Eu
sou CRISTO.
Eu
venho a vocês, hoje, como prometido, para continuar os ensinamentos anunciados.
Eu
venho para falar-lhes do medo, novamente, mas, desta vez, não do medo que
paralisa, que impede de agir, que obstrui a clareza da visão, mas, sim, do medo
final, aquele que sobrevém no momento da dissolução – à beira do poço, como eu
havia dito em minha vida, o poço no qual é preciso saltar, abandonar-se,
deixar-se descer e deixar-se morrer, do ponto de vista da personalidade.
Enfrentar
esse medo nada mais é do que o reflexo de uma coragem, a coragem de dizer-se
que, uma vez que é isso que se apresenta, é isso que há a viver, a coragem de
confiar no que se apresenta ao invés da razão; a coragem de encontrar em si o
espaço, sem procurá-lo, esse espaço que nada mais consiste do que deixar
afastar-se todo o conhecido de si, nada mais segurar para si e deixar,
literalmente, o que vem a vocês tomá-los, inteiramente, e levá-los.
Essas
palavras não são feitas para explicar-lhes algo.
Elas
estão aí para ressoar e convidá-los a ouvir ressoar, em vocês, essa ressonância
da coragem, que não é outra que não aquela de enfrentar seus medos, face a
face, no Abandono ao princípio Crístico, esse princípio que os leva à parte
esquecida de si mesmos – que vocês jamais deixaram, apenas esqueceram.
Então,
essa coragem é como uma loção, uma loção de Amor que vem em socorro daqueles
que a pedem, e que a recebem pelo simples fato de voltarem-se, em consciência,
para essa possibilidade de recebê-la.
Não
há maior Amor do que aquele que lembra o Amor que nós somos.
A
força do Amor é a força de sua lembrança.
O
medo é apenas aquele do esquecimento e da dúvida que convida a fortificar a
alma.
Não
há outra escapatória que não o Amor, porque o Amor está por toda a parte, e ele
é tudo.
Não
há outra Porta que não aquela do Coração, essa Porta do Coração que é o Graal
tão esperado e tão cobiçado também.
Não
é mais tempo de tudo isso.
O
que o Amor diz a vocês é para abrir seu Coração a tudo o que não é o amor – na aparência.
A
Porta, Porta de Humildade, Porta da Renúncia apenas se abre bem se vocês
permitem ao que não é o Amor ser acolhido do mesmo modo que o Amor porque,
então, o Amor reconhece-se, para além dos jogos da dualidade, no que ele É,
para além de toda cisão ilusória em parcelas.
Porque
o Amor não se recorta, ele não se negocia.
Ele
se aceita inteiro, em um bloco, em um instante, em uma transcendência que não é
outra que não o Abandono do que vocês não são.
Então,
meus bem amados, sejam o Amor que vocês São, e não deem qualquer tomada à
ilusão de outra coisa que não o Amor.
Abracem
tudo, todos os medos.
Assim
se revelará a coragem naqueles com quem vocês convivem, a coragem de estar no
Amor e em nenhum outro lugar, e abandonar todo o resto.
Assim,
andem retos, porque a retidão não é mais do que o que leva em linha reta fora
do labirinto dessa ilusão.
Não
há, aí, convite para fazer o que quer que seja mais do que o que vocês já
fazem.
Há,
aí, uma lembrança, a lembrança da força e a força da lembrança do Amor e da
coragem de ser, inteiramente, o Amor.
Sejam
destemidos, não como um voluntarismo, mas como uma certeza.
Porque
a coragem é, no fundo, nada mais do que essa certeza de diamantes do Amor,
purificada de qualquer outro brilho que não aquele brilho indivisível do
cristal, que se espelha no Amor e que oferece apenas esse espelho perfeito
àqueles que dele se aproximam.
Aí
está, meus amigos, meus Reis de Amor, meus irmãos e irmãs, o que eu queria
dizer e ressoar no Amor, nessa ressonância da coragem de ser inteiro – não terceiros,
mas na tri-Unidade.
E
assim estar, inteiramente, no Amor, enterrando todo medo nas terras do Amor,
pela coragem de ser inteiro – inteiramente verdadeiro e totalmente disponível a
deixar-se esculpir em um diamante de Amor, diamante de Eternidade.
Então,
quero dizer-lhes: ofereçam esse espelho perfeito do Amor que se espelha em si
mesmo, para além das circunstâncias de seu mundo.
Olhem
apenas o Amor, vejam apenas o Amor, porque tudo é Amor.
E,
quando o maior medo surge das profundezas do que não parece ser o Amor, acolham
o nascimento, o grito do Amor que renasce para ele mesmo, porque é pelo que ele
se vê, mas não se reconhece ainda, que ele tem medo.
E
a coragem é apenas essa fúria de reencontrar o Amor esquecido, que nos resta
através do pescoço e da garganta.
