DO SITE AUTRES DIMENSIONS.
Bem, caros amigos, estou extremamente
contente por reencontrá-los como de hábito, e eu diria, mesmo, que nós nos vemos,
muito frequentemente, efetivamente, nesse momento.
Então, se vocês têm, obviamente,
sempre, questões complementares em relação à sua própria evolução pessoal, dar-me-á
prazer a elas responder, mas, também, se vocês têm questões de ordem mais geral.
Questão: pode ser útil trabalhar no
mundo político?
Então, cara amiga, vou responder-lhe em dois níveis: a política é um jogo, eu diria, de enganos e de trapaça monumental, na escala da humanidade, não, unicamente, neste país.
Disso, é preciso estar consciente,
porque jamais nada poderá mudar através da política, contrariamente ao que todo
mundo parece crer, na superfície deste planeta.
A política é apenas um jogo de
enganos e uma trapaça que permite a indivíduos tomar o poder em períodos
diferentes, mas que têm, todos, o mesmo objetivo, ou seja, o poder e,
absolutamente, exceto uma extrema minoria, não o bem estar da humanidade.
Talvez, para você, seus objetivos
sejam profundamente diferentes, mas, entretanto, você não escapa dessa lógica
dos homens políticos.
Então, agora, sua ação política, no
que lhe concerne, eu lhe responderia que ela pode ser útil, ao mesmo tempo
estando consciente, obviamente, do que eu chamo um jogo de enganos.
Portanto, você pode empreender, você,
no que lhe concerne, essa ação política, se tal é o que sua alma sente e deseja,
porque ela terá, de qualquer modo, uma utilidade nessa política inútil.
Questão: como ajudar alguém em
dificuldade?
A resposta que eu lhe dou não é
específica a essa pessoa.
É preciso, primeiro, tentar
compreender porque se quer ajudar o outro, isso é extremamente importante.
Será que a ajuda é ligada a um
sentimento, eu diria, de compaixão?
Será que é a impressão de que o
sofrimento do outro é nosso sofrimento?
A maior parte dos seres humanos que
querem ajudar o outro o faz porque eles têm necessidade de desempenhar o papel
que vocês chamam de salvador, e, mais, o papel de heróis, em relação a essa
pessoa e, frequentemente, é uma satisfação do ego.
Por vezes, é porque se tem a
impressão de que, quando se ajuda o outro, ajuda-se o que se poderia viver,
também, ou que já se viveu.
Então, por simpatia, por sintonia,
por compaixão, faz-se isso.
A melhor ajuda que se pode fornecer,
qualquer que seja a pessoa, é, já, tentar compreender, de maneira formal,
porque se quer ajudar essa pessoa e não decidir «eu vou ajudar essa pessoa», sem
saber porque se tem tal ação.
Uma vez que se tenha colocado o
porque da ajuda que se quer aportar, convém, efetivamente, definir que a ajuda
que é esperada não é, necessariamente, o que se compreende, nós, da situação do
exterior.
Então, é preciso ser extremamente
prudente, e não propor coisas que nada têm a ver com o que é esperado pelo
outro, se é que ele espera uma ajuda.
Então, o problema da ajuda é, ao
mesmo tempo, extremamente complexo e extremamente simples: a melhor ajuda que
se pode dar é aportar, obviamente, toda a Luz e o amor que está em si para o
outro.
O mais importante é não orientar o
outro em função de suas visões pessoais, em função do que você crê ser correto,
porque o que é correto para você, a um dado momento, não é, talvez, correto
para o outro, no momento em que você dá o conselho.
Então, a noção de conselho e de ajuda
não deve, jamais, ser tingida com seu próprio julgamento ou seu próprio
pensamento porque, naquele momento, não está em conformidade a um respeito de
regras e de leis espirituais.
Isso é extremamente importante a
compreender, é algo, mesmo, de fundamental.
A maior parte dos seres humanos
mistura-se, geralmente, com quem não os olha e pensam aportar uma ajuda a
alguém, enganando-se, grandemente, porque aportam uma ajuda em função do que
eles teriam feito nessa situação.
Então, exceto o caso extremo de
compaixão, no qual se pode apenas aportar essa compaixão, essa Luz e esse amor
(ou experiência vivida, exatamente ao idêntico, na qual, aí, pode-se aportar o
que, para nós, foi correto, a um dado momento, mas que não será, talvez, correto
para essa pessoa), é um problema extremamente difícil querer ajudar alguém.
É perfeitamente louvável querer
socorrer o outro, mas atenção: socorrendo o outro para não interferir na
liberdade de escolha e na liberdade espiritual do outro.
Isso é extremamente importante.
Então, o único modo de não afastar-se
das regras e das leis espirituais é aportar a compaixão e uma ajuda que eu
qualificaria de discreta.
Aí está o que é, certamente, a coisa
a mais importante.
Questão: diz-se, por vezes, que, no
casamento, deve-se dar-se um ao outro?
São palavras que me fazem estremecer.
Se se dá ao outro, isso se chama um
sacrifício, isso não se chama um contrato e uma união recíproca.
A doação do outro, a doação ao outro
é algo que se chama um sacrifício e não diferentemente.
Jamais lhes foi dado, pedido, nem nas
escrituras, nem no que se chama o casamento, para dar-se ao outro.
O importante é que o casamento é um
contrato, assim como outro contrato: o contrato une duas pessoas, não para o
melhor e para o pior, mas para respeitar certo número de compromissos.
O primeiro dos compromissos não é a
noção de doação, o primeiro dos compromissos é a noção de respeito da pessoa,
respeito que vai até respeitar a liberdade na união.
