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11 de nov. de 2007

SILO – 11 de novembro de 2007



DO SITE AUTRES DIMENSIONS.


Bem-vindos a vocês, caros irmãos e irmãs na humanidade e em Cristo.
Eu sou SILO.
Eu venho falar-lhes, primeiro, de modificações estruturais em seu corpo e nas semanas que vêm.

De fato, a humanidade, em sua totalidade e em sua inteireza está vivendo transformações importantes.
Essas transformações não são aquelas, habitualmente, de sua vida linear de terceira dimensão.
Essas transformações sobrevêm de maneira episódica e rara.
Quando eu digo rara, a escala de tempo dela é bem superior a uma vida, mas bem mais, em ciclos de humanidade, da ordem de cinquenta mil anos.

É, portanto, uma época privilegiada de grande festa, que cada ser humano prepara-se para viver.
Cada ser humano tem um modo de vivê-la, profundamente diferente, de acordo com seu sistema de crenças, seu sistema de verdade e seu sistema de vontade.
As estruturas físicas e as estruturas mais sutis devem harmonizar-se com as irradiações de natureza elétrica, magnéticas, fotônica, muito, amplamente diferentes daquelas que vocês conhecem desde que vivem nessa encarnação.
A própria natureza dessa irradiação fotônica, eletromagnética vai tornar-se profundamente diferente, e as estruturas humanas percebem e sentem isso.

Obviamente, cada alma vive-a de maneira diferente.
As modificações estruturais em curso e a vir dirigem-se tanto às suas células como às suas emoções, como às suas concepções, como às suas energias, no sentido o mais amplo.
Essas irradiações novas podem ser assimiladas a um rito de passagem, a passagem que é definida como um ponto de partida e de chegada.
A passagem, em si mesma, que é definida como a travessia de algo.
Essa noção de travessia corresponde a uma modificação importante ao nível das estruturas.

Obviamente, cada alma tem a possibilidade ou a liberdade de atravessar ou não, de ir ao outro lado do túnel, ao outro lado da margem, em função de sua vontade, de suas crenças, de suas certezas e de seus desejos de experiências e o modo de viver as experiências.
Então, as premissas da transformação estão, já, presentes há algumas semanas, não ao nível do corpo (o que já é o caso para alguns), mas ao nível coletivo, por um elemento extremamente importante, que está presente no conjunto da humanidade, através do que é chamada uma confrontação.
Essa confrontação que se situa, igualmente, no interior de cada estrutura humana, na qual são confrontadas, de um lado, a vontade de estabilidade, a vontade de perdurar certa forma de manifestação da vida e, do outro lado, algo que é eminentemente angustiante para alguns, que é a novidade.

Ir para algo de diferente, algo que pode parecer ser desejado, ao mesmo tempo em que temido.
Essa confrontação vocês a vivem, no interior de si, de maneira íntima, mas, também, em suas relações inter-humanas, mas, também, em suas relações em diferentes grupos sociais aos quais vocês pertencem.
Mas, também, a confrontação com algo de evidente, que vocês conhecem, todos, porque seus meios de informação inundam-nos nesse propósito, que é a modificação de seu planeta, o que é chamada a biosfera, ou seja, os elementos, a modificação geofísica que sobrevém em diferentes lugares do planeta e com a qual vocês são regados por seus meios modernos de comunicação.

Nesse sentido, a Terra ilustra, perfeitamente, em suas mudanças, em suas modificações de repartição de suas massas hídricas, em suas modificações de repartição de massas de ar quente e de ar frio, o que acontece, também, no interior de suas próprias estruturas, que vocês vivem, de momento, em espírito de confrontação e, em breve, em suas células.
Alguns de vocês estavam avançados e vivem isso há muito tempo.

Se querem, vamos ver quais são, primeiro, os primeiros sinais de que a confrontação chega em vocês.
Primeiro, sensações não habituais ao nível da cabeça, que podem traduzir-se por dores de cabeça, vertigens, sensações de compressão, em todo caso, por algo que não é como de hábito, ao nível da cabeça, acompanhado, frequentemente, de modificações de percepções, de sons ou de ruídos ao nível dos ouvidos.

