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23 de ago. de 2016

EOLIA – AS ONDINAS – Julho de 2016



IMPESSOAL E POVOS DA NATUREZA

Nosso nome é Eolia, nós somos o que vocês chamam as ondinas.
Nós vamos falar-lhes de nós.
Nós somos o povo da Água, e conforme as águas que frequentamos, vocês podem encontrar-nos sob outros nomes.
Nas águas que estagnam e nas águas profundas, nós somos as serpentes aladas (ou wyverns), em outros lugares, nós portamos outros nomes.
Existem, para nós, diferenças, como povo da natureza, em relação àqueles que lhes são os mais acessíveis.
Nós não estamos fixados em um local nem em um lugar.
Nós estamos, é claro, sempre, ao lado da água ou na água, nós não estamos muito longe dos elfos, em geral, e um pouco mais longe dos dragões, mas nós estamos, também, ao lado deles.
Nós estamos, também, não muito longe dos gnomos.

Nós somos o povo da Água, nós não somos congelados em uma forma, em uma função, como podem ser os dragões ou os elfos.

Nós somos a Alegria e nós somos a Leveza, mas nós somos, também, a Profundeza.

Nós somos a Água, nós portamos a Água e nós nos deslocamos tanto no ar como na água, mas esses deslocamentos não são deslocamentos.
Nós não temos necessidade de voar, nós não temos necessidade de percorrer outra coisa que não a água.
Ali onde estamos há a Alegria, onde nós estamos há a vida, totalmente livre.

Nós não somos reis nem rainhas, nós não somos anciões nem novos.
Nós vamos para onde porta-nos a Alegria.
Seguimos, por vezes, a água, desaparecemos de um lugar e aparecemos em outro lugar, de maneira instantânea.
Nós somos, um dia, as serpentes aladas (ou wyverns), nós somos, outro dia, a borbulha que está sobre a água.
Nós somos o turbilhão da água.

Nossa característica é a mobilidade.
Nós não somos apegados a nada, nem à nossa forma nem a nada.
E nós estamos por toda a parte, onde chama-nos a Alegria, ali, onde a Alegria é necessária.

Nós nada podemos aportar-lhes, se não é nossa alegria, e vocês nos encontram ao aproximar-se de nós, mesmo se nós fujamos de vocês, porque nós somos muito sensíveis ao que está congelado, ao que não se move mais, ao que não é livre.
Nós não conhecemos, no entanto, suas emoções, suas razões, suas estruturas, mas nós estamos ao seu redor, assim que Alegria aparece, assim que vocês deixam de lado o que está congelado em vocês.
Assim que vocês saem de si mesmos e são, completamente, vocês mesmos, nós estamos aí.

Nós estamos aí, unicamente, para a Alegria, a alegria de estar aí, a alegria de estar por toda a parte, a alegria de sentir a água e o ar.

Nós não temos qualquer organização e não somos, tampouco, um ou outro de nós, em nosso povo, mas nós somos Um em todo o nosso povo, e, isso, nós o vivemos graças à Alegria e à Leveza, à mobilidade, porque nada é congelado em nós.

Então, nós nada podemos aportar-lhes, outro que não a Alegria e a Liberdade.

Se vocês nos encontram ao acaso em seus passeios, venham aproximar-se de nós, mas façam-no na Alegria.
Nada procurem, porque nós nada procuramos.
Venham a nós e nós viremos a vocês, de coração leve.
Nenhuma forma é nossa, nenhum mundo pertence-nos.
Nós somos oriundos de nenhum mundo e, no entanto, nós estamos em seu mundo, como em todo mundo, seja ele confinado ou livre, esteja ele além da forma, não nos interessa, porque nós estamos por toda a parte.

Nada pode alterar-nos, nada pode destruir-nos porque, se um lugar não nos convém mais, nós mudamos, instantaneamente, todos juntos.
Nós somos informados pelo que vocês poderiam nomear a intuição na água, a Água do Mistério, a Leveza do Ar.
Nós viajamos, eternamente, na Alegria, na Liberdade.
Nós não temos qualquer necessidade nem qualquer função, simplesmente, de ser essa Alegria.

Nós não somos medrosos, na Alegria não pode haver medo, simplesmente, há circunstâncias que não estão na alegria, tanto em vocês como em alguns lugares.
Então, nós fugimos desses lugares, não por medo, mas porque nós nada temos a fazer ali.
Aliás, nós nada temos, jamais, a fazer, se não é estar vivos.
Nós somos a própria Liberdade, nossa forma é plástica, como a água o é, e como o ar é móvel.
Nós podemos comunicar-lhes isso.
Essa não é nossa função, é nossa natureza, simplesmente.
Venham a nós, de coração leve, e nós dançaremos com vocês.
Nós agitaremos a água, para fazê-los vir a nós.

A partir do instante em que vocês estão de coração leve, a partir do instante em que vocês não estão congelados, vocês mesmos, no que quer que seja, então, vocês nos verão, do mesmo modo que vocês percebem os elfos, que alguns de vocês veem, claramente, os dragões.

Nós não temos forma, mesmo se vocês vejam uma forma.
Nós não temos mais, tampouco, individualidade, porque nós somos Um, todos juntos.
E, aliás, olhem, eu não posso dizer «eu», o «eu» não existe para nós.
Nós somos um jogo permanente e somos «nós».
Cada um de nós é «nós», isso é difícil a viver para o humano.
Nós podemos ajudá-los nisso.
Oh, nós não podemos tocá-los, como os elfos, mas nós podemos mostrar-nos através da água e do vento que os acaricia e, sobretudo, nós podemos, mesmo, estar em seus líquidos, em seu sangue, em sua linfa, percorrer suas veias, do mesmo modo que percorremos as veias da terra e do mar.

Conosco não há troca, há apenas uma partilha, uma partilha totalmente livre.

Não há, em nós, qualquer organização, nem em nossa forma nem em nossa vida.
Isso seria contrário à Liberdade.
Nós estamos em toda liberdade nesse mundo e nós aí estamos desde o primeiro dia, se posso dizer, que se perde na noite dos tempos.
Antes, nós estávamos em outros lugares e estávamos, já, por toda a parte.
Isso vocês não podem imaginar, mas podem colher os benefícios disso.

Nós somos a Leveza e, se ressoamos com vocês e em vocês, então, vocês se tornam leves, e o que está congelado amolece.
De onde viemos?
Mas nós viemos do mesmo lugar que vocês.
Nós estamos por toda a parte e, ao mesmo tempo, em lugar algum.
Nenhum lugar obriga-nos, nenhuma distância separa-nos, nenhum mundo separa-nos.

