Mensagem publicada em 18 de março, pelo site AUTRES DIMENSIONS.
Eu sou IRMÃO K.
Irmãos e Irmãs, permitam-me transmitir-lhes minhas homenagens por sua Presença.
É-me pedido, hoje, pela Assembleia dos Anciões, com minhas palavras, dar-lhes certo número de elementos que podem permitir-lhes, seguindo-os, talvez, seguir-se a si mesmos, a fim de descobrir o que vocês São.
Eu tive a oportunidade de exprimir-me sobre a Liberdade, sobre a Autonomia, sobre o conhecido e o Desconhecido.
Em minha precedente vida encarnada, sobre esta Terra, eu vivi, muito jovem, um choque.
O choque que vem abalar as próprias estruturas da vida na pessoa e – geralmente, quando se trata de uma perda – uma perda vivida, é claro, como um drama.
É, frequentemente, nessas condições que há como uma sideração da própria vida: uma parada, um choque, uma dor indizível que, de repente e de um golpe, de um único, vai mudar o que eu chamaria sua relação ao mundo, sua relação à vida e, de algum modo, sua relação à vida.
Nos dias, semanas e meses que seguiram o choque que eu vivi (e que me é pessoal), meditando sobre o próprio sentido desse choque, de seu significado e de sua relação à minha própria vida, de um golpe, de um único, o lugar onde eu estava (que eu olhava como uma forma de devaneio), essa paisagem, essa natureza maravilhosa que eu observava, de repente, transformou-se.
Ela tornou-se viva, como animada de outro sopro, que não o que me era dado a ver por meus olhos.
Tudo se animou, tudo se tornou – e eu não tenho melhor palavra – Vivo.
No instante anterior, o que eu achava, simplesmente, belo e majestoso foi, então, considerado como morto.
E, no entanto, eu tive que me render à evidência: o que eu observava continuava ali, mas era portador de qualidades diferentes.
Minha introspecção, minha meditação de então me fez levar, prioritariamente, não tanto ao sentido da experiência, que é incomunicável, nem mesmo exprimível em palavras ou por qualquer arte que seja.
Essa experiência, que eu qualifiquei, em seguida, de indizível, não podia ser comunicada de modo algum, porque o que é conhecido, em toda a vida (por exemplo, o modo pelo qual vocês comem), vocês podem exprimi-lo, mas ninguém pode comer em seu lugar, ninguém pode ver através de seus olhos.
No entanto, todo o mundo vê, e todo o mundo come.
E mesmo se as circunstâncias desses atos possam tomar uma cor diferente para cada ser, trata-se, fundamentalmente, dos mesmos atos, das mesmas funções, para todo humano.
Ora, aí, no que acontecia, no que se desenrolava, existia um elemento estritamente desconhecido, que me fez sair, de algum modo, do conhecido.
E, no entanto, ao mesmo tempo vivendo isso, devido à minha qualidade de introspecção, que era a minha, eu apreendi, imediatamente, que jamais eu poderia partilhar essa experiência transcendente; que, jamais, eu poderia, com palavras, partilhar o que eu havia vivido.
Então, eu percebi que a única coisa que era possível, naquele momento (graças a essa faculdade de introspecção). Era descrever, de algum modo, os meios que iam permitir ver além do que era visto, além do Véu, ir do que é conhecido para esse Desconhecido.
E, uma vez que isso era a consequência (para mim, como para todo ser que vive isso), viver a Liberdade, a Autonomia e o que eu chamei, recentemente, a Responsabilidade.
Primeiro, o que eu vivi era completamente independente de qualquer referência a um passado, de qualquer referência à minha própria vivência anterior, de qualquer referência a uma mínima projeção, qualquer que fosse, a um mínimo desejo.
No instante antes, não estava ali.
No instante após, estava ali.
E esse instante de após transformou, radicalmente, o que eu era.
Houve, efetivamente, um antes e um depois.
Do mesmo modo que o traumatismo de perda enorme que eu havia vivido inscreveu-se como um antes e um depois.
Um antes, em que eu nada havia perdido.
E um após, no qual eu tinha o sentimento profundo de perda, de sofrimento, de luto.
Aí, do mesmo modo, saindo desse conhecido habitual, foi-me dado viver – sem buscá-lo, é claro – algo que nada mais tinha a ver com o campo de experiências habituais do humano, seja no comum como no espiritual.
O que era o mais marcante é que, naquele momento, minha relação com o mundo, minha relação com os outros foi, inevitável e radicalmente, transformada.
Tudo o que eu percebia, tudo o que eu vivia tinha uma tonalidade, uma cor, uma impregnação que não correspondiam, absolutamente, a nada do que os sentidos podiam propiciar, ao que o intelecto podia propiciar, ou que as próprias emoções podiam propiciar.
Eu estava, portanto, em face do que eu nomeio, sempre, hoje, esse desconhecido que, é claro, tornou-se minha natureza, como ela está se tornando a sua.
Mas toda a minha vida, devido a esse choque inicial, eu compreendi e apreendi e tentei transmitir, o melhor que eu podia, que esse Indizível, que esse Desconhecido apenas podia manifestar-se e ser – ao mesmo tempo estando sempre aí – a partir do instante em que o conhecido havia desaparecido, inteiramente.
