8 de out. de 2016

O IMPESSOAL – Parte 4 – Setembro de 2016



Em você, aqui ou alhures, eu saúdo a chama de Vida.
Eu venho a você, na Paz, no reconhecimento e no Amor.

Permita-me, nesse instante em que você está presente, ser Aquele que eu sou, para que, no Amor, você possa, também, dizer e viver: «Eu sou Aquele que eu sou».

Em nossa Presença Una desvenda-se, de maneira definitiva, o que está aí.
Não, unicamente, aí, mas em todo ponto de todo universo, de toda chama, de todo planeta e de todo sol, em uma forma ou fora da forma.

É tempo, agora, de sair de todos os tempos.

Eu o convido a juntar-se, a reunir-se, a superar toda forma e todo momento.

Eu estabeleço em mim e, portanto, em você, o limiar da Última Presença, no silêncio, no ritmo de minhas palavras, no ritmo de seu coração.

O trabalho da Luz, que sempre esteve presente, mostra-lhe no instante que tudo é reunido na Luz Branca, como no que sua pessoa nomeia o neant.

Eu o chamo pelo Silêncio, em todo nome como em toda forma, em cada parcela do que pode parecer-lhe, ainda, disperso, você, que é Vida, que é tudo e, sobretudo, que é Um.

Eu vivifico, e devolvo-o à sua vida além dessa forma.

Eu o convido ao instante, para estar aí, presente, aqui, agora, como por toda parte.

Nesse tempo em que o Silêncio impõe-se para além de toda vibração e de toda consciência, eu aponho o selo da verdadeira divindade, do verdadeiro Espírito.

Eu deposito, em seu seio, o presente da Graça, que de nada mais depende que não do que você é.

Peregrino eterno, eu o convido a colocar-se em mim.

Eu o convido a dar-se a si mesmo o sopro de Vida eterna, que vem consumir e dissolver o que pode restar de aparência e de pessoal.
Em outras palavras, eu o convido à Alegria perpétua, em toda Presença como em toda Ausência.

Eu o convido a depor as armas de seus jogos, tanto nesse mundo como em qualquer mundo.
Não para ali permanecer, porque sua liberdade é total, mas não há melhor testemunho nem melhor prova dessa Liberdade na ausência de forma.

Eu o batizo novamente, na chama do Espírito.
Eu o batizo na Luz, no Verbo, aí, onde nenhuma aparência pode enganá-lo, aí, onde nenhum discurso pode explicar nem compreender.
Nesse espaço, no qual não jorra qualquer interrogação e qualquer questionamento..., para que o Fogo do Amor consuma-o, sem queimadura e sem sofrimento, mas, sim, na Alegria inefável e interminável do que você é.
Para dissolver, mesmo, o Face a Face.

O dois torna-se Um – que ele sempre foi.

Desvende-se na paz de seu coração.
Anime-se pela verdadeira vida e pelo verdadeiro sopro, para que sua carne ilumine-se do interior e consuma-se, ela também, no Fogo de Verdade da Ressurreição.

Eu deposito, em você, o meu coração.
Eu deposito, em você, tudo o que é, tudo o que foi e tudo o que será na consciência.

Viva comigo esse instante, aqui como por toda parte, no influxo Arcangélico desse dia que não verá mais, jamais, fim, no qual nenhuma noite poderá levantar-se e no qual nenhuma vicissitude poderá alterar o que quer que seja.

Eu o convido no espaço em que não existe qualquer questão, mas no qual tudo é resposta, tudo é evidência.
Não mais, unicamente, por momentos, mas em todo instante, que o leva a ver que não houve, jamais, distância, que jamais houve divisão ou separação.

Coloque-se, comigo, no Coração da Fonte.

Nesse instante em que nenhum limite pode interferir, em que nenhuma dúvida pode assaltá-lo nem levantar-se, eu o convido à Evidência eterna.
Além dos mecanismos desse mundo, além dos mecanismos da vida aqui embaixo, nessa Terra, além de toda reflexão, de toda emoção, você é convidado, para dar-se conta de que, quando isso está aí, todo o resto desaparece de sua consciência, como de sua vida, e põe a nu sua chama eterna, que queima sem consumir, desde sempre, e para sempre.

