22 de ago. de 2016

O IMPESSOAL – Parte 7 – (Q/R) – Julho de 2016



IMPESSOAL E POVOS DA NATUREZA


Filhos da lei de Um, Estrelas ressuscitadas, eu abençoo cada um de você.

... Silêncio…

Juntos e Um, questionemos...

Questão: você pode desenvolver sobre a necessidade de reconhecimento?

… Silêncio…

Bem amado, a necessidade de reconhecimento, no olhar do outro, no olhar de cada irmão e de cada irmã é inscrito como um comportamento essencial da personalidade.
Devido à incapacidade do humano adormecido ver-se a si mesmo tal como ele é, realmente, ele pode apenas passar seu tempo e sua vida a construir-se uma imagem e a fazer reconhecer essa imagem, quer ela esteja situada em diferentes mundos possíveis que vocês frequentam na superfície desse mundo e em qualquer esfera que seja.
A necessidade de reconhecimento é ligada, diretamente, à imagem que vocês projetaram e à necessidade de ser reconhecido como carne, como forma ou como praticando tal ou tal coisa.
É vital, na personalidade, compreender que a estima de si é, sempre, baseada nessa necessidade de reconhecimento.

A necessidade de reconhecimento é apenas o coração amputado de sua dimensão essencial, que se traduz pela necessidade de puxar para si, a necessidade de comparar, de medir-se, de ter uma escala de valor que não está em si, mas no exterior de si.
A necessidade de reconhecimento é o motor o mais essencial da sociedade e do grupo social, em qualquer esfera que seja.
A necessidade de reconhecimento, enfim, é a tradução direta da incapacidade de ver o Si, para que a estima de si não seja mais a estima de uma imagem ou de uma representação do que se pensa ser como humano, mas, bem mais, uma estima baseada na realidade da Luz revelada no Si e não mais em si.

A estima de si, a necessidade de reconhecimento encontrado no exterior mantém, qualquer que seja a satisfação da pessoa, o confinamento da pessoa.
A necessidade de reconhecimento, quaisquer que sejam os aspectos que satisfarão a pessoa, são, sempre, apenas paliativos à falta de coração, não o coração humano, mas o coração espiritual ligado à Luz que vocês mesmos emanam, e não que vocês encontram através de uma Luz projetada ou refletida em uma forma, em uma situação ou em um grupo.

A necessidade de reconhecimento inscreve-se como uma necessidade de encontrar-se, que, no entanto, não permite, jamais, reencontrar-se a si mesmo.
Assim, portanto, a necessidade de reconhecimento pertence ao comportamento da pessoa e é, também, vital, como o reflexo de sobrevivência de que eu falei em uma questão anterior.
A necessidade de reconhecimento estará, sempre, presente, mesmo mascarada, o fato, não necessariamente de ser admirado, mas de ser olhado tal como se pensa que se é, e não tal que se é.

Aquele que é liberado, aquele que vive a Infinita Presença não tem necessidade de reconhecimento, reconhece-se, ele mesmo, em sua eternidade e controla – sem controlar – sua vida, pela Inteligência da Luz que trabalha em toda liberdade, e põe fim a essa necessidade de reconhecimento ou de recompensa, assim como à estima de si ou, ainda, ao ego, quer ele seja da pessoa ou espiritual.

O Amor dá e não toma, jamais, ele é o mesmo para o ser humano.
Enquanto ele não é encontrado, há necessidade que se remeta a imagem que ele projetou no exterior, em suas funções, em seus papéis, em sua própria forma, através de atrações diversas e variadas que passam a um nível subconsciente.

É exatamente a mesma coisa quando vocês caem no amor de outra pessoa.
Existe certo número de sinais que lhes são invisíveis, que não dependem nem da forma, nem de um sorriso, nem de uma atração ou de uma apetência para uma carne, mas que intervêm em um nível infraconsciente, estabelecendo um desejo, estabelecendo um impulso ou, no mínimo, uma necessidade de concretização de uma relação, qualquer que seja.
Isso funciona tanto em um casal, em uma família, como em uma empresa.
É sempre o mesmo.