Apreendam, efetivamente, que não era questão de renegar o que quer que fosse, mas, efetivamente, viver algo de diferente, sem procurá-lo, e eu analisei, então, as circunstâncias da inteligência da relação e tentei levar – na maior parte de minhas entrevistas – a consciência de meus Irmãos e Irmãs ao que podia representar, de algum modo, obstáculos na manifestação do que estava aí, de toda a Eternidade, de todos os tempos, mas que, simplesmente, mecanismos específicos, inscritos na pessoa, impediam, literalmente, de ser vivido.
Eu apreendi que toda relação devia ser livre e que toda relação que estava inscrita numa dominação, num poder, numa organização (mesmo a mais lógica: social, espiritual, familiar) não permitiria, jamais, viver isso; que, enquanto existisse a persistência de um conhecido, enquanto a pessoa mantivesse esse conhecido (mesmo em seus aspectos os mais agradáveis, os mais charmosos, os mais amorosos, poder-se-ia dizer), esse Absoluto não podia penetrar ou não podia, de algum modo, deixar-se penetrar por esse Desconhecido.
Eu apreendi, também, que a relação não tinha que ser rompida, que ser negada, que ser denegada, mas, efetiva e realmente (e não há melhor palavra), que ser transcendida.
Enquanto vocês estão confinados numa relação, qualquer que seja, mesmo a mais bela, vocês não podem descobrir o Desconhecido, porque a relação, por essência é, sempre, baseada numa necessidade de confiança, numa necessidade de amor, numa necessidade de certezas.
Mas o conjunto dessas relações não é Livre.
Elas dão a impressão da liberdade, o substituto da liberdade, o substituto do amor, mas elas não lhes permitirão, jamais (em sua realização mais total, mesmo), viver o Desconhecido e viver a Liberdade.
Não há, portanto, relação livre.
A única verdadeira relação é aquela que se estabelece bem além da pessoa, bem além da alma, bem além do espírito, bem além de todo discurso que possa fazê-los crer na existência de relações ente almas, entre espíritos, entre as Dimensões ou entre vocês e quem quer que seja o outro.
Eu vim, naquele momento, para dissolver meu pertencimento a qualquer organização porque, a partir daquele instante, eu apreendi que nenhum movimento, nenhuma organização, nenhum grupo pode realizar isso, porque o conjunto disso não podia inscrever-se em nada de conhecido, nada de organizado, nada de estruturado ou de sistematizado.
O Desconhecido não pode acomodar-se com nada de conhecido.
Enquanto há conhecido, há persistência, nesse mundo, dessa pessoa, qualquer que seja o sabor, quaisquer que sejam as experiências, qualquer que seja, mesmo, o lado agradável ou belo.
O conhecido não conduz, jamais, ao Desconhecido.
É, portanto, justamente, algo de que é necessário desfazer-se e é necessário desfazer-se, já, de toda relação.
Apreendam, efetivamente, que eu não lhes peço, com isso, ou eu não lhes aconselho, de modo algum, para romper ou quebrar qualquer relação que seja, mas, efetivamente, transcendê-la, para além de todo sentido de organização, para além de todo sentido de propriedade ou de apropriação.
A Liberdade, a Autonomia, a Responsabilidade, o Si apenas pode estabelecer-se a partir do instante em que vocês romperam, nos próprios mecanismos de seu pensamento, todos os apegos, a qualquer religião que seja, a qualquer pessoa que seja, a qualquer identidade que seja.
Vocês não podem pretender ser Livres sem Liberar-se, verdadeiramente.
Vocês não podem reencontrar-se a ser Desconhecido estando no conhecido, qualquer que seja.
Quaisquer que sejam os nomes que possam dar diferentes correntes tradicionais e iniciáticas, mesmo em sua precisão de palavras, nada poderá permitir-lhes viver o Desconhecido, enquanto vocês estão no conhecido porque, por definição, nesse mundo, tudo o que lhes é conhecido pertence, necessariamente, a uma reprodução, a um efêmero, a algo que pertence a uma convenção, qualquer que seja.
Convenção que se inscreve, necessariamente, na dependência afetiva, social, familiar e que, jamais, permitir-lhes-á viver a Independência.
Poetas disseram: «Seus filhos não são seus filhos».
É a estrita verdade.
Enquanto existe, em vocês, um sentido de propriedade, um sentido de apego ao que quer que seja, a qualquer conceito que seja, vocês não podem pretender o Desconhecido, a Liberdade e, ainda menos, a Liberação.
Apreendam, efetivamente (e aí está todo o paradoxo ou, se se pode dizê-lo, a aparente dificuldade), que nada há, no entanto, a rejeitar, nada a romper, a não ser em vocês mesmos, ao nível do que vocês concebem, do que vocês creem, de tudo o que foi experimentado.
Nenhum Desconhecido pode revelar-se enquanto vocês estão instalados no conhecido.
Nenhuma Liberdade pode aparecer enquanto vocês mesmos não são Livres.