Eu o convido, enfim, a viver esse instante no qual nenhuma máscara é necessária, no qual nenhuma proteção pode, mesmo, ser pensada, aí, onde tudo é espontâneo, imediato e total.

Em seu corpo, em sua alma como em seu Espírito, vive-se a alquimia da Graça da Ressurreição e da Vida infinita, que se apoia no que você, de maneira bem anterior à primeira consciência e ao primeiro mundo.

Nesse instante dissolve-se o véu que envolve seu coração.
Nesse instante levantam-se as correntes que podiam, ainda, afirmá-lo nesse mundo, porque os tempos da Terra estão consumados, porque o tempo de seu reino é chegado, e seu reino não é desse mundo, nem dessa carne, nem dessa matéria.

Então, nesse instante, a felicidade do Um aparece.

Aí, juntos, nesse lugar atemporal e em todo espaço, nós nos temos.
Aí, onde não há mais necessidade de palavras, de formas ou de direção nem, mesmo, de intenção, aí, onde a questão da ética não se coloca mais, aí, onde tudo é suavidade, eu deposito esse selo que o restitui a si mesmo.

Você, filho do Único, você, que procria o Único a cada movimento como a cada repouso, aí, onde não há qualquer necessidade de sobrenome, de nome, de idade, de nascimento ou de morte, aí, onde todas as experiências apagam-se diante de sua majestade, eleve seu coração até a Fonte de Cristal.

Em sua humildade, devido, mesmo, ao seu desaparecimento, a chama de Vida nasce por toda parte.

Aproveite.
Aproveite do Silêncio para apaziguar o que você pode pensar ser, ainda, dissonante e desviado, sem esforço, sem nada mais pedir que não isso, sem nada esperar que não a Verdade desse instante.

Eleve sua chama.
Não por decisão, não por uma ação, mas, unicamente, pela evidência de nosso instante Um.

O que você procurou nos tempos anteriores a esse instante respondeu ao seu apelo, porque, de fato, esse apelo jamais foi dirigido que não a si mesmo.

Pela Graça do Silêncio, pela Graça da vibração, pelo Amor que você encarnou, apesar de todos os véus e apesar de todos os sofrimentos, você é convidado à Evidência, à transparência, você é convidado ao que você é.

Nenhuma dúvida pode sobrevir.

Nesse instante, a Luz pode, então, preencher a totalidade de sua forma e de seu informe.

Nesse instante, o Fogo da consciência abrasa-o e o põe a nu, aí, onde nada pode vir recobri-la nem, mesmo, desaparecer com ela.

Nós estamos juntos, e fazemos apenas uma única chama, apenas uma única vida, apenas uma única fonte, em todo mundo e, mesmo, sem mundo e, mesmo, sem consciência.

… Silêncio…

Deixe sorrir seu coração.

Nada retenha.

Nós estamos aí, cada um de você e cada um de mim.

… Silêncio…

E a Fonte de Cristal penetra-o agora.

Absolutamente, tudo é incluído nesse instante, aqui e por toda parte, o que lhe dá a ver a primazia da Verdade sobre todo prazer, sobre todo impulso vital.

Então, deixe irradiar, através de sua Ausência, a Luz de Verdade, nesse instante de Verdade.

Receba e dê-se.
Receba o que é.
Experimente-se, você mesmo.

… Silêncio…

Acolha-se, sem qualquer condição, com um impulso franco, no qual não há qualquer necessidade de mover-se ou de deslocar-se, mas, simplesmente, estar aí, na totalidade.

Assim.

Tudo é perfeito.

… Silêncio…

Avancemos, juntos, na clareza, aí, onde não há qualquer movimento, aí, onde nenhuma sombra pode ser portada.

Instale-se na perenidade, na serenidade e, sobretudo, na Alegria, aí, onde a última Luz, de um branco cintilante, abençoa-o no que você é.

Você, o amigo e o amado da Fonte.
Você, que é o que você é.

Aí, onde nós somos leves, sem peso e sem dor.

Aí, onde nada há a dizer, nem, mesmo, a redizer, onde nenhum pensamento pode, mesmo, tocá-lo, onde nada mais há a atravessar nem a demonstrar, nem a crer.

