O IMPESSOAL «UM-Pessoal»
Questões-Respostas
Segunda parte
Junho de 2016
Eu escuto a questão seguinte.
Questão: como soltar o estado de
recusa e viver aquele da refutação?
... Silêncio...
Meu amigo, meu irmão, de qual recusa você fala?
De qual refutação você fala?
A refutação remete-o aos ensinamentos de Bidi.
A recusa, que eu nomearia, se você prefere, a não
aceitação, é ligada, de uma maneira geral, a uma situação de resistência, de
rejeição ou de oposição e, portanto, em definitivo, de confrontação.
A refutação nada recusa, ela se contenta em constatar
que tudo o que é conhecido não é a Verdade.
O princípio da refutação não provoca, jamais,
oposição, resistência ou contradição.
A refutação coloca-o na posição do observador, a
recusa mantém você na pessoa.
Qualquer que seja a causa dessa recusa, qualquer que
seja a reticência exprimida, a recusa não conduzirá, jamais, à refutação.
A recusa decorre, diretamente, da noção de escolha, a
refutação não implica qualquer escolha, se não é ver o que é, no efêmero, como
não eterno.
Assim seu corpo, sua consciência atual é perecível,
enquanto você não é liberado.
Isso se vê quando da encarnação na qual não permanece
qualquer memória consciente do que foi vivido no que vocês nomeiam «outra vida».
Recusar é desviar-se; refutar é permanecer na mesma
posição, sem reverter-se, mas atravessar as coisas.
A recusa implica um recuo, a refutação implica um
avanço, de qualquer ponto de vista que você se coloque.
A recusa é resistência.
A refutação é o princípio que pode conduzi-lo, o mais
facilmente possível, ao esquecimento de sua história, à transcendência da
pessoa que atravessa o que ela considerava como válido até agora, sem qualquer
recusa.
A recusa é, portanto, oposição e contradição, no
interior de si, antes de tudo.
A refutação não é, contudo, uma passividade, mas uma
maneira de proceder que é profundamente diferente quanto à orientação da
energia da própria consciência e de sua visão.
A recusa é recusar ver.
A refutação é uma visão clara do que se desenrola.
Não pode haver confusão nem distorção possível entre a
recusa e a refutação.
A refutação conduz você à Liberdade ou à Liberação, a
recusa acorrenta-o, sempre mais, no que você quer recusar.
Aquilo a que você se opuser vai reforçar-se,
inevitavelmente, na pessoa.
A refutação nada reforça, ela dissipa as resistências,
ela permite atravessar e superar o ponto de vista da pessoa, para colocá-lo ao
mais próximo da posição do observador, como lhes disse Bidi: aquele que observa
a cena de teatro que pode, eventualmente, desempenhar um papel na cena, mas que
sabe muito bem que ele não é o ator.
A recusa é ligada ao ator, porque há uma ação pessoal
de oposição.
A refutação a nada se opõe, ela faz apenas constatar o
que se desenrola na tela da consciência, sem qualquer implicação, sem qualquer
laço e, sobretudo, sem recusa.
... Silêncio...
Eu continuo a minha resposta.
Recusar manterá, interminavelmente, o princípio de
dualidade e de oposição, a refutação conduzirá você às portas da Unidade e da
Presença, do Si, mas, também, possivelmente, da Infinita Presença.
A refutação é uma aquiescência à Eternidade, a recusa
é uma oposição frontal à Eternidade, o que traduz, em definitivo, o medo do
desconhecido e o medo da própria morte da pessoa.
A recusa pertence ao ego, a refutação, mesmo realizada
a partir do ego, conduz à diminuição do ego e à transcendência do ego.
... Silêncio...
Qual é sua próxima questão?
Questão: o que quer dizer Metatron,
quando ele fala do canto da Liberdade em suas sete aparências e sete Vivos?
Trata-se dos Arcanjos?
Meu amigo, meu irmão, convém, para isso, compreender
que, do mesmo modo que há, em seu mundo, sete dias na semana, sete cores no
arco-íris, o sete é o que lhe é dado para funcionar nesse mundo.
O sete remete à utilidade e às ferramentas necessárias
nesse mundo, para explicar o que ali se desenrola e, mesmo, para ali viver.
