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8 de ago. de 2008

MA ANANDA MOYI – 8 de agosto de 2008



DO SITE AUTRES DIMENSIONS.


Bem amados filhos da Luz, recebam todo o meu Amor.
Eu sou MA ANANDA MOYI.
Eu venho trocar com vocês sobre o conteúdo do Amor e o conteúdo de quem vocês são e quem esperam ser.

O Amor, vejam vocês, é simplicidade.
A partir do momento em que vocês percorrem um caminho, a partir do momento em que tentam não mais percorrer esse caminho e estar, simplesmente, no estado de Amor, naquele momento, as coisas devem ser simples.

O Amor é simplicidade.
A partir do momento em que as coisas tornam-se complicadas, a partir do momento em que elas demandam reflexão, elas não são mais do Amor.
O Amor é algo que Si vive no modo da simplicidade, no modo da infância, no qual não pode haver lugar para a reflexão, não pode haver lugar para a hesitação.

Estar no Amor é um ato de oração permanente, estar no Amor é um ato de devoção.
Cada sopro do Amor é um sopro divino que os preenche.
O Amor basta-se a si mesmo.
O Amor é a realidade última de qualquer coisa.
A partir do momento em que as coisas tornam-se complicadas, a partir do momento em que a interrogação surge em vocês, não há mais Amor.
O Amor é evidência.
O Amor é simplicidade, evidência e Luz.

A Luz basta-se a si mesma.
Ela não supõe e não permite qualquer interrogação, qualquer hesitação, qualquer tergiversação.

O Amor é Unidade, enfim.
A partir do momento em que vocês hesitam entre dois, não há Amor.
O Amor é inclusivo e não excludente.
O Amor engloba a totalidade da criação, a totalidade de seu ser, a totalidade de suas células, a totalidade de sua vida.

O Amor é suave.
O Amor não se infla de orgulho.
O Amor não falha, jamais; quanto mais ele emana de vocês, mais ele os preenche.
Se vocês estão fatigados, então, isso não é o Amor.
Em caso algum o Amor fatiga, em caso algum o Amor exaure.

O Amor derrama-se, natural e espontaneamente.
O Amor é um estado.
O Amor não é uma busca, uma vez que vocês são o Amor.
O Amor demanda, simplesmente, que vocês tomem consciência dessa Verdade.
Tomar consciência e revelar o Amor: aí está o objetivo de todas as suas encarnações, desde a criação da encarnação.

Então, a partir do momento em que o caminho pareça-lhes pesado, a partir do momento em que o caminho pareça-lhes longo, isso não é o Amor, porque o Amor não é um caminho.
O Amor é a própria Verdade, e está presente a cada instante.

O Amor não é algo que seja preciso despertar, que seja preciso percorrer.
O Amor É.
Ele demanda, para isso, o silêncio completo da complexidade de suas vidas, o silêncio completo de suas emoções, o silêncio completo de seu mental agitado que busca, permanentemente, afastá-los do Amor.

O mental é reflexão, o Amor é emissão.
O intelecto é apropriação, o Amor é restituição.
O Amor não pode guardar-se para si.
A partir do momento em que ele explode como uma Verdade essencial, ele pode apenas irradiar além de vocês e englobar, pouco a pouco, o conjunto da criação, o conjunto de seres vivos, tanto próximos como distantes de vocês.

O Amor não tem inimigos.
O Amor é a realidade última.
Vocês estão, todos, em face desse Amor, quaisquer que sejam as palavras que vocês ali coloquem: o medo, o desejo.
Atrás de cada um de seus atos, que é a própria negação do Amor, esconde-se a falta de Amor.

Estar na vida é, já, um ato de Amor.
Nascer, morrer participa da mesma missão e da mesma evidência que é o Amor.
Apenas seu mental é que os faz crer o inverso.
Ele os faz buscar, permanentemente, no exterior, algo que está no interior de si.

