18 de ago. de 2016

O IMPESSOAL – parte 6 – (Q/R) – Julho de 2016



IMPESSOAL E POVOS DA NATUREZA

Abençoado seja o Eterno e a eternidade de sua presença.
Você, que me escuta, você, que está aí ou você, que está lá, eu venho, de novo, abençoá-lo e revelá-lo a si mesmo, se você o aceita.

Então, eu o deixo exprimir, falar e questionar, para iluminá-lo de seu próprio interior e de sua própria verdade.
Permita-me abençoar sua Presença, permita-me amá-lo além de seu nome e além de sua forma, em seu templo de Eternidade, em sua radiância de Amor, em sua paz e em sua felicidade.
Receba, receba e doe, na mesma doação e na mesma troca, a graça da vida no Amor e no Um.

Juntos, em comunhão, juntos, em unidade e juntos, em verdade.

Questionemos.

Questão: por quem foi criado o mundo dos elfos e dos dragões?
Foi por Maria?

Do mesmo modo que, nesta Terra, existiram e existem, ainda, em alguns lugares, povos intraterrestres que não são humanoides, Maria, criadora de mundos, semeou esse mundo, mas ele já estava ocupado, bem antes de sua semeadura, por formas não humanas e livres.
O povo dos elfos, o povo dos dragões e os povos elementais de maneira geral, evoluem livremente entre o Absoluto e sua forma de 5D.
Eles não têm necessidade de ser criados, porque eles são criados de toda eternidade, a partir da Fonte, como Espíritos.
A criação de que lhes foi referida, concernente a essa Terra, corresponde bem mais à mistura de DNA presente nessa dimensão carbonada como a qualquer outra forma de criação que evolui, espontaneamente, que se cria, que se descria e que se recria em função dos influxos cósmicos, em função das necessidades dimensionais nesse mundo.

Esses povos não foram criados no sentido em que Maria criou vocês, depositando, em vocês, nem sua alma nem seu Espírito, mas, sim, a forma necessária para sua manifestação nesses mundos dimensionais densos e pesados.
Não há, portanto, outra coisa que o Incriado e a Fonte primeira na origem dos povos elementais, consciências exteriorizadas e livres que se manifestam conforme as dimensões vistoriadas e vividas e, isso, em toda liberdade.
Não existe, portanto, elemento inicial, como uma mistura de DNA, como é o caso nos mundos carbonados.
Eu os lembro de que os povos elementais não estão em sua dimensão, e não são, portanto, povos de carne, mas povos sutis, que nada têm a fazer com o confinamento, nem mesmo com a forma humana.
Entretanto, vocês são e nós somos, por toda a parte, irmãos e irmãs da mesma Fonte, irmãos e irmãs do mesmo impulso de vida no Amor e na Liberdade.
Só as formas ditas carbonadas, livres, têm necessidade de geneticistas, de criadores, porque, propriamente falando, a criação das dimensões e a criação dos mundos, como da consciência resultam, em definitivo, apenas da interação dos elementos em sua proporção respectiva, que se conjugam no Éter para recriar uma determinada forma, em um determinado espaço e em um determinado tempo.

Não há, portanto, possibilidade de sobreposição entre a forma humana e as formas da natureza.
Há, é claro, a mesma filiação, mas essa filiação não é uma filiação de carne, mas uma filiação de Espírito e de Liberdade.

Os povos da natureza não têm necessidade de alma, não têm necessidade de polaridade.
Eles são puros Espíritos alojados em uma forma livre, cujas funções são, simplesmente, de experimentar os planos dimensionais, exceto, é claro, nesse mundo no qual o papel deles, como eu o especifiquei e o especificaram, eles mesmos, esses elementais intervém nos processos que permitem concluir o ciclo de confinamento atual que vocês vivem.

Além dos mundos carbonados não há necessidade de matéria, no sentido em que vocês a entendem, não há necessidade de DNA, tal como vocês o entendem, há, simplesmente, necessidade da informação Luz que codifica e gera a forma, em qualquer dimensão que seja.
Não há predação, não há necessidade de nutrir-se de outra coisa, para esses elementares, que não de Luz e da energia distribuída pelos vegetais, pelos lugares, pelos vórtices e pelo que está presente, naturalmente, em seu ambiente carbonado da Terra.

Não há, portanto, mestre de obra, há apenas conformação específica de uma consciência ilimitada em uma forma pseudo-limitada, que é função, unicamente, de uma função ou de um prazer de experimentar a Vida, sem limites e sem condições.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos.