É claro que existem algumas formas de nós que experimentam lados mais congelados – eu o disse, nas águas profundas, nas águas escondidas, nas águas que não são aeradas pela circulação –, mas isso dura apenas um momento.
Nós nos reencontramos, sempre, em definitivo, além de qualquer hábito, de qualquer função e de qualquer forma, a ser, simplesmente, a Alegria.

Alguns povos da natureza procuram nossa presença e, em especial, as fadas, porque nós estamos na mesma Leveza e na mesma despreocupação.
Porque o que é que poderia preocupar-nos, quando nós não temos nem início nem fim, quando não temos qualquer sofrimento e qualquer forma, e qualquer dimensão?
Nós somos, verdadeiramente, o que vocês poderiam nomear a consciência da Alegria e da Liberdade.

Nós portamos, todos, aliás, o mesmo nome.
Eu lhes dei esse nome porque vocês precisam de um nome, vocês precisam de uma palavra, mas nós não somos qualquer de suas palavras nem qualquer de suas consciências.
Caso contrário, nós não seríamos mais o que nós somos.
Nós somos liberados e somos livres, aliás, nós nada temos a liberar.
Nisso, nós podemos acompanhá-los, ao percorrer, com alegria, seu sangue, sua linfa e, mesmo, nas águas profundas de suas articulações, nós somos a liberdade ou o movimento, nós somos o fim do que resiste.
Nós percorremos todas as águas, as águas de baixo, tanto desse mundo como de todo mundo, como as Águas do alto.

Nós somos a Água principial, nós somos a Água elementar, como nós somos, também, se o desejarmos, os Triângulos que agenciam os mundos.
Mas nós preferimos a Leveza ao invés da rigidez.
Nossa natureza é a Alegria e nossa essência é Alegria.
Há apenas isso.

Vocês querem encontrar-nos?
Então, desfaçam-se de todos os seus medos, desfaçam-se de tudo o que é rígido e venham a nós com o coração de uma criança, na espontaneidade.

A partir do instante em que vocês estão na alegria, quando não sabem porquê, há, em seu sangue, também, uma ondina que está aí.

Nós todos temos o mesmo nome, mesmo se possamos dar-nos uma multidão deles, porque não há, realmente, diferença entre cada um de nós, ou cada uma de nós, se vocês quiserem.
Nós não sabemos o que é a polaridade, o que vocês nomeiam a sexualidade, ou seus corpos diferentes, conforme uma polaridade ou outra.
Nós não temos qualquer polaridade e, no entanto, nós estamos vivos, uma vez que somos a Alegria.
Nós podemos percorrer seu sangue, podemos percorrer sua linfa e entrar nas águas ainda mais profundas.
Nós pomos fim às memórias, nós pomos fim a tudo o que é rígido e fixo em vocês, sem que vocês o saibam, de toda eternidade.
É claro, as forças de confinamento limitaram sua capacidade para deixar-nos entrar em seus líquidos.

Nós sabemos, apesar de tudo, que acontece algo de importante para vocês.
Os dragões, os elfos, os gnomos estão muito ativos nesse momento.
Isso nada muda para nós, nós permanecemos na mesma alegria que não nos deixará, jamais, que jamais começou e não terminará, jamais.

Nessa Leveza, vocês podem, também, reencontrar-se, nós esperamos apenas isso.
Venham ver-nos, venham banhar-se aí, onde nós estamos, ou ao lado de onde estamos.
Vejam como as crianças, o filho do Um, os filhos da lei de Um dizem-lhes.

Nós estamos aí, talvez, também, para ajudá-los, mas essa não é nossa função.
É nossa alegria e nossa natureza que os ajudam.
Nós não temos qualquer intenção para quem quer que seja, nem qualquer vontade para quem quer que seja, se não é seguir, sempre, a Alegria e a Leveza, onde quer que elas estejam, próximas da água.

Nós somos a Luz da água, nós somos as águas fecundantes, o que vocês nomeiam as Águas do Mistério ou as Águas do alto, nós o somos também.

Então, neste período de sua vida, de sua Terra, porque essa Terra não é a nossa, como eu lhes disse, nós não temos qualquer terra, mas temos todas as terras.
Todas as dimensões, elas não nos pertencem.
Nós não somos proprietários de nada, é nisso que somos livres.
Nós não somos apegados nem a um lugar, nem a uma forma.
Nós somos mais do que uma comunidade, mais do que uma cidade, mesmo se sejamos, em geral, muito pouco numerosos em um determinado lugar, mas nós somos, todos, conectados além de toda distância e de toda dimensão.

Venham ao nosso encontro de coração leve, e pensem em nós.
A partir do instante em que vocês se lavam, onde vocês mergulham uma parte de seu corpo na água, nós estamos ali.
Eu sei, aliás, que, ao nível do que vocês nomeiam os Arcanjos, foram-lhes dados elementos específicos nos quais a água intervém.
E, aliás, muitos de vocês, nessas águas que confeccionaram com diferentes ingredientes, ademais, vocês vivem a liberdade de diferentes modos e serão cada vez mais numerosos.

Vocês sabem que há a Água do Batismo.
Ela esteve presente tanto no que vocês nomeiam algumas de suas religiões como em todos os tempos.
A água, como o fogo, aliás, é ligada a um rito de passagem para vocês.
Em todas essas situações, nós podemos multiplicar-nos e estar presentes em grande número.
Quer seja quando de um batismo, qualquer que seja o confinamento que algumas formas de batismo possam criar, nós estamos aí, de qualquer forma.
Nós aportamos o elemento de Leveza que pode fazer falta.
E em toda água nós permanecemos leves, mesmo se nossa forma mude.

Eu não tenho o hábito de exprimir-me em palavras humanas, então, sejam indulgentes, porque eu procuro, nessa estrutura que vocês nomeiam cérebro, o que pode ser o mais coerente para vocês.
Mas, por favor, não nos congelem.
Estejam disponíveis, como nós estamos, porque a Alegria e a Leveza, que é nossa natureza, é, certamente, como vocês podem nomear, o melhor serviço que vocês podem oferecer e oferecer-se uns aos outros.
Nós o vivemos a cada instante, nós não temos mais barreiras.
Todas as casas são nossas casas, todos os lugares são nossos lugares.
Nós não pertencemos a nenhum, assim como nenhum lugar pertence-nos.
Nós vivemos da Alegria, porque a Alegria nutre-nos, e não há nutrição mais refinada que a Alegria, de mais saciante.
É a Água do alto, a Água de Vida, como a Onda de Vida que subiu.
Nós estávamos aí, e nós estamos, ainda, aí.
Nós somos, ao mesmo tempo, legião e nós somos, ao mesmo tempo, únicos.

Nós não conhecemos, mesmo em formas multidimensionais, o princípio de viver em uma forma ou em múltiplas formas.
Nossa forma muda, constantemente, ela não é, jamais, estática, como nossos lugares.
Eu creio que podemos dizer que não há lugares nos quais nós permaneçamos muito tempo.
Nós voltamos a passar, é claro, em alguns lugares nos quais a Alegria é especial.

