31 de ago. de 2008

RAM – 31 de agosto de 2008

DO SITE AUTRES DIMENSIONS.

Eu sou RAM.
Recebam a paz, recebam a Luz.
Sejam amados em sua eternidade.

Eu volto novamente a vocês para continuar o ensinamento sobre o silêncio e sobre a Luz.

Vamos, portanto, abrir um espaço de questionamento espiritual.

A cada uma das questões, eu responderei pelas palavras e, em seguida, pelo silêncio e pela Luz.

O silêncio, vocês compreenderam, é um elemento importante e indispensável para a eclosão, em sua profundidade, de sua Luz.
Sem silêncio, isso não poderia ser feito.

O acesso à profundidade necessita do desaparecimento do que é superficial.

A palavra é voltada para o exterior e para o superficial.
O silêncio é voltado para as profundidades e para o que é essencial.

A Luz vem do interior e vai para o exterior.
A Luz não se encontra, portanto, no exterior de vocês, mas, efetivamente, no interior.

Vocês não poderão reconhecer e ver a Luz se não encontram sua Luz.
A busca exterior da Luz conduz a um impasse, porque esta se desenrola no exterior.
A busca da Luz consiste em voltar-se para o interior, onde se encontram o silêncio e sua Luz.

Não existe outra Luz além de sua Luz.
Todo o resto são apenas projeções exteriores fúteis, experimentais da consciência.

Enquanto o olhar da consciência estiver voltado, focalizado para o exterior, não pode haver descoberta da Luz interior.

A etapa preliminar, vocês assimilaram, é o silêncio e o estabelecimento, tanto quanto possível, do fato de voltar a consciência para o interior.
Sem essa reversão da consciência é impossível revelar a Luz.
Assim é da experiência da encarnação; assim é da experiência dos planetas; assim é da experiência dos sóis; assim é da experiência das galáxias.

Esse processo está presente em todos os estágios da criação e do não criado.
Sua diligência, se, contudo, vocês desejam ser aspirados pela Luz, é a de voltar-se para o interior.

O exterior pertence ao superficial.
O exterior pertence à dualidade.
O interior é Unidade.
O exterior é a divisão.
O interior é a união e a unificação.
O exterior é a guerra, porque divisão.
O interior é a paz, porque o Amor está no Interior.

Vocês não podem projetar o Amor enquanto não encontraram o Amor.

Quando vocês amam alguém, vocês projetam nesse alguém suas faltas.
O amor exterior é sempre ligado à falta.
O Amor interior é sempre ligado à plenitude.

O amor exterior é ligação.
O Amor interior é ausência de ligação.

O amor exterior aprisiona.
O Amor interior libera.

No olhar interior, na consciência interior, a plenitude é tal que vocês amam do mesmo modo a totalidade do exterior, porque vocês compreendem, então, a essência da Verdade e vocês vivem a essência da Verdade.

Obviamente, o ser que recusa ir ver no interior não poderá, jamais, compreender isso, porque sua busca do Amor no exterior é uma fuga.

A maior parte das religiões manteve essa dualidade, impedindo-os de olhar no interior, atraindo sua atenção sobre processos exteriores.
Pedindo-lhes para imitar Buda, Jesus e outros grandes neófitos, vocês perdem de vista sua interioridade.

Isso é preliminar e corresponde às etapas iniciais do crescimento espiritual, mas, se vocês estão presentes nesse corpo, aqui e hoje, é que vocês superaram essa primeira etapa da consciência.

A maior parte da humanidade encarnada recusa olhar no interior, mesmo entre aqueles que se dizem espirituais.
Eles vivem uma espiritualidade de superfície e, portanto, ligada à falta.
Isso é uma falsa espiritualidade.

A espiritualidade verdadeira consiste unicamente em voltar a consciência para o interior.
Uma vez encontrado o interior, o Despertar, a iluminação (chamem como quiserem, trata-se da mesma Verdade, de toda a eternidade), vocês poderão, então, voltar, novamente, seu olhar para o exterior.

Inúmeras vias (religiosas, espirituais) engajam-nos para o exterior e não para o interior.
A partir do momento em que um ensinamento existe, não pode fazer diferentemente do que ser voltado para o exterior, perdendo ao mesmo tempo sua dimensão interior.