Obviamente, a qualidade de sono, os sonhos podem ser diferentes.
Vocês não serão confrontados em todos os setores de sua vida, mas aos seus medos, porque, se há uma coisa que será preciso superar nessa passagem é, efetivamente, a noção de medo.
Então, não se supera o medo analisando o medo.
Supera-se o medo desenvolvendo a confiança e a fé na Divindade, na Luz, na realidade dos planos espirituais.

Cabe a vocês desenvolver sua certeza de fé, sua certeza da realidade dos planos multidimensionais espirituais.
Porque vocês não encontrarão, no lugar em que serão confrontados, matéria para superar a confrontação.
Vocês encontrarão isso apenas na certeza da fé e na confiança que vocês põem em sua vida e em suas estruturas.
A resistência, o medo é um elemento que vai contra a evolução e contra a evolução espiritual.

Então, algumas almas serão impactadas nas relações interpessoais, nos casais, no trabalho, na família.
Outras serão confrontadas, interiormente, e não de maneira interpessoal, em relação aos seus medos do abandono, da falta, o próprio medo da espiritualidade, ao mesmo tempo crendo nela, é claro.

Então, essa confrontação será, também, e antes de tudo, a confrontação com a Terra, aquela que suporta a vida há tempos imemoráveis prepara, ela também, a passagem dela.
Ela vai confrontá-los através dos elementos.
Mas ela vai, também, confrontá-los através da mecânica, seja a mecânica de um relógio, de um automóvel, de um aparelho doméstico, mas, antes de tudo, através dos elementos que vocês veem ao seu redor.

Mas nesse país, que vocês chamaram, um tempo, de «filha mais velha da igreja», vocês estão protegidos, contrariamente a outros países que já estão, completamente, eu diria, nessa realidade.
Não é questão de acrescentar medo, é questão de acrescentar a lucidez, a certeza do que é sua vida, do que vocês desejam de sua vida em um futuro próximo.
Qual é seu objetivo?
A Terra pergunta-lhes isso, mas esse objetivo não é um objetivo para dez ou vinte anos.
É um objetivo imediato.

A Terra e Cristo vêm bater à sua porta para perguntar o que vocês querem.
E vocês têm total flexibilidade para decidir o que querem, porque não há ninguém para julgá-los, exceto si mesmo.
É-lhes solicitado passar para além do julgamento, mesmo de si mesmo sobre si mesmo, ou seja, sair da dualidade, do bem e do mal, entrar na Unidade da Luz que vocês são, reconhecer-se filho da Luz, filho do Amor, sair dessa máscara que, no entanto, foi necessária para nossa evolução que é a dualidade e a encarnação.

Certamente, a vida, tal como vocês a têm vivido, é bela, quaisquer que sejam as experiências porque, efetivamente, quaisquer que sejam suas misérias pessoais, vocês olham o Sol, a criação, ela é sublime e, no entanto, a criação, em outro nível de manifestação, para além de sua dimensão de dualidade é, quanto a ela, muito mais bela.
É tempo, agora, para aqueles que o desejam, de viver outras realidades, nas quais os códigos de funcionamento, os modos de funcionamento não são mais, de modo algum, os mesmos.
Mas ninguém os forçará a ir para isso, porque vocês são inteiramente livres para querer experimentar mais tempo a experiência da encarnação e da dualidade.

Vocês são livres para levar consigo a única coisa que podem levar, é seu corpo, ou deixá-lo.
É-lhes solicitado, vigorosamente, para não ter medo ou apreensão em relação a tudo o que bate à porta.
Tudo isso é apenas para engajá-los a olhar no interior de si, olhar, claramente, o que vocês são, quais são seus desejos, quais são suas aspirações.
É, novamente, a dualidade, as paixões, os sentimentos, a sexualidade, a matéria?
Nada há de repreensível nisso.
Ou será que sua alma está pronta para fazer a passagem, com ou sem o corpo, para ir para essa dimensão prometida, da qual muitos médiuns falam e anunciam, já, no apocalipse de São João e pelos profetas do Antigo Testamento e pelos Upanishads e, mesmo, pelo Corão?

