8 de mai. de 2015

O.M. AÏVANHOV – Perguntas e Respostas



Abril de 2015


Bem, caros amigos, é uma alegria reencontrá-los e tocar com vocês.
Permitam-me, primeiramente, viver, com vocês, um momento de comunhão com o Espírito do Sol e com Cristo, é claro.
Instalemo-nos alguns instantes nessa comunhão, antes de começar a trocar.
Eu terei coisas a dizer, mas penso que terei a oportunidade de dizer essas coisas durante as respostas às questões.
Isso permitirá, se querem, ter algo de mais dinâmico e que pode, sempre, corresponder a soluções para alguns, em relação às interrogações do que se vive durante este período.
Então, façamos, primeiramente, esse silêncio e essa comunhão.

…Silêncio…

Bem, vamos poder, agora, começar nossas trocas.
Eu esclareço, de imediato, que eu posso permanecer com vocês aproximadamente duas horas, então, temos todo nosso tempo para avançar nesses processos Ascensionais que vocês vivem, ou qualquer outra questão que vocês teriam também.
Eu diria, como de hábito nesses últimos tempos, quando há silêncio, o Espírito do Sol e Cristo estão em nós, vibrantes e ativos.

Questão: quando de uma atividade, eu tenho, por vezes, dificuldade para estar, ao mesmo tempo, na atividade e na lucidez do observador.

O que eu vou responder é que fazer uma atividade, quer seja sua profissão, quer seja, por exemplo, remar em um barco, parece-me difícil ter algumas atividades e, ao mesmo tempo, estar alinhado, totalmente, ou seja, estar em êxtase.
Há mecanismos, eu diria, de aprendizado.
É apenas através da repetição dos estados de clareza, de lucidez ou de observador, como você diz, que a atividade poderá desenrolar-se sem obstrução, ao mesmo tempo permanecendo unificado, digamos.
Mas isso não se faz de um dia para o outro.
Não é porque você é capaz de ser observador em algumas circunstâncias que, quando você está em algumas atividades que mobilizam, eu diria, sua atenção, sua consciência, aí, é claro, você não pode fazer duas coisas ao mesmo tempo, isso me parece perfeitamente lógico.

Apenas quando tiver havido certo número de idas e vindas entre o ego, o observador, ou mesmo o Si, ou mesmo o Absoluto (o Absoluto é, ainda, um pouco diferente, mas digamos a Infinita Presença) que, a um dado momento, todas as separações, as compartimentações da consciência que estão, ainda, ativas, atualmente, não terão mais curso.
Mas isso necessita, efetivamente, de um treinamento e uma experiência que depende, é claro, de cada um, que será diferente, conforme os casos e conforme as atividades também.

Fazer as coisas em consciência e como observador, será melhor começar por fazê-lo em coisas simples e não em atividades que mobilizem, eu diria, a totalidade da consciência, e que, portanto, vão compartimentar ou recompartimentar para levar a efeito essa atividade.
Então, é claro, há circunstâncias nas quais, apesar da atividade, você tem esse alinhamento perfeito e, aí, você está em uma eficácia total.
Mas, raramente, é algo que poderá durar, permanentemente, porque são necessários, de qualquer forma, momentos de interiorização, de recuperação, chame a isso oração, meditação, como quiser.
Mas é difícil realizar algumas atividades mantendo-se como observador ou, mesmo, desaparecer.
É como se você pedisse àquele que me acolhe ler um livro ao mesmo tempo, você vê.
Isso colocaria, de qualquer forma, sagrados problemas.

Portanto, isso não é algo que seja uma falha ou um déficit do que quer que seja.
É, mais, algo que vai instalar-se progressivamente e à medida do tempo que passa, mas que você não pode controlar, em um primeiro tempo, porque há, justamente – e, sobretudo, agora, fazendo esses vai e vens e ficando cansado ou fatigado ou exasperado de viver essas idas e vindas entre a Eternidade e o efêmero – que você vai, em definitivo, escolher, de maneira irremediável, pela atribuição vibral (se já não foi feito, se você não o percebeu), o que é fundamental para você, eu diria, ao mesmo tempo, algo que é muito importante e que você vive como algo de imperioso.

O imperioso não é mais um desejo nem uma investigação, é uma evidência que se instala, porque você experimentou, suficientemente, o ponto de vista da pessoa, o ponto de vista do observador, o ponto de vista do Si ou a ausência de ponto de vista do Absoluto.
Nesses casos, tendo feito as experiências de idas e vindas sucessivas de uma à outra, você vai perceber que alguns estados não o satisfazem mais, não lhe correspondem mais, e é assim que se estabelece o apelo e a atribuição vibral.
Porque, em sua consciência, nesse momento, manifestam-se, como nós já dissemos, muito exatamente, as situações, as ocupações, a idade que você tem são extremamente importantes para cada um de vocês, para viver o que vocês têm a viver.

E, frequentemente, antes de ser liberado, como Bidi dizia, você constata, por si mesmo, e você pode, aliás, reclamar contra si mesmo ou contra o outro, porque você passa de um ao outro, eu diria, mesmo, sem esforço, e eu diria, mesmo, às vezes, sem o querer.
E, naquele momento, efetivamente, é a você que cabe posicionar-se no que lhe parece exato para você e não exato de outro lado.
Portanto, quer seja a Eternidade, quer seja o efêmero, quer seja o Si, é assim que se realiza, ao mesmo tempo, o Face a Face que lhe dá a ver um ponto de vista, depois, outro ponto de vista, portanto, dois pontos de vista ou, por vezes, três diferentes, e é através do que sua consciência pesa e avalia, de algum modo, que você irá para as linhas que são, para você, as mais fáceis e as mais evidentes.

E, aliás, esse Face a Face é destinado a fazê-lo tomar consciência, também, no momento da estase, da vaidade, eu diria, da encarnação 3D dissociada.
Porque vocês todos constatarão – se não o constatam antes da estase – que tudo a que vocês possam, ainda acreditar, todos os projetos que vocês possam ter e que são lógicos, de acordo com as idades que vocês têm, não têm qualquer peso em relação à sua própria Eternidade.
E aí, é claro, com mais ou menos facilidade, vocês desembocarão, em todo caso, na Liberação e na Eternidade, na pior das hipóteses, com uma Eternidade não completamente conforme, mas que não é, absolutamente, falsificada como aqui, não é?

Portanto, é perfeitamente lógico viver, eu diria, para alguns de vocês, uma forma de desconforto.
Desconforto entre o que é habitual, o que é moral, o que é social, o que é emocional e o que é relacional e o que é o estado de êxtase, o estado de íntase, o estado Turiya, o estado do Si.
Então, é claro, o erro seria servir-se do Si para organizar o que é do domínio da personalidade, porque, aí, efetivamente, isso os faz recair na dualidade, pelo que vocês chamam, naquele momento, o que eu nomearia os poderes da alma.
E os poderes da alma são forças que fazem com que a alma volte-se para a matéria e não para o Espírito, mesmo se essa alma viva coisas que pertencem aos mundos invisíveis.
Mas nem todos os mundos invisíveis são vibrais, vocês sabem disso, perfeitamente.

Portanto, as oscilações e vai e vens, os «tournicoti-tournicota» são, justamente, para alguns de vocês, mas, também, para aqueles que veem isso, decidir colocar-se, com mais facilidade, em tal estado, tal estado ou fora de qualquer estado.
É graças a esse jogo de idas e vindas.
Lembrem-se, nós o temos exprimido por diferentes vozes entre os Anciões, as Estrelas ou os Arcanjos, mas, também, por intermédio de Bidi.
Mas o que era aceitável, mesmo se você não o vivesse, à época, como sedutor, como hipótese válida, você não verificou, necessariamente, naquele momento, mas, hoje, é o que lhe cai em cima, e isso pode dar, por vezes, variações de mental, de humor ou de emoções, de acordo com o que você é, e que podem parecer-lhe, eu diria, o inverso da paz, mas, no final, há, sempre, a Paz.
O que resta é que é impossível, hoje, permanecer com as nádegas entre duas cadeiras, como você fazia nos anos anteriores, ou seja, ou você está em uma cadeira ou na outra.
E, depois, você vai aperceber-se de que a segunda cadeira não existe e, depois, você vai aperceber-se de que não há cadeira, absolutamente, e, no entanto, você está sentado, e, em seguida, depois, você se aperceberá, você se aperceberá: «Mas quem está sentado?».

Então, você vê, é, justamente, esse contra o quê você pode parecer impotente, nesse momento, para alguns de vocês, por exemplo, se a Luz instala-se enquanto você conduz, inteiramente.
Isso são coisas que lhe mostram sua própria impotência da personalidade, com algo que era habitual para você e que se torna um feito.
Isso não é uma punição, não é uma doença, é apenas o modo que a Inteligência da Luz encontrou para fazê-lo instalar-se, confortavelmente, onde você está, realmente.
E suprimir, também, desse modo, a noção de busca porque, quando você está, realmente, alinhado, quer seja na aproximação do Si ou no Si estabelecido, você vê, efetivamente, a diferença, a qualidade de sua consciência.
E, depois, você sabe muito bem que há coisas quotidianas a fazer, diz-se: «com a mesma equanimidade».
Mas você sabe muito bem que há coisas que você detesta, todos e cada um, quer você seja Absoluto ou seja realizado no Si.
Porque você tem, de qualquer forma, uma constituição, mesmo se ela seja magnificada ou transmutada, e que, é claro, o corpo está aí, ainda, é claro, nesse mundo, você o vê, mesmo na agonia e, portanto, há, de qualquer forma, coisas a respeitar, que são desse mundo.
Caso contrário, você não pode fazer os dois.

Portanto, é algo que não é para todo mundo, é claro, mas para alguns de vocês que viveram experiências, recentemente (razão a mais, se elas ocorreram há vários anos), das quais você tem a memória dessa vivência.
E, naquele momento, você vai procurar estabelecer-se nisso e a Vida não lhe dá as oportunidades, portanto, isso provoca raivas, isso provoca fulminações, isso pode provocar sintomas específicos, como o Fogo, que vai voltar a sair e eliminar-se, ao nível da pele, por exemplo.
Tudo isso é destinado apenas a mostrar-lhe onde você está em si e onde você não está mais em si, simplesmente.
E depois, é claro, é você que decide.
E você decide, de fato, você nada decide; se as resistências estão presentes, apesar do sofrimento, você continuará a ocupar uma cadeira que não é para você.
Tanto em um caso como no outro.
Isso não é, unicamente, o apanágio da pessoa ou da personalidade ou do ego, é válido, tanto para o ego como para o Si.
Mas, eu diria que, para o Absoluto, não mais.

É similar para uma dor, é similar não importa para o quê.
Todas as experiências – e nós o repetimos, ainda, com força – que você realiza são capazes de instalá-lo em sua atribuição.
Então, qualquer que seja o sentido que você tome, essas mudanças, esses «tournicoti-tournicota», ao contrário, é o que vai fortificá-lo, se posso dizer, na aproximação que você tem e que você vive da Eternidade.

Questão: a propósito das cadeiras, há, para alguns, uma apropriação do território. Como você vê isso, a partir de seu lugar?

Então, se quiser, vamos fazer o que disse Anael, recentemente.
A partir do instante em que você se apercebe disso. Inverta a questão: o que isso perturba em você?
Não se esqueça de que tudo o que você vê é o que você projeta.
Isso não quer dizer que seja verdadeiro ou falso; você, talvez, tenha toda razão.
Mas o que isso faz ressoar em você?
A solução está aí.

