21 de abr. de 2016

PHILIPPE DE LYON: A Alquimia atual




CADERNOS DE ABRIL DE 2016 – CRÔNICAS DA ASCENSÃO
Crônicas dos Melquisedeques – O Masculino Sagrado


Eu sou Mestre Philippe de Lyon.
Permitam-me, em primeiro lugar, honrar e saudar sua Presença e sua chama de Eternidade.

… Silêncio…

Eu venho exprimir-me junto a vocês como Melquisedeque da Terra.
Minha intervenção visa dar-lhes os últimos elementos que podem, ainda, ser úteis, para favorecer a última alquimia que se desenrola em sua carne, em cada uma de suas células, em seu sangue como em sua consciência e como em seus corpos sutis.
Tudo isso, vocês sabem, corresponde à irrupção da Luz visível nesse mundo e, também, à transmutação de sua consciência, assim como, é claro, à sobreposição e à justaposição de seu corpo de eternidade aqui mesmo, em suas estruturas efêmeras.

Muitos elementos foram-lhes já comunicados, durante essas Crônicas dos Melquisedeques, concernentes a certo número de conceitos.
Quanto a mim, eu lhes falei, largamente, da pequenez e da humildade.
Eu vou, ao invés disso, insistir, hoje, sobre os mecanismos que podem, ainda, desenrolar-se em vocês, nesse momento mesmo, e que dão conta dessa transmutação, da passagem do efêmero à Eternidade, antes, mesmo, da resolução final da Ascensão da Terra.
É, hoje, mais do que nunca, que a própria noção de humildade, de simplicidade e de pequenez toma todo o seu sentido porque, talvez, vocês já conseguem localizar, em si, os momentos nos quais estão em sua eternidade e os momentos nos quais vocês estão inscritos no efêmero, com suas regras e suas leis.

Na Nova Eucaristia não há necessidade de comungar com Cristo de outro modo que não pelo coração.
O Espírito do Sol, o corpo de eternidade, o Coro dos Anjos, o conjunto de nossas Presenças em seu seio dão conta, diretamente, da progressão da Luz, de seu estabelecimento concomitante, se vocês a acolhem inteiramente, da Alegria, da Paz e da serenidade.
Na hora em que a Luz e o Princípio Crístico estão em vocês, quer seja nas carnes como no sangue que circula em vocês, a Comunhão não é mais, então, segundo as duas espécies(*), tal como foi praticada pela Igreja católica, mas, sim, diretamente em vocês, na alquimia que se vive, agora, de modo cada vez mais próximo de sua consciência comum como do conjunto de sua estrutura corporal física.

Nessa fase precisa da alquimia, tudo o que se produzir em vocês, em seu corpo como em sua vida, é apenas a adequação total, para permitir o desaparecimento do efêmero.
É claro, inúmeros sintomas podem manifestar-se, e eles lhes foram amplamente desvendados.
Na cronologia da Ascensão que vocês vivem, e da Liberação da Terra, há marcadores.
Esses marcadores não são tanto os processos vibratórios que lhes foram descritos e que continuam de atualidade, mas, bem mais, no que pode emergir nessa confrontação, nesse Face a Face e, esse, sozinho, que lhes permite resolver, o melhor possível, o que pode restar, ainda, a resolver ou que lhes pareça crer necessário resolver.

Cada vez mais, vocês constatarão que a personalidade, e seus conhecimentos concernentes à sua pessoa (e, mesmo, os planos sutis), tem cada vez menos interesse.
O que tem o interesse da eficácia vai tornar-se cada vez menos a compreensão ou o conhecimento do que se desenrola, mas decorrerá, bem mais diretamente, de sua capacidade para desaparecer para si mesmo, para apagar-se, para fazer-se cada vez menor para deixar todo o lugar para a Luz, o que quer que seja pessoa poderia chamar um custo ou um preço a pagar.

A Luz quer vocês inteiramente.
Ela lhes propõe o retorno à sua eternidade, agora e já, e de modo cada vez mais extensível e coletivo.
É claro, a tradução dessa necessidade de liberdade, dessa necessidade de libertar-se das predações não será, jamais, manifestada do mesmo modo, porque inúmeros de vocês têm projetos de alma específicos e não estão a par, ainda, do processo em sua finalidade.
Eu os lembro de que o que quer que advenha em vocês, como para cada um de vocês, nada há a julgar, nada há a apreciar ou depreciar, há apenas a olhar o que se desenrola e a respeitar a Liberdade e o livre arbítrio ou a livre escolha do que se desenrola em cada um.

O melhor acompanhamento não é mais tanto querer impor ou argumentar o que quer que seja, mas, também, em face de uma situação que lhes pareceria delicada, tanto em vocês como ao seu redor, desaparecer, para experimentar a transparência, a empatia, o carisma, a visão do coração, a visão interior, que podem ser plenamente eficazes apenas a partir do instante em que vocês acolhem esse desaparecimento.
Houve, efetivamente, uma preparação que, para inúmeros de vocês, permitiu-lhes entrar em contato com os outros planos dimensionais, quer seja pelo Canal Mariano ou, ainda, por contatos diretos nos povos da natureza.
O mesmo processo, hoje, desenrola-se no interior de vocês, o que os faz, de algum modo, conscientizar-se do que é da ordem da Luz e do que é da ordem do que não está, ainda, iluminado e não, ainda, transmutado.

O jogo da Vida e o jogo do que se desenrola, nesse momento, vai permitir-lhes compreender, muito rapidamente, pela própria experiência, que só sua aquiescência e seu sacrifício, como foi explicado, permite à Luz estabelecer-se, de maneira permanente e de maneira definitiva, nesta fase que corresponde ao período do Apelo de Maria.
Tudo é pretexto e ocasião para mostrar-lhes, por sua carne e por sua consciência, o que se desenrola por essa alquimia, a passagem de um estado a outro, a transmutação total de todos os quadros de referência que existiram até agora.
Seu corpo sabe disso, e ele o vive, ele também.
É claro, vocês todos observaram que esse corpo pode manifestar coisas não habituais, dissabores, qualquer que seja o processo alquímico que lhes é próprio e que os conduz ao Si ou à Liberação, à dissolução da alma ou à manutenção da alma.

Assim, portanto, não é tempo de procurar, agora, resolver, mas, bem mais, colocar-se na situação daquele que aquiesce e que acolhe a Luz com a mesma equanimidade, o mesmo equilíbrio, qualquer que seja a manifestação disso.
O princípio da luta, tal como vocês o conheceram em suas vidas e que nós todos conhecemos, entre o bem e o mal, entre os antagonismos, entre as obrigações, cede o passo, cada vez mais, à lei de Graça, à lei do Amor e à lei de Um.

Sua Terra foi fecundada pelo Princípio Crístico, de diferentes modos; tudo isso lhes foi amplamente desenvolvido.
Eu venho, agora, eu mesmo, às consequências que são as mais importantes a observar e que podem, ainda, em alguns casos, colocar-lhes um problema em relação ao que é conhecido.
Não se esqueçam de que o Desconhecido substitui o conhecido, que nada do que é desconhecido pode aparecer-lhes enquanto vocês não são transparentes.
A transparência vai consistir em deixar tanto trabalhar a Luz em vocês como em tudo o que se desenrola ao seu redor.
Não há melhor modo, hoje, do que não mais ser afetado pelo que vem do efêmero, quer seja seu próprio corpo em plena transmutação, quer sejam suas relações ou quer seja o que, até agora, fazia o essencial de suas vidas, de seus interesses, de suas paixões, de suas buscas.

A injunção da Luz, hoje, é, simplesmente, restituí-los a si mesmos.
Ora, restituí-los a si mesmos não se pode fazer em um quadro de referência conhecido, nem mesmo no antigo.
O antigo morre para deixar o lugar ao novo.
É nessa morte que vocês vivem, hoje, em um estado de humor e de consciência que é profundamente diferente, conforme o que lhes resta, de algum modo, de elementos a soltar.
Esses elementos a soltar não são, como foi dito, resistências, mas, bem mais, elementos que não foram, ainda, suficientemente iluminados pela Eternidade.
É claro, o funcionamento desse corpo está, ainda, inscrito na matéria, mais do que nunca, eu diria, e pode apresentar sinais e sintomas muito variados, que podem implicar e que podem provocar alterações de sua paz, alterações do que vocês puderam conhecer até agora, quer seja o acesso ao Si, quer seja à plenitude, como ao que se opôs a vocês, por vezes, desde seu nascimento até o estabelecimento total da paz.