Nessa indizível Alegria, você está em você, e eu estou em mim.

Aí, onde você não faz mais do que Um com o Amor e a Luz.

Nesse instante, todos os marcadores desaparecem.
Você não pode mais perder-se nem ter necessidade de orientar-se.
Nada há a fazer, nada há a pedir, há, simplesmente, a exatidão do que está aí.

Você é convidado à vida sem limites, sem contingências e sem restrições.
Em cada um de você que está aqui, que ouve, que escuta e que lê, você se rememora de sua promessa, de seu juramento, o que lhe dá, então, a prova, mesmo se ela não seja necessária, da verdade eterna de sua chama, para afirmá-lo e assentá-lo, para que sua maior das forças seja a verdade do Amor.
Porque, nessa força, não pode haver divisão, em você como em seu exterior.
Nesse estado que transcende todos os estados, nada mais há a retificar ou a endireitar.

Naquele momento, nesse instante, você é a verdade da Vida, aí, onde tudo fala com uma única voz.

Viva-o.
Isso não é uma ordem, mas uma injunção da própria Vida.

Nessa transparência, nessa explosão de Luz, nessa plenitude do Amor, o que pode existir como faltas ou como desejos?

Lembre-se, nós somos Um.
Lembre-se.

… Silêncio…

Aqui está a Vida, que não é mais interior nem exterior, nem formal nem informal.
Quer a vibração esteja presente ou apagada, quer sua consciência tenha seguido ou não, nada muda para a Verdade do instante.

Cada parcela de seu coração vibra em uníssono ao sopro de Vida.

Assim é o templo da serenidade.
Assim é sua chama de Vida, que queima na Eternidade, que ilumina tudo.

Comungue comigo, porque nessa comunhão não há qualquer interstício para outra coisa, porque, nesse instante, tudo é preenchido.
Tudo está completo e tudo está consumado.

Nada apreenda.
Deixe ser o que sempre foi, que está aí e que estará, sempre, aí.

Tal é a superabundância da Graça no «Nós somos Um», no «Você é o que você é».

Nesse instante, a bênção é total.
Ela atravessa seu corpo, sua consciência, seus diferentes envelopes, e põe-nos a nu e dissolve-os.

Você é o coração, bem mais do que o corpo.
Você é a Verdade, bem mais do que as mentiras desse corpo.
Você é a Eternidade, que contém os mundos, os potenciais atualizados ou a vir e todos os passados possíveis.
Mas você sabe que você não é nem seu passado nem qualquer futuro nesse instante.

Tal é meu selo.
Tal é nossa Verdade Una e inabalável, que lhe dá a Paz em abundância.

Acolha o Fogo, aquele que o preenche pelo alto e por baixo, pelo meio, de dentro como de fora.

Apreciemos, juntos, esse momento de exceção, que pede apenas para tornar-se permanente e animá-lo no contentamento permanente.

… Silêncio…

Além, mesmo, de suas origens, de sua essência e de suas linhagens, é o que você é, e aí, você está completo.
Nada pode ser insuficiente, nada pode haver a completar.
E aí onde você está, mesmo minhas palavras, como suas palavras, não podem pará-lo.
Elas são apenas a música que acompanha isso.

O tempo do Amor chegou ao conjunto da Terra.
O tempo do Amor chegou ao sol de seu peito, como ao Sol que você vê com seus olhos.
O tempo do Amor renasceu, nos olhos da carne.

Deleite-se na abundância, deleite-se na Evidência.

Nada há a acrescentar.
Minhas palavras fazem apenas dançar de alegria em sua verdade do instante.

Meu amigo, meu amado, escute e ouça o Silêncio.
Escute e ouça o tempo dos contentamentos.

Permaneça na alegria porque, na Alegria, tudo permanece.
Permaneça em mim, permaneça em você, permaneça em cada um, em cada vida, em cada átomo, em cada universo.
Tudo isso é você.

Doravante, em cada um de seus passos nesse mundo, há a certeza, não aquela que é refletida ou acreditada, mas aquela de sua vivência, nesse instante.

