24 de nov. de 2012

NO EYES – 24 de novembro de 2012


Mensagem publicada em 25 de novembro, pelo site AUTRES DIMENSIONS.



Áudio da Mensagem em Português

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(GRAVAÇÃO REALIZADA A PARTIR DO TEXTO ORIGINAL FRANCÊS, SUJEITA, PORTANTO, A CORREÇÕES QUANDO DA TRANSCRIÇÃO). 



Áudio da Mensagem em Francês

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Eu sou NO EYES.
Que o Sopro do Grande Espírito acompanhe-nos.
O que eu vou tentar exprimir, entre vocês, eu lhes peço para não ver, simplesmente, as palavras que vou tentar empregar, mas, bem mais, aproximar-se, de algum modo, da vivência delas.

O que eu vou dizer pode representar uma sequência ao que lhes disse minha Irmã MA ANANDA há algum tempo (ndr: ver intervenção de MA ANANDA de 10 de novembro de 2012).
Isto concerne ao que foi chamado (e a isso se reata) às diferentes “visões”: a visão do olho (que eu não tinha), a visão etérea (bem superior à visão nomeada astral) e, sobretudo, a Visão Coração.

Esta Visão do Coração não depende de um órgão sensorial.
Esta Visão do Coração não é, absolutamente, ligada, de uma maneira ou de outra, à clarividência, porque o que é visto não o é sob a forma de cores, de identidades, de circunstâncias.
É uma visão que se faz sem o que chama, correntemente, “o ver”.
Esta visão não é uma emanação da consciência através de um sentido, mesmo sutil.
Esta Visão do Coração leva-os a viver que tudo o que lhes aparecia, antes que ela estivesse presente, como exterior a vocês, desta vez, torna-se Interior a vocês.
É nessa Visão do Coração em sua manifestação, propriamente dita, que pode encontrar-se a ressonância e a relação com o que os Arcanjos nomearam como Infinita Presença ou Última Presença.

Ver com o Coração não é ter Coração ou manifestar o Coração.
Ver com o Coração necessita de algum modo, de um esquecimento de Si, de um esquecimento de nossa vida, para estar ao serviço, totalmente, do que não nos concerne na personalidade, e que dá a ver além das aparências, além do órgão sensorial e, sobretudo, além de toda visualização ou de toda representação.

Ver com o Coração é aproximar-se do coração do Coração.
Não é, ainda, viver o coração do Coração, mas é viver os movimentos, as flutuações dele.
É aproximar-se do que não é conhecido e que se junta ao mistério do Grande Espírito.
É o que se junta à possibilidade de viver uma Comunhão com os Elementos e de viver, também, essa mesma ação dos Elementos na própria dissolução no Interior do Éter.

Ver com o Coração é, de algum modo, a cessação (ou o início da cessação) de um mecanismo de preensão da consciência, que situa um objeto ou uma consciência como exterior a si ou como Interior a si.
Ver com o Coração necessita de desaparecer a si mesmo, de não mais procurar ver (nem com os olhos, nem com o terceiro olho, nem com o Éter), mas, efetivamente, superar tudo o que é percebido.
Porque quando vocês superam e transcendem tudo o que é percebido, então, vocês descobrem que podem ver sem os olhos, ver sem órgão e ver outra coisa que não o que é conhecido.
Esse ver não se embaraça com representações coloridas ou identificação do que quer que seja.
Esse Ver, esse Ver do Coração, é um mecanismo íntimo que é, realmente, o fato de fazer desaparecer todas as limitações e todo sentido de uma consciência diferente da Grande Consciência do Grande Espírito e, em definitivo, exatamente depois, do Grande Tudo, que vocês nomeiam Absoluto ou Parabrahman.

Vocês não podem ver com os olhos e ver com o Coração.
Vocês não podem permanecer na visão etérea e ver com o Coração, mesmo se isso possa aparecer como uma sequência lógica.

Ver com o Coração é, portanto, ver com a Verdade, ver além do olho, ver além do que distancia e separa.
É deixar-se atravessar, deixar vir a si, não mais exprimir no exterior de si, uma visão qualquer.
Esse Ver não é, unicamente, um sentir, como vocês poderiam ter tendência a acreditar ou a imaginar.
Esse Ver nada tem a ver com a visão, porque o que é visto será, de uma maneira como de outra (seja a visão dos olhos, a visão etérea ou a clarividência), sempre tributária de separações de diferentes consciências, de diferentes formas, de diferentes cores.