O Liberado não tem necessidade de imagem, não tem necessidade de reconhecimento, porque não, unicamente, ele se reconheceu em si mesmo, mas ele é reconhecido pela Luz.
E ao reconhecer ele mesmo, a Luz, qualquer que seja a aparência projetada por cada um, o mesmo Amor exprime-se para com essa essência, esse núcleo de Existência e não para a pessoa.

A necessidade de reconhecimento dita, portanto, seus comportamentos, quer eles sejam amor, sociais, familiares, mesmo se vocês não tenham consciência disso, propriamente dito.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: há um benefício e um favorecimento em render-se, agora, a um dos Círculos de Fogo, mesmo se nosso destino próximo não passe por eles?

Bem amado, antes da conclusão das Núpcias Celestes, há alguns anos, não havia possibilidade de conhecer sua radiação e o que se produzia nos Círculos de Fogo.

A ativação dos Círculos de Fogo é diretamente ligada à revelação das cinco primeiras chaves Metatrônicas.
A partir daquele momento, os Círculos de Fogo estão ativos.
Eles eram, eu os lembro, estruturas megalíticas de forma hexagonal, deixadas e esculpidas pelos Nephilim, os seres de Fogo.
O objetivo desses Gigantes era permitir, quando do retorno da Luz nos diferentes ciclos, à Luz não permanecer, simplesmente, na superfície, mas ser, de algum modo, drenada até o núcleo cristalino da Terra, o que permite a liberação do referido núcleo e, portanto, a liberação da Terra e, de maneira ulterior, sua própria liberação, que está em curso.

Hoje, os vórtices são inumeráveis sobre a Terra.
Eles não estão mais, unicamente, em lugares conhecidos, históricos, eles não estão mais, unicamente, nos Círculos de Fogo, mas, também, na proximidade dos elfos, na proximidade dos dragões e, de maneira mais geral, em alguns lugares que se ativaram recentemente, que não dependem de um posicionamento conhecido.

Assim, portanto, hoje não existe mais diferença significativa entre o que se produz em uma estrutura de um Círculo de Fogo, mesmo se vocês conheçam o posicionamento dele, o que se desenrola, por exemplo, em um vórtice situado na entrada de uma cidade de elfos.
Trata-se da mesma Luz, da mesma qualidade, da mesma intensidade e dos mesmos efeitos.
Não é, portanto, indispensável render-se a um Círculo de Fogo, tanto mais que a localização deles, mesmo se vocês os conheçam, não tem que ser revelada, de momento.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: é-nos anunciada uma resposta às questões pela Luz.
Como recebê-la?

Bem amado, onde quer que você esteja, aqui ou alhures, ela é recebida.
Quer você a perceba ou não, nada há a compreender, simplesmente, a viver – mesmo a não percepção da resposta da Luz, da vibração ou do silêncio.
O objetivo não é distinguir uma ou a outra dessas respostas às suas questões, mas, bem mais, instalar-se no silêncio de seu coração e de sua Presença, simplesmente estar aí, onde quer que você esteja, ler-me, ouvir-me e colocar-se.
Não espere ver, por trás de seus olhos fechados ou abertos, qualquer coisa, simplesmente, seu coração sabe e recebe, mesmo se você nada perceba disso.
Não há, portanto, diferença entre a resposta pelas palavras, a resposta pelo silêncio, a resposta pela Luz ou a vibração.
A partir do instante em que seu coração ouve-me, as palavras dissolvem-se por si mesmas, quer você as leia, quer você as escute, onde quer que você esteja, se você está atento, então, você desaparece.

O objetivo de minhas palavras, como de meus silêncios é, simplesmente, emergir, cada vez mais claramente, de seu Coração do Coração.
Vindo do Impessoal, eu atravesso a Porta – para você – para que você a atravesse, por sua vez, se você aquiesce, a partir do Si até o Último.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: assim como a androginia é a fusão do feminino e do masculino sagrados, o que representa a fusão do Criado e do Incriado, da Fonte e do Absoluto?
É «Eu sou», Evidência ou outro?