Receba.
Receba, ainda, sem limites, sem condições, com naturalidade, com espontaneidade, a doação do Amor, a doação da Graça, a doação da Vida.
Aí está sua eternidade, aí está seu contentamento, que não pode conhecer fim e que jamais conheceu início.
Aí, onde estão todos os modelos que você seguiu, aí, onde estão todas as histórias desse mundo, aí, enfim, onde nenhuma história é necessária.

Aí, onde você mesmo escreve o fim do sofrimento, o fim da ilusão, o fim da sede.
Aí, onde você se ama, verdadeiramente.

… Silêncio…

Ouça.
Ouça o que lhe diz o Silêncio do instante.

Escute o que lhe diz a Luz sem palavras sem imagens e sem formas.

Permaneça assim.
Onde quer que você esteja, eu estou aí.

Escute e ouça o que se diz em você, o Silêncio e a Paz, o Amor e a Verdade, e abençoe isso, abençoe-se, a si mesmo, abençoe cada um.
E perdoe a tudo o que pense ter a perdoar.

Todo pensamento não é mais útil.
Você está no Templo de Verdade, que não tem entrada, nem saída, nem paredes, nem teto, nem fundações, porque esse Templo é a Eternidade.
O conjunto de dimensões e de mundos, de criações passadas, presentes e a vir, ali está inscrito.

Mais vasto do que o universo e menor do que um ponto.

… Silêncio…

Eu o deixo emergir em seu mundo, rico de verdade e pleno do que você é.

Eu o deixo viver e ver esse instante, em todos os instantes que lhe resta no calendário de seu tempo e do tempo dessa Terra.
E em todo espaço, no qual nenhum calendário mantém-se, em todo ciclo como fora de todo ciclo.

… Silêncio…

Nesse Silêncio tão pleno e tão rico, no qual tudo está aí, eu mergulho em você.

Nenhuma parcela de seu corpo, de sua vida, de sua consciência pode escapar-me, nem escapar de você.

Junte-se a mim, na Evidência.
Permaneça assim, verdadeiro e transparente.

Nesse Silêncio, você cresce até o infinito, sem movimento, sem deslocamento.

Ainda, você não conhece mais o tempo.
Ainda, mesmo quando você abrir seus olhos, mesmo quando você sair no mundo, esse instante permanece.

Eu o abençoo perpetuamente.

Receba.
É o que você é.
Receba.

Eu me inclino em você, em sua grandeza e em sua humildade.
Receba e eleve-se.

… Silêncio…

Eu me calo agora, alguns instantes, e permaneço aí.
Não se mova.
No silêncio, em cada um de você, nós permanecemos.
Não há, mesmo, mais necessidade da dança de minhas palavras, não há mais necessidade de presença.

… Silêncio…

Assim é a felicidade da Eternidade.

Eu me calo.

… Silêncio…

Quando você quiser, abra os olhos ao seu mundo, no qual seu corpo vaga, ainda, e permaneça assim, marcado por meu selo.

Eu lhe digo até muito em breve, até daqui a alguns minutos, para prosseguir.


3 comentários:

  1. Eu o convido a dar-se a si mesmo o sopro de Vida eterna, que vem consumir e dissolver o que pode restar de aparência e de pessoal. Em outras palavras, eu o convido à Alegria perpétua, em toda Presença como em toda Ausência.

    Eu o convido a depor as armas de seus jogos, tanto nesse mundo como em qualquer mundo.
    .........

    O dois torna-se Um – que ele sempre foi.
    .........
    Nesse instante dissolve-se o véu que envolve seu coração. Nesse instante levantam-se as correntes que podiam, ainda, afirmá-lo nesse mundo, porque os tempos da Terra estão consumados, porque o tempo de seu reino é chegado, e seu reino não é desse mundo, nem dessa carne, nem dessa matéria.
    .........
    Absolutamente, tudo é incluído nesse instante, aqui e por toda parte, o que lhe dá a ver a primazia da Verdade sobre todo prazer, sobre todo impulso vital.
    .........
    Eu o deixo viver e ver esse instante, em todos os instantes que lhe resta no calendário de seu tempo e do tempo dessa Terra.

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  2. O tempo do Amor chegou ao conjunto da Terra.
    Amém!!!


    Todo pensamento não é mais útil.
    Que Graça, estar diante desta frase, em total acolhimento


    Toda a Mensagem contagiante!!!!

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