Sempre, e você vai constatá-lo, cada vez mais frequentemente, você vai, por exemplo, viver uma interação com uma situação ou com uma pessoa, com um irmão e, nessa interação, você vê alguma coisa.
Não é questão de dizer eu tenho razão e o outro está errado, ou o outro tem razão e eu estou errado, é questão de ver o que isso quer dizer.
E, se você vê isso, o que é que isso quer dizer para você?
De algum modo, é você que está incomodado.
O que é que isso evoca como falha em você?
O outro está aí apenas para mostrá-lo a si mesmo, quer seja um Draco, um Réptil ou um comportamento animal.
Porque, se você fosse Absoluto ou estabelecido no Si, mas mesmo isso não poderia levantar a mínima interrogação.
Mesmo se você está incomodado, porque você queria esse lugar, você deixará o outro viver esse lugar, sem forçar-se, de maneira alguma.
Isso quer dizer que, assim que você manifeste algo que é bom demais para ser verdade, e totalmente verdadeiro, mesmo, eu diria, mas o fato de colocar a questão ou de vê-lo, sem atravessar isso, ou seja, estando preso, de algum modo, em você ou pela questão, ou pela interrogação que isso suscita.
Eu o convido, como disse Anael, «É aquele que diz que é».
Se você adota esse princípio em todas as coisas, você verá que, muito rapidamente, tudo isso vai solucionar-se.
É aquele que diz que é.
E é, completamente, isso.

Mesmo se, por exemplo, você tenha a impressão de ser invadido em seu território, eu não falo de cadeira, mas de não importa o quê, se isso se produz, é como o tijolo que você recebe na cabeça.
Ele não está aí por acaso, esse tijolo, e o outro não está aí por acaso, tampouco.
Porque você entra – e isso eu também disse – a partir da atribuição vibral e, mesmo, um pouco antes, você entra na hiper-sincronia.

Dão-lhe a ver coisas, que o chocam ou que o seduzem, ou que lhe parecem verdadeiras, ou que lhe parecem falsas.
Qual ponto de vista você vai adotar?
Aquele da pessoa ou aquele do Si?
O ponto de vista do Si ou o ponto de vista do Absoluto?
E você verá que as consequências não serão, absolutamente, as mesmas.
Se você se incomodou por uma noção de lugar ou de território, é que, em você, há, exatamente, a mesma coisa.
É difícil a admitir ou a compreender, mas faça a experiência de fazer: «É aquele que diz que é», e volte à questão para si mesmo, ou a frustração ou a raiva ou não importa o quê, ou o desejo de fugir de uma determinada situação.
O que é que eu exprimo através de minha raiva ou de minha fuga?
O outro é apenas um médium que está aí, justamente, para fazê-lo ver isso.
Portanto, você vê, é nem bem nem mal nem a predação, são oportunidades de ver-se, inteiramente, em si.
Então, isso não quer dizer, necessariamente, que você tenha «aquele que diz que é», mas, em todo caso, isso faz ressoar alguma coisa em você, isso é evidente.
Caso contrário, você nem mesmo o veria.

Hoje, efetivamente, você deve superar todas essas noções de território, e é, aliás, isso faz parte não de mecanismos que você tenha vivido há alguns anos, de deslocalização da consciência na qual você era o outro, na qual você comungava com o outro.
Você vê, efetivamente, que há coisas que eram mais fáceis antes, sobretudo, antes que se manifestam as linhagens.
Porque, aí, você está em níveis que não são, unicamente, ligados às suas experiências ou às suas frustrações, mas que o remetem, diretamente, aos seus próprios arquétipos.

E seus próprios arquétipos não querem dizer que você tenha essa linhagem que corresponde a esse comportamento, mas que você está na reação em relação a essa linhagem.
Como você pode estar em relação com qualquer linhagem que seja, mesmo que seja um puro Draco, e manter a Unidade.
Explique-me como você faz.
Bem, você verá muito bem que é impossível.
É preciso ver, atravessar, exprimir, se quiser, como você o fez, mas, depois, ver-se a si mesmo.
Isso não quer dizer que você faça a mesma coisa, isso não quer dizer que você tem razão e que o outro não.
Tente sair dessa visão maniqueísta da pessoa: eu estou errado, ele tem razão, ou o inverso, ele está errado e eu tenho razão.

Isso não tem qualquer espécie de importância, porque você não resolverá nada assim.
Você resolverá uma determinada situação, mas ela lhe será reapresentada, multiplicada a cada vez, porque nós já dissemos, há algum tempo, que o que se desenrola na matéria, aí, nos atos insignificantes da vida, são os meios de testar onde você está, real e concretamente, nisso.
E, talvez, você não o veja, e o outro sim.
Mas, assim que haja um que veja algo, é o outro, é como quando você brinca de cabra-cega, é a mesma coisa, ou de esconde-esconde.
Você agarra alguma coisa, porque você a viu e, depois, o que é que você faz?

Portanto, é claro que se pode encontrar uma origem ao nível do cérebro, ao nível das feridas, ao nível das memórias.
Pode-se, também, encontrar explicações pela manifestação de uma linhagem, mas, se um irmão ou uma irmã dá-lhe a ver uma linhagem que não o suporta, mas é que a falha está em você.
Se você é Absoluto, você vê o bem, você vê o mal, você vê a Unidade, mas você nada é de tudo isso.
Você não será incomodado nem pelo diabo nem por um tiro de fuzil, você continuará o mesmo.

Portanto, assim que haja reação, ao que quer que seja, você exprime, simplesmente, resquícios, eu diria, de dualidade.
Portanto, é aquele que diz que é.
E eu lhe certifico que, se você muda seu modo de ver ou de analisar, mesmo uma determinada situação, uma determinada relação, você vai, rapidamente, dar-se conta do que não funciona em você, ao invés de vê-lo no outro.
Porque, se você o identifica em si, não como a explicação, a identificação não é a explicação, é atravessar isso, não prender-se pelo que quer que seja, não como uma negação, não como aquele que não quer ver, mas, justamente, vendo-o, com cada vez mais intensidade, cada vez mais ruminação ou perturbações, é assim que você vai sair disso.

Para nada serve bater no outro ou roubar-lhe a cadeira.
Mas isso pode ser engraçado, também, para o outro, se isso se produz, na condição de que não seja uma reação, porque, de momento, há linhagens que lhe aparecem, gentilmente, nos comportamentos, mas podem aparecer, também, muito mais violentamente.
Mas isso é, justamente, o que você vive, agora, como nós dissemos, com uma intensidade decuplicada.
Permaneça sábio em relação a isso, não se misture nisso.
É visto, é claro, mas se é visto, resta apenas que atravessá-lo, simplesmente.

Então, é claro, você vai responder-me que é mais fácil falar do que fazer.
Faça-o, já, algumas vezes, e você verá, por si mesmo, que as coisas ficarão profundamente diferentes.
Talvez, você vá decidir serrar-lhe a cadeira e, talvez, para ele, isso será importante, naquele momento e, talvez, você vá atravessar.
Porque, aí, se você atravessa e deixa o tempo, deixa o espaço, você dá, pela Inteligência da Luz, a explicação, você não entrou na reação imediata ou no sofrimento imediato ou no incômodo imediato, pouco importa o que é.
Quer seja uma doença, um vírus, um irmão, uma irmã ou o tijolo que cai na cabeça é, exatamente, o mesmo princípio.
Então, naquele momento, ai invés de acusar o tijolo ou aquele que jogou o tijolo, volte-se para si.
Isso não quer dizer tudo aceitar, isso não quer dizer nada dizer, isso quer dizer atravessar isso em si, ou, se prefere, gire sete vezes a língua em sua boca antes de falar.
Eu não falo das questões, mas eu falo em geral.

Tudo o que a Vida propõe a você, hoje, é isso.
Quer sejam anomalias na matriz, que são cada vez mais frequentes – e isso eu havia dito para o mês de abril – as coisas que lhe explodem na cara, com uma intensidade que você não suspeitava, e que chegam, por vezes, a fazê-lo perder a calma ou sair de seu contentamento, quer seja o excesso de barulho, quer seja alguém que funga, quer seja não importa o quê.

Tudo isso são oportunidades para sair, de algum modo, dos resquícios de expressão da dualidade.
Porque a Vida chama você, sempre, nesse mundo, mesmo se você é Absoluto e decida permanecer no Maha Samadhi durante um ano, você não poderá evitar ser perturbado – a menos que esteja no fundo de uma caverna e nada coma e nada beba durante anos – por um animal que passa, pelo frio, por não importa o quê.
São, justamente, as oportunidades de ver se você está aí, realmente, onde você pensa estar.
O que quer dizer que, agora, não basta mais dizer eu tenho tal Coroa que está ativa, eu vivi a Onda de Vida, portanto, estou Liberado.
Prove-o.

A prova não é porque você vibra.
É claro que você está liberado, naquele momento, como todo mundo.
Mas, no que há a viver agora, com a acuidade que é exponencial, cabe a você ver.
E, se algo, sobretudo, é-lhe reapresentado, em relação a uma experiência que você faz, habitualmente, a traição, o abandono, a injustiça, o medo, todas as manifestações da pessoa – essa manifestação da pessoa, ela pode ser inteiramente verdadeira, como inteiramente falsa – tanto em um caso como no outro, é a expressão da dualidade, é uma projeção da consciência.
E a consciência vai apropriar-se, é claro, e dizer: «Eu tenho razão», mas, naquele momento, é a pessoa que fala.
Você perdeu o controle, você saiu do alinhamento.

E o que é preciso fazer nesses casos?
Pôr Cristo à frente.
Então, você pode enviar, também, o próprio Cristo serrar-lhe a cadeira, você verá, efetivamente, o que acontece.
Talvez, para essa pessoa, efetivamente, será necessário que a cadeira quebre; para outra, não, ela está aí porque, justamente, ela desperta isso em você.
E, se ela desperta isso em você, é que há ressonância e, se há ressonância, isso quer dizer que, sem culpa, sem projeção, atravessa isso.

O mais difícil em tudo isso é não mais colocar-se questões, ao nível mental ou intelectual, sobre a busca de sentido, de explicações, mas, também, não mais ruminar e não mais recusar as emoções que chegam, deixá-las emanar e ver por si, porque, se há algo que chocou, é que, em algum lugar, há uma falha, e o outro está aí apenas para revelar sua falha.

E, se você não o vê com uma determinada situação, você o verá com uma pessoa, e você o verá com uma segunda pessoa.
Depois, se é preciso quebrar o carro para isso, ou quebrar-lhe a cabeça, a Luz quebrará sua cabeça.
É normal, e é isso a sincronia, é isso o Face a Face.
E, para alguns, o Face a Face consigo mesmo é muito fácil, então, o Face a Face não é, unicamente, em relação a si mesmo, é em relação a tudo o que eu nomearia a vida nesse mundo, ou seja, tudo o que é emanação da consciência, projeção da consciência e, portanto, separação, divisão e compartimentação.

E é, justamente, vendo isso, por vezes, sendo cada vez mais incomodado, que você vai dar-se conta de que, sozinho, você nada pode fazer, ao nível de sua pessoa.
E pôr Cristo à frente permite, efetivamente, sair desse funcionamento dualitário porque, ao colocar Cristo entre vocês dois, ou entre você e uma situação, você sai, de maneira inexorável, da dualidade, você entra na Trindade.

Eu diria, em resumo, que tudo o que se apresenta à sua consciência, hoje, tem uma razão de ser.
Como você mesmo está, exatamente, no lugar certo; as interações de todos esses lugares dão ajustes, modificações, por vezes, muito violentas, nesse momento, mas que concorrem, todas, para estabelecê-lo aí, onde você está.
E você terá a oportunidade, ao colocar Cristo à frente, de aperceber-se de que querer determinar quem está errado e quem tem razão, estritamente, para nada serve.
É claro, quando você está no carro e há um sinal de parada e você entra nele, é ele o culpado, mas, aí, eu falo de sua consciência.