Essa
coragem é como um grito, um apelo de Amor que apenas pede para furar e perfurar
todos os véus, todos os arrependimentos, todos os esquecimentos, todas as
dores.
Essa
coragem tem a força de um grito, de essência Crística.
É
a coragem de ver-se e aceitar-se, totalmente, na abertura do espelho mantido do
Amor.
Vocês
são esse espelho e são esse Amor, ambos ao mesmo tempo.
Vocês
são o medo do vazio e a vertigem abissal que marca essa falta de Amor, e vocês
são a coragem que se convida a si mesmo para oferecer-se, em voz alta,
estrondosamente, ao riso liberador que faz estilhaçar a fraude, quebrando o
espelho, no mesmo momento que o oferece – reunindo, assim, ambas as faces dessa
única e mesma coisa que constituem o medo de ter perdido o Amor, que surge no
momento em que o Amor, enfim, reencontra-se.
Nada
mais há a ver do que isso, essa força de Amor, cara e coroa.
Olhá-lo
assim é nutri-lo, em sua inteireza.
O
último momento, vivido como tal, não é outro que não o primeiro grito de Amor.
É
de toda Beleza, no inverso da cena.
É
Transfiguração da pessoa e Reencontros no Amor.
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Texto extraordinário sobre o medo final, no deixar-se morrer (do ponto de vista da personalidade). Eis alguns trechos dos mais seletos:
ResponderExcluir- O que o Amor diz a vocês é para abrir seu Coração a tudo o que não é o amor – na aparência.
- Sejam destemidos, não como um voluntarismo, mas como uma certeza. Porque a coragem é, no fundo, nada mais do que essa certeza de diamantes do Amor, purificada de qualquer outro brilho que não aquele brilho indivisível do cristal, que se espelha no Amor e que oferece apenas esse espelho perfeito àqueles que dele se aproximam.
- Olhem apenas o Amor, vejam apenas o Amor, porque tudo é Amor.
- Essa coragem é como um grito, um apelo de Amor que apenas pede para furar e perfurar todos os véus, todos os arrependimentos, todos os esquecimentos, todas as dores.
- O último momento, vivido como tal, não é outro que não o primeiro grito de Amor.
"Enfrentar esse medo nada mais é do que o reflexo de uma coragem, a coragem de dizer-se que, uma vez que é isso que se apresenta, é isso que há a viver, a coragem de confiar no que se apresenta ao invés da razão; a coragem de encontrar em si o espaço, sem procurá-lo, esse espaço que nada mais consiste do que deixar afastar-se todo o conhecido de si, nada mais segurar para si e deixar, literalmente, o que vem a vocês tomá-los, inteiramente, e levá-los."
ResponderExcluir"Não há outra escapatória que não o Amor, porque o Amor está por toda a parte, e ele é tudo."
Maravilha, ''não ter escapatória"... Total rendição, ao Amor...
"Eu venho para falar-lhes do medo, ... do medo final, aquele que sobrevém no momento da Dissolução - à beira do poço, como eu havia dito em minha vida, o poço no qual é preciso saltar, Abandonar-se, deixar-se descer e deixar-se morrer, do ponto de vista da personalidade.
ResponderExcluir"Enfrentar esse medo nada mais é do que o reflexo de uma coragem, a coragem de dizer-se que, uma vez que é isso que se apresenta, é isso que há a viver,
"A coragem de confiar no que se apresenta ao invés da razão,
"A coragem de encontrar em si o espaço, sem procurá-lo, esse espaço que nada mais consiste do que deixar afastar-se todo o conhecido de si,
"Nada mais segurar para si e deixar, literalmente, o que vem a vocês tomá-los, inteiramente, e levá-los.
"Essas palavras não são feitas para explicar-lhes algo. Elas estão aí para ressoar e convidá-los a ouvir ressoar, em vocês, essa ressonância da coragem, que não é outra que não aquela de enfrentar seus medos, Face a Face, no Abandono ao Princípio Crístico, esse princípio que os leva à parte esquecida de si mesmos - que vocês jamais deixaram, apenas esqueceram.
"O medo é apenas aquele do esquecimento e da dúvida.
"A força do Amor é a força de sua lembrança.
"Não há maior Amor do que aquele que lembra o Amor que nós somos.
"Não há outra escapatória que não o Amor, porque o Amor está por toda a parte, e ele é tudo.
"Não há outra Porta que não aquela do Coração.
"Estar, inteiramente, no Amor, enterrando todo medo nas terras do Amor ... totalmente disponível a deixar-se esculpir em um diamante de Amor, diamante de Eternidade.
"A coragem é, no fundo, nada mais do que essa certeza de diamantes do Amor, purificada de qualquer outro brilho, que não aquele brilho indivisível do cristal, que se espelha no Amor e que oferece apenas esse espelho perfeito àqueles que deles se aproximam."
Profundíssima mensagem! Muita reflexão, muita coragem e acima de tudo SÓ AMOR que é realmente o antídoto do medo!
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