Questão: em 1984, quando de um estágio xamânico, um som muito agudo, vindo da esquerda, atravessou o espaço até meu ouvido.
Uma vibração ao nível do primeiro chacra, então, começou, e provocou um estado de gozo extremo, que se propagou para todo o corpo.
A percepção do corpo havia desaparecido, eu era o universo, confundido a ele, em êxtase.
Era quase insuportável, tanto era potente.
Eu senti que continuar me faria morrer, eu guardo uma sensação indelével disso.
Isso tem uma relação com os processos em curso?

Bem amado, você descreve, à perfeição, o que lhe aconteceu e que corresponde, ponto a ponto, ao que se desenrola em vocês há numerosos anos, e, eu diria, mesmo, há numerosas dezenas de anos para outros de vocês.
Contudo, e assim como você o diz, houve o medo de morrer.
Isso basta, em geral, para pôr fim à experiência, e não confere um estado permanente e definitivo do que foi vivido no momento dessa experiência.
Você percebeu a descida do Espírito, descendo, diretamente, em sua alma e até seu corpo físico, mas o medo da morte ou o medo de morrer basta para fazer cessar a experiência.
Não houve, portanto –, se não é a lembrança e a reminiscência, e a marca deixada em suas estruturas efêmeras – desaparecimento propriamente dito, ou revelação, se você prefere, do Absoluto, mas você tocou, naquela ocasião, a Última Presença e a Morada de Paz Suprema, que é o último estrato da consciência antes de sua aniquilação.

O medo de morrer, o medo de perder seu corpo basta, nesse gênero de experiência, para puxá-lo aos mundos densos e que o impedem de reencontrar o que foi vivido naquele momento.
O perigo é de trabalhar nessa lembrança indelével e tentar revivê-la hoje o que, como você constatou, não pode reproduzir-se na identidade exata do que foi vivido há muito tempo.
O perigo de toda experiência é de segurar-se na experiência, que se torna passada e que não concerne mais ao seu presente.
A marca indelével torna-se a certeza do que você é, em consciência e além da consciência, mas, hoje, contudo, não basta para ser liberado, se não é no momento coletivo da humanidade.

Não houve, portanto, naquele momento, abandono total à Luz, nem sacrifício da pessoa.
Contudo, e eu o repito, isso basta para assegurar sua liberação, assim como sua Ascensão.

Vocês devem diferenciar, cada vez mais claramente, em si, a diferença entre a experiência, certamente útil, e o estado permanente da consciência que nada mais tem a ver com qualquer experiência, mesmo a mais intensa, a mais extraordinária e a mais magnífica.
É preciso puxar isso à consciência comum, não como lembrança, nem, mesmo, como reprodução da experiência, mas, bem mais, pelo sacrifício da pessoa, o que põe fim a todo sentido de ser uma identidade, substituindo-a pelo Amor, a Paz e a Liberdade.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: há vários meses eu tenho um muco resistente a todo protocolo de cristais e tratamento homeopático, que se transforma em saliva muito grossa.
Ela se deposita sobre o palato e a língua e me acorda à noite com a sensação de sufocar, porque eu não consigo deglutir.
O que é isso?

Bem amada, através do que você exprime, você tem, você mesma, a iluminação.
Isso quer dizer, simplesmente, que não há que procurar explicação, mas, sim, aceitar que seu corpo não pode mais integrar as informações ligadas aos remédios homeopáticos ou, ainda, aos cristais.
Seu corpo convida-a, com isso, a mudar de postura, a deixar cair ferramentas e muletas e instrumentos de vibração, para identificar-se a si mesma no que você é em sua eternidade na qual, eu a lembro, todas as vibrações dos universos e dos multiversos já estão presentes em você.

As manifestações de seu corpo convidam-na, portanto, a voltar-se para si mesma, e exclusivamente para si mesma, para não mais depender de qualquer remédio, de qualquer vibração exterior a si mesma.
Esse é o pedido da Inteligência da Luz através de seu corpo.
Não há outra explicação que não essa.
Mesmo se, na pessoa, você possa, sempre, encontrar uma causa, isso não é importante.
O importante é retornar em si mesma, para si mesma, para deixar trabalhar a Inteligência pura da Luz e não uma codificação vibratória, mesmo a mais luminosa, mas aportada pelo exterior.