O ser humano sabe disso, mesmo aqueles que em nada creem.
Eles portam, em si, o vestígio do traumatismo inicial, vivido quando da encarnação.
Eles sabem muito bem que um novo paradigma surge.
Então, os mais dotados vão resistir, através de resistências intensas, à novidade, resistências intensas aos novos paradigmas, como para prender-se ao que vai dar cada vez menos tomada, cada vez menos certezas às suas vidas.
A única certeza será a necessidade de fazer escolhas, olhar em si o que é que cada alma quer.

Vocês são totalmente livres.
A resistência, a confrontação não é um mal em si.
Aqueles que diriam «eu sei o que eu quero, a quinta dimensão e nada mais» e que não sentem, de momento, resistências, experimentarão, talvez, resistências muito fortes no momento da passagem, enquanto outros, que são confrontados hoje, farão a passagem muito mais facilmente para essa outra dimensão.
Então, aí também, não se deve julgar, nem a si mesmo, nem aos outros.

Nesse espaço de tempo reduzido, limitado, alguns começaram a confrontação mais cedo do que os outros.
Outros não têm problemas de confrontação, mesmo se se digam prósperos na vida, mas eles encontrarão a confrontação no último momento.
Eles não têm necessidade de ser confrontados muito cedo.

Lembrem-se das palavras de Cristo: «os últimos serão os primeiros, os primeiros serão os últimos», «ninguém pode penetrar o reino dos céus se não volta a tornar-se como uma criança».
É o quê, uma criança?
É a inocência, é aquele que não procura acumular na previsão do futuro.
É aquele que vive, plena e totalmente, o instante.
Ele está desembaraçado de seu passado e de seu futuro, não ainda, totalmente, poluído por seu mental.
A confrontação da passagem é isso.

Então, é-lhes solicitado, vigorosamente, não julgar, de momento, aquele que rejeita com força, estardalhaço, convicção, essa passagem.
Mas vocês, no coração, verão que tudo se esclarece e, como diziam os mestres orientais, tudo isso é apenas ilusão.
Sua Unidade, sua Divindade, sua essencialidade está bem além desses jogos da dualidade.
De maneira muito mais fácil do que jamais foi, pela potência do que vem.

Questão: como, enquanto terapeuta, levar o outro a ver essa Luz?

É o papel de todo mundo aqui presente.
Todo elemento que afastaria essa Luz em sua relação ao outro seria, eu exagero a palavra, um pecado contra o outro.
Vocês todos que estão conscientes da Unidade e do Amor, mesmo se seja, unicamente, em seu mental e não em sua vivência, vocês devem, a todo custo, fazer passar isso.

Questão: como ajudá-los a ver a Luz para além de sua própria Sombra?

A Sombra jamais foi, cara amiga, o que escondia a Luz.
A Sombra estava presente, unicamente, para mostrar-lhes o que era a Luz.
Então, não é questão de levar a atenção sobre a Sombra, hoje, mas, efetivamente, mostrar o que é luminoso.
A ênfase ou a consciência levada sobre a Sombra não faz desaparecer a Sombra.
A Luz basta a ela mesma.
Apenas fazendo crescer a Luz é que a Sombra desaparece, mas não limpando a Sombra.
Isso é cada vez mais verdadeiro para as semanas que vêm.

Não é procurando o mal ou o que é suposto de bloquear a emergência da Luz que a Luz vai emergir.
A Luz está aí, ela bate à porta, ela pede apenas para desabrochar.
Então, é preciso desabrochá-la, a Luz.

Questão: mas alguns não sabem o que é a Luz, como mostrar a eles?

