10 de mar. de 2012

ANAEL – 10 de março de 2012

Mensagem publicada em 11 de março, pelo site AUTRES DIMENSIONS.


Eu sou ANAEL, Arcanjo.
Bem amados Filhos da Luz, bem amados Filhos da Graça, eu lhes dou a Graça.
Comunguemos.

... Efusão Vibratória / Comunhão...

Bem amados, eu venho a vocês, hoje, como Arcanjo do Amor, da Relação, da Comunicação e, portanto, também, do Abandono.

Eu venho a vocês a fim de responder, mais especificamente, às suas interrogações concernentes à Onda de Vida (ou Onda do Éter), através do que isso pode representar.

Eu evitarei, contudo, dar-lhes as implicações da ação da Graça – dessa Doação da Graça – no que há a viver, para vocês, porque isso será explicitado e revelado por algumas Estrelas.
Em contrapartida, tudo o que é preliminar a essa descoberta – ou à sua vivência – dessa Doação da Graça e que põe, para vocês, questionamento ou interrogação, então, se eu posso ali aportar uma resposta, eu a aportarei.

Questão: poderia desenvolver sobre a transverberação?

Bem amado, a transverberação é a penetração do Verbo – ou Sopro do Espírito, ou Sopro do Absoluto – nesse Templo que é seu corpo, que lhes dá a viver o Absoluto e, portanto, de algum modo, superar e transcender, de maneira definitiva, o que serviu para abrigar a vida nesse ilusório, ou seja, esse corpo chamado Templo.

Como vocês constataram, nós temos nomeado essa Força que se revela em vocês não mais de Revelação da Luz (nesse corpo), não mais de reprodução (ao idêntico) de seu Corpo de Existência, mas, efetivamente, um elemento novo que é, diretamente, religado à Doação da Graça, ao Manto Azul da Graça, que se traduz pelo que nós chamamos uma Onda.

Até o presente, nós temos diferenciado, de maneira formal e lógica, mesmo em sua encarnação, o que era do domínio do que é chamada a Energia Vital (ou Energia que circula nessas células, nesse corpo, em seus meridianos, em seus nadis), do conjunto do que constitui o complexo inferior de vida, que lhes dá certo número de leis (certo número de lógicas, certo número de elementos) a viver, a compreender, a assimilar.

A irrupção do Supramental (tal como descrito, pela primeira vez, em seu conteúdo, pelo Bem Amado SRI AUROBINDO) vai bem além, doravante, da Fusão dos Éteres (da qual ele havia falado há um ano).
Existe uma alquimia específica, que visa queimar o que nós chamamos o Sopro Vital (ou Sopro da encarnação), por intermédio da ação do que é chamado o Supramental.

Quando o Supramental é integrado, inteiramente (não, unicamente, através de suas manifestações nas Portas, na Revelação da Luz ou em outras manifestações chamadas Comunhão, Fusão, Dissolução), acontece outro processo, que é a irrupção da Força de Vida, bem além desse mundo, bem além desse Universo, bem além de toda Dimensão, que remete à FONTE.

O Supramental é uma emanação da FONTE (em seus diferentes componentes), retransmitida pelo Sol, retransmitida por Sírius, retransmitida por Alcyone, retransmitida pelo cosmos em sua integralidade, assim como pela Terra, em sua totalidade.

Além disso, existe um princípio (além de toda emanação, além de toda manifestação, além de toda percepção e de toda concepção, mesmo, da Consciência), que pode ser considerado como uma resultante (e que, no entanto, não é uma) da interação entre a Energia vital e o Supramental, no Éter da Terra: a Fusão dos Éteres.

Do mesmo modo, em vocês, realiza-se, de algum modo, uma integração, uma Fusão e uma Dissolução (ao mesmo tempo, do Fogo Vital, ao mesmo tempo, do Fogo do Espírito, ao mesmo tempo, da Energia vital e do Supramental) com um terceiro termo que é, literalmente, sua Essência, sua natureza, para além de qualquer forma, de qualquer limite, de qualquer corporeidade, de qualquer preensão, de qualquer compreensão, de qualquer percepção, de qualquer concepção e, mesmo, de qualquer Consciência.