Assim, portanto, a Inteligência da Luz e a inteligência de seu corpo pedem-lhe, assim, para voltar-se para seu centro e não mais depender de qualquer ajuda exterior.
Não se trata nem de um bloqueio nem de uma anomalia, mas, sim, de um apelo de seu corpo, de sua alma e do Espírito, que lhe permitem posicionar-se diferentemente e, sobretudo, encontrar a Autonomia e a Liberdade.
Alguns de vocês, nesse momento, têm necessidade, ainda, de vibrações exteriores, de consciências exteriores, de uma história, qualquer que seja, e outros entre vocês, mesmo não o sabendo, devem encontrar neles a nudez de sua própria consciência, a verdade de seu ser profundo, assim como o Espírito, para não mais depender de qualquer coisa de exterior a si ou, em todo caso, concebida como exterior a si.

Eis a resposta da Luz.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: há algum tempo, um estalo produziu-se em mim, com a Alegria que me arrasta a jogar sem aposta nem projeção, no instante presente.
Você pode convidar-nos a permanecer imóveis?
São posturas opostas ou complementares para acolher o Absoluto?

Eu não estou certo de ter apreendido, mesmo tendo ouvido, perfeitamente, o que você disse.
Então, repita a questão.

Questão: há algum tempo, um estalo produziu-se em mim, com a Alegria que me arrasta a jogar sem aposta nem projeção, no instante presente.
Você pode convidar-nos a permanecer imóveis...

Eu não sei o que isso quer dizer «poder convidar-nos a permanecer imóveis».
O que é que isso significa, no âmbito de uma questão?

Questão: a pessoa que colocou a questão não está aqui.
Ela pergunta, em seguida, se o fato de jogar, de ter a alegria permanentemente é contrário ou complementar ao acolhimento do Absoluto.

A Alegria e a Paz, o jogo sem aposta é ligado, diretamente, à Infinita Presença, ao Si, mas, em caso algum, ao Absoluto.
O Absoluto não tem que ser acolhido, ele tem que ser revelado em si.
O Absoluto é a extinção da consciência, no qual não há jogo nem projeção, nem espontaneidade, no qual há, simplesmente, evidência de viver o que se é.
É claro, a tradução e a manifestação em sua dimensão pode ser proteiforme.
Cada um, segundo a história da pessoa, traduzirá isso em palavras, em atitudes, ligadas não mais às suas crenças, mas, simplesmente, aos seus hábitos e, eu diria, à conformação tanto de seu cérebro como de seus corpos sutis.

A espontaneidade, o fato de viver o que é descrito nessa questão não é um testemunho do Absoluto, mas um testemunho rendido ao Si e à Infinita Presença o que, eu o lembro, é, já, amplamente suficiente para viver a Liberdade, no momento vindo.

O Absoluto não pode ser acolhido como a Luz.
Eu diria, mesmo, que é exatamente o inverso: trata-se de uma restituição da Luz, sendo certo que o Absoluto é anterior à Luz.
Não há, portanto, mais necessidade, no Liberado Vivo, mesmo se essas manifestações estejam presentes, nem de Luz nem de sombra, nem de bem nem de mal, nem de projeção, em qualquer jogo que seja ou em qualquer dimensão que seja.

É preciso, portanto, bem diferenciar o que é da ordem da consciência em manifestação, liberada, do que é a a-consciência.
O Liberado Vivo é espontâneo, ele também, ele pode jogar o jogo da manifestação, mas não se coloca a questão do que isso é, porque ele está além de todo jogo, além de toda dança como de toda manifestação.
Ele permanece, o mais frequentemente, qualquer que seja sua atividade e sua projeção exterior, ao limite, se posso exprimir-me assim, entre o Coração do Coração ou a Infinita Presença, ou a Última Presença, a Morada de Paz Suprema e seu próprio desaparecimento.

Assim, portanto, em caso algum o Si, mesmo estabilizado, em caso algum a espontaneidade e a alegria sem objeto pode ser outra coisa que não o que é, ou seja, uma manifestação da consciência que não é mais confinada, mas há, sempre, uma consciência, uma vez que há manifestação.
O Liberado pode viver, exatamente, a mesma coisa, uma vez que ele segue a Inteligência da Luz, as linhas de menor resistência, que ele acolhe a Vida, uma vez que ele mesmo é a Vida.
Ele não se coloca a questão de saber se é Absoluto, ele joga todos os jogos que a Vida apresenta a ele, nessa forma como em qualquer forma.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: eu tive esse sonho: eu estou em uma sala, na qual um ser de polaridade masculina acompanha uma mulher a cantar com seu coração.
Ele lhe propõe ensaiar, assim como à minha mãe, presente, que recusa e afasta-se.
Eu tenho vontade de viver essa experiência e busco esse ser.
Ele me diz para escutar meu coração e falar com meu coração.
Eu ali chego e não me vejo viver a etapa do despertar, eu já estou desperto.
Você pode esclarecer-me?