Questão: o que eu devo deixar emergir?

Já, o modo pelo qual a questão é formulada: «O que eu devo deixar emergir?».
Mas nada há a dever, deixe emergir tudo o que emerge, uma vez que não é você que decide deixar emergir, parece-me.
É a Vida que lhe propõe, pela Inteligência da Luz, o que deve manifestar-se a você na tela de sua consciência, na cena de teatro, que, mesmo que você saiba que não é você, você está jogando.
Para alguns, pôr-se na raiva vai enraízá-los.
Para outros, pôr-se na raiva vai desenraizá-los.
Nem todo mundo tem a mesma ressonância com, por exemplo, aí eu falava de emoções, mas é similar ao nível do mental e ao nível de todos os territórios.

Lembre-se: o mapa não é o território.
Nós demos as cartas, alguns viveram os territórios.
Mas resta um momento no qual os territórios não têm mais lugar de ser.
Aí está a Liberdade, e a Liberação total, ela não está em outro lugar.
O que quer dizer que você está no aprendizado preliminar ao Apelo de Maria, que lhe dá a viver circunstâncias.
Quaisquer que sejam essas circunstâncias, elas têm um sentido, mas você não tem que encontrar o sentido, você tem, simplesmente, que vê-lo – e quando isso emerge é que é visto – e atravessá-lo, retornando a coisa para você.

Cristo, aliás, havia dito: «O que você faz ao menor de vocês, é a mim que você o faz».
Então, você imagina aquele que é, visceralmente, apegado à sua cadeira, você irá desalojar Cristo.
Então, isso relativiza porque, se você toma por hábito ver as coisas – às vezes, com uma acuidade muito perturbadora – junto ao outro, quem permitiu que você veja isso?
Isso não quer dizer que aquele que é Absoluto nada veja, mas, mesmo se ele vê, ele vai atravessar isso com grande facilidade.
Ele não é preso por isso.
Mesmo se isso emirja, isso emerge e evacua-se, isso não permanece.
Em contrapartida, se você nutre a si mesmo pelo ressentimento, pela noção de errado, pela noção de «eu tenho razão», a noção, qualquer que seja, de explicações ou de justificações, bem, você mantém a dualidade.
E todas as experiências da vida são significantes em relação ao seu posicionamento.
E isso vai aparecer-lhe, e aparece, já, cada vez mais claramente.

Você sente, às vezes, em relação a um companheiro, a um filho, a um pai, a um irmão e uma irmã, com quem você não tem problema algum, e há, por vezes, algo que emerge.
O que é que isso faz emergir em você?
Sobretudo, para os parentes, hein?
O que é que emerge, naquele momento?
Não é a causa de «por que isso emerge», você o volta contra si ou para si; não é contra si, é para si.
Você atravessa isso, você o vê, você aquiesce, você o viu, mas você não reage.
Aí também, você se confia a Cristo e à Inteligência da Luz.
E os resultados serão muito mais rápidos do que se você intervém com sua pessoa.
Porque, se isso despertou em você, é que, obviamente, está, já, presente em você, de uma maneira ou de outra.

Então, para nada serve ir procurar no histórico, em sua infância, nas vidas passadas o porquê e o como você manifesta isso.
Simplesmente, isso sai, deixe-o sair.
Não se envolva.
Se você aquiesce a isso, verá que sua vida vai tornar-se um néctar de bênção.
Mas, em contrapartida, quanto mais você for, sobretudo, se você está aberto, porque, aí, as idas e vindas vão fazer cada vez mais mal, não para fazer-lhe mal (a fortiori, se você viveu o Si), é, justamente, para permitir-lhe retificar-se, de uma vez por todas.
Faça a experiência e você verá, por si mesmo.

Lembre-se: o Desconhecido não pode ser conhecido a partir do conhecido; o Desconhecido não pode ser vivido a partir do conhecido.
Ele deve, necessariamente, deixar tudo o que é conhecido.
Qual é o melhor modo de deixar tudo o que é conhecido?
É a Vida que lhe propõe isso.
Seja através da riqueza, seja através da pobreza, seja através de um conflito, seja através de medos, seja através de situações. Mas é cada vez mais intenso.
Mas não há punição nem retribuição.
A Luz é Graça, não é?
E qual é a graça que é feita nessa ocasião?
É, justamente, ver, talvez, o que você não havia visto ou, ao contrário, vê-lo de modo cada vez mais detestável, tanto para você como para o outro, aliás.
Mas há o que aí dentro?
É a ação de Graça, para ir ver o quê?
Para o perdão.
Porque o que você remete a qualquer irmão, você se remete a si mesmo.
Aí está o verdadeiro perdão e a verdadeira Graça.
E isso vai tornar-se, também, eu diria, cada vez mais percuciente.

Questão: você havia dito que Yaldébaoth havia sido banido…

Sim, ele foi banido, mas ele não foi o único, o querido homem, o querido Draco, perdão.
Há, ainda, os que se escondem no que se nomeia de planos intermediários.
Já, eles podem, mais verdadeiramente, agir a partir do astral, mas eles haviam previsto o golpe, também, porque eles haviam antecipado no período cíclico de 25.000 anos.
E eles – como são muito astutos – colocaram estratégias específicas ou de evasão, eu diria.
Mas nós, como nós somos, também, astutos, nós encontramos outras estratégias de evasão.
E é assim, permanentemente, é um jogo de xadrez, exceto que, aí, nós temos certeza de ganhar, o tempo todo.
Então, joga-se, porque é preciso respeitar o jogo, e com você, é similar, jogue, aceite jogar, jogar o que lhe dá a jogar a Vida.
E você se apercebe bem, independentemente dos problemas entre situações ou pessoas que, se você segue as linhas de menor resistência, naquele momento, você será pacificado, o que quer que tenha emergido.
Porque não, unicamente, você o terá visto, você o terá atravessado e, sobretudo, você terá implementado a ação de Graça, ou seja, você se perdoou a si mesmo e, também, ao outro.

De fato, você é testado em seus limites, para ver se você tem, ainda, limites.

Questão: você nos aconselha a dizer sim a tudo o que a vida nos propõe, mesmo ao que poderia incomodar-nos e, sobretudo, ao que poderia incomodar-nos?

Então, eu não disse isso desse modo, porque, às vezes, é preciso dar umas bofetadas, também.
Mas será que sua bofetada é uma reação ou não?
Toda diferença situa-se aqui.
É claro que há situações, circunstâncias que o obriga, por exemplo, a partir, mas, frequentemente, nesse momento, não é assim.
Eu não digo para dizer sim a tudo, eu digo para dizer sim à Luz.
Você age por si mesmo ou você age pela Graça e, sobretudo, no que é interação, relação, ambiente, território, tanto exterior como interior, aí é evidente.
Isso não quer dizer para dizer sim a tudo, mas, antes de tudo, dizer sim à Luz.

Porque, se você adota esse ponto de vista e esse questionamento, de dizer, em definitivo: «Você nos disse que é preciso dizer sim a tudo», eu jamais disse isso, eu disse que é preciso dizer «sim» à Luz.
E que, se a Inteligência da Luz está à frente, ou se Cristo está entre você e a situação, ou entre você e o irmão ou a irmã, você não tem mais que interferir, a Inteligência da Luz vai resolver isso.
E, se isso não resolve, o que é que isso quer dizer?
Isso quer dizer, simplesmente, que você não viu tudo.
É muito simples, a vítima existe apenas porque há um algoz, o algoz existe apenas porque há vítimas.
Ela está aí, a responsabilidade: é parar de crer que tudo vem para irritá-lo ou frustrá-lo.
Se o mundo está em você, se você é, realmente, o mundo, quer você veja aqui como em qualquer dimensão, o que é que você coloca à frente?
A pessoa, o Si, Cristo?

Porque, por exemplo, quando eu tomei o exemplo do tijolo que cai na cabeça, ou o exemplo da cadeira, ou não importa qual exemplo, se isso se produz, é que isso tem uma razão.
Mas a razão não é aquela que crê a pessoa.
Isso não significa dizer sim para tudo.
Aliás, se sem parar você tem a impressão de que há coisas que lhe chegam por cima e que você sente, como o exprimiu: você nos pergunta se é para dizer sim a tudo, mas não há razão alguma para que coisas desagradáveis venham desestabilizá-lo, se você está, realmente, no Si, ou no Absoluto.
Mesmo o diabo não pode dar medo ou provocar qualquer modificação que seja naquele que é, verdadeiramente, Liberado Vivo.
Ele o vê, ou ele não o vê, ao limite, mas, em momento algum, isso provoca o que quer que seja, não como o fato de dizer sim a tudo, mas porque ele vê a ilusão disso.

E aquele que vê a ilusão não tem necessidade de dizer sim a tudo, já que tudo o que acontecer na vida dele estará em acordo com o que ele é, realmente.
A Graça, o Amor ou o medo e o carma.
Eu repito, é uma revolução do ponto de vista.
Se você tem a impressão, ao exprimir isso, que é preciso dizer sim a tudo, isso quer dizer, também, aceitar o insuportável.
Mas quem fala de suportável ou de insuportável?
A pessoa.
Para o Absoluto, nada há de suportável, como nada há de insuportável, há o que é, a Verdade.
Todo o resto são tagarelices, são infantilidades, são problemas do ego, problemas da pessoa.

Então, é claro, para aquele que está sentado ao nível do lugar da pessoa, bem, isso se torna asfixiante.
Mas é, exatamente, o objetivo.
Até o tempo que você compreenda que tudo está em você, pela vivência direta.
O outro que você vê, que você toca, com quem dorme, talvez, ou o pior inimigo, mas ele desempenha um papel, também – ele não sabe – e, se você entra nisso, você desempenha, também, um papel, mas você não sabe.

Então, é claro, há o observador, mas depois do observador há, ainda, outras coisas, parece-me.
E todas essas manifestações, para alguns de vocês, você observa, efetivamente, que há, mesmo entre seus próximos, irmãos e irmãs que entram nesse estado de Paz mais facilmente do que outros, e outros que estão muito na raiva, nesse momento.
Isso não é nem bem nem mal, são apenas oportunidades, não as veja de outro modo.
Uma oportunidade de estar na fluidez da Luz e da Unidade, ao invés de manifestar a dualidade.
Porque a dualidade é onipresente na Terra.
É claro que a Luz está cada vez mais presente, e o resultado é o quê?
É, cada vez mais, sismos, cada vez mais, vulcões, cada vez mais, mortes, cada vez mais, conflitos.
Você quer participar disso?
Quem é você?
Onde está você?

É claro, eu já disse, há santas raivas.
Mas, uma vez que a santa raiva tenha saído, como Cristo, quando Ele expulsou os mercadores do templo, depois, Ele continuou a fazer o que Ele tinha a fazer.
O importante, quando você vive o instante, é, efetivamente, aceitar que pode haver emoções, atravessá-las, mas, também, não procurar a explicação ou o sentido, mas, simplesmente, acolher o que cria a Luz.
E o outro que vem dar-lhe uma bofetada ou uma punhalada ou picar sua cadeira é, também, a Luz, mas tudo depende de qual ângulo você o vê.
Ou, então, você o vê, mas sem ser implicado, nem como observador nem como testemunha nem como alguém que joga.
Porque, de todas as formas possíveis, tudo o que lhe é levado a viver, em qualquer circunstância, em qualquer ocasião e em qualquer relação que seja, estão aí apenas para isso: ver você.
E, se você faz essa reversão, isso será salutar.

