Eu
sou CRISTO.
Eu
venho a vocês, esta noite, para transmitir-lhes a sequência dos ensinamentos
que eu iniciei com vocês.
Venho
falar-lhes do Anúncio, e da Anunciação.
O
Anúncio é um procedimento pelo qual o que foi escondido e ocultado é, de
repente, revelado de maneira explícita.
O
Anúncio é o que permite redescobrir o que havia sido coberto com um véu opaco,
que obstrui a Clareza dos Céus e impede-o de chegar até vocês, nesse mundo.
O
Anúncio é o que oferece à consciência a esperança da possibilidade de uma
Redenção.
O
Anúncio é o que vem, literalmente, pôr abaixo os subterfúgios, os procedimentos
mal-intencionados, as espoliações, para fazer explodir, explicitamente, a
Retidão dos raios do Sol, que jamais se desvia de sua meta interior, aquela do
Centro de nós mesmos.
O
Anúncio é o que vem tirar a cortina, o tecido de mentiras pelo qual esse mundo
tem sido coberto, tal um teatro sobre o qual se lançaria uma tela muito rígida,
tão rígida que não pode mais levantar-se entre cada cena.
O
Anúncio é o içar da cortina, precedido dos três sinais, e do martelar de golpes
sucessivos que o anunciam.
O
Anúncio é um momento de grande Recolhimento e de grande Alegria, ao mesmo tempo
– o Recolhimento do que vem, e que é, ainda, desconhecido, para a maior parte,
e a Alegria de assistir ao Anúncio porque, para quem entrou no teatro, não há
momento mais palpitante do que o içar da cortina.
O
Anúncio é uma farsa para quem não viu o teatro, para quem não tomou consciência
da ilusão do teatro, porque o Anúncio, então, atualiza e põe abaixo algo que, aos
olhos do espectador, não existe, simplesmente, porque não é reconhecido como
tal.
O
Anúncio consiste em derrubar os muros de uma prisão, uma prisão de vidro, esse
vidro que é invisível para a maior parte dos humanos, ainda hoje.
Mas
o Anúncio que se abate sobre o vidro faz com que ele se despedace, em um ruído
estrondoso, dessa estrutura invisível que desmorona e, assim, revela sua
presença aos olhos de todos.
O
Anúncio é como um martelo que se bate, com força, sobre a mesa e o quadro.
Esse
martelo bate três vezes, antes de adjudicar, enfim, o que deve sê-lo.
O
Anúncio não é o fim, ele anuncia o Começo, uma nova História, mas que não se
inscreve na cena de teatro.
Porque
o Anúncio faz chover, no teatro, línguas de Fogo que anunciam a Verdade do
Fogo.
O
Anúncio vem pôr em cinzas tudo o que está sujo, tudo o que está colado, tudo o
que está velado, tudo o que forma obstrução à Passagem do que deve passar para
atingir seu mundo e Liberá-lo.
O
Anúncio é o que vem martelar o teatro com esses golpes repetidos para
significar-lhe, por Atos, que os atos jogados nesse teatro terminaram, que o
teatro, desdobrado, será dobrado, e as pregas que nele estão demasiado marcadas
arriscam ser rasgadas, se elas não se deixam, simplesmente, e docilmente,
dobrar.
O
Anúncio vem cobrir o que ele descobriu, para impedi-lo de prejudicar e
incomodar o bom desenrolar do que se segue a esse Anúncio.
O
Anúncio é a abertura de um Baile que não é a fantasia, e que se ri dos
figurinos do teatro.
O
Anúncio é uma colocação a nu do que vem entravar a Leveza do Ser, para
despojá-lo disso e queimá-lo.
O
Anúncio é uma arrumação, na ordem natural das coisas, para permitir ao que
havia ficado deitado, sob o peso da infâmia, voltar a levantar-se e pisar,
alegremente, os restos da prisão de vidro pulverizada, e esboçar, assim, o
primeiro passo de Dança.
O
Anúncio é o que vem revelar à luz do dia o que estava escondido, dissimulado de
modo mais ou menos hábil, de modo mais ou menos distorcido, para que permaneça
apenas a Clareza e a Verticalidade.