Sendo, si mesmo, Luz, esse raio de Sol que eles esperam.
Nenhum ser humano, eu digo, efetivamente, nenhum, mesmo aqueles que recusam, totalmente, a Luz, não sabe, de algum modo, o que é a Luz.
A mais terrível das almas condenadas tem, em si, essa partícula de Luz.
É preciso encontrar o ponto de entrada.
O ponto de entrada é a afirmação do que vocês são, é a afirmação da Luz.
Cada ser humano, em especial aqueles que estão na resistência, esperam, talvez, apenas uma única coisa: é reencontrar aquele que vai dizer-lhe que a Luz é a Verdade, é a Vida, é a única possibilidade.
Se vocês agem, mesmo com a Luz, sobre a Sombra, vocês estão na dualidade.

O princípio de ação é informação e transformação.
Informação, como eu o faço nesse momento.
Transformação, isso quer dizer acender a Luz neles e, para acender a Luz, não é preciso ver a Sombra.
Não se esqueçam de que são tempos reduzidos.
É preciso fazer isso, porque é a época, e os modos de funcionamento perpetuados por alguns os arrastam a esquemas obsoletos que não têm mais lugar de ser, quaisquer que sejam.

Questão: que serão essas transformações?

A vinda da Luz.
O fato de não estarem mais separados de outros planos que estão aí, para agir.
A confrontação com as outras realidades, fora da humanidade que vocês representam, ou seja, a intercessão visível de seres de Luz, de seres espirituais, de extra e intraterrestres.
Vocês tomarão consciência de que tudo isso foi escondido por muitas pessoas sobre a Terra que tinham interesse, obviamente, em perpetuar os modelos de divisão e de separação.
Vocês compreenderão e viverão que não são separados de ninguém.

Mesmo seus piores inimigos na dualidade da vida são religados a vocês, não no sentido cármico de apegos, de laços, mas religados ao nível do coração, ou seja, da grande Fraternidade.
É isso que vem para vocês.

Então, se vocês querem ali ver a miséria, a fome, vocês verão apenas isso.
Mas, se querem ali ver a ocasião única de transcendência, isso será, para vocês, a transcendência.
Vocês não poderão ajudar aportando o que comer ou o que aquecer.
Vocês apenas poderão ajudar sendo vocês mesmos ser divino, estando religado à sua Fonte, à sua Divindade, à sua Unidade, e vocês estarão na ação correta em relação àqueles que procuram comer, mas que não buscam a Luz.
Aí, vocês mostrarão a eles a Luz, e eles poderão fazer a escolha, em todo conhecimento de causa.

Questão: ao ouvi-lo, isso parece muito simples, mas nossa vida quotidiana é mais complicada.

Cara irmã, se você vê isso como complicado é que não é suficientemente simples em você.
Portanto, isso quer dizer que é preciso simplificar ainda mais.

Se a confrontação chega, o que isso quer dizer?
De acordo com o princípio de ressonância, vocês atraem para si o que lhes dá medo.
Se você tem a impressão de que quer simplificar, mas que é complicado, é que você não simplificou, suficientemente, em si.

Então há, é claro, exercícios.
Eu dei deles há quinze dias, que eram extremamente importantes para permitir a passagem do ego ao coração.
A oração pode ser uma fuga, um álibi para afastar algo.
A oração do coração, que não emprega as palavras, mas é centrada no coração, é a única via.

Progressivamente e à medida que vocês se aproximarem do centro, as coisas tornar-se-ão mais simples.
Se isso lhes parece complicado, é que há momentos nos quais vocês saem do coração.
Se há momentos em que vocês são confrontados, é que saem do coração.

Eu lhes peço para aceitarem isso como um postulado, e verificarão, por si mesmos.
Progressivamente e à medida que vocês se aproximarem da dimensão de seu coração, tudo se tornará simples, porque nada há que seja complicado no coração, absolutamente nada.
Apenas o jogo da dualidade da experiência da vida que é complicado, porque há uma dualidade que se multiplica ao infinito, e era o objetivo na encarnação nessa dimensão.

Então, se isso lhes parece complicado, façam simples.
Não são as coisas que são complicadas, são os eventos exteriores que lhes parecem complicados quando vocês não são simples no interior.
«Voltem a tornar-se como crianças», dizia Jesus.

Questão: o espaço/tempo vai tornar-se uma única Unidade?