Se eu vivo isso e se, além disso, eu tenho a impressão de que é algo que eu já vivi, há um mês, há um ano, há dez anos, nessa vida, em uma vida passada, é que, é claro, isso não está perdoado.
Como você quer viver a Graça sem perdoar?
Como você quer viver a Graça mantendo os funcionamentos arcaicos que não têm mais curso hoje?

Questão: as catástrofes como Chernobyl ou como a bomba atômica, é possível que isso se realize de novo ou haveria uma intervenção?

O que é que você tem necessidade de preservar, dizendo isso?
O efêmero?
Há quem continua a não compreender o que isso quer dizer, um fenômeno de extinção global.
E preciso colocar-lhes as palavras precisas: fenômeno de extinção global.
Isso quer dizer o que isso quer dizer, não?

Questão: o que você vai tornar-se depois?

Bem, primeiro, vamos acolhê-los, não é?
Alguns, para transmitir o bastão, e a cenoura, é claro e, outros, simplesmente, para apertar-se nos braços, acompanhar-se algum tempo e, depois, vocês fazem o que quiserem, e nós, também, aliás.
E é tempo que isso aconteça porque, aí, isso começa a ficar muito longo, não é?
Enfim, eu digo isso, isso não é muito tempo, mas olhem Li Shen.
Mas, bem, ele não tem a mesma noção de tempo – mesmo onde nós estamos – do que nós.
Já, em sua vida, ele não estava no mesmo espaço-tempo, então, vocês podem imaginar agora.
Quando ele diz que vai fazer silêncio, faz oitocentos anos de seu tempo, que ele não tem sido ouvido.
Entre nós também, hein?, para aqueles que estavam aí há mais tempo.

Questão: quando se fala de perdão, não se emite, ao mesmo tempo, uma noção de culpa?

Bah! Não!
A partir do momento em que você se perdoa, a si mesmo, em primeiro lugar.
É a você que é preciso perdoar, não é ao outro.
É aquele que diz quem é.
Isso funciona, também, nesse sentido, mas isso nós já dissemos, há numerosos anos.

Qual culpa, já que tudo é experiência?
O perdão, a Graça, a ação da Graça é o perdão incondicional.
Isso não quer dizer sim a tudo porque, se você manifesta esse perdão incondicional, isso quer dizer que você entra na Graça.
E, se você entra na Graça, todas as dificuldades vão aplainar-se, pela operação do Santo Espírito, e isso não é uma piada.
Você vê a qual ponto, quando você tem um problema, você diz: «Ah, quem vai resolver isso, a operação do Santo Espírito?», em um tom irônico.
Não, eu não o digo de modo irônico, é a estrita verdade, é o Espírito do Sol, é Cristo que está aí, de qualquer forma.

Você quereria ser, ainda, incomodado por uma cadeira ou por um tijolo que lhe cai na cabeça, ou por uma central nuclear que explode?
E, aí, para atravessar isso, você vê se está, ainda, na projeção da consciência – eu não falo de projeção no sentido psicológico – de emanação da consciência ou será que você está em uma interiorização da consciência?
Isso lhe dá o sentido de sua energia, desta vez, como eu digo, com uma experimentação ao vivo, e não mais em seu ser ou no aspecto vibral, mas, diretamente, no quotidiano.

É isso, também, a Unidade.
Não Unidade assim, imaginada, sonhada, mas vivida.
Eu vejo que há os que refletem, dizendo-se: «Eu tenho, ainda, preocupação em mim».
Não, isso não é preocupação, é, simplesmente, vê-lo, é tudo, e perdoar-se.

Questão:o fato de soltar todo julgamento: bem, mal... isso corresponde à Liberação?

Isso não é algo que você possa decidir assim.
Porque, assim que você faz uma escolha, há um julgamento.
O importante é não condenar.
O julgamento é inevitável e inexorável nesse mundo.
Então, todo mundo diz a você: «não se deve julgar».
Não! Não se deve condenar.
Mas julgar é avaliar, pesar o pró e o contra, é isso o julgamento.
A condenação é em seguida.
E vocês têm, todos, vocês veem essas palavras por toda a parte: não julgar.
Mas é, sobretudo, não condenar.
Obviamente, quando você vê algo, no outro ou em você, é, já, um julgamento.
Portanto, tudo o que você vê é um julgamento.

O julgamento não é, unicamente, o julgamento teatral, no sentido em que é empregado em relação ao ego.
Portanto, o julgamento foi colado a algo de muito melodramático, mas você passa sua vida a julgar, a fazer escolhas, mesmo para você, cada um faz isso.
Mas o julgamento deve terminar pelo isentar, não pela condenação.
Então, você vê, é a finalidade do julgamento que é diferente.
É claro, vem um momento no qual você não pode mais nada julgar.
Não é que você preste atenção para nada julgar – porque, aí, você entra em um ego que se reforça e que diz: «Não, não, eu não julgo, eu aceito tudo, então, estou liberado...»).
Mas isso prova, ainda, aí, nesse nível, uma incompreensão, mais do que isso, uma não vivência do que é, realmente, a Graça e o Perdão.
O Amor ou o medo, sempre, e ainda mais do que antes.

Questão: os meses de maio são, frequentemente, especiais, o que é desse?

Sim, é o que eu nomeei «o belo mês de maio».
Mas tudo será gratinado; quando isso cozinha, gratina, não é?
Mas você vê bem isso, de qualquer forma.
Você tem a chance de não ser a rã que se esquenta na vasilha sem se aperceber disso.
Você vê, ao seu redor, em você, no planeta, no céu, os vulcões, a terra, os animais que morrem, tudo isso é visível.
Não são, mesmo, dados espirituais ou em relação com a Liberdade.
Você vê, efetivamente, que há, na Terra, duas informações, aquelas que o adormecem e aquelas que o despertam.
Aquelas que despertam são as verdadeiras, são aquelas que lhe falam do que acontece, realmente, e que não vão falar-lhe da crise econômica e dos Fantoches que se agitam nos diferentes países e nos diferentes governos.

Tudo isso você vê, não?
A menos que esteja na negação.
Então, é verdade que, no caminho espiritual, há muita negação, muitos seres que recusam ver a evidência.
É o Choque da humanidade.
Quantas vezes isso foi preparado por Sri Aurobindo, quantas vezes isso foi explicado, mas você está dentro.
Eu espero que você se dê conta disso, de qualquer forma.

Questão: houve a Estrela que anuncia a Estrela, mas se você não nos tivesse dito, não teríamos sabido que era ela.

Atenção, eu jamais pedi para acreditar.
Eu lhes dei uma informação, cabia a vocês verificar, em função, realmente, do que aconteceu.
Não é porque você não olha no ar.
É como o Sol, todo mundo vê que o Sol não é o mesmo e, no entanto, há os que não veem isso.
Porque há muita vontade de ocultar o que incomoda, ou um desinteresse total, mas esse desinteresse não vem, fundamentalmente, do ser humano, ele vem, simplesmente, do fato que os faz jogar de marionetes.
Vocês estão em um espetáculo e ocupam-nos, com a TV, com a crise, com imposições, leis, divertem-nos ou ocupam-nos.
O principal é que vocês não estejam inclinados na Eternidade.
E é o caso, de qualquer forma, ainda, para muitos, muitos irmãos e irmãs humanos.
Mas isso não é importante, já que, agora, a Luz está ancorada, ela se espalha, ela se revela, vocês são suficientemente numerosos na Terra para assumirem e serem responsáveis, tanto por vocês como para o conjunto de mecanismos que se produz, mecanismos de Ascensão coletiva.

Então, poder-se-ia acreditar, para aquele que não crê no que está acontecendo, os buracos que aparecem, os vulcões que emitem irradiações, as irradiações que chegam do Sol, os meteoritos que passam, cada vez mais, em seu céu, é Miguel, tudo isso, vocês sabem (para os meteoritos).
Mas vocês podem, muito bem, decidir dizer que isso não é verdade.
Isso seria, naquele momento, uma negação de realidade.
É o que acontece para 70% da humanidade.
E, ainda, o Choque maior não ocorreu.
Então, você pode bem imaginar a negação do que poderá haver quando a pessoa vir, compreender, apreender que, realmente, há um processo de extinção global.
Como vão reagir essas pessoas?

Quando toda a vida foi baseada no materialismo, eu diria, na religião do materialismo, então, levaram isso com palavras bonitas, chamaram a isso o humanismo e, agora, transumanismo.
São os Fantoches, eles encontram, sempre, palavras como essas, que deturpam a verdade.
Eles se dizem humanos e humanistas, é maravilhoso.
Enquanto eles nada têm de humano, ou muito pouco.
O humano tem a mesma raiz de húmus, humildade: «Você é pó e você retornará ao pó».
Eles criaram a religião do materialismo através do humanismo e das ordens dos Fantoches, que vocês conhecem.
São os Fantoches, em todos os sentidos do termo.
Então, riem, já que é a Eternidade que chega.

Se você pensa, ainda, que a era de ouro acontece nesse cenário, você pratica o angelismo, aí.
Isso quer dizer que você não vê o que acontece na Terra, eu nem falo, mesmo, de vibrações, eu nem falo de estados de consciência, eu falo da realidade material muito simples desse mundo.
Você vê, efetivamente, que todos os sistemas de regulação estão mortos, de qualquer forma.
O sol branco; não foi o Sol que mudou de espectro, é a camada isolante em relação ao Sol que faz com que ele aparecesse amarelo, e, agora, ele está branco, porque a camada isolante quase não existe mais, ao nível da ionosfera.
Vocês estão permeáveis e sentem-no com as irradiações emitidas pelo Sol, emitidas por suas máquinas, emitidas pela eletricidade.
Não há mais isolante.

Então, aquele que está na pessoa vai dizer: «Não há mais proteção».
Eu diria que é, verdadeiramente, isolante, vocês vão, enfim, viver a Eternidade, completamente.
E vocês não podem viver, ao mesmo tempo – e eu o tenho dito de modo muito amplo e muito geral, há numerosos anos – vocês não podem mais ser lagarta e, ao mesmo tempo, borboleta.
Deram-lhes vislumbres, na lagarta, do programa da borboleta, mas a lagarta tem um fim, e é esse fim que vocês vivem.
Ele foi encadeado, já, a partir da Liberação da Terra.
Vocês não estão a par, mas informem-se: a acidez dos oceanos, as perturbações climáticas, os furacões cada vez mais fortes, o número de vulcões despertados na Terra e em erupção.
O que é que você precisa mais?

Então, é claro que a verdade foi escondida sobre as extinções anteriores, mas há, de qualquer forma, vestígios que restam das extinções que produziram não há muito tempo, mesmo se elas não fossem globais, como esta.
Lembre-se da negação, uma das etapas do Choque da humanidade: «não eu».
Mas, sim, mas aí é todo o Sistema Solar que diz «não eu».
Mas aqui estamos.
Mas vocês são livres para recusar ou ter medo disso, ou não se interessar por isso.
Mas o que acontece fora acontece dentro, portanto, para vocês, também, é o fim do efêmero.

Eu já disse e acho que já dei a analogia: há, nas sociedades tradicionais, o que se chama de livro dos mortos, que permitiam preparar para essa vivência: a morte do efêmero.
E é para isso, aliás, que vocês têm cada vez mais literatura, não sobre a espiritualidade, mas sobre a consciência em relação às experiências de morte iminente.
E todas as experiências que vocês vivem, mesmo se sejam apenas experiências efêmeras, elas testemunham, de qualquer forma, a verdade dos planos invisíveis.
Isso não lhes basta?
Saber que vocês são eternos?
Qual é essa necessidade de acreditar que uma civilização é eterna?
Vocês têm, no entanto, as provas de que todas as civilizações são mortais, até agora, e até prova em contrário.
Então, por que ocultar isso?