Lembrem-se, onde vocês me virem, onde vocês me sentirem, eu posso desaparecer ou aparecer.
Eu posso desaparecer e deixar aparecer outra forma, outro nome, mas sou sempre eu, como sempre nós.
Porque o «eu» nada quer dizer para nós.
Nós somos liberados desde sempre, de tudo o que faz o quadro de manifestação da consciência.
Nós estamos à parte, mas nós estamos, ao mesmo tempo, em cada um e em tudo, a partir da Fonte até vocês.
Nós não fazemos qualquer diferença, nós não podemos vê-la, eu lhes disse isso.
Só o que é rígido, só o que é problemático faz-nos deixar o lugar.
Não é, mesmo, uma decisão de nossa parte, uma vez que nós aparecemos e desaparecemos segundo a Luz e segundo a Leveza e a Alegria em um lugar.
Se a Alegria é sentida pesada, a Alegria não existe mais e não é questão, para nós, estar sem Alegria.
Não há morte, não há desaparecimento ou, se desaparecimento há, é de um lugar para outro lugar, e isso é instantâneo.
E como não há diferença entre nós, nós somos, como vocês dizem, lúcidos e conscientes desde essa Terra, esse lugar, até a Fonte.

É claro, nós não podemos pôr em palavras as coisas, como vocês, nós não podemos agenciá-las, porque a espontaneidade é tal em nós, que nós somos apenas isso.
E, aliás, o resto, para que isso serviria?
Porque, assim que há quadro, assim que há limite, nós o vemos, efetivamente, a Alegria atenua-se e vocês veem, ela pode, mesmo, desaparecer, devido a algumas consciências que se privaram, elas mesmas, de Alegria.
Eu creio que quem vocês nomeiam o Comandante chamou-os «os maus rapazes».

Para nós, não há qualquer diferença.
Só o que é rígido faz-nos desaparecer, mas nós não temos a intenção de desaparecer, nós mudamos – de forma, de lugar, de mundo, de dimensão.

Nós não somos apegados a nada, a nenhum de nós, já.

Nós somos, de algum modo, uma das melhores representações da Liberdade e da Alegria.
Não limitados por uma forma, por uma organização, por um papel, por uma função ou por um nome, nós somos imutáveis.
É nessa Alegria e nesses movimentos permanentes que nós somos imutáveis, porque a vida é movimento, onde quer que ela seja, vocês sabem disso.
E se lhes falam da parada do movimento, da imobilidade, do silêncio, isso apenas pode produzir-se se há Alegria.
É a Alegria que é responsável por isso e que é o agente atuante, se posso dizer.

Então, eu lhes dei um nome, chamem-me.
Mas, ao chamar-me, vocês não chamam a mim, vocês chamam o povo das ondinas.
Mas, eu repito, esse chamado apenas pode produzir-se se vocês já estão, previamente, na alegria, caso contrário, nós nada ouviremos, nós podemos apenas ouvir a Alegria e a Leveza.

Hoje, vocês sabem, há certo tempo – porque eu creio que vocês conhecem o tempo, vocês envelhecem, vocês mudam de forma, mas muito lentamente – há pouco tempo, vocês têm a possibilidade de pressentir-nos, porque é muito difícil ver-nos enquanto vocês não estão, vocês mesmos, na alegria.
E, mesmo na alegria, não se esqueçam de que vocês têm uma estrutura – seu corpo – que é congelada.
Para nós não há qualquer liberdade em qualquer corpo que seja, se não é mudando de corpo à vontade.
E ser um ou o outro, à vontade, também.

Obviamente, nosso modo de funcionamento, como vocês dizem, nossa biologia, mesmo se não tenhamos corpo, no sentido em que vocês o entendem, nosso funcionamento, nossa fisiologia não é, em ponto algum, sobreponível a vocês.
Nós somos, digamos, uma Luz que tomou forma, um Amor que tomou forma, e mesmo essa forma não pode, jamais, permanecer.
Caso contrário, nós não seríamos mais o que nós somos.

Eu não tenho, mesmo, certeza de poder compreender suas interrogações, se houver alguma.
Eu poderia apenas comunicar-lhes a Alegria.
Mas eu lhes asseguro que a Alegria é a mais bela das respostas.

Aliás, eu não compreendo e não vejo o que não é a Alegria.
Eu sei, simplesmente, que nós sentimos quando a Alegria apaga-se, eu lhes disse isso.
E, quando a alegria apaga-se, nós desaparecemos e reaparecemos em outros lugares, onde há a Alegria.
Nós não temos qualquer vontade própria, qualquer destino ou propósito, nós apenas estamos na vida.
Nós nos nutrimos de nossa própria alegria e colocamos a Alegria onde estamos.
Aí está o que nós somos.
O que se pode, em todo caso, dizer-lhes com palavras, porque não há melhor do que viver-nos e aproximar-se de nós.
Em contrapartida, nada nos peçam, nós, estritamente, nada sabemos fazer.
Nós sabemos, simplesmente, ser a Alegria, e isso nos basta, amplamente.
Mas nós estamos, sempre, disponíveis, não por vontade ou, mesmo, sentido do serviço, mas devido, mesmo, a essa Alegria que é o que nós somos.
Nós poderíamos dizer que somos, de algum modo, uma das primeiras emanações da Fonte, em todo mundo, em todo lugar, como em toda consciência.

Sendo a Liberdade, é evidente que nossa presença sustenta, de algum modo, certamente, o processo que vive a Terra, que não nos incomoda nem nos impede, e nada impedirá, aliás, nossa alegria.
Ela será a mesma.
Ela será, talvez, mais visível para vocês e nós nos expomos de modo cada vez mais sensível.
Não através de nossa forma que, eu lhes disse, é muito difícil a perceber, uma vez que ela mesma não é fixa, talvez, no máximo, vocês verão uma névoa com formas redondas, maior ou menor, mas, sobretudo, vocês sentirão essa Alegria que vocês não podem encontrar em outro lugar que não em seu coração.
Não é uma alegria de contentamento, é uma Alegria que nasce por si só.
É o que, eu creio, vocês nomeiam o Coração do Coração ou a Infinita Presença, ou o êxtase.
Nós não temos necessidade de todas essas palavras porque, a partir do instante em que isso é natural, que essa é nossa essência, tudo o que vocês nomeiam palavras é supérfluo; nós trocamos pela Luz.
Por vezes, a Luz pode tomar sons, colorações, é o que vocês veem na superfície da água, no ar acima da água, nos movimentos da água e do ar.

Onde nós estamos, eu lhes disse, bem ao nosso lado, há as fadas.