As características, perceptíveis, dessa Onda de Vida, são um estremecimento que nasce, primeiro, sob os pés, e, progressivamente, que sobe ao longo das pernas, até atingir seu próprio objetivo, que é o primeiro e o segundo chacras, revelando, então, e transfigurando as últimas sombras: aquelas do medo da carne, do medo do vazio, do medo do fim (qualquer que seja), e permite, então, liberar, inteiramente, a Onda de Vida que é – eu os lembro – sua natureza e seu Nascimento.

Seu Nascimento, de fato, sempre foi consumado.
Nada há a Revelar que não esteja, já, Despertado.
Nada há a viver que não seja, já, vivido.
A Onda do Éter (ou a Onda de vida) é esse estremecimento que os reconecta à sua Essência, à sua natureza, ao que foi chamado (há um tempo, pelos Governadores do Intraterra) as raízes intraterrestres e as raízes extraterrestres, reconectadas a esse duplo fluxo, a Esposa e o Esposo e o Esposo torna-se o Desposado e a Esposa.
Vocês são, portanto, naquele momento, sem qualquer diferenciação, sem qualquer distanciamento do que vocês São, em Verdade.

A Onda de Vida, aportada pelo Manto Azul da Graça, corresponde ao último estágio de Revelação da Luz, através das Portas nas quais, após essa Revelação – que se efetua em todas as direções de seu espaço, de seu Templo, que é esse corpo – vem o tempo, para além de todo tempo, de reintegrar esse Absoluto.

Questão: após a Visão do Coração, a Visão do Éter, fala-se da Visão da Consciência.

O que vocês São não pode ser visto porque, o que é visto, mesmo na Visão do Coração, será, sempre, uma projeção (mesmo a mais perfeita das projeções).

Jamais se referiu a Visão da Consciência.
Sucessivamente (na ordem das ilusões), aparecem (no caminho dito espiritual): a Visão dita Luciferiana (ligada ao terceiro Olho), que é uma percepção astral.
Vem, em seguida, a Visão Etérea, na qual lhes é dado certo número de coisas a ver (bem além de imagens projetadas) que correspondem, já, a um esboço do Absoluto e da Verdade.
Vem, em seguida, a Visão do Coração, que não é mais, unicamente, uma Visão Interior, mas uma Visão cuja particularidade é não ser separada de nada, absolutamente.

Mas, nessa não separação existe, no entanto, uma percepção de duas entidades distintas: vocês e o CRISTO, vocês e o outro ou o outro e vocês (o que dá no mesmo).
Há uma última etapa: é extrair-se da Ilusão; mesmo ser algo e que o outro seja, também, algo, uma vez que, em definitivo, há apenas uma coisa: o Absoluto.
E isso não é, absolutamente, uma Visão e não pode, em caso algum, ser uma Visão.
Enquanto há Visão há projeção.

A imanência, o Absoluto, a Indizível Graça da transverberação é tudo, exceto um mecanismo de Visão.
Algumas Visões podem ali conduzir, mas elas não são a Essência do que é isso.

Questão: há apenas um único Absoluto?

Bem amado, aquele que coloca a questão é apenas a personalidade, que quer saber quantos há de Absolutos.

Há apenas um Absoluto, e um único.
E, aí, aparece a inquietação da personalidade, o desespero, mesmo, da personalidade, que é obrigada a apagar-se diante da Unidade.

Questão: quando se sente estremecimentos da Onda de Vida, mas não se sente êxtase, isso reflete uma falta de Abandono à Luz?

Sim, inteiramente.
Esse estremecimento – que parte dos pés e sobe ao longo de suas pernas – que chega ao períneo (peri naos, que quer dizer «em torno do Templo») e que se constrói ao nível do segundo chacra, torna-se êxtase a partir do instante em que há transcendência do que vocês nomeiam primeiro e segundo chacras.