Face a essa reversão do exterior para o interior, vocês estarão irremediavelmente sós.
Isso é apenas uma etapa, mas ela é indispensável.
Ela os conduzirá a compreender e a conhecer a não-distância entre vocês e o resto do mundo.

Mas é diferente afirmar a unicidade da vida no exterior e viver isso no interior.
No primeiro caso, é uma ilusão.
No segundo caso, é a Verdade.
Porque o mecanismo de reversão não foi efetuado, não pode haver salto de consciência, ou seja, realização, Despertar e iluminação, transformação, sem passar por essa reversão.

Vocês estão tão exteriorizados na manifestação, que a maior parte dos seres humanos não consegue conceber que o essencial está no interior e, no entanto, a única porta de saída do interior encontra-se nesse nível.
Num dia ou noutro, um ciclo, outro, vocês farão essa reversão.

Lembrem-se de que essa reversão implica no silêncio.
Esse silêncio não é unicamente o que eu os fiz viver: o silêncio das palavras, mas é, sobretudo, e antes de tudo, o silêncio exterior.
É nessa condição que o olhar interior se abre.
Não pode ser diferentemente.

Isso faz parte da própria estrutura do cosmos em sua totalidade; isso faz parte da própria estrutura da criação e do não criado.
Não há outra alternativa.

A projeção exteriorizada da consciência conduz à experimentação das dimensões densas que concernem a muitas dimensões e não unicamente à terceira dimensão.
Mas isso nos levaria talvez um pouco demasiado longe.

O mais importante é voltar seu olhar para o interior, fazer o silêncio dos sentidos, das palavras e, antes de tudo, o silêncio exterior.
Vocês devem fazer calar, no sentido próprio como no figurado, tudo o que vem do exterior que abafa o som essencial que é aquele de sua Luz, porque a Luz é som, que vocês não podem captar enquanto o olhar da consciência coloca-se exclusivamente no exterior.
Essa noção é capital.

Então, que vocês utilizem sua ferramenta mental, que vocês utilizem a ferramenta energética ou a ferramenta direta de sua consciência, são apenas técnicas exteriores, mas a finalidade deve ser idêntica: fazer calar o exterior para iluminar o interior e permitir a ele revelar-se, despertar e fazer seu trabalho que é o de conduzi-los ao Despertar, à iluminação e também à subida vibratória, que é o que vocês chamam ascensão.
Não há outra alternativa.

Vocês devem ter feito esse caminho, essa peregrinação para seu interior antes que a Terra o faça porque, depois, será demasiado tarde para esse ciclo.

Para nada esconder-lhes, porque vocês todos sabem, vocês estão no que é chamado «os tempos reduzidos».
Nós aceleramos e, quando eu digo «nós» trata-se do conjunto das hierarquias dimensionais, do conjunto dos povos de todas as origens que aderem à Luz original e que querem, com Amor, que vocês se juntem à sua família porque vocês estão, desde tempos extremamente antigos, excluídos de sua família, porque vocês fizeram a escolha da encarnação.

A encarnação não é condenável em si.
Vocês são a projeção a mais perfeita do que chamam a Luz e o Divino.
Vocês são a projeção a mais perfeita da ordem, da harmonia e da beleza.
Vocês simplesmente esqueceram que seria necessário, agora, voltar ao seu interior.

Muitos de vocês, conscientes de que são a Luz e de que vivem numa forma prefeita, mas num mundo que não o é, buscam o caminho do retorno e esquecem essa coisa mais simples, porque aderem a fatos exteriores, porque aderem a crenças, porque aderem a histórias.
Aderem a uma história que não é a sua e que é, no entanto, a história comum e, nessa história, não há solução e não haverá, jamais, solução.
O mundo é construído segundo essa lei.

Aí estão as algumas palavras que queria dar-lhes, antes de entrar, agora, em seu questionamento em relação a isso, através de minha tripla resposta das palavras, do silêncio e da Luz.

Eu lhes dou a palavra.

Questão: é difícil questionar depois disso.

Então, vou dar-lhes a resposta à sua ausência de questões, primeiro, com as palavras: vocês compreendem a essência de minhas palavras, vocês integraram, mesmo, a essência de minhas palavras.

Vocês vivem isso em vocês, pelo momento, com o intelecto e o coração, mas não o vivem ainda no interior, porque é ligado às palavras que acabo de pronunciar.

