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31 de mar. de 2012

IRMÃO K – 31 de março de 2012

Mensagem publicada em 01 de abril, pelo site Autres Dimensions.


Áudio da Mensagem em Francês

Link para download: clique aqui

Eu sou IRMÃO K.
Irmãos e Irmãs, eu lhes apresento todos os meus respeitos e ofereço-lhes todo o meu Amor.

O próprio sentido de minha vinda, hoje, inscreve-se, de algum modo, na prolongação de tudo o que eu pude dizer, há algum tempo, concernente, tanto à experiência de meu acesso ao Absoluto, inicial, como ao conjunto de elementos que eu lhes comuniquei, concernente, tanto ao eixo ATRAÇÃO-VISÃO como à Liberdade, à Autonomia, à Responsabilidade.

Sendo dada a presença da Onda de Vida, vamos tentar, juntos, não dar-lhes outros conceitos ou outros elementos, mas, bem mais, tentar apreender o que representam esses conceitos – além de qualquer explicação – portados pela Onda de Vida, portados pela Graça e, se possível, fazê-los penetrar, ainda mais, e passar essa Porta Estreita.
Passar, como eu o disse, do conhecido ao Desconhecido, passar a essa outra Margem.

Muitos elementos, desde alguns meses, foram-lhes comunicados.
Vocês observaram, talvez, eles vão, todos, ao mesmo sentido e tendem, de algum modo, a uma uniformização que está em ressonância direta com nossa presença entre vocês e em vocês, devido, mesmo, ao nascimento do que foi chamada Onda de vida ou Onda da Graça ou Doação da Graça.

O que eu lhes proponho, portanto, é uma conversa.
Essa conversa supera, amplamente, uma simples explicação, um simples aprofundamento, mas, bem mais, um destaque de uma lógica, um destaque da certeza da Unidade e do Absoluto.
E, para isso, nós continuaremos nos termos que eu tive o prazer de desenvolver-lhes.

Esses termos são limitados.
Eles são as palavras Atração, Visão, Liberdade, Autonomia, Responsabilidade, entre outras.
Porque é perfeitamente possível, qualquer que seja a presença da Onda de Vida, hoje, no próprio desenrolar de sua vida a mais comum e a mais simples, apreender o que representam essas palavras, além de seu sentido comum.

É claro, a Liberdade, por exemplo, representará, sempre, para um ser humano na carne, algo que é procurado.
De fato, raros são os humanos que desejariam estar confinados e recusariam a liberdade.
Mas, eu repito, de qual liberdade falamos?
É a liberdade daquele que está na prisão e a liberdade de deslocar-se de uma parede à outra?
Ou é a Liberdade daquele que não conhece qualquer prisão, qualquer limite aos seus passos, qualquer limite à sua própria consciência?

Essas conversas inscrevem-se, também, num mecanismo específico nomeado, na tradição do Advaïta Vedanta, Satsang, ou seja, a capacidade para portar, diante da consciência, os elementos a resolver para, justamente, além do intelectual e do mental e do aspecto reflexivo, tocar o sentido primeiro da palavra.
E, portanto, é um apelo, de algum modo, a transcender a própria palavra, ir além do que é conhecido, para ir ao desconhecido da palavra, bem além da atividade do mental.

Assim, portanto, eu lhes proponho começar, a partir de hoje, isso.
De fato, o conjunto do que devia ser-lhes dado, comunicado, já o foi, nós o dissemos.
Resta, hoje, se vocês o aceitam, simplesmente, tornar-se essa última Verdade, essa única Verdade, essa graça e esse Êxtase que é, eu os lembro, totalmente independente de qualquer crença, de qualquer certeza, de qualquer suposição, de qualquer história e de qualquer linearidade.
Esse é o próprio princípio da transcendência.

Nós tentaremos, juntos, progressivamente, também, convidar, através de minhas palavras e através de sua escuta, a Onda de Vida a aparecer.
Alguns elementos poderão parecer-lhes repetitivos; não é nada disso.
Previamente à minha resposta a uma determinada questão, eu deixarei alguns instantes, a fim de que instalemos, em cada um de nós, a Onda de Vida, como um partilhar, uma Comunhão além de qualquer comunhão, que permite, também, progredir, se isso é possível, para mais Simplicidade, para a Autenticidade a mais humilde.
Tocar, de algum modo, esse indizível, bem além das palavras, pronunciadas.

