12 de fev. de 2011

UM AMIGO – 12 de fevereiro de 2011

Mensagem publicada em 14 de fevereiro, pelo site AUTRES DIMENSIONS.
 
Sou Um Amigo.
De meu Coração ao seu Coração, Irmãos e Irmãs encarnados, comunguemos juntos.

Eu venho a vocês após certo tempo de ausência.
Venho interagir e ensinar no que respeita a duas noções essenciais que serão, em certa medida, um preâmbulo para a última parte do Yoga da Unidade que lhes darei dentro de pouco tempo.

Vamos, se querem efetivamente, abordar primeiramente certo número de conceitos, para além do mental, mas servindo-nos de palavras, para lhes permitir aproximar concepções talvez novas, talvez já conhecidas de vocês, concernentes ao Princípio da Unidade ou do que eu chamaria a Unidade, simplesmente.

Num segundo tempo desenvolveremos aspectos um pouco mais precisos concernentes à Energia, à Consciência / Vibração.

Em primeiro lugar, se querem efetivamente, definamos o quadro.
O quadro é, como sempre, a Consciência.

A consciência fragmentária que é aquela do ser humano vivo na sua personalidade e no seu ego, é uma consciência chamada, também, dissociada, no sentido em que ela funciona num modo discriminante, separativo e distanciador.

Esta distância é incluída mesmo na noção de consciência dualitária, onde se exprime o sujeito e o objeto, a consciência estando fechada no que é chamado sujeito, ego ou personalidade ou consciência do «Eu».
O objeto sendo, por definição, algo que é exterior à Consciência do sujeito, este objeto podendo ser uma outra Consciência, como um objeto, no sentido literal.

A consciência fragmentária é uma consciência dualitária e distanciativa, na medida em que ela concebe o mundo como dividido em duas partes: si (ou mais «Eu») e o resto do mundo, que não é o «Eu».

Assim, esta consciência pode ser definida, no plano Vibratório, como fechada, exclusiva e confinante.
É a consciência na qual evolui a humanidade desde tempos imemoráveis, é a consciência da personalidade onde há uma consciência completamente separada entre o que constitui o «Eu» e o que constitui o resto do mundo.

Há, de fato, uma separação, vivida como tal, entre a consciência desse «Eu» e o resto do mundo, que não pertence à consciência do «Eu» e, por conseguinte, vivido e apreendido como exterior.

O próprio princípio da falsificação e da fragmentação é procedente desta separação sujeito/objeto, fazendo com que haja, realmente, uma noção de confinamento Vibratório mesmo na personalidade, no ego, fazendo com que o ego vá tudo analisar de acordo com um princípio de bem e de mal, aí também, juntando-se à dualidade.

O ego procura, por definição, sua própria experiência.
Sua própria experiência, geralmente, estando ligada a uma noção de satisfação, de prazer, de busca.
Isto está profundamente em oposição com a Consciência dita Unitária, descrita em inúmeros modelos tradicionais.

Com efeito, há «Eu» e há os outros «Eu».
Há o que é eu, há o que não é eu.

Esse princípio de fragmentação, de separação, é o próprio princípio da consciência egóica que evolui no plexo dito «solar» onde há, em todos os níveis, uma análise mental, uma análise emocional que permite situar o «Eu» no seu ambiente, qualquer que seja.
Este ambiente sendo sempre considerado como exterior a si-mesmo.

O processo do Despertar consiste em passar de uma consciência fragmentária ou dualitária para uma Consciência em via de Unificação ou ainda uma Consciência Unificada.

O próprio princípio da Consciência Unificada é que não existe mais separação, não existe mais confinamento, não há mais distância, mas há sobreposição entre o sujeito e o objeto.
Passamos então da consciência do «Eu» à Consciência do «Si», esse Si não estando separado, Vibratoriamente e em Consciência, do conjunto dos objetos que constituem o ambiente, como do resto do universo.
Esta Consciência é dita empática.
Ela é Unitária, porque não discrimina, não opõe.
Ela engloba, ela abre, ela incorpora.

Não há mais separação nem limite entre o Si e os outros Si.
O Despertar corresponde indiscutivelmente à passagem da consciência fragmentária à Consciência Unificada, com diferentes camadas de descobertas desta Unificação.