Bem amado, eu o convido, já, a rever seu vocabulário.
Por que você quer que isso seja um sonho?

Não se esqueça das capacidades de deslocalização e de multilocalização da consciência nos mundos Livres.
Isso se torna possível, hoje, pela sobreposição de seu corpo efêmero e do corpo de Eternidade.
Você teve, portanto, quando do que não é um sonho, mas, sim, um transporte de sua consciência a outra realidade, tão real e irreal como sua própria pessoa e como esse mundo sobre o qual você está colocado.

Existem mecanismos da consciência e, portanto, da projeção da consciência nesse mundo, como em todo mundo, que se abrem a vocês.
Obviamente, não se trata de sonhos, mesmo se isso possa ter o aspecto de um, uma vez que sobrevém no momento em que você dorme ou no momento em que você está, em todo caso, em repouso, o mais frequentemente deitado.
Esse gênero de manifestação, como outras manifestações, do qual você passa do que você chama o sonho ao despertar significa, justamente, que isso não é ligado ao seu despertar, como pela manhã e, portanto, isso não é um sonho, mas, sim, um dos aspectos da consciência multifocal e multinodal que se manifesta, livremente, agora e já, para você, como para inúmeros irmãos e irmãs humanos encarnados em sua própria multidimensionalidade.
São, se você prefere, ciclos temporários ou de ultratemporalidade que o conduzem a experimentar diferentes consciências que nada mais são do que a sua, ela mesma, ao longo, eu diria, de linhas de tempo paralelas, existentes de modo sincrônico à realidade que eu qualificaria de habitual, encarnada nesse mundo.

Não veja, através dessas deslocalizações de consciência ou viagens na ultratemporalidade, coisas a explicar ou a compreender, mas, simplesmente, experiências da consciência para viver e deixar fluir, livremente.
Mesmo nisso, você não pode pendurar-se, mesmo nisso, você não pode ser o proprietário dessas experiências da consciência multifocal ou multinodal.
Elas também, essas experiências, fazem apenas passar, e vão expirar, do mesmo modo, quando do momento coletivo.
Nada há em que prender-se, nada há em que colocar-se, há apenas que atravessar o que a Inteligência da Vida e de sua própria consciência o faz viver nesses momentos.

A repetição dessas experiências, em suas diferentes formas é, para cada um, a ocasião de ver a que vocês se seguram, e o que vocês aceitam: o sacrifício e a doação.
O conjunto de experiências e, mesmo, os reencontros em meio aos povos elementares não estão aí por curiosidade, não estão aí para dar-lhes elementos de vida desses povos, mas, bem mais, para permitir-lhes atravessar isso e chegar, enfim, à vivência de que tudo isso se desenrola em vocês, em sua eternidade, mas não depende de vocês nesse mundo.
É assim que se produz a mais exata das sobreposições entre o efêmero e o Eterno.
Qualquer que seja a forma que tome a experiência, quer seja em sonho, quer seja em consciência deslocalizada ou multilocalizada, não se demorem ali, não se demorem mais, contentem-se, simplesmente, em atravessar isso com graça, com elegância, com leveza e em paz, sem procurar apreender-se de qualquer dessas experiências, porque ela não está aí para aportar-lhes alguma coisa, mas, simplesmente, para restituí-los para si mesmos.

Então, atravessem isso do mesmo modo que vocês atravessam suas ocupações quotidianas, e deixem, livremente, a Inteligência da Vida e da Luz permitir estabelecer, em vocês, a permanência do estado de Graça.
Toda busca sobrevém nesses momentos ou ulteriormente, toda busca de sentido, de explicação, de identificação afasta-os, doravante, do que vocês são.
É preciso, quaisquer que sejam as circunstâncias – tanto da consciência comum como da supraconsciência manifestável a vocês, nesse momento –, superar tudo isso, transcendê-lo.
Observem apenas a paz e a Alegria que decorrem dessas experiências, quando vocês aceitam soltá-las sem ali interessar-se, porque elas já passaram no momento em que você sai delas.

