Mensagem
publicada em 7 de junho, pelo site AUTRES DIMENSIONS.
Eu sou UM AMIGO.
De meu Coração ao seu Coração, que a
Paz e o Amor sejam.
Eu volto com vocês para exprimir
certo número de elementos concernentes à Paz e, mais especificamente, a Paz do
Coração.
Eu os remeto a uma de minhas
intervenções, que realizei no ano precedente de seu tempo, concernente a essa
mesma Paz do Coração (ndr: intervenção de 20 e 27 de novembro de 2010).
Vou tentar, através de meu discurso e
das Vibrações que eu lhes aporto, fazê-los apreender as diferenças, importantes
e essenciais, existentes entre a paz, tal como a concebe a personalidade, a Paz
do Coração e a Paz do Absoluto.
Todo mundo sabe que, ao nível da
humanidade, em sua globalidade, atualmente, a paz é apenas um estado
transitório entre duas guerras.
Ao nível da personalidade, trata-se,
é claro, exatamente da mesma coisa.
A personalidade é flutuante.
Ela evolui, permanentemente, entre
estados de humores e estados de emoção que vão condicionar a percepção de um
estado de paz ou a percepção de um estado de desequilíbrio, ou mesmo de guerra.
Existem, sempre, em si, na
personalidade, elementos que vão fazer interagir essa personalidade.
A Paz, em consequência, não pode,
jamais, estabelecer-se de maneira duradoura.
Ela não pode, jamais, estabelecer-se
de maneira prolongada e, jamais, de maneira intensa.
Quando suas práticas permitem-lhes
chegar ao Eu Sou, ao Si ou à Existência, instalam-se estados de paz que podem
ser qualificados de muito mais duradouros, de muito mais intensos.
Mas todos aqueles entre vocês que têm
vivido o Si, por experiências ou por estabilização, vocês se reencontram, muito
frequentemente, a viver estados nos quais a paz desaparece, porque as
circunstâncias de sua vida, as circunstâncias do que vocês nomeiam seu ambiente
chamam-nos a reagir, chamam-nos a manifestar, no plano emocional, mental ou
afetivo, a fim de ajustar a personalidade e permiti a ela não mais ser afetada,
a fim de não perturbar o Si.
É claro, as leis de sincronia, as leis
de atração vão fazer com que aquele que realiza o Si vá encontrar-se
confrontado, de maneira muito menos intensa e muito menos frequente, a manifestações
contrárias à paz.
Contudo, ninguém pode negar que,
mesmo no Si, existem interações que se produzem com a sociedade, com o grupo
humano, com a família, com as próprias circunstâncias de suas vidas, que fazem
com que a paz não seja instalada de maneira definitiva.
As características da Paz do Coração,
assim como da Paz do Absoluto traduzem-se, como vocês sabem, pelo
desaparecimento do observador e pela capacidade da consciência de poder, de
algum modo, desaparecer, ela mesma.
Isso se manifesta tanto na Absoluta
Presença, na Última Presença como no próprio Final, nomeado Absoluto.
Nesse estado, nenhuma circunstância
da personalidade e das interações de personalidade pode minar a paz que vocês tiverem
estabelecido e manifestado.
Eu diria que a Paz do Coração e a Paz
do Absoluto não podem ser alteradas por qualquer evento que seja.
É claro, a personalidade vai olhar
isso como se se tratasse de uma indiferença, porque o próprio princípio da
personalidade é de interagir e de reagir.
Eu deixarei a Estrela MA ANANDA MOYI exprimir-lhes,
de maneira mais intensa, a vivência da Paz do Absoluto, ou seja, Shantinilaya.
Eu gostaria, sobretudo, quanto a mim,
de atrair sua atenção e sua consciência sobre os elementos que há a apreender,
de algum modo, concernentes às diferenças entre a paz da personalidade e a Paz
do Coração e apreender – também, em relação a isso – quais são os elementos que
vão impedir, de algum modo, que a Paz estabeleça-se de maneira permanente.
A ausência de paz encontra sua fonte,
não na ausência de Amor, uma vez que as pessoas que realizam o Si – que se estabelecem
no Si por experiências ou por estabilização – têm o Coração aberto, no plano
Vibratório.