O
Anúncio não se embaraça com qualquer forma de precaução, porque o Anúncio
produz-se quando todas as precauções já tenham sido tomadas, para que permaneça
intacto, após o martelamento do anúncio, apenas o que deve restar intacto.
O
Anúncio é como um toque de corneta que ecoa no campo, ele parece surgir de
lugar algum, exceto para aqueles que esperavam esse Anúncio.
O
Anúncio não é outra coisa que não o Anúncio de um feliz evento, aquele de um
Renascimento que passa pela ruptura de todos os véus e de todas as prisões do
teatro.
Porque
o teatro não é mais – ele jamais foi, mas para aqueles que estão no jogo dele,
mesmo ilusório, é preciso, efetivamente, retirá-lo.
Assim,
o que era apenas pó aos olhos retorna ao pó.
Assim,
o que era apenas teia de mentiras é rasgado, queimado, reduzido a cinzas.
Porque
o que não tem lugar diante da Verdade retorna, naturalmente, à sua própria
inexistência.
Porque
a ilusão de um jogo que tem sido tolerado não pode subsistir, assim que a
cortina é levantada, não no primeiro ato, mas no fim de todos os atos.
Todos
os atos são julgados, como lhes diz o Anúncio, não como um julgamento, mas como
um peso do que seu Coração bem quis consumir.
Aqueles
cujo Coração ressuscita em uma forma de espasmo de ter engolido tantas e tantas
mentiras serão convidados, pelo Anúncio, a fazer o jejum da ilusão.
Aqueles
cujo Coração ressuscita de Alegria, esperando o Anúncio, são convidados a
Dançar, sem mais refrear, ao som desse Anúncio.
Esse
Anúncio não vem separar uns dos outros, ele vem revelar onde vocês estão
colocados, através do modo pelo qual vocês recebem esse Anúncio.
O
que separa um do outro apenas pode ser a ilusão dessa separação, nascida da
identificação a esse jogo do teatro – que vem terminar, e revela, assim, a
farsa.
Há,
no Anúncio, apenas uma última consideração, para aqueles que querem,
efetivamente, ouvi-la, para separar-se e ter-se afastado do que não é Verdade,
do que é apenas um jogo que durou demasiadamente.
Assim,
portanto, meus bem amados, não vejam, no Anúncio, qualquer punição, apenas uma
Revelação, mas essa Revelação sublime contrasta, de estranho modo, com o estado
do mundo que ela ilumina.
Essa
Revelação não é outra que não a Revelação do Amor, em um mundo no qual o Amor
sempre esteve presente, mas no qual o obscurecimento dos véus e do jogo que foi
jogado criou uma espécie de vala, apenas transponível com esse Amor.
O
Anúncio não vem encher essa vala, ele vem mostrar-lhes em qual ponto vocês a
escavaram, em si mesmos.
A
profundidade dessa vala, tal como vocês a vivem, é apenas o reflexo do que
vocês colocaram distância, em si mesmos, com a Verdade.
O
Anúncio não é, tampouco, o que os libera de qualquer obrigação a prosseguir e a
fazer o que deve, ainda, sê-lo, nesse terreno de jogo que acaba.
Porque
o Serviço à Luz, que vem iluminar e dissolver o que deve sê-lo. Deve ser
acompanhado de uma Dança que venha revelar os motivos escondidos que sustentam
a ilusão e que formam uma trama sutil, que vem sustentar a ilusão que termina e
suavizar sua dissolução.
Assim,
a transição necessita de uma Dança, que se desenrola a partir de uma bobina
invisível, mas cujos pés pisam, ainda, essa ilusão.
A
Ascensão da Terra cria essa obrigação que não é outra, no sentido do Serviço,
que não uma Alegria espontânea, manifestada sobre a Terra, do que vive a Terra
e do que vocês são convidados a viver, na Fraternidade reencontrada.
O
Anúncio é o sinal de uma debandada para aqueles que não querem Dançar e que fazem
banda fora da Dança coletiva da Unidade reencontrada.
O
Anúncio é um tiro de aviso que não visa ninguém, exceto ser uma pessoa.