Essa fase final chama-os a uma reversão, preliminar à reversão final.
Não é uma reversão como ocorreu, em várias reprises, pela Passagem da garganta, mas é uma reversão real, ao mesmo tempo, de seus sentidos e, ao mesmo tempo, de sua consciência, no mais profundo do Coração do Coração.
É aqui que vocês encontrarão, ao mesmo tempo, a porta de passagem para estabelecer Cristo, mas, também, para permitir-lhes manifestar o masculino sagrado de que é feita referência nessas Crônicas.

A preliminar é, certamente, o acolhimento.
Viver o feminino sagrado no ato da co-criação consciente é, também, viver o acolhimento incondicional da Luz, no qual nada que vem da experiência, nada que vem do que lhes é conhecido ou adquirido pode interferir, de maneira alguma, nem representar um inconveniente, nem representar qualquer proveito.
É nesse sentido que nós, uns e os outros, temos desenvolvido tudo o que lhes foi desenvolvido durante este período.

Não se esqueçam de que a Luz não penetra mais, agora, unicamente, pelos circuitos que lhes foram descritos, mas em todos os lugares.
Isso pode ocasionar-lhes, como vocês observaram, sentimentos de formigamento que sobrevêm abruptamente, e não mais, exclusivamente, nas Portas ou Estrelas ou nos chacras.
Inumeráveis partes de seu corpo reagem, isso não é devido à circulação da energia vibral no corpo de Existência, mas, unicamente, à transmutação alquímica de seu sangue, pelo impulso Crístico e pelo Princípio Crístico.
Assim, seu sangue desperta.
É isso que pode ocasionar percepções não habituais, em qualquer região de seu corpo.

Há, portanto, agora e doravante, uma difusão da Luz vibral, não mais, unicamente, pelos circuitos habituais que são despertados, mas em cada parcela de seu corpo, a partir das extremidades até os pontos os mais profundos e seus órgãos que, até agora, não davam sensações ou percepções específicas.

Do mesmo modo que lhes foi dado a reencontrar os povos da natureza ou que lhes foi dado a reencontrar os planos multidimensionais no interior de si ou pelo Canal Mariano, do mesmo modo, o Princípio Crístico desvenda-se, agora, na totalidade.
Trata-se, portanto, de uma adequação total com o Apelo de Maria.
Inúmeros de vocês constataram, aqueles que vivem as vibrações, que a ativação das Coroas não depende mais de alguns horários no dia, mas sobrevém de maneira, a priori, aleatória, não importa quando, e não responde mais, necessária nem obrigatoriamente, aos seus alinhamentos e, mesmo, ao apelo da Luz.
Existe, portanto, um processo que eu qualificaria de automático, que se desenrola agora, pelo estabelecimento desse corpo de Existência e seu desvendamento aqui mesmo, na Terra.

Alguns de vocês constataram, aliás, que algumas partes de seu corpo parecem como que desaparecer, como se elas não existissem ou como se vocês não tivessem mais o controle nem a percepção delas.
É o mesmo, é claro, para sua consciência, mas eu creio que isso foi, muito amplamente, desenvolvido.
Eu insisto, quanto a mim, ao que se desenrola na carne e no corpo.

Assim, portanto, o que vocês devem reter dessas manifestações, ou da adequação e dessa reversão de sua própria consciência para a Eternidade, é a fulgurância das manifestações, a multiplicação delas que vem, por vezes, despertar seu mental ou suas emoções.
É nesse sentido que convém desaparecer para si mesmo, para deixar Cristo tomar posse de seu corpo, através do que foi nomeada a Matriz Crística, o Espírito do Sol e o Coro dos Anjos.
É aqui e, unicamente, nesse desaparecimento, que vocês experimentam o Amor incondicional, que não põe distância, nem barreira, nem separação entre vocês e o resto do mundo, e o resto das dimensões.

É, de algum modo, a etapa final, antes de viver a Liberdade ou a Liberação.
Isso pode parecer-lhes, também, por vezes, como mais vivo, no momento de seu despertar pela manhã, quando pode existir um tempo mais ou menos longo, antes de lembrar-se quem você é e onde você está.
Aí, também, isso pode ser difícil para a consciência comum aceitar, se ela está, ainda, presente.
Do mesmo modo, as modificações de sua memória e o desaparecimento dos elementos que, no entanto, podiam mantê-los no coração, não correspondem a uma degeneração de seu cérebro, mas, sim, a um modo de funcionamento profundamente diferente, que os faz aproximar-se, sempre mais, de seu estado de paz eterna e de seu estado de eternidade.

A transmutação desse corpo não visa fazê-los permanecer no que vocês nomeiam a terceira dimensão dissociada, mas, bem mais, preparar o sacrifício do Apelo de Maria e o sacrifício do que nosso Comandante havia chamado, há muito tempo, de modo um pouco humorístico, o planeta grelha.
Isso pode explicar, também, as variações térmicas, as variações de todos os ritmos fisiológicos habituais que vocês conheciam anteriormente, e que lhes pareciam, por vezes, perfeitamente equilibrados assim.
Há, portanto, uma forma de deslocamento de equilíbrio e uma forma de novo equilíbrio a manifestar.
Retenham que esse novo equilíbrio não pode, em caso algum, depender de vocês, de sua compreensão ou de qualquer ajuda exterior, de qualquer natureza que seja.

Isso não quer dizer que seja irremediável, bem ao contrário.
Isso significa, simplesmente, que o conjunto de circunstâncias da Eternidade e da Luz em ação em vocês, pela Graça, pelo Amor, pela Paz, está aí apenas para atrair, de algum modo, sua consciência ao que se desenrola.
Mas não atraindo sua atenção, ao contrário, pedindo para fazer a experiência de ver o que se produz quando vocês se abandonam, realmente, à Inteligência da Luz, ao invés de sua inteligência, sua pessoa ou uma ajuda exterior.

Eu não quero dizer com isso que não seja preciso buscar ajuda exterior, eu lhes esclareço, simplesmente, que a melhor das soluções, hoje, em face de tudo o que pode desenrolar-se na tela de sua consciência, poderá vir, cada vez mais, apenas da Evidência da Luz que se acompanha da transparência, da capacidade para desaparecer, independentemente do que pode, ainda, existir como pensamentos, como sofrimentos ou como emoções.

É, portanto, um convite, pela própria Luz e por Cristo, para desposá-lo, reencontrá-lo e fundir-se Nele, para viver a Alegria na qual nada mais é necessário.
É, portanto, um preâmbulo, se posso dizer, à Liberação, como foi o caso para aqueles que foram liberados vivos, no momento do nascimento da Onda de Vida ou durante todos esses anos que se escoaram.

É aqui que intervém o fato de ficar tranquilo, que os chama a tornar-se, de algum modo, seres contemplativos, que se afogam na Luz, que se afogam no Amor, e permite, então, a todo o resto desaparecer.
Porque só o Amor permanece em pé e só o Amor é Eternidade.
Esse Amor não conhece qualquer laço, qualquer apego, ele é total Liberdade, ele é total expressão e manifestação nesse mundo agora.

É claro, as consequências dessa Luz não são as mesmas, conforme exista uma alma, conforme exista uma alma revertida ou não, conforme a alma esteja em dissolução, ou conforme o Espírito seja revelado, na totalidade.
O que quer que seja, em um caso como no outro, a Luz pede apenas sua rendição e sua aquiescência sem condição à potência do Amor e à Verdade do Amor, diante das quais nenhuma de suas verdades pessoais, ligadas à sua história, às suas provas, às suas experiências, mesmo as mais intensas ao nível místico, pode voltar a pendurar-se ou pode ser explicada.

É, realmente, para seu corpo e para a consciência comum, quando ela não está, ainda, liberada, o desconhecido total.
O que se apressa à sua porta é o Desconhecido.
É o que não pode ser apreendido, o que não pode ser explicado, mas cujos efeitos na consciência são suficientemente evidentes para instá-los, cada vez mais, a não mais estar na luta, não mais estar na busca, não mais estar no observador, não mais estar, tampouco, na refutação, mas, realmente, deixar trabalhar a Luz.

Se a Luz trabalha com facilidade, então, o que quer que se produza como dissabor em sua vida, vocês constatarão, muito facilmente, que o sorriso permanece em seus lábios, que sua alegria permanecerá, de qualquer forma, presente, e que a paz, então, crescerá, cada vez mais, o que faz com que o que se manifesta na tela de sua consciência comum não represente mais qualquer peso nem qualquer densidade.
Vocês não estarão mais fixados, se posso dizer, nas condições e nos quadros habituais da vida na terceira dimensão.
Retenham, aí também, que não se trata de uma fuga ou de uma negação, que se trata de uma aquiescência e de uma rendição à própria Luz e ao próprio Cristo.