Não há Amor no mental.
Não há Amor na emoção.
Compreendam, efetivamente, eu repito, que o Amor não é caminho, mas é estado.
Quem diz estado diz parada de tudo o que não é o Amor.
Assim que o mental intervém, ele os afasta do Amor.
Assim que a emoção intervém, ela os afasta do Amor, porque o mental, como a emoção, põe-nos em movimento, em uma direção e põe-nos em um caminho que não é o Amor.

O Amor, eu repito, é um estado.
No estado de Amor não há mais espaço de questionamento, não há mais espaço de tergiversação, não há mais espaço para a agitação.
Há, unicamente, espaço para a comunhão.
O Amor é comunhão com o conjunto da energia primeira e última da criação, o primeiro, o último sopro, reunidos no mesmo tempo.
O Amor contém todos os tempos, estando, por essência, além do tempo.

Então, o Amor é algo que vai mobilizar seus meios, seus recursos, através da busca.
O Amor é vibração, é eternidade e instantaneidade.
Existem numerosos jogos chamados os Leïlas do Senhor, que permitem mascarar, camuflar o mental e a emoção, para que o Amor/estado possa desabrochar, livremente, sem encontrar resistências no interior de seu ser em manifestação, em encarnação.

Queridos filhos, esses jogos permitiram a alguns de vocês que já participaram desses jogos (que eu lhes dei quando de minhas diversas intervenções) aproximar-se desse estado, tocá-lo com o dedo e vivê-lo.
O Amor, também, é total consciência, mas, a partir do momento em que o Amor revela-se a vocês, a primeira interrogação que nasce é aquela da apropriação, e é lógico, é um reflexo humano.
Mas, a partir do momento em que o mecanismo de apropriação entra em ação, ele os afasta do Amor.

O Amor é sua Essência e sua realidade, mas que não pode ser conservada para si, tal é o paradoxo.
Ele lhe pede, de fato, para ser você mesmo isso, para irradiá-lo e dá-lo.

O Amor não pode restringir-se no interior de uma entidade, qualquer que seja ela.
É nesse sentido que eu podia dizer, em minha vida: «o que vocês veem não é eu», porque o que se exprime não é o Mim.
Se eu tivesse desejado fazer ato de identificação com esse Amor, obviamente, ele teria secado.
Nesse sentido, eu posso, eu podia dizer: «quem fala não sou eu, quem se exprime, quem dança não sou eu, mas é o Amor em mim, e o Mim apaga-se, totalmente, diante dessa presença».

O Amor, efetivamente, é presença.
Para estar presente ao Amor é preciso estar ausente a si mesmo, é preciso abandonar-se, abandonar, obviamente, a personalidade, os jogos do mental e das emoções, os jogos da posse e da interação entre os seres.

O Amor/estado de ser necessita desse abandono.
Esse abandono é além do que é chamado, em diferentes tradições, o soltar.
Obviamente, o soltar é importante no caminho, mas o Amor é além do soltar.
O Amor é abandono total à realidade de toda criação.

O Amor é o mesmo, desse lado do véu como do outro lado do véu.
O Amor não é separado.
O Amor não separa.
O Amor não divide.
O Amor transcende e unifica, na mesma realidade, a totalidade dos universos.

Viver o Amor é ser, ao mesmo tempo, o Sol, a Luz, os elementos.
O conjunto da criação é o Amor.
Distinguir um criador de uma criatura é, já, fazer ato de divisão e, portanto, sair do Amor.

O mental humano, que se construiu, progressivamente e à medida das encarnações é, certamente, o obstáculo maior para a realização dessa última Verdade do Amor.
Então, os jogos do Senhor são os meios que lhes são dados (e que eu lhes dei em alguns momentos) para enganar seu mental, para ocupá-lo, de algum modo, com outra coisa que não essa Verdade essencial que é o Amor.

Do mesmo modo, eu lhes comunicarei, de maneira individual, a bênção do Amor.
Eu lhes darei, também, algumas ferramentas, que se pode chamar de chaves, que lhes permitirão tocar, viver o Amor.

O Amor é bênção.
O Amor é respiração.
O Amor, enfim, não é limitado ao coração.
O Amor está presente por toda a parte.
A multiplicidade de manifestações do não Amor reflete apenas a não revelação dele.