Bem, já lhes ocultaram muitos conhecimentos em relação à história dessa Terra.
Mas, hoje, e cada vez mais, como eu disse, ninguém poderá dizer que não sabia.
Há, talvez, não desejo de vê-lo ou aceitá-lo, mas, aí, nós não estamos nas crenças, eu lhes peço para não acreditarem em mim, olhem, informem-se.
Não é como há quinze ou vinte anos ou, ainda, no início do século XX, quando Bença Deunov dizia que o Fogo do Espírito iria tudo queimar.
Oh, sim, estava longe para aqueles que escutavam naquele momento.
Eles não tinham necessidade de preparar-se, estava muito longe.
E depois, hoje, vocês se apercebem de quê?
Que está muito, muito, muito, muito, muito próximo, tanto em vocês como em seu exterior.

Então, o que é que vocês fazem?
Vocês oram para que as centrais sejam protegidas?
Vocês oram para salvar sua vida?
Vocês disparam para ir ao alto de uma montanha?
Vocês vão enterrar-se sob a Terra, como fazem os Fantoches?
Vocês fazem o quê?
Vocês aceitam ser responsáveis, ser maduros e ver as coisas ou não?
E isso não deve provocar tristeza alguma, caso contrário, vocês estão, ainda, na negação.
Vocês se tornarão Ser, na exultação interior do que vem.
Não ver o lado sombrio, não ver o aspecto destruição, porque o que é destruído e o que é dissolvido, o que se dissolve, cada vez mais são, unicamente, as estruturas, os elementos que são obsoletos e que nada têm a fazer na nova Terra e que nada têm a fazer nos sistemas solares, quaisquer que sejam.
É tudo, é uma limpeza.
Vocês são imortais.
O que é que os incomoda aí?
Por que vocês estão chocados?

É melhor fazer esse exame de consciência antes do Apelo de Maria, eu lhes aconselho.
Isso não deve impedi-los de estar no Amor, na vida, e de fazer o que vocês têm a fazer.
Porque, se vocês não fazem o que têm a fazer, o que a vida propõe a vocês, você ficará, creia-me, ainda pior mal, no momento do Apelo.

O que é que você quer salvar?
Primeiro, nada há a salvar.
Onde você se coloca?
No efêmero?
Ele estará, de qualquer modo, terminado, quer você queira ou não, do mesmo modo que, um dia, você morre, se não houvesse esse processo cíclico.
Será que o fato de saber que vocês são mortais nesse corpo e nessa consciência impediu-os...
É, simplesmente: o que é que os impediu de pôr fim aos seus dias ou de pôr na mesa todos os seus projetos?
Vocês tinham o tempo para realizá-los.
E morrer em oitenta anos é tão longe.
E, quando se tem sessenta anos, morrer em vinte anos é tão longe.
E quando se tem noventa anos, morrer em um mês é tão longe.
Mas, aí, é agora, para todo mundo.
Então, vivam!
Mas vivam qual vida?
Aquela da Alegria, do Amor, da Liberação, da Liberdade?
Ou aquela que se preocupa em saber se ela deve afastar-se de tal lugar ou de tal pessoa?
O que é essencial para vocês?
Porque, se vocês acreditam, ainda, que dependem de circunstâncias exteriores, materiais, afetivas ou outras para serem livres, vocês livres, vocês tapam os olhos com os dedos, aí.
Vocês não querem ver, é o que isso quer dizer.

A Alegria está aí.
Cabe a você escolher: a Alegria ou as recriminações; a Paz ou a guerra, em você ou entre vocês.
Eu o remeto ao que havia dito Sri Aurobindo, há numerosos anos, sobre o Choque da humanidade.
Releia isso com a iluminação de hoje.
Releia o que eu disse há muito tempo, sobre o que ia acontecer na Terra, a propósito do planeta grelha, e você verá que tudo o que eu havia dito, à época, que não era, ainda, visível, está acontecendo na Terra, se já não aconteceu.

Você vê, efetivamente, que tudo se inverte, cada vez mais rapidamente, no efêmero, a inversão dos valores.
Hoje, defende-se o quê?
A ausência de sexo ou o sexo desenfreado, que não leva em conta seu sexo biológico, defende-se a sexualidade infantil, defende-se o livre comércio.
Mas isso é a inversão total dos valores da vida.
Porque se limitou a vida a esse materialismo.
E esse problema é específico a essa parte do mundo, a esse Ocidente, como vocês dizem.

Nós não temos necessidade de ir falar ou sermos escutados por alguns povos, por quê?
Não porque eles são mais luminosos ou mais sombrios, mas, simplesmente, porque, para eles, por cultura, por essência, mesmo, de alma, o fenômeno da transição que vocês nomeiam a morte não tem qualquer espécie de importância para eles.
Apenas o Ocidental, assim, que considera seu fim como algo de terrível.
E é, justamente, nesse processo final de extinção, que você deve ser o mais na alegria e o mais leve.
Não no aspecto confortável ou muito confortável de sua vida, quer seja afetivo, material, ao nível financeiro ou outro, é no interior de si.

Aliás, você não terá qualquer fonte de contentamento, em breve, no exterior.
Você apenas poderá encontrar a Alegria indo ao seu coração e deixando-a emergir.
Todo o resto parecerá a você, em algum tempo, após o belo mês de maio, muito fútil e muito derrisório.
Mas, quando você se banha nisso, isso não lhe parece derrisório, isso lhe parece intransponível, mesmo, às vezes.
Mas, justamente, através disso, onde você está?
Quem é você?
Você é, ainda, uma pessoa que sofre com seus traumatismos, com sua infância, sua educação, suas feridas?
Você está submisso, ainda, a tudo isso?
Então, se sim, coloque-se a questão: «Por quê?».
Jamais é a culpa do outro, jamais é a culpa de uma situação ou de uma circunstância.

Lembre-se das etapas do Choque, que havia descrito Sri Aurobindo.
Você verá que é, exatamente, o que você vive, e você passa de um estado ao outro.
Então, é claro, é apresentado de modo sucessivo, mas ele havia dito que podia haver uma etapa antes da outra.
Aí, o problema é que você passa, por vezes, em uma hora ou no curso de um dia, pelas quatro etapas do Choque.
Isso deveria, ao contrário, reconfortá-lo.

Questão: nas árvores, por vezes, um esquilo dança. Ele compreendeu algo antes de nós?

Bah! Sim!
Olhe os animais que desaparecem.
Você vê o lado catastrófico: eles estão mortos.
Mas eles estão mortos, isso quer dizer o quê?
Que eles desapareceram de seu campo de consciência.
E então?
A vida nesse mundo é mortal, não?
Apenas nas dimensões unificadas, nas quais não há mortalidade, no sentido que você a entende:
Mesmo se o corpo ou uma forma desapareça, você não é tributário dessa forma.
É o que nós temos explicado, ao longo desses anos, com o corpo de Existência ou com o Absoluto.

Agora, isso prova o quê?
Que, se você manifesta medos ou resistências, ou a impressão de que lhe representaram e que lhe servem a mesma salada nos eventos que lhe sobrevêm, mas é que você não está Liberado.
Você está apegado à sua pessoa, quaisquer que sejam os estados vibrais que você viva.
Para que a Liberação seja efetiva, é preciso ter feito o sacrifício total, e, aí, eu não falo de crucificar-se ou dar-se uma punhalada na carótida, é o luto do efêmero que é preciso fazer, mesmo estando plenamente presente nesse efêmero e, além disso, muito alegre.
Caso contrário, isso quer dizer que há, ainda, uma pessoa que está aí e que se interpõe e que você se esqueceu de colocar Cristo à frente, o que quer que lhe aconteça.

Questão: por vezes, não é a morte que é fonte de angústia, mas o sofrimento que a ela é ligado.

De onde vem o medo do sofrimento?
É claro, você quer que todos desapareçam, mas sem sofrer.
Mas o sofrimento, ele também, faz apenas passar.
Qual peso você anexa ao sofrimento, o medo do sofrimento ou, mesmo, o sofrimento vivido?
Você sabe muito bem que há seres, sem mesmo falar de Liberação, que são capazes – os yogis, por exemplo – de transcender alguns sofrimentos.
Porque, quando você diz que não tem medo de desaparecer, eu o lembro de que o medo da morte é a única coisa que o mantém na vida.
Quando você tiver apreendido isso, a perspectiva mudará, profundamente.
O sofrimento é o inverso do Amor, mas o sofrimento faz crescer o Amor.
Não é por isso que seja preciso buscá-lo, mas, se ele está aí, seja porque você vai morrer ou porque há um sofrimento afetivo, por exemplo, atravesse isso.

O que se exprime, quando você sofre?
Será que o Espírito sofre?
Será que aquele que é Liberado vai sofrer, mesmo, de um câncer que o atinge?
Não, haverá sofrimento, mas ele não será afetado.
Então, a afetação ou a perturbação ligada ao sofrimento é apenas ligada, intrinsecamente, à presença de uma pessoa.
Porque há, e, sobretudo, no Ocidente – em algumas correntes, digamos – santos, místicos que atravessaram grandes sofrimentos e, através desses sofrimentos, eles encontraram a resiliência, a capacidade para exaltar o que era eterno neles.

Mas, se há sofrimento – eu não falo do medo do sofrimento – o sofrimento é, sempre, ligado ao sentimento de perda da integridade física, da morte de um próximo.
Isso quer dizer o quê?
Que você está apegado.
Eu não lhe peço para ficar indiferente nem o que quer que seja.
É-lhe pedido para ver, simplesmente, onde você está.
O que é que sofre, se não é a pessoa?
Como pôr fim ao sofrimento?
É quando não há mais pessoa.
Mas isso não é uma visão do Espírito, é a estrita realidade.

Olhe algumas Estrelas.
Para algumas delas, elas viveram vários cânceres.
Olhe a vida de Teresa, olhe a vida da Irmã Yvonne Amada de Malestroit, olhe a vida de alguns Melquisedeques.
E, se você toma, por exemplo, Um Amigo, ele tinha problemas de saúde no aparelho locomotor.
Ele sofria terrivelmente com isso, mas o que sofria era a pessoa, não era ele.
Se é você, como Eternidade, que está aí, nessa pessoa, a pessoa pode sofrer tudo o que ela quiser, você não é afetado por isso.
Isso, também, mostra-lhe o posicionamento de sua consciência.

E, aí, você fala de medo por antecipação, portanto, é um falso medo que é, unicamente, ligado a alguns condicionamentos.
E eu esclareci que esse era o caso no Ocidente.
Você vai ver os Japoneses, em momento algum eles exprimirão o medo da morte.
Isso é ligado às resistências que estão presentes na Europa, no Ocidente, na América do Norte.
Mas, também, no Oriente, como no Meio-Oriente, como no Extremo-Oriente, como na Ásia, como na Indonésia, como na América Latina, a maior parte dos países, mas não há, absolutamente, as mesmas coisas.
Então, você vê, efetivamente, que é um condicionamento ligado à sociedade na qual você evolui, nada mais, nada menos.
É a consequência direta do materialismo, uma vez que a religião do materialismo é, simplesmente, o humanismo.
O homem está colocado ao centro em sua humanidade encarnada, portanto, em seu aspecto puramente material.

Portanto, o sofrimento é inerente ao efêmero.
Porque o efêmero não reconhece a Eternidade, você acredita que a borboleta vai morrer diante da lagarta que está dessecada?
Absolutamente não.
Então, por que você quer chorar pelo efêmero?

Questão: eu não creio que se possa falar de chorar pelo efêmero.

Mas o sofrimento é um choro.
O sofrimento são choros que acontecem ao nível da alma.

Questão: se eu sou liberado, efetivamente, não teria medo de partir nem de sofrer, mas, de momento, eu não sou liberado.