Evidência, sim, para aquele que o vive.
«Eu sou»?
Não.
A expressão a mais exata seria: «Eu sou Um», porque tudo é Um, mas nenhuma palavra pode, em definitivo, traduzir isso.
A única função, se existe uma, é, simplesmente, revelar-me em você e a você, em cada um de você, convidá-lo a passar do que você nomeia, ainda, «do outro lado»; e, ao passar, você se aperceberá de que não há outro lado.
Assim, portanto, há a Fonte, assim, portanto, há o que é anterior e, ao mesmo tempo, posterior à Fonte, o suporte, se posso exprimir-me assim, da própria Fonte, como de toda consciência, como de toda dimensão.

Não pode existir representação satisfatória, uma vez que eu sou além de toda forma, mesmo exprimindo-me a partir de cada forma.
Não pode existir nem representação nem palavra.
E, no entanto, as palavras fluem, forjadas pela própria Inteligência da Luz, e vão, conforme as palavras disponíveis, nas linhas de menor resistência, abaixando, de algum modo, os limites de sua pessoa até um limiar no qual a revelação e o despertar tornam-se possíveis, até o momento em que você se apresenta em face dessa Porta e desse neant, até o momento em que você decidir transpô-la, e transpor-se, assim, de toda morte.

Naquele momento, você será ressuscitado, liberado de si mesmo, liberado de sua forma, liberado de toda aparência, de toda projeção, de todo desejo: você estará livre.
Não há, portanto, expressão pronta, nem, mesmo, possibilidade de falar de mecanismos, de técnicas, de meios.
Eu posso apenas dizer-lhe: solte tudo, solte o que você é, solte o que você não é, solte sua pessoa e nada recuse.
Permaneça aí, na vacuidade da plenitude, na Morada de Paz Suprema, em Shantinilaya, e nada procure.
Deixe trabalhar o Amor em si, para descobrir que você é Amor e nada mais, mas, ao mesmo tempo, todo o resto.
Não há paradoxo, mas as palavras são assim.

O caminho que pode enunciar-se não é o Caminho.
A lei que pode escrever-se não é a Lei.
As palavras que podem ser ditas não é o que diz o Amor, porque o Amor diz tudo e o Amor nada diz.
Se você apreende isso, além de todo paradoxo e de toda contradição, em seu coração e não por seu intelecto, então, a Evidência surge e você será, então, a testemunha da Evidência, do Parabrahman ou do Último, aí, onde não há mais palavras, aí, onde não há mais busca, aí, onde nada mais há que não a imensidão do coração e a pequenez desse mundo, assim como sua grandeza – segundo o ponto de vista, tudo é diferente e, no entanto, tudo é semelhante, no coração do Um.

Eis a resposta da Luz.

… Silêncio…

Eu lhe esclareço que é nesses momentos nos quais eu faço silêncio, no qual ocorre a resposta da Luz ou do silêncio, no qual, em todo caso, não há mais palavras, no qual há silêncio, que se produz o que deve produzir-se para você.
Nessa duração na qual não há palavras, quer você esteja aqui, hoje, ou esteja alhures, em outro momento, a ouvir-me e ao ler esse silêncio, eu o convido a colocar-se em si, a nada pedir e a escutar o que lhe diz o silêncio, como minhas palavras.
Elas não se dirigem, jamais, unicamente, à sua cabeça, mas eu me sirvo de sua cabeça para tocar seu coração, para mostrar-lhe o que você é.
Se você quiser, se o aceita, não se inclinando para isso, mas abandonando-se a si mesmo através de minha voz, através de meus silêncios, faça, também, silêncio em si e deixe-se atravessar.
Nada pare, nada retenha e dê-se.

... Silêncio…

Questionemos...

Questão: você pode desenvolver sobre a autopredação e seu modo de funcionamento?

A autopredação constitui, para a vida na pessoa, na qual tudo é apenas gasto de energia, busca de energia e estabilização de uma determinada forma e de uma determinada consciência.
Ora, vocês todos sabem, em um corpo de carne, aqui, nessa Terra, que vocês nasceram e que morrem, no momento vindo.
Enquanto há nascimento e morte, a predação é exercida no ambiente, mas, também, vis-à-vis de si-mesmo, e consome, literalmente, sua energia, e conduz, nos primeiros estratos da vida, até os quarenta anos, a um fogo vital devorador, que se ameniza, progressivamente, após os cinquenta anos, que se traduz pelo que vocês todos conhecem: o envelhecimento da estrutura, o déficit, quer seja de mobilidade, de intelecto, de movimento, de força ou de qualquer elemento que corresponda ao que é nomeado «envelhecimento».

