentamento, o néctar da imortalidade?

    Então, você quer estar no êxtase, aquele de Maha-samadhi, no qual mais nenhuma forma existe, no qual mais nenhum tempo existe, no qual o próprio sentido de um indivíduo ou de uma pessoa funde-se no Grande Todo, da primeira respiração da Criação, em todos os potenciais e possíveis da Luz Branca?

    O Amor não tem necessidade de provas. Ele é Evidência a ele próprio, e não tem necessidade de saber onde ele está e onde ele não está, uma vez que ele está por toda a parte, exceto para aquele que não o vê e que vê apenas a aparência da manifestação ilusória desse mundo, através do bem e o mal, e do filtro do ego, da personalidade e da alma.

    Então, o Silêncio é o melhor modo de se equipar, o Silêncio é o melhor modo de estar no lugar certo e de ser Um com a FONTE e de ser UM, quaisquer que sejam as manifestações que se apresentem a você, tanto em sua carne como em todo ser presente na superfície desse mundo e com o qual exista uma relação de qualquer natureza que seja.

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  2. No início da leitura a percepção, não era que estava diante de um texto, e sim da Luz!!!!!

    POEMA DO SILÊNCIO!

    "A dissolução da alma põe a nu o Espírito, tal como vocês são, em Verdade. O Silêncio é a antecâmara do Amor ... No Silêncio, tudo é consumado, porque no Silêncio reina o Amor. Mas é na Ausência a esse mundo, por sua presença nesse mundo, que se realiza o que você é e não de outro modo, deixando calar-se e evaporar o atrito dos elementos em seus corpos e suas túnicas sutis porque, se Silêncio há, Verdade há, porque, se Silêncio há, o Amor está aí ... Você é pleno, você está saturado de Felicidade e de Alegria ...Seus olhos abririam às feiuras desse mundo, você não veria, ali, nem infortúnio nem feiura, mas a beleza em formação. A dissolução, como vocês sabem, é o início da verdadeira Vida em Cristo e em Unidade, vida que não se obstrui com qualquer artifício e qualquer túnica, na qual nada é fixado, na qual tudo é movimento e, no entanto, tudo é imóvel. Lembre-se de que nada há a fazer, exceto viver o Silêncio, exceto viver o que está aí. Então, você, seja Verdadeiro. O Silêncio é porta e passagem. O Silêncio é transcendência e superação do ego, não imposto pela vontade ou pela energia, mas, unicamente, pelo estado de ser interior. No espaço do Silêncio, o conhecimento torna-se ignorância. No espaço do Silêncio, tudo ali está, o que permite ao seu Templo e sua carne deixar a Luz realizar, completamente, a Dissolução. Entre, cada vez mais, no Silêncio, para deixar o Amor desabrochar, tal uma flor empanturrada de sol e de água e que exala seu perfume de Alegria e de Plenitude. A qualidade de seu Silêncio dará a intensidade de seu Amor. O Amor não se mede, não se compara, mas ele é, em si, mais ou menos intenso e, quanto mais ele se torna intenso, e mais ele transcende no Silêncio, a dualidade bem/mal e sombra/Luz, mais a alma apaga-se e o Espírito aparece. Saborear o Silêncio é saborear a Eternidade. Saborear o Silêncio é tomar gosto pela Eternidade. O Silêncio já é pleno da Criação, mas a Criação livre de toda alma e de todo condicionamento. Você quer jogar o jogo do sofrimento, ou você quer ser o contentamento, o néctar da imortalidade? Então, olhe se você está no silêncio, quaisquer que sejam suas palavras, ou olhe se você é o próprio barulho, mesmo fazendo silêncio. O não Ser é a Essência do Ser. Então, se você já desapareceu, de uma maneira ou de outra, você conhece o valor de minhas palavras por vivê-las em si. O Coração em Paz conhece apenas a Paz e o Amor. O Amor não tem necessidade de provas. O Amor é uma Graça permanente que se vive como uma Graça permanente, que não tem necessidade de outra coisa que não a evidência do Amor. Então, o Silêncio é o melhor modo de se equipar, o Silêncio é o melhor modo de estar no lugar certo e de ser Um com a FONTE e de ser UM, ... Ser o menor para viver o maior."

    Nu e Silêncio!!!! Néctar!!!! Néctar!!!! Néctar!!!!

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  3. "A Dissolução da alma põe a nu o Espírito, tal como vocês são, em Verdade.
    "Uma vez que a alma tenha revertido, que o Fogo tenha aparecido, ela se Dissolve, deixando o lugar para o Espírito de Verdade, que é Silêncio, no qual todos os elementos são harmonizados e fundidos em um único, ao Centro do Centro.

    "O Silêncio é a antecâmara do Amor. Ele o veste e veicula.
    Assim, quando o Silêncio está presente, então, a alma não está mais na resistência, ela Desapareceu e, naquele momento, você está nu e você é Verdadeiro.
    "Assim Dissolve-se a alma na Plenitude do Espírito.

    "A Dissolução, como vocês sabem, é o início
    da Verdadeira Vida em Cristo e em Unidade.
    "No que está aí, há apenas a perfeição da Alegria Eterna e do Amor: o Amor Essência, o Amor manifestado como o Amor não criado.

    "O Silêncio é Porta e Passagem.
    O Silêncio é Transcendência e Superação do ego, não imposto pela vontade ou pela energia, mas, unicamente, pelo estado de Ser Interior.
    "A testemunha e o observador que era a alma desapareceram em si mesma e Fundiu-se, em sua Dissolução, com a Eternidade.

    "Entre, cada vez mais, no Silêncio, para deixar o Amor Desabrochar, tal uma flor empanturrada de sol e de água e que exala seu perfume de Alegria e de Plenitude."

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