O Amor é inscrito em tudo, ele demanda, portanto, apenas ser revelado, apenas ser manifestado, apenas ser traduzido em Verdade.
A partir de seu primeiro sopro, vocês estão aqui para realizar essa Verdade.
Ela é tão evidente, que toda a vida passa seu tempo a buscá-la.

Lembrem-se: o Amor é comunhão.
O Amor é fusão.
O Amor é o lugar, o espaço e o momento em que se resolvem todas as oposições.
Se houvesse, no mesmo momento, sobre esse planeta, ainda que apenas algumas dezenas de pessoas que realizassem essa Verdade, o véu da encarnação não teria mais razão de existir.

O Amor pode tudo.
O Amor perdoa tudo.
O Amor transcende tudo.
Nada há que possa curar a Luz do Amor.
Nada há que seja um obstáculo intransponível à Verdade do Amor.
Nada há que seja impossível à realidade do Amor.

Não existe qualquer sofrimento, qualquer doença, qualquer que seja, que resista à potência do Amor.
O Amor/radiação É.
O Amor/vibração É.
Quando vocês tiverem, enfim, afirmado seu Amor, vocês não poderão mais nomear-se com tal sobrenome e tal nome, porque vocês não se pertencerão mais.
Vocês não poderão mais falar de si, dizendo «eu», mas falarão de vocês na terceira pessoa, porque vocês não se identificarão mais a essa pessoa, precisamente, mas identificar-se-ão à totalidade da criação.

Vocês falarão, vocês se comunicarão com o conjunto da criação.
Vocês poderão dirigir-se aos peixes, e eles os escutarão.
Vocês poderão falar aos pássaros, e eles lhes responderão.
Vocês poderão chamar a borboleta, como a estrela, elas estarão aí.
Vocês não serão mais limitados por esse corpo de encarnação no qual estão.
Vocês não são esse corpo.
Vocês não são esse ser limitado que creem ser.

Todas as encarnações que vocês vivem decorrem, unicamente, do medo da falta de Amor.
A partir do momento em que vocês realizam o Amor, a encarnação não tem mais sentido, o mundo não tem mais sentido, as estrelas não têm mais sentido e, no entanto, tudo está em seu lugar.

Existe uma distância ínfima entre o que é o Amor e o que não é o Amor.
Basta uma defasagem temporal extremamente limitada, que explica a criação de mundos que é, ao mesmo tempo, um ato de Amor, que necessita da tomada de consciência dessa Verdade.

Bem amados filhos da Luz, eu lhes proponho abrir um espaço de questionamento sobre o Amor.
Eu voltarei, em seguida, a cada um de vocês, comunicar o impulso inicial do Amor, e dar-lhes, novamente, como já foi, jogos, jogos que lhes permitirão, a cada um, entrar na Verdade, entrar na Unidade, entrar no Amor, para esquecer-se de si mesmos e realizar o Amor.

Então joguemos, se quiserem, o jogo do mental e da emoção, para apaziguar o medo, para apaziguar a falta, antes de preencher o espaço sagrado que vocês são da dimensão final de sacralidade, que é a Verdade do Amor.

Bem amados filhos de Luz, queria, portanto, abrir as portas de seu mental e de sua emoção.
Exprimam o que têm a exprimir, esvaziem-se de seus temores, através da verbalização consciente deles.
De momento pensem, focalizem sua consciência em seu medo e eu virei, através da manifestação verbal, saciar sua sede de Amor, porque o medo é apenas o medo da falta de Amor, eu repito.

Sejam abençoados em suas palavras, e eu os escuto.

Questão: tenho medo de falar diante de um auditório.

Bem amada filha da Luz, dizer, interrogar justifica a apreensão do olhar do outro.
O outro é o inimigo, o outro é aquele que pode julgar, que pode condenar, porque o amor que você conheceu era um amor condicional.

Durante a sua vida, durante a sua educação, durante o que fez toda a sua encarnação, o amor foi colocado e vivido de maneira condicional, condicionada ao olhar do outro.
Era preciso, portanto, não chocar, era preciso, portanto, não mostrar o medo.
Superar isso está além da comunicação.