O conjunto dos proibidos, o conjunto de violações, o conjunto de medos – mesmo aqueles que foram superados pelo ego – estão, ainda, inscritos nessas estruturas.

Nenhuma estrutura Ilusória pode conceber-se como Ilusória.
O estremecimento da Onda de Vida transmite-se e traduz-se a partir do instante em que ele chega ao Coração, por um estado de êxtase permanente, indissolúvel e totalmente imanente.

Perceber a Onda de Vida e não converter-se, a si mesmo, nessa Onda de Vida, efetivamente, traduz as primeiras abordagens – se se pode dizê-lo – da Onda de Vida, pela própria Existência.

Ela vai deixar-se levar, essa Existência?
Ela vai aceitar a própria dissolução do «Eu sou», do «Eu sou UM» (ou, se preferem, do Si) no não Ser?
Do mesmo modo que foi dito por inúmeros Anciões que o Samadhi não é um fim em si, mas é, de algum modo, apenas o reflexo do que a pessoa tocou, que se traduz pela aproximação da Humildade, da Simplicidade, à vivência do Fogo do Coração.

Mas há, contudo, Crucificação?
A Crucificação – ou a Passagem da última Porta Estreita – é representada pela ação do Manto Azul da Graça (ou Doação da Graça) para viver a Graça (a Onda de Vida, a Onda do Éter), tornar-se a Graça.
E isso não pode realizar-se enquanto existe a mínima parcela de personalidade, a mínima parcela de medo, a mínima parcela de dúvida.
Essas resistências não são para observar.
Elas não são para procurar.

O único elemento a manifestar é o Abandono de si mesmo, o Abandono do Si, e não, unicamente, da personalidade.
É renunciar ao Despertar – ou a ser Despertado – para percorrer a Onda do Absoluto.
Sobre esta Terra, houve muito numerosos Despertados (muito numerosos Acordados).
Quais foram os seres humanos, encarnados na carne, que foram capazes de dizer: «eu e meu Pai somos UM»?
Só aquele que sacrificou o Si (seu Despertar, seu Acordar), só aquele que se Abandonou, a si mesmo, tornou-se aquele.
É o momento em que vocês não concebem mais – nem manifestam – uma crença em um Absoluto exterior a vocês, como busca, como procura, como avanço.
É o momento em que vocês constatam, pela própria experiência, que nada existe, que tudo é apenas projeção.

Naquele momento, a Onda de Vida torna-se êxtase permanente e imanente.
É a renúncia total a todas as Ilusões, sem qualquer exceção.

Enquanto vocês creem e aderem ao fato de ser uma pessoa que vive a Luz, enquanto aderem e vivem suas experiências (mesmo vividas na Existência), vocês não podem aceder ao Absoluto.
Vocês devem renunciar a tudo, nada mais ser, para ser, enfim, o tudo.
Houve muito poucos seres que realizaram, sobre esta Terra, essa Liberação efetiva.
Eles todos falaram (qualquer que seja o século, qualquer que fosse a cultura deles) a mesma linguagem, empregaram as mesmas palavras, porque não há outras.

Questão: poderia desenvolver sobre a Transfiguração?

Bem amado, a Transfiguração é uma etapa importante.
Na Transfiguração há, de algum modo, contemplação da Luz, contemplação do Verbo, acesso ao Supramental como ideal a conquistar, a manifestar, a conscientizar-se, a concretizar.
Isso é a Transfiguração.

É, de algum modo, um face a face entre o Si – que se descobre – e a Luz.
É um face a face, também, entre a Esposa e o Esposo (ou o Esposo e a Esposa).
Vem um momento em que essa distância é vivida como o que ela é: uma incoerência e uma Ilusão.
Naquele momento, há Crucificação.
A partir desse instante, no momento da Ressurreição, vocês são Liberados, ou seja, a Onda de Vida torna-se êxtase e transverberação que é – eu os lembro – sua Essência, sua natureza e seu Princípio.
Os dois não podem coexistir.