Ver com o Coração é, portanto, ver além das cores, além das formas.
É, de algum modo, juntar-se, já ao Grande Espírito.
Este Ver é, efetivamente, religado a um estado da consciência.
Estado da consciência que se dirige para a sua resolução: essa resolução que é um desaparecimento de todo sentido de ser uma identidade, de ser uma forma, de estar aqui ou de estar alhures.
Eu diria que Ver com o Coração é Ser de toda parte ao mesmo tempo e ver, de algum modo, com não importa qual olho, mas não ser tributário desse olho.

Ver com o Coração faz experimentar a ressonância que se produz na própria consciência quando ela se torna Transparente, totalmente.
Ver com o Coração, é não mais ter limites (da consciência como do corpo), é nada parar, nada monopolizar, nada projetar, nada pedir.

Ver com o Coração é, como eu disse, desaparecer: desaparecer no próprio sentido de ser um ser, ou de ser um Si.
E quando vocês desaparecem, totalmente, da aparência, de todo sentido e de toda consciência, então, a Visão do Coração pode completar-se.
Essa Visão do Coração, não é uma visão que separa, que discrimina, que julga.
Ela se contenta de estar na neutralidade a mais total, que nada projeta, que em nada pensa, que nada imagina e que não é, sobretudo, uma reação.

Ver com o Coração é o momento no qual se pode viver, na própria consciência esse sentimento de Basculamento, de Reversão, no qual vocês perdem todos os marcadores habituais e usuais de sua vida, seja a localização de uma das partes de seu corpo, seja a percepção de um corpo ou de um ambiente.
É o momento no qual não há mais necessidade de ver.

Ver com o Coração é uma impressão e essa impressão não concerne, de modo algum, ao que é chamada a visão, e não concerne, de modo algum, ao que é chamada a clarividência.
Ver com o Coração é ver tanto os detalhes como a essência desses detalhes.
Para ver com o Coração é preciso nada querer, nada desejar, nada pedir: simplesmente, estar aí, na Paz, deixar viver-se o que se vive, sem nada procurar.
Naquele instante, vocês se apercebem que vocês veem, efetivamente, bem além do sentido comum da visão, bem além, mesmo, do sentido espiritual do que é chamada uma visão, porque veem o conjunto do cenário, o conjunto do que se joga.
Porque vocês veem que tudo isso se joga, não no exterior, mas em vocês, real, concreta, fisicamente.

Ver com o Coração é não mais ser tributário de uma forma, de que quer que seja mais que não esta Transparência.
A Transparência dá a Visão, a Visão do Coração, aquela que é uma impressão direta, que não traduz um julgamento e, ainda menos, uma discriminação, mas, efetivamente, que lhes dá a ver o estado real do que é, não olhado, mas que nos atravessa.
É assim que, em minha passagem sobre a Terra, eu pude dar muitos elementos concernentes ao Novo Mundo.
O que vocês devem compreender, é que essa Visão do Coração sobrevém, efetivamente e concretamente, apenas quando vocês aceitam que tudo o que vocês veem com os olhos, como com a clarividência, como com a visão etérea tem apenas um tempo.

Ver como o Coração é ver fora do tempo, é ver fora da aparência, fora das cores, fora das formas.
É uma impressão.
Essa impressão não é submetida ao filtro da personalidade, não é submetida ao filtro do que lhes é conhecido, mas impõe-se por si mesma, pela possibilidade que vocês têm para manter-se nessa atitude de passividade, de Transparência e de Humildade.

O interesse, se há um, da Visão com o Coração, não é aportar uma solução ao que quer que seja (mesmo se isso seja possível) daí de onde vocês estão, mas dá-lhes a ver a Verdade, e essa Verdade é uma grande Alegria.
E Ver com o Coração é o momento, de algum modo, do qual vocês se aproximam muito do centro do Centro.
É o momento no qual vocês se dirigem, pela Passagem da Porta Estreita, para sua própria Ressurreição.
É o momento em que o peito sente o Sopro do Grande Espírito, como um estremecimento, uma Vibração intensa.
E é o momento no qual, mesmo essa intensidade, parece desaparecer, para fazer-lhes aparecer a Verdade.
Essa Verdade é uma grande Alegria, ela não tem necessidade de exprimir-se em palavras e é, aliás, geralmente, incomunicável em palavras (a visão etérea permite-o, mas não a Visão do Coração).