Existe um espaço de silêncio, que é um espaço sagrado, no qual se encontra, no interior, a resposta a essa questão.
É necessário, aí também, fazer calar as crenças e, sobretudo, fazer calar a impressão de ser julgada pelo olhar do outro, porque, creia, efetivamente, que, se você vê no olhar do outro o julgamento, é que você mesma porta, em si mesma, um olhar de julgamento.
Você se considera como indigna de viver o Amor.
Você se considera como imperfeita.
Ora, eu a tranquilizo, nenhuma encarnação é perfeita.

Bem amada filha, eu lhe darei, daqui a pouco, as palavras e os gestos que lhe permitem ir ao encontro disso e resolver essa oposição aparente.

Questão: eu entendo o que você diz, mas isso me parece inacessível.

Parecer inacessível não quer dizer inacessível.
Aí também, trata-se não de uma crença, mas de uma concepção.

A partir do momento em que você entra na encarnação, você define limites.
Os limites, obviamente, já, corporais.
Os limites, em seguida, da propriedade.
Os limites da afeição.
Os limites, além disso, de seu próprio campo de coerência.
Mas o Amor é sem limites.

Como vocês querem viver o Amor aceitando os limites?
Os limites são aqueles de seu corpo.
Os limites são aqueles de convenções sociais.
Os limites são aqueles que são inerentes à matéria, mas vocês não são isso.
Quando algo parece que isso não é limitado, é apenas uma impressão, não é, mesmo, uma crença, é algo de muito mais leve.
É preciso superar a aparência.
É preciso superar os limites.
Isso parece inacessível e, no entanto, o que eu vivi, o que alguns seres humanos viveram na encarnação, todo mundo, sem exceção, pode vivê-lo.

Há apenas distâncias infinitesimais de tempo entre eu e você, querida filha.

Questão: Cristo disse: «amem-se uns aos outros, como eu os amei».
Você acha que essa frase resume o ensinamento dele?

Bem amado filho da Luz, essa frase é um mandamento.
A partir do momento em que se pronuncia «amem-se uns aos outros», isso quer dizer que aquele que se exprime sabe, pertinentemente, que uns não são como os outros.
É-lhes demandado, hoje, para realizar bem mais do que isso.
Uns e os outros participam da mesma Verdade, do mesmo Amor.

Enquanto vocês se aplicarem a amar o outro, vocês não o amarão.
Isso é um caminho.
O que lhes é demandado não é estar no caminho, mas estar no despertar.
Se vocês aceitam esse preceito, no entanto, tão belo, vocês farão esforços, e esses esforços são gerados pelo mental, as emoções.

O coração não tem necessidade de esforços.
O coração é simples, o coração é humilde.
O Amor é simples, ele não tem necessidade de colocar-se a questão de amar uns e os outros.
Há a fazer e a ser.
Os ensinamentos permitem-lhes pôr-se no caminho.
Vocês não estão em uma época de ensinamentos, vocês estão em uma época de revelação.
Basta, simplesmente, saber, decidir se querem aceitar a revelação ou se vocês desejam prosseguir o ensinamento.

Questão: como abrir nosso coração ao Amor?

Tudo é bom para abrir o coração ao Amor: a oração, a devoção, a vida, a morte, a guerra.
O mais importante é aceitar a ausência de distância entre o Amor e vocês.
Lembrem-se de que são apenas suas construções mentais que os afastam dessa realidade essencial da realidade do Amor.
Nada mais há, absolutamente.

Se vocês conseguissem fazer calar, totalmente (eu digo, sim, totalmente), a emoção, o mental, o pensamento, então, o Espírito revelar-se-ia, instantaneamente, a vocês.
Há seres que passam a vida em oração; há seres que passam a vida em devoção.
Eles estão no caminho.
Há seres que seguem ensinamentos toda a vida.
Eles chegam, a certo estágio do caminho, a perceber, a sentir o Amor, mas eles não são, ainda, o Amor.