A Liberdade põe em ressonância o canto das sete
frequências fundamentais desse mundo, que correspondem, também, aos sete
chacras, como suas sete funções que eu nomearia arquetípicas.
Como você sabe, ou vive, houve uma passagem do sete ao
doze.
O doze remete à Tri-Unidade e ao agenciamento da
própria Luz, em sua forma adamantina e não vital – que é apenas a luz alterada
e desviada.
O doze o faz passar, efetivamente, a uma oitava
diferente da manifestação nomeada quinta dimensão, a mínima.
... Silêncio...
Você pode reiterar sua questão?
Questão: o que quer dizer
Metatron, quando ele fala do canto da Liberdade em suas sete aparências e sete
Vivos?
Trata-se dos Arcanjos?
Há, portanto, uma ressonância comum com os sete
Arcanjos do Conclave Arcangélico, manifestado há vários anos.
Obviamente, não existem apenas sete Arcanjos, mas bem
mais.
Como vocês sabem, e como foi dito, existem cinco
outros Arcanjos que não tiveram, se posso dizer, uma utilidade no processo de
Liberação da Terra.
Ao chegar ao Si, tendo passado, pela primeira vez, a
Porta Estreita do ego ao coração, as sete aparências, os sete chacras ou as
sete notas de música vibram, então, apesar da diferença delas, em uníssono, em
sua harmônica respectiva de estabilização, de equilíbrio e de emanação.
A Luz, naquele momento, começa a penetrar a estrutura
dos chacras por trás do corpo, e vem transformar o funcionamento das sete
aparências que, você pode imaginar, são ligadas aos sete corpos.
Cinco desses corpos estão fechados, dois desses corpos
estão escondidos, até o momento em que a inversão da Luz é retificada ao nível
da Coroa da cabeça.
Há, portanto, efetivamente, por raciocínio analógico e
vibratório também, uma correspondência entre cada chacra e cada Arcanjo, em
todo caso, no Conclave Arcangélico, em sua função de Liberação da Terra, tal
como foi explicado durante numerosos anos de seu tempo terrestre.
... Silêncio...
O mais frequentemente, não é feita referência de sete
vivos, mas de quatro Vivos, o que remete, pelo número, à noção de contexto, à
noção de Cavaleiros, à noção do que está ao mais próximo do Trono da Fonte.
Eles têm diferentes nomes.
Acrescentar três Vivos aos quatro Vivos é aportar a
nova Tri-Unidade nesses quatro Vivos, o que permite o nascimento de um quinto
termo, nomeado o quinto Vivo ou Éter ou, se prefere, ER da cabeça, ER do peito.
A passagem do sete ao doze é a consequência da
abertura ao Si, que permite a reconstrução ou a re-síntese do corpo de
Existência através das cinco chaves Metatrônicas novas, reveladas durante seu
ano 2009.
O sete é vertical, o doze é circular.
O sete corresponde a esse mundo em sua manifestação, o
doze corresponde à transcendência desse mundo pela emergência de um novo
elemento ou de um novo Vivo nomeado Éter, que se aproxima do que é nomeado o
Coroamento, chamado, também, Kether, a coroa, portanto, circular.
O sete não pode ser circular, o doze é.
Além do valor do número em sua vibração e em sua
origem arquetípica, há, é claro, o cinco, que é o agente do movimento de
Liberação, que permite mudar a polaridade, que permite bascular e reverter a
alma atraída para a matéria, para que ela se reverta para o Espírito.
O doze, além do circular, é o relâmpago, o sete
concerne à transcendência do efêmero pela adição do cinco.
... Silêncio...
Eu escuto sua próxima questão.
Questão: os humanos que não têm
consciência do que vocês nos transmitem podem ser liberados vivos?
Se sim, por que nós, aqui
presentes, não forçosamente liberados vivos temos, mesmo assim, a intuição da
veracidade do que vocês nos transmitem?
Você pode reiterar sua questão, que contém várias, de
fato?
Questão: os humanos que não têm a
consciência do que vocês nos transmitem, eles podem ser liberados vivos?
Meu amigo, meu irmão, houve Liberados Vivos bem antes
de minha intervenção, bem antes da intervenção dos Anciões, das Estrelas, dos
Arcanjos.
