23 de out. de 2008

MA ANANDA MOYI – 23 de outubro de 2008

DO SITE AUTRES DIMENSIONS

Eu sou Ma.
Recebam minha bênção.

Eu venho a vocês, com vocês, a fim de comungar na energia espiritual do coração, na energia da beleza, na energia do Amor e na energia da Luz.

Na vida do ser humano existem numerosos caminhos, numerosas vias, numerosas interrogações também.
Existe, eu diria, uma infinidade, múltiplos mesmo, para cada um de vocês, no curso da própria encarnação, e múltiplos, também, em numerosas encarnações.

Vocês têm, todos, sem exceção, a mesma finalidade, queiram ou não, reconheçam ou não, pouco importa, porque essa finalidade está inscrita no tempo, na duração de suas encarnações.
Essa finalidade é a Essência.
A Essência é o Amor.
A Essência é a Unidade.
Isso, vocês sabem.

Mas o saber não é o viver.
O saber não é, necessariamente, integrá-lo.
Se vocês o recusam, obviamente, não me cabe julgar, nem a ninguém, porque esse é seu caminho, sua experiência em sua encarnação, porque é a sua, e de ninguém mais.

Bem amados filhos da Luz, a finalidade continuará sempre a mesma.
É a mesma desde o começo dos mundos; é a mesma na finalidade dos mundos: encontrar a Essência, o Coração, a Unidade.

Nesse espaço sagrado, no meio de seu peito, reside a Fonte, mas também a finalidade, reside também o fim das interrogações, o fim da angústia, a paz, a serenidade.
Todas as respostas às suas questões encontram-se nesse espaço sagrado.

O jogo da encarnação (os jogos da experiência) faz com que vocês queiram afastar-se da Fonte.
A própria encarnação, por princípio, é afastamento da Fonte.

Esse afastamento da Fonte permite-lhes experimentar, em numerosos jogos, certa gama de emoções, de sensações, de atitudes e de construções, ao nível do intelecto e do mental.
Essas experiências são temporárias porque se limitam, no máximo, à existência desta vida.
Por vezes, elas são temporárias mesmo em sua vida, percorrendo apenas algum tempo de sua vida e seu interesse muda, tanto em função de seu desejo de experiências, em todas as esferas de suas experiências de vida, como na alimentação, em seus reencontros, como em suas ocupações, quaisquer que sejam.

Uma única coisa, entretanto, é perene, uma única coisa instala-se de maneira definitiva (devido mesmo à sua existência nesta dimensão), que é o Coração.

Aí está uma palavra bem grande: o Coração é o centro, antes de tudo.
É o lugar de onde provém e para onde tudo volta.

Não se esqueçam de que vocês são construídos à imagem do Criador.
Tudo em vocês ressoa e evoca a beleza do Pai, a beleza da criação e a beleza da experiência, qualquer que seja.

Toda experiência é, aliás, respeitável e autêntica para aquele que a vive, mas a experiência não os predispõe a encontrar o Coração.
A experiência, por essência, afasta-os de sua Essência.
A experiência, por natureza, afasta-os de sua natureza.
A experiência afasta do Coração, porque ela mantém a separação, a divisão, os jogos do sofrimento e da satisfação, do sofrimento e dos prazeres.

Por definição, os prazeres não são duradouros.
Nada é duradouro em sua vida, nem mesmo seu rosto, que vocês contemplam, no entanto, todas as manhãs no espelho e que vocês reconhecem e, no entanto, tantas coisas ali mudaram.

A experiência é efêmera.
A experiência são instantes que se sucedem.

A Divindade é imanência, permanência e eternidade.

Vocês têm sede de eternidade, do mesmo modo que vocês têm sede de experiências.
Assim vai o jogo da encarnação, o jogo de suas encarnações e, no entanto, a experiência, mesmo levada ao seu termo, deixar-lhes-á, sempre, em definitivo, um gosto de incompletude.

A experiência, a mais prazerosa que seja, transformar-se-á em lembrança.
Lembrança que poderá fazê-los lamentar aquela época, ou voltar a buscá-la.
Mas, entretanto, enquanto vocês estão nessa busca, vocês não estão na imanência, vocês não estão na espiritualidade, mas na experiência.
A experiência foi desejada por um princípio espiritual que não é a experiência.
O princípio espiritual consiste, justamente, em reencontrar, através da experiência, o gosto da eternidade.