Ora, a experiência que eu vivi, esse acesso ao que era Vivo, é a Liberdade, porque isso É, de toda a Eternidade, independentemente de qualquer circunstância, independentemente de qualquer olhar, independentemente de qualquer pessoa.
Eu fui, portanto, chamado a exprimir-me, longamente (sob forma de imagens, por vezes), tentando dizer e exprimir que jamais nenhum ser humano poderá fazê-los viver esse Desconhecido (porque é uma diligência pessoal, para além da pessoa); que não podia existir qualquer salvador exterior, que não podia existir qualquer opinião exterior a vocês mesmos e que, a partir do instante em que uma relação estabelece-se (no conhecido, de casal, de professor a aluno), não pode haver Liberdade.
Eu afirmei, portanto, e reafirmo, hoje, que não há qualquer guru, qualquer mestre, qualquer ser que possa conduzi-los à Liberdade e à Liberação.
Há apenas ressonâncias – numa relação a mais livre possível – que podem conduzi-los a reconsiderar o que vocês chamam a liberdade, a liberação, o que vocês chamam o conhecido.
Vocês podem, como diriam outros Anciões, eliminar – sem rejeitar – de sua cabeça, tudo o que é conhecido.
O Desconhecido não pode ali encontrar-se.
Não há, portanto, solução de continuidade, e toda a armadilha da pessoa está aqui: é crer que a Luz, impactando-se nas Estrelas, nas Coroas, vai preenchê-los e vai transformar algo em vocês.
É impossível.
Isso foi uma etapa.
Mas viver a Liberdade e a Liberação é abandonar bem mais do que a pessoa.
É abandonar, mesmo, a Luz que é vivida como exterior.
Ser Luz não é preencher-se de Luz.
Ser Livre não é evocar a Liberdade.
É, já, apreender o que ela não é.
Do mesmo modo, o Absoluto não pode ser compreendido.
Ele pode ser apenas aproximado, através do que ele não é.
Do mesmo modo que houve, em meu choque (que é, também, o choque de cada um), um antes e um depois, há, efetivamente, uma Passagem.
Essa Passagem não pode ser decidida no conhecido.
Ela necessita, além do Abandono à Luz, um Abandono do Si e da pessoa, inteiramente.
O que não é, contudo, um suicídio ou o fato de renegar o que quer que seja, mas, efetivamente, estar numa lucidez nova, aceitar que não pode haver qualquer autoridade, qualquer ser, qualquer guru, qualquer deus, qualquer circunstância que possa conduzi-los ao que vocês São.
É, eu repito, apenas afastando de sua consciência tudo o que é consciente, todas as experiências que, em definitivo, vocês superarão mesmo a consciência do Si, o que desemboca no que nós poderíamos chamar, de diferentes modos, o Tudo, o Absoluto, «Eu e o Pai somos Um», ou, ainda, o Brahman e o Parabrahman ou, se preferem, o fim do conhecido.
Existirá, sempre, em toda relação, um guard-rail.
Esse guard-rail é, sempre, inscrito em relação a uma norma, a uma regra.
Eu afirmo, como afirmava em minha vida, que nenhuma regra, que nenhuma forma, que nenhum limite pode manter-se no Ilimitado.
Que nenhuma definição, que nenhum conceito e que nenhuma percepção, mesmo (habitual, sensorial), pode definir o que não entra em qualquer definição.
E, no entanto, é aí que se tem a Verdade, a Eternidade, e tem-se, exclusivamente, o que vocês São, o que nós Somos.
A Liberdade inscreve-se numa relação totalmente nova, despojada, é claro, de todo apego, de todo papel, de toda função, mesmo, e, sobretudo, de toda vontade inerente à pessoa.
Não há pior obstáculo a essa Liberdade do que a vontade de bem, do que a vontade de organizar, de estruturar essa experiência.
Não há pior obstáculo ao Desconhecido do que o conhecido.
Não há maior resistência do que o que vocês creem ser em seu conhecido: pessoa, vida, experiência, história pessoal, lenda pessoal.
Tudo o que vocês têm, tem a vocês, de maneira inexorável e definitiva.
É preciso, portanto, aceitar, como dizia nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV), soltar, nada mais ter, enfrentar o nada do conhecido para viver o pleno.
Vocês não podem ser preenchidos por qualquer consciência do que deve preenchê-los, ou ser o que vocês São.
A diligência da relação – qualquer que seja essa relação – deve ser concebida como uma diligência de Liberdade e de Liberação total.
O Amor é essa Liberdade.
O Amor é essa Liberação.
Ela não está na projeção do que quer que seja no exterior do ser, mesmo se isso seja sedutor, mesmo se seja tranquilizador, mesmo se possa parecer preenchê-los.
Reflitam: por que, mesmo numa relação comum de casal, haveria necessidade de recomeçar algo que os preencheria de maneira definitiva (seja olhar-se, fazer amor)?
Qualquer que seja o ato que vocês empreendam, com outro ou outro, há, necessariamente, uma reprodução, porque há necessidade, efetivamente, de preencher o que está vazio em vocês.
Ora, vocês preenchem com algo que não os preencherá, jamais.