Contudo, o funcionamento da
personalidade está, é claro, ainda presente, e existe, no que são nomeados os
chacras inferiores (ou centros de energia situados na parte inferior do corpo),
certo número de elementos que são ligados ao medo.
Enquanto um medo está presente
(qualquer que seja o medo), não pode manifestar-se uma Paz Absoluta.
Isso se junta ao que lhes foi dado,
há alguns meses, concernente ao desenvolvimento da Onda de Vida, que parte dos
pés do Sat Guru (ndr: si mesmo), para
manifestar-se ao nível do períneo e vir transcender o que está inscrito ao
nível do que foram nomeados os apegos da personalidade a ela mesma (ndr: ver a
rubrica «protocolos a praticar», de nosso site).
É nesses dois primeiros chacras que
se situam os medos que vêm, literalmente, extrair a consciência do Coração, que
os leva a viver medos diversos e variados.
Seja o medo da perda de um parente, a
perda de uma situação ou a perda de um companheiro, ou qualquer que seja a perda
que há a manifestar, ela vai fazê-los sair do Si e vai fazer reagir a
personalidade, o que provoca, como vocês podem imaginar, situações nas quais o
que lhes parecia estabelecido, de maneira duradoura, no Si, parece como
confuso, como manifestar-se no primeiro dia do ego, antes de qualquer busca
espiritual, antes de qualquer transformação da consciência.
De fato, a ação da Onda de Vida –
quando ela é aceita – virá diluir e transcender, inteiramente, o que está
inscrito ao nível dos dois primeiros chacras de seu corpo e, portanto, liberá-los,
em definitivo, de elementos de medo engramados nos diferentes cérebros e nas
diferentes memórias que são, também, aquelas da personalidade, mesmo se esta
esteja submissa à Paz do Coração e à Alegria do Coração.
Vocês devem, portanto, observar, com
rigor (quaisquer que sejam suas práticas e qualquer que seja o estado de sua
consciência), o que se manifesta em sua vida, neste período específico.
De fato, se existem elementos, em sua
vida, que conseguem fazê-los sair do estado de Paz e do estado de Alegria (qualquer
que seja esse elemento), é que existe, necessariamente, em vocês, uma
dificuldade para transcender, justamente, o que está inscrito ao nível dos dois
primeiros chacras.
O medo primordial é aquele da perda
desse corpo (o medo da morte, para empregá-lo assim).
Esse medo da morte é diretamente
ligado a mitos fundadores da falsificação, a princípios que os confinam no
efêmero.
Eu não invadirei o que foi dado por BIDI,
concernente a tudo isso, mas tenho, simplesmente, que atrair – durante este
período específico de Choque da Humanidade – sua atenção.
Porque, a partir do instante em que
existe um medo que se manifesta (concernente tanto a um trabalho como a um
parente, como a um filho, como a um animal, como à sua própria evolução), vocês
deixam, instantaneamente, o instante presente e a Alegria do Coração.
Isso, todos vocês experimentaram,
qualquer que seja o grau de estabilização da Alegria, qualquer que seja o grau
de estabilização do Si.
A Paz Absoluta apenas pode
manifestar-se na Morada de Paz Suprema, nomeada Shantinilaya, na Realização do Absoluto, que assinala o
desaparecimento de todo engrama e programa – para o medo – ao nível dos centros
de energia, centros de consciência inferiores.
Enquanto existe um apego a si mesmo,
enquanto existe um apego ao Si, enquanto existe um apego à pessoa, enquanto
existe um apego ao que quer que seja desse mundo, o medo pode ressurgir a
qualquer momento, independentemente do que vocês tenham exercido como ação para
estabilizar-se no Si: seja em seus modos de vida, seja em suas relações, seja
em suas interações (quer elas sejam afetivas, profissionais ou outras), que
lhes mostram, de algum modo, a dificuldade para manter um estado definitivo, no
que concerne à Paz.
Vocês têm, todos, vivido estados
específicos de Alegria, mais ou menos pronunciados e, nesses estados de Alegria
mais ou menos pronunciados, vieram inserir-se episódios de cólera, de medo, que
traduzem o desaparecimento da Paz.
É claro, é-lhes possível, pela
meditação, pela prática de alguns exercícios, restabelecer-se – de maneira mais
ou menos fácil e evidente – no Si.