A Unidade não é uma vã palavra.

Tentamos, nesse mundo moderno, aplicar palavras novas, porque não podem fazer referência a qualquer passado.

Assim o foi da palavra Existência [Êtreté], substituindo vantajosamente o conceito de corpo de Luz ou ainda corpo imortal ou corpo da ressurreição.

O que diferencia a Consciência Unitária da consciência dualitária é, antes de tudo, um modo de percepção, um modo de sentido, um modo de manifestação onde tudo é oposto.

A consciência dualitária é confinante.
A Consciência Unitária é des-confinante: ela abre e libera.

A consciência fragmentária fecha, do mesmo modo que o ego fecha numa personalidade ilusória, efêmera, que não tem qualquer persistência além da morte.
A Consciência Unitária é, ela, liberadora, englobante, empática.
Ela vai, portanto, consistir na persistência para além da morte.

Há, por conseguinte, uma continuidade da Consciência na Consciência Unitária, o que falta profundamente na consciência dualitária.

A consciência dualitária está inscrita nos mecanismos de preservação, tendo por base o medo.
A Consciência Unitária tem, ela, um mecanismo que não é a preservação do ego, mas, bem mais, o acesso ao mundo do abandono, da Luz, da fé e da certeza.

Tudo opõe a consciência dualitária e a Consciência Unitária.

A consciência dualitária não tem qualquer noção de percepção Vibratória ou de percepção da energia.
Ou, no máximo, esta é limitada a percepções truncadas, ligadas a sentidos truncados, coloridos pelo próprio confinamento da referida Consciência num sistema de referências, num sistema de crenças, num sistema de adesões que nada têm a ver com a experiência, mas, bem mais, como eu disse, a um princípio de adesão mental, emocional, cultural, a certo número de dogmas estabelecidos, não experimentados por si-mesmo.

A Consciência Unitária não se importa com referências sociais, dogmáticas, culturais.
Ela é experiência e é, sobretudo instantaneidade.

A consciência dualitária se define sempre em relação a uma referência ao passado ou em relação a uma referência ao futuro.

A Consciência Unitária engloba os 3 tempos no instante presente: ela é independente do passado e não se projeta de modo algum em qualquer futuro, estando totalmente estabelecida no instante presente.

A consciência dualitária, fragmentária, evolui de acordo com um espaço-tempo qualificado de linear mas que, de fato, é curvo, vindo de um passado, indo para um futuro, mas incapaz de se situar no instante presente.

A Consciência Unitária escapa ao aspecto espaço-temporal.
Ela não é, por conseguinte, limitada a um confinamento num corpo e ainda menos limitada a uma consequência do passado ou uma projeção do futuro.

A consciência dualitária é fechada.
A Consciência Unitária é livre e liberada.
Isso se traduz, obviamente, por modificações intensas existentes numa estrutura chamada o corpo energético ou o corpo de Vibração, que conduz, progressivamente e à medida da experiência e da integração da Consciência Unitária, a viver a sobreposição desta Consciência Unitária com o veículo de eternidade ou corpo de Existência.

A consciência dualitária é aquela da consciência habitual do ser humano, funcionando de acordo com a regra do bem e do mal, do prazer e do desprazer, procurando permanentemente uma satisfação mental, emocional, afetiva, financeira ou outra.

A Consciência Unitária, que muitos de vocês começam a viver e a experimentar, é, portanto, ligada ao Despertar e, eu diria mesmo, ao acordar, fazendo de vocês seres luminosos e, sobretudo onde o medo começa, para ser banido.

Não pode ali haver medo de futuro, não pode ali haver medo do passado, porque isto não existe, porque é fundido na Consciência do instante presente que é, eu os recordo, não confinante, global e que vai lhes permitir experimentar estados para além da emoção e do mental que eu chamei a Alegria interior ou o Samadhi.

Eu disse numerosas vezes que existiam numerosas camadas sucessivas para esse Samadhi.
Do mesmo modo, o estabelecimento na Consciência Unitária se faz de acordo com certo número de camadas sucessivas, empilhadas, que convém desvendar umas após as outras.