Perfeitamente.
Mas não se esqueça de que, antes disso, há os três dias de Maria, os três dias de Trevas, e que esse sofrimento não existirá mais, porque ou você partiu, ou você permanece na Eternidade, mesmo mantendo seu saco de carne, como dizia Bidi.
Mas, aí, não há mais sofrimento, quando o corpo de Eternidade está, inteiramente, revelado, eu nem falo, mesmo, de Liberação, mas esse Face a Face vive-se nesse momento.
Eu não disse que o planeta grelha final provocaria sofrimentos, bem ao contrário, o período de sofrimentos situa-se durante o Apelo de Maria e durante o período concomitante a esses famosos cento e trinta e dois dias, para aqueles que não tenham resolvido seus antagonismos, suas contradições, que, efetivamente, não liberaram os apegos a esse mundo e a esse corpo e a essa vida.
Eles preferiram a vida do efêmero à Vida eterna.

Mas eu garanto que o sofrimento não tem peso algum para aquele que sofre e que é liberado.
Mas eu não falo da Liberação que lhe é adquirida ao final, eu falo, mesmo, de hoje, será que você está liberado dos condicionamentos?
Eu não falo dos Liberados Vivos.
Mas será que você é, ainda, submetido ao seu mental, às suas emoções, ao seu corpo, aos seus desejos, aos seus gostos ou não?
Todas as circunstâncias de sua vida atual, a partir da atribuição vibral até o Apelo de Maria, elas estão aí, diante de você, para todo o mundo.

Lembre-se: «Felizes os simples de espírito».
Isso quer dizer, também, que se você permanece na Simplicidade, se você permanece alinhado, o mais frequentemente, se você deixa vir a você o que se produz, permanecendo no coração e colocando Cristo à frente, nada pode acontecer-lhe de desagradável, mesmo se lhe cortem um braço ou a cabeça.
Isso não tem qualquer espécie de importância.
Isso não é uma negação da vida, é passar do efêmero ao Eterno, nós repetimos isso sem parar.
As circunstâncias da Terra, suas circunstâncias pessoais, ambas, são apenas a ilustração de seu estado.

Então, agora, as coisas, para você, deveriam ser mais fáceis, porque você tem vivido vibrações, a ativação disso, daquilo, os circuitos novos do Canal Mariano, talvez, da Onda de Vida, talvez, unicamente, a Coroa, talvez, unicamente, um Triângulo ou, talvez, o grande todo do que havia a viver.
Bem, agora, é preciso passar ao ato, não você, é preciso deixar desenrolar-se o plano de Vida, e o plano de Vida e de Amor nada tem a ver com todas as leis da encarnação e da reencarnação.
Lembre-se: o que é sabedoria aos olhos do homem é apenas loucura aos olhos da Fonte, e reciprocamente.
Se você tem medo de sofrer, se você tem medo de perder isso ou aquilo, isso quer dizer, efetivamente, que você não é Livre.
Você não é livre para viver a Eternidade.
Você não quer admitir, e eu não falo, mesmo, de vibrações, aí, eu não falo da Liberação do Liberado Vivo, eu falo de mecanismos psicológicos que se situam na interface entre o corpo, a personalidade, a alma e o Espírito.

Eu responderei, portanto, que, para não sofrer ou para não ter medo de sofrer, que são apenas projeções mentais em relação a uma circunstância específica de final de ciclo, do final do Kali Yuga, assim foi dito, e então?
Onde está sua esperança, onde está sua fé, onde está sua verdade?

Questão: que vão tornar-se as crianças que estão no seio de sua mãe, atualmente.

Oh, como eu disse, há numerosos anos, não se ocupem das crianças, porque, entre zero e quatorze anos, em geral, todos aqueles que tiverem, durante este período que nós vivemos e que vocês vivem de Ascensão, todas essas crianças serão liberadas, instantaneamente.

Questão: mas inferior a zero?

Inferior a zero, isso quer dizer o quê?

Questão: que ainda não nasceram.

Ah, que estão no ventre de sua mamãe?
Sim, eles têm zero ano, eu compreendo melhor.
É uma expressão corrente essa, zero ano?
No ventre da mamãe.
No ventre da mamãe, o que é que há?
Há um bebê em formação, há uma alma em encarnação, bem, sim, mas a alma está em curso de dissolução.
Isso quer dizer que essa alma que se encarna já está liberada.

Questão: se é um ser Absoluto que deve encarnar-se, qual é a utilidade da encarnação?

Mas não é preciso definir a utilidade da encarnação pela necessidade de viver uma vida entre o nascimento e a morte.
A utilidade, para esses seres, que são, portanto, Liberados, antes mesmo de nascer, enquanto eles têm uma alma em encarnação, o interesse é o quê?
É de ancorar, também, a Luz.
E, talvez, também, a necessidade de viver isso, para essa alma, precisamente.

Não veja com o olhar daquele que se diz: «Ah bah! A criança não terá o tempo de aproveitar a vida, de viver sua vida etc.», porque, aí, você recai nos desvios correntes da pessoa.
Você vê o peso das crenças, o peso das egrégoras que restam, ainda, mesmo se elas estão em dissolução, eu diria, nas crenças comuns, fundamentais, do humano inscrito entre o processo do nascimento e da morte.
São condicionamentos terríveis.
Vocês estão tão habituados a essa forma, a essa matéria, que não conseguem desengajar-se dessa visão, mesmo se vivam a Liberação.
Porque está tão ancorado na vida, simplesmente, sem falar da espiritualidade, que é algo que é difícil a superar, mas veja-o, realmente.
Se você o vê, você o superará.

Mas não continue a ter qualquer preocupação pelas crianças.
Como eu dizia, à época: «Ocupe-se, sobretudo, com seu traseiro».
E é similar, quando você vê algo que o choca em uma situação ou em outra.
Eu disse: «É aquele que diz que é».
Se isso lhe parece demasiado infantil, substitua por «Eu me ocupo de meu traseiro».
A cada um seu traseiro.

Questão: a sexualidade, hoje, faz parte da vida desse corpo, como alimentar-se, ou é um sinal de atribuição da alma?

Eu entendi, eu reflito.
Tudo é possível.
Há o sexo transcendente, um pouco como o tantrismo, que se realiza como entre algumas mônadas e que é uma explosão de Luz, não para elas, mas para o que se desenrola ao redor.
Portanto, fazer o amor amplia a Luz.
E, para outros, a torneira está fechada.
É diferente para cada um, mas cada situação corresponde a algo de preciso, e que lhe acontece, também, ao nível sexual, quer você não tenha mais parceiro, quer você tenha uma dezena, quer você tenha problemas para levar a efeito a sexualidade, ou que você tenha uma sexualidade desenfreada, não há julgamento em relação à alma.
Cada um é diferente em relação a isso.

Então, é claro, quanto mais a alma está em vias de dissolução, menos há necessidade, no sentido vital, da sexualidade, mas mais essa sexualidade torna-se transcendente, ou seja, ela faz nascer a Luz, não, unicamente, em seu coração ou no coração do outro, mas ao seu redor, em todo o planeta.
Porque o ato sexual é um ato sagrado, mesmo se ele foi completamente invertido nessa Terra e, sobretudo, agora.
É uma inversão total.

Então, tudo depende de quem exerce essa sexualidade.
Há múltiplas sexualidades, e é diferente para cada ser e para cada casal.
Mas não vejam uma superioridade ou uma inferioridade entre o fato de fazer ou não fazer, é uma questão de circunstâncias.
Mas, é claro, houve uma época em que a alma estava em reversão, na qual, efetivamente, houve modificações da expressão sexual para alguns, porque havia, também, problemas de compatibilidade diversos e variados, aliás.
Mas, hoje, você pode muito bem ter um desaparecimento total da sexualidade, como reencontrar, eu diria, certa forma nova de novo vigor.
Tudo é possível, isso depende das circunstâncias.
E eu diria, mesmo, que tudo depende do que cria essa relação sexual.
Será que essa relação sexual cria alegria, liberdade (e não, unicamente, prazer), ou será que ela cria o confinamento da dependência?
É, sempre, similar.

Simplesmente, aqueles que vivem uma sexualidade que não é uma relação de dependência criam a Luz.
Isso pode ser, também, períodos diferentes, de parada, em seguida, retomada, mas tudo isso pode concernir à Eternidade, a partir do instante em que, eu diria, de algum modo, fazer o amor é feito em toda consciência, sem pensar na noção sexual, eu diria.
Naquele momento, você considera os órgãos genitais não como uma fonte de prazer nem uma fonte de amor, mas, bem mais, como uma fonte espiritual de elevação.
Mas isso é muito raro.
Para isso, é preciso que haja uma concordância, eu diria, bem mais do que uma harmonia na fantasia sexual, mas uma concordância que se situa ao nível do corpo, ao nível da alma, se ela existe, e ao nível do Espírito.

E eu os interrompo, imediatamente, não há coisas como essas entre as Estrelas e nós.
Eu senti pensamentos bizarros germinarem.
Eu os lembro de que, quando não há corpo de carne, você faz o amor assim que encontra alguém, vocês se atravessam um no outro.
Isso vai muito rápido, hein, não há necessidade de mover-se, isso se faz sozinho.
É o que você tem vivido nas comunhões.
Simplesmente, você se aperceberá, se não o viveu, que essas comunhões que acontecem fora do corpo (por exemplo, durante os cento e trinta e dois dias) nada têm a ver com a sexualidade, e o resultado é, exatamente, o mesmo.
É um gozo inacreditável, que supera, amplamente, o quadro da satisfação ou do prazer de dar ou de tomar, ou de trocar.
Lembre-se: a sexualidade não foi chamada por acaso de «a pequena morte».

Questão: você poderia falar dos seres que receberam as sete últimas chaves Metatrônicas e qual é o sentido, para eles, dessa recepção?

Isso permite revelar a Merkabah interdimensional aqui mesmo, aí, onde você está.
Isso dá acesso a todos os potenciais espirituais novos ligados aos Triângulos Elementares e ao que foi nomeada a quintessência dos elementos que estão acima.
Isso dá os plenos poderes em sua própria Liberdade, apesar dos limites desse corpo e desse mundo, ainda presentes.
Isso dá uma Paz que não grande coisa pode vir desestabilizar.
Mesmo se haja, por vezes, coisas às quais é preciso ajustar-se, isso não dura, jamais, muito tempo, isso faz apenas passar.
Portanto, isso dá a Humildade, isso põe ainda mais na Evidência, na Simplicidade e na Responsabilidade.
É ligado, também, à passagem postero-anterior, a última passagem que foi feita.

Questão: qual é o melhor posicionamento a adotar para deixar a Luz agir e para liberar-se das escravidões inconscientes?

Justamente, não mais posicionar-se em lugar algum.
Deixar a Luz fazer o que ela quer, porque você é a Luz e, a partir do instante em que você se conscientiza de que você deve colocar-se como isso ou aquilo...
Então, é claro, há muletas, vocês se servem delas aqui: Li Shen deu-lhes movimentos, há os cristais, vocês têm a nós, também, quando estamos com vocês.
Quando vocês estão imersos, por nossas Presenças, por suas leituras, de tudo o que se produz, bem, você vê bem que isso cria um estado diferente.

Portanto, não é um posicionamento.
É o quê?
É um Acolhimento, vocês estão no instante presente, Hic e Nunc, Aqui e Agora.
Vocês estão despojados de toda referência a um conhecimento passado ou a uma projeção no futuro.
Vocês estão instalados no tempo zero.
Vocês estão instalados na Eternidade, porque estão no Acolhimento.
Portanto, não é uma vontade pessoal, é um trabalho, ao contrário, de relaxamento completo de toda vontade e de toda pretensão, quer seja material ou espiritual.
Isso não impede de ter pretensões depois, na vida, é claro, mas vocês não as verão mais do mesmo modo.