Não estou certo de que seja, completamente, isso.
A Luz aproxima-se de vocês.
A Luz ilumina.
A Luz faz desaparecer a dualidade.
A dualidade não é, unicamente, ligada a uma projeção no tempo linear, como vocês o conhecem.
Ela é, antes, a consequência disso.

Então, a Luz ilumina, transcende.
Nesse sentido, haverá desaparecimento da escala de tempo, tal como vocês a conhecem, mas é outro tempo e é, também, outro espaço.
Não é o desaparecimento do espaço, é outro espaço, em outro tempo, no qual o tempo não é mais linear.
Mas é difícil a explicar.

A melhor imagem que eu posso dar é a pessoa que faz uma experiência transcendente, de morte, por exemplo: ela terá uma visão instantânea, panorâmica de sua vida, mas, também, da vida sobre a Terra.
Isso se chama tomar a altura porque, quanto mais vocês sobem, mais escapam da atração da dualidade e mais veem, claramente, todos os tempos ao mesmo tempo.
Esse tempo aqui não existe mais, mas o desenrolar do tempo não será mais linear.
Ele será sinusoidal, elíptico, mas não linear, nesse sentido em que o escoar do tempo – passado, presente, futuro – não tem mais sentido nas outras dimensões.

Questão: é correto, hoje, investir muito para salvar um projeto?

Já, a palavra «investir para salvar» é, já, uma dualidade.
Entra-se, tipicamente, na explicação das resistências.

Por vezes, é preciso soltar algo para preencher novamente.
Enquanto se está ocupado, ao nível da consciência, com algo que é louvável, mas que consiste em querer tirar de algo que está na água, mas se se exaure as forças nisso, sobretudo nesta época, é um erro.
Isso quer dizer que é muito melhor deixar morrer o que deve morrer, para renascer a outra coisa.
É preciso ir ao sentido da fluidez.
Tudo o que é resistência ao nível do corpo, ao nível da vida social, ao nível da relação interpessoal não tem mais lugar de ser.

Quanto mais vocês entrarem em resistência com situações ou pessoas, mais serão confrontados, de maneira intensa e forte, nas estruturas físicas e sutis.
É preciso, para encontrar a mestria e o caminho do coração, aceitar soltar, mesmo se soltar dê medo, porque, depois é o desconhecido, porque soltar evoca a noção de covardia, de fracasso.
Mas há fracassos que são necessários para encontrar a Luz, seja o fracasso do corpo ou do que foi empreendido, porque a Luz está do outro lado, mas não se pode vê-la enquanto não se tenha soltado.

Questão: é correto aceitar a frustração profissional ou é melhor passar para outra coisa?

Aceitar a frustração é, já, passar para outra coisa.
Aceitar a frustração para passar para outra coisa é não estar no ressentimento, ou seja, na dualidade.
Passar para outra coisa é, por vezes, efetivamente, em seu caso, muito angustiante.

Reflitam que, sempre, no que vem, será preciso fazer a escolha entre o que vocês chamam a segurança, o que vocês construíram, os baluartes, ou mesmo as muralhas que vocês construíram ao redor de seu coração para proteger-se do medo da falta, do medo disso, do medo daquilo.
Será preciso fazer a escolha dessa segurança falsa, aleatória, é claro, e a segurança do coração.

Vocês preferem estar em harmonia aparente com os elementos, através do que construíram, uns e outros, em diferentes níveis?
Ou será que vocês vão preferir a segurança do coração?
O problema é que a maior parte experimenta uma vontade espiritual, mas sem querer soltar o resto.
Ora, isso não funciona assim, seja em tempo normal e, ainda menos, nesses tempos reduzidos.

Querer crer e querer pensar que, antes de encontrar o espiritual, seja necessário assegurar as condições materiais, é uma falsa realidade, porque a espiritualidade é aquela de Cristo que dizia aos seus Apóstolos antes que eles se tornassem apóstolos: «deixe os mortos enterrarem os mortos, solte tudo e siga-me».
Não houve muitos que o fizeram, porque isso necessita de algo de essencial que o ser humano deve aprender – para todo ser humano em encarnação, qualquer que seja o nível de encarnação da Luz – que se chama comprometimento.
O comprometimento é algo de importante.