A consciência distanciativa ou consciência dualitária é ligada à preservação do «Eu».
Tudo o que vem colocar em perigo a noção da ilusão do «Eu» é rejeitado pelo mental ou pelas emoções ou pelas experiências, afastando sempre mais a Consciência do Si.

A consciência do «Eu» quer controlar.
Ela está na vontade.

A Consciência do Si ou Consciência Unitária está, ao contrário no abandono, no instante, na instantaneidade, no eterno presente.

A consciência do «Eu» ou consciência dualitária, é fechada numa localização espacial e temporal precisa, chamada o indivíduo.

A Consciência Unitária não é fechada nem limitada de modo algum por esta noção espacial ou temporal que é o corpo.

O acesso à Unidade traduz-se na compreensão do conceito hindu chamado Maya ou Ilusão.

Enquanto o «Eu» predomina, vocês estão inseridos numa realidade tridimensional na qual a consciência se concebe como separada e dividida do resto do universo, onde somente lhe interessa o que é sua própria pessoa, seu próprio desenvolvimento.

Obviamente, existe nesse «Eu», por vezes, um sentido do Serviço, mas que é ligado à vontade pessoal e não à Luz, dando por vezes a Ilusão da Luz, chamada a Ilusão do ego ou a Luz do ego, em oposição à Luz da Fonte ou Luz Unitária, Luz Una, em ressonância com a revelação do princípio Unitário e da vivência, sobretudo, da Consciência Unitária.

A consciência fragmentária evolui num modo linear espaço-temporalmente localizado, limitado nas suas percepções Vibratórias e de suas percepções da própria Consciência porque, de modo permanente, colorida pelo mental e pelas emoções que vêm, permanentemente, traduzir a experiência do presente em relação a uma referência passada (referência passada emocional ou mental), chamada condicionamento ou crença, em ressonância com um passado e definindo o presente unicamente em relação a uma referência ou uma rede de leitura ligada ao passado e unicamente em relação a isso ou ainda por uma projeção ligada a uma vantagem pessoal encontrada na consciência do «Eu» no futuro, chamada projeção, planificação.

A Consciência do Si ou Consciência Unitária não se importa com essas referências espaço-temporais.
A Consciência Unitária sabe que não está limitada a esse corpo, que ela é o conjunto do universo, desvendando-se e revelando-se de camada em camada até chegar a estados de Consciência chamados Maha Samadhi ou Grande Samadhi, onde a Alegria predomina, onde nenhuma influência mental, onde nenhuma influência emocional pode vir alterar esta Consciência Unitária.

O princípio da Unidade ou Consciência Unitária dá acesso a percepções que nada têm a ver com uma coloração mental ou emocional e que nada têm nada a ver, tampouco, com uma experiência passada ou uma crença passada.

A Consciência Unitária é, portanto, inteiramente liberada do que viria do passado, como condicionamento, como crença ou como sofrimento que vem alterar o desenvolvimento do presente.

A Consciência Unitária escapa, portanto, à dimensão temporal e à dimensão espacial, existente e predominante na 3ª Dimensão, que vocês chamam dissociada ou fragmentada.

Existem também, na Consciência Unitária (ainda que, em minha vida, não tive ocasião de exprimi-lo de viva voz, mas outros antes de mim o fizeram, ainda que fosse em escritos do Advaita Vedanta ou escritos Védicos antigos, como por exemplo, Yoga-Sutra de Patanjali) indicadores indeléveis e inexoráveis da passagem da consciência fragmentada à Consciência Unitária.

Há também inúmeros ensinamentos, no Siddha Yoga e o Kriya Yoga, que evocam, eles também, os sinais e os indicadores indeléveis da passagem da consciência fragmentária à Consciência Unificada.

A Unificação da Consciência não é uma visão do espírito, não é uma concepção, ainda menos uma crença mas é, antes de tudo, uma vivência Vibratória da Consciência que se traduz, eu repito, por indicadores indeléveis.
Esses indicadores indeléveis são chamados, antes de tudo, os Sidhis ou poderes da alma, traduzindo-se por certo número de percepções Vibratórias, mas, sobretudo, por uma (que traduz a comunicação estabelecendo-se entre o corpo e a personalidade, e a alma e o Espírito), chamado Antakarana ou corda celestial, traduzindo-se por um som percebido num ou nos dois ouvidos, correspondente a esse contato estabelecido com a Consciência Unificada.