Eu os convido, portanto, a inaugurar isso.
Permaneçamos, se efetivamente quiserem, nas palavras que eu pronunciei, ou que giram, em todo caso, através dessas noções e dessa vivência.

Nós nos escutamos, uns aos outros.

Questão: que acontece quando pessoas implicam com outra e fazem-lhe mal?
 
Apenas há algoz e vítima numa concepção dualista e dualitária na qual se exprime, justamente, o princípio inexorável inscrito na dualidade, chamada o Bem e o Mal.
Crer que o bem – ou supor – provoca apenas o Bem ou que o Mal provoca apenas o Mal é totalmente absurdo.

Vocês têm sob os olhos, a cada dia, Irmãos, Irmãs que cultivam o Mal, que aplicam o Mal e recolhem uma forma de Bem, sob forma de vantagens, sob forma de dinheiro, sob forma de retribuição.

Nada existe de mais absurdo que o Bem e o Mal, porque o Bem e o Mal estão, sempre, inscritos numa referência conhecida.
Quer essa referência conhecida chame-se sociedade, regra civil ou regra moral, elas não são oriundas de uma espontaneidade do ser, mas, efetivamente, de um condicionamento, de uma ação e de uma reação da qual ninguém conhece o início e que não conhecerá qualquer fim.
Ao nível espiritual, isso foi chamado o livre arbítrio, o sentimento de que cada um é responsável por seus atos e que ele colherá, precisamente, o que semeou.
Nada é mais falso.

O mundo do carma pertence à personalidade.
O mundo da Graça pertence ao Absoluto.
Querer, portanto, elucidar o que acontece para uma pessoa, na dualidade, pode ser encarado como satisfatório para o mental, mas não poderá liberar o ser que está sujeito, que sofre isso ou que se aproveita disso, porque a ação e a reação inscrevem-se, de maneira perpétua, na ação e na reação.

Não pode existir fim à ação e à reação.
Mesmo os ensinamentos focados na observação da ação/reação conduziram, efetivamente, à própria negação da ação/reação, como possibilidade de ser finalizada e não mais existir.
A ação/reação é, portanto, perpétua.
Ela não é infinita, o único infinito é, é claro, a ação de graça, a Liberdade, e não o livre arbítrio.
O livre arbítrio é, portanto, uma visão pessoal, inscrita na personalidade e inscrita, em definitivo, no Bem e no Mal.

Para o Absoluto, não existe nem Bem nem Mal, porque o Bem e o Mal são apenas as consequências da dualidade, da lei de carma e que, jamais, a lei de carma não pode ser concluída.
Aliás, os seres que viveram, não o despertar ao Si, mas que se tornaram Liberados vivos, denunciaram, todos, não a realidade do livre arbítrio, a não realidade da livre escolha.
Crer que há uma escolha é próprio do ego.
Crer que, agindo de tal modo, vai-se liberar de alguns sofrimentos, é próprio do ego.

É claro, esse mundo, em si mesmo, requer, sempre, uma solução no mundo.
Mas qual solução vocês querem encontrar?
Aquela que os mantêm nesse mundo?
Ou aquela que lhes dá a Paz e aquela que lhes dá a eternidade?
Não pode ser as duas, indiscutivelmente.

Assim, querer procurar por que tal pessoa vive o Mal ou por que tal pessoa vive o Bem faz apenas reforçar a ilusão do livre arbítrio e mantêm-nos nos condicionamentos.

O Absoluto não conhece qualquer condicionamento.
Ele é verdadeira Liberdade e Liberdade total, que não se inscreve, jamais, no livre arbítrio, que é, indiscutivelmente, eu repito, do domínio da personalidade e não da Unidade.
E, ainda menos, do Absoluto.

Isso os chama, portanto, a um reposicionamento.
A vítima tem necessidade de seu algoz.
O algoz tem necessidade de sua vítima.
Pouco importam as razões, porque as razões estão inscritas numa sequência lógica de ações/reações, que nada tem de lógico, mas que mantém a aparência de uma coerência, a aparência de uma possibilidade de solução, o que, é claro, é estritamente impossível.