Cada um de vocês vive isso com manifestações, como eu disse, muito desiguais e que, no entanto, conduzem, todas, ao mesmo momento, que é o momento coletivo da Terra, o momento do Apelo de Maria.
Entre o Apelo de Maria e o que o Comandante havia chamado o planeta grelha final haverá, simplesmente, a manifestar, nesse mundo, o que vocês são, realmente, sua liberdade, suas escolhas.
Vocês não podem, portanto, hoje, rejeitar o que se desenrola em vocês, quer seja ao nível do corpo e de seu envelhecimento, quer seja ao nível de seus laços e de seus apegos.

A cada dia, a cada minuto, desperto ou não, o conjunto de irmãos e irmãs da Terra encontrar-se-á em face disso, mesmo se não consiga explicá-lo.
Vá para o que não resiste, aceite a Evidência, mesmo se a Luz não é vista, aceite a inevitabilidade de sua condição humana, em suas vertentes as mais densas como as mais leves.

Há, portanto, um mecanismo que se joga hoje, que vai, então, permitir o aparecimento do corpo de Existência, o desvendamento da Luz, na totalidade, a chegada dos sinais celestes, assim como da Confederação Intergaláctica dos Mundos Livres.
É claro e, como sempre, isso se joga, antes de tudo, em vocês.
Vocês não podem, portanto, ao nível do que lhes é dado a ver ou a viver em seu exterior, acusar quem quer que seja ou qualquer circunstância que seja, nem mesmo o acaso.
Tudo, hoje, se posso dizer, está completamente determinado e no determinismo.
E, mesmo se vocês não estão de acordo com o que eu digo, mesmo se protestem, a experiência de sua vida mostrará a vocês, muito rapidamente, a realidade do que eu afirmo.

O tempo é para a Liberdade, ele não é para o livre arbítrio, para a livre escolha.
Resta-lhes acolher o determinismo de sua Luz, qualquer que seja, se posso dizer, sua evolução final após a Liberação efetiva e a Ascensão da Terra.
Isso não quer dizer que as coisas estão congeladas no estado, ao nível de eventuais sofrimentos ou manifestações em suas vidas, que lhes parecem dolorosas, penosas, difíceis, eu quero dizer, simplesmente, com isso, que os meios de luta ou de reação habituais terão cada vez menos curso, o que os obriga, se posso dizer, a reconhecer a Luz e a viver a Graça e sua ação, sua cura e sua transmutação.

Para isso, eu lhes dei as etapas, e outros Anciões e Estrelas explicaram-lhes certo número de coisas, dando-lhes marcadores.
O último marcador, hoje, não é saber porque você tem tal dor na cabeça, porque você tem tal dor articular, mesmo se, é claro, seja sempre possível reencontrar uma causa nesse mundo, em relação à dor, em relação a um sofrimento – ela existirá até o fim – mas bem compreender e bem viver o efeito da Luz e da Graça em tudo o que pode aparecer-lhe como resistente, doloroso ou contrário à Paz.
Você não pode lutar contra, você pode apenas aquiescer à Luz e deixar a Luz ocupar-se do que ela tem a ocupar-se, para manifestar, plenamente, o estado de Graça, não mais, unicamente, em seus espaços interiores de alinhamento ou quando de alguns momentos, mas, sim, de maneira quase permanente.
Alguns de vocês, aliás, e isso foi dito, eu creio, vivem momentos de êxtase totalmente independentes das circunstâncias, totalmente independentes de seus reencontros consigo mesmos, com seus irmãos e irmãs ou com os povos da natureza que alguns de vocês percebem, cada vez mais claramente.

Tudo isso, além da experiência e de aproximá-los do fortalecimento de seu coração é, antes de tudo, permitir-lhes viver, se já não é o caso, o Abandono total à Graça, o Abandono total à Luz, o que foi nomeado, eu creio, «o sacrifício» e, em definitivo, esse sacrifício é, simplesmente, o sacro da Eternidade e o retorno da Luz e da Matriz Crística.
Tudo o que você poderá observar na superfície desse mundo, no conjunto de nossos irmãos e irmãs encarnados, desenrola-se em você.
É, portanto, vão querer julgar, é, portanto, vão querer, agora, transformar-se ou melhorar, é, ao invés disso, tempo de acolher a Luz e dela fazer uma forma de ação de Graça ou de oração perpétua que o alimentará a partir de seu Coração-centro, em cada parte de seu coração, de seu corpo e, também, de sua consciência.

Isso não é um desafio propriamente dito, eu diria, mesmo, que é extremamente simples.
Resta-lhes, de algum modo, deixar cair o conjunto de seus hábitos, não para viver uma anarquia, não para viver a desordem, mas, bem mais, para deixar o ritmo da Inteligência da Luz ritmar sua vida, seu corpo, sua consciência e sua eternidade.
Essa rendição completa à Luz representa não, unicamente, a Fluidez da Unidade, não, unicamente, o acolhimento da Luz-Cristo, na totalidade, mas, sobretudo, a descoberta de sua eternidade, aqui mesmo, na carne, bem além dos simples contatos ou simples vibrações, quer seja com Maria, quer seja com um dragão, um elfo ou consigo mesmo, ou com outro irmão e irmã.

Esse Face a Face, como foi dito, sozinho, é o último momento de solidão, se posso dizer.
É aquele no qual você solta, realmente, o que lhe é conhecido.
Seu corpo é o lugar de experiência disso; quer você tenha vinte anos ou tenha oitenta anos, estritamente, nada muda no processo.
Não é mais fácil, jovem, e mais árduo, idoso, ou o inverso, é o mesmo, exatamente, junto a todo mundo.
É claro, a diferença é, em seguida, flagrante, segundo o que foi nomeada sua atribuição vibral e sua co-criação consciente.

O masculino sagrado é assim.
Ele não é a emanação, ele não é a Fonte, mas é a manifestação.
Acoplado ao feminino sagrado, vocês sabem, isso se junta à Androginia Primordial.
É o momento no qual tudo o que estava, ainda, vivo e presente em você, e concernente ao efêmero, não tem mais papel, não tem mais função e não tem mais qualquer interesse.
Isso não o desinteressará pela vida, bem ao contrário, e tornará você ainda mais vivo, se posso dizer, ainda mais alegre, ainda mais leve.
Os únicos momentos de peso que você pode experimentar, quer seja em uma patologia, no envelhecimento do corpo, nas cicatrizes afetivas ou emocionais ainda não eliminadas, nada são.
Mesmo se elas sejam cada vez mais sensíveis à sua consciência comum, reconheça e tente deixar a Luz trabalhar, deixe desenrolar-se, deixe Cristo, deixe Miguel chegar até você e emergir de seu corpo e de sua consciência profunda, como isso acontece em seu céu e nessa Terra.

Essa é a garantia de sua adequação à Eternidade, essa é a garantia da manifestação integral do Amor incondicionado na superfície desse mundo.
A Inteligência da Luz não tem necessidade de sua pessoa, a Inteligência da Luz não tem necessidade de suas reflexões, ela não tem necessidade de seu mental nem de suas emoções, ela não tem necessidade de reproduzir rituais quotidianos; ela se adapta, cada vez mais, ao que pode produzir-se.
Na espontaneidade, na inocência e na Infância é, exatamente, o que se produz.
Tudo se torna evidente, tudo se torna fácil, mesmo se há traumatismo, mesmo se há dor.

A transcendência e a transmutação alquímica é, exatamente, o que se vive em cada um de vocês.
E, é claro, o resultado aparente não é o mesmo, em função do que eu disse, mas a finalidade última é, exatamente, a mesma para cada um.
Eu não voltarei nisso, isso é, diretamente, ligado ao Juramento, à Promessa e a tudo o que lhes foi desvendado há numerosos anos.

É tempo, agora, de passar à prática.
Não mais, unicamente, uma prática vibratória ou uma prática energética ou de consciência, mas uma prática quotidiana e permanente, a cada sopro, a cada vez que você reencontra algo, a cada vez que você reencontre alguém, a cada vez que você se reencontre a si mesmo.
Se você dá o primeiro passo, então, a Luz dará dez passos.
Progressivamente e à medida que você solta o que ainda segura aqui embaixo, progressivamente, você perceberá a Luz em manifestação, em sua vida nesse mundo.

Para isso é preciso, já, abandonar a ideia de que a Luz vai poder curar o que você quiser.
A Luz cura o que ela quer e não o que sua pessoa tenha decidido.
É ao aceitar esse princípio que você verá o que o incomoda desaparecer, de algum modo, automaticamente, do campo de sua consciência.
Mesmo se isso não tenha desaparecido do corpo, mesmo se o sofrimento esteja, ainda, presente, ele não será mais vivido da mesma maneira, porque a precedência da Luz será tal, que não poderá mais haver ambiguidade quanto ao que se desenrola em você.