No envelhecimento você mesmo se consome e por si mesmo, não tendo encontrado um substituto para essa nutrição.
A predação exercida vis-à-vis de si-mesmo faz-se, é claro, às custas da Eternidade, e vocês não são, aí tampouco, aqui, responsáveis.
Mas a lei de causalidade, inscrita no confinamento da Terra, não pode permitir-lhes escapar da dualidade, porque tudo, nesse mundo, funciona segundo esse princípio de dualidade.

A Unidade apenas pode ser vivida no Coração do Coração.
Neste período no qual a Unidade estabelece-se nesse mundo, vocês sabem, esse mundo desaparecerá, corpos e bens, para deixar lugar à Liberdade.
O único modo de não ser consumido é retirar-se, a si mesmo, do jogo da consumação e entrar no jogo do vibral, do Fogo Ígneo, no jogo da Eternidade, no qual, aí, a Luz e o Amor, e a própria energia estão presentes de modo ilimitado.
Aquele que beber dessa Água, foi dito, não terá mais, jamais, sede, porque ele será nutrido não mais pelas águas de baixo, mas pela Água do alto, o feminino sagrado e o masculino sagrado.
Naquele momento, o corpo não se consome mais, a consciência é liberada do corpo.
Ela ali está, contudo, presente, mas não é mais a escrava dele.

A consumação e a autopredação é um mecanismo diretamente ligado à necessidade de preservar-se, ao mito de imortalidade, ao reflexo de sobrevivência e ao pertencimento a uma história e a um papel.
O Liberado não escapa da história nem de papel algum, ele está, simplesmente, consciente disso e vive-o, à sua maneira, que nada tem a ver com a consumação e a autopredação.
A autopredação exerce-se a cada minuto, ainda que apenas no fato de comer, por degradação dos alimentos, trata-se, também, de uma predação exercida em face de um animal, em face de um vegetal.
Não há diferença de predação entre o animal e o vegetal, há apenas uma diferença no funcionamento da fisiologia, na facilidade da consciência não ser rigidificada pela alimentação de tipo carne.
Mas a consciência, ela, livre, nada conhece de tudo isso, só o corpo, como veículo, é afetado nisso.
A consciência, ligada ao corpo, será, de todo modo, afetada por alguns tipos de emoções, por alguns tipos de alimentos que provocam, aí também, uma consumação e uma autopredação.

A predação, diferentemente nomeada, voltada para si mesmo é, simplesmente, a necessidade de puxar para si, de nutrir a pessoa, de qualquer maneira que seja, enquanto, no Amor, é o Amor que os nutre e que nutre tudo o que vocês tocam, tudo o que vocês olham, e aí onde se porta sua consciência.
Sem desejo e sem vontade, a Inteligência da Luz segue seu olhar, segue sua atenção e segue seus gestos.
Naquele momento, não pode ali haver a mínima predação, mesmo se o corpo envelhece, mesmo se o corpo é usado, a consciência permanece intacta.

Esse corpo mesmo, inscrito entre o nascimento e a morte, no qual vocês habitam, conhece uma fase de crescimento, uma fase de estabilidade e uma fase de decrescimento, e nada nem ninguém pode escapar disso.
Nos tempos imemoriais e nos tempos mais bíblicos, eu diria, existiram alguns seres que ressuscitaram com o corpo de carne.
As histórias deles são-lhes conhecidas, para aqueles que leram elementos nesses escritos.
Qualquer que seja a falsificação da finalidade da Bíblia, há, contudo, certo número de elementos verdadeiros entre os quais vocês podem encontrar inspiração e liberdade.