Nenhuma relação no conhecido, nenhuma relação com outro ser poderá, jamais, preenchê-los, de maneira alguma, porque vocês já estão preenchidos.
Aí está o que poderia aparecer como funesto ou triste.
Como o que é (por exemplo, na paisagem que se desvendou a mim), teria podido não estar ali, no instante antes?
O que mudou foi minha visão, além de toda percepção e de toda visão, mesmo ocular.
Passar do conhecido ao Desconhecido não pode realizar-se enquanto vocês mantêm o que quer que seja de conhecido.
Como diziam alguns ensinamentos no passado: «Se você encontra Buda, mate-o».
O mestre serve apenas para isso: ser morto.
Toda relação é fadada ao fracasso enquanto vocês permanecem no conhecido, mesmo se ela preencha o conjunto de sua vida.
Que restará, no momento da partida?
Que me restou, quando eu perdi, jovem, o que eu tinha de mais caro aos meus olhos: o nada, a aniquilação.
E foi nessa aniquilação que nasceu – enfim, eu acreditei nisso – o que estava ali, de toda a Eternidade.
Portanto, de algum modo, eu transcendi o conhecido, assustado diante do Desconhecido dessa morte que me havia tomado o que eu tinha de mais caro, para descobrir que, de fato, nenhuma relação, no conhecido, podia satisfazer o que quer fosse.
Foi, portanto, naquele momento, de minha responsabilidade, como o é, hoje, atrair sua atenção, sua consciência, que nada do que lhes é consciente, que nenhuma relação presente com outro, ou mesmo no Interior de vocês, nas diferentes partes da pessoa, que nenhuma lógica, que nenhum quadro de referências, que nenhuma ação pode levá-los ao Desconhecido.
A Ação de Graça, esse Casamento Místico realiza-se, em definitivo, apenas com nada mais do que o que se poderia nomear você mesmo, em outro nível (a duplicata, se preferem).
É o momento em que o complexo que foi nomeado, eu creio, inferior (o corpo físico e seus envelopes sutis), casa-se com o complexo, se se pode nomeá-lo assim, para além do conhecido, no Desconhecido, além mesmo do corpo de Existência, além mesmo do Si.
É claro, muitos seres humanos vivem, hoje, o acesso, eu o chamaria assim, ao Si: a realização do Si.
De maneira completamente inesperada, de maneira completamente feliz ou, aí também, por vezes, após um sofrimento.
Mas, mesmo esse Si, qualquer que seja a leveza que ele propicie, não é a Verdade.
A única Verdade é aquela que vocês não podem imaginar, conceber, perceber e nem mesmo sentir.
O Absoluto está além de toda percepção e de toda sensação e, sobretudo, além de toda projeção, de toda relação, porque todas as relações tornam-se não-apego.
O Casamento Místico, assim como eu o vivi, olhando essa paisagem, vai bem além da simples comunhão do que é vivido, mas os faz perceber a ausência total de distância entre o que vocês acreditavam ser anteriormente – uma pessoa – e a própria paisagem.
Eu dizia, em minha vida, àquele que me interrogava sobre essa outra margem, que eu não podia fazê-lo atravessar.
Apenas ele é que podia constatar, por si mesmo, o que era essa outra margem.
É o mesmo, hoje.
Nenhuma afirmação, nenhuma experiência no conhecido – mesmo através do caminho Vibratório, energético, que vocês viveram ou não – pode conduzi-los a essa outra margem.
Porque existe, no que é chamada a vida nesse mundo, na pessoa, qualquer que seja, um princípio no qual não é mesmo questão de discutir a existência, que eu nomearia o princípio de sobrevivência.
Esse princípio de sobrevivência inscreve uma forma de perenidade ilusória nesse corpo.
Se a mão põe-se sobre algo que está quente, independentemente de sua decisão, a mão retira-se para evitar a queimadura.
Esses mecanismos de sobrevivência são perfeitamente conhecidos.
Eles não são, portanto, o Desconhecido, e eles não conduzem, absolutamente, ao Desconhecido, uma vez eu eles são, mesmo, o guard-rail que os impede, de modo muito lógico, de aceder e Ser esse Desconhecido.
A Relação exata é uma relação que se torna impessoal e que é –porque no Si – como no Absoluto.
Não há mais limite, não há mais papel, não há mais função, não há mais organização.
O outro não é visto como outra forma, mas, efetivamente, parte integrante, além de toda visão, desse Desconhecido que nós Somos.
Em todos os tempos, seres renunciaram a esse mundo, esperando encontrar o outro mundo.
Bem poucos ali chegaram, porque renunciar ao mundo é renunciar à vida.
Ora, vocês não podem renunciar à vida, mesmo em seus apegos, negando-a.
Vocês podem apenas transcendê-la, transcendendo, justamente, o que eu nomeei a relação.
A Liberdade e a Verdade são um país ou um território sem qualquer caminho.
É claro, a pessoa que vocês são, que creem ser, vai fazê-los crer, permanentemente, na existência de um caminho, comum, através de seus filhos, do ser amado, através de um amigo.
Ora, não existe qualquer caminho para o Absoluto.
Ele está aí, de toda a Eternidade.