Assim se estabelece a paz eterna, assim se limpa a Casa para manter a Morada limpa para acolher Cristo.
É seu desaparecimento, agora, que é cada vez mais chamado pela própria Luz.
Alguns de vocês podem, aliás, viver os inconvenientes disso, como foi explicado, quer sejam os esquecimentos, as perdas de memória, a perda de marcador de identidade, a perda de marcador espacial ou temporal.
Mesmo se isso possa ser desconcertante nesse mundo, para aqueles que têm, ainda, uma vida muito ativa, ou implicados no fato de criar filhos, no fato de ocupar-se de pais, todas as atividades que, até aí, podiam, ainda, fazer-se de maneira natural e moral, se posso dizer, desaparecem.
Porque a Luz, como eu disse, não faz mais, agora, na meia medida.
Ela os quer inteiramente, porque não há mais tempos reduzidos, não há mais esperança a observar, mas, simplesmente, viver a Liberação que está em curso e a Ascensão da Terra.

Há, em cada um de vocês, essa possibilidade.
O que quer que você seja, o que quer que você pense ser, em qualquer lugar que você se situe, a Luz tem poderes, agora, de transmutação.
Essa transmutação é alquímica.
Ela concerne, como eu disse, tanto ao seu DNA como à totalidade de suas células, e supera, amplamente, o âmbito dos processos vibratórios de estabelecimento do corpo de Existência ou de eternidade.
É a consciência comum e o corpo de carne que vivem, agora, os efeitos disso, e isso corresponde, totalmente, ao desaparecimento total das camadas de isolamento ou franjas de interferência que impediam, até agora, de viver, eu diria, o concreto físico, material da Luz.

Sua matéria, seu corpo ilumina-se do interior.
Isso se produz a cada minuto, quer você tenha consciência disso ou não.
É claro, aqueles de vocês que percebem as energias, que percebem as vibrações têm, talvez, uma acuidade maior disso, mas não é o mesmo em cada um, mesmo sem o sentir vibratório, e, agora, mesmo sem a ativação das Coroas radiantes, mesmo sem a presença do canto da alma e mesmo sem Canal Mariano, mesmo sem ter vivido a mínima percepção multidimensional.
O teatro das operações, se posso dizer, é, agora, o corpo físico.

Do mesmo modo que Miguel trabalha em seus céus, ele trabalha em você, para acelerar e facilitar sua Liberdade e sua Liberação, eu repito, qualquer que seja seu destino nas Moradas do Pai.
Reconhecer isso, aquiescer a isso é, verdadeiramente, mostrar a si mesmo e à sua consciência que vocês são os dignos filhos do Um, os dignos filhos que cumpriram a totalidade do que havia a realizar nessa última vida na Terra, em todo caso, nessa dimensão.

Progressivamente e à medida que você aquiescer a isso, constatará que não, unicamente, a paz cresce, mas, também, a paz do corpo, quaisquer que sejam seus sofrimentos, quaisquer que sejam suas manifestações.
Sua consciência não estará mais, e cada vez menos facilmente, presa ao corpo, o que não quer dizer que você fugirá desse corpo, bem ao contrário, isso quer dizer que você estará, simplesmente, em adequação com o Espírito do Sol, com o Coro dos Anjos e com sua própria eternidade.

O Comandante, parece-me, há pouco tempo, insistiu sobre as modificações fisiológicas e,em especial, de seu modo alimentar.
Ele disse que, cada vez mais, você pode ser nutrido pela Luz.
Isso é absolutamente verdadeiro.
Alguns de vocês vivem-no e, outros, não, mas, a um dado momento, isso se tornará evidente.
Isso não é, absolutamente, uma privação ou uma desordem, mas participa, pela Inteligência da Luz, de sua vivência nos momentos de estase, na qual nenhuma necessidade fisiológica poderá, se posso dizer, perturbar a revelação do Juramento e da Promessa, na totalidade.
Cabe, portanto, de algum modo, apenas a você, hoje, aquiescer e dizer «sim» à totalidade da Luz, eu repito, qualquer que seja o preço, para a pessoa, a pagar, porque não há ninguém a retribuir, se não é recuperar sua eternidade, que sempre esteve aí agora.

Essa etapa é uma etapa que pode, efetivamente, ser agitada, sobretudo, para aqueles de vocês que permanecem, por obrigação social ou moral, ou afetiva, restritos em formas de confinamento.
A Liberdade poderá ser vivida, agora e doravante, mesmo nessas circunstâncias que você pode viver como confinantes.
Você compreenderá, naquele momento, que a verdadeira Liberdade não está no fato de deixar isso ou aquilo, mas, sim, encontrar-se a si mesmo, na totalidade.
Aí está a Inteligência da Luz e da Graça, o que quer que possa dizer o que pode restar de pessoa, de emoções, de afetos ou de dores no corpo.

Isso corresponde, inteiramente, também, ao que foi explicado a propósito da Leveza, da Benevolência, da Transparência, do que eu mesmo pude dizer-lhes sobre a humildade e a pequenez, sobre o Caminho da Infância.
Todas essas coisas que, até agora, podiam, talvez, por vezes ainda, independentemente da vibração, parecer bastante longe de sua vivência, que se realizam, hoje, em você.
Assim, portanto, você tem os marcadores, cabe, portanto, apenas a você relaxar os últimos elementos que lhe parecem não resilientes, que lhe parecem fazer obstáculo à sua eternidade.

Retenha que você não pode mais modificar, por uma ajuda exterior, tudo isso.
É claro, a autocura é, sempre, possível, e nossa ajuda lhe é, sempre, adquirida, mais do que nunca.
Mas mesmo nossa ajuda, quando ela se manifesta, será apenas um impulso e uma injunção a sempre voltar-se, ainda mais, para o Coração do Coração.
E é para isso que nós continuamos a agir, de diferentes modos, quando você nos chama.
Mesmo se isso não pareça ser eficaz, por exemplo, sobre uma dor, você constatará que o modo de ação faz-se, então, diretamente, pela consciência iluminada, sem qualquer intervenção de sua parte.
A capacidade de superação e de transcendência não é mais ligada a um aporte de Luz.
Quer eles venham do céu, quer venham da Terra, quer venham de Sírius, quer venham da Fonte, quer venham do Sol, quer venham de um irmão ou de uma irmã, quer venham dos povos da natureza, eles estão aí, agora, ao mesmo tempo para ajudá-lo, mas, sobretudo, para permitir-lhe estabilizar a Eternidade e deixar, enfim, Cristo ser o que você é.

Retenha que cada ocasião e cada circunstância serão cada vez mais afinadas e aguçadas para levá-lo ao Coração do Coração.
Quaisquer que sejam as aparências, quaisquer que sejam seus sentires em relação a tal sofrimento ou tal dor, não pare nisso.
Deixe a Paz, deixe a Alegria, deixe Cristo, deixe trabalhar o que deve trabalhar.
Você não terá, mesmo, mais o tempo, mais frequentemente, se você está nessa aquiescência, de pedir, conscientemente, uma ajuda ou uma cura.
Ela se produzirá, a partir do instante em que você se inclinar à sua eternidade, de um modo ou de outro.
Quer seja por um alinhamento, quer seja por uma oração, por uma meditação, por uma ajuda exterior, mesmo de seu mundo na carne ou mesmo dos povos da natureza ou, ainda, dos povos invisíveis dos planos multidimensionais.

Tudo o convida, em definitivo, ao Face a Face, sozinho, para conscientizar-se e viver que você, em definitivo, jamais esteve só, e viver, em definitivo, que o conjunto da Criação desenrola-se em você e em sua consciência, o que o faz perceber o que nossos irmãos orientais e nossas irmãs orientais dizem, há tanto tempo, concernente a esse mundo e sua existência: que é Ilusão, que é Maya.
E, no entanto, para muitos de vocês ainda, até hoje, essa é a única realidade que lhes era acessível, e que lhes era visível e concebível.

O que acontece, hoje, é totalmente inconcebível, mesmo se você tenha se conscientizado, mesmo se você tenha esperado, mesmo se tenha temido.
Ninguém conhece a data, isso você sabe, mas a data é agora.
Não há, jamais, que esperar o que quer que seja ou quem quer que seja.
Sua vida, aliás, tornar-se-á uma forma de Devoção permanente, como foi explicado há pouco tempo, concernente ao yoga da Devoção.
A Devoção à Luz é um ato de desaparecimento na Luz, é um ato de amor que a pessoa pode qualificar de intenso ou de louco – porque o Amor é louco em relação aos critérios da razão, em relação aos critérios desse mundo – que o faz descobrir o que é a verdadeira Vida, não a vida entre o nascimento e a morte, mas a Vida em Cristo ou a vida eterna.