A Visão do Coração junta-se ao que é chamado, nas diversas tradições, a Câmara íntima do Coração (a mais próxima do Centro) e que é, de fato, a associação de dois pontos precisos da consciência, transfigurados e resolvidos, que são o chacra do Coração e o que é nomeado o timo, ou o que vocês nomeiam o Ponto ER do peito (9º Corpo).
É o lugar no qual se irradia o que vocês São, e é o lugar no qual é percebido o que vocês São, na Infinita Presença, e que é, de algum modo, o Último limite, a Última Passagem do efêmero à Eternidade.

Ver com o Coração dá a ver a Eternidade, dá a ver, como eu o disse, para além de toda aparência e de toda forma, como de toda cor.
E ver assim apazigua, preenche-os de Paz, de gratidão, de bem-estar.
É o momento no qual se pode revelar (e revela-se, aliás, cada vez mais) a Infinita Presença que confina, pela própria ação da Transparência que se estabelece, a não mais resistir, não mais opor-se, não mais ver outra coisa que não o que sustenta os Mundos, as manifestações.
É apreender, enfim, realmente, e viver, realmente, a Unidade, na qual o outro não lhes aparece mais como algo exterior a vocês, mas, sim, presente, realmente, em vocês.

Retomando uma frase que eu gosto muito (pronunciada no Ocidente e no Oriente, pelo CRISTO), essa frase que é, simplesmente, “voltar a tornar-se como uma criança para renascer”, mas, também, dizer que “o essencial é invisível para os olhos” e não será, jamais, acessível aos sentidos, nem mesmo a uma consciência que vocês nomeariam expandida.

Ver com o Coração é fazer cessar todo sentido, é aceitar desaparecer a toda ilusão, desaparecer a todo efêmero, para manter apenas algo de muito mais amplo, muito mais vivo e, sobretudo, que não depende de qualquer sentido e de qualquer filtro.

Ver com o Coração é ver a evidência, é ver a Unidade, realmente, vivê-la, pela Transparência de sua carne.
Ver com o Coração é ver que nada do que é exterior pode existir, se vocês não o imaginaram, recriaram ou projetaram.

Ver com o Coração participa da Liberação e da Liberdade, porque nesse Ver, justamente, não há discriminação, não há separação, não há projeção da consciência, nem recepção de outra consciência.
Ver com o Coração é ir ao mais próximo desse indizível, é sentir a Porta Estreita que se entreabre.
É, também, pôr fim, definitivamente, ao fato de ser subjugado pela Atração e pela Visão, porque nós sabemos, todos, que, nesse Mundo, a beleza do Sol, a beleza das árvores, a beleza de um Irmão ou de uma Irmã é retransmitida pelos sentidos, pelo conjunto de sentidos.
A Visão do Coração não se importa com esses sentidos.
Ela vai além, mesmo, do sentimento de ver as coisas religadas à própria Unidade.

Ver com o Coração é, realmente, o momento no qual vocês não existem mais, no qual vocês desaparecem, totalmente, no qual vocês não têm mais o sentido de ser qualquer pessoa (nem vocês, nem aquele que é visto), mas vocês são, indiscutivelmente, ao mesmo tempo os dois, sem ser um dos dois ou a soma dos dois.
É sentir esse estremecimento e esse Fogo no peito, e é desaparecer, si mesmo, nessa Visão do Coração.
É o momento no qual não há mais necessidade de representação.
É o momento no qual não há mais necessidade de nutrir-se pelos sentidos, mas bem mais, de nutrir-se dessa Infinita Presença que é, eu os lembro, um momento de grande Alegria e de Fluidez, mesmo se isso não seja, ainda, o Absoluto, mesmo se (como tão bem abordaram inúmeros Anciões) isso seja inacessível aos sentidos, inacessível à percepção.
É, justamente, a cessação de tudo isso que permite ver claro com o Coração.

Vocês não estão sem ignorar que aqueles de nossos Irmãos e Irmãs que não têm a visão (seja quando do nascimento ou mais tarde, qualquer que seja a causa) desenvolvem, muito facilmente, outros sentidos que podem minorar a insuficiência desse sentido.

Bem, a Visão do Coração é o desaparecimento de todos os sentidos.
E o que vem paliar essa parada de todos os sentidos é, justamente, o que os aproxima, mais, do coração do Coração, ou do centro do Centro, ou, se preferem, que os faz atravessar esta Porta Estreita.