Como o que está aí, de toda a Eternidade, poderia ser procurado ou encontrado, uma vez que já está aí?
Quando nós lhes dizemos que vocês São a Eternidade, que vocês São a Graça, que vocês São a Doação da Graça, não é uma afirmação gratuita ou uma autossugestão que, aliás, para nada serviria, porque aqueles que não o vivem podem apenas gritar sua consternação e sua cólera frente a isso.
Assim é o ego, mesmo repleto de Luz.
Vocês devem, se tal é seu desejo, liberar-se, totalmente, de tudo o que é conhecido, conceber que não há caminho, em definitivo, para aperceber-se de que não há território, de que não há país, de que não há ninguém e de que não há mundo sem, contudo que isso seja uma rejeição do que quer que seja.
O Desconhecido não se importa com o conhecido, mas integra-o.
O Ilimitado não se importa com o limite e, no entanto, o limite apenas pode ser contido no Ilimitado.
Vocês estão, exatamente, na mesma situação.
Vocês estão, exatamente, no mesmo caso e apenas vocês é que podem realizá-lo, aceitando que, estritamente, nada há a realizar.
Isso não é um paradoxo nem uma oposição, ainda menos um antagonismo.
A única relação exata não pode ser estabelecida com uma das partes do Tudo, mas, efetivamente, com o Tudo.
Ora, toda relação com o Tudo, o Absoluto, o Brahman é apenas a realização incondicional desse estado, para além de todo estado, do que está bem além, mesmo, da consciência.
A consciência, em definitivo (qualquer que seja: limitada ou do Si), será apenas, sempre, a expressão de uma simples separação, mais ou menos pronunciada.
Vocês não podem ser separados, de maneira alguma, do que vocês São.
Vocês não podem limitar o que é Ilimitado.
Nenhuma experiência conduzi-los-á a isso.
Não há, aliás, qualquer caminho e, como eu o disse, nenhum território e nenhum país.
Se, contudo, a pessoa que vocês são, se, contudo, o Si que vocês são não pode aceitar, nem mesmo vislumbrar o que eu digo, então, nenhuma importância, porque, aí também, nada há a projetar em qualquer desejo de ser isso, porque vocês o São, de toda a Eternidade.
Nada há, portanto, a desejar, assim como nada há a projetar, assim como nada há a ser.
Há apenas que se estabelecer, de algum modo, no que já está estabelecido.
Nenhuma vida, nenhum conhecido poderia, mesmo, ser vislumbrado sem ser sustentado, contido pelo Amor, pelo Desconhecido.
Frequentemente, o humano fala do amor.
Ele criou, mesmo, religiões, em nome do amor, cujos atos foram a antítese do Amor.
Todo o mundo conhece as relações amorosas, filiais, maternais, mesmo as mais ideais, que terminam, sempre, tragicamente.
Por quê?
Porque a morte, inevitável, faz desaparecer todo laço.
Então, é claro, a alma que se reencarna em outra pessoa vai, por desespero ou por amor projetado, manter esses laços, essas relações, sob outros papéis, sob outras funções, sob outras perspectivas, mas isso não é a Liberdade e não conduzirá, jamais, à Liberação.
Assim, mesmo o carma, o livre arbítrio são uma heresia, uma criação pura da Limitação, do confinamento.
O que vocês São nada conhece de tudo isso; o que vocês São está além de tudo isso.
Não basta conscientizar-se disso, porque isso não pode ser conscientizado, nem percebido, porque, justamente, sempre esteve aí.
Para onde se levam – haviam dito alguns Anciões – sua Intenção e sua Atenção, realiza-se a Consciência do que vocês são ou do que vocês creem ser.
No que concerne ao que foi nomeada a Onda de Vida, e que eu prefiro chamar a Doação da Graça, estritamente, nada há a fazer.
Nada há a querer.
Nada há, tampouco, a esperar.
Há, justamente, que deixar Ser o que É, de toda a Eternidade, sem qualquer intervenção da pessoa, sem qualquer intervenção da emoção, do mental, do julgamento ou de qualquer espiritualidade.
A relação – quando ela é apreendida além de tudo o que pode ser conhecido – liberá-los-á porque, em definitivo, a única relação que pode permanecer e que é Verdade está bem além da relação, tal como ela é compreendida.
Ela é Comunhão, Fusão, Dissolução.
Ela é esse Êxtase ou esse Íntase muito específico, para além do Samadhi, no qual a identidade – tão ferozmente mantida na Ilusão – desaparece.
E, no desaparecimento da Ilusão da identidade, há estabelecimento no Absoluto, no qual, efetivamente (e concretamente, não por projeção, por desejo ou suposição), tudo é UM, porque na mesma Graça, na mesma Onda, na mesma Liberdade.
Apreendam, efetivamente, também, que vocês não podem suprimir qualquer relação existente nesse mundo, mas mudar de olhar, servir-se da Inteligência para apreender que tudo está, inevitavelmente, religado.
Mas não religado numa relação de posse ou de amor, qualquer que seja, mas, efetivamente, como a própria expressão da Natureza do Amor.
Aí está ao que a Terra desperta e revela-se.