Ao realizar isso, ao dar o primeiro passo para isso, pela experiência de sua própria vida, pela experiência de seu corpo, pela experiência dos medos residuais, você constatará, com cada vez mais evidência, que essa é a única verdade.
Que não pode existir outras sobreposições de verdade, que não pode existir meios de proteger-se, de precaver-se ou de mudar o que quer que seja no que é.

Isso representará uma derrota total para a pessoa e suas crenças, mas uma vitória incrível para o que você é, em verdade.
As duas estão aí, o que explica, também, seu vai e vem, suas flutuações, que não são mais ligadas ao orgulho ou o ego espiritual, que não são mais ligadas a erros, que não são mais ligadas aos seus jogos de consciência, mas que é, intimamente, ligado e causado pela Inteligência da Luz e da Graça.
Aceitar e reconhecer isso é dar o último passo que o separa da Liberação.

Assim é a Graça da Luz nesses tempos específicos.
Cabe a você reconhecer-se, a você dar esse último passo.
As graças, então, abundarão, bem mais do que aquelas que você pôde viver até agora, na melhoria ou na sedação, ou no desaparecimento de um problema, qualquer que seja.
Cristo, aliás, já havia dito: «Entregue-lhe todos os seus pecados, todas as suas fraquezas.».
Aí está a prova não da submissão à Luz, mas da verdadeira Liberdade reencontrada.
É claro, a pessoa chamará a isso, sempre, uma submissão ou uma perda do livre arbítrio, mas não é nada disso.

Hoje, você está em face do determinismo total da Luz e do respeito de sua Liberdade essencial como alma e como consciência.
Ver isso é ver a Verdade nua.
Ver isso e vivê-lo é tornar-se Cristo, sem limite, sem pretensão e sem vontade pessoal.
Aí se encontra a fonte real, concreta e objetiva de todos os recursos, de todo bem-estar e da Verdade.
É disso que você não poderá, jamais, escapar, e cada vez menos, a cada dia que passa, a cada hora que passa, nos tempos finais da Terra que conta seu calendário.

Existem, é claro, outras coisas concernentes à Terra e à Água como Elementos, mas eu deixarei os dois Melquisedeques seguintes exprimirem-se em relação a isso.
Foi-me dado, entretanto, um pouco de tempo, em termos terrestres, para responder às questões, não pessoais e individuais, mas, bem mais, em relação com o processo coletivo que eu acabo de desenvolver para vocês, segundo meu ponto de vista.

… Silêncio…

Questão: o próximo ano será o trigésimo terceiro ano depois do início da emissão do Ultravioleta, em 1984.
Você, que é tão próximo de Cristo, o número 33 fala-lhe, haveria um símbolo aí?

Bem amado, o que você nomeia o símbolo, a lógica do símbolo corresponde, tipicamente, às forças Luciferianas.
O Amor não se embaraça com isso.
O Amor é direto e espontâneo, ele não recorre a qualquer lógica, a qualquer símbolo, a qualquer razão.
Você não poderá, jamais, desaparecer assim.
Abandone os símbolos, ninguém conhece a data.
Querer contar em número, mesmo se os números sejam e continuem importantes, nada têm a ver com o Amor nem com a Liberdade e, ainda menos, com a Liberação.

Você pode jogar com os números, isso se chama a numerologia, aliás, que dá esclarecimentos, por vezes, para a personalidade ou para a alma, mas que, estritamente, nada tem a ver com a Liberdade.
A Liberdade não pode obstruir-se com datas, eventos ou aniversários, mesmo se, é claro, vocês tenham, todos, observado que existem, desde sempre, na Terra, momentos nos quais as energias, se posso dizer, sejam mais fortes ou mais presentes, em períodos muito conhecidos, quer sejam ligados aos ciclos naturais ou a festas ditas religiosas, mas nada de tudo isso é a Liberdade.
Não é mais tempo, portanto, de calcular em tempo, em horas, em dias, em anos, nem, mesmo, de referir-se à do existente.
Você deve, mesmo, em seu determinismo de Luz, abandonar tudo isso.
Voltar a tornar-se como uma criança é aceitar o instante presente.
Enquanto há reflexão sobre um evento, qualquer que seja, enquanto há uma interrogação em você, se isso não é visto, isso corresponde apenas a uma continuação de elementos que dissociam e separam desse mundo.

O Amor não tem necessidade de símbolos, o Amor não tem necessidade de ser contado ou descontado, ele é eterno.
Você não tem mais necessidade de apoiar-se, como foi o caso para inúmeros de vocês, nessas ferramentas.
O Espírito é livre, o Espírito não conta, o Espírito não conhece, mesmo, a data nem de hoje nem do próximo ano, nem, mesmo, das Núpcias Celestes.

Essa mudança de paradigma, essa transubstanciação que se produz não pode mais estar presa ao que quer que seja.
Aí está a espontaneidade da Luz e de sua Liberdade.
Querer prender-se, tranquilizar-se com o conhecido, com o existente, com os elementos desse mundo, agora, estritamente, a nada mais lhe serve, como você vai constatar, se já não foi feito.
Quanto mais você procurar prender-se, manter-se em uma história, em um símbolo, em aquisições energéticas ou vibratórias, mais você resiste.

Apreenda bem que a Luz mostra-lhe, agora, se posso dizer, seus últimos desvios, seus últimos erros, que não são de sua responsabilidade, nem, mesmo, do confinamento, nem de outra pessoa, mas que são puramente conjunturais às condições de sua vida nessa Terra.
É o momento no qual é preciso, agora, soltar tudo o que você pensa segurar porque, o que quer que você pense segurar, o que quer que você pense, ainda, segurar, é isso que lhe tampa a visão interior.
É o mental que procura, como sempre, prender-se a uma energia, a um símbolo, a uma história.
O Amor é livre.
Ele nada tem a ver com histórias e, ainda menos, com símbolos.
O Último esclareceu-lhes, há pouco tempo, além de toda entidade consciente, que ele era, ao mesmo tempo, o símbolo e o diabólico.
Ele está, portanto, além disso.
A Vida é livre.
A Inteligência da Luz é confiança, ela não será, jamais, lógica ou explicação.

Nas expressões populares, quando você diz «compreender», quando você diz «apreender», isso mostra bem que você não é livre.

Você não está mais nos tempos dos inícios, se posso dizer, do aparecimento do Espírito Santo, como você fez referência, em 1984.
Você não está mais, tampouco, no período das Núpcias Celestes.
No tempo que foi atribuído pela Graça da Luz, entre 2011 e hoje, tudo isso foi refinado, o que permitiu a um número sempre maior de irmãos e de irmãs encarnados aproximar-se da Liberação.
A Luz vem perguntar-lhe, como o fez Cristo: «Você está pronto para morrer?», «Você está pronto para deixar os mortos enterrarem os mortos?», «Levante-se e siga-me.».
«Siga-me» não quer dizer seguir uma pessoa, uma ideia.
A Luz não demanda qualquer outra adesão do que ser, você mesmo, Cristo.

Aquele que vive o Amor, e que não experimenta, unicamente, o Amor por momentos, deixa tudo acontecer.
Isso não quer dizer que ele não é capaz de reações, isso quer dizer que ele colocou o Amor à frente e que ele espera, sempre, ver o que a Luz quer dele, no que lhe é proposto a viver.
Aí está a última rendição.
É uma rendição sem condição, é por isso que foi chamado um sacrifício.
Isso foi ilustrado por certo número de etapas que poderiam, hoje, chamar-se «a Crucificação», que sobrevém pouco antes da Ressurreição.
Enquanto você não tenha perdido todas as suas ilusões, todos os seus conhecimentos, tudo a que você segura, você não é livre.
Permanecerá, sempre, em você, a necessidade de precaver-se, em uma pessoa que, tendo visto a Luz, não pode viver a Liberdade.
Eu o tranquilizo, contudo, porque a Liberdade já lhe é adquirida, mas em um desenrolar temporal que não é, exatamente, o mesmo para cada um de vocês.

Como foi dito, de outro lado, pelo próprio Comandante, a aproximação de Hercobulus faz-se em função do que é encontrado em sua rota, o que quer dizer uma velocidade variável, o que quer dizer um deslocamento que não obedece, absolutamente, às leis habituais da física.
É a ultrafísica que se manifesta agora.
A Luz nada tem a ver com o que é efêmero.
Nos mundos multidimensionais, mesmo se um determinado corpo possa ser perecível, o corpo de eternidade, o corpo de Existência é eterno.
Não há, portanto, as mesmas consequências que para vocês, nesse mundo no qual vocês foram privados de sua filiação.
Há apenas despertar dela, conscientização dela, e Abandono ou não à Luz.