Em caso algum é necessário considerar
a noção de sacrifício, porque quem diz sacrifício diz, também, noção de
inferioridade de algo em relação ao outro.
Ora, os contratos devem unir duas
pessoas de mesmo nível e deve ser considerado como uma troca.
A palavra comunhão, ao nível de
discursos religiosos, parece-me, eu diria, a mais indicada, é uma comunhão à
mesma Fonte, é uma troca e uma ocasião de crescer juntos, mas, absolutamente,
não para considerar como uma noção de doação ao outro.
O contrato de doação de um ao outro
corresponde a uma anulação da individualidade, o que é contrário aos princípios
espirituais elementares de Divindade do ser humano.
Ontem, parece-me, nós vimos a noção
de fusão.
Um casal não é fusional.
Ele pode ser fusional durante certo
tempo, mas o melhor dos contratos é a harmonia, o crescimento espiritual de um
e do outro, o crescimento pessoal de um e do outro, no respeito e na liberdade
do outro.
Ora, se se dá ao outro, recusa-se a
própria liberdade.
Ora, a união não é a ausência de
liberdade, bem ao contrário, é a maior liberdade, liberdade espiritual,
liberdade de alma.
Então, ao nível da terceira dimensão,
há cinquenta mil anos, o casamento era o meio de estabelecer um contrato diante
dos homens e diante de Deus, ou seja, isso obrigava o ser humano a respeitar
certo número de coisas e a reconhecer um compromisso (não uma doação, mas um
compromisso recíproco).
Isso era fundamental.
E, obviamente, o casamento é algo de
específico, que existe apenas nessa dimensão.
Nas dimensões superiores, isso não é,
absolutamente, concebível, porque o contrato é passado, diretamente, entre dois
seres, sem ter por testemunha nem Deus, nem a religião e nem os outros seres
humanos.
E porque não há necessidade de
autenticar, pelo exterior, o contrato, o contrato é automático, através do
olhar, através de uma vibração, e isso basta.
Mas, infelizmente, em sua dimensão, isso não é realizável, porque o ser humano não possui a constância necessária para honrar esse contrato durante um tempo suficientemente longo.
Portanto, ele tem necessidade de
rememorar-se de que está unido ao outro.
A noção de casamento é um contrato
como outro, que une dois seres.
Há contratos de alma a alma, há
contratos entre irmãos e irmãs, há contratos entre a Terra e cada ser humano
que nasce sobre esta Terra.
O ser humano não respeita,
frequentemente, seus contratos porque, a partir do momento em que se toma
encarnação nesse Sistema, toma-se encarnação em uma dimensão e em um ser vivo
que é a Terra, que se deve respeitar e que não se respeita, jamais.
Então, o ser humano não é um homem de
palavra, então, ele se inventou regras e procedimentos para forçar-se, de algum
modo, a manter um contrato.
Dois seres que se amam são seres
livres, eles não têm necessidade de contrato para amar-se, eles não têm necessidade
de um contrato para forçar-se.
Então, idealmente, espiritualmente,
tal como é apresentado por algumas religiões e por algumas ideologias, o
casamento é uma festa que consagra a união de dois seres, que consagra a doação
de um ao outro e do outro ao um, mas a doação de quê?
A doação do corpo?
A doação da alma?
A doação da personalidade?
A doação da vida?
O amor é uma doação, mas ele não tem
necessidade de contrato.
A partir do momento em que vocês
ritualizam o amor por um contrato, é a pior coisa que pode existir.
O amor basta-se a ele mesmo, o amor
dá o amor, ele não tem necessidade de um contrato, qualquer que seja.
Vocês não têm necessidade de um padre
ou pastor para comunicar-se com o Pai, vocês não têm necessidade de passar algo
no dedo para estar unido àquele a quem você ama.
Então, o ser humano oficializou
rituais, rituais foram introduzidos, pouco a pouco, por seres que construíram
estruturas rígidas para controlar o ser humano.
O batismo não tem necessidade de um
ministro, o verdadeiro batismo é aquele do Espírito Santo, ele se faz
diretamente.
Vocês ritualizaram coisas que são
naturais.
Vocês estão casados a partir do
momento em que amam alguém, de fato, quer esse casamento dure uma vida, séculos
ou um dia.
Para voltar à doação de amor, uma
última coisa: é a única coisa que vocês têm a dar: é o amor à sua divindade, à
totalidade da criação.
Questão: a que são devidos os
fenômenos de fusão em um casal?
Tudo pode ver-se.
Há episódios fusionais vividos por
casais ligados a contratos de alma, mas, geralmente, são contratos cármicos,
nos quais coisas importantes devem resolver-se, para tentar queimar laços que
foram demasiado fortes ou demasiado penosos.
Quando eu digo laços, eu não digo,
necessariamente, laços afetivos fortes, isso pode ser assassinatos, podem ser
trapaças, no sentido o mais elevado da alma.
Tudo se pode ver, mas a fusão é um
processo de imaturidade afetiva e espiritual, também, de algum modo.
Bem, caros amigos, eu fiquei muito contente
com todas essas questões extremamente pertinentes, e eu espero que vocês
estejam enriquecidos, como eu estou enriquecido, e eu lhes aporto minha bênção
e eu lhes digo, certamente, até breve.
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texto e cite sua fonte: http://www.autresdimensions.com/.
1 - A política é um jogo, eu diria, de enganos e de trapaça monumental, na escala da humanidade. 2 - O casamento é algo de específico, que existe apenas nessa dimensão. 3 - A partir do momento em que vocês ritualizam o amor por um contrato, é a pior coisa que pode existir. 4 - Para voltar à doação de amor, uma última coisa: é a única coisa que vocês têm a dar: é o amor à sua divindade, à totalidade da criação.
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