Mas o simples fato de flutuar na Paz
do Coração e da Alegria ao medo traduz, efetivamente, a não transcendência e a
não superação do que está inscrito ao nível dos apegos.
Então, é claro, a personalidade vai
dizer-lhes que vocês têm, ainda, necessidade desses reflexos de defesa, que
vocês têm, ainda, necessidade de manifestar essas emoções, essas atitudes mentais,
que são apenas a tradução do medo.
Mas, enquanto o medo está presente,
qualquer que seja, vocês não podem passar – de algum modo – dessa Última
Presença e manifestar o Último Absoluto.
E, como vocês sabem, não é possível
ir olhar seus medos, porque, se vocês olham seus medos (mesmo se vocês conheçam
a fonte deles, a razão e a causa profunda), nenhum elemento, na personalidade
e, mesmo, no Si, permitirá a vocês fazê-los desaparecer.
Existe apenas a Onda de Vida ou
Doação da Graça que vai realizar isso para vocês, porque esse princípio de medo
é inscrito, inteiramente, na própria existência desse corpo em Maya, a existência
da projeção da própria consciência na Ilusão, ou seja, assim que exista um
mecanismo de saída do Absoluto, assim que exista um mecanismo de projeção da
consciência.
Então, o medo está presente, mesmo no
que eu poderia chamar mundos ditos Unificados.
O único modo de transcender, de maneira
definitiva, o medo, é conectar o Absoluto, mesmo em uma forma que é esse corpo.
É apenas naquele momento, pela ação
conjunta do que foi nomeado o Manto Azul da Graça, da Onda de Vida e, mais
recentemente, pela intervenção dos Seres espirituais que lhes são próximos,
como MARIA e MIGUEL ou seu Duplo (quer ele seja seu corpo de Existência ou o Duplo
monádico), que lhes permitem perceber que a Dualidade, finalmente, não existe,
absolutamente.
Nós lhes dizemos, há muito tempo, que
estamos, todos, no Interior de vocês.
E isso é uma Verdade, mas, enquanto vocês
não a tenham experimentado pela Fusão com seu Duplo, qualquer que seja esse Duplo,
vocês não podem realizar o estabelecimento da Morada de Paz Suprema.
A Morada de Paz Suprema é o
desaparecimento total de todo elemento de medo.
É impossível, para aquele
estabelecido no Absoluto, manifestar o mínimo medo e, portanto, sair da Paz.
Não confundam o medo com a cólera.
O medo resulta apenas do medo
primário do desaparecimento desse corpo, que é inscrito em todo corpo projetado
(como exteriorização da consciência) em um mundo dual ou mesmo Unificado.
Obviamente, os graus de medo não são
os mesmos, quando vocês o experimentam no confinamento, do que quando é
experimentado no Corpo de Existência, no qual ele não pode, jamais, ser algo de
incômodo, algo de perturbador ou, em todo caso, que virá alterar qualquer
consciência estabelecida na Existência.
Hoje, através do que lhes foi dado,
seja o Yoga da Eternidade, da Verdade, seja através das últimas informações que
lhes foram comunicadas por MIGUEL ou por MARIA ou, ainda, pelo bem amado João,
vocês compreendem e apreendem que o único modo de transcender o medo é deixar
subir, em vocês, a Onda de Vida.
E, se ela não nasceu, vocês devem
deixar-se, de algum modo, fecundar pelo Duplo, quer ele seja seu corpo de
Existência, quer ele seja MARIA, MIGUEL ou qualquer outro Ser que venha dos
planos Unificados.
A realização dessa fusão e dessa
Dissolução põe fim ao medo da perda desse corpo, de maneira definitiva, põe fim
a toda interrogação e a todo questionamento em relação com o medo sobre
qualquer evolução, sobre qualquer apego, quer ele seja familiar, afetivo, a
esse corpo, a uma profissão e, eu diria, ao que quer que seja desse mundo.
Isso se chama, aliás, vocês sabem,
ser Liberado Vivo, ser Liberado.
Vocês não podem ser liberados do medo
por si mesmos, quaisquer que sejam os medos, e vocês sabem disso.
Mesmo se o Si está ativado, um medo
ressurgirá, mais cedo ou mais tarde, porque os medos estão inscritos no próprio
princípio da encarnação.