Vocês podem permanecer, tanto um tempo definido – sobre esta Terra – como extremamente longo, no Despertar, contemplando-se a si mesmos na Luz (o que eu chamaria uma ferida narcisista espiritual).

Vem um tempo em que a contemplação pode cessar porque, naquele momento, vocês apreenderão (além de qualquer lógica, de qualquer mental e de qualquer Supramental e de qualquer Atração / Visão) que o que vocês contemplam nada mais é do que o que vocês São, de toda a Eternidade.
Naquele momento, vocês são Liberados.

Não parar na Transfiguração, mas isso não é uma ordem, porque cada um é livre.
Vocês são livres para continuar em tal plano.
Vocês são livres para não mais estar em lugar algum.
Mas vocês não podem ignorar (como o fez essa carne, devido a certo número de desvios) o que vocês são, em Verdade.

O que a própria FONTE nomeou a Promessa é, muito exatamente, isso: não lembrar-se, nem reviver, simplesmente, sua origem, sua Fonte (nossa Fonte comum), mas, efetivamente, tornar-se essa Fonte comum, fazendo, assim, cessar todo jogo de espelhamento, todo jogo de projeção e toda Ilusão.

Para isso, vocês estão prontos para tudo perder?
Vocês estão prontos para tudo soltar, mesmo a Luz?

Questão: como correlacionar o Absoluto e a vida nesse mundo?

Bem amado, assim como você vai aperceber-se (se já não o fez), isso é estritamente impossível.

É claro, até certo estágio do Apelo da Luz (que consiste, simplesmente, na Transfiguração, no Despertar, no Acordar), havia compatibilidade do mundo do Ilusório e do mundo do Absoluto.
Isso se tornará, cada vez mais, uma forma de desafio, manter qualquer Ilusório no Absoluto.

Aí também, quem tem medo?
Quem quer, a todo custo, manter o Absoluto e o efêmero no mesmo espaço, no mesmo tempo, na mesma consciência, se não é o ego?
Será que o Absoluto preocupa-se com outra coisa que não o Absoluto?
Será que o Amor preocupa-se com outra coisa que não o Amor?
Será que a Luz preocupa-se com outra coisa que não a Luz?

É claro, o ego vai, sempre, retorquir que há, ainda, que manter, que há uma atividade a efetuar (como sentido de responsabilidade).
Mas lembrem-se, também, que lhes foi dito que o que vocês atravessam, nesse momento, põe-nos, muito exatamente, na exata idade, no exato lugar, no exato estado para viver o que há a viver para vocês.

Aquele que é Livre, hoje, para viver isso, devia ser livre para vivê-lo.
Aquele que é ocupado com mil tarefas, devia ser ocupado com essas mil tarefas para poder vivê-lo.
Enfim, do mesmo modo que vocês podiam passar vidas inteiras a orar (sem realizar o mínimo Si, porque essa oração era apenas uma projeção), do mesmo modo que seres viveram – de maneira espontânea – o Si (sem nada pedir a ninguém), o que chega, nessa linearidade do tempo, é perfeitamente exato.
O que chega, nesse tempo específico, para cada um de vocês, nesse Reencontro com o Absoluto e a Ascensão da Terra é, muito exatamente, o que era exato para vocês.
Se vocês não vivem, mesmo, o êxtase, a transverberação, nem uma das Coroas, então, é que isso é totalmente exato para vocês.

Nessas condições, quem poderia incomodar-se se não é o ego, do que é limitado?
A partir do instante em que vocês apreendem isso, vocês apreendem,  também, porque alguns grandes Liberados desta Terra disseram e repetiram que o que eles faziam, eles o faziam porque eram os menores dentre vocês.
Eles nada faziam por eles mesmos, porque eles nada eram.