Ele
vem desnudar os fios da intriga e expô-los a vocês, para que vocês sejam Livres
deles.
O
Anúncio é tudo isso e ele está às suas portas, não para fechá-los pelo medo do
que se anuncia, mas para abrir a Porta ao que apenas pode entrar.
O
Anúncio vem a vocês, dignem-se escutá-lo.
Porque
a Boa Nova que ele anuncia é de liberá-los, e esse tiro de aviso semeia a Verdade
no Coração de cada ser que para isso está preparado.
Eu
sou CRISTO e eu lhes transmito o Anúncio, aquele que restabelece a Verdade.
Eu
os porto em meu Coração, como eu porto esse Anúncio, Anúncio liberado, que
libera os Corações.
Eu
sou CRISTO, e eu lhes anuncio o Amor reencontrado.
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Contribuir aqui
Gratidão, Célia! eu estava entrando todo o dia aqui procurando esta mensagem, este que já é uma forma de pré-anúncio.
ResponderExcluir"Venho falar-lhes do Anúncio, e da Anunciação.
ResponderExcluirO Anúncio é um procedimento pelo qual o que foi escondido e ocultado é, de repente, Revelado de maneira explícita.
"O Anúncio é o que permite Redescobrir o que havia sido coberto com um véu opaco, que obstrui a Clareza dos Céus e impede-os de chegar até vocês, nesse mundo.
"O Anúncio é o que vem Revelar à luz do dia o que estava escondido, dissimulado de modo mais ou menos hábil, de modo mais ou menos distorcido, para que permaneça apenas a Clareza e a Verticalidade.
"O Anúncio não é outra coisa que não o Anúncio de um feliz evento, aquele de um Renascimento que passa pela ruptura de todos os véus e de todas as prisões do teatro.
"O Anúncio vem a vocês, dignem-se escutá-lo.
Porque a Boa Nova que ele anuncia é de Liberá-los.
"Essa Revelação não é outra que não a Revelação do Amor.
"Eu lhes transmito o Anúncio, aquele que restabelece a Verdade.
"Eu sou CRISTO, e eu lhes Anúncio o Amor Reencontrado."
O Anúncio é o que vem tirar a cortina, o tecido de mentiras pelo qual esse mundo tem sido coberto, tal um teatro sobre o qual se lançaria uma tela muito rígida, tão rígida que não pode mais levantar-se entre cada cena.
ResponderExcluirO Anúncio não é o fim, ele anuncia o Começo, uma nova História, mas que não se inscreve na cena de teatro.
O Anúncio é como um toque de corneta que ecoa no campo, ele parece surgir de lugar algum, exceto para aqueles que esperavam esse Anúncio.
Porque o que não tem lugar diante da Verdade retorna, naturalmente, à sua própria inexistência.
Assim, portanto, meus bem amados, não vejam, no Anúncio, qualquer punição, apenas uma Revelação, mas essa Revelação sublime contrasta, de estranho modo, com o estado do mundo que ela ilumina.
"O Anúncio é o que oferece à consciência a esperança da possibilidade de uma Redenção." Sinto que não existe, 'Amém', que de conta da imensidão desta Graça ...
ResponderExcluir"O Anúncio é uma farsa para quem não viu o teatro, para quem não tomou consciência da ilusão do teatro, porque o Anúncio, então, atualiza e põe abaixo algo que, aos olhos do espectador, não existe, simplesmente, porque não é reconhecido como tal." Cristo... Livre-nos desta inconsciência.... Não deve existir vexame superlativo no Universo, do que nossas falsas verdades...
"Aqueles cujo Coração ressuscita em uma forma de espasmo de ter engolido tantas e tantas mentiras serão convidados, pelo Anúncio, a fazer o jejum da ilusão." Esse é o 'jejum' verdadeiro... Maravilhoso... Libertador...
"Som do Anúncio"!!! Fim da ilusão, separação,.... Apenas Ser o Amor.... Reencontro.... Alegria... Paz.... Unidade...
Tomara, que este "Martelo Sagrado" , estoure logo este vidro, liberando a Humanidade....