Vocês saíram da eternidade para entrar numa forma finita chamada encarnação.
Nada é fixo, nada é imutável na experiência.
Tudo é móvel, tudo é movimento.
Aliás, vocês mesmos dizem que a vida é movimento.
Isso é ilustrado pela sucessão de estações, a sucessão de dias, a sucessão também de emoções que vocês provam.

Entretanto, essa não é a finalidade, a imanência.
Para encontrar a imanência, essa Essência que alguns de vocês buscam, é preciso, já, aceitar que a experiência é ilusão, que tudo aquilo em que vocês creem, tudo a que aderem são apenas projeções e construções.
Isso necessita uma coragem extrema, como abandonar suas crenças, como abandonar suas experiências.

Retenham que a experiência não é feita para aproximá-los da Divindade.
A experiência é feita para experimentar, mas, em definitivo, afastá-los-á sempre, e ainda mais, do que vocês buscam, para alguns.

Apenas na parada da experiência, apenas na entrada na transcendência e na imanência é que vocês encontrarão uma pausa nesses jogos.
E, no entanto, a experiência tem um objetivo espiritual, que foi desejado, decidido e decretado por vocês mesmos e pelo Criador.

Então, que pensar disso?
Basta pensar que tudo está em seu lugar, como aquele que experimenta a necessidade de experimentar.

Essa necessidade de experiências pode levá-los para muito longe do que vocês são, mas ninguém deve julgar isso, porque é seu caminho e ele é respeitável.
Mas, entretanto, se, agora, seu desejo é de encontrar a eternidade, a imanência, a transcendência, a alegria sem fim, a alegria eterna, vocês devem, obrigatoriamente, parar a experiência.

Parar a experiência não quer dizer parar a vida, bem ao contrário, mas entrar na vida.

A verdadeira vida é ausência de experiências, a verdadeira vida é imanência, eu repito.

A experiência inscreve-se numa duração temporal mais ou menos longa.
A imanência está fora do tempo e, portanto, fora da experiência e fora do passado, fora do futuro.
Ela é instante presente.

Como vocês querem realizar esse instante presente a partir do momento em que todo seu ser inclina-se para a experiência, inclina-se para as projeções ou os sofrimentos ou as alegrias que vocês acumularam ou que esperam?

Então, essas palavras são muito simples e, no entanto, tão poucos seres chegam a esse estado!
Felizmente existem períodos abençoados na história da humanidade, que ocorrem sempre nesses tempos de fim de experiências, que foram chamados, na tradição hindu, os Kali Yuga, ou seja, a idade sombria.

Essa idade sombria predispõe a coletividade da humanidade, numa frágil proporção, a sair do campo da experiência e a entrar no campo da imanência.
Se não, olhem o número de seres, nos milhões de seres que estão na encarnação que são capazes de levar a efeito essa experiência a título individual.
Eles são, vocês hão de convir, extremamente pouco numerosos, tão pouco numerosos que deixam uma marca indelével no campo de experiências do humano.

Entretanto, na graça do que vem, vocês têm a possibilidade, se tal é sua escolha, de penetrar na imanência.
Penetrar na imanência é parar as experiências.
Parar as experiências é parar de girar nesses jogos interiores para o exterior, mas entrar no jogo final que é o jogo da interioridade.

Encontrar o Coração, encontrar a Essência corresponde a isso.
Mas, obviamente, vocês me responderão que o ser humano é um ser de experiências, devido mesmo à sua encarnação.
Isso é evidente.
Mas toda experiência tem um fim.

E quando a experiência cede diante da imanência?
Ela cederá no momento em que vocês tiverem suficiente, a título individual, experiências.
Quando vocês tiverem suficientemente experimentado as alegrias sucedendo-se a sofrimentos e sofrimentos sucedendo alegrias.

Não pode haver equilíbrio na experiência, porque a experiência, eu repito, está inscrita no tempo, enquanto a imanência está inscrita no instante e na eternidade.