Hoje, as circunstâncias vibratórias específicas que vocês vivem demanda-lhes ser o Amor para além dos ensinamentos, para além de qualquer ação.
Vocês não estão no momento da colocação na estrada ou da colocação no caminho, vocês estão no momento da abertura ao Amor.
Há uma diferença essencial entre seguir um ensinamento, prosseguir um caminho, dirigir-se para o Amor e a realidade que é parar e abrir-se ao Amor.

O Amor vem para vocês, isso é importante.
O sentido e a direção não são mais os mesmos.
Em um caso, o primeiro, vocês vão a tal sentido e para tal direção portada, sustentada, guiada pelos ensinamentos de uns e de outros, vocês percorrem um caminho, vocês avançam.
Hoje, como você disse, querido filho, não é mais questão de avançar, mas de abrir-se.
E, para abrir-se, é preciso parar, é preciso esquecer-se, é preciso dar-se.
Não é, de modo algum, a mesma coisa.

Questão: poderia falar-nos da compaixão?
 
Compadecer, viver a compaixão é pôr-se no lugar do outro, mas é, ainda, ocupar outro lugar que não o Amor.
Mas, quando vocês estão no estado de ser, de Amor, vocês experimentam a compaixão.
Vocês podem experimentar a compaixão sem viver o Amor.
A compaixão é, também, um caminho, aquele da devoção, aquele do serviço, mas isso não é o Amor.

Quem experimenta a compaixão é capaz de viver, no lugar do outro, uma emoção, uma doença, ou mesmo encarregar-se da doença e do sofrimento do outro, mas isso significa que vocês são vocês mesmos e que há o outro.
Ainda uma vez, há distância, não há coincidência.

Assim, no estado de Amor, vocês podem viver a compaixão, mas querer viver a compaixão para aceder ao Amor é um caminho e não uma realização.

Questão: como se exprime essa compaixão?

Pela necessidade imprescritível, irresistível de servir, de ajudar e de amar.
É um início de caminho para a forma de esquecimento de si, mas lembrem-se de que compadecer com é servir com: é, ainda, por uma distância para com o objeto com o qual vocês se compadecem.

Questão: como se amar, a si mesmo?

Foi, frequentemente, dito nos ensinamentos, quaisquer que fossem, que amar o outro começa por amar-se a si mesmo: não pode haver Amor autêntico para com o outro se não há Amor de si mesmo.
Isso é inteiramente exato.

Como se amar a si mesmo?
Isso necessita, já, de não mais julgar.
Isso necessita, já, de não mais pôr distância entre o que se gostaria ser e o que se mostra disso.
Isso necessita de uma adequação perfeita não com a personalidade que se quer mostrar, não com a emoção que se quer mostrar, não com as construções mentais que se quer definir como si mesmo, mas isso necessita de um esquecimento total de si.

Amar-se é abandonar-se.
Amar-se é ignorar-se.
Amar-se é estar alinhado com o Amor Divino.
Apenas pode haver realização de Amor de si através do abandono de si.
Apenas pode haver o Amor de si abolindo a distância entre si e o outro, nós vimos isso, mas, também, através do desaparecimento e da negação do si.

Enquanto você é identificado a você, você é apenas você mesmo e define-se, você mesmo, por um limite entre você e todo o resto.
A dissolução é uma palavra que, frequentemente, foi empregada na tradição de que sou originária.
Dissolver-se no Tudo, perder-se no Tudo necessita de uma confiança total no Tudo.
Isso quer dizer, também, abandono e confiança total na vida.

Enquanto vocês crerem serem seres de obrigação moral, social, profissional, afetiva, enquanto creem que existam obrigações em face da sociedade, em face de seus corpos, em face de suas emoções, em face de seu mental, vocês não poderão realizar o Amor.
Vocês poderão, certamente, aproximar-se dele através de comportamentos, através de condutas, mas, jamais, vocês o realizarão.
Apenas através do abandono total.