Paralelamente a isso, as percepções da Consciência são, obviamente, diretas, repito, absolutamente não mais coloridas por qualquer experiência passada ou uma crença passada ou um condicionamento passado.

O ser humano, vivo na Consciência Unitária, é totalmente liberado do constrangimento da personalidade onde predomina o medo.

O abandono à Luz é também uma certeza Interior, que se exprime pelo fato de que a alma é inteiramente banhada pela Luz, o Espírito toma, portanto, o passo e o lugar do mental e das emoções.

Na Consciência Unitária manifesta-se certo número de Vibrações e de modificações Vibratórias perfeitamente localizadas, repito, nos textos do Kriya Yoga, dos Siddha Yoga ou ainda dos Yoga Sutra de Patanjali, o Oriente, de fato, tendo, de maneira privilegiada, estudado essas manifestações de transformação da Consciência.
Assim, o despertar do Kundalini torna-se uma realidade.

Assim, o despertar do que é chamado as três Lareiras ou os três centros energéticos essenciais do ser humano torna-se uma percepção consciente e lúcida, guiando a vida do ser humano que experimenta e vive a Unidade, não estando mais sujeito às crenças do passado, nem aos condicionamentos, nem às projeções no futuro.

Esta Consciência Unificada instalando-se, vai se traduzir na percepção real do que chamamos, nós, orientais, os Chacras ou ainda as rodas de energia ou Lareiras.

A noção de Fogo torna-se, não mais, um Fogo por atrito, um Fogo de resistência, mas um Fogo Solar chamado, no Ocidente, o Fogo Micaélico ou ainda o Fogo do Céu e da Terra, reunidos no Fogo do Éter.

O despertar do Kundalini, a ativação dos centros superiores, traduz-se em modificações importantes da própria percepção da Consciência em si mesma, mas também do universo onde, repito, a distância entre o sujeito e o objeto tende a desaparecer, a Consciência podendo ser ao mesmo tempo objeto, ao mesmo tempo o sujeito, ao mesmo tempo o universo e, finalmente, identificar-se, inteiramente, à Luz e dizer então, como Cristo disse na cruz: «Eu e o Pai somos Um».

Esse princípio de realização não é uma visão do espírito.
Não é, tampouco, um conceito, mas é efetivamente uma vivência que se instala, duravelmente e de maneira definitiva, na Consciência Unitária.

Não se pode tornar-se adepto da Unidade sem viver as Vibrações, sem viver a Consciência, porque isso se tornaria, se fosse vivido, uma crença como outra.
Mas a crença jamais será a vivência.
A crença é, justamente, do que se deve desembaraçar o «Eu» se ele quer aceder ao Si.
Mas o Si não é acessado por uma supressão do «Eu».
O «Eu» pode simplesmente pôr, em certa medida, os fundamentos, através de sua busca, de seu futuro acesso à Existência ou à Consciência Unitária.

A Consciência Unitária pode viver-se (e nisso, os Arcanjos, como eu mesmo, insistimos) apenas a partir do momento em que a personalidade aceita não mais guiar esse veículo chamado o corpo, mas, efetivamente, deixar-se guiar pela Luz.

Há, portanto, naquele nível, algo de fundamental, expresso, há algum tempo, pelo Arcanjo Anael (bem além do soltar, porque no soltar há vontade) e que foi chamado Abandono à Luz onde, aí, a vontade não intervém mais, fazendo, por si-mesmo, a experiência da frase de Cristo: «Pai, que a Tua vontade seja feita e não a minha».

Enquanto existir, no interior de você mesmo, uma vontade pessoal (seja ela uma vontade de bem, o que é já extremamente louvável), você não pode aceder à Consciência Unitária.

A Consciência Unitária é um estado Vibratório, antes de qualquer coisa, traduzindo-se no aparecimento dos indicadores (como eu disse: os Sidhis, o Nada ou o som da alma) do despertar do Kundalini, do despertar das Vibrações, existentes no Coração e na cabeça.