O que eu digo engaja-os a mudar de olhar, a mudar de posicionamento, a não mais considerar-se nem como vítima, nem como algoz, nem como salvador, mas, efetivamente, a superar e transcender o conjunto dessas condições, a fim, justamente, de não mais estar condicionado e, sobretudo, não mais ser condicionador para os seres que vocês frequentam, que vocês criam, que vocês educam, dos quais vocês têm o encargo.
Porque o homem sujeito à dualidade vai educar.
Ora, a educação é tudo, exceto a Liberdade.

A educação é apenas fazer entrar num molde, fazer entrar num mecanismo de funcionamento, quer essa educação seja aquela da escola ou, mesmo, uma educação dita espiritual.
Ela os mantêm, de maneira inexorável, na dualidade, no Bem e no Mal, dando-lhes a buscar um bem, para fugir de um mal, sem, jamais, é claro, poder dele sair.
Essa é a armadilha a mais bem sucedida para a consciência.

Vocês querem viver a armadilha?
Vocês querem viver a Liberdade?
Cabe a vocês decidir.

A própria formatação de seu mental deve, de maneira a mais evidente possível, conduzi-los a sair desse autocondicionamento, dessa lei de ação/reação.
Essa mudança de posicionamento não é uma negação da ação/reação, mas, efetivamente, o acesso a algo diferente, cujos efeitos são reais, palpáveis.
Cabe a vocês decidir, como sempre.

O que os tranquiliza, no limitado, será, sempre, o condicionamento.
A Liberdade não conhece qualquer condicionamento.

Questão: colocar a atenção sobre a Onda de Vida permite desenvolvê-la?

Não.
Permitia torná-la mais consciente, mas, certamente, não desenvolvê-la.
Tomar consciência de um mecanismo, qualquer que seja, nesse mundo e nessa dualidade, é completamente outra coisa.
Enquanto eu não atraio sua atenção sobre a posição de seu pé, você não tem consciência de onde está seu pé.

Há, portanto, uma mudança de atenção e uma mudança de polaridade.
Portar uma atenção ou uma consciência a uma zona desse corpo, além do que foram nomeadas Estrelas ou Portas, mais precisamente, agora, sobre a Onda de Vida, é uma primeira etapa que é chamada a ser substituída, muito rapidamente, por uma ausência de identificação ao observador, ao testemunho, mas a tornar-se, si mesmo, o que era, preliminarmente, observado e, assim, identificado.

A Onda de Vida não se importa com sua vontade.
A Onda de Vida não se importa com sua presença numa consciência, qualquer que seja, quer ela seja Turiya, quer seja aquela do sonho, do sono ou da consciência comum, uma vez que o Absoluto e a Onda de vida são apenas os testemunhos deles mesmos e de nada de conhecido e de nada de sistematizável, para vocês, nesse mundo.

É um momento em que é necessário passar do observador, daquele que observa isso, para aquele que não é mais aquele, mas que se torna, efetivamente, isso.
Passar, portanto, de algum modo, do «eu sou» (ou do Si) para «Eu sou Isso» (ou ao não Si).
Não há outro modo de sair do quadro que conhecendo esse quadro e, de algum modo, dele apreendendo, após ter apreendido, que ele não tem qualquer existência própria, exceto, justamente, nos quadros que foram definidos por vocês ou pelo conjunto de consciências chamadas «humanidade».

Povos nativos falam, para isso, do tempo do sonho e consideram, com justa razão, que o conjunto de vidas que nós levamos, nesse âmbito da dualidade, é apenas um sonho do qual será, efetivamente, necessário sair um dia.

E, para sair do sonho, é necessário, efetivamente, saber que vocês estão sonhando.
Isso remete, é claro, também, à Caverna de Platão; isso remete, é claro, a Maya; isso remete, inexoravelmente, à noção de Transcendência, de morte e de vida.

Após ter sido o observador ou o testemunho, vocês apreenderão que não há nem observador nem testemunho, nem observação nem observado.
Naquele momento, vocês se tornarão o conjunto de proposições, sem excluir nenhuma.

Aí está o Absoluto: «Eu sou isso».
Há, portanto, uma espécie de descontinuidade, total, entre essa Margem e a outra Margem.
Uma descontinuidade total entre o Bem, o Mal e o Absoluto.
Vocês devem, efetivamente, passar da posição do observador – ou da testemunha – para a ausência total de observação.