É preciso ousar esse abandono total porque, assim que vocês supõem, assim que pensam no abandono, o mental intervém, instantaneamente, para dizer-lhes que isso é impossível, que vocês não podem realizar isso sem pôr em perigo, mesma, a vida que criaram, vocês mesmos, ou seja, sua encarnação.
Mas esse é um erro grotesco, ao qual todo mundo crê nesse planeta, porque o mental é todo poderoso, porque os condicionamentos, as crenças, as hipocrisias são elementos que parecem manter a coesão de suas vidas, enquanto eles fazem apenas afastá-los de sua realidade.

Questão: como fazer calar o mental?

O mental pode ser mantido em repouso com a meditação.
É algo que foi ensinado em todos os tempos, em todas as tradições, como um meio de chegar a amordaçá-lo, de maneira temporária, mas, assim que vocês saem da meditação, o mental retoma os direitos dele.

Então, há numerosas técnicas que foram dadas, mas são apenas técnicas que lhes permitem avançar no caminho.
A realização do estado de Amor deve ser considerada como uma graça que apenas pode sobrevir a partir do momento em que, no espaço de um instante, vocês entram nessa transcendência, na simultaneidade, na ausência de distância entre a realidade última do Amor e vocês mesmos.
Isso necessita de um abandono total que vocês devem aceitar e fazer aceitar, que o Amor é uma realidade.

Mas, assim que vocês pronunciam a palavra Amor, o mental apropria-se dele e vem fazer dele uma posse.
Lembrem-se: o Amor não se possui, é ele que os possui.

Entrar no Amor é entrar na negação do si e realização do Si.
Isso quer dizer abandonar-se.
Isso se tornou possível pelo sacrifício inicial da entidade chamada Cristo, prefigurada pela entidade chamada Buda.
O sacrifício final, que é a perda do si, realiza a realidade do Amor.
Não há alternativa.
Vocês não podem descobrir sua dimensão final sem sacrificar-se.

Obviamente, a palavra «sacrifício», também, põe o mental em alerta, porque ele vai tudo fazer para impedir o sacrifício e demonstrar-lhes, de modo extremamente lógico, que isso é um erro, que isso não é possível.
Ainda.

Então, não se pode dominar o mental com o mental.
Do mesmo modo, não se pode dominar a emoção com a emoção.
Vocês podem apenas controlá-lo, mas, em momento algum, vocês o farão desaparecer.
É preciso encontrar meios de jogar com o mental, de jogar com o que vocês são para viver esse momento, esse momento que é um momento que desemboca na eternidade, no conjunto de momentos.

Como eu disse, eu darei, a cada um de vocês, novamente, um gesto, uma frase, uma palavra que lhes permitirá, a título individual, tocar esse estado.

Questão: se se tocou esse estado, é definitivo?

Isso é, eminentemente, função de quem vocês são, e seu sentido do abandono deve ser total.
Trata-se de um estado de graça que é sentido e vivido a cada sopro.

Imaginem o momento o mais feliz, o mais íntimo, o mais intenso que vocês tenham vivido nessa encarnação, e vocês terão o pálido reflexo do que é a realidade do Amor.
Lembrem-se, recordem-se do momento o mais intenso de sua encarnação, quer ele seja em face de uma emoção gerada por uma paisagem, por um ato carnal, qualquer que seja, e vocês terão o pálido reflexo da realidade do Amor.

Eu os ajudo por minha radiação, por minha radiância a tocar esse instante, coisa que faremos antes do fim de minha intervenção.

Questão: o Amor é Presença e, unicamente, Presença?

O Amor é Amor.
Mas, efetivamente, ele é Presença, ele é atenção consciente, ele é consciência e Presença.
Ele é irradiação, ele é estado.
É um estado que eu qualifiquei, em minha vida, de divino, porque não há outro qualificativo, com as palavras humanas, que permita exprimir isso.

Não temos mais perguntas, agradecemos.

Bem amados filhos, vou pedir a cada um de vocês vir sentar-se em face de minha Presença.
Uma vez que um de vocês esteja sentado, tenho necessidade de ouvir seu sobrenome, seu nome, para banhá-lo em minha radiância e comunicar-lhe o que lhe é próprio.