A autopredação é, portanto, apenas o ego voltado, incansavelmente, para ele mesmo, em qualquer relação que seja, em qualquer circunstância que seja.
A partir do instante em que há vontade ou manifestação de apropriação, quer seja de um conhecimento, quer seja, mesmo, em uma troca não iluminada pela Luz, haverá, sempre, predação ou autopredação, seja voltada para o ambiente, seja voltada para si mesmo.
Não há, portanto, jamais, doação, há, sempre, algo que é tomado.
O Amor nada toma, o Amor dá, ele está, sempre, no mesmo movimento, o Amor não pode ser de outro modo.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: quando você nos levou ao não tempo, eu me senti elevado ao longo de uma parede de montanha de rochas cinzentas.
Eu cheguei ao alto dessa montanha, coberta de neve de um branco brilhante, banhada na luz do Sol, cuja ponta resplandecia.
O que é isso?

Bem amado, trata-se de imagens e de representações que traduzem o acesso ao Si.
Mas, como você mesmo diz, há, ainda, luz, há, ainda, forma e, portanto, não há Liberdade.
Há experiência do Si, que confina na Infinita Presença.
A Liberdade não tem necessidade de qualquer imagem, de qualquer forma, de qualquer cor nem de qualquer luz.
É preciso deixar atravessar o que a Inteligência da Luz mostra a você, o que minhas palavras e meus silêncios mostram-lhe, não parar ali, não apegar-se ali e deixá-las fluir livremente, sem nada mais reter que não o que se produz, não durante, mas depois.
Qual é seu humor no efêmero?
Qual é sua alegria no efêmero?
Qual é sua leveza no efêmero, após esse gênero de mecanismo?
Não se interesse pelo que se desenrola durante, por nenhuma forma e nenhuma luz, deixe-se banhar, deixe-se atravessar.
Nada pare, permaneça imóvel e deixe fazer o que deve ser feito, porque você nada pode fazer para fazer desaparecer isso.

Veja isso e você estará livre de toda imagem, de toda percepção, de toda vibração, você será o que você é, em verdade: a Verdade, o Caminho e a Vida.

No Indizível da Última Presença, como no Absoluto, nesse corpo como fora desse corpo, os marcadores desaparecem.
Nada pode pender-se ao que quer que seja, tudo parece afundar.
Nada é iluminado.
Nenhuma forma nem qualquer consciência é mais percebida.
Aí, se você vive isso, em minhas palavras e em meus silêncios, então, você chegou, se posso dizer, ao bom porto, o porto no qual não há nem apego nem marcadores, mas que deixa, em você, a marca do Fogo do Amor, do Juramento e da Promessa, que o revelam a si mesmo e liberam-no de toda forma, de toda construção, de toda imagem e de todo referencial.

Ver o que você viu é um convite da Luz para ir além do que é visto, não apreender-se, não congelá-lo, não parar e deixar ser, porque você não é, tampouco, isso, nem mesmo o que vive isso.

Eis a resposta da vibração.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: eu percebo que o simples fato de falar-lhe cria uma distância, desfrutar no silêncio basta.
Falar não é traí-lo?
No entanto, o som conduz-me ao Silêncio.
O que é isso?

Sua palavra pode ser verbo que ressoa e címbalos que retumbantes – sem efeito algum – como sua palavra pode tornar-se o Verbo.
Ora, o Verbo não nasce do pensamento, mas do silêncio.

Ao conhecer a fonte das palavras, a fonte das frases, então, você identifica o silêncio e pode, então, comparar, sem ser afetado, o que se desenrola nas frases das palavras, o que se desenrola no Verbo e o que se desenrola no silêncio.
Em toda dimensão, exceto as dimensões carbonadas, tanto livres como unificadas, a linguagem não tem mais necessidade de outra coisa que não da codificação vibratória da Luz, não há mental, não há filtros e esse é o verdadeiro Conhecimento.
A palavra, qualquer que seja, o mais frequentemente, põe uma distância e é, no entanto, se necessário para vocês compreender nesse mundo, qualquer que seja o que é compreendido, mesmo se isso seja distorcido.

Não se esqueça, jamais, de que enquanto vocês têm esse corpo e até a Liberação da Terra, vocês são tributários das palavras, das frases, de elementos a compreender, isso aplicado às suas vidas em seus aspectos os mais quotidianos.