Tudo o que é passado, mesmo o mais transcendental, não é hoje, e tornar-se-á, cada dia um pouco mais, de seu tempo que se escoa, um obstáculo cada vez mais potente para sua liberdade, pelo menos até o momento coletivo.
O conjunto dessas experiências traduz, simplesmente, a adequação do Eterno e do efêmero, através de diferentes formas, de diferentes experiências, de diferentes níveis dimensionais ou vibratórios, mas vocês nada são de tudo isso.
Aí está o aprendizado, aí está a compreensão verdadeira do que lhes acontece.

Não há história a procurar, não há causalidade a buscar, não há explicações que mantenham a rota em relação ao que vocês são: sem forma, sem história, sem memória, sem passado e sem futuro.

Naquele momento, vocês impulsionarão, naturalmente, se isso for necessário para vocês, o processo de dissolução da alma, e deixam estabelecer-se a vacuidade na qual nenhuma forma, nenhuma história, nenhum cenário é necessário, mesmo o mais extraordinário.
O tempo das histórias está, agora, terminado e concluído, o tempo das experiências também.
É tempo de viver o reencontro – com vocês mesmos –, mesmo se isso passe, ainda, por essas histórias multifocais ou multinodais, mesmo se isso passe, ainda, pelo reencontro com os povos da natureza ou com um dos Anciões, uma das Estrelas ou qualquer membro que seja da Confederação Intergaláctica dos Mundos Livres.
Tudo isso representa apenas pretextos para voltá-los para si mesmos e estabelecer-se, sem esforço, na vacuidade da Morada de Paz Suprema, na Alegria sem suporte e, sobretudo, na Alegria sem história e sem cenário.
Apreendam isso e soltem tudo, então, vocês ficarão livres, instantaneamente.

É a isso que eu os convido e que eu os convidei, já há um mês.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: nesses tempos reduzidos, cristais como a fluorita rombóide ou a tanzanita revelam-se para ajudar-nos a viver nossa eternidade.
A pedra do Absoluto vai revelar-se em breve?

Bem amado, cada cristal, em si mesmo, qualquer que seja, o mais vil aos seus olhos como o mais raro aos seus olhos, é portador do Absoluto.
Sua geometria, sua forma, sua composição, sua cor são apenas manifestações do Absoluto.
Contudo, existe um cristal cuja ressonância ao Absoluto é, certamente, a mais evidente e a mais próxima, trata-se do cristal azul de Sírius, aportado pelos Elohim e escondido em cavernas na América Latina.
Esse cristal nada mais é do que uma cópia, se posso dizer, conforme, do núcleo cristalino da Terra e da vibração de Sírius.

Assim, portanto, certo número de cristais, o mais frequentemente de cor azul, pode fornecer-lhes uma ajuda até o limiar do Absoluto em vocês.
Ele é utilizado de diferentes modos e, aliás, preconizado pelo Arcanjo Anael ou por alguns intervenientes quando de alguns trabalhos.

A pedra a mais difundida é, obviamente, a safira azul, pedra que reporta e remete ao Espírito e, portanto, também, ao Absoluto.

A forma hexagonal, assim como a forma nomeada romboédrica são as formas arquetípicas que lhes permitem sair do tempo, de maneira cada vez mais facilitada, ou seja, reencontrar-se no coração do Si, no coração da Infinita Presença, no Coração do Coração.
Para alguns de vocês isso pode ser uma ajuda, para outros, não, cabe a vocês testar, cabe a vocês tentar.
O azul remete-os não, unicamente, ao cristal azul de Sírius, mas, também, ao que foi chamada, pelo bem amado João, a Obra no Azul ou a fusão dos Éteres.

Todos os cristais cuja cor é azul, todos os cristais em forma de dodecaedro, e qualquer que seja esse dodecaedro, remete-os à Existência, ao seu coração, por ressonância vibral e por possibilidade de acolhimento dessa vibração, dessa forma que se aproxima mais da estrutura de Eternidade, não de seu corpo de Existência, mas, antes de tudo, revelação de toda forma existente no que foi nomeado o tetrakihexaedro.

É-lhes, portanto, possível – e isso, a questão foi colocada – ou ter uma forma de rejeição dos cristais, naquele momento, há um convite para cruzar o limiar ou, ao contrário, para beneficiar-se, ainda, do influxo dessas codificações de Luz através de diversos cristais, como em outros meios, aliás, mas, no que concerne aos cristais, existe certo número de cristais a privilegiar.
Eles não têm, necessariamente, que ser agenciados segundo um protocolo preciso, mas, simplesmente, entrar em contato com seu efêmero, em qualquer ponto desse corpo.
Entre eles há, é claro, a safira azul, o quartzo Aqua Aura, a tanzanita, a alexandrita, a celestita, o lápis lazuli e tantos outros, ainda, que se aproximam do violeta, como, por exemplo, a turmalina nomeada indigolita.