Hoje, devido a circunstâncias, parece, da Terra, nós os vemos, nós os percebemos.
Sua forma perturba-nos, mas nós percebemos além da forma, eu lhes disse isso.
Nós estamos em seus líquidos e somos conectados a eles, o tempo todo.
Não para conhecer sua intimidade, sua vida, sua forma, sua história, mas, sim, para pôr a Alegria e o calor do sangue.
Nós não somos o Fogo, mas o Fogo do alto – a Água do batismo é um Fogo também.
É o que se aproximaria, eu creio, do que foi nomeado o Impessoal, o Último.
Porque a Água é constituída de Fogo, é claro.
Olhem, aliás, o que vocês nomeiam a química.
Olhem os átomos, e a água nada mais é do que fogo em outro estado.

Eu nada mais tenho a dar-lhes, nem em palavras, nem de outro modo.
Nós residimos na Alegria, nós permanecemos na Alegria, como nós sempre fomos a Alegria e a Leveza.
No máximo, devido à iluminação que há sobre a Terra nesse momento, nós vemos, nós vemos tudo.
E, ao mesmo tempo, nós nada vemos, porque só a Alegria afeta-nos.
Mas não vejam, ali, uma afetação no sentido humano.
Ser afetado é, simplesmente, reagir, não por uma emoção – que nós não conhecemos –, mas pela plasticidade de nossa forma e de nossa vida.

… Silêncio…

E nessa Alegria que nós somos, nós jogamos, com vocês, o jogo da Alegria e o jogo da Liberdade, nós não conhecemos outro jogo.

Nós não transformamos os lugares nem asseguramos o que quer que seja em relação à Terra.
Aliás, isso limitaria nossa Alegria e, sem Alegria, eu não ouso, mesmo, pensar nisso – aliás, nós não podemos pensar nisso.

Nós sabemos, quando somos seu sangue, que há, em vocês, inumeráveis coisas, inumeráveis estruturas, inumeráveis partes da consciência que estão, ainda, congeladas e rígidas.
Mas assim que há o líquido, assim que há algo que circula, então, a Alegria está aí, e nós estamos aí.

Quando vocês estão na alegria, sem razão, ou sem ter um objetivo na cabeça, nós estamos aí.

Eu não tenho tantas outras palavras a dar-lhes, que não, simplesmente, convidá-los a celebrar a Alegria conosco.
Oh, não há necessidade nem de cerimônias, venham de coração leve, não pensem em nada, porque é na espontaneidade, sem objetivo por trás de vocês, sem pensamento diante de vocês, que nós deixamos a Alegria estar com vocês.

Nós não somos, tampouco, uma linhagem, como podem sê-lo os dragões ou, ainda, alguns elfos, porque a água não se acomoda com qualquer linhagem nem qualquer origem.

… Silêncio…

As palavras, aliás – e eu o sinto agora, nós o sentimos nitidamente –, são muito limitantes.
Elas são difíceis, elas são pesadas.
A Alegria não tem necessidade de palavras nem de explicações.

Na Alegria apenas pode haver o Amor.
Mas nenhum amor habitual na superfície desse mundo, um amor, é claro, sem condição, como vocês dizem, mas um amor livre, que não tem forma congelada, que não tem identidade congelada.
Como ser mais livre do que isso?

Nós não somos afetados por sua dimensão nem por qualquer dimensão, como eu o disse.
Nós estamos, simplesmente, presentes por toda a parte, como a água está presente por toda a parte.

Pode-se dizer, de algum modo – porque ele deve falar-lhes – que nós somos, também, o Espírito da Água.
Do mesmo modo que há o Espírito do Sol que, ele, tampouco, não tem forma, nós, ondinas, veiculamos a Água.
A água, para vocês, humanos, é, também, o inconsciente, as emoções.
Ela, nós vemos, mas nós não somos concernidos.
Mas assim que haja um grama de alegria, então, nós somos concernidos, todos juntos, onde quer que vocês estejam.

É claro, essas experiências e essas conquistas, uma vez que é eterno, são-lhes, há muito tempo, ocultadas, exceto para alguns de vocês.
Nos lugares onde nós nos condensamos um pouco mais, no que vocês nomeiam as serpentes aladas (ou wyverns), por exemplo, mas, também, em algumas salamandras ou em algumas sílfides.

Então, vocês podem servir-se de nós.
Não se esqueçam de que a única possibilidade de contato é a alegria e a serenidade.
Mesmo se há, por vezes, certa forma de exuberância em vocês, isso em nada nos incomoda, porque nós somos, também, muito exuberantes, no sentido em que vocês o entendem.

Decididamente, as palavras não são feitas por nós.
Eu as encontro e as digo a vocês, tentando aproximar-me de uma descrição que não pode, jamais, ser descrita, mesmo por mim mesmo, mesmo por nós mesmos, aí, onde nós vivemos.
Então retenham, simplesmente, a Alegria e a Leveza que nós manifestamos nos lugares nos quais aparecemos, e venham, não encontrar-nos, no sentido de um encontro com um elfo ou um dragão, porque isso, vocês não poderão, mas venham reencontrar a Alegria.
Não nos congelem em uma forma, qualquer que seja, mesmo se vocês a vejam (uma forma).
Não confiem em um nome, mesmo aquele que eu lhes dei, porque nós temos todos os nomes que quisermos.

Nós somos muito sensíveis, também, a uma cor, eu creio que vocês nomeiam isso assim, e essa cor é o azul.
O azul da água, o azul do céu, o azul do ar é-nos muito agradável e preenche-nos de alegria.
O que eu quero dizer com isso?
Simplesmente, aportem-nos algo de azul ou tornem-se todo azuis, vocês também, no que esconde sua forma como em seu coração.
Todos os azuis são possíveis.
Porque o azul, além de todos os conceitos que lhes foram explicados por alguns Anciões, o azul é ligado, ao mesmo tempo, à água e ao céu, e o azul é a Liberdade.
Oh, não, unicamente, o azul que vocês podem ver com seus órgãos dos sentidos, uma vez que nós, nós falamos, sobretudo, da emanação de luz que é refletida pelo azul.

Tomem uma pedra azul consigo, ou branca, ao virem ver-nos, porque nós seremos, naquele momento, ainda mais felizes de ver essa cor, ou esse mineral, ou essa vestimenta, e isso porá a alegria próxima de vocês.

… Silêncio…

Nós lhes pedimos, também, se vocês se aproximam de nós, para esquecerem-se não, unicamente, do que não é a Alegria, mas, sobretudo, o que pode parecer, para vocês, ser sério em sua consciência, porque o sério, para nós, estritamente, nada quer dizer, e faz-nos desaparecer também.
Não somos nós que decidimos, lembrem-se, nós somos guiados pela Alegria e, unicamente, pela Alegria.