Nada existe, ao nível do Si, que possa
transcender, de maneira definitiva, o medo.
Assim, ou a Onda de Vida nasceu em
vocês, apresenta-se ao nível dos dois primeiros chacras e virá atravessá-los,
virá transcendê-los e, naquele momento, o medo desaparecerá, de maneira
definitiva, e Shantinilaya estabelecer-se-á,
então, naquele momento, ou, por intermédio do Canal Mariano, é-lhes possível
entrar em contato com uma entidade dos Mundos Unificados.
Eu repito: qualquer que seja o
aspecto e qualquer que seja esse tipo de Presença Unificada, ela está aí para
um único objetivo: fazê-los realizar a Fusão e a dissolução.
É preciso, ainda, que vocês tenham a
consciência disso, ou seja, que vocês aceitem desaparecer, inteiramente, como
pessoa, como consciência, como memória, como história.
A atitude de espírito que lhes é
possível manifestar, naquele momento, é, efetivamente, portanto, não uma
indiferença ao que quer que seja, não uma recusa da encarnação, mas, efetivamente,
uma vigilância quanto ao que representam os diferentes apegos que podem
manifestar-se em sua vida.
Vocês não têm qualquer meio – no que
se dirige para esta Terra – por si mesmos, de agir sobre o medo.
Apenas na transcendência do medo, na
transcendência dos últimos apegos à personalidade é que se realiza o
desaparecimento do medo e o estabelecimento no Shantinilaya ou Morada de Paz Suprema.
Em momento algum a ação de vocês
mesmos – seja na personalidade ou no Si, mesmo o mais estabilizado – pode permitir-lhes
realizar, de algum modo, essa etapa, que não é uma, concernente ao Final e ao
Absoluto.
A Paz do Coração, de que lhes falei
há vários meses, deve, agora, completar-se dessa Paz do Absoluto, que lhes dá a
viver a Liberação total de todo medo, que os faz um Liberado Vivo, um Jnani, ou seja, aquele que está,
inteiramente, desapegado – sem ser indiferente – de tudo o que concerne à vida
desse corpo, à vida dessa pessoa, à vida desse Si, quaisquer que sejam as
relações afetivas, profissionais, sociais, ou quaisquer que sejam, existentes
ainda.
Se vocês são capazes de olhar, com
objetividade, o que existe em sua própria história, concernente aos medos,
torna-se evidente a vocês que essa investigação sobre o medo vai conduzi-los a
perceber que é o único elemento que os impede de manter e de estabilizar sua
Paz.
Se vocês mantêm presente no espírito
que, se não têm qualquer meio de fazer desaparecer, por si mesmos, esse medo, e
que os únicos meios que lhes são oferecidos são diretamente ligados à Liberação
da própria Terra, que liberou a Onda de Vida, ao desaparecimento das camadas
isolantes, que permite às entidades as mais altas, como seu Corpo de
Existência, ou como seu Duplo monádico entrar em contato com vocês, pelo lado
esquerdo, que lhes permitirá realizar esse princípio de Fusão/Dissolução, no
qual a consciência não tem mais necessidade de estar localizada,
exclusivamente, nesse corpo, nessa pessoa e nesse Si.
Apenas em uma dessas duas condições é
que vocês realizarão a Liberação.
Apenas em uma dessas condições,
unicamente, é que vocês serão Liberados inteiramente, do que é nomeado o medo,
qualquer que seja.
Naquele momento, vocês poderão entrar
no Shantinilaya e manifestar o que
desenvolverá, após mim, MA ANANDA MOYI.
Esses elementos são extremamente
importantes.
Como lhes foi comunicado (tanto por SRI
AUROBINDO, por MARIA, como por MIGUEL e outros), é importante compreender que o
desafio que se apresenta, hoje, a vocês, é, efetivamente, este: vocês querem
permanecer no medo ou querem viver a Paz?
Mas vocês não podem pretender viver a
Paz, de maneira definitiva, enquanto não abandonam, como foi dito, o Si,
enquanto não abandonam os reflexos e a própria história da personalidade que
vocês creem ser, nesse corpo.
Lembrem-se: sua personalidade não
lhes será de qualquer ajuda para suprimir esse último medo.