A tela de sua consciência, nesse Face a Face e sozinho, dar-lhe-á a ver, cada vez mais claramente, os elementos em presença, se posso dizer, para que você tenha o sorriso de si mesmo em seus desvios e em suas infantilidades, que o impediam de serem crianças.

O masculino sagrado, como foi dito, é a emanação da Luz em um sentido interior-exterior.
Mas foi dito, também, que não havia nem interior nem exterior.
Há, portanto, um movimento de ir e de retorno, do mesmo modo que o Espírito Santo desceu até os seus pés e que a Onda de Vida subiu.
Há um movimento de ir e de retorno, de algum modo, até que você visse que não há nem ir nem retorno.

… Silêncio…

Nesse desaparecimento, aliás, do interior e do exterior, ou, em todo caso, da barreira ou do limite que lhe parece existir, ainda, entre sua pessoa e o mundo, dizer-lhe que o mundo está no interior não basta para vivê-lo, enquanto você mesmo não foi à manifestação de sua Luz, na totalidade, no exterior desse mundo.
É esse movimento de retorno, de algum modo, ou de exteriorização, que põe fim ao próprio movimento na Morada de Paz Suprema.

… Silêncio…

Questão: as reversões sucessivas que você chamou de tournicoti-tournicota podem ser muito rápidas ou são, ao contrário, coisas muito mais lentas e globais?

Elas se tornarão, para a maioria de vocês, cada vez mais rápidas, cada vez mais fulgurantes.
É o mesmo para as dores que podem aparecer, ou os formigamentos, ou os calores que podem aparecer abruptamente.
Se lhe parece ser afetado por um elemento contrário à Luz, lembre-se de que é, sempre, um convite não para julgar-se nem para acusar quem quer que seja, mas para, ainda mais, deixar a Inteligência da Luz emergir.
Aí está o papel do masculino sagrado.

Então, era evidente que, ao ser banhado no masculino patriarcal, com todas as implicações, quer seja na sexualidade, nas profissões e na ordem de precedência, é evidente que isso não pode apagar-se, a menos de ser liberado totalmente.
Isso se apagará apenas pela Graça da Luz e, nesses casos em que há resistência, então, pode parecer-lhe não estar, absolutamente, na fulgurância, mas, bem ao contrário, em algo que o perturba, cada vez mais, e que você vê com cada vez mais acuidade.
Aí também, mesmo se você não o perceba ainda, é um convite da Luz para essa rendição total.
Não há que procurar outra coisa que não isso, quaisquer que sejam as causas, quaisquer que sejam os prós e os contras.

… Silêncio…

Questão: você disse, no início de sua intervenção, que alguns de nós tinham uma missão específica.
Você pode desenvolver?

A única missão que vocês têm, quaisquer que sejam seus papéis passados, quaisquer que sejam suas funções atuais e qualquer que seja sua evolução é, sempre, a mesma, para cada um de vocês: acolher Cristo.
Não há outra.
É claro, para alguns de vocês, a revelação das linhagens, por exemplo, pode fazer-se.
Para alguns de vocês, certo número de processos vibratórios pode pôr-se em movimento.
Mas retenha, além de todas as emergências e manifestações, que a única finalidade última, mesmo se sua evolução seja diferente, não se tem à sua missão, mas ao acolhimento do que se desenrola.
Sua certeza pode vir apenas daí.

Questão: em relação com a Nova Eucaristia e o acolhimento de Cristo em nosso coração, você falou de uma transformação de nosso sangue.
Você pode desenvolver?

Bem amado, isso é reservado a um alquimista célebre que vem encontrá-los.
Tudo o que concerne ao significado da alquimia ou da transubstanciação, a passagem do conhecido ao Desconhecido será precisado por nosso alquimista, se posso dizer.

… Silêncio…

Questão: o que será dos outros «nós mesmos», estando em universos paralelos ou em outras dimensões?

Isso será diferente, em função das diferentes possibilidades que podem manifestar-se em sua evolução.
As dimensões paralelas e as vidas paralelas ao nível dos ciclos temporais não terão mais lugar de existir, elas desaparecerão ao mesmo tempo.
No que concerne aos aspectos multidimensionais, isso se junta ao que já lhes foi explicado, concernente à sua morada de Eternidade, na qual não há diferença entre tal ou tal dimensão, tal ou tal forma e com o Absoluto.
A Liberdade será efetiva.

Ainda uma vez, não há resposta pronta, uma vez que é um caso específico a cada vez, mas que estará em acordo total com sua evolução e com sua manifestação, nestes tempos específicos da Terra.

… Silêncio…

Questão: você pode ajudar-nos a afinar nossa compreensão da vontade de bem, o bem, a Benevolência, o perdão?

Tudo o que lhes foi desenvolvido durante essas Crônicas dos Melquisedeques e antes, hoje, o único laço, é o sacrifício.
Voltar a tornar-se Um, voltar a tornar-se Cristo, e a Benevolência será espontânea.
A Benevolência não é a vontade de bem.
Ela não depende de qualquer vontade, ela depende apenas do estado de seu coração.
Porque se seu coração ressoa a Cristo, se Cristo está em você, se a Coroa radiante funciona, a Benevolência é seu natural.
Não há mesmo mais necessidade do que lhes foi especificado como intenção.
A única intenção é a Luz e o Amor, não existe qualquer outra, e em cada circunstância de sua vida, como em cada evento de sua vida, só isso está na dianteira da cena.
Assim é a Graça.

Mas retenha que a Graça não é feita para satisfazer sua pessoa, mas para satisfazer a Eternidade que você é – para fazer desaparecer a pessoa.
É, efetivamente, o processo de dissolução ou de transubstanciação que está no trabalho, e em sua fase final.

… Silêncio…

Questão: sentir a Cruz no interior do corpo, a partir do início de sua intervenção, é ligado a essa noção de sacrifício ou de reencontro do masculino e do feminino sagrados?

Minha Presença, efetivamente, encontra-se cada vez mais em vocês, e essa percepção é ligada a Cristo, não, unicamente, à minha Presença ou à sua Presença, porque, quando nós nos reunimos pelo coração, então, Cristo está presente.
E, nessa fase específica, Cristo vem perguntar se você quer desposá-lo, como isso foi explicado.
Simplesmente, agora, não é mais, simplesmente, um ato de consciência para alguns, mas isso se inscreve na carne, no corpo.
Isso poderia ser chamado de estigmas invisíveis e, no entanto, bem reais.

E, quanto mais eu fico aí, com vocês, mais vocês ficam a ler-me e a fazer o Silêncio, mais esse gênero de manifestação pode acontecer.

… Silêncio…

Irmãs e irmãos na Terra, é, talvez, tempo, agora, que eu entre em seu coração.
Eu lhes digo até breve.

Acolham todo o Amor incondicionado que é seu e que é meu, e que é o que nós somos.
Esse é meu modo, neste dia, de saudá-los e de reconhecê-los.

… Silêncio…

Até breve.

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(*) Ndr: as duas espécies são o corpo e o sangue de Cristo, representados, quando das missas católicas, pelo pão e o vinho.

6 comentários:

  1. "...O que se apressa à sua porta é o Desconhecido.
    É o que não pode ser apreendido, o que não pode ser explicado, mas cujos efeitos na consciência são suficientemente evidentes para instá-los, cada vez mais, a não mais estar na luta, não mais estar na busca, não mais estar no observador, não mais estar, tampouco, na refutação, mas, realmente, deixar trabalhar a Luz.
    Se a Luz trabalha com facilidade, então, o que quer que se produza como dissabor em sua vida, vocês constatarão, muito facilmente, que o sorriso permanece em seus lábios, que sua alegria permanecerá, de qualquer forma, presente, e que a paz, então, crescerá, cada vez mais, o que faz com que o que se manifesta na tela de sua consciência comum não represente mais qualquer peso nem qualquer densidade.
    Vocês não estarão mais fixados, se posso dizer, nas condições e nos quadros habituais da vida na terceira dimensão.
    Retenham, aí também, que não se trata de uma fuga ou de uma negação, que se trata de uma aquiescência e de uma rendição à própria Luz e ao próprio Cristo.
    Cada um de vocês vive isso com manifestações, como eu disse, muito desiguais e que, no entanto, conduzem, todas, ao mesmo momento, que é o momento coletivo da Terra, o momento do Apelo de Maria.
    Entre o Apelo de Maria e o que o Comandante havia chamado o planeta grela final haverá, simplesmente, a manifestar, nesse mundo, o que vocês são, realmente, sua liberdade, suas escolhas..."