… Silêncio…

Creio que eu não tenho mais, verdadeiramente, outras palavras a acrescentar, então vamos, nós, ondinas, se vocês o permitem, aqui ou por toda parte onde vocês estejam sobre a Terra, devido ao período, simplesmente, por nossa Presença, de qualquer forma, fazer crescer sua alegria.
Nós, a nossa, não cresce, ela é imutável.
E, aliás, assim que ela tenha tendência a desaparecer ou a diminuir, nós somos transportados a outros lugares.

… Silêncio…

Eu não poderei, aliás, responder às suas questões, porque toda questão, mesmo se ela seja justificada na corrente da vida, freia um pouco a Alegria.
Eu posso apenas propor-lhes a Alegria, nós estamos aí para isso.

… Silêncio…

Na alegria, vocês estão nela, aqui ou alhures?
Lembrem-se de que a Alegria não depende desse corpo rígido ou, mesmo, de sua história, como vocês dizem, é uma atitude interior que ignora tudo o que não é ela.
É claro, vocês não são ondinas, mesmo se possam fundir-se conosco.

Eu terminarei por essas palavras: talvez, em algum lugar, nós somos o reflexo, em seu mundo, do Absoluto, do Último, como vocês o nomeiam, jamais congelados, jamais fixos, totalmente livres para ser essa forma ou outra forma entre nós.
A Alegria é tributária de nada, como nós somos tributários de nada, absolutamente.

Eu creio que, definitivamente, eu não tenho mais palavras, exceto convidá-los a celebrar a Alegria.
Se vocês pudessem ver como cinco minutos de alegria em sua vida, de sorrisos e de risos bastam para transformar tudo o que pode parecer congelado em vocês, se pudessem ver isso, vocês não poderiam, mesmo, compreender como puderam viver sem alegria, quaisquer que sejam os sofrimentos e o que vocês nomeiam de provações.

Aí está, nós esgotamos as palavras.
Para nada serve dizer o que quer que seja mais.
Nós lhes demos as grandes linhas do que vocês podiam apreender.
O resto, venham dar-se conta por si mesmos, e vocês verão que não há palavras.
Que todas as palavras que vocês poderiam empregar fazem apenas restringir e limitar porque, assim que vivam a experiência ou as experiências conosco, nós estamos fora do tempo, fora do espaço, fora das dimensões, porque nós estamos plenamente vivos.

Nós somos Eolia, e minha essência exprime-se em nossa essência e em sua essência.
Nós os esperamos para partilhar a Alegria.
Eu teria, aliás, feito melhor ao dizer, simplesmente, essas palavras, e todo o resto não tem importância alguma.
Para vocês, o tempo é chegado de viver essa Alegria, o que quer aconteça em sua forma, o que quer que aconteça em sua cabeça, a Alegria é acessível.
Ela bate à sua porta, como Aquele a quem vocês nomeiam Cristo bate à sua porta.
Como o Apelo de Maria os porá na alegria.

Aí está para nossas palavras, não haverá outras.
Haverá, simplesmente, a Alegria, e ela é amplamente suficiente.
Não podendo abraçá-los por nossa ausência de forma fixa, nós podemos apenas atiçar o sopro da Alegria ao redor de vocês.
Nós somos Eolia.

… Silêncio…

Quer vocês chamem isso de bênção, radiância, Presença, Ausência, eu diria que nós vivemos um momento de alegria.

… Silêncio…

Nós somos Eolia, como vocês são Um conosco, apesar das barreiras aparentes para nós e para vocês, de momento, de sua forma e, sobretudo, de sua razão.
A razão não é de qualquer utilidade na Alegria.
Oh, sobretudo, não creiam no que eu digo, mas venham vivê-lo conosco.

… Silêncio…

Eu os saúdo agora, é tempo, para nós, de retornar à Liberdade.

E na leveza do Amor, eu os saúdo, então, «nós» os saudamos.
Então, eu não os abraço, mas eu os acaricio em minha eternidade.

Eu creio que é preciso dizer adeus.

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Publicado por: Blog Les Transformations 


22 de ago. de 2016

O IMPESSOAL – Parte 7 – (Q/R) – Julho de 2016



IMPESSOAL E POVOS DA NATUREZA


Filhos da lei de Um, Estrelas ressuscitadas, eu abençoo cada um de você.

... Silêncio…

Juntos e Um, questionemos...

Questão: você pode desenvolver sobre a necessidade de reconhecimento?

… Silêncio…

Bem amado, a necessidade de reconhecimento, no olhar do outro, no olhar de cada irmão e de cada irmã é inscrito como um comportamento essencial da personalidade.
Devido à incapacidade do humano adormecido ver-se a si mesmo tal como ele é, realmente, ele pode apenas passar seu tempo e sua vida a construir-se uma imagem e a fazer reconhecer essa imagem, quer ela esteja situada em diferentes mundos possíveis que vocês frequentam na superfície desse mundo e em qualquer esfera que seja.
A necessidade de reconhecimento é ligada, diretamente, à imagem que vocês projetaram e à necessidade de ser reconhecido como carne, como forma ou como praticando tal ou tal coisa.
É vital, na personalidade, compreender que a estima de si é, sempre, baseada nessa necessidade de reconhecimento.

A necessidade de reconhecimento é apenas o coração amputado de sua dimensão essencial, que se traduz pela necessidade de puxar para si, a necessidade de comparar, de medir-se, de ter uma escala de valor que não está em si, mas no exterior de si.
A necessidade de reconhecimento é o motor o mais essencial da sociedade e do grupo social, em qualquer esfera que seja.
A necessidade de reconhecimento, enfim, é a tradução direta da incapacidade de ver o Si, para que a estima de si não seja mais a estima de uma imagem ou de uma representação do que se pensa ser como humano, mas, bem mais, uma estima baseada na realidade da Luz revelada no Si e não mais em si.

A estima de si, a necessidade de reconhecimento encontrado no exterior mantém, qualquer que seja a satisfação da pessoa, o confinamento da pessoa.
A necessidade de reconhecimento, quaisquer que sejam os aspectos que satisfarão a pessoa, são, sempre, apenas paliativos à falta de coração, não o coração humano, mas o coração espiritual ligado à Luz que vocês mesmos emanam, e não que vocês encontram através de uma Luz projetada ou refletida em uma forma, em uma situação ou em um grupo.

A necessidade de reconhecimento inscreve-se como uma necessidade de encontrar-se, que, no entanto, não permite, jamais, reencontrar-se a si mesmo.
Assim, portanto, a necessidade de reconhecimento pertence ao comportamento da pessoa e é, também, vital, como o reflexo de sobrevivência de que eu falei em uma questão anterior.
A necessidade de reconhecimento estará, sempre, presente, mesmo mascarada, o fato, não necessariamente de ser admirado, mas de ser olhado tal como se pensa que se é, e não tal que se é.