Do mesmo modo, o Si, qualquer que
seja seu grau de estabilização, não pode, em momento algum, devido à
localização ao nível da Coroa Radiante do Coração e, mesmo, ao nível do
Despertar do Kundalini, não pode
permitir a liberação do medo.
Só a Onda de Vida pode, só seu Duplo
pode, por um processo de Fusão/Dissolução, que se produz de maneira espontânea
e que lhes permite, naquele momento, soltar todo apego sem, contudo, renegar
sua encarnação, uma vez que vocês tocarão o que foi nomeado o Absoluto com
forma.
A partir desse instante produzem-se
mecanismos extremamente sutis, que mantêm a alma e o Espírito presos a esse
corpo, fazendo com que vocês possam estar, inteiramente, deslocalizados e
a-localizados, assim como multilocalizados.
Nenhum medo concernente a esse corpo,
nenhum medo concernente a essa personalidade, nenhum medo correspondente ao
ambiente, qualquer que seja, pode alterar a Paz Absoluta que vocês terão manifestado,
naquele momento.
Isso representa a diferença essencial
entre o Si e o Absoluto.
Assim, portanto, de maneira
extremamente simples, na própria observação de sua vida, vocês podem constatar
a existência ou a ausência de medo e agir, portanto, em consequência.
Essa ação não é uma ação, no sentido
de querer fazer desaparecer o que quer que seja, porque vocês não poderão fazer
desaparecer o medo da morte, o medo do desaparecimento desse corpo, por si
mesmos.
Existe, assim como o disse SRI AUROBINDO,
há algum tempo, nessa noção de Choque da Humanidade, certo número de etapas
(ndr: sua intervenção de 17 de outubro de 2010).
Eu não voltarei a isso, mas vocês
sabem que existe, primeiro, um mecanismo de negação, um mecanismo de negociação
e certo número de mecanismos de defesa quanto ao desaparecimento desse corpo e
que correspondem ao que se poderia nomear de reflexo de preservação, reflexo de
sobrevivência.
O efêmero, como foi dito em numerosas
reprises (por BIDI e por outros), considera-se como eterno.
Como vocês sabem, e como ele o
repetiu há pouco tempo, nem o Si, nem o corpo, nem a personalidade são eternos.
O fato de considerar-se como eterno,
enquanto não o é, é o que cria o medo porque, no que vocês são, em Verdade,
para além dos aspectos efêmeros, vocês são Eternos e são Absolutos.
Assim, portanto, se sua consciência e
seu ponto de vista colocam-se, unicamente, ao nível da personalidade ou do Si,
o medo persistirá, porque ele não pode desaparecer desse modo.
Apenas a Última Presença e o Absoluto
são capazes, pela ação da Onda de Vida, pela ação do Duplo, de fazer
desaparecer, inteiramente, os medos inscritos nessa noção de preservação da
espécie.
Assim, portanto, do mesmo modo que
BIDI e outros disserem para ficar tranquilo, eu lhes peço para olhar, por si
mesmos, se existem, ainda, medos.
Se os medos estão presentes, isso
traduz, simplesmente, que o Absoluto ainda não é o que vocês São.
Vocês não podem, como foi dito, de
maneira alguma, trabalhar no Absoluto, uma vez que, como foi dito e repetido,
também, por IRMÃO K, vocês não têm qualquer possibilidade de passar do
conhecido ao Desconhecido, enquanto não abandonaram e refutaram tudo o que lhes
é conhecido.
Enquanto vocês são identificados a um
mínimo elemento de sua pessoa, a um mínimo elemento de sua vida, vocês não se
extraíram dessa vida, vocês não se extraíram de seu efêmero, qualquer que seja
a Alegria e qualquer que seja o Si.
Isso é, simplesmente, destinado a
fazê-los ver, claramente, as forças, entre aspas, que estão presentes e que vão
jogar-se no interior de vocês, nos tempos que vêm.
Não deem qualquer tomada ao medo, do
mesmo modo que vocês devem aceitar que nenhum estado de Si, mesmo o mais
realizado, exceto na Absoluta Presença e na Última Presença, pode
permitir-lhes liberar o medo porque, no momento em que vocês estão instalados
na Última Presença, a Onda de Vida pode apenas nascer e subir, o Duplo pode
apenas apresentar-se.