Ora, a observação é possível apenas através da consciência.
É nesse sentido que o Absoluto não é consciência.
Para que haja observação, é necessário que haja, de algum modo, projeção da consciência num limitado e identificação a esse limitado.

Questão: sentir, simplesmente, a Onda de Vida, permite, justamente, identificar-se a ela?

A identificação necessita de um processo, eu repito, de projeção.
A Onda de Vida é sua natureza e nossa natureza, nossa essência, nosso aspecto Imanente e transcendente, que é a Totalidade, nomeada Parabrahman, bem além da Unidade, bem além de todo princípio.
Isso volta a dizer que não existe nem mundo, nem pessoa, nem objeto, nem sujeito.

O sentir é da observação.
O que se produz, independentemente de sua própria observação.
O que se produz, independentemente de sua própria participação.
E, obviamente, o momento em que, mesmo isso, é solto, é o momento em que vocês não podem mais sentir, em verdade, nem ignorar, tampouco.

Essa identificação final faz de vocês o Absoluto.
O Absoluto que, pela mudança de posição, além de toda consciência, tira-os de todo limite, de toda limitação, de todo confinamento, de toda condição e, sobretudo, de toda pessoa.
Ou vocês são o conjunto de pessoas, ou vocês não são ninguém.
Mas vocês não são mais essa pessoa.
Ainda menos, esse indivíduo.
Embora haja persistência de uma forma, embora haja persistência de uma pessoa e de um indivíduo, vocês não são mais esse indivíduo e essa pessoa, assim como vocês não são, especificamente, outra pessoa nem outro indivíduo.
Mas vocês são a soma – e não unicamente a soma – de todos os indivíduos, de todas as pessoas.

Lembrem-se: vocês não podem definir o Absoluto.
Vocês podem apenas apreender, depois refutar o que é efêmero.
O Absoluto não pode, jamais, ser efêmero.
Assim, portanto, a própria vida, inscrita entre o nascimento e a morte, não pode ser a Verdade.
É uma crença.

Do ponto de vista daquele que vive esse corpo, isso é certeza e verdade e, aliás, a única verdade, demonstrável pela lei de ação/reação.
Mas, para o Absoluto, isso é tudo, exceto uma prova, mas, efetivamente, uma negação do Absoluto.
Vocês São o que São, de toda a Eternidade, antes de tomar um corpo e antes de deixar um corpo ou após.

Viver a consciência disso é viver a Onda de Vida.
Abandonar isso é tornar-se a Onda de Vida, não como um nascimento, mesmo se, efetivamente, nós falamos de Renascimento ou de Ressurreição, mas, efetivamente, um ato fundador do Final.
O mecanismo não é intelectual, nem mesmo mental, mas é, efetivamente, um mecanismo transcendental, no qual, de repente, de um único golpe, após algumas experiências, mais ou menos longas, mais ou menos intensas, vocês se instalam no Absoluto.
Não como uma crença, mas, efetivamente, como a única evidência possível que, qualquer que seja a evolução desse corpo, qualquer que seja a evolução desse mundo, qualquer que seja a evolução do conjunto de Dimensões, do conjunto de consciências e do conjunto de Presenças, vocês continuarão, para sempre, esse Absoluto.
Não existe qualquer ponte, para levá-los do conhecido ao Desconhecido, dessa Margem à outra Margem.
Apenas o desaparecimento dessa margem, totalmente, é que os transporta, por Transcendência, à Verdade.
Não há mais conceito, não há mais percepção, não há mais ideia, não há mais pensamento, não há mais sentido, mesmo, de «eu sou».
Não há mais Presença.
Não há, aliás, mais consciência.

A Onda de Vida – testemunho e marcador do nascimento disso – é inexorável (como foi dito) e irreversível, nesse tempo da Terra, se tal é seu desejo.
E seu desejo está aí, além de qualquer vontade, a partir do instante em que a Onda de Vida é instalada ao nível dos dois primeiros chacras.
Vocês venceram a morte, vocês venceram o nascimento, vocês venceram a Ilusão, mas isso não é um combate.
É, de algum modo, um relaxamento total do que vocês pensavam ter ou deter.
Nada há a pedir
Nada há, sobretudo, a vencer.
Há apenas a ser isso, porque vocês são isso.

Questão: como saber se a Onda de Vida atingiu os dois primeiros chacras?