Aí está ao que a Doação da Graça convida-os: a Casar-se.
Mas não no casamento com esse corpo ou com outro corpo ou com outra alma ou com outro espírito.
Esse Casamento com o Absoluto restitui-os ao Absoluto.
Ele os restitui à única Verdade: aquela que não está inscrita no tempo e no espaço, aquela que não está inscrita num caminho ou num país ou num território e, ainda menos, em qualquer organização, qualquer que seja.
Enquanto vocês pensam dever pertencer a alguém, a uma organização, a um grupo social, a um grupo humano, vocês não são Livres.
Ser humano é, justamente, escapar, sem renegar, de todo condicionamento, de toda percepção, de toda concepção, refutar tudo o que é conhecido.
Não há outro caminho.
Não há outra possibilidade, doravante, além de Ser o que vocês São, aí onde vocês estão.
Essa Doação da Graça representa o último momento em que, como lhes dizia a Fonte, o Juramento e a Promessa são revelados.
Eles sempre existiram;
Aí onde vocês se têm é o que vocês são.
Agora, olhem, com inteligência, quais são suas relações.
Toda sutileza está aí.
As religiões confinaram-nos num ser exterior que podia salvá-los. Enquanto esses Grandes Seres – e houve muitos, mesmo os maiores deles – disseram, em definitivo, apenas uma coisa (obviamente transformada pelo próprio princípio da organização, qualquer que fosse): que sua essência era o Amor, que vocês não eram desse mundo, mas sobre esse mundo.
Ninguém há a seguir.
Há apenas, eventualmente, que imitar esses Grandes Seres, não pela imitação, mas pela ressonância, de algum modo.
Todos esses seres nada mais exprimiram, jamais, enquanto as organizações, as religiões organizaram a Verdade final à conveniência delas, para manter relações de dependência, de confinamento.
A sociedade realizou exatamente a mesma coisa, seja através de técnicas, através de regras e, mesmo, através de uma relação que, paradoxalmente, chama-se amorosa.
O Amor não pode ser uma projeção do que quer que seja, para com que quer que seja, uma vez que o Amor é a própria natureza do átomo, dos mundos, de toda Dimensão, para além de toda apropriação, para além de toda suposição.
Hoje, a Doação da Graça chama-os, embora a morte não seja exata.
Mas o conjunto de circunstâncias da Terra chama-os.
O Som do Céu, o Som da Terra, os vulcões são apenas o reflexo do que acontece em vocês.
O apelo percebido, tanto no Céu como na Terra, é o apelo da Doação da Graça em vocês.
Apenas o olhar projetado é que vê um mundo.
As lutas que vocês observam nesse mundo são apenas suas próprias lutas.
Tudo o que vocês rejeitariam desse mundo representaria apenas o que, em definitivo, vocês rejeitam de vocês mesmos.
A Doação da Graça é um apelo à Liberdade e à Autonomia, à sua Responsabilidade.
A Doação da Graça é, efetivamente, um gozo permanente.
Esse gozo não se importa com o gozo limitado, uma vez que é um gozo Ilimitado.
O gozo limitado pertence ao âmbito amoroso ou afetivo.
Ele é obrigado, como eu disse, a reproduzir-se sem parar, para dar a impressão de manter-se numa permanência: sejam carícias prodigiosas, um olhar dado, um beijo dado, uma educação de um filho, tudo, e vocês sabem, por vivê-lo, tudo deve ser reproduzido, sem parar, a cada dia, a cada instante.
No início, é claro, com facilidade e evidência e, por vezes, até o fim, mesmo, na mesma evidência.
Mas é apenas a reprodução, é apenas a ilusão do amor.
O verdadeiro Amor, aquele que os faz considerar todos os seus Irmãos como parte integrante de vocês mesmos, porque essa é a estrita Verdade, apenas pode revelar-se – embora sempre estivesse aí – a partir do instante em que vocês aceitam ir além da pessoa.
Eu não falo, portanto, de qualquer narcisismo que visa amar a pessoa, mas, efetivamente, amar o que vocês São, para além da pessoa e, portanto, de qualquer papel: é estar em relação real com a Verdade, e vocês nada mais são do que a Verdade.
Vocês não são o que projetam.
Vocês não serão, jamais, o que creem, idealmente, manter numa permanência, mas vocês são, realmente, essa permanência.
Nada há, portanto, a procurar no exterior, porque não há exterior.
Hoje, a Doação da Graça vai conduzi-los, ou não, a viver – porque essa é sua Natureza – a Doação e a Graça.
Não a doação de um amor, não a doação de si, unicamente, mas bem mais: para além de qualquer consciência, viver a natureza essencial e primordial do que vocês São.
Só o jogo da distância, da separação, do distanciamento, da pessoa fez-nos, a todos, crer que podemos perder algo.
E essa experiência mesmo que, frequentemente, conduz à Eternidade, porque a dor da separação é tal, é tão intensa e indizível que ela pode apenas desembocar no Absoluto, rendendo graças, de algum modo, à própria Graça, pondo fim, então, a toda Ilusão.
Naquele momento, vocês São o Amor.