Simplesmente, nessas circunstâncias específicas da
Terra, a lei de Graça oferece, com abundância, a possibilidade da Liberdade,
pela Onda de Vida ou pelo sacrifício.
Por outro lado, eu o lembro de que a Liberação é
efetiva para cada um.
Ser liberado vivo não é nem um mais nem um menos, é,
simplesmente, uma revelação anterior à revelação final.
E, mesmo além dessa revelação final, e além de toda
Graça, mesmo a última de Maria, existe outro mecanismo, nomeado «a salvação».
A salvação – e isso sem qualquer conotação religiosa
no sentido patriarcal – corresponde à redenção, ao salvamento da alma que, in extremis, percebe o que ela é.
No pior do sofrimento, no pior da escuridão, a salvação
é oferecida a cada um, se há sacrifício naquele momento.
A Luz não pode, jamais, ir contra sua liberdade.
Se sua liberdade é de permanecer na experiência da
matéria, é sua escolha, mas, no momento em que a personalidade apagar-se,
completamente, para toda consciência humana da Terra, no momento do que foi
nomeada a estase, o processo de Face a Face não poderá deixar qualquer dúvida,
qualquer equívoco.
Em definitivo, isso significa que aquele que, ainda
hoje, está na negação ou, para empregar uma expressão de duas questões
anteriores, na recusa, não se esqueça de que, em definitivo, haverá, sempre,
aceitação, sobretudo se a pessoa está ausente, ou seja, durante a estase que é,
de algum modo, um desaparecimento totalmente consciente, que mantém a
consciência em face dela mesma e em face da Infinita Presença, e, ao final dos
três dias, no que foi nomeado o Juramento e a Promessa.
Há, portanto, uma lógica perfeitamente humana e uma
lógica perfeitamente mística no mesmo processo.
Qual é a segunda parte da questão?
Questão: nós, aqui presentes, não
forçosamente todos liberados vivos, por que aceitamos o que vocês nos dizem,
ainda que apenas mentalmente, e mesmo se isso para nada serve?
Por que nosso mental aceita,
enquanto o mental de bilhões de pessoas recusam-no?
Porque a Luz, mesmo se toma a fonte aparente no
exterior de seu coração, está atuante; o mental apenas pode calar-se.
Mesmo se isso não seja vivido, a evidência não das
palavras, mas a evidência de sua Presença para cada um de você, assim como de
minha Presença permite isso, o que lhes dá, mesmo se haja recusa, a integração
dessa Luz, que se revelará no momento da estase, justamente.
Assim, portanto, foi-lhes repetido, desde o ano 2012
até hoje, quando nós lhes dizemos, uns e os outros, para ficarem tranquilos,
acolherem a Luz, em Unidade e em Verdade, permite essa alquimia, mesmo se
alguns de vocês, tanto aqui como por toda a parte, não tenham a consciência de
que existe, ao nível da alma, um processo impulsionado, qualquer que seja a
evolução dessa alma.
Quer ela permaneça voltada para a matéria, quer ela
comece, unicamente, a reverter-se para o Espírito ou esteja inteiramente
dissolvida não faz, em definitivo, qualquer diferença.
É a linearidade do tempo que insufla, em vocês, a
noção de ali terem chegado ou de ali não terem chegado.
Mesmo se a alma esteja silenciosa, mesmo se você
esteja instalado, de maneira confortável, em sua própria pessoa, a realização e
a informação da Luz em você é feita, quer você viva a vibração disso, quer você
tenha me ouvido, aqui ou alhures, ou que você não tenha, jamais, ouvido falar
do que quer que seja concernente a esse processo.
Felizes os simples de espírito, porque o Reino dos
Céus a eles pertence.
Não é, portanto, necessário nem indispensável viver
tudo o que foi desenvolvido durante esses anos.
Eu os lembro, simplesmente, de que sua função, além de
sua pessoa, foi, até o ano 2011 de seu tempo terrestre, a de ancorar a Luz e de
semear a Luz sem, contudo, tornar-se Luz, vocês mesmos.
Mesmo aqueles que, entre cada um de você, nada tenham
vivido até hoje, presentes aqui, presentes alhures e que não tenham, mesmo,
qualquer informação ou qualquer interesse por isso serão tocados, no momento da
Liberação, do mesmo modo.