Na Eternidade, no Liberado, as palavras tornam-se supérfluas e não existem, simplesmente, mais, além da dimensão carbonada.
Tudo se faz de maneira que vocês poderiam nomear de telepática, o pensamento atravessa toda consciência, a partir do instante em que a consciência concernida por esse pensamento encontre-se em face daquele que emitiu esse pensamento ou, em todo caso, reencontram-se através de uma comunhão.
Dado que não há barreira da carne, não há a mesma opacidade.
A capacidade de fusão ou de mecanismos de consciência que vocês, talvez, viveram, faz-se natural e espontaneamente.
Não há aprendizado, não há conhecimento ou aprendizado da leitura ou das palavras, tudo se faz diretamente, de coração a coração e de coração em coração.
Aí está a verdadeira comunicação.

Hoje, nessa fase específica da Terra, são sempre mais numerosos entre as irmãs e irmãos da humanidade a despertar, a abrir-se, progressivamente e à medida que a Inteligência da Luz age na superfície desse mundo, vocês constatam, cada vez mais frequentemente, efetivamente, que as palavras tornam-se supérfluas.
Elas são apenas um álibi para a comunicação e permitem, hoje, entrar, eu diria, na comunicação direta, na qual a sincronia, a Fluidez da Unidade e a percepção direta do que é exprimido superam, amplamente, as palavras que possam ser abordadas.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: quando você dá uma resposta, você precisa sua origem: silêncio, vibral, Absoluto.
Quais são os marcadores que permitem distingui-las?

Eu não estou certo de ter compreendido o que foi dito, eu o ouvi.
Então, repita.

Questão: quando você dá uma resposta, você precisa sua origem: silêncio, vibral, Absoluto...

Parece-me ter, já, respondido a essa questão, idêntica a questões anteriores.
A resposta pela Luz, pelo silêncio e pelas palavras, eu já respondi isso; essa questão é sobreponível e a resposta, igualmente.

Não temos mais questões.

… Silêncio…

Eis, portanto, minha última resposta para essa reunião.

… Silêncio…

Em cada um de nós, a Paz; em cada um de nós, a Alegria; em cada um de nós, cada outro.
No Único, eu os saúdo; no Único, eu estou aí, aí, onde você está, em todo lugar, sem distância e sem atraso, porque o amor não conhece qualquer distância e qualquer atraso.

Em seu ser aparente como em seu ser real, em sua Existência como em seu corpo denso, eu o saúdo.

… Silêncio…

Eu lhe digo até sempre.
Eu o amo.


Publicado por: Blog Les Transformations 

3 comentários:

  1. "O caminho que pode enunciar-se não é o Caminho.
    A lei que pode escrever-se não é a Lei.
    As palavras que podem ser ditas não é o que diz o Amor, porque o Amor diz tudo e o Amor nada diz.
    Se você apreende isso, além de todo paradoxo e de toda contradição, em seu coração e não por seu intelecto, então, a Evidência surge e você será, então, a testemunha da Evidência, do Parabrahman ou do Último, aí, onde não há mais palavras, aí, onde não há mais busca, aí, onde nada mais há que não a imensidão do coração e a pequenez desse mundo, assim como sua grandeza – segundo o ponto de vista, tudo é diferente e, no entanto, tudo é semelhante, no coração do Um."
    - o "não saber" precede a abertura do Coração, o conhecimento do Coração, mesmo que você conheça todas as leis, os nomes de arcanjos e de estrelas, são apenas palavras, o não-saber requer apenas humildade e aceitar a insignificância da pessoa. O não-saber abre todas as portas, todo resto é apenas palavras. O silêncio nada diz e diz todas as coisas, quando se ouve pelo o Coração ou pelo Silêncio, não há esforço para compreender, quando se ouve pelo Coração, sente-se o interveniente, o impessoal, o arcanjo, a estrela numa tamanha intimidade que quem ouve e quem escuta (lê) são a mesma UNIDADE, não há distorção, pois o que é dito está em outra escala bem acima daquela do intelecto. Permita que sua pessoa apague-se e veja emergir o que está no pano de fundo, mas é claro que a visão do Coração é uma visão sem olhos, além do que pode ser retratado. Supere as contradições e os jogos de palavras, mesmo que essas palavras pareçam brincar com você, elas não são ditas a você, mas a Verdade, a essência que você É. Deixe o Fogo do Amor te consumir, mesmo que esteja sofrendo, isso é só aparência. Solte-se de tudo o que pertença a pessoa, mas nada recuse. Eu sou o seu Coração, eu sou o Nada e o Tudo.