    Quanta alegria, quanta gratidão e sobretudo quanta convicção de que o Amor se faz presente em tudo e em todos pela manifestação da Inteligência da Luz e da Ação da Graça...
    Estejamos em Paz e "prontos"...
    Que nossa "casa" esteja limpa para receber/acolher "Aquele que vem como um ladrão na noite..."
    Que possamos Acolhê-LO na Unidade e na Verdade, vivendo a nossa Eternidade e abandonando-nos inteiramente a Essa Luz...

    Gratidão e Amor a TODOS os queridos Intervenientes!!!
    Gratidão, respeito e reconhecimento ao trabalho dessa nossa amorosa e incansável irmã Doadora de si mesma, sempre Célia G.!

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  2. Nessa fase precisa da alquimia, tudo o que se produzir em vocês, em seu corpo como em sua vida, é apenas a adequação total, para permitir o desaparecimento do efêmero.

    Cada vez mais, vocês constatarão que a personalidade, e seus conhecimentos concernentes à sua pessoa (e, mesmo, os planos sutis), tem cada vez menos interesse.

    Não se esqueçam de que o Desconhecido substitui o conhecido, que nada do que é desconhecido pode aparecer-lhes enquanto vocês não são transparentes.

    A injunção da Luz, hoje, é, simplesmente, restituí-los a si mesmos.

    O antigo morre para deixar o lugar ao novo.

    Essa fase final chama-os a uma reversão, preliminar à reversão final.

    Não se esqueçam de que a Luz não penetra mais, agora, unicamente, pelos circuitos que lhes foram descritos, mas em todos os lugares.

    Inumeráveis partes de seu corpo reagem, isso não é devido à circulação da energia vibral no corpo de Existência, mas, unicamente, à transmutação alquímica de seu sangue, pelo impulso Crístico e pelo Princípio Crístico. Assim, seu sangue desperta.

    Retenham que esse novo equilíbrio não pode, em caso algum, depender de vocês, de sua compreensão ou de qualquer ajuda exterior, de qualquer natureza que seja.

    O que se apressa à sua porta é o Desconhecido.
    Retenham, aí também, que não se trata de uma fuga ou de uma negação, que se trata de uma aquiescência e de uma rendição à própria Luz e ao próprio Cristo.

    Há, portanto, um mecanismo que se joga hoje, que vai, então, permitir o aparecimento do corpo de Existência, o desvendamento da Luz, na totalidade, a chegada dos sinais celestes, assim como da Confederação Intergaláctica dos Mundos Livres.

    Tudo, hoje, se posso dizer, está completamente determinado e no determinismo.

    Resta-lhes, de algum modo, deixar cair o conjunto de seus hábitos, não para viver uma anarquia, não para viver a desordem, mas, bem mais, para deixar o ritmo da Inteligência da Luz ritmar sua vida, seu corpo, sua consciência e sua eternidade.

    Para isso é preciso, já, abandonar a ideia de que a Luz vai poder curar o que você quiser. A Luz cura o que ela quer e não o que sua pessoa tenha decidido.

    Porque a Luz, como eu disse, não faz mais, agora, na meia medida. Ela os quer inteiramente, porque não há mais tempos reduzidos, não há mais esperança a observar, mas, simplesmente, viver a Liberação que está em curso e a Ascensão da Terra.

    Sua matéria, seu corpo ilumina-se do interior. Isso se produz a cada minuto, quer você tenha consciência disso ou não.

    O teatro das operações, se posso dizer, é, agora, o corpo físico.

    Do mesmo modo que Miguel trabalha em seus céus, ele trabalha em você, para acelerar e facilitar sua Liberdade e sua Liberação, eu repito, qualquer que seja seu destino nas Moradas do Pai.

    Ninguém conhece a data, isso você sabe, mas a data é agora.

    A Devoção à Luz é um ato de desaparecimento na Luz, é um ato de amor que a pessoa pode qualificar de intenso ou de louco – porque o Amor é louco em relação aos critérios da razão, em relação aos critérios desse mundo – que o faz descobrir o que é a verdadeira Vida, não a vida entre o nascimento e a morte, mas a Vida em Cristo ou a vida eterna.

    É claro, a pessoa chamará a isso, sempre, uma submissão ou uma perda do livre arbítrio, mas não é nada disso.

    O Amor não tem necessidade de símbolos, o Amor não tem necessidade de ser contado ou descontado, ele é eterno.

    É o momento no qual é preciso, agora, soltar tudo o que você pensa segurar porque, o que quer que você pense segurar, o que quer que você pense, ainda, segurar, é isso que lhe tampa a visão interior.

    Aquele que vive o Amor, e que não experimenta, unicamente, o Amor por momentos, deixa tudo acontecer.

    Enquanto você não tenha perdido todas as suas ilusões, todos os seus conhecimentos, tudo a que você segura, você não é livre.

    Há um movimento de ir e de retorno, de algum modo, até que você visse que não há nem ir nem retorno.

    Mas retenha que a Graça não é feita para satisfazer sua pessoa, mas para satisfazer a Eternidade que você é – para fazer desaparecer a pessoa.

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  3. "Tudo isso, vocês sabem, corresponde à irrupção da Luz visível nesse mundo e, também, à transmutação de sua consciência, assim como, é claro, à sobreposição e à justaposição de seu corpo de eternidade aqui mesmo, em suas estruturas efêmeras."

    "Eu vou, ao invés disso, insistir, hoje, sobre os mecanismos que podem, ainda, desenrolar-se em vocês, nesse momento mesmo, e que dão conta dessa transmutação, da passagem do efêmero à Eternidade, antes, mesmo, da resolução final da Ascensão da Terra."

    “Nessa fase precisa da alquimia, tudo o que se produzir em vocês, em seu corpo como em sua vida, é apenas a adequação total, para permitir o desaparecimento do efêmero."

    “Cada vez mais, vocês constatarão que a personalidade, e seus conhecimentos concernentes à sua pessoa (e, mesmo, os planos sutis), tem cada vez menos interesse.”

    “A Luz quer vocês inteiramente. Ela lhes propõe o retorno à sua eternidade, agora e já, e de modo cada vez mais extensível e coletivo.”

    “Assim, portanto, não é tempo de procurar, agora, resolver, mas, bem mais, colocar-se na situação daquele que aquiesce e que acolhe a Luz com a mesma equanimidade, o mesmo equilíbrio, qualquer que seja a manifestação disso.”

    “O princípio da luta, tal como vocês o conheceram em suas vidas e que nós todos conhecemos, entre o bem e o mal, entre os antagonismos, entre as obrigações, cede o passo, cada vez mais, à lei de Graça, à lei do Amor e à lei de Um.”

    “É nesse sentido que convém desaparecer para si mesmo, para deixar Cristo tomar posse de seu corpo, através do que foi nomeada a Matriz Crística, o Espírito do Sol e o Coro dos Anjos.”

    “A transmutação desse corpo não visa fazê-los permanecer no que vocês nomeiam a terceira dimensão dissociada, mas, bem mais, preparar o sacrifício do Apelo de Maria e o sacrifício do que nosso Comandante havia chamado, há muito tempo, de modo um pouco humorístico, o planeta grelha.

    “Há, portanto, uma forma de deslocamento de equilíbrio e uma forma de novo equilíbrio a manifestar.”

    “Isso significa, simplesmente, que o conjunto de circunstâncias da Eternidade e da Luz em ação em vocês, pela Graça, pelo Amor, pela Paz, está aí apenas para atrair, de algum modo, sua consciência ao que se desenrola.”

    “É, portanto, um convite, pela própria Luz e por Cristo, para desposá-lo, reencontrá-lo e fundir-se Nele, para viver a Alegria na qual nada mais é necessário.”

    “É aqui que intervém o fato de ficar tranquilo, que os chama a tornar-se, de algum modo, seres contemplativos, que se afogam na Luz, que se afogam no Amor, e permite, então, a todo o resto desaparecer.”

    “Não há melhor modo, hoje, do que não mais ser afetado pelo que vem do efêmero, quer seja seu próprio corpo em plena transmutação, quer sejam suas relações ou quer seja o que, até agora, fazia o essencial de suas vidas, de seus interesses, de suas paixões, de suas buscas.”

    “Esses elementos a soltar não são, como foi dito, resistências, mas, bem mais, elementos que não foram, ainda, suficientemente iluminados pela Eternidade.”

    ... “A Luz pede apenas sua rendição e sua aquiescência sem condição à potência do Amor e à Verdade do Amor,”...

    O que se apressa à sua porta é o Desconhecido.””

    “Cada um de vocês vive isso com manifestações, como eu disse, muito desiguais e que, no entanto, conduzem, todas, ao mesmo momento, que é o momento coletivo da Terra, o momento do Apelo de Maria.”