Eu diria que o mais evidente dos posicionamentos, e isso Teresa disse já há alguns meses, é o Caminho da Infância.
Aí está, portanto, o melhor posicionamento é aquele que consiste em nada fazer e estar, simplesmente, no acolhimento de Cristo, do Espírito Solar, de nossas Presenças que já estão em vocês.

Lembrem-se: há uma frase muito antiga que diz – na Índia – que os Deuses reuniram-se e disseram: «Onde será que se poderia esconder a divindade?».
Bem, eles disseram que era preciso escondê-la no interior do homem, porque é o único lugar no qual eles jamais pensariam em procurar.
É exatamente o que acontece.
Nós temos, no entanto, insistido muito profundamente, assim como as próprias circunstâncias de sua vida o fazem, sobre o lugar do coração, sobre o lugar do Amor, porque a Vida é Amor.

Portanto, o melhor posicionamento, nesses tempos reduzidos, se posso dizer, é desaparecer, não como uma vontade de negar a vida ou fechar-se, bem ao contrário, é acolher a totalidade da Luz que está aí.
E nisso, vocês nada podem fazer, vocês podem apenas estar nessa neutralidade, mesmo se essa não seja perfeitamente a palavra exata.
Vocês estão disponíveis para a Luz.
Vocês são transparentes.
Vocês deixam as coisas produzirem-se, acompanhando o que se produz.
Nada há de melhor ou nada mais a fazer do que isso.
Depois, todo o resto, é claro: vocês podem, ainda, escutar-nos, vocês podem ler-nos, vocês podem brincar com os cristais, podem praticar, seriamente (eu não vou dizer brincar, ele vai zangar-se), vocês podem, também, fazer, seriamente, os exercícios de Li Shen.
Cabe a vocês ver.

Questão: haveria uma leve tensão entre os Melquisedeques?

Nesse canto dos Melquisedeques, não, eu não creio.
É apenas a ironia francesa em relação à ironia chinesa.
É tudo, nada mais.
Eu acho que ele não apreciou quando eu disse que ele era chinês, seus movimentos.
É verdade que eu era mais simples, a paneuritmia, hein?
Vocês me imaginam, em minha vida, falar de uma galinha que cisca?

Deu duas horas.

Duas horas?
Eu imaginava que se chegaria às extremidades, aí.
Eu lhes digo, aliás, até não muito tempo, porque, amanhã, eu permaneço quatro horas.
Eu os levarei ao desgaste.

Eu lhes transmito todas as minhas bênçãos, todo o meu Amor e eu lhes digo até já, para a Maratona.
Em breve, eu vou fazer sem parar, de manhã à noite.

Noite?

Noite também, mas eu não durmo na mesma cama.
Eu lhes digo até muito em breve.
Todo o meu Amor acompanhe-os.
E estejam certos de que eu vigio tudo.
Até breve.

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6 comentários:

  1. Destaque parcial (1)

    Portanto, assim que haja reação, ao que quer que seja, você exprime, simplesmente, resquícios, eu diria, de dualidade. Portanto, é aquele que diz que é.

    Permaneça sábio em relação a isso, não se misture nisso. É visto, é claro, mas se é visto, resta apenas que atravessá-lo, simplesmente.

    Então, naquele momento, ai invés de acusar o tijolo ou aquele que jogou o tijolo, volte-se para si. Isso não quer dizer tudo aceitar, isso não quer dizer nada dizer, isso quer dizer atravessar isso em si, ou, se prefere, gire sete vezes a língua em sua boca antes de falar. Eu não falo das questões, mas eu falo em geral. Tudo o que a Vida propõe a você, hoje, é isso.

    Depois, se é preciso quebrar o carro para isso, ou quebrar-lhe a cabeça, a Luz quebrará sua cabeça. É normal, e é isso a sincronia, é isso o Face a Face. E, para alguns, o Face a Face consigo mesmo é muito fácil, então, o Face a Face não é, unicamente, em relação a si mesmo, é em relação a tudo o que eu nomearia a vida nesse mundo, ou seja, tudo o que é emanação da consciência, projeção da consciência e, portanto, separação, divisão e compartimentação.

    Mas nada há a dever, deixe emergir tudo o que emerge, uma vez que não é você que decide deixar emergir, parece-me. É a Vida que lhe propõe, pela Inteligência da Luz, o que deve manifestar-se a você na tela de sua consciência, na cena de teatro, que, mesmo que você saiba que não é você, você está jogando.

    Lembre-se: o mapa não é o território. Nós demos as cartas, alguns viveram os territórios. Mas resta um momento no qual os territórios não têm mais lugar de ser. Aí está a Liberdade, e a Liberação total, ela não está em outro lugar.

    Isso não quer dizer que aquele que é Absoluto nada veja, mas, mesmo se ele vê, ele vai atravessar isso com grande facilidade. Ele não é preso por isso. Mesmo se isso emirja, isso emerge e evacua-se, isso não permanece.

    Em contrapartida, se você nutre a si mesmo pelo ressentimento, pela noção de errado, pela noção de «eu tenho razão», a noção, qualquer que seja, de explicações ou de justificações, bem, você mantém a dualidade.

    Então, para nada serve ir procurar no histórico, em sua infância, nas vidas passadas o porquê e o como você manifesta isso. Simplesmente, isso sai, deixe-o sair. Não se envolva. Se você aquiesce a isso, verá que sua vida vai tornar-se um néctar de bênção.

    Lembre-se: o Desconhecido não pode ser conhecido a partir do conhecido; o Desconhecido não pode ser vivido a partir do conhecido. Ele deve, necessariamente, deixar tudo o que é conhecido. Qual é o melhor modo de deixar tudo o que é conhecido? É a Vida que lhe propõe isso. Seja através da riqueza, seja através da pobreza, seja através de um conflito, seja através de medos, seja através de situações. Mas é cada vez mais intenso. Mas não há punição nem retribuição. A Luz é Graça, não é?

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  2. Destaque parcial (2)

    De fato, você é testado em seus limites, para ver se você tem, ainda, limites.

    Eu não digo para dizer sim a tudo, eu digo para dizer sim à Luz.

    Para o Absoluto, nada há de suportável, como nada há de insuportável, há o que é, a Verdade. Todo o resto são tagarelices, são infantilidades, são problemas do ego, problemas da pessoa.

    Como você quer viver a Graça sem perdoar? Como você quer viver a Graça mantendo os funcionamentos arcaicos que não têm mais curso hoje?

    É claro, vem um momento no qual você não pode mais nada julgar. Não é que você preste atenção para nada julgar – porque, aí, você entra em um ego que se reforça e que diz: «Não, não, eu não julgo, eu aceito tudo, então, estou liberado...»).

    Deram-lhes vislumbres, na lagarta, do programa da borboleta, mas a lagarta tem um fim, e é esse fim que vocês vivem. Ele foi encadeado, já, a partir da Liberação da Terra. Vocês não estão a par, mas informem-se: a acidez dos oceanos, as perturbações climáticas, os furacões cada vez mais fortes, o número de vulcões despertados na Terra e em erupção. O que é que você precisa mais?

    Vocês se tornarão Ser, na exultação interior do que vem. Não ver o lado sombrio, não ver o aspecto destruição, porque o que é destruído e o que é dissolvido, o que se dissolve, cada vez mais são, unicamente, as estruturas, os elementos que são obsoletos e que nada têm a fazer na nova Terra e que nada têm a fazer nos sistemas solares, quaisquer que sejam. É tudo, é uma limpeza. Vocês são imortais.

    É melhor fazer esse exame de consciência antes do Apelo de Maria, eu lhes aconselho. Isso não deve impedi-los de estar no Amor, na vida, e de fazer o que vocês têm a fazer. Porque, se vocês não fazem o que têm a fazer, o que a vida propõe a vocês, você ficará, creia-me, ainda pior mal, no momento do Apelo.

    O que é que você quer salvar? Primeiro, nada há a salvar. Onde você se coloca? No efêmero? Ele estará, de qualquer modo, terminado, quer você queira ou não, do mesmo modo que, um dia, você morre, se não houvesse esse processo cíclico.

    Aliás, você não terá qualquer fonte de contentamento, em breve, no exterior. Você apenas poderá encontrar a Alegria indo ao seu coração e deixando-a emergir. Todo o resto parecerá a você, em algum tempo, após o belo mês de maio, muito fútil e muito derrisório.

    Para que a Liberação seja efetiva, é preciso ter feito o sacrifício total, e, aí, eu não falo de crucificar-se ou dar-se uma punhalada na carótida, é o luto do efêmero que é preciso fazer, mesmo estando plenamente presente nesse efêmero e, além disso, muito alegre. Caso contrário, isso quer dizer que há, ainda, uma pessoa que está aí e que se interpõe e que você se esqueceu de colocar Cristo à frente, o que quer que lhe aconteça.

    O que é que sofre, se não é a pessoa? Como pôr fim ao sofrimento? É quando não há mais pessoa.

    Eu não disse que o planeta grelha final provocaria sofrimentos, bem ao contrário, o período de sofrimentos situa-se durante o Apelo de Maria e durante o período concomitante a esses famosos cento e trinta e dois dias, para aqueles que não tenham resolvido seus antagonismos, suas contradições, que, efetivamente, não liberaram os apegos a esse mundo e a esse corpo e a essa vida. Eles preferiram a vida do efêmero à Vida eterna.

    Bem, agora, é preciso passar ao ato, não você, é preciso deixar desenrolar-se o plano de Vida, e o plano de Vida e de Amor nada tem a ver com todas as leis da encarnação e da reencarnação. Lembre-se: o que é sabedoria aos olhos do homem é apenas loucura aos olhos da Fonte, e reciprocamente.

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  3. RQ1- "Portanto, isso não é algo que seja uma falha ou um déficit do que quer que seja. É, mais, algo que vai instalar-se progressivamente e à medida do tempo que passa, mas que você não pode controlar, em um primeiro tempo, porque há, justamente – e, sobretudo, agora, fazendo esses vai e vens e ficando cansado ou fatigado ou exasperado de viver essas idas e vindas entre a Eternidade e o efêmero – que você vai, em definitivo, escolher, de maneira irremediável, pela atribuição vibral​...​
    É o que vai fortificá-lo, se posso dizer, na aproximação que você tem e que você vive da Eternidade."

    RQ2- "Não se esqueça de que tudo o que você vê é o que você projeta. De algum modo, é você que está incomodado. O que é que isso evoca como falha em você? «É aquele que diz que é»... Que o que se desenrola na matéria, aí, nos atos insignificantes da vida, são os meios de testar onde você está, real e concretamente, nisso... É atravessar isso, não prender-se pelo que quer que seja, não como uma negação, não como aquele que não quer ver, mas, justamente, vendo-o, com cada vez mais intensidade, cada vez mais ruminação ou perturbações, é assim que você vai sair disso. Permaneça sábio em relação a isso, não se misture nisso... Se você atravessa e deixa o tempo, deixa o espaço, você dá, pela Inteligência da Luz, a explicação, você não entrou na reação imediata ou no sofrimento imediato ou no incômodo imediato, pouco importa o que é.... Volte-se para si. Prove-o. Pôr Cristo à frente."

    ..."E o outro está aí apenas para revelar sua falha."
    ..."E o outro está aí apenas para revelar sua falha."
    ..."E o outro está aí apenas para revelar sua falha."

    "E pôr Cristo à frente permite, efetivamente, sair desse funcionamento dualitário porque, ao colocar Cristo entre vocês dois, ou entre você e uma situação, você sai, de maneira inexorável, da dualidade, você entra na Trindade."