Ver com o Coração não é comparável com qualquer outra visão.
Porque essa Visão é uma Visão do Íntimo, que lhes dá a ver, de algum modo, não, unicamente, os fios que animam as consciências e as circunstâncias, não é ver, tampouco, unicamente, a mão que anima os fios, mas é ver através de tudo isso.
É uma impressão, e não, unicamente, um sentido: uma impressão que não deixa lugar para qualquer dúvida, que não deixa lugar para qualquer interrogação, para qualquer interpretação.
E, assim, a Visão do Coração os faz ver a Verdade.
E isso não pode aparecer enquanto os sentidos estão em ação.
Vocês conhecem, é claro, tudo isso, através do que vocês nomeiam “a meditação”.

O fim da experiência dos sentidos, quaisquer que sejam, não os priva do que quer que seja, bem ao contrário.
E vocês sabem, aqueles de vocês que o vivem, que são os momentos nos quais desaparece o conjunto de percepções ligadas aos sentidos, ligadas à consciência, ligadas à própria Vibração (qualquer que seja), que realizam essa aproximação (se posso dizê-lo desse modo) do Absoluto.

A grande problemática da consciência é que ela é tributária, justamente, de percepções.
Essa percepção pode existir apenas se o que é olhado seja concebido como exterior e, portanto, distinto.
Enquanto a Visão do Coração estabelece-se assim que não haja mais, justamente, distinção, divisão ou separação, tanto em si, como no exterior de si.

Ver com o Coração, vocês podem, também, representá-lo (ou imaginá-lo) como um conhecimento que eu nomearia direto, ou seja, que não é elaborado (por ideias, por pensamentos, mas que se instala por si mesmo (que não se presta, de modo algum, à confusão, nem à discussão, nem à possibilidade de erro).

Ver com o Coração é aceitar não mais ver, não mais sentir, não mais ressentir, não mais ter o sentido, mesmo, de uma existência em um corpo, em uma forma, ou seja, no que seja.
Se vocês conseguem aproximar-se, eu diria, da periferia do coração do Coração, então, vocês desaparecem, realmente.

O que desaparece é tudo: a totalidade do que é efêmero, ligado aos sentidos, ligado, tanto ao barulho que passa, como à visão que passa, ou como não importa qual outro sentido.
E é nesse estado, nessa neutralidade, que vocês são reabsorvidos no que pode chamar-se, indiferentemente: o Grande Espírito Original, o Absoluto, a a-consciência, de onde tudo vem e para onde tudo volta (porque jamais partiu).
O que se desloca, de algum modo, é o tempo, não são vocês.

Mas nesse mundo, nós fomos todos habituados ao tempo, seja ao levantar do Sol e ao esconder do Sol, como o fato de ter o ventre vazio, ou ainda, de faltar sono.
O tempo vem lembrar-nos (a própria exigência desse tempo, em relação aos ciclos, aos hábitos), as próprias percepções, percepções que os fecham em uma lógica, e das quais vocês não podem subtrair-se enquanto olham isso.

A Visão do Coração dá-lhes a ver o que é invisível, para os olhos como para o Éter.
A Visão do Coração faz desaparecer o conjunto de sentidos, o conjunto de percepções, e estabelece-os nessa Transparência na qual nada mais, em vocês, pode parar o que quer que seja, nem mesmo definir o que quer que seja.

E, no entanto (apesar dessa ausência de definição), nessa Visão do Coração, tudo está perfeitamente em seu lugar, tudo está perfeitamente localizado.
Mas, para isso, vocês devem sair, vocês, de seu lugar e de sua localização.
Isso pode realizar-se apenas nesse estado que precede o fim de todo estado.

Ver com o Coração aproxima-os da Paz Suprema, por momentos de grande Paz, mas, também, de oscilações ou de movimentos que podem, por vezes, desestabilizar (ou seja, o momento no qual vocês saem dessa grande Paz para reencontrar-se em limites habituais de sentidos e da percepção da sua vida).

Ver com o Coração é não mais viver sua vida, nem mesmo estar na vida, mas, bem mais, ser a Vida, em sua globalidade, não limitada por uma Dimensão, não limitada por uma forma ou por uma consciência qualquer.