O mesmo Amor nessa pessoa que vocês não são mais, no átomo, no Sol, no ser dito amado, como no ser chamado de inimigo.
Todas essas denominações não têm mais sentido porque, estritamente, nada mais há a chamar que já não esteja presente no Absoluto.
Hoje, nesse mundo, tudo isso é, eu diria, cada vez mais acessível e cada vez mais evidente.
Em outros termos, não há outro Apocalipse que não esse: enquanto a pessoa vislumbra, de uma maneira ou de outra, um fim, ela se sabe, portanto, finita, ela se sabe, portanto, efêmera.
Aquele que vive essa relação final saiu, definitivamente, dos jogos de papéis, dos jogos de posse, dos jogos de atribuição de papéis ou de poderes, porque não há outro poder que não o poder da Vida, que é Doação de Graça.
Onda de Vida.
Onda do Éter.
Onda de Eternidade.
Não há outro Casamento que não aquele de sua Liberdade.
Não há caminho.
Não há território.
Não há limite.
Se a pessoa que vocês são não pode aceitar (eu digo, efetivamente, não aceitar e não compreender, porque o que eu digo está inscrito além de qualquer compreensão, eu chamei a isso algo que vocês podem apreender em sua essência e não através dessas palavras), então, eu lhes diria, simplesmente, que isso É, de toda a Eternidade, e não se importa com sua opinião, não se importa com sua posição, não se importa com sua adesão ou negação, porque tudo isso não pode alterar, de maneira alguma, o Absoluto.
Se não, em que seria Absoluto e em que seria Final?
Aí está o que, através de minha experiência viva, e através do que eu poderia ser tentado a chamar o que eu represento, hoje, eu podia dizer-lhes.
Penso que o tempo que me era atribuído chega ao seu termo.
Se temos o tempo e se existe alguma interrogação concernente, exclusivamente, ao que eu acabo de enunciar, então, eu os escutarei.
Não temos perguntas. Agradecemos.
Eu lhes proponho um instante.
Esse instante não é dedicado ao acolhimento da Luz, nem mesmo à Onda de vida, mas dedicado, simplesmente, a estar atento.
Um momento de meditação, sem objeto, sem apoio, sem pedido.
Apenas isso.
É meu modo de render graças à sua presença, meu modo de saudá-los e de dizer-lhes até breve.
Eu lhes direi quando isso cessar.
Agora.
... Partilha da Doação da Graça...
Até breve.
___________________
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GRATA CÉLIA!!!!!
ResponderExcluirBJS, PAZ E LUZ
Clarice
Muito Grata!
ResponderExcluirAMOR LUZ!
Namastê!
Já foi dito antes pelos os anciões e pelo Arcanjo Anael: "sejam como o vento (Ar)". Ser o vento é ser livre, o vento não pode ser barrado por qualquer coisa, e o vento não pode barrar qualquer coisa (relações). O vento não se importa pra onde vai, ele simplesmente vai em seu fluxo sem nada reivindicar.
ResponderExcluirÉ isso aí, pela Ação da Graça, estamos chegando lá, ou melhor, estabelecendo o que é e sempre esteve aqui de toda eternidade. Um abraço a todos em uma só Presença.
Caríssimo Luiz Antonio, você citou um dos trechos bíblicos mais expressivos, embora pouco difundido. Então, disse o Cristo a Nicodemus: "O Espírito se assemelha ao vento, por não ter origem e nem destino". Realmente os intervenientes têm reprisado as máximas do Cristo, o que tem qualificado ainda mais este conteúdo do Autres Dimensions. Nicodemus era um doutor da lei mosaica, admirador do Cristo, mas que nada sabia do Espírito, até por ser algo não entendível mas apenas vivível. Este diálogo havido entre o Cristo e Nicodemos, foi marcante demais na minha vida, e por isso, vê-lo citado aqui por você, me levou a fazer esta contextualização. Parabéns por ter feito alusão a conteúdo tão diferenciado. Um abraço, meu Amigo!