Mas essa Verdade deve tornar-se sua Verdade.
Enquanto ela permanece a minha, mesmo se vocês a ela aderem, isso não é a Verdade.

Então, após essas palavras, vamos dar-lhes a resposta no silêncio.

... efusão de energia...

E vou dar-lhes, agora, a resposta da Luz dourada, que é conhecimento.

...
efusão de energia...

Vocês vivem a diferença entre a Verdade enunciada pelas palavras e a Verdade vivida pelo silêncio e a Verdade vivida pela Luz e, portanto, no interior?
Obrigado por sua resposta pelo silêncio.
Vocês podem, agora, fazer outras questões.

Questão: como você poderia nos ajudar a viver isso?

É o que eu faço de maneira gradual, a cada uma de minhas intervenções.
Quando vocês retomarem o teor de minhas palavras e a sequência lógica de minhas intervenções, perceberão, intelectualmente primeiro, em seguida, com o coração, em seguida, vibratoriamente e, em seguida, pela Luz, a ajuda que lhes é aportada.

Cada palavra, cada frase é escolhida intencionalmente para permitir-lhes fazer ressoar em vocês essa reversão.

Eu diferenciava, assim, o silêncio e a Luz.
Eu diferenciava, em minha intervenção precedente, a palavra e o silêncio.
Eu diferencio, hoje, a superfície e o interior.

Em minha próxima vinda, eu diferenciarei o interior e a profundidade.

As palavras são vibrações.
É preciso diferenciar o silêncio do falatório do silêncio existente por trás das palavras escolhidas.
O impacto, ao nível de sua entidade, é profundamente diferente.

No final de minha intervenção de hoje, quando vocês tiverem terminado as questões, passaremos, primeiro, um momento conjunto no silêncio.
Isso, vocês conhecem.
Passaremos, em seguida, um momento na Luz.

Numa próxima vez, passaremos um momento no silêncio, depois, passaremos um momento na Luz, depois, passaremos um momento nas profundidades da Luz, porque a Luz é Una, mas ela é também construída segundo o mesmo princípio e possui uma periferia e um centro.

A profundidade da Luz não é a periferia da Luz, e isso necessita de uma gradação temporal e vibratória para conduzi-los aonde eu quero conduzi-los, seja por sua presença aqui, mas também pela sucessão de palavras que vocês poderão ler.

Questão: nesse processo de descoberta da Luz Interior, como não cair na armadilha do ego espiritual?

Enquanto você faz essa pergunta, é que você não encontrou o interior, porque a questão não se faz uma vez encontrado o interior.
Porque, quando o interior é encontrado, os mecanismos exteriores da vida mudam totalmente: o que vocês chamam encontrar a afeição, encontrar o teto, encontrar o que comer, não é mais uma busca, não é mais uma necessidade, porque tudo isso vem a vocês, mas, bem frequentemente, o ser humano não ousa dar esse passo.

Quando vocês tiverem voltado seu olhar para o interior, o exterior será iluminado.
Tudo o que os aproximar será banhado nessa Luz e tudo se encadeará segundo as leis da Unidade.

Na Unidade, mesmo manifestada no exterior, não há mais obstáculos, não há mais sofrimentos, não há mais faltas, porque vocês se tornaram, vocês mesmos, a Luz e a completude, mas, entretanto, vocês devem fazer o caminho.

Se você faz a pergunta é que você tem medo de fazer esse caminho.

Ir para o interior é soltar, isso demanda uma boa dose de abandono e de coragem.
Isso é algo que pode desenvolver-se pela meditação, pela atenção consciente, pela oração, se querem, pelo fato de ser simplesmente consciente, pelo momento.

Vocês não estão jamais conscientes no momento porque, se vocês se tornam conscientes no momento, vão se aperceber que o amor é onipresente, mesmo no exterior, mas que é sua consciência exterior e exteriorizada que é um filtro que oculta essa capacidade essencial da experiência.

Uma vez que vocês tenham retirado o véu da inconsciência, tudo se torna evidência, tudo se torna Unidade e tudo se torna sincronia, não pode mais haver falta de espécie alguma, porque vocês reencontraram a completude e a Unidade e, uma vez que vocês tenham feito essa reversão para o interior, obviamente, a Luz vai irradiar para o exterior.