Há apenas esses dois elementos que
são capazes de vir transfigurar e transcender, inteiramente, o que está
inscrito ao nível desses dois primeiros chacras, que correspondem à preservação
da espécie, à preservação do efêmero, que o faz crer que ele é eterno.
Se vocês conseguem compreender isso,
se conseguem ver isso, se conseguem deixá-lo agir, no Interior de vocês, como
lhes disse MIGUEL, Arcanjo, ele estará ao seu lado.
Naquele momento, o mecanismo de
Fusão/Dissolução ser-lhes-á facilitado, a partir do instante em que vocês
aceitam desaparecer, ou em relação a esse Duplo, ou em relação à própria Onda
de Vida, ou aos dois, ao mesmo tempo.
Não há qualquer espécie de
alternativa em relação aos eventos inevitáveis que se desenrolam sobre a Terra,
sobre a Consciência da Terra e sobre sua consciência individual, assim como
sobre a consciência coletiva.
O objetivo de minha intervenção é o
de favorecer, é claro, o estabelecimento de seu Si, e eu lhes dei, para isso,
os diferentes Yoga: da Unidade, da Verdade e o último Yoga da Eternidade.
É claro, são elementos que vão
permitir-lhes aproximar-se ao mais próximo da estabilização definitiva do Si,
nomeada por outros Intervenientes, a Última Presença ou a Absoluta Presença,
que permite, no momento vindo, no qual a Onda de Vida nasce, no qual MIGUEL ou
outra entidade, dita espiritual, aproxima-se de vocês, conscientizar-se do
mecanismo de Fusão/Dissolução.
Não se interessem por seu medo
porque, o simples fato de levar sua atenção ou consciência ao seu medo (tanto
mais se vocês realizaram o Si), reforçará, de maneira inexorável, seus medos,
no período que se instala.
Não há qualquer meio, qualquer
possibilidade – tanto para o Si como para a personalidade – de fazer
desaparecer o medo Primário.
Esse medo primário apenas pode ser,
de algum modo, evacuado pela Liberação.
E a Liberação corresponde, muito
exatamente, ao que eu acabo de desenvolver.
Cabe a vocês, portanto, estar lúcidos
– seja nos contatos com um Duplo, qualquer que seja, seja nos processos de
subida da Onda de Vida – de que o único modo de realizar o Absoluto, de algum
modo, ainda que vocês saibam que não se trata de uma Realização, é desaparecer,
totalmente.
Não se enganem: desaparecer,
totalmente, não quer dizer, em caso algum, pôr fim, por meios violentos, a
qualquer estado da personalidade ou a qualquer si, porque isso faria apenas
reforçar o medo, em outros momentos, do outro lado da encarnação.
Não há alternativa, doravante, que
não a de Abandonar-se, que não a de desaparecer.
E o que desaparece, no princípio de
Fusão/Dissolução ou de subida total da Onda de Vida é, justamente, o que vai
permitir realizar isso.
Mas lembrem-se de que não são vocês
que realizam isso.
É nesse sentido que é necessário
ficar tranquilo.
É nesse sentido que não é preciso
agir, quando o Duplo apresenta-se ou quando a Onda de Vida apresenta-se ao
nível dos chacras inferiores.
Minha intervenção é curta, porque eu
prefiro abrir, com vocês, um espaço de questionamentos sobre esses elementos
que lhes comuniquei e que lhes aparecerão como uma evidência crucial, nos dias
e nas semanas de seu tempo terrestre que se abrem a vocês.
Lembrem-se: vocês não são seu medo,
mesmo se o medo pareça arrastá-los.
Lembrem-se, naqueles momentos, que lhes
é possível recorrer a MIGUEL, que lhes é possível reencontrar o Duplo, qualquer
que seja, que lhes é possível deixar nascer a Onda de Vida em vocês e,
portanto, realizar sua Liberação.
E isso se realiza não por uma
vontade, não por uma ação, mas, justamente, exatamente, pelo inverso da vontade
ou da ação.
Irmãos e Irmãs na humanidade, eu os
deixo, agora, colocar-me questões que estão em sua cabeça ou em seu coração.
Questão: quando o Duplo está ao lado
de si, como engrenar a Fusão/Dissolução?