Ver com o Coração é deixar-se atravessar, deixar-se impregnar, não mais com um órgão sensorial, não mais, mesmo, com um chacra (que responderia por sim ou por não às suas questões), mas é uma evidência, porque não há mais questões: vocês nada têm a perguntar e, no entanto, o que é essencial é-lhes conhecido e reconhecido: o que dá essa Paz, a nenhuma outra similar.
Os sentidos, quaisquer que sejam, são fonte de vitalidade, são fonte de compreensão da vida, nesse mundo, mas não A Vida, com um A maiúsculo e um V maiúsculo.

Ver com o Coração é aceitar ser Transparente para não interferir, você mesmo, com o que é visto, com o Coração, no Interior de si.
Ver em si é não mais depender de sentidos, é não mais depender de qualquer filtro.
Vocês sabem que o olho humano não vê o que vê o olho da mosca, ou o olho do cavalo, porque cada olho é adaptado a cada configuração, a cada expressão da consciência.

O olho não lhes dirá jamais a Verdade.
Ele dirá apenas a verdade do que lhe concerne.
É o mesmo para a clarividência.
A expressão da Visão do Coração poderia ser chamada: conhecimento direto.
Não é, é claro, simplesmente, uma intuição, nem mesmo uma percepção extrassensorial, mas é uma impressão e uma impregnação que superam, amplamente, o quadro dos sentidos ou o quadro de funcionamento da própria consciência.

É nesse sentido que acolher, em si, a Luz e a Verdade (quer vocês a nomeiem Grande Espírito ou CRISTO, nada muda), permite iluminar.
Mas essa iluminação não é suficiente.
Essa iluminação vai conduzi-los à Transparência que é o melhor modo de deixar passar a Luz, sem interrompê-la, sem desviá-la, sem modificá-la.
É aí que se produz a Visão do Coração.
Aquela que nada julga do que é visto em si.
Aquela que nada condena, nem excita nada.
É, portanto, uma visão neutra, porque não implica qualquer ação, nem qualquer reação, da própria pessoa.

Ver com o Coração aproxima-os do centro do Centro, da Transparência, da Humildade, da Infância, e põe-nos no que eu nomearia: o estado de meditação perfeito.
É o momento, como exprimiu, em duas reprises, minha Irmã SNOW (ndr: intervenções de SNOW de 1º e de 17 de novembro de 2012), no qual vocês sentem a ação dos Elementos.
Vocês diferenciam, primeiro, os Elementos, por seu teor e suas próprias percepções: o Fogo não é o Ar.
A Água não é o Ar, tampouco.
E vocês sabem que, a um dado momento, esses Elementos conjugam-se, casam-se entre si, e permitem ativar, totalmente, estruturas.
Essas estruturas foram definidas como o Quinto Elemento, ou Éter, ou ER da cabeça, como ER do peito.
E é, precisamente, nesse nível que se vive a Fusão dos Elementos.
E essa Fusão dos Elementos cria a Transparência.
Ou seja, quando um Elemento não está mais isolado, mas entra em ressonância (em vocês, como por toda a parte, com os outros), que se cria a Realidade do Éter de Fogo.

Esse Éter de Fogo (que é o Ponto ER) dá-lhes a ver o que está além da visão, dá-lhes a ver: o Coração.
E, no Coração (e isso não é uma metáfora): Tudo ali está.
Nada mais pode existir alhures, que não no Coração.
E esse Coração está em seu peito, quer seja sua contrapartida física, como sua parte a mais elevada, em Vibração, como o que está além, mesmo, de toda Vibração.

Oscilar em torno desse Centro é o que os aproxima (mesmo se a amplitude do movimento pareça-lhes demasiado importante) do coração do Coração e, portanto, da Visão do Coração.
A Fusão dos Elementos que se realiza na Terra, o Despertar da Terra, o tam-tam da Terra e do Céu, o tam-tam do Espírito, em vocês (ao nível do Ar e, portanto, da Corda Celeste que vocês nomeiam: o Canal Mariano), tudo isso participa da mesma dinâmica, que visa, simplesmente, fazê-los desaparecer, torná-los Transparentes.
É nessa Transparência que se desenrola, no coração do Coração, a totalidade do que seus sentidos podem dar-lhes a ver, a crer, a sentir.