Eu lhes proponho, agora, viver a resposta a essa questão no silêncio.

... efusão de energia...

Eis agora a resposta da Luz.

... efusão de energia...

Qual é sua próxima questão?

Questão: é normal ter a impressão de estar saturada por todas essas mensagens e nada mais compreender?

Sim, porque o objetivo não é compreender, mas viver isso.

Quando a compreensão está saturada, é preciso compreender com o coração e, em seguida, é preciso viver.

Lembrem-se de que a resposta é vibração, antes de serem palavras e de que ela é, também, silêncio, e de que ela é, também, Luz.
É o filtro projetor do mental que tenta apreender-se disso.

Eis a resposta no silêncio.

... efusão de energia..

Eis a resposta da Luz.

... efusão de energia...

Questão: há um meio mais favorável para iniciar os momentos de silêncio?

À sua conveniência.
O mais importante para fazer o silêncio é criar um espaço exterior de silêncio.
Isso pode ser um lugar geográfico em sua localização.
Esse lugar pode ser chamado o gabinete do silêncio.

Isso é um ritual, mas ele cria as condições propícias para o silêncio.
Isso pode ser, antes, um espaço situado no interior de seu ser, focalizando a consciência no que está em relação com os pontos de passagem, ao nível do corpo, com o interior: trata-se, essencialmente, do coração e da fronte.

Assim, concentrar-se ou meditar ou levar a atenção num desses dois pontos vai permitir favorecer o aparecimento do silêncio.
Isso é outro ritual.

São mecanismos que vocês vão instaurar, que vão desviar a atenção de seu mental.
Não há outro meio, exceto a ausência de ritual, na condição de que vocês sejam capazes de dominar esse cavalo louco que é o mental.

Ora, o mental não pode ser controlado pelo mental; o mental não pode ser controlado pela emoção.
O mental pode ser controlado pelo corpo, pode ser controlado pelo ritual, qualquer que seja.

Eis a resposta, agora, do silêncio.

... efusão de energia...

Eis a resposta da Luz.

... efusão de energia...

Vocês têm outras questões?

Questão: por que é, por vezes, difícil fazer a diferença entre a resposta do silêncio e aquela da Luz?

Porque a ferramenta mental filtra as respostas da Luz.
A atenção do mental está excessivamente apoiada para poder permitir à resposta da Luz poder passar.

A espera está situada ao nível do mental, ela não está centrada no coração.
A resposta chega ao lugar onde está centrada a atenção.

Se sua atenção está centrada no mental, obviamente, seu mental nada poderá receber da Luz, porque ele não é concernido pela Luz.

Não haverá resposta no silêncio e na Luz para essa questão.
Era um complemento.

Questão: como conseguir viver o silêncio num lugar de vida muito ruidoso?

Isso é ainda uma projeção do mental.
O ruído não é um obstáculo ao silêncio.
São vocês que fazem silêncio, não é o exterior que faz o silêncio.

... efusão de energia...

Eis a resposta da Luz.

... efusão de energia...

Não temos mais perguntas, agradecemos.

Então, vamos compartilhar, agora, não uma pergunta, não uma resposta, mas, simplesmente, primeiro, o silêncio.

... efusão de energia...

Ao mesmo tempo, compartilhamos a Luz.

... efusão de energia...

Vou agora deixá-los.
Estejam certos de nosso inabalável Amor.
Nós esperamos com impaciência seu retorno.
Eu lhes transmito a paz.
Eu lhes transmito o Amor.
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Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com

Um comentário:

  1. "1 - Não existe outra Luz além de sua Luz. Todo o resto são apenas projeções exteriores fúteis, experimentais da consciência. Enquanto o olhar da consciência estiver voltado, focalizado para o exterior, não pode haver descoberta da Luz interior. Sua diligência, portanto, se vocês desejam ser aspirados pela Luz, é a de voltar-se para o interior. 2 - A maior parte da humanidade encarnada recusa olhar no interior, mesmo entre aqueles que se dizem espirituais. Eles vivem uma espiritualidade de superfície e, portanto, ligada à falta. Isso é uma falsa espiritualidade. 3 - Uma vez encontrado o interior, o Despertar, a iluminação (chamem como quiserem, trata-se da mesma Verdade, de toda a eternidade), vocês poderão, então, voltar, novamente, seu olhar para o exterior."

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