Enquanto vocês querem ser algo (seja a Luz que vocês portam, seja o conhecimento que vocês adquiriram), vocês não estão prontos para viver o Absoluto.
Falta-lhes tudo soltar, Abandonar o Si e não mais, unicamente, Abandonar-se à Luz, Abandonar-se ao nada.

Então, devido ao efeito do Manto Azul da Graça, a Onda de Vida colocá-los-á, instantaneamente, na Verdade de seu Ser, para além de qualquer Presença.
Questão: é sempre correto Comungar à Luz durante o Alinhamento de 19 horas [hora francesa]?

Bem amada, tudo depende do estágio em que está a Dissolução da personalidade.
A Comunhão à Luz, o protocolo nomeado Nova Aliança, os princípios de Comunhão (de Fusão, de Dissolução, de Deslocalização) e o Manto Azul da Graça devem conduzi-los a viver o Absoluto.
Se tal é seu estado, não há, portanto, que decidir Comungar, hoje.

Alinhem-se.
Nada peçam.
Nada façam.
Aceitem nada ser, não mais existir, e a Luz – que os chama, por uma das Coroas, naquele momento – não será mais vivida como um Alinhamento, mas como um estremecimento da Onda de Vida, como uma água viva que vem devolvê-los – restituí-los – ao que vocês São.
Só o ego crê reagir.

Nós temos levado seu ego a agir no sentido da Luz, do Abandono do Si, do Abandono de si à FONTE, a fazê-los passar por um Abandono exterior (qualquer que seja: de uma profissão, de um cônjuge, de filhos, de pais, de uma situação).
Não é isso.
É preciso Abandonar-se à Luz.
Em seguida, Abandonar o Si, para viver o Não Ser.
Isso lhes permitirá levar a efeito – se esse Absoluto deixa-lhes a oportunidade – o que há a efetuar.

Mas, vivendo esse Absoluto, não poderá emergir qualquer questão sobre o sentido do que há a fazer ou não há a fazer, porque o fazer – ou o não fazer – pertence, sempre, a um julgamento de valor ou a um julgamento espiritual.

O Absoluto – a Onda de Vida ou a Onda do Éter – não se importa com isso, o que explica que as circunstâncias de vida, por exemplo, de algumas Estrelas, tenham levado-as a deixar, muito rapidamente, esse plano da Terra encarnada ou, então, a viver no que, à época, representava, para elas, o melhor meio de proteção em relação ao mundo da personalidade (qualquer que fosse a tradição).

A última questão que vem colocar-lhes o Manto Azul da Graça é, efetivamente, esta: vocês querem Ser o que vocês São, ou seja, o Não Ser?
Ou vocês querem continuar a manifestar qualquer separação, mesmo estando religados?

Ser o Absoluto permite Comungar com o átomo, com o conjunto de sistemas solares, com não importa qual ser Liberado que dança no Sol ou que dança em sua Eternidade.
Mas isso apenas é possível se vocês mesmos passaram ou Liberaram-se de toda Ilusão.

Aquele que não vive essa etapa, esse estado (porque há resistência, porque há medo, porque há dúvida) não pode compreender a Onda de Vida.

Do mesmo modo que a Coroa Radiante da cabeça apenas pode ser aceita quando ela é validada por sua própria percepção, do mesmo modo, viver a transverberação (ou o êxtase místico) imanente e permanente apenas pode realizar-se se vocês, definitivamente, saíram de todo Eu.
Quando alguns Liberados disseram que eles não eram esse corpo, isso não era uma afirmação mental, nem um conceito, mas, realmente, uma vivência, que permitia a eles assistir sua própria morte.
Sem medo.
Sem sofrimento.
Sem angústia.
Com uma Alegria total.

O que é preciso guardar – num canto de qualquer de seus limites – é que, jamais, o Absoluto pode Ser confinado em qualquer limitado.

Questão: é frequente a questão do êxtase em relação ao Absoluto. O que é do íntase?