    RQ3- "É a Vida que lhe propõe, pela Inteligência da Luz, o que deve manifestar-se a você na tela de sua consciência, na cena de teatro, que, mesmo que você saiba que não é você, você está jogando. Quaisquer que sejam essas circunstâncias, elas têm um sentido, mas você não tem que encontrar o sentido, você tem, simplesmente, que vê-lo – e quando isso emerge é que é visto – e atravessá-lo, retornando a coisa para você. Se você aquiesce a isso, verá que sua vida vai tornar-se um néctar de bênção. É, justamente, ver, talvez, o que você não havia visto ou, ao contrário, vê-lo de modo cada vez mais detestável, tanto para você como para o outro, aliás. Porque o que você remete a qualquer irmão, você se remete a si mesmo.... Cada vez mais percuciente."

    RQ4- "Então, joga-se, porque é preciso respeitar o jogo, e com você, é similar, jogue, aceite jogar, jogar o que lhe dá a jogar a Vida... Se você segue as linhas de menor resistência, naquele momento, você será pacificado, o que quer que tenha emergido. Porque não, unicamente, você o terá visto, você o terá atravessado e, sobretudo, você terá implementado a ação de Graça, ou seja, você se perdoou a si mesmo e, também, ao outro... Você é testado em seus limites, para ver se você tem, ainda, limites."

    RQ5- "Isso não quer dizer para dizer sim a tudo, mas, antes de tudo, dizer sim à Luz. A Graça, o Amor ou o medo e o carma. Uma oportunidade de estar na fluidez da Luz e da Unidade, ao invés de manifestar a dualidade... Não procurar a explicação ou o sentido, mas, simplesmente, acolher o que cria a Luz. Porque, de todas as formas possíveis, tudo o que lhe é levado a viver, em qualquer circunstância, em qualquer ocasião e em qualquer relação que seja, estão aí apenas para isso: ver você. Como você quer viver a Graça sem perdoar?"

    RQ6- "E preciso colocar-lhes as palavras precisas: fenômeno de extinção global."

    RQ7- "E é tempo que isso aconteça porque, aí, isso começa a ficar muito longo, não é?"

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  4. Continuação 1

    RQ8- "Qual culpa, já que tudo é experiência?
    O perdão, a Graça, a ação da Graça é o perdão incondicional.​ E, se você entra na Graça, todas as dificuldades vão aplainar-se, pela operação do Santo Espírito, e isso não é uma piada.​"

    RQ9- ..." Quando você vê algo, no outro ou em você, é, já, um julgamento. Mas o julgamento deve terminar pelo isentar, não pela condenação.​"

    RQ10- "​​​Você vê, ao seu redor, em você, no planeta, no céu, os vulcões, a terra, os animais que morrem, tudo isso é visível.​ Você vê, efetivamente, que há, na Terra, duas informações, aquelas que o adormecem e aquelas que o despertam.​ Aquelas que despertam são as verdadeiras,​... Então, é verdade que, no caminho espiritual, há muita negação, muitos seres que recusam ver a evidência.​ É o Choque da humanidade.​​​​​"

    RQ11- "Porque há muita vontade de ocultar o que incomoda, ou um desinteresse total, mas esse desinteresse não vem, fundamentalmente, do ser humano, ele vem, simplesmente, do fato que os faz jogar de marionetes.​... ​​ Agora, a Luz está ancorada, ela se espalha, ela se revela, vocês são suficientemente numerosos na Terra para assumirem e serem responsáveis, tanto por vocês como para o conjunto de mecanismos que se produz, mecanismos de Ascensão coletiva.​​​ para aquele que não crê no que está acontecendo, os buracos que aparecem, os vulcões que emitem irradiações, as irradiações que chegam do Sol, os meteoritos que passam, cada vez mais, em seu céu, é Miguel, tudo isso, vocês sabem (para os meteoritos).​ E, ainda, o Choque maior não ocorreu.​ Então, você pode bem imaginar a negação do que poderá haver quando a pessoa vir, compreender, apreender que, realmente, há um processo de extinção global.​ Como vão reagir essas pessoas?​​​ O sol branco;​... Porque a camada isolante quase não existe mais, ao nível da ionosfera.​​​ Mas o que acontece fora acontece dentro, portanto, para vocês, também, é o fim do efêmero.​ Não ver o lado sombrio, não ver o aspecto destruição, porque o que é destruído e o que é dissolvido, o que se dissolve, cada vez mais são, unicamente, as estruturas, os elementos que são obsoletos e que nada têm a fazer na nova Terra e que nada têm a fazer nos sistemas solares, quaisquer que sejam.​ É tudo, é uma limpeza.​​​ Isso não deve impedi-los de estar no Amor, na vida, e de fazer o que vocês têm a fazer.​ Porque, se vocês não fazem o que têm a fazer, o que a vida propõe a vocês, você ficará, creia-me, ainda pior mal, no momento do Apelo.​ E é, justamente, nesse processo final de extinção, que você deve ser o mais na alegria e o mais leve.​"

    RQ12- "Apenas nas dimensões unificadas, nas quais não há mortalidade, no sentido que você a entende:​ Mesmo se o corpo ou uma forma desapareça, você não é tributário dessa forma.​​​ Para que a Liberação seja efetiva, é preciso ter feito o sacrifício total, ​... É o luto do efêmero que é preciso fazer, mesmo estando plenamente presente nesse efêmero e, além disso, muito alegre.​​"

    RQ13- "O sofrimento é o inverso do Amor, mas o sofrimento faz crescer o Amor.​ Então, você vê, efetivamente, que é um condicionamento ligado à sociedade na qual você evolui, nada mais, nada menos.​"

    RQ15- "O sofrimento são choros que acontecem ao nível da alma.​"

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  5. Continuação 2

    RQ16- "​​​​​Eu não disse que o planeta grelha final provocaria sofrimentos, bem ao contrário, o período de sofrimentos situa-se durante o Apelo de Maria e durante o período concomitante a esses famosos cento e trinta e dois dias, para aqueles que não tenham resolvido seus antagonismos​... Eles preferiram a vida do efêmero à Vida eterna.​​​ Isso quer dizer, também, que se você permanece na Simplicidade, se você permanece alinhado, o mais frequentemente, se você deixa vir a você o que se produz, permanecendo no coração e colocando Cristo à frente, nada pode acontecer-lhe de desagradável, mesmo se lhe cortem ​... Isso não é uma negação da vida, é passar do efêmero ao Eterno, nós repetimos isso sem parar.​ Bem, agora, é preciso passar ao ato, não você, é preciso deixar desenrolar-se o plano de Vida, e o plano de Vida e de Amor nada tem a ver com todas as leis da encarnação e da reencarnação.​ Onde está sua esperança, onde está sua fé, onde está sua verdade?​"

    RQ17- ... "​​​​​​Não se ocupem das crianças, porque, entre zero e quatorze anos, em geral, todos aqueles que tiverem, durante este período que nós vivemos e que vocês vivem de Ascensão, todas essas crianças serão liberadas, instantaneamente.​​"

    RQ19- "Há um bebê em formação, há uma alma em encarnação, bem, sim, mas a alma está em curso de dissolução.​ Isso quer dizer que essa alma que se encarna já está liberada.​"

    RQ20- "É de ancorar, também, a Luz.​ E, talvez, também, a necessidade de viver isso, para essa alma, precisamente.​ Vocês estão tão habituados a essa forma, a essa matéria, que não conseguem desengajar-se dessa visão, mesmo se vivam a Liberação.​ Porque está tão ancorado na vida, simplesmente, sem falar da espiritualidade, que é algo que é difícil a superar, mas veja-o, realmente.​"

    RQ21- "Cada um é diferente em relação a isso.​ Porque o ato sexual é um ato sagrado, mesmo se ele foi completamente invertido nessa Terra e, sobretudo, agora.​"

    RQ22- "Portanto, isso dá a Humildade, isso põe ainda mais na Evidência, na Simplicidade e na Responsabilidade.​"

    RQ23- "É um Acolhimento, vocês estão no instante presente, Hic e Nunc, Aqui e Agora.​ Vocês estão despojados de toda referência a um conhecimento passado ou a uma projeção no futuro.​​​​ ​ Vocês estão instalados na Eternidade, porque estão no Acolhimento.​ Aí está, portanto, o melhor posicionamento é aquele que consiste em nada fazer e estar, simplesmente, no acolhimento de Cristo, do Espírito Solar, de nossas Presenças que já estão em vocês.​ Portanto, o melhor posicionamento, nesses tempos reduzidos, se posso dizer, é desaparecer, não como uma vontade de negar a vida ou fechar-se, bem ao contrário, é acolher a totalidade da Luz que está aí.​ Vocês estão disponíveis para a Luz.​ Vocês são transparentes.​​​​ Vocês deixam as coisas produzirem-se, acompanhando o que se produz.​"

    ​Tão Magnífico, Tão Amoroso, Tão Peculiar, por isso ​, É que nos mantemos 'Atravessados', no sentido mais elevado!!!

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  6. "Apenas quando tiver havido certo número de idas e vindas entre o ego, o observador, ou mesmo o Si, ou mesmo o Absoluto (o Absoluto é, ainda, um pouco diferente, mas digamos a Infinita Presença) que, a um dado momento, todas as separações, as compartimentações da consciência que estão, ainda, ativas, atualmente, não terão mais curso.
    "E graças a esse jogo de idas e vindas. ... E, aliás, esse Face a Face é destinado a fazê-lo tomar consciência.
    "Tudo isso são oportunidades para sair, de algum modo, dos resquícios de expressão da dualidade.

    "Deixe emergir tudo o que emerge, uma vez que não é você que decide deixar emergir, parece-me.
    "É a Vida que lhe propõe, pela Inteligência da Luz, o que deve manifestar-se a você na tela de sua consciência, na cena de teatro.
    "Mesmo se isso emirja, isso emerge e evacua-se, isso não permanece.
    "E todas as experiências da vida são significantes em relação ao seu posicionamento. E isso vai aparecer-lhe, e aparece, já, cada vez mais claramente.

    "O sofrimento é o inverso do Amor, mas o sofrimento faz crescer o Amor.
    "Não é por isso que seja preciso buscá-lo, mas, se ele está aí, seja porque você vai morrer ou porque há um sofrimento afetivo, por exemplo, Atravesse isso.
    "O que se exprime, quando você sofre?
    Será que o Espírito sofre?
    Será que aquele que é Liberado vai sofrer, mesmo, de um câncer que o atinge?
    "Não ,haverá sofrimento, mas ele não será afetado. Então, a afetação ou a perturbação ligada ao sofrimento é apenas ligada, intrinsecamente, à presença de uma pessoa.

    "Se é você, como Eternidade, que está aí, nessa pessoa, a pessoa pode sofrer tudo o que ela quiser, você não é afetado por isso.
    "Isso, também, mostra-lhe o posicionamento de sua consciência.
    "Portanto, o sofrimento é inerente ao efêmero.
    "Porque o efêmero não reconhece a Eternidade, você acredita que a borboleta vai morrer diante da lagarta que está dessecada?
    Absolutamente não.
    Então, por que você quer chorar pelo efêmero?

    "Mas o sofrimento é um choro.
    O sofrimento são choros que acontecem ao nível da alma.
    "Mas eu garanto que o sofrimento não tem peso algum para aquele que sofre e que é Liberado.
    "O melhor posicionamento é aquele que consiste em nada fazer e estar, simplesmente, no acolhimento de Cristo, do Espírito Solar, de nossas Presenças que já estão em vocês.
    "Justamente, não mais posicionar-se em lugar algum.
    Deixar a Luz fazer o que ela quer, porque, você É a Luz."

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