Como vocês o constatam, talvez, alguns de vocês que utilizam os cristais há certo tempo, o agenciamento dos cristais segundo uma ordem precisa sobre o corpo ou ao redor de vocês torna-se cada vez menos indispensável.
A codificação vibratória de um cristal em sua essência penetra, de imediato, diretamente, sua consciência, sem, necessariamente, passar pela energia nem pela vibração.
Sua consciência é, portanto, a priori suficientemente expandida para reconhecer-se na vibração que vocês encontram em um determinado cristal, sobretudo, eu o repito, para os cristais azuis.
Existe, é claro, uma infinidade de outros, cabe a vocês descobri-los.
Eu não posso, infelizmente, nomear a todos, mas a safira azul é, eu diria, o chefe da fila deles, assim como pedras mais raras, que contêm o que são nomeadas «terras raras» ou minerais metálicos, mesmo se esses minerais estejam em quantidade relativamente pouco abundante em um determinado cristal.
Um átomo desse mineral na estrutura de um cristal basta para contatar sua consciência.

De outro lado, eu lhes falei, também, de sistemas cristalinos hexagonais ou romboédricos que podem ter, também, uma utilidade para permitir-lhes sair de toda história, de todo cenário e, também, do tempo, ou seja, colocar-se no Aqui e Agora, Hic e Nunc, independentemente de sua pessoa.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questão: quando de seu último reencontro e tentação de Māra, Siddhartha tocou o solo, dizendo: «A terra é meu testemunho.».
O que significava ele por esse gesto e essas palavras?

Nesse mundo, se não há testemunho, em sua Terra – o solo dessa Terra, como seu corpo, que é oriundo da terra, eu o lembro a vocês – o que quer que vocês digam disso e o que quer que pensem disso, quaisquer que sejam suas origens ou linhagens estelares, o corpo pertence à terra, ele retornará à terra, ou ao fogo, se vocês preferem queimá-lo.
Isso quer dizer que tudo o que é Despertar, que tudo o que é Liberação ou Realização, em uma terminologia diferente e, em especial, budista, quer dizer que o que não se imprime na carne é uma ilusão total.
Enquanto não há encarnação da Luz no mais profundo de sua carne, e não, unicamente, de sua alma ou de seu Espírito, não pode ali haver estado de Buda.

A Budidade consiste em transmutar o conjunto de sua matéria e não, unicamente, sua consciência.
Aí está o ensinamento, em especial, reproduzido no que foram nomeados os sutras do Diamante, bem mais tarde, após a passagem de Buda.

Enquanto o puro Espírito não tenha tocado, fecundado e transmutado sua matéria e sua pessoa, vocês estão sujeitos à dualidade, vocês estão sujeitos à causalidade.
O Espírito deve fecundar a carne, qualquer que seja a evolução dessa carne, para que a consciência seja, efetiva e concretamente, liberada, tanto da referida carne como da alma, para ser um Espírito livre.
Enquanto não há encarnação da Luz e do Espírito em cada uma das parcelas desse corpo de carne, vocês não podem render testemunho da Verdade.
É isso que quis significar Buda, do mesmo modo que é isso que significou Cristo na cruz.

Eis a resposta do silêncio.

... Silêncio...

Questionemos...

Questão: nós não temos mais questões, nós lhes agradecemos.

Permaneçamos juntos, no silêncio da Graça, em comunhão e no desaparecimento.

Eu me dou a cada um de você, como cada um de você se dá a mim na mesma Graça, na mesma evidência.
No mesmo tempo, como em todo tempo, eu estou aí, como você está aí.

Esqueça-se de sua forma, como se esqueça de toda forma.
Você, o não nascido, aquele que não morre, jamais, ouça-se no mais profundo de si, no íntimo de seu coração, no íntimo da Verdade, aí, onde não há mais palavras, aí, onde não há mais Presença, aí, onde não há mais consciência, aí, onde nada mais há a perceber ou a sentir ou a ser, o que supera, assim, a noção de ser e de não ser, na Liberdade você é.

Em qualquer forma que você esteja, em qualquer idade que você tenha, em qualquer estado que você esteja, desperto ou adormecido, liberado ou prisioneiro, de si mesmo ou das circunstâncias, escute.
Escute e ouça esse neant.