Ver com o Coração é, portanto, o momento no qual vocês aceitam, realmente, não mais ver nem sua vida, nem a vida de outro: há apenas a Luz.
E, no entanto, nessa Luz, há esse conhecimento direto que não é uma intuição, que é bem mais do que isso.
Porque a intuição pode ser submissa à interpretação e ao julgamento, à coloração pessoal.
Enquanto a Visão do Coração dá-lhes acesso à Transparência de tudo o que era opaco anteriormente, mas não como algo que seria exterior, mas que se desenrola, inteiramente, em vocês.

O Elemento Ar está, é claro, onipresente, nesse nível.
É nesse sentido, também, que o Arcanjo URIEL intervém, agora, após METATRON, após a abertura da Porta Posterior (o que vocês nomeiam KI-RIS-TI, aí onde estão as Asas Etéreas), que lhes dá a viver essa Transparência, esse Abandono do Si, e essa Liberdade e essa Maturidade.
Observem bem os momentos nos quais, em vocês, desaparecem as percepções dos sentidos, como as percepções Vibratórias, que podem traduzir-se por um sentimento de desestabilização.
Porque, imediatamente, é claro, vocês vão dizer-se: “o que eu fiz para fazer baixar minha Vibração?”.
Qual é a circunstância que permite o que vocês tomem, em um primeiro tempo, por um abaixamento da consciência, que é, de fato, apenas o seu desaparecimento, puro e simples?

Eu os convido, não a exercer uma vigilância de cada instante, mas a lembrar-se de que, nos momentos de que lhes pareça oscilar, de que nos momentos de que lhes pareça ver desaparecer uma percepção Vibral, naquele momento, lembrem-se de que vocês jamais estiveram tão próximos da Visão do Coração e, portanto, do centro do Centro.
Há apenas (de maneira figurada), que dar um muito pequeno passo a mais, para encontrar a Imobilidade e a Transparência Total.
Aceitem entregar-se ao Grande Espírito, e o Grande Espírito os fará ver (para além dos limites de toda visão), na Visão do Coração, pela impressão e a impregnação, todos os Universos, todos os Mundos, todas as consciências.
Naquele momento, vocês saberão, verdadeiramente (porque o vivem, verdadeiramente), o que é a Liberdade.
Ela está aí, e ela não está em nenhum outro lugar alhures.

No coração do Coração há a Paz, há a Tranquilidade, há o desaparecimento de tudo o que é resistência, de toda pessoa: é a Última Presença, aquela que pode parecer-lhes desembocar em uma ausência, mas que não é nem uma ausência, nem uma presença, que é a única Verdade.
As circunstâncias desse mundo, atualmente, no qual sopram o Grande Espírito e os Elementos, é um período capital para dar esse último passo.
Porque aí se encontra, eu diria, a verdadeira metamorfose.

É claro, o que eu digo, além de minhas palavras é, sobretudo, tentar impregná-los (além mesmo das definições de minhas palavras) do que pode ser, se vocês não o vivem, a Última Presença, Porta especial para o Absoluto.
E, como disseram muitos Anciões, muitas Estrelas: o Absoluto já está aí.
São vocês, simplesmente, que se afastaram dele.
Quaisquer que sejam as razões, elas não têm importância.
Porque, hoje, essas razões não se mantêm mais, porque o Grande Espírito já bateu à sua porta, atrás das costas, no topo da cabeça, nas Portas do peito e, agora, no coração do Coração.
Nada mais há a fazer do que abrir.
E essa abertura não há melhor palavra do que Transparência: nada parar, nada reter, simplesmente, deixar-se atravessar.
Deixar-se atravessar é viver a não separação, é viver a Fusão com o Grande Espírito, é descobrir o sentido de “Ser Amor”, para além de toda consideração humana e, mesmo, fraternal.
É descobrir, ao mesmo tempo, o que é, ao mesmo tempo, a essência e a própria substância da Vida.

Ver com o Coração é Ser Livre de todos os condicionamentos, de todas as opacidades e, também, de todos os sofrimentos e de todas as memórias que puderam existir, nesse mundo.
É participar, plenamente, da Vida e não, unicamente, de sua vida.

Eis, portanto, as algumas palavras que eu pude encontrar, que podem desencadear, em vocês, a superação do que pode ser visto, habitualmente, e percebido, habitualmente.
Eu posso apenas desejar-lhes a mais perfeita das Transparências, aí onde está o coração do Coração e a Visão do Coração.