Bem amado, quando há íntase, há êxtase.
Quando há íntase, simplesmente, há uma retirada total da Ilusão.
Quando há êxtase, há testemunho, não de uma experiência vivida, mas do Absoluto.
O íntase ignora, totalmente, a Ilusão.
O êxtase faz participar a Ilusão de sua dança da Eternidade, mas não se importa com a resposta da Ilusão.

O Absoluto – que se manifesta num êxtase – dá a ver (para aquele que se tem no Limiar) a veracidade da Onda de Vida: Manto Azul da Graça, Doação da Graça.
É claro, para aquele que se tem muito longe disso, isso não tem qualquer sentido, qualquer veracidade, qualquer ação nem qualquer interrogação.
Há negação, mesmo, da existência da possibilidade disso.

O íntase é o processo no qual o ser afoga-se no Absoluto.
É, por exemplo, alguns estados específicos, chamados Samadhi, e que, no entanto, eram bem além do Samadhi manifestado por muitas Estrelas.

A polaridade natural do que é chamada a feminilidade nesse mundo é uma polaridade maior para viver o íntase, sem ter necessidade de dar qualquer testemunho.
Mas o processo de transverberação é idêntico, num pseudo masculino como num pseudo feminino.

Como humanos encarnados, vocês não têm qualquer meio de orientação para definir a Onda de Vida.
A única coisa que pode aproximá-los dela (como humanos que fizeram a experiência da carne) é, obviamente, o que é chamado o gozo dito sexual (embora amplamente transcendido por esse estado) porque esse êxtase dura apenas um tempo.
Ele toma apenas um orgasmo, mas concerne tanto ao corpo como à Alma e como ao Espírito (animados em êxtase, transportados para as Moradas do Indizível), fazendo-o perceber sua própria natureza, sua própria Essência e sua Verdade final.

Questão: o Fogo desenvolvido pelo inspirar e o expirar está em relação com o Absoluto?

Não.
O Fogo é a própria natureza do Amor e da Luz: um Fogo devorador.
Nesse Fogo falta a Água, porque a Água está na origem do Fogo (e não o inverso).
A Onda de Vida é, portanto, essa Água do Batismo das Águas do Alto (aqui representadas, sobre esta Terra, pelas águas do Núcleo cristalino da Terra), que vêm despertar, em vocês, a Onda de Vida, casando, de algum modo, o que eu chamei o Esposo e a Esposa ou, se você prefere, a Água e o Fogo primordiais.

Vocês podem multiplicar esses termos ao infinito (masculino/feminino, Lua/Sol, Fusão dos antagonismos, reunificação da Androginia primordial, fim da separação, fim do inspirar e do expirar), a fim de ser inscrito num Sopro perpétuo e permanente: aquele do Sopro, aquele da Transverberação, aquele do Êxtase e do Íntase, reunidos na mesma Verdade, na mesma Onda, no mesmo estado entusiástico da Absoluta Indizível Verdade.

O Sopro é um elemento importante que lhes permite – para alguns – realizar a Respiração do Coração.
E essa Respiração do Coração é, sempre, baseada em ao menos dois tempos (ou três tempos), enquanto o que falamos, agora (esse estremecimento da Onda de Vida, essa Onda de Vida ou Onda do Éter, Doação da Graça ou Onda da Graça), manifesta-se a vocês como uma permanência e uma imanência.
É algo que, efetivamente (se se quer compará-la à Energia), circula, mas não no sentido de uma circulação de Energia, porque essa circulação não segue (a não ser num primeiro tempo) um trajeto, mas difunde-se e propaga-se, ao mesmo tempo, em todos os espaços desse corpo, em todos os espaços desse mundo como de todos os mundos.
Há, portanto, sentimento de propagação.

Num primeiro tempo, essa Onda de Vida, que nasce ao nível dos pés, junta-se ao períneo e vem pôr em movimento processos Vibratórios e energéticos que não são, unicamente, Vibrações, que não são, unicamente, Energias.