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  2. A necessidade de reconhecimento é apenas o coração amputado de sua dimensão essencial, que se traduz pela necessidade de puxar para si, a necessidade de comparar, de medir-se, de ter uma escala de valor que não está em si, mas no exterior de si.
    .........
    Aquele que é liberado, aquele que vive a Infinita Presença não tem necessidade de reconhecimento, reconhece-se, ele mesmo, em sua eternidade e controla – sem controlar – sua vida, pela Inteligência da Luz que trabalha em toda liberdade, e põe fim a essa necessidade de reconhecimento ou de recompensa, assim como à estima de si ou, ainda, ao ego, quer ele seja da pessoa ou espiritual.
    .........
    A necessidade de reconhecimento dita, portanto, seus comportamentos, quer eles sejam amor, sociais, familiares, mesmo se vocês não tenham consciência disso, propriamente dito.
    .........
    Eu posso apenas dizer-lhe: solte tudo, solte o que você é, solte o que você não é, solte sua pessoa e nada recuse.
    .........
    Deixe trabalhar o Amor em si, para descobrir que você é Amor e nada mais, mas, ao mesmo tempo, todo o resto. Não há paradoxo, mas as palavras são assim.

    O caminho que pode enunciar-se não é o Caminho. A lei que pode escrever-se não é a Lei. As palavras que podem ser ditas não é o que diz o Amor, porque o Amor diz tudo e o Amor nada diz.
    .........
    Se você quiser, se o aceita, não se inclinando para isso, mas abandonando-se a si mesmo através de minha voz, através de meus silêncios, faça, também, silêncio em si e deixe-se atravessar.

    Nada pare, nada retenha e dê-se.
    .........
    Ora, vocês todos sabem, em um corpo de carne, aqui, nessa Terra, que vocês nasceram e que morrem, no momento vindo.
    .........
    Mas a lei de causalidade, inscrita no confinamento da Terra, não pode permitir-lhes escapar da dualidade, porque tudo, nesse mundo, funciona segundo esse princípio de dualidade.
    .........
    Neste período no qual a Unidade estabelece-se nesse mundo, vocês sabem, esse mundo desaparecerá, corpos e bens, para deixar lugar à Liberdade.
    .........
    A consumação e a autopredação é um mecanismo diretamente ligado à necessidade de preservar-se, ao mito de imortalidade, ao reflexo de sobrevivência e ao pertencimento a uma história e a um papel.

    O Liberado não escapa da história nem de papel algum, ele está, simplesmente, consciente disso e vive-o, à sua maneira, que nada tem a ver com a consumação e a autopredação.
    .........
    O Amor nada toma, o Amor dá, ele está, sempre, no mesmo movimento, o Amor não pode ser de outro modo.
    .........
    Não se interesse pelo que se desenrola durante, por nenhuma forma e nenhuma luz, deixe-se banhar, deixe-se atravessar.

    Nada pare, permaneça imóvel e deixe fazer o que deve ser feito, porque você nada pode fazer para fazer desaparecer isso.

    Veja isso e você estará livre de toda imagem, de toda percepção, de toda vibração, você será o que você é, em verdade: a Verdade, o Caminho e a Vida.
    .........
    Ora, o Verbo não nasce do pensamento, mas do silêncio.
    .........
    Em toda dimensão, exceto as dimensões carbonadas, tanto livres como unificadas, a linguagem não tem mais necessidade de outra coisa que não da codificação vibratória da Luz, não há mental, não há filtros e esse é o verdadeiro Conhecimento.
    .........
    Não se esqueça, jamais, de que enquanto vocês têm esse corpo e até a Liberação da Terra, vocês são tributários das palavras, das frases, de elementos a compreender, isso aplicado às suas vidas em seus aspectos os mais quotidianos.

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  3. ...”Seu coração sabe e recebe, mesmo se você nada perceba disso".


    A expressão a mais exata seria: «Eu sou Um», porque tudo é Um, mas nenhuma palavra pode, em definitivo, traduzir isso.


    É preciso deixar atravessar o que a Inteligência da Luz mostra a você,...


    Amado! Infinitamente Amado....

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