Então, cabe a vocês escolher.
Vocês não podem mais, doravante, tocar ao um, tocar ao outro.
Como sabem, e como numerosos seres anunciaram, vocês entraram, desde algum tempo já, nos períodos de escolha.
Essas escolhas os engajam em destinos e destinações e caminhos profundamente diferentes.
Reflitam bem no que vocês desejam.
Lembrem-se de que ninguém os julgará, senão vocês mesmos.

Não há vergonha em prosseguir a experiência.
Não há vergonha, tampouco, em buscar a imanência.
Isso cabe a vocês.
É sua própria história e suas próprias vidas que vão induzir em vocês a atração para a imanência ou para a experiência.
E não julguem, tampouco, aquele que escolhe a experiência em relação àquele que escolhe a imanência.
Talvez, aquele que escolhe a experiência seja muito mais sábio do que vocês, talvez ele venha de mundos muito mais evoluídos do que os seus, decidindo viver a experiência.
Isso, ninguém sabe.

Então, não há valor superior ou inferior entre imanência e experiência.
Simplesmente, o que eu posso dizer é que vocês todos que estão encarnados neste momento nessa fase de Kali Yuga, vocês escolheram viver esse momento, não pode ser de outro modo.
Vocês escolheram este momento, a fim de colocarem suas escolhas.

Inúmeros seres também disseram que vocês são seres de eternidade, seres divinos, que vestiram os caminhos e os momentos da experiência.
Isso lhes pertence, isso lhes é próprio.

Mas, em momentos regulares, a imanência apresenta-se a vocês e vem pedir-lhes para escolher.
Não há boas escolhas, más escolhas, mas escolhas que correspondem, em função de suas aspirações.
Essa escolha, essas escolhas, vocês devem fazê-las em toda intimidade, sem deixar-se influenciar pelos eventos exteriores ou as opiniões exteriores.
Elas pertencem a vocês próprios.
Elas são pessoais.
Isso é essencial a compreender.

Não há boas escolhas, eu repito, não há más escolhas, mas há, entretanto, necessidade de afirmar suas escolhas e seguir suas escolhas.

Vocês não podem pretender a imanência e prosseguir a experiência.
Vocês não podem pretender a experiência e continuar a imanência.
Essas duas escolhas são o oposto uma da outra.

Então, não deixem ninguém escolher em seu lugar, não deixem ninguém impor-lhes essas visões que serão, necessariamente, as dele e não as suas.

Não deixem ninguém, não deixem nenhuma energia interferir com sua energia íntima.
Essa escolha volta a vocês, ela é sua herança de criador, ela é sua herança de Divindade.

Vocês nasceram livres e continuarão livres, quaisquer que sejam suas escolhas.

Somente Espíritos deformados têm tendência a querer considerar que o homem não pode ser livre e deve ser dominado por um modo de funcionamento.

Eu não julgo o valor desses modos de funcionamento, mas, a partir do momento em que uma autoridade exterior busque impor-lhes uma autoridade no interior do que vocês são, isso é já um erro.

Tomem, efetivamente, consciência dessas palavras, elas são extremamente importantes nos tempos e nos momentos que vocês viverão sobre esta Terra.

Há momentos eminentemente próximos em que vocês não terão nada mais a que se prender, a não ser ao que vocês são.

Há momentos eminentemente próximos em que a escolha será colocada e revelar-se-á totalmente a vocês e que anunciam a maior das transformações da humanidade, porque a Luz vem a vocês.

O que vocês farão com essa Luz?
O que vocês farão com esse Amor que se apresenta a vocês?
Vocês vão dele desviar-se, ignorá-lo ou aceitá-lo?
Toda a questão está aí.

Não é uma questão de julgamento do que é bom ou do que é mau, porque o bom para um é mau para o outro.

Não há o que se lamentar sobre a escolha de uns e dos outros, sejam estes os mais próximos de vocês, um companheiro de estrada, um ascendente ou um descendente.

Alguns disseram que seus filhos não lhes pertenciam, e isso é verdade.
Vocês serviram de apoio a eles para manifestarem-se, assim como seus pais permitiram a vocês manifestarem-se.
Aí param suas responsabilidades.
Aí para o dever.