A palavra que nós temos empregado é essa Água do Batismo, essa Água lustral.
Esse Fogo e essa Água, enfim alquimizados e reunidos na mesma Verdade (Fusão de polaridades opostas do masculino e do feminino), que fizeram dizer às muito numerosas Esposas do CRISTO (das quais as Estrelas são as dignas representantes) que elas se casaram com o CRISTO.
Esse casamento não é uma projeção ou um desejo de virgem, mas é, efetivamente, a realidade do que aconteceu.

A Energia circula de acordo com linhas estabelecidas.
O Fogo vai estabelecer-se, primeiro, em estruturas Radiantes (que vêm magnificar, transfigurar os chacras) chamadas: Coroa Radiante do Coração, Coroa Radiante da Cabeça.
Vem, em seguida, esse estremecimento, essa Onda de Vida, essa Onda do Éter, que parece partir de um ponto para atingir outro ponto e, em seguida, difundir-se em todas as células.

O que havia sido nomeado – em outro tempo, pelo Bem Amado SRI AUROBINDO) como a Iluminação do Supramental – ou o Supramental de células – corresponde, em parte, a esse processo.

Quando de sua experiência de vida, o Bem Amado SRI AUROBINDO deu o Yoga Integral.
Ele construiu – na ignorância do que era a imersão total no Supramental – a esperança de uma vida regenerada e nova nessa Dimensão.
Isso fazia parte de suas crenças.

Mas eu os lembro, ele mesmo, quando dessa última experiência, uma de suas últimas experiências de vida, SRI AUROBINDO renunciou, de algum modo, à Onda de Vida, para permitir à humanidade realizar – se ela o quiser – o que ela realiza hoje.

Hoje, vocês são chamados a superar isso.
A Luz chama-os a ser Luz e não a ver a Luz.
A Luz chama-os a ser o que vocês São.
A sair de toda limitação, de toda forma, de todo Si.

Lembrem-se de que isso não é outro objetivo, uma vez que o objetivo final foi atingido a partir do instante em que o Comandante dos Anciões (ndr: Omraam Mikaël Aïvanhov) falou-lhes da consumação individual da Terra, de cada um daqueles que ela portava entre aqueles que deviam Despertar e que Despertaram.

Essa etapa, chamada final, é, de algum modo, apenas uma conclusão que será, de qualquer modo, realizada por cada um, na hora final desse tempo, o que, contudo, não prefigura sua evolução que, como vocês sabem, é inscrita mesmo em sua Vibração.

A Onda de Vida faz apenas transportá-los do último limite, chamado Corpo de Existência, à Eternidade.
Aqui mesmo, nesse mundo.

Questão: há uma ligação entre o Absoluto e a Absolvição?

Bem amada, sim.
No sentido de uma paródia.

Nenhum ser humano pode dar-lhe a Absolvição, fosse ele investido da maior das Graças.
Do mesmo modo que não existe qualquer pecado (nem mortal, nem outro).
Apenas na concepção dos cérebros humanos (ditos religiosos), é que pode existir esse gênero de aberração: de bem, de mal, de Luz, de Sombra, de separação (qualquer que seja).
Poder-se-ia resumir isso de outro modo: não creiam, jamais, no que lhes diz seu corpo.
Não creiam, jamais, no que lhes dizem seus pensamentos.
Não creiam em nada.
Absolutamente nada.

O Absoluto não pode descobrir-se por uma compreensão, nem mesmo por uma definição (qualquer que seja).
É, unicamente, quando vocês eliminaram tudo o que é efêmero.
Portanto, é claro: sua própria Presença como identidade, como corpo, como pensamento ou como conceito, mesmo, reencarnando-se.
É quando vocês eliminarem o próprio princípio da Alma, o próprio princípio de uma evolução.
Quando vocês rejeitaram tudo o que é efêmero, resta apenas a Verdade.

Não temos mais perguntas. Agradecemos.

Bem amados Filhos da Luz, bem amados Filhos da Graça, juntos, na Unidade, vivamos um instante do Manto Azul da Graça, Doação da Graça à Graça, Onda de Graça, Onda de Vida.
A isso, eu os convido.