Essa irradiação, do Ser e do não Ser, é natural.
Não há necessidade de vocês para Ser, justamente.
Se vocês conseguem apreender a essência de minhas palavras e ir, aliás, por trás dessas palavras, então, o que eu tinha a dizer-lhes, tocou, efetivamente, seu alvo.

Então, Irmãs e Irmãos na humanidade, encarnados sobre a Terra, eu os Amo.
Mas, dizer-lhes isso é, também, cantá-lo a mim mesma.

Que todas as bênçãos do Grande Espírito estejam em vocês, e atravessam-nos.

NO EYES diz-lhes: até uma próxima ocasião.
Até breve.

_____________________________________________
NDR



Chacra do coração: no eixo do esterno, entre os mamilos.





Ponto ER da cabeça: na fonte do topo da cabeça, no cruzamento da linha que passa pela ponta das duas orelhas e da linha que passa pelo nariz e o occipital.

Ponto ER do peito: no eixo do esterno, em sua parte superior, acima do chacra do Coração, na protuberância do esterno, chamada ângulo de Louis.



Ponto KI-RIS-TI das costas: entre as omoplatas, a meia altura (sob a quinta vértebra dorsal). Raiz do chacra do Coração.
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3 comentários:

  1. Ver com o coração já é, de algum modo, juntar-se ao grande Espírito. Neste ver, já não existe identidade, já não existe separação, já não existe a percepção e nem a consciência daquele que ver. Isto é uma transcendência de qualquer visão que se possa ter, no seio do conhecido, e no âmbito de si mesmo, como indivíduo. Este não é um conteúdo destinado a quem que seja, senão àquele cujo alvo exclusivo seja o abandonar-se completamente, ou que assim já o viva. Valer dizer, também, que a fala destes intervenientes, cada vez mais, tem se pautado neste estado transcendental, já antecipando o que seja o efetivo final dos tempos, que nada tem a ver com outras coisas; as quais, sabe-se, adredemente voltadas para a dita sobrevivência do que jamais existiu.

    Vale lembrar que o próprio Cristo já havia se referido a este olhar absoluto, ao proferir o seu famoso "olho de ver".

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  2. Ver com o Coração, a visão direta que não passa pelas colorações, pelas experiências da personalidade. É uma visão direta, além das percepções humanas. Hoje eu vejo a nossa trajetória, a trajetória da consciência até chegar a última presença ou Absoluto. Então, os nossos intervinientes literalmente desceram até ao nível da camada da cebola onde estávamos lá em 2009, 2010, e quando nós passávamos por um passagem, porta ou para camada seguinte, os nossos intervinientes passavam juntos, basta observar por exemplo em setembro de 2011, o linguajar saltava para outro ponto, depois quando veio BIDI, a mesma coisa, tanto os Arcanjos, Anciões, Estrelas passavam para camada seguinte junto conosco, numa só consciência até chegar à a-consciência. Hoje parece que tudo está tão fusionado que sinto a vibração dos meus companheiros e companheiras nos próprio comentários que eles escrevem.É uma Alegria, é uma benção.

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  3. Ver com o Coração, é portanto, ver com a Verdade, ver além do olho, ver além do que distancia e separa. ...É de algum modo juntar-se já, ao Grande Espírito.
    Esse Ver do Coração é um mecanismo íntimo, que é realmente o fato de fazer desaparecer todas as limitações e todo o sentido de uma consciência diferente da Grande Consciência do Grande Espírito. E, em definitivo, exatamente depois do Grande Tudo o que vocês nomeiam Absoluto.

    É o momento no qual se pode revelar e revela-se, aliás, cada vez mais a Infinita Presença, que confina pela própria ação da Transparência que se Estabelece.
    Ver com o Coração é ver a Evidência é ver a Unidade, realmente vivê-la pela Transparência de sua carne.

    Ver com o Coração, é não mais viver sua vida, nem mesmo estar na vida, mas bem mais, ter a Vida, em sua Globalidade, não limitada por uma Dimensão, não limitada por uma forma ou por uma consciência.

    Última Presença, Porta especial para o Absoluto.
    Nada mais há a fazer do que abrir.
    E essa abertura, não há melhor palavra do que TRANSPARÊNCIA. Nada parar, nada reter, simplesmente, deixar-se atravessar.

    Deixar-se atravessar é viver a não separação, é viver a Fusão com o Grande Espírito, é descobrir o sentido de Ser Amor. É descobrir ao mesmo tempo, o que é ao mesmo tempo, a Essência e a própria Substância da Vida.

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