O que é profundamente da consciência fragmentária podendo apresentar-se como uma ilusão de liberação, chamada (e que chamarei com vocês, se querem efetivamente) a Consciência Luciferiana, porque é necessário efetivamente nomeá-la.

A Consciência Luciferiana é acompanhada de percepções Vibratórias, mas ela é procedente, também, de crenças.
Crenças na existência de uma ordem preestabelecida, de uma hierarquia que vai guiar a evolução humana, que vai imaginar um salvador exterior ou Mestres exteriores que vêm socorrê-los.
Nada é mais falso.

A Consciência Unitária não se importa com esses Mestres (pseudo), não se importa com essas luzes exteriores a você mesmo.

A Consciência Una é total e inteira, a ela única, uma vez que ela engloba ela única e a totalidade, na mesma realidade.

Assim, muitos seres humanos, durante esse século XX, fizeram-se enganar, no Ocidente como no Oriente, ou pela adesão conceitual ao princípio Unitário, ou ainda pela adesão a certo número de ensinamentos qualificados esotéricos, mas afastando-os da chave porque há apenas uma e esta chave de acesso à Unidade é chamada o Coração.

Eu repito, entendamo-nos: quando eu falo do Coração, não falo de uma visão do espírito ou de uma adesão a um princípio de caridade mas, bem mais, à vivência da realidade Vibratória do Coração, traduzindo-se na percepção do Chacra do Coração, da Coroa Radiante do Coração, dos três pontos do Coração, do Triângulo redimido, mas também por este calor e esse Fogo Interior, traduzindo o contato com a entidade Solar Cristo/Miguel.
Apenas de partir daquele momento é que a mutação é encadeada e vai liberar a consciência fragmentária e remetê-la à sua própria ilusão.

Enquanto vocês não perceberem a entidade Vibratória revelada e desperta em sua estrutura corporal ilusória, que é, no entanto seu Templo, vocês não podem aceder ao seu Coração.
Seu Coração permanecerá no domínio das crenças, no domínio das adesões, mas absolutamente não no domínio da vivência.

Hoje, a intensidade da Luz que se derrama sobre a Terra, a intensidade da Luz que vocês revelaram, uns e outros, através dos seus Casamentos Celestes, através da revelação da Merkabah interdimensional da Terra, permite-lhes ter acesso, de maneira muito mais fácil do que era possível até agora, à Luz autêntica.

A Luz é Vibração.
A Luz é inteligência.
A luz é Consciência.
Se vocês aceitam tornar-se Luz, retomando, nisso, os termos empregados pelo Arcanjo Anael, tornar-se iluminados do Interior, naquele momento, vocês estão no caminho do que foi chamado pomposamente a Realização, que não é outra além da saída desta matriz falsificada e a não-identificação à projeção que é esse corpo e esta consciência e essas adesões que vocês viveram desde tempos imemoráveis.

Não pode haver, naquele nível, meia medida.

Quanto mais o tempo vai escoar-se na ampulheta ilusória de seu tempo, mais será necessário entrar diretamente na Consciência Unitária e abandonar a consciência fragmentária.

Até o presente, vocês tinham a capacidade de viver em um ou noutro, porque o corpo de Existência se constituía.
Mas, agora, a Terra, em sua totalidade, entrou na influência do Sol Central da galáxia.
Ela está alinhada com o plano galáctico, este ano e não no próximo ano.
Vocês têm, portanto, a capacidade e a liberdade de deixar morrer sua personalidade.

Vocês não podem matar sua personalidade.
Vocês podem apenas deixá-la imergir-se na Luz.
Para isso, é necessário superar o princípio fundamental da personalidade que é chamado o medo.

Mas se vocês trabalham sobre o medo, vão reforçar o medo.
Se trabalham sobre suas faltas, vocês vão reforçar suas faltas.

A única maneira, hoje, válida, de aceder à Unidade, é o Abandono total, a rendição total da personalidade, à Luz.
Essa não é uma vã palavra, nem uma vã expressão, é a realidade Vibratória que vocês têm a viver.