... Efusão Vibratória / Comunhão...

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2 comentários:

  1. Há uma última etapa: é extrair-se da Ilusão; mesmo ser algo e que o outro seja, também, algo, uma vez que, em definitivo, há apenas uma coisa: o Absoluto <> Há apenas um Absoluto, e um único. E, aí, aparece a inquietação da personalidade, o desespero, mesmo, da personalidade, que é obrigada a apagar-se diante da Unidade <> Só aquele que sacrificou o Si (seu Despertar, seu Acordar), só aquele que se Abandonou, a si mesmo, tornou-se aquele capaz de dizer: «eu e meu Pai somos UM» <> Vem um momento em que essa distância é vivida como o que ela é: uma incoerência e uma Ilusão. Naquele momento, há Crucificação <> O que a própria FONTE nomeou a Promessa é, muito exatamente, isso: não lembrar-se, nem reviver, simplesmente, sua origem, sua Fonte (nossa Fonte comum), mas, efetivamente, tornar-se essa Fonte comum, fazendo, assim, cessar todo jogo de espelhamento, todo jogo de projeção e toda Ilusão <> Enquanto vocês querem ser algo (seja a Luz que vocês portam, seja o conhecimento que vocês adquiriram), vocês não estão prontos para viver o Absoluto <> A última questão que vem colocar-lhes o Manto Azul da Graça é, efetivamente, esta: vocês querem Ser o que vocês São, ou seja, o Não Ser? Ou vocês querem continuar a manifestar qualquer separação, mesmo estando religados? <> Do mesmo modo que a Coroa Radiante da cabeça apenas pode ser aceita quando ela é validada por sua própria percepção, do mesmo modo, viver a transverberação (ou o êxtase místico) imanente e permanente apenas pode realizar-se se vocês, definitivamente, saíram de todo Eu <> Quando vocês rejeitaram tudo o que é efêmero, resta apenas a Verdade.

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  2. "Na Transfiguração há de algum modo, contemplação da Luz, contemplação do Verbo, acesso ao Supramental como ideal a conquistar, a manifestar, a concretizar-se. isso é a Transfiguração.
    "É de algum modo, um Face a Face entre o Si - que se descobre e a Luz. ...Vocês podem permanecer, tanto um tempo definido como extremamente longo, no Despertar, contemplando-se a si mesmo na Luz ( o que eu chamaria uma ferida narcisista espiritual).
    "Vem um tempo em que a contemplação pode cessar porque, naquele momento, vocês apreenderão que o que vocês contemplam nada mais é do que o que vocês São de toda a Eternidade. Naquele momento vocês são Liberados.
    "Naquele momento, há Crucificação.
    "É o momento em que vocês não concebem mais uma crença em um Absoluto exterior a vocês. ...É o momento em que vocês constatam, pela própria experiência, que nada existe, que tudo é apenas projeção.
    "O único elemento a manifestar é o Abandono de si mesmo, o Abandono do Si, e não unicamente da personalidade. É renunciar ao Despertar para percorrer a Onda do Absoluto.
    "É a renuncia total a todas as ilusões, sem qualquer exceção. Vocês devem renunciar a tudo, nada mais ser, para ser, enfim o Tudo.
    "A partir desse instante, no momento da Ressurreição vocês são Liberados, ou seja, a Onda de Vida torna-se Êxtase e Transverberação que é sua Essência.
    "Onda de Vida que é - eu os lembro - sua Natureza e seu Nascimento.
    "A Transverberação é a penetração do Verbo - ou Sopro do Espírito, ou Sopro do Absoluto - nesse Templo que é seu corpo que lhes dá a viver o Absoluto.
    "Seu Nascimento, de fato sempre foi consumado. Nada há a Revelar que não esteja, já, Despertado. Nada há a viver que não seja, já , vivido.

    "A Onda do Éter ( ou Onda de Vida ) é esse estremecimento que os reconecta à sua Essência, à sua Natureza."

    Rendo Graças.

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