    “O tempo é para a Liberdade, ele não é para o livre arbítrio, para a livre escolha.”

    ... “ Que os meios de luta ou de reação habituais terão cada vez menos curso, o que os obriga, se posso dizer, a reconhecer a Luz e a viver a Graça e sua ação, sua cura e sua transmutação.”

    “É, portanto, vão querer julgar, é, portanto, vão querer, agora, transformar-se ou melhorar, é, ao invés disso, tempo de acolher a Luz e dela fazer uma forma de ação de Graça ou de oração perpétua que o alimentará a partir de seu Coração-centro, em cada parte de seu coração, de seu corpo e, também, de sua consciência.”

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  4. PARTE 2


    “Resta-lhes, de algum modo, deixar cair o conjunto de seus hábitos, não para viver uma anarquia, não para viver a desordem, mas, bem mais, para deixar o ritmo da Inteligência da Luz ritmar sua vida, seu corpo, sua consciência e sua eternidade.”

    “Essa é a garantia de sua adequação à Eternidade, essa é a garantia da manifestação integral do Amor incondicionado na superfície desse mundo.”

    “A transcendência e a transmutação alquímica é, exatamente, o que se vive em cada um de vocês.”

    “Se você dá o primeiro passo, então, a Luz dará dez passos.”

    “Assim se estabelece a paz eterna, assim se limpa a Casa para manter a Morada limpa para acolher Cristo. É seu desaparecimento, agora, que é cada vez mais chamado pela própria Luz.”

    “Sua matéria, seu corpo ilumina-se do interior.”

    “Do mesmo modo que Miguel trabalha em seus céus, ele trabalha em você, para acelerar e facilitar sua Liberdade e sua Liberação, eu repito, qualquer que seja seu destino nas Moradas do Pai.”

    “Reconhecer isso, aquiescer a isso é, verdadeiramente, mostrar a si mesmo e à sua consciência que vocês são os dignos filhos do Um, os dignos filhos que cumpriram a totalidade do que havia a realizar nessa última vida na Terra, em todo caso, nessa dimensão.”

    “Assim, portanto, você tem os marcadores, cabe, portanto, apenas a você relaxar os últimos elementos que lhe parecem não resilientes, que lhe parecem fazer obstáculo à sua eternidade.”

    “Quer eles venham do céu, quer venham da Terra, quer venham de Sírius, quer venham da Fonte, quer venham do Sol, quer venham de um irmão ou de uma irmã, quer venham dos povos da natureza, eles estão aí, agora, ao mesmo tempo para ajudá-lo, mas, sobretudo, para permitir-lhe estabilizar a Eternidade e deixar, enfim, Cristo ser o que você é.”

    "Quaisquer que sejam as aparências, quaisquer que sejam seus sentires em relação a tal sofrimento ou tal dor, não pare nisso. Deixe a Paz, deixe a Alegria, deixe Cristo, deixe trabalhar o que deve trabalhar.”

    “A Devoção à Luz é um ato de desaparecimento na Luz, é um ato de amor que a pessoa pode qualificar de intenso ou de louco ... Que o faz descobrir o que é a verdadeira Vida, não a vida entre o nascimento e a morte, mas a Vida em Cristo ou a vida eterna.”

    “Ninguém conhece a data, isso você sabe, mas a data é agora.”

    “Isso representará uma derrota total para a pessoa e suas crenças, mas uma vitória incrível para o que você é, em verdade.”

    “Aceitar e reconhecer isso é dar o último passo que o separa da Liberação. Assim é a Graça da Luz nesses tempos específicos. Cabe a você reconhecer-se, a você dar esse último passo.”

    “As graças, então, abundarão, bem mais do que aquelas que você pôde viver até agora, na melhoria ou na sedação, ou no desaparecimento de um problema, qualquer que seja.”

    “Cristo, aliás, já havia dito: «Entregue-lhe todos os seus pecados, todas as suas fraquezas.». É claro, a pessoa chamará a isso, sempre, uma submissão ou uma perda do livre arbítrio, mas não é nada disso.”

    “Hoje, você está em face do determinismo total da Luz e do respeito de sua Liberdade essencial como alma e como consciência.”

    “Ver isso é ver a Verdade nua. Ver isso e vivê-lo é tornar-se Cristo, sem limite, sem pretensão e sem vontade pessoal.”

    “É disso que você não poderá, jamais, escapar, e cada vez menos, a cada dia que passa, a cada hora que passa, nos tempos finais da Terra que conta seu calendário.”

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  5. PARTE 3


    RQ1- “O Amor não se embaraça com isso. O Amor é direto e espontâneo, ele não recorre a qualquer lógica, a qualquer símbolo, a qualquer razão. Você não poderá, jamais, desaparecer assim. Abandone os símbolos, ninguém conhece a data. Você deve, mesmo, em seu determinismo de Luz, abandonar tudo isso. Voltar a tornar-se como uma criança é aceitar o instante presente. O Amor não tem necessidade de símbolos, o Amor não tem necessidade de ser contado ou descontado, ele é eterno. É o momento no qual é preciso, agora, soltar tudo o que você pensa segurar porque, o que quer que você pense segurar, o que quer que você pense, ainda, segurar, é isso que lhe tampa a visão interior. É o mental que procura, como sempre, prender-se a uma energia, a um símbolo, a uma história. O Amor é livre. A Vida é livre. A Inteligência da Luz é confiança, ela não será, jamais, lógica ou explicação. Nas expressões populares, quando você diz «compreender», quando você diz «apreender», isso mostra bem que você não é livre. A Luz vem perguntar-lhe, como o fez Cristo: «Você está pronto para morrer?», «Você está pronto para deixar os mortos enterrarem os mortos?», «Levante-se e siga-me.». «Siga-me» não quer dizer seguir uma pessoa, uma ideia. A Luz não demanda qualquer outra adesão do que ser, você mesmo, Cristo. É uma rendição sem condição, é por isso que foi chamado um sacrifício. Enquanto você não tenha perdido todas as suas ilusões, todos os seus conhecimentos, tudo a que você segura, você não é livre... A aproximação de Hercobulus faz-se em função do que é encontrado em sua rota, o que quer dizer uma velocidade variável, o que quer dizer um deslocamento que não obedece, absolutamente, às leis habituais da física. “

    RP2 “Isso se apagará apenas pela Graça da Luz e, nesses casos em que há resistência, então, pode parecer-lhe não estar, absolutamente, na fulgurância, mas, bem ao contrário, em algo que o perturba, cada vez mais, e que você vê com cada vez mais acuidade. Aí também, mesmo se você não o perceba ainda, é um convite da Luz para essa rendição total. “

    RP3 “A única missão que vocês têm, quaisquer que sejam seus papéis passados, quaisquer que sejam suas funções atuais e qualquer que seja sua evolução é, sempre, a mesma, para cada um de vocês: acolher Cristo. Não há outra. “

    RP6 “Voltar a tornar-se Um, voltar a tornar-se Cristo, e a Benevolência será espontânea. A Benevolência não é a vontade de bem. Ela não depende de qualquer vontade, ela depende apenas do estado de seu coração. Porque se seu coração ressoa a Cristo, se Cristo está em você, se a Coroa radiante funciona, a Benevolência é seu natural. A única intenção é a Luz e o Amor, não existe qualquer outra, e em cada circunstância de sua vida, como em cada evento de sua vida, só isso está na dianteira da cena. Assim é a Graça. Mas retenha que a Graça não é feita para satisfazer sua pessoa, mas para satisfazer a Eternidade que você é – para fazer desaparecer a pessoa.

    RP7” Minha Presença, efetivamente, encontra-se cada vez mais em vocês, e essa percepção é ligada a Cristo, não, unicamente, à minha Presença ou à sua Presença, porque, quando nós nos reunimos pelo coração, então, Cristo está presente. E, nessa fase específica, Cristo vem perguntar se você quer desposá-lo, como isso foi explicado. Simplesmente, agora, não é mais, simplesmente, um ato de consciência para alguns, mas isso se inscreve na carne, no corpo. Isso poderia ser chamado de estigmas invisíveis e, no entanto, bem reais. E, quanto mais eu fico aí, com vocês, mais vocês ficam a ler-me e a fazer o Silêncio, mais esse gênero de manifestação pode acontecer.”


    Ler, sentir Philippe de Lyon, é também, sentir, que estamos diante do Novo Evangelho, da Libertação, da Liberação. A Graça, a Luz, o Amor, são extremamente arrebatadores, e tudo o que nos resta é : ‘rendição, isto é, o nosso próprio desaparecimento’.

    Lindíssimo e aguardado encontro... Até o reencontro final!

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