Aquele que é liberado, aquele que vive a Infinita Presença não tem necessidade de reconhecimento, reconhece-se, ele mesmo, em sua eternidade e controla – sem controlar – sua vida, pela Inteligência da Luz que trabalha em toda liberdade, e põe fim a essa necessidade de reconhecimento ou de recompensa, assim como à estima de si ou, ainda, ao ego, quer ele seja da pessoa ou espiritual.

O Amor dá e não toma, jamais, ele é o mesmo para o ser humano.
Enquanto ele não é encontrado, há necessidade que se remeta a imagem que ele projetou no exterior, em suas funções, em seus papéis, em sua própria forma, através de atrações diversas e variadas que passam a um nível subconsciente.

É exatamente a mesma coisa quando vocês caem no amor de outra pessoa.
Existe certo número de sinais que lhes são invisíveis, que não dependem nem da forma, nem de um sorriso, nem de uma atração ou de uma apetência para uma carne, mas que intervêm em um nível infraconsciente, estabelecendo um desejo, estabelecendo um impulso ou, no mínimo, uma necessidade de concretização de uma relação, qualquer que seja.
Isso funciona tanto em um casal, em uma família, como em uma empresa.
É sempre o mesmo.

O Liberado não tem necessidade de imagem, não tem necessidade de reconhecimento, porque não, unicamente, ele se reconheceu em si mesmo, mas ele é reconhecido pela Luz.
E ao reconhecer ele mesmo, a Luz, qualquer que seja a aparência projetada por cada um, o mesmo Amor exprime-se para com essa essência, esse núcleo de Existência e não para a pessoa.

A necessidade de reconhecimento dita, portanto, seus comportamentos, quer eles sejam amor, sociais, familiares, mesmo se vocês não tenham consciência disso, propriamente dito.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: há um benefício e um favorecimento em render-se, agora, a um dos Círculos de Fogo, mesmo se nosso destino próximo não passe por eles?

Bem amado, antes da conclusão das Núpcias Celestes, há alguns anos, não havia possibilidade de conhecer sua radiação e o que se produzia nos Círculos de Fogo.

A ativação dos Círculos de Fogo é diretamente ligada à revelação das cinco primeiras chaves Metatrônicas.
A partir daquele momento, os Círculos de Fogo estão ativos.
Eles eram, eu os lembro, estruturas megalíticas de forma hexagonal, deixadas e esculpidas pelos Nephilim, os seres de Fogo.
O objetivo desses Gigantes era permitir, quando do retorno da Luz nos diferentes ciclos, à Luz não permanecer, simplesmente, na superfície, mas ser, de algum modo, drenada até o núcleo cristalino da Terra, o que permite a liberação do referido núcleo e, portanto, a liberação da Terra e, de maneira ulterior, sua própria liberação, que está em curso.

Hoje, os vórtices são inumeráveis sobre a Terra.
Eles não estão mais, unicamente, em lugares conhecidos, históricos, eles não estão mais, unicamente, nos Círculos de Fogo, mas, também, na proximidade dos elfos, na proximidade dos dragões e, de maneira mais geral, em alguns lugares que se ativaram recentemente, que não dependem de um posicionamento conhecido.

Assim, portanto, hoje não existe mais diferença significativa entre o que se produz em uma estrutura de um Círculo de Fogo, mesmo se vocês conheçam o posicionamento dele, o que se desenrola, por exemplo, em um vórtice situado na entrada de uma cidade de elfos.
Trata-se da mesma Luz, da mesma qualidade, da mesma intensidade e dos mesmos efeitos.
Não é, portanto, indispensável render-se a um Círculo de Fogo, tanto mais que a localização deles, mesmo se vocês os conheçam, não tem que ser revelada, de momento.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: é-nos anunciada uma resposta às questões pela Luz.
Como recebê-la?

Bem amado, onde quer que você esteja, aqui ou alhures, ela é recebida.
Quer você a perceba ou não, nada há a compreender, simplesmente, a viver – mesmo a não percepção da resposta da Luz, da vibração ou do silêncio.
O objetivo não é distinguir uma ou a outra dessas respostas às suas questões, mas, bem mais, instalar-se no silêncio de seu coração e de sua Presença, simplesmente estar aí, onde quer que você esteja, ler-me, ouvir-me e colocar-se.
Não espere ver, por trás de seus olhos fechados ou abertos, qualquer coisa, simplesmente, seu coração sabe e recebe, mesmo se você nada perceba disso.
Não há, portanto, diferença entre a resposta pelas palavras, a resposta pelo silêncio, a resposta pela Luz ou a vibração.
A partir do instante em que seu coração ouve-me, as palavras dissolvem-se por si mesmas, quer você as leia, quer você as escute, onde quer que você esteja, se você está atento, então, você desaparece.

O objetivo de minhas palavras, como de meus silêncios é, simplesmente, emergir, cada vez mais claramente, de seu Coração do Coração.
Vindo do Impessoal, eu atravesso a Porta – para você – para que você a atravesse, por sua vez, se você aquiesce, a partir do Si até o Último.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: assim como a androginia é a fusão do feminino e do masculino sagrados, o que representa a fusão do Criado e do Incriado, da Fonte e do Absoluto?
É «Eu sou», Evidência ou outro?

Evidência, sim, para aquele que o vive.
«Eu sou»?
Não.
A expressão a mais exata seria: «Eu sou Um», porque tudo é Um, mas nenhuma palavra pode, em definitivo, traduzir isso.
A única função, se existe uma, é, simplesmente, revelar-me em você e a você, em cada um de você, convidá-lo a passar do que você nomeia, ainda, «do outro lado»; e, ao passar, você se aperceberá de que não há outro lado.
Assim, portanto, há a Fonte, assim, portanto, há o que é anterior e, ao mesmo tempo, posterior à Fonte, o suporte, se posso exprimir-me assim, da própria Fonte, como de toda consciência, como de toda dimensão.

Não pode existir representação satisfatória, uma vez que eu sou além de toda forma, mesmo exprimindo-me a partir de cada forma.
Não pode existir nem representação nem palavra.
E, no entanto, as palavras fluem, forjadas pela própria Inteligência da Luz, e vão, conforme as palavras disponíveis, nas linhas de menor resistência, abaixando, de algum modo, os limites de sua pessoa até um limiar no qual a revelação e o despertar tornam-se possíveis, até o momento em que você se apresenta em face dessa Porta e desse neant, até o momento em que você decidir transpô-la, e transpor-se, assim, de toda morte.