Pelas percepções, localmente, ao nível do que se nomeia o peristaltismo do períneo, que se faz de maneira automática.
Essa oscilação de contração-dilatação, essa lufada assimilável a um êxtase ou gozo sexual intenso, mas que não depende de qualquer causa, de qualquer pessoa, de outra coisa além dela mesma.
Naquele momento, o Absoluto torna-se na ordem do possível.
Ele se torna sua Verdade, a única.
É por isso que isso se produz de maneira mais natural nos momentos em que vocês estão deitados, nos momentos em que estão relaxados, nos momentos em que dormem, em suas noites (de maneira preferencial, mas não unicamente).
Porque é nesses momentos, nessa posição deitada (que é, portanto, o inverso da posição em pé), nessas noites (que são, portanto, o inverso de seus dias), nesse espaço em que não pode existir outra coisa que não um sonho, em que o mental não tem mais tomada, em que as emoções não têm mais tomada (porque vocês não estão mais presentes a si mesmos no ego), que isso pode concretizar-se para vocês.
E, no entanto, isso sempre esteve aí.

Questão: viver experiências sensuais, em sonho, tem uma relação com a Onda de Vida?

Inteiramente, transcendendo todos os tabus, todos os condicionamentos, toda noção de personalidade, toda noção de posse.
Quer isso lhes concirna consigo mesmos, com qualquer projeção, com qualquer ser.
É, efetivamente, por isso que o conjunto de religiões, sem exceção alguma, o conjunto de tradições ocultaram essa noção de sexualidade.
Eu não quero dizer, com isso, que o ato sexual leva à graça, mas que, inegavelmente, como eu disse, isso procede da mesma natureza, da mesma vida, além da vida.
Mas, para isso, é preciso que todo o peso do pecado, todo o peso do proibido em relação com a morte, o nascimento e a sexualidade tenha sido, anteriormente, totalmente transcendido, não por uma ascese, mas, bem mais, pela própria Luz Vibral, que inverteu as energias dos dois primeiros chacras pelo despertar de uma das Coroas Radiantes na qual, eu os lembro, a Luz Adamantina, a Radiação do Ultravioleta e do Espírito Santo vieram transmutar, em parte, a ação das energias encarnantes dos primeiro e segundo chacras, privados da sobrevida.

Inegavelmente, há uma relação – mais do que formal e mais do que forte – entre esses sonhos ou essas manifestações que eu qualificaria de pseudo sexuais, porque é o mesmo mistério.
O que explica, aliás, que todos os tabus e os proibidos, todos os desejos, todas as perversões como todas as felicidades giram, para a maior parte da humanidade, em torno disso.
Mas desviados, alterados, amputados.

Reencontrar a androginia primordial, reencontrar a bipolaridade, bem além de sexos faz parte, é claro, da concretização ou da revelação do que sempre esteve aí, ou seja, a Onda de Vida.
E o momento em que o Céu desposa a Terra e em que a Terra desposa o Céu.
É claro, é um Casamento, é uma União.
Mas essa União, contrariamente ao casamento humano ou à sexualidade humana, é transcendente.
Ela libera de todo quadro, de todo confinamento, de toda relação e de toda condição.
Esse Êxtase é, realmente, nossa natureza, a própria natureza da vida, a própria Essência da vida, em toda Dimensão, sem qualquer exceção.

A violência, o Bem e o Mal, a morte e o nascimento são, em definitivo, apenas a negação desse Êxtase.
Para nada serve procurar os fundamentos ou os atos fundadores dessa negação, porque seria ali atribuir peso, mesmo se, a um dado momento, nós lhes tenhamos dado explicações sobre a natureza da Sombra e a natureza da Luz, sobre a própria natureza da falsificação e dos dados históricos.
Hoje, isso não é mais verdadeiro ou menos verdadeiro, mas é, simplesmente, transcendido pela própria Onda de Vida e pela própria Terra.

Em outros lugares que não sobre esse mundo, em todas as Dimensões, há Fusão, há Comunhão, há Dissolução, há deslocalização e multilocalização que, obviamente, a personalidade vai poder chamar sexualidade, mas que, obviamente, estritamente, nada tem a ver com um ato sexual, mesmo se é vivido assim, uma vez que há, realmente, transcendência da carne.
Mesmo se isso é vivido na Existência, como nessa carne, isso se faz sem a carne, naturalmente.