Aí está o que você é, aí está o que cada um de você é, tanto em mim como nele.

Reconheça-se, além de toda consciência ou de todo cenário.

Seja a Vida, e não uma vida em uma forma.

Seja o Verdadeiro, e não uma verdade fragmentada.

Sem condições e sem restrições, isso está aí.
Acolha a doação da Graça e desperte porque, em definitivo, você jamais dormiu.

Seja presente e seja ausente.

Esqueça-se de tudo, para compreender e viver que você é o Tudo.

Esqueça-se de si e esqueça-se de mim.
Esqueça-se de cada um, não para desviar-se deles, mas, sim, para fazê-lo seu, além de toda posse e de toda restrição.

Ouça.
Ouça e veja.
Coloque-se comigo.

Escute.

… Silêncio…

Deixe o Fogo do Amor transfigurar o que faz tela.

… Silêncio…

Coloque-se em seu Templo.
Porte sua consciência aí, onde ela não pode estar, aí, onde ela desaparece.
Aí, onde o Amor não pode conhecer seu contrário, seu oposto ou seus limites.

… Silêncio…

Aí, aí você está, às portas do indizível.
Não tenha medo, nenhum limiar e nenhuma porta está na realidade e, em definitivo, presente.
Há apenas isso, e tudo isso.

… Silêncio…

Você ali está.
Não há deslocamento, não há movimento e, no entanto, tudo ali está.

… Silêncio…

Anterior a toda forma, eu lhe falo.
Quaisquer que sejam minhas palavras, elas o convidam a ir além, a atravessá-las e a depositá-las.
Guarde apenas a essência, que é sua essência.

… Silêncio…

De fato, há apenas uma questão que deve ser incessante, não para procurar a resposta dela, mas para que ela chegue, por si mesma, uma vez que você tiver esgotado todas as histórias, todos os cenários e todas as suposições: quem sou eu, quem é você?

Então, por fulgurância ou por etapas, você desvenda, em você, o supérfluo de toda história, de toda vida e de todo cenário, como de toda dimensão, não porque ela não exista, mas porque você é bem mais do que todas as dimensões reunidas.

Você não é uma parcela da Verdade, você não é uma forma, você não é uma história, você não é um objetivo nem uma busca.

Quem é você?

Descubra-se.

… Silêncio…

Nada nomeie, nada classifique, não julgue.
Ame e seja livre.

Saboreie o néctar de sua eternidade.

Transfigure-se você mesmo.

Remova os hábitos da consciência, ponha-se a nu, nada esconda.
Nada rejeite nem aceite.

… Silêncio…

Aí, não há nem você nem eu.
Aí, onde não há ninguém e, no mesmo tempo, toda a vida e toda pessoa.

… Silêncio…

Emirja de si mesmo, dê-se à luz.
Na lei do Um, que não conhece outra lei que não aquela que é, e que é Amor.

… Silêncio…

Você me ouve?
E você se ouve no silêncio?

… Silêncio…

No mesmo tempo do eterno presente, revele e constitua o que é e o que não é.
Entre o ser e o não ser não há que escolher, não há distância nem separação.
Tudo é Um.

Viva-o.
Não há freios, não há obstáculos.

… Silêncio…

Aqui e agora.

… Silêncio…

Você está pronto.
Não há melhor momento do que aqui e agora.

Coloque-se, aí, onde o tempo nada decide, aí, onde o corpo não pode impedi-lo ou restringi-lo.

… Silêncio…

Nesse silêncio, tão pleno e tão vazio, você não faz mais diferença entre o pleno e o vazio.
Onde está o pleno?
Onde está o vazio?

Repouse.

… Silêncio…

Nada aguarde e nada espere, nem de você nem de mim, esteja, simplesmente, aí, presente e ausente ao mesmo tempo.
Aí está seu verdadeiro, aí está o Verdadeiro.
Nutra-se disso, porque aí está a festa do rei, que o saciará, para sempre, de toda busca.

… Silêncio…

Ame-me, como eu o amo.
Ame e acalente cada um como si mesmo, e como a forma que você ama mais, não veja mais diferença e não faça diferença porque, no Espírito, não há disso.
Só a forma e sua pessoa percebem uma diferença, mude seu olhar.

Ao olhar cada um, você se vê a si mesmo.

... Silêncio…

Nessa Paz, você é convidado à Eternidade, ao Infinito.