Sempre foi dito, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, que o Pai não gosta dos mornos.
Ele prefere aqueles que escolhem.
Mesmo aqueles que escolham a Sombra são, aos olhos d’Ele, mais fortes do que são mornos.

Vocês não podem permanecer, como dizem, vulgarmente, com as nádegas entre duas cadeiras.
É preciso escolher uma cadeira, verdadeiramente.

O tempo dos compromissos, o tempo dos comprometimentos. O tempo de composições, o tempo de adiamentos, o tempo de «veremos mais tarde» acabou.
Vocês não podem mais estar na incerteza.
A incerteza é uma resistência.

Enquanto vocês disserem, seja a propósito de uma doença, de um trabalho, de uma pessoa: «sim, mas eu não posso ir aí, porque vai faltar-me isso ou aquilo, vai faltar-me a pessoa, vai faltar-me o dinheiro ou vai faltar-me outra coisa» é que vocês não fizeram a escolha, é que permanecem na posição de morno.
Será preciso enfrentar suas escolhas.
Será preciso enfrentar a confrontação.

Vocês devem afirmar o que querem.
Vocês não podem permanecer na dualidade.
Entretanto, se vocês escolhem a dualidade, então, não falem mais de espiritualidade, mas assumam o que vocês são.

Questão: o que fazer para enfrentar angústias ligadas à vida profissional?

Tudo o que eu digo desde que cheguei entre vocês é a resposta.
Não há outra resposta.
Compreendam, efetivamente, que as dificuldades que vocês vivem, uns e outros, não são punições, mas, ao contrário, ocasiões de afirmar-se e de afirmar sua Luz e nada mais.
É o ego e a personalidade que os fazem crer que são angústias, medos, doenças e sofrimentos.
No coração não há lugar para tudo isso.

Quando eu falo de coração, eu repito, eu não falo de benevolência, porque não se pode estar na benevolência vis-à-vis de seu próximo ou de sua família.
Mas isso é a benevolência do ego, não do coração.
O coração de que eu falo é o lugar da serenidade, da Divindade, no qual não há nem julgamento, nem sofrimento, nem pensamentos.
Há a felicidade e a plenitude.

Quando vocês chegarem ao coração, como o saberão?
Vem, porque não haverá mais lugar para outra coisa que não o coração e mais lugar para tudo o que, em sua vida, pareça-lhes obstáculo.
O que vocês chamam obstáculo, eu chamaria oportunidade.
O que vocês chamam sofrimento, eu chamaria apelo da Luz.

Enquanto vocês veem o sofrimento, não estão no coração.
E o coração, como se faz para ali estar?
Bem, há os exercícios.
Há, simplesmente, a consciência que se leva ao coração, a um Pai que está no interior e não no exterior.
Vocês são seres de Luz que escondem em suas muralhas construídas pelos medos da sociedade, da família, do julgamento.
É tempo, agora, de tornarem-se verdadeiras crianças e abandonar seus jogos de adulto.

Enquanto vocês permanecem nos medos e nas angústias, não podem encontrar o coração.
Enquanto vocês levam sua atenção às angústias, não levam a atenção ao coração.
É preciso, efetivamente, que vocês compreendam que, contrariamente ao que creem, vocês sempre tiveram e têm, sempre, a escolha.
Há apenas preços a pagar que os impedem de crer que seja possível.
Mas sua liberdade de alma, de encontrar sua essência, seu coração não tem preço.

A questão é muito mais fundamental.
Vocês estão aí, sobre a Terra, para encontrar a segurança?
Vocês estão aí para encontrar uma alma irmã?
Ou vocês estão aí para realizar sua Divindade?
É a questão que lhes será colocada muito em breve, e é a única que vale a pena ser colocada: o que vocês querem?
Experimentar a dualidade, experimentar a beleza na dualidade, através do mundo da terceira dimensão, que necessita do aprendizado, do sofrimento, da alegria, da alternância de dor e de alegria?
A vida não se limita a isso.
A vida, em outros espaços e outros tempos, é diferente daquela que vocês conhecem.