É claro, estando encarnados, alguns podem realizá-lo na carne, uma vez que, de qualquer modo, conseguiram transcender o tabu final da humanidade, através, justamente, do nascimento, da morte, da procriação e da sexualidade.

Alguns seres chamados «Mestres», no Século XX e bem antes, tentaram, por pequenos toques, falar-lhes disso.
Mas, enquanto a personalidade apropria-se disso, isso continuará apenas sexualidade, mas não se tornará, jamais, a Onda de Vida.
A sexualidade sagrada não é um ato sexual, mas é um ato de União mística entre as duas polaridades Interiores do Ser, como de todo ser que reencontra outra Consciência, sem referência a uma polaridade sexual.
Dito diferentemente, em outras Dimensões, vocês passam a vida, a Eternidade, como um semblante de efêmero, a comungar no Êxtase.
Mais perto de vocês, sobre esta Terra, existem mamíferos marinhos, que vivem em terceira Dimensão, mas Unificada – eles são os Guardiões da Terra – e como por acaso, a única atividade deles, além da nutrição, é o jogo e o amor, em todas as suas formas.
Isso é inconcebível para o ser humano, devido mesmo ao confinamento, no qual as próprias regras dessa carne, os condicionamentos dessa carne, através das idades, através das diferentes etapas da vida, não permite realizar isso.

Questão: a Onda de Vida é chamada a subir mais alto do que o chacra cardíaco?

Sim.
Ela gira por toda a parte.
Nos ensinamentos, aliás, do budismo sagrado inicial, a Onda de Vida sobe pelos pés, da terra, aparece ao nível do Sahasrara ou sétimo chacra, para jorrar como Vajra.
E daí, aliás, vem o nome do Vajrayana.

Da união, como isso já foi nomeado, da Prakriti e Purusha: a união de complementares e opostos.
Mas o objetivo não é, unicamente, sair pela cabeça, não unicamente instalar-se no Coração, mas, efetivamente, realizar a alquimia Final que conduz ao Absoluto, seja com essa forma, sem essa forma, chamada o corpo.
Mas isso não terá mais, definitivamente, importância alguma, uma vez que aquele que está instalado em sua natureza, no Parabrahman, sabe que esse corpo é ilusório e efêmero.
Ele não o rejeita, não o condena, mas sabe que ele desaparecerá, sem qualquer apreensão, sem qualquer angústia, sem qualquer luto.

A Criação, como o Incriado, ou como a a-criação é, em definitivo, um ato sagrado.
Esse ato é, antes de tudo, um ato de interpenetração rebaixado, ao nível do humano, como sexualidade.

Questão: quando se vive a Liberdade, ela pode exprimir-se recusando estabelecer-se no Absoluto?

Sim, porque vocês são, inteiramente, Livres.
E essa Liberdade não é uma recusa.
O Absoluto não será, jamais, um objetivo nem uma etapa.
É a Verdade.
Mas reconhecer a Verdade, viver a Verdade não passa, necessária e obrigatoriamente, pelo desaparecimento terminal ou final de qualquer individualidade.
Vocês são o que São, antes de nascer, ou após morrer.
E isso está presente, de toda a Eternidade, de todos os tempos e de todo espaço, de toda Dimensão.
Vocês são isso.

Não temos mais perguntas. Agradecemos.
Irmãos e Irmãs, agradeço nossas trocas.
Eu lhes proponho – e eu nos proponho – um partilhar da Graça.
Eu lhes digo até breve, no Amor e na Verdade.
Juntos, partilhemos.

... Partilhar da Doação da graça...

IRMÃO K ama-os, porque vocês são Amor.
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2 comentários:

  1. A MSG seria 100% COROÁVEL, mas, apenas por puro deleite, eis algumas preciosidades: "1 - De qual liberdade falamos? É a liberdade daquele que está na prisão e a liberdade de deslocar-se de uma parede à outra? Ou é a Liberdade daquele que não conhece qualquer prisão, qualquer limite aos seus passos, qualquer limite à sua própria consciência? 2 - Ao nível espiritual, isso foi chamado o livre arbítrio, o sentimento de que cada um é responsável por seus atos e que ele colherá, precisamente, o que semeou. Nada é mais falso. O mundo do carma pertence à personalidade. 3 - Querer, portanto, elucidar o que acontece para uma pessoa, na dualidade, pode ser encarado como satisfatório para o mental, mas não poderá liberar o ser que está sujeito, que sofre isso ou que se aproveita disso, porque a ação e a reação inscrevem-se, de maneira perpétua, na ação e na reação. 4 - Os seres que viveram, não o despertar ao Si, mas que se tornaram Liberados vivos, denunciaram, todos, não a realidade do livre arbítrio, a não realidade da livre escolha. 5 - Crer que há uma escolha é próprio do ego. Crer que, agindo de tal modo, vai-se liberar de alguns sofrimentos, é próprio do ego. 6 - Esse mundo, em si mesmo, requer, sempre, uma solução no mundo. Mas qual solução vocês querem encontrar? Aquela que os mantêm nesse mundo? Ou aquela que lhes dá a Paz e aquela que lhes dá a eternidade? Não pode ser as duas, indiscutivelmente. 7 - Assim, querer procurar por que tal pessoa vive o Mal ou por que tal pessoa vive o Bem faz apenas reforçar a ilusão do livre arbítrio e mantêm-nos nos condicionamentos. 8 - A vítima tem necessidade de seu algoz. O algoz tem necessidade de sua vítima. 9 - A educação é apenas fazer entrar num molde, fazer entrar num mecanismo de funcionamento, quer essa educação seja aquela da escola ou, mesmo, uma educação dita espiritual. 10 - O que os tranquiliza, no limitado, será, sempre, o condicionamento. A Liberdade não conhece qualquer condicionamento. 11 - Portar uma atenção ou uma consciência a uma zona desse corpo... É uma primeira etapa que é chamada a ser substituída, muito rapidamente, por uma ausência de identificação ao observador, ao testemunho, mas a tornar-se, si mesmo, o que era, preliminarmente, observado e, assim, identificado. 12 - A Onda de Vida não se importa com sua vontade. A Onda de Vida não se importa com sua presença numa consciência, qualquer que seja, quer ela seja Turiya, quer seja aquela do sonho, do sono ou da consciência comum, uma vez que o Absoluto e a Onda de vida são apenas os testemunhos deles mesmos e de nada de conhecido e de nada de sistematizável, para vocês, nesse mundo. 13 - É um momento em que é necessário passar do observador, daquele que observa isso, para aquele que não é mais aquele, mas que se torna, efetivamente, isso. 14 - Isso volta a dizer que não existe nem mundo, nem pessoa, nem objeto, nem sujeito. 15 - Não existe qualquer ponte, para levá-los do conhecido ao Desconhecido, dessa Margem à outra Margem. Apenas o desaparecimento dessa margem, totalmente, é que os transporta, por Transcendência, à Verdade".

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  2. "A Onda de Vida não se importa com sua vontade. A Onda de Vida não se importa com sua presença numa consciência, ... uma vez que o Absoluto e a Onda de Vida são apenas os testemunhos deles mesmos.
    "Vocês devem efetivamente, passar da posição do observador - ou da testemunha - para a ausência total de observação.
    Ora, a observação é possível apenas através da consciência. É nesse sentido que o Absoluto não é consciência. Para que haja observação, é necessário que haja, de algum modo, projeção da consciência num limitado e identificação a esse limitado.
    "É necessário passar do observador, daquele que observa isso, para aquele que não é mais aquele, mas que se torna, efetivamente, isso.
    Passar, portanto, de algum modo, do << eu sou >> ( ou do Si ) para << Eu sou Isso >> ( ou ao não Si ).
    "Aí está o Absoluto: << Eu sou Isso >>.
    "A identificação necessita de um processo, eu repito, de projeção.
    A Onda de Vida é sua Natureza e nossa Natureza, nossa Essência, nosso aspecto Imanente e Transcendente, que é a Totalidade, bem além da Unidade, bem além de todo Princípio
    "Essa identificação final faz de vocês o Absoluto.
    "Não há mais conceito, não há mais percepção, não há mais ideia, não há mais pensamento, não há mais sentido, mesmo, de << eu sou >>.
    Não há mais Presença. Não há, aliás, mais consciência."

    "Vocês venceram a morte, vocês venceram o nascimento, vocês venceram a Ilusão."

    "Nada há a pedir. Nada há, sobretudo, a vencer. Há apenas a ser isso, porque vocês são isso."

    "IRMÃO K ama-os, porque vocês são Amor."


    Rendo Graças.

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