Foi dito: «os primeiros serão os últimos, os últimos serão os primeiros» porque aqueles que se abrem, hoje, para esta realidade da Consciência Unitária, vivem a totalidade do que vocês viveram (alguns desde 20 anos e outros desde os Casamentos Celestes) no espaço de um instante, revelando sua tripla Lareira de maneira instantânea.

Ainda é necessário, para isso, que a personalidade aceite apagar-se, morrer simbolicamente, porque não é a morte da vida, é, obviamente, o nascimento da vida que se acompanha e que acompanha a passagem da consciência fragmentária para a Consciência Unitária.

A Unidade não é um conceito.
A Unidade é uma vivência.
Essa vivência é Vibratória, a Consciência Unitária é Vibração, a Consciência Unitária é Inteligência absoluta, ela é compreensão e vivência.

O que os textos orientais mais antigos chamaram Maya é verdadeiramente a única verdade viável.
Como Buda disse: esse mundo é Ilusão, inteiramente.

Cabe-lhes não afirmá-lo, mas vivê-lo, e vocês podem vivê-lo apenas através da Vibração, vocês podem vivê-lo apenas através do acesso à única chave que é chamada a Vibração do Coração, a Coroa Radiante do Coração e o Fogo do Coração.

Hoje, mais que jamais, isso vai se tornar cada vez mais fácil para vocês, na condição, eu repito, de se abandonarem.

Não pode haver abertura do Coração sem abandono.
Enquanto vocês quiserem compreender, enquanto quiserem apreender, não poderão apreender a Luz nem tornar-se a Luz.
Compreendam efetivamente isso.
Aceitem-na e vivam-na.
A Luz não se apropria.
A Luz irradia.
A Luz ilumina.
A Luz Una é o que vocês são, em Verdade.

Para isso, é necessário aceitar não mais se identificarem à sua personalidade.
A personalidade é efêmera, ilusória, e ela desaparecerá com sua morte.

A eternidade não desaparecerá com sua morte, bem ao contrário.

Então, cabe a vocês decidirem.

Vocês vão, durante este ano, ser cada vez mais numerosos a estabelecer-se na Luz Unitária ou vão resistir?
Vão provocar sofrimentos desse corpo e de seu Espírito para não se abandonarem suficientemente ao que vocês São em Verdade?

Recordem-se: Consciência Unitária igual Vibração.

Vibração onde não existe mais, progressivamente, distância entre vocês e o resto do mundo, explicando certamente, para alguns de vocês, os contatos estabelecidos com outros planos chamados planos Unificados, qualquer que seja a forma que tomam esses contatos.

A Luz, enfim, é doação total de Si ao Universo.

O ego ou a consciência fragmentária é, e permanecerá sempre, apropriação, às expensas, obviamente, da Luz.

A Luz não pode ser fechada.
Ora, sua consciência habitual é fechada.
A Luz pode apenas ser abertura e Vibração.
Cabe a vocês saberem se querem Vibrar, cabe a vocês saberem se estão na Vibração ou se não estão.

Empreguei o vocábulo indicador indelével porque esses indicadores indeléveis são a prova absoluta de seu acesso à Vibração Unitária.

Vocês não podem pretender ser Unitários sem viver as Vibrações.
Vocês não podem pretender ser Unitários deixando viver, em vocês, porções inteiras da personalidade.

O que caracteriza a fragmentação é a divisão e o medo.
O que caracteriza a Unidade é a Alegria e o princípio de irradiação.

Isto prepara, através desses alguns conceitos que lhes apresentei, a última etapa do trabalho Yoga da Unidade, que permitirá, em algumas semanas, realizar, de algum modo, a alquimia final e terminal das três Lareiras, fazendo de vocês seres Três em Um, reunificados na Verdade, como Filhos da Lei de Um, vivendo em vocês esse princípio Unitário, inteiramente.

Através de suas experiências, vocês serão cada vez mais capazes de localizar os momentos em que estão na consciência fragmentada e os momentos em que estão na Consciência Unitária.
Esta é uma vantagem essencial, contrariamente ao que acontecia em minha vida, nos tempos mais remotos, onde a passagem devia fazer-se de só um golpe e de um só golpe, de um único.