Naquele momento, você será ressuscitado, liberado de si mesmo, liberado de sua forma, liberado de toda aparência, de toda projeção, de todo desejo: você estará livre.
Não há, portanto, expressão pronta, nem, mesmo, possibilidade de falar de mecanismos, de técnicas, de meios.
Eu posso apenas dizer-lhe: solte tudo, solte o que você é, solte o que você não é, solte sua pessoa e nada recuse.
Permaneça aí, na vacuidade da plenitude, na Morada de Paz Suprema, em Shantinilaya, e nada procure.
Deixe trabalhar o Amor em si, para descobrir que você é Amor e nada mais, mas, ao mesmo tempo, todo o resto.
Não há paradoxo, mas as palavras são assim.

O caminho que pode enunciar-se não é o Caminho.
A lei que pode escrever-se não é a Lei.
As palavras que podem ser ditas não é o que diz o Amor, porque o Amor diz tudo e o Amor nada diz.
Se você apreende isso, além de todo paradoxo e de toda contradição, em seu coração e não por seu intelecto, então, a Evidência surge e você será, então, a testemunha da Evidência, do Parabrahman ou do Último, aí, onde não há mais palavras, aí, onde não há mais busca, aí, onde nada mais há que não a imensidão do coração e a pequenez desse mundo, assim como sua grandeza – segundo o ponto de vista, tudo é diferente e, no entanto, tudo é semelhante, no coração do Um.

Eis a resposta da Luz.

… Silêncio…

Eu lhe esclareço que é nesses momentos nos quais eu faço silêncio, no qual ocorre a resposta da Luz ou do silêncio, no qual, em todo caso, não há mais palavras, no qual há silêncio, que se produz o que deve produzir-se para você.
Nessa duração na qual não há palavras, quer você esteja aqui, hoje, ou esteja alhures, em outro momento, a ouvir-me e ao ler esse silêncio, eu o convido a colocar-se em si, a nada pedir e a escutar o que lhe diz o silêncio, como minhas palavras.
Elas não se dirigem, jamais, unicamente, à sua cabeça, mas eu me sirvo de sua cabeça para tocar seu coração, para mostrar-lhe o que você é.
Se você quiser, se o aceita, não se inclinando para isso, mas abandonando-se a si mesmo através de minha voz, através de meus silêncios, faça, também, silêncio em si e deixe-se atravessar.
Nada pare, nada retenha e dê-se.

... Silêncio…

Questionemos...

Questão: você pode desenvolver sobre a autopredação e seu modo de funcionamento?

A autopredação constitui, para a vida na pessoa, na qual tudo é apenas gasto de energia, busca de energia e estabilização de uma determinada forma e de uma determinada consciência.
Ora, vocês todos sabem, em um corpo de carne, aqui, nessa Terra, que vocês nasceram e que morrem, no momento vindo.
Enquanto há nascimento e morte, a predação é exercida no ambiente, mas, também, vis-à-vis de si-mesmo, e consome, literalmente, sua energia, e conduz, nos primeiros estratos da vida, até os quarenta anos, a um fogo vital devorador, que se ameniza, progressivamente, após os cinquenta anos, que se traduz pelo que vocês todos conhecem: o envelhecimento da estrutura, o déficit, quer seja de mobilidade, de intelecto, de movimento, de força ou de qualquer elemento que corresponda ao que é nomeado «envelhecimento».

No envelhecimento você mesmo se consome e por si mesmo, não tendo encontrado um substituto para essa nutrição.
A predação exercida vis-à-vis de si-mesmo faz-se, é claro, às custas da Eternidade, e vocês não são, aí tampouco, aqui, responsáveis.
Mas a lei de causalidade, inscrita no confinamento da Terra, não pode permitir-lhes escapar da dualidade, porque tudo, nesse mundo, funciona segundo esse princípio de dualidade.

A Unidade apenas pode ser vivida no Coração do Coração.
Neste período no qual a Unidade estabelece-se nesse mundo, vocês sabem, esse mundo desaparecerá, corpos e bens, para deixar lugar à Liberdade.
O único modo de não ser consumido é retirar-se, a si mesmo, do jogo da consumação e entrar no jogo do vibral, do Fogo Ígneo, no jogo da Eternidade, no qual, aí, a Luz e o Amor, e a própria energia estão presentes de modo ilimitado.
Aquele que beber dessa Água, foi dito, não terá mais, jamais, sede, porque ele será nutrido não mais pelas águas de baixo, mas pela Água do alto, o feminino sagrado e o masculino sagrado.
Naquele momento, o corpo não se consome mais, a consciência é liberada do corpo.
Ela ali está, contudo, presente, mas não é mais a escrava dele.

A consumação e a autopredação é um mecanismo diretamente ligado à necessidade de preservar-se, ao mito de imortalidade, ao reflexo de sobrevivência e ao pertencimento a uma história e a um papel.
O Liberado não escapa da história nem de papel algum, ele está, simplesmente, consciente disso e vive-o, à sua maneira, que nada tem a ver com a consumação e a autopredação.
A autopredação exerce-se a cada minuto, ainda que apenas no fato de comer, por degradação dos alimentos, trata-se, também, de uma predação exercida em face de um animal, em face de um vegetal.
Não há diferença de predação entre o animal e o vegetal, há apenas uma diferença no funcionamento da fisiologia, na facilidade da consciência não ser rigidificada pela alimentação de tipo carne.
Mas a consciência, ela, livre, nada conhece de tudo isso, só o corpo, como veículo, é afetado nisso.
A consciência, ligada ao corpo, será, de todo modo, afetada por alguns tipos de emoções, por alguns tipos de alimentos que provocam, aí também, uma consumação e uma autopredação.

A predação, diferentemente nomeada, voltada para si mesmo é, simplesmente, a necessidade de puxar para si, de nutrir a pessoa, de qualquer maneira que seja, enquanto, no Amor, é o Amor que os nutre e que nutre tudo o que vocês tocam, tudo o que vocês olham, e aí onde se porta sua consciência.
Sem desejo e sem vontade, a Inteligência da Luz segue seu olhar, segue sua atenção e segue seus gestos.
Naquele momento, não pode ali haver a mínima predação, mesmo se o corpo envelhece, mesmo se o corpo é usado, a consciência permanece intacta.

Esse corpo mesmo, inscrito entre o nascimento e a morte, no qual vocês habitam, conhece uma fase de crescimento, uma fase de estabilidade e uma fase de decrescimento, e nada nem ninguém pode escapar disso.
Nos tempos imemoriais e nos tempos mais bíblicos, eu diria, existiram alguns seres que ressuscitaram com o corpo de carne.
As histórias deles são-lhes conhecidas, para aqueles que leram elementos nesses escritos.
Qualquer que seja a falsificação da finalidade da Bíblia, há, contudo, certo número de elementos verdadeiros entre os quais vocês podem encontrar inspiração e liberdade.