Assim que o Duplo está ao seu lado (qualquer que seja esse Duplo: quer seja seu corpo de Existência, quer seja MARIA, quer seja uma Estrela, quer seja MIGUEL, quer seja seu Duplo monádico, pouco importa), a partir do instante em que você se Abandona, si mesmo, a fusão realiza-se por si mesma.
Você não pode decidir Fusionar.
Você não pode decidir Dissolver-se
porque, naquele momento, o medo primário intervirá.
Esquecer-se de si mesmo é o único
modo de realizar essa Fusão/Dissolução.
Questão: o fato de desaparecer
completamente corresponde à Transparência?
Sim.
Se vocês são capazes de manter a
Transparência dos Quatro Pilares do Coração: a Espontaneidade, a Humildade, a
Simplicidade toca-os, muito rapidamente, a Absoluta Presença.
E, naquele momento, nos momentos em
que vocês tocam a Absoluta Presença, o mecanismo de Abandono do Si é realizável
muito mais facilmente.
Questão: o Duplo pode manifestar-se
mais sobre o ponto KI-RIS-TI do que à esquerda?
Isso é perfeitamente possível, quando
se trata de uma variedade de Duplo chamado o Duplo monádico.
As primeiras aproximações far-se-ão,
efetivamente, por trás, mas, não no alto, mas pelo ponto KI-RIS-TI.
Mas, muito rapidamente, assim que o
mecanismo de Fusão/Dissolução engrena com esse Duplo, este se apresentará no
Canal Mariano e não mais ao nível de trás e do ponto KI-RIS-TI.
Questão: sentir MIGUEL à esquerda
pode dar a percepção de um corpo mais vasto?
Há, então, uma translação da
consciência, preliminar à Fusão/Dissolução.
A consciência desloca-se.
Ela sai do corpo e coloca-se ao nível
do Duplo.
Questão: o Abandono no Duplo é o fato
de viver-se no Duplo, se ele é não encarnado?
Então, naquele momento há, efetivamente, imitação de KI-RIS-TI.
Isso foi realizado, no Ocidente, por
inúmeros místicos que portaram o que vocês nomeiam estigmas.
Há uma identificação total, após o
desaparecimento de toda identidade ligada ao Eu e ao Si.
Questão: ao mesmo tempo vivendo a
fusão com o Duplo encarnado pode-se ter, apesar de tudo, desejo sexual?
Minha irmã, quer a Fusão realize-se com o CRISTO, com MARIA, com MIGUEL ou com um Duplo monádico encarnado, não existe qualquer diferença.
Disso resulta o desaparecimento.
Disso resulta uma Fusão/Dissolução
total.
É claro, o fato de que o Duplo
monádico esteja encarnado convida, de modo imperioso, a uma reunião.
Mas essa reunião não tem qualquer
caráter sexual.
Mesmo se exista a possibilidade de
uma sexualidade, ela nada teria a ver com o que o humano chama, correntemente,
a sexualidade, mesmo tântrica, a mais realizada.
Poder-se-ia esquematizar e evocar
essa imagem: a Comunhão de Duplos monádicos encarnados é permanente e total.
Não pode existir qualquer distorção,
qualquer oposição pessoal ou do Si ou, mesmo, no Absoluto, manifestado e
vivido, por um ou o outro, ou por um e o outro.
O ato – dito sexual – da carne
realiza-se sem a carne.
É claro, é-lhes extremamente difícil
conceber isso, enquanto não é vivido.
Do mesmo modo que inúmeros de seus
místicos no Ocidente apresentaram os estigmas, como eu dizia: eles viveram o
casamento com o CRISTO.
Inúmeras Estrelas falaram-lhes disso:
a vivência de um braseiro de Amor que não tem qualquer medida comum com uma
relação humana.
A dificuldade com o Duplo monádico
encarnado é que, justamente, ele é humano.
E, no entanto, a relação desses dois
seres não apresenta qualquer comparação possível com o que quer que seja de
humano.
Questão: pode-se viver reencontros
sexuais em outros planos com o Duplo monádico?
É sempre o caso.
Como o disse, de modo humorístico,
nosso Comandante, experimentem, e vocês verão, efetivamente.