Hoje, devido às circunstâncias Vibratórias presentes sobre a Terra, devido à ativação da Merkabah interdimensional coletiva, vocês têm o tempo de experimentar e de efetivamente discriminar os momentos em que estão na Consciência Unitária e os momentos em que estão na consciência fragmentária.

É, portanto, em toda lucidez e em toda Consciência, eu diria, que vocês vão levar a efeito as escolhas e decidir o que vai levá-los para a Unidade, para a liberação ou, ao contrário, para o confinamento.
Porque é uma coisa dizer que vocês não são esta personalidade, que vocês não são esse corpo e, no entanto, é nesse corpo, que é seu Templo, que se realiza a alquimia.
Mas vocês não são esse Templo.
Vocês são esse Templo apenas a partir do momento em que a personalidade é transmutada, apenas a partir do momento em que a Unidade manifesta-se pela Alegria.
A partir do momento em que os medos dissolvem-se, inteiramente.

É isso que vocês são chamados a viver nas semanas que vêm, aqueles que ainda não o realizaram e integraram.

Cada vez mais seres humanos vão descobrir este aspecto de sua Consciência desconhecida que é esta Consciência ilimitada.

Obviamente, os Arcanjos os chamaram Sementes de Estrelas.

Vocês estão bem além da humanidade e, no entanto, fazem parte dela, como eu mesmo.

Vocês são Seres de pura Luz que perderam a lembrança do que vocês São.

A hora chegou de despertar a chama, a hora chegou de despertar sua eternidade e sua infinidade.
Isso é agora.

Os tempos, como sabem, são descontados e cada vez mais reduzidos.

Momentos que os separam do acesso da Terra à sua Dimensão final ascensionada.
Vocês têm, portanto, muito pouco tempo para levar a efeito este Abandono à Luz, para perceber que não são esta personalidade, que não são esse corpo, que não são esta Ilusão.

Para nada serve afirmá-lo, mas é necessário fazer a experiência.
Vocês são guiados pelos indicadores indeléveis que eu chamei o despertar do Kundalini, o despertar das três Lareiras, o canto da alma, todos os sintomas que eu lhes descrevi, progressivamente e à medida dos meses e dos anos, concernentes ao Yoga da Unidade.

A última parte, que emitirei em algumas semanas, permitirá aos indecisos facilitarem o basculamento da consciência fragmentada para a Consciência Unitária.

Recordem-se que a Consciência Unitária é Alegria.

O único medo que haja é um medo induzido pelo mental, tendo medo de perder sua superioridade e a sua predominância sobre a conduta do que vocês são.
Acedendo à Consciência Unitária, seu mental lhes será submisso.

Vocês terão a impressão de não mais poder funcionar de acordo com os modos de funcionamento da consciência fragmentária, traduzindo-se, provavelmente, para muitos de vocês, como é o caso atualmente, por sentimentos de estar noutro lugar ou de estarem desconectados.

Não se aflijam com isso, é justamente a mudança de passagem de Consciência para outra que traduz esse sentimento de imprecisão, esse sentimento de estar como desconectado da realidade comum.
É exatamente o que se produz.

Vocês não podem penetrar o Reino dos Céus, como dizia Cristo, se não voltarem a ser como uma criança.
Uma criança não tem mental, uma criança vive o instante e unicamente o instante.

Enquanto forem coloridos nas suas ações pelo resultado de seu passado, enquanto forem coloridos por suas emoções, seus afetos e seus medos, vocês não podem penetrar o Reino dos Céus.

O Reino dos Céus que, eu os lembro, está em vocês, em seu Coração, que é a chave e o destino.

Aí estão as algumas palavras que tinha a dar em preâmbulo ao que darei em algumas semanas, agora.

Se existem em vocês questionamentos em relação ao que acabo de dizer, então, gostaria de ali aportar uma iluminação suplementar.

Questão: deve-se sentir gratidão para melhor acolher a Luz?

Caro Irmão, isso é eminentemente função do que persiste como medo ou como emoção no interior do sujeito que faria esta pergunta.

A Luz não pede nada além de abandonar-se.

A gratidão pode ser concebida como um estado de graça, como um estado de acolhimento para alguns, para outros, não.
Não há, portanto, resposta pronta em relação a isso, mas efetivamente uma questão de casos pessoais.