A autopredação é, portanto, apenas o ego voltado, incansavelmente, para ele mesmo, em qualquer relação que seja, em qualquer circunstância que seja.
A partir do instante em que há vontade ou manifestação de apropriação, quer seja de um conhecimento, quer seja, mesmo, em uma troca não iluminada pela Luz, haverá, sempre, predação ou autopredação, seja voltada para o ambiente, seja voltada para si mesmo.
Não há, portanto, jamais, doação, há, sempre, algo que é tomado.
O Amor nada toma, o Amor dá, ele está, sempre, no mesmo movimento, o Amor não pode ser de outro modo.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: quando você nos levou ao não tempo, eu me senti elevado ao longo de uma parede de montanha de rochas cinzentas.
Eu cheguei ao alto dessa montanha, coberta de neve de um branco brilhante, banhada na luz do Sol, cuja ponta resplandecia.
O que é isso?

Bem amado, trata-se de imagens e de representações que traduzem o acesso ao Si.
Mas, como você mesmo diz, há, ainda, luz, há, ainda, forma e, portanto, não há Liberdade.
Há experiência do Si, que confina na Infinita Presença.
A Liberdade não tem necessidade de qualquer imagem, de qualquer forma, de qualquer cor nem de qualquer luz.
É preciso deixar atravessar o que a Inteligência da Luz mostra a você, o que minhas palavras e meus silêncios mostram-lhe, não parar ali, não apegar-se ali e deixá-las fluir livremente, sem nada mais reter que não o que se produz, não durante, mas depois.
Qual é seu humor no efêmero?
Qual é sua alegria no efêmero?
Qual é sua leveza no efêmero, após esse gênero de mecanismo?
Não se interesse pelo que se desenrola durante, por nenhuma forma e nenhuma luz, deixe-se banhar, deixe-se atravessar.
Nada pare, permaneça imóvel e deixe fazer o que deve ser feito, porque você nada pode fazer para fazer desaparecer isso.

Veja isso e você estará livre de toda imagem, de toda percepção, de toda vibração, você será o que você é, em verdade: a Verdade, o Caminho e a Vida.

No Indizível da Última Presença, como no Absoluto, nesse corpo como fora desse corpo, os marcadores desaparecem.
Nada pode pender-se ao que quer que seja, tudo parece afundar.
Nada é iluminado.
Nenhuma forma nem qualquer consciência é mais percebida.
Aí, se você vive isso, em minhas palavras e em meus silêncios, então, você chegou, se posso dizer, ao bom porto, o porto no qual não há nem apego nem marcadores, mas que deixa, em você, a marca do Fogo do Amor, do Juramento e da Promessa, que o revelam a si mesmo e liberam-no de toda forma, de toda construção, de toda imagem e de todo referencial.

Ver o que você viu é um convite da Luz para ir além do que é visto, não apreender-se, não congelá-lo, não parar e deixar ser, porque você não é, tampouco, isso, nem mesmo o que vive isso.

Eis a resposta da vibração.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: eu percebo que o simples fato de falar-lhe cria uma distância, desfrutar no silêncio basta.
Falar não é traí-lo?
No entanto, o som conduz-me ao Silêncio.
O que é isso?

Sua palavra pode ser verbo que ressoa e címbalos que retumbantes – sem efeito algum – como sua palavra pode tornar-se o Verbo.
Ora, o Verbo não nasce do pensamento, mas do silêncio.

Ao conhecer a fonte das palavras, a fonte das frases, então, você identifica o silêncio e pode, então, comparar, sem ser afetado, o que se desenrola nas frases das palavras, o que se desenrola no Verbo e o que se desenrola no silêncio.
Em toda dimensão, exceto as dimensões carbonadas, tanto livres como unificadas, a linguagem não tem mais necessidade de outra coisa que não da codificação vibratória da Luz, não há mental, não há filtros e esse é o verdadeiro Conhecimento.
A palavra, qualquer que seja, o mais frequentemente, põe uma distância e é, no entanto, se necessário para vocês compreender nesse mundo, qualquer que seja o que é compreendido, mesmo se isso seja distorcido.

Não se esqueça, jamais, de que enquanto vocês têm esse corpo e até a Liberação da Terra, vocês são tributários das palavras, das frases, de elementos a compreender, isso aplicado às suas vidas em seus aspectos os mais quotidianos.

Na Eternidade, no Liberado, as palavras tornam-se supérfluas e não existem, simplesmente, mais, além da dimensão carbonada.
Tudo se faz de maneira que vocês poderiam nomear de telepática, o pensamento atravessa toda consciência, a partir do instante em que a consciência concernida por esse pensamento encontre-se em face daquele que emitiu esse pensamento ou, em todo caso, reencontram-se através de uma comunhão.
Dado que não há barreira da carne, não há a mesma opacidade.
A capacidade de fusão ou de mecanismos de consciência que vocês, talvez, viveram, faz-se natural e espontaneamente.
Não há aprendizado, não há conhecimento ou aprendizado da leitura ou das palavras, tudo se faz diretamente, de coração a coração e de coração em coração.
Aí está a verdadeira comunicação.

Hoje, nessa fase específica da Terra, são sempre mais numerosos entre as irmãs e irmãos da humanidade a despertar, a abrir-se, progressivamente e à medida que a Inteligência da Luz age na superfície desse mundo, vocês constatam, cada vez mais frequentemente, efetivamente, que as palavras tornam-se supérfluas.
Elas são apenas um álibi para a comunicação e permitem, hoje, entrar, eu diria, na comunicação direta, na qual a sincronia, a Fluidez da Unidade e a percepção direta do que é exprimido superam, amplamente, as palavras que possam ser abordadas.

Eis a resposta do silêncio.

… Silêncio…

Questionemos...

Questão: quando você dá uma resposta, você precisa sua origem: silêncio, vibral, Absoluto.
Quais são os marcadores que permitem distingui-las?

Eu não estou certo de ter compreendido o que foi dito, eu o ouvi.
Então, repita.

Questão: quando você dá uma resposta, você precisa sua origem: silêncio, vibral, Absoluto...

Parece-me ter, já, respondido a essa questão, idêntica a questões anteriores.
A resposta pela Luz, pelo silêncio e pelas palavras, eu já respondi isso; essa questão é sobreponível e a resposta, igualmente.

Não temos mais questões.

… Silêncio…

Eis, portanto, minha última resposta para essa reunião.

… Silêncio…

Em cada um de nós, a Paz; em cada um de nós, a Alegria; em cada um de nós, cada outro.
No Único, eu os saúdo; no Único, eu estou aí, aí, onde você está, em todo lugar, sem distância e sem atraso, porque o amor não conhece qualquer distância e qualquer atraso.

Em seu ser aparente como em seu ser real, em sua Existência como em seu corpo denso, eu o saúdo.

… Silêncio…

Eu lhe digo até sempre.
Eu o amo.


Publicado por: Blog Les Transformations