Bem amados filhos da Luz, antes de deixá-los, de maneira temporária, eu lhes peço para reproduzir o gesto que eu lhes dei, em silêncio, para aportar-lhes a minha bênção, o meu Amor, a minha radiância e dizer-lhes até muito em breve.
Sejam todos abençoados.
Eu os amo.
Até breve.
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3 comentários:

  1. O Amor É. Ele demanda, para isso, o silêncio completo da complexidade de suas vidas, o silêncio completo de suas emoções, o silêncio completo de seu mental agitado que busca, permanentemente, afastá-los do Amor.

    O Amor, efetivamente, é presença. Para estar presente ao Amor é preciso estar ausente a si mesmo, é preciso abandonar-se, abandonar, obviamente, a personalidade, os jogos do mental e das emoções, os jogos da posse e da interação entre os seres.

    A partir do momento em que vocês realizam o Amor, a encarnação não tem mais sentido, o mundo não tem mais sentido, as estrelas não têm mais sentido e, no entanto, tudo está em seu lugar.

    Amar-se é abandonar-se. Amar-se é ignorar-se. Amar-se é estar alinhado com o Amor Divino. Apenas pode haver realização de Amor de si através do abandono de si.

    A realização do estado de Amor deve ser considerada como uma graça... Lembrem-se: o Amor não se possui, é ele que os possui.

    NOTA: Tais dizeres da MSG, dedicados ao Amor, são, no mínimo, de enorme beleza!!! Isto até me levou à ilustração seguinte: "imaginemos que o simples entrar na nossa consciência, seja o que for, disponha do nosso total abandono. Neste caso teríamos inevitável fusão, que é a expressão máxima do Amor. É claro que isto significa sermos atravessados, a lá buraco negro, onde, por exemplo, jamais se cogita de origem e destino, perante o que quer que se apresente". A transparência, nesta situação, necessariamente seria determinada pela ausência absoluta do eu e do mim (a nível da consciência, e não de palavras, evidentemente).

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  2. Meu Deus!!! Permitam expressar-me assim... Que Mensagem Amor, quem diria, que chegaríamos, num determinado momento, de ouvirmos, sentirmos esse conteúdo e aspira-Lo. Inexplicavelmente belo.

    "...o Mim apaga-se, totalmente, diante dessa presença.
    Então, não se pode dominar o mental com o mental".

    Contemos com a "Graça".

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  3. "Compreendam, efetivamente, eu repito, que o Amor não é caminho, mas é Estado. ... A partir do momento em que vocês percorrem um caminho, a partir do momento em que tentam não maquis percorrer esse caminho e estar, simplesmente, no Estado de Amor.

    "Estar no Amor é um ato de Oração Permanente, Estar no Amor é um ato de Devoção. Cada sopro do Amor é um sopro Divino que os preenche.
    "O Amor é Comunhão com o conjunto da energia primeira e última da Criação, o primeiro, o último sopro, reunidos no mesmo tempo.
    Há, unicamente, espaço para a Comunhão.

    "O Amor é sua Essência e sua realidade.
    "O Amor, efetivamente, é Presença.
    Para estar presente ao Amor é preciso estar ausente a si mesmo, é preciso abandonar-se, abandonar, obviamente, a personalidade, os jogos do mental e das emoções, os jogos da posse e da interação entre os seres. ... Nesse sentido, eu posso, eu podia dizer: "quem fala não sou eu, quem se exprime, quem dança não sou eu, mas é o Amor em mim, e o Mim apaga-se, totalmente, diante dessa Presença".
    "O Amor/Estado de Ser necessita desse Abandono.

    "O Amor é abandono total à realidade de toda criação.
    "O conjunto da criação é o Amor. Distinguir um Criador de uma criatura é, já fazer ato de divisão e, portanto, sair do Amor.
    "Quando vocês tiverem, enfim afirmado seu Amor, vocês não poderão mais nomear-se com tal sobrenome e tal nome, porque vocês não se pertencerão mais. Vocês não poderão mais falar de si, dizendo "eu", mas falarão de vocês na "terceira pessoa", porque vocês não se identificarão mais a essa pessoa, precisamente, mas identificar-se-ão à totalidade da Criação."

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