A Alegria da qual falo, ligada à Luz e à abertura do Coração, não é verdadeiramente uma emoção.

A dificuldade é que o ocidental frequentemente confundiu e misturou a emoção com o Coração.

O coração/ sentimento não é o Coração.
O coração da cabeça não é o Coração.
As concepções do Coração não são a vivência do Coração.

Questão: qual é a melhor atitude para viver essas transformações?

Cara Irmã, hoje, tudo o que lhes é pedido, cabe a vocês decidirem: vocês querem viver inteiramente sua transformação, querem viver o estado Unitário ou vocês estão condicionados, limitados pelas circunstâncias sociais, afetivas, ou outra?

Recordem-se que a inteligência da Luz fornecerá tudo, na condição que vocês soltem, inteiramente, o que vocês tenham.

O que quer dizer que não é questão de demissão, que não é questão de abandonar outra coisa, mas simplesmente verificar, por você mesmo, a Inteligência da Luz que é Graça, Fluidez e, sobretudo inteligência.

O que quer dizer que ela vai necessariamente agir no sentido do que é a Alegria, que vocês não podem viver o estado Unitário sem soltar o estado dualitário.
Vocês não podem aceder à Unidade dizendo: «permaneço na dualidade».

Assim, portanto, toda problemática exterior ou considerada como tal não tem qualquer espécie de incidência porque é a personalidade que quer a todo custo fazê-los estabelecer regras de funcionamento e que vai se opor ao seu acesso à Unidade.

Deve haver primeiramente acesso à Unidade, penetração nas esferas da Unidade, da Fluidez, do sincronismo: «procurem o Reino dos Céus e o resto ser-lhes-á acrescentado».
A questão que seria posta de saber «mas, como vou comer?», é apenas o reflexo do medo da personalidade.

Ora, vocês não podem viver a Unidade enquanto existir o mínimo medo expresso da personalidade.

Abandonem-se à Luz.
Naquele momento, vocês verão efetivamente, por si mesmos, o que acontece.

Cristo dizia: «o pássaro se preocupa com o que vai comer amanhã?».

Eu mesmo, em minha vida, ou outros místicos preocupamo-nos onde eles iam dormir, onde iam comer e como iam prover às suas necessidades?

Vocês não podem pretender a Inteligência da Luz e, ao mesmo tempo, agir por si mesmo para prevenir e premunir-se das diferentes necessidades da personalidade.
Há aí um problema essencial.

Vocês devem soltar tudo o que é vontade da personalidade, tudo o que é condicionamento, para poderem viver a Unidade.
Não é o inverso.

Uma vez que tenham acedido à Unidade, naquele momento, a Inteligência da Luz instaurará as circunstâncias adequadas para a manifestação da Luz, em vocês, como no exterior de vocês.
Mas o inverso não pode absolutamente ser verdadeiro.

É para isso que nós os intimamos, nós, Anciões, que conhecemos a encarnação humana: para efetivamente refletirem e para efetivamente colocarem, eu diria, as consequências de seus atos e de suas ações, hoje.

Compreendam bem e aceitem que, enquanto vocês colocarem a questão de um cônjuge, de um trabalho, de um lugar, fazem apenas exprimir o medo da personalidade.
Porque, quando vocês penetram as esferas da eternidade, quando começam a viver o Samadhi, vocês sabem e vivem o fato de que nada, absolutamente nada pode lhes faltar em sua vida, de um modo como de outro, mas que não depende absolutamente da ação de sua personalidade.
É uma revolução e uma mudança de paradigma total.

Vocês estão prontos para vivê-la ou não?
Cabe a vocês decidirem.

Não temos mais perguntas, agradecemos.

Irmãos e Irmãs na humanidade, queiram acolher como eu acolho, do seu Coração ao meu Coração e de meu Coração ao seu Coração, a Unidade e a Alegria.

Eu lhes digo até proximamente.
Que a Paz, o Amor, a Luz e a Verdade estejam em vocês e em nós.

Até breve.

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Compartilhamos essas informações em toda transparência. Agradecemos de fazer o mesmo, se a divulgarem, reproduzindo integralmente o texto e citando a fonte: www.autresdimensions.com.

Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com


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