As escolhas devem ser decididas com toda liberdade.
Absolutamente nada deve vir interferir em suas escolhas, tanto para a imanência como para a experiência (eu me exprimo a propósito das duas opções).

Não há elemento que justifique ou contra-indique uma ou a outra das escolhas, mas, entretanto, a vida que decorrerá será, obviamente, função de escolhas que vocês colocaram em sua alma e consciência, eu diria.

Eu sempre disse que vocês eram os filhos da eternidade, da Unidade, da Luz, e Luz, vocês mesmos.
Saibam que, ainda que vocês escolham o caminho da experiência, a Luz voltará em outro momento apresentar-se a vocês e virá perguntar se vocês estão prontos para entrar em seu seio e voltar a tornar-se essa Luz.

Apenas as construções do mental ou de suas próprias emoções e de sua personalidade é que podem tornar esses instantes de escolha num modo dramático, mas não há qualquer drama, há apenas retribuições.

O que vocês observam sobre a Terra nesse momento, e o que vocês vão observar muito em breve, são apenas consequências de ações passadas da humanidade.
Mas vocês não são as consequências, vocês não são responsáveis, a título individual, do que acontece ao nível coletivo.

O que a crisálida e a lagarta chamam a morte, a borboleta chama o nascimento.
É o mesmo nos instantes que vocês viverão.
Eles são iminentes, eles não são daqui a uma geração, eles não são calculáveis em termos de anos e, para alguns de vocês, eles já estão aí.

Vocês estão avançados, alguns, em relação ao coletivo, mas o coletivo não vai tardar a fazer irrupção, a imiscuir-se na realidade.

Não contem comigo para descrever-lhes a natureza do que vem, a manifestação do que vem.
Saibam, simplesmente, que o que vem é a justa retribuição, mas é, também, a memória do juramento da Luz, a memória do juramento do Amor.

Recordem-se, também, de que, a partir do momento em que vocês saem de sua escolha para influenciar na escolha de outro ou de outra, vocês saem de seu direito.
Vocês não têm direito algum de exigir ou de fixar uma escolha para outro ser, quem quer que ele seja.

Assim como a Luz, o Amor e o Pai deixam-nos livres, assim vocês devem deixar livres aqueles que fazem escolhas diferentes da sua, porque isso cabe a eles.
Eu repito, não há possibilidade alguma de julgamento.
Cada coisa está inteiramente em seu lugar, sobretudo nesses momentos reduzidos, sobretudo no que é iminente.
Cada ser está em seu próprio lugar, cada situação está em seu próprio lugar, cada grupo de almas está em seu próprio lugar.
Não pode ser diferentemente.

Os momentos iminentemente próximos são momentos que eu qualificaria de hipersincronia, de hiperfluidez.
Somente o olhar que vocês levarem poderá fazê-los dizer isso é negro, isso é branco.
Na realidade, isso não é nem negro, nem branco; isso é simplesmente evidência da Luz e a Luz contenta-se em ser e não porta julgamento.

A partir do momento em que a Luz porta um julgamento, ela já não é mais a Luz.
Ela já é manifestação e experiência, mas não é mais a Luz.
Lembrem-se disso.

Vamos dizer que, qualquer que seja seu caminho, vocês devem compreender que o que é proposto à humanidade é um momento de Unificação e de Unidade reencontradas.
Isso é essencial a integrar, eu diria, em sua cabeça, mas também em seu Coração.

Quaisquer que sejam suas escolhas (a experiência ou a imanência, pouco importa), progressivamente e à medida que esse momento aproxima-se, vocês conseguirão encontrar um caminho de equilíbrio.
Certamente que o caminho de equilíbrio da experiência passará por extremos, enquanto a escolha da imanência traduzir-se-á por um centramento, por um sentimento de Unidade que vocês jamais provaram.

Quando vocês viverem esse instante, vocês o reconhecerão entre mil, porque ele não é a nenhum outro similar.
Ele não pode ser confundido nem com mecanismos místicos, nem com mecanismos de satisfação do ego.
É sua Unidade reencontrada, e isso lhes pertence, e isso ninguém pode transgredir ou forçar.
Esses momentos que vocês vivem, que se aproximam, são momentos (como já lhes foi dito por outras entidades) extremamente preciosos, raros, tanto em sua intensidade como em sua repetição.
Esses momentos são momentos em que a experiência reencontra a imanência, momentos em que a dualidade resolve-se na Unidade.
É o momento em que o Divino vem bater à sua porta, à porta de seu Coração, à porta de sua Essência.