ExcluirEste enfoque que trilhou o Irmão "K" em sua encarnação, narrado aqui nesta MSG, é um acréscimo maravilhoso a este conteúdo, em si mesmo, magnífico. Alguns trechos seletos da MSG, embora toda ela seja extraordinária: "Compreendi e apreendi e tentei transmitir, o melhor que eu podia, que esse Indizível, que esse Desconhecido apenas podia manifestar-se e ser – ao mesmo tempo estando sempre aí – a partir do instante em que o conhecido havia desaparecido, inteiramente <> Apreendi que toda relação devia ser livre e que toda relação que estava inscrita numa dominação, num poder, numa organização (mesmo a mais lógica: social, espiritual, familiar) não permitiria, jamais, viver isso <> Enquanto existisse a persistência de um conhecido, enquanto a pessoa mantivesse esse conhecido (mesmo em seus aspectos os mais agradáveis, os mais charmosos, os mais amorosos, poder-se-ia dizer), esse Absoluto não podia penetrar ou não podia, de algum modo, deixar-se penetrar por esse Desconhecido <> A única verdadeira relação é aquela que se estabelece bem além da pessoa, bem além da alma, bem além do espírito, bem além de todo discurso que possa fazê-los crer na existência de relações ente almas, entre espíritos, entre as Dimensões ou entre vocês e quem quer que seja o outro <> Eu vim, naquele momento, para dissolver meu pertencimento a qualquer organização porque, a partir daquele instante, eu apreendi que nenhum movimento, nenhuma organização, nenhum grupo pode realizar isso, porque o conjunto disso não podia inscrever-se em nada de conhecido, nada de organizado, nada de estruturado ou de sistematizado <> O Desconhecido não pode acomodar-se com nada de conhecido. Enquanto há conhecido, há persistência, nesse mundo, dessa pessoa, qualquer que seja o sabor, quaisquer que sejam as experiências, qualquer que seja, mesmo, o lado agradável ou belo <> Enquanto existe, em vocês, um sentido de propriedade, um sentido de apego ao que quer que seja, a qualquer conceito que seja, vocês não podem pretender o Desconhecido, a Liberdade e, ainda menos, a Liberação <> Viver a Liberdade e a Liberação é abandonar bem mais do que a pessoa. É abandonar, mesmo, a Luz que é vivida como exterior <> Ser Luz não é preencher-se de Luz. Ser Livre não é evocar a Liberdade. É, já, apreender o que ela não é <> O Absoluto não pode ser compreendido. Ele pode ser apenas aproximado, através do que ele não é <> Essa Passagem não pode ser decidida no conhecido. Ela necessita, além do Abandono à Luz, um Abandono do Si e da pessoa, inteiramente <> A Liberdade inscreve-se numa relação totalmente nova, despojada, é claro, de todo apego, de todo papel, de toda função, mesmo, e, sobretudo, de toda vontade inerente à pessoa <> Não há maior resistência do que o que vocês creem ser em seu conhecido: pessoa, vida, experiência, história pessoal, lenda pessoal <> Tudo o que vocês têm, tem a vocês, de maneira inexorável e definitiva <> E foi nessa aniquilação que nasceu – enfim, eu acreditei nisso – o que estava ali, de toda a Eternidade <> A única Verdade é aquela que vocês não podem imaginar, conceber, perceber e nem mesmo sentir <> A Relação exata é uma relação que se torna impessoal e que é – porque no Si – como no Absoluto <> A Liberdade e a Verdade são um país ou um território sem qualquer caminho. Ora, não existe qualquer caminho para o Absoluto. Ele está aí, de toda a Eternidade <> Frequentemente, o humano fala do amor. Ele criou, mesmo, religiões, em nome do amor, cujos atos foram a antítese do Amor <> Há, justamente, que deixar Ser o que É, de toda a Eternidade, sem qualquer intervenção da pessoa, sem qualquer intervenção da emoção, do mental, do julgamento ou de qualquer espiritualidade". Por ter sido esta a minha maior ressonância nos meus tempos de busca, explicado estar este meu estender-me. Grato Célia pela tradução tão brilhante!!!
ResponderExcluir"A Relação - quando ela é apreendida além de tudo o que pode ser conhecido - libera-los-á porque, em definitivo, a única relação que pode permanecer e que é Verdade está bem além da relação, tal como ela é apreendida.
ResponderExcluirEla é Comunhão, Fusão, Dissolução.
Ela é esse Êxtase ou esse Íntase muito específico, para além do Samadhi, no qual a identidade - tão ferozmente mantida na Ilusão - Desaparece. E, no desaparecimento da Ilusão da Identidade, há estabelecimento no Absoluto, no qual, efetivamente, tudo é UM, porque na mesma Graça, na mesma Onda, na mesma Liberdade.
"Apreendam, efetivamente, também, que vocês não podem suprimir qualquer relação existente nesse mundo, mas Mudar o Olhar, servir-se da Inteligência para apreender que tudo está, inevitavelmente, Religado. Mas não religado numa relação de posse ou de amor, qualquer que seja, mas, efetivamente, como a própria expressão da Natureza do Amor.
"Aí está ao que a Terra Desperta e Revela-se.
Aí está ao que a Doação da Graça convida-os: a Casar-se.
"Mas não no casamento com esse corpo ou com outro corpo ou com outra alma ou com outro Espírito. Esse Casamento com o Absoluto Restitui-os ao Absoluto. Ele os Restitui a Única Verdade.
"A única relação exata não pode ser estabelecida com uma das partes do Tudo, mas, efetivamente, com o Tudo. Toda relação com o Tudo, o Absoluto, o Brahman é apenas a Realização Incondicional desse Estado, para além de todo estado, do que está bem além, mesmo, da consciência.
"O verdadeiro Amor, aquele que os faz considerar todos os seus Irmãos como parte integrante de vocês mesmos, porque essa é a estrita Verdade, apenas pode revelar-se a partir do instante em que vocês aceitam ir Além da Pessoa. Amar o que vocês São para Além da Pessoa e, portanto, de qualquer papel: é estar em Relação Real com a Verdade, e vocês nada mair são do que a Verdade."
"Naquele momento, vocês São o Amor."
"Não há outro Casamento que não aquele de sua Liberdade."
Um abraço a todos.