É muito importante, uma vez que vocês
façam do Duplo monádico encarnado (e mesmo se nosso Comandante já lhes falou
disso), evitar qualquer projeção.
Retenham, efetivamente, que o Duplo
monádico encarnado não pode ser, em caso algum, um desejo ou uma projeção.
É um reencontro que se realiza em
outros planos, efetivamente.
Prestem atenção para não projetar, de
maneira abusiva, o que quer que seja.
O Duplo monádico apresenta-se a vocês
naturalmente, se ele está encarnado: vocês não têm que procurá-lo.
Porque toda procura é uma projeção.
A partir do instante em que a fusão
com um dos Duplos é realizada, vocês constatarão que o Canal Mariano dá-lhes a
possibilidade de reencontrar qualquer Consciência Unificada, nesse Canal.
A Fusão com o Duplo, desta vez,
encarnado ou não, é, portanto, o elemento essencial que permite estabelecer a
Paz.
Nessa Paz, e isso, em relação a um Duplo
monádico encarnado, não pode existir qualquer desejo, qualquer expectativa.
Questão: fazer o amor, fisicamente,
permitiria aos dois desparecerem, instantaneamente?
A partir do momento em que a própria Terra desaparecer, não antes.
Não temos mais perguntas,
agradecemos.
Eu terminarei, uma vez que as questões foram levantadas, sobre o princípio do Duplo monádico encarnado.
Isso representa, entre aqueles que
despertaram o Si ou que viveram o Absoluto, apenas uma proporção ínfima desses
seres, cujo objetivo não é nem sexual nem qualquer vida específica a dois, mas,
efetivamente, o estabelecimento de uma Lemniscata
Sagrada comum, que trabalhe para a Ascensão da Terra.
E nada mais.
Irmãos e Irmãs encarnados, de meu
Coração ao seu Coração, na Paz e na Graça, UM AMIGO saúda-os e diz-lhes até
breve.
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É preciso, ainda, que vocês tenham a consciência disso, ou seja, que vocês aceitem desaparecer, inteiramente, como pessoa, como consciência, como memória, como história <> Enquanto vocês são identificados a um mínimo elemento de sua pessoa, a um mínimo elemento de sua vida, vocês não se extraíram dessa vida, vocês não se extraíram de seu efêmero, qualquer que seja a Alegria e qualquer que seja o Si <> Não há qualquer espécie de alternativa em relação aos eventos inevitáveis que se desenrolam sobre a Terra, sobre a Consciência da Terra e sobre sua consciência individual, assim como sobre a consciência coletiva <> Cabe a vocês, portanto, estar lúcidos – seja nos contatos com um Duplo, qualquer que seja, seja nos processos de subida da Onda de Vida – de que o único modo de realizar o Absoluto, de algum modo, ainda que vocês saibam que não se trata de uma Realização, é desaparecer, totalmente <> Não há alternativa, doravante, que não a de Abandonar-se, que não a de desaparecer <> Esquecer-se de si mesmo é o único modo de realizar essa Fusão/Dissolução.
ResponderExcluirIrmão K notou um interesse exagerado pelo duplo encarnado quanto às perguntas e respostas. BIDI disse que quando o duplo aparecesse, para não personalizá-lo, e ainda disse que por uma questão de comodidade, o duplo poderia se assemelhar a uma imagem ou um modelo, então que o duplo seja uma folha de bananeira, ou Maria, ou Cristo ou um Arcanjo ou uma pessoa encarnada, o princípio é o mesmo, e o que importa é o duplo e não sua forma, o duplo encarnado está sendo idealizado por alguns, e talvez isso possa afasta-los do duplo. Temos que nos apagar primeiro, "desaparecer totalmente", depois o duplo aparece, os dois se tornam UM, e o duplo é você mesmo, não pode haver relação ali.
ResponderExcluirMeu caro Luiz Antonio, o próprio Um Amigo, nesta presente MSG, no finalzinho dela, viu como exagero o interesse pelo duplo encarnado, e ainda disse que esta modalidade tem representação ínfima no conjunto dos Duplos. O seu destaque desta fala do Bidi, nesta questão do Duplo, foi um primor.
ExcluirQuando eu escrevi este comentário, eu troquei Irmão K por Um Amigo, foi falha minha. Peço desculpas. É certo que os anciões estão notando isso.
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