Então, tudo o que poderia emergir que não propicie o equilíbrio em vocês, ao redor de vocês, demonstra simplesmente uma única coisa: é que, pelo momento, não há em vocês sincronismo entre suas escolhas e o que vocês vivem.

A partir do momento em que a escolha estiver integrada, aceita (e, eu repito, qualquer que seja essa escolha, a experiência ou a imanência) vocês estarão, naquele momento, em acordo consigo mesmos e vocês reforçarão o que são, seja o ego ou o ser Divino que está em vocês.

Aí estão alguns elementos de informação que eu tinha, caros filhos, a comunicar-lhes em relação ao que está, agora, sobre esta Terra.

Se vocês têm questões, eu gostaria de tentar ajudá-los.

Questão: ter uma atitude de confiança pode ajudar-nos em nossas escolhas?

Eu diria, antes, que a confiança vem da escolha efetuada.
Enquanto a escolha não é feita, vocês não podem ter confiança.

A escolha, não unicamente efetuada na cabeça, mas manifestada na realidade de sua experiência de vida, traduz-se, necessariamente, por uma confiança.

Se é a escolha da experiência, ela se situa, necessariamente, ao nível da personalidade.
Se é a escolha da imanência, ela pode também situar-se na personalidade.
Mas, geralmente, se vocês fazem a escolha da imanência, vocês entrarão na confiança.
Essa é a prova de que a escolha da imanência situa-se ao nível da alma.

A partir do momento em que vocês decidem essa escolha conscientemente, é a personalidade que se exprime.
A escolha da imanência não é uma escolha do mental.
A escolha da imanência é aceitação, abandono, soltar, e confiança.
Não se pode decretar a escolha da imanência, em contrapartida, pode-se decretar a escolha da experiência.

Questão: essa escolha está integrada em nós desde nossa encarnação, em nosso caminho de vida?

Ela faz parte do caminho da humanidade nesse instante.
Se vocês estão presentes, é que vocês escolheram.

Questão: a escolha da imanência manifesta-se por um sentir?

A palavra sentir é bem frágil, caro filho.
A escolha da imanência traduz-se por uma passagem na Unidade, ao mesmo tempo conservando a forma.
É um sentimento interior, no sentido o mais nobre, que encontra sua justificação no estado de ser que isso gera, que é um estado de pura Luz.
É o momento em que a Luz que era contemplada no exterior torna-se interior e não se vê mais, porque, tornando-se Luz, vocês não podem mais ver a Luz, nem a Sombra.
Vocês entram no que algumas tradições chamaram o Eu Sou.

Questão: o trabalho com os cristais corresponde mais à experiência do que à imanência?

A experiência de cristais pode ser experiência, mas pode participar também da imanência, sabendo, efetivamente, que a escolha final da imanência não é ligada a um cristal, nem à personalidade, nem a algo que vocês decretem, nem a algo que vocês afirmem.

A imanência é um estado de ser.
Eu o defini como abandono, soltar, domínio.
Mas alguns eventos, algumas experiências são capazes de aproximá-los da imanência e outros de afastá-los dela.
É tornar-se Deus, conter a totalidade do criado e do não criado, ao mesmo tempo mantendo uma forma.

Questão: como a escolha da imanência traduz-se em nossa vida quotidiana?

A escolha da imanência, caro filho, vai induzir em você a Unidade.

A Unidade é um estado.
Nesse estado não há incapacidade, eu diria, para levar a efeito essa vida corrente, mas, simplesmente, essa vida corrente é colorida por esse sentimento de Unidade.

Nessa Unidade não há mais oposição, dualidade.
Ali pode apenas haver manifestação dessa Unidade.

Lembrem-se de que o mais puro marcador de sua escolha da imanência corresponde ao seu estado interior de Unidade e a Unidade que vocês manifestam, e que vocês se tornaram, não vê oposição alguma com o que vocês chamam de vida corrente.
Simplesmente, o que diferencia aquele que fez a escolha da imanência daquele que fez a escolha da experiência é uma qualidade de ser.