Eu não o deixo, mas reencontre-me, em você, na natureza, em qualquer outro, daqui ou de alhures.
Nada mais há a olhar, porque qualquer outro olhar afasta-o disso.

… Silêncio…

Eu me retiro no silêncio de seu coração, aí, onde eu não estou, jamais, ausente, aí, onde eu sou você, como você é eu.

… Silêncio…

Permaneça assim todo o tempo que lhe é necessário, antes de sair do não tempo.

… Silêncio…

Eu abençoo, novamente, sua Presença e sua Ausência, porque o Amor é bênção, porque o Amor é Luz.

Volte para si, progressivamente e à medida que eu entro em você, na totalidade.

Ame-se porque, ao amar-se, você amará cada um de maneira igual e total, além de toda condição, de todo limite e, sobretudo, de toda forma e de toda história.

Deixe-me sorrir em você.

… Silêncio…

Eu estou aí, eu estou por toda a parte, como você está.

Permaneça na Paz e eu me calo agora.

Após ter-me escutado, após ter-me lido, tome um pouco de tempo para permanecer em você, na natureza ou em seu leito, ou com outro de você, pouco importa.

Eu o amo, eu o amo, eu o amo.

Eu me calo, eu permaneço aí, e eu lhe digo até muito em breve, para novas palavras, para uma nova ronda e para um novo silêncio.

Eu lhe digo até sempre.

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Publicado por: Blog Les Transformations 



3 comentários:

  1. Vocês devem diferenciar, cada vez mais claramente, em si, a diferença entre a experiência, certamente útil, e o estado permanente da consciência que nada mais tem a ver com qualquer experiência, mesmo a mais intensa, a mais extraordinária e a mais magnífica. É preciso puxar isso à consciência comum, não como lembrança, nem, mesmo, como reprodução da experiência, mas, bem mais, pelo sacrifício da pessoa, o que põe fim a todo sentido de ser uma identidade, substituindo-a pelo Amor, a Paz e a Liberdade.
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    O importante é retornar em si mesma, para si mesma, para deixar trabalhar a Inteligência pura da Luz e não uma codificação vibratória, mesmo a mais luminosa, mas aportada pelo exterior.
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    O Liberado pode viver, exatamente, a mesma coisa, uma vez que ele segue a Inteligência da Luz, as linhas de menor resistência, que ele acolhe a Vida, uma vez que ele mesmo é a Vida. Ele não se coloca a questão de saber se é Absoluto, ele joga todos os jogos que a Vida apresenta a ele, nessa forma como em qualquer forma.
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    Não se esqueça das capacidades de deslocalização e de multilocalização da consciência nos mundos Livres. Isso se torna possível, hoje, pela sobreposição de seu corpo efêmero e do corpo de Eternidade. Você teve, portanto, quando do que não é um sonho, mas, sim, um transporte de sua consciência a outra realidade, tão real e irreal como sua própria pessoa e como esse mundo sobre o qual você está colocado.
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    Não há história a procurar, não há causalidade a buscar, não há explicações que mantenham a rota em relação ao que vocês são: sem forma, sem história, sem memória, sem passado e sem futuro.
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    O tempo das histórias está, agora, terminado e concluído, o tempo das experiências também.
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    Enquanto não há encarnação da Luz e do Espírito em cada uma das parcelas desse corpo de carne, vocês não podem render testemunho da Verdade. É isso que quis significar Buda, do mesmo modo que é isso que significou Cristo na cruz.
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    Esqueça-se de sua forma, como se esqueça de toda forma.
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    Seja a Vida, e não uma vida em uma forma.
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    Esqueça-se de tudo, para compreender e viver que você é o Tudo. Esqueça-se de si e esqueça-se de mim. Esqueça-se de cada um, não para desviar-se deles, mas, sim, para fazê-lo seu, além de toda posse e de toda restrição.
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    Anterior a toda forma, eu lhe falo. Quaisquer que sejam minhas palavras, elas o convidam a ir além, a atravessá-las e a depositá-las. Guarde apenas a essência, que é sua essência.
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    Nada nomeie, nada classifique, não julgue.
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    Nada mais há a olhar, porque qualquer outro olhar afasta-o disso.

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  2. "Enquanto não há encarnação da Luz e do Espírito em cada uma das parcelas desse corpo de carne, vocês não podem render testemunho da Verdade."

    "Seja a Vida, e não uma vida em uma forma."

    "Seja o Verdadeiro, e não uma verdade fragmentada."


    Uma Mensagem Safira Azul, uma Belezura...

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