Vocês aspiram essa diferença ou não?
Vocês estão prontos para pagar o preço?
Vocês estão prontos para ir para o coração ou não?
Ninguém virá dizer-lhes «faça isso ou faça aquilo».
É a vocês que cabe a escolha.
Não há escolha a fazer em função do futuro porque, se vocês colocam as escolhas em relação ao futuro é, já, uma dualidade.
As escolhas devem ser colocadas não em termos de vantagens sociais, pessoais, afetivas ou outras, mas deve ser colocadas, mais do que nunca, em termos de liberdade e de amor.
Aí está a escolha que lhes é demandada.

Questão: como saber se se está em um bom caminho profissional?

Essa questão, como outras, é apenas o reflexo do sentido da afirmação do coração porque, se há bom caminho, há satisfação, de algum modo, há aproximação, eu diria, da energia do coração.
Todas as mudanças que sobrevêm nesse momento, quaisquer que sejam, da pobreza à riqueza, da riqueza à tristeza, do casal à solidão, da solidão ao casal são mudanças que é preciso aceitar e são prefigurações de mudanças planetárias.
Elas são, portanto, feitas para aproximá-los do coração.
É preciso ir para onde há o mínimo de resistências possíveis.
Vão para essa fluidez, para esse coração.

Bem, caros irmãos e irmãs na humanidade e em Cristo, vou, agora, abençoá-los e aportar-lhes todo o amor dos planos espirituais.
Acolham isso como uma doação e como uma possibilidade de aproximá-los um pouco mais de seu Centro e de sua Luz.
Sejam abençoados e, talvez, até breve.
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2 comentários:

  1. Cabe a vocês desenvolver sua certeza de fé, sua certeza da realidade dos planos multidimensionais espirituais.

    É tempo, agora, para aqueles que o desejam, de viver outras realidades, nas quais os códigos de funcionamento, os modos de funcionamento não são mais, de modo algum, os mesmos.

    Então, é-lhes solicitado, vigorosamente, não julgar, de momento, aquele que rejeita com força, estardalhaço, convicção, essa passagem.

    Mas vocês, no coração, verão que tudo se esclarece e, como diziam os mestres orientais, tudo isso é apenas ilusão.

    Sua Unidade, sua Divindade, sua essencialidade está bem além desses jogos da dualidade.

    O problema é que a maior parte experimenta uma vontade espiritual, mas sem querer soltar o resto. Ora, isso não funciona assim, seja em tempo normal e, ainda menos, nesses tempos reduzidos.

    O coração de que eu falo é o lugar da serenidade, da Divindade, no qual não há nem julgamento, nem sofrimento, nem pensamentos. Há a felicidade e a plenitude.

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  2. "A humanidade, em sua totalidade e em sua inteireza está vivendo transformações importantes.
    "É tempo, agora, para aqueles que o desejam, de viver outras realidades, nas quais os códigos de funcionamento, os modos de funcionamento não são mais, de modo algum, os mesmos.
    "Um novo paradigma surge.

    "Então, os mais dotados vão resistir,
    através de resistências intensas, à novidade,
    resistências intensas aos novos paradigmas.

    "É muito melhor deixar morrer o que deve morrer, para Renascer a outra coisa. É preciso ir ao sentido da Fluidez.
    Tudo o que é resistência ao nível do corpo, ao nível da vida social, ao nível da relação interpessoal não tem mais lugar de ser.

    "Todas as mudanças que sobrevêm nesse momento, quaisquer que sejam, da pobreza à riqueza, da riqueza à tristeza, do casal à solidão, da solidão ao casal são mudanças que é preciso aceitar e são prefigurações de mudanças planetárias. Elas são, portanto, feitas para aproximá-los do coração.

    "É preciso ir para onde há o mínimo de resistências possíveis.
    Vão para essa fluidez, para esse coração.
    "O coração de que eu falo é o lugar da Serenidade, da Divindade, no qual não há nem julgamento, nem sofrimento, nem pensamentos.
    Há a Felicidade e a Plenitude."

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