Há um que está em acordo com o Pai, que se torna Deus, a totalidade do não criado e do criado, ele se torna unitário, ele não está mais fragmentado.
Enquanto aquele que continua na experiência sem ter vivido a escolha da imanência está totalmente fragmentado, dissociado, passa seu tempo a tentar reunir-se, sem conseguir, obviamente.

Questão: essa escolha da imanência pode conduzir a perturbações no destino?

Obviamente.
A partir do momento em que vocês entram na Unidade, todos aqueles que estão fragmentados, na dualidade, e que têm medo da imanência, que escolheram a experiência, vão tentar confrontá-los e desviá-los de seu caminho.

Então, obviamente, sim, a passagem na Unidade acompanha-se de certo número de cataclismos que podem tocar todos os setores de sua vida, mas que não são desencadeados por vocês, que são desencadeados por aqueles que permaneceram na dualidade, sejam eles os mais próximos companheiros com os quais vocês vivam.

Questão: você falou de escolha e de reencontro da imanência. O reencontro aparece a partir de quando houve a escolha?

Há a imanência que traduz uma escolha.
Enquanto vocês decretam a escolha da imanência, isso permanece um decreto mental, e vocês participam ainda da experiência.

A escolha da imanência é a passagem na Unidade, a reentrada na fluidez, um abandono.
Essa escolha não é ativa, não é um desejo, porque, enquanto é um desejo, ele pertence ao mundo do mental e da projeção.

A escolha da imanência e, portanto, a Unidade que dela decorre e a acompanha, corresponde, antes de tudo, a um abandono e a um soltar.

Questão: onde está verdadeiramente a escolha, como se implementa, uma vez que estamos encarnados para experimentar?

Vocês decidiram encarnar-se para experimentar, certamente, mas a experiência final é o retorno à imanência.
A experiência pode durar tanto tempo, vidas, ciclos, que vocês desejam, até o tempo em que vocês tenham esgotado a experiência.
Tudo depende do desejo que vocês formularam, ao encarnar-se, de afastarem-se da Luz.

A experiência não é a espiritualidade, mesmo a experiência espiritual não é a Divindade.
Ela participa do jogo.

Um dia vocês serão muçulmanos, um dia vocês serão cristãos, um dia vocês serão judeus, mas são apenas experiências, uma vez que vocês voltam.

Enquanto vocês voltam, é que vocês não terminaram a experiência.

Ora, o momento que vocês vivem não é um momento individual, é um momento coletivo, e vocês estão sujeitos a essa lei coletiva.
Assim como vocês estão sujeitos à morte, a partir do momento em que vocês entram na encarnação.

Questão: como acompanhar o melhor possível os filhos?

Contrariamente ao que vocês pensam, meus queridos filhos, seus próprios filhos, sobretudo se são jovens, têm tudo neles para enfrentar, superar e transcender o que se manifesta, contrariamente a vocês.

Não há, portanto, preocupação a ter.
Basta-lhes simplesmente ser vocês mesmos e responder, na medida de suas capacidades, às questões que podem suscitar o que vem.

Não temos mais perguntas. Agradecemos.

Bem amados filhos da Luz, eu lhes agradeço por terem me acolhido.
Para além da expressão das palavras, eu lhes proponho reunirem-se, em meu coração de mãe, agora.

Eu lhes digo até muito em breve.

Recebam todo meu Amor.

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Efusão de energia...

Sejam abençoados.
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Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com

Um comentário:

  1. Foram ditas maravilhas sobre o que seja experiência e imanência, tais como: "A verdadeira vida é ausência de experiências, a verdadeira vida é imanência.Vocês decidiram encarnar-se para experimentar, certamente, mas a experiência final é o retorno à imanência". Consta ainda, dentre muitas, esta maravilha sobre o porvir: "Não contem comigo para descrever-lhes a natureza do que vem, a manifestação do que vem. Saibam, simplesmente, que o que vem é a justa retribuição, mas é, também, a memória do juramento da Luz, a memória do juramento do Amor".

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