Simplesmente, as circunstâncias de sua vivência nos
eventos da Terra, atualmente, serão profundamente diferentes.
Alguns entre você tudo soltaram e nada retêm, alguns
entre você, aqui ou alhures, viveram o Si, reverteram-se para ele ou desviaram
e ali voltaram.
Mas ninguém, no momento vindo, poderá dizer que não
sabia.
A partir do instante em que as Trombetas, assim
nomeadas, tornarem-se audíveis em todo ponto da Terra e de maneira simultânea,
haverá um terror bem compreensível que é, simplesmente, o reflexo de sobrevida
e o reflexo de preservação.
Vocês nada podem contra esse reflexo de preservação ou
de sobrevida, simplesmente, aqueles entre vocês que foram liberados, eu diria,
por antecipação, pela Onda de Vida ou pelo sacrifício, passarão essa etapa com
grande facilidade.
É o mesmo para qualquer parto de toda irmã nessa
Terra.
Alguns partos são mais fáceis do que outros, alguns
partos podem deixar marcas.
Regra geral, qualquer que seja a vivência do parto, o
resultado é, o mais frequentemente, o mesmo: há nascimento ou morte.
Nesse caso que nos interessa, há renascimento e
Ressurreição.
A finalidade é, exatamente, a mesma.
É por isso que foi falada e vibrada a noção de
Liberação coletiva final.
É nesse sentido, também, que para nada serve, como eu
explicitei, querer tornar-se Absoluto ou procurar esse Absoluto.
Vocês não podem procurá-lo ou buscá-lo.
É, nesses tempos atuais, para cada um de você, muito
mais sábio, se o Si foi vivido, manter, tanto quanto possível, esse estado
interior do Si.
Na segunda parte da resposta a essa questão, o mental
sabe, porque não se trata de crença, trata-se, antes de tudo, de uma vivência,
mas se ela não é vivida, a informação Luz foi ativada em vocês, em um nível
infraconsciente que será, no momento oportuno, reativado, sem qualquer
dificuldade, se não são as condições dessa reativação, durante a estase e,
sobretudo, no período entre a estase e o elemento final.
... Silêncio...
Eu prosseguirei essa resposta do seguinte modo: o
mental, mesmo se ele não o viva, mesmo se ele não seja apagado, não pode
recusar a lógica da Luz, a lógica do que se desenrola, em seus termos
terrestres, há trinta e alguns anos nessa Terra.
O mental pode recusá-lo, ele pode desviar-se disso,
mas é apenas transitório porque, doravante, é demasiado tarde para permanecer
no mental, o que quer que vocês vivam ou não vivam.
Assim, a própria alma reconhece, em um nível nomeado
inconsciente ou subconsciente, a realidade do Amor.
O medo que corresponde ao mental pode, efetivamente,
impedir, até certo ponto, a revelação dessa vivência vibral e a Liberdade real,
mas, a partir da Liberação da Terra ao nível coletivo, não há mais
possibilidade de qualquer retorno ao antigo.
Quer isso concirna à sua pessoa ainda presente,
dominada pelo mental, e, a fortiori, é
claro, para o conjunto de seres que tenham vivido o Si ou o Absoluto.
A Luz, independentemente do medo do desconhecido, uma
vez que a Luz não é desse mundo nem sobre esse mundo até agora, cada um de
vocês, cada um de você possui, em si, o receptor para a Luz.
Ele está na alma, e permite revelar o Espírito.
Quer isso seja aceito ou não, nada muda para a
Liberação da Terra e para sua Liberação, ela foi registrada, de maneira formal,
há mais de cinco anos de seu tempo terrestre.
Assim, cabe a cada um de você, onde quer que esteja,
onde quer que esteja localizado, esse reconhecimento não pode deixar de ser
feito.
Como foi dito, a Liberação será coletiva, ao nível da
humanidade, no momento oportuno, que não depende nem de vocês nem dos Anciões
nem, doravante, da Terra, que já está liberada, mas de um conjunto de fatores.
Imaginem sete bilhões de fatores, tanto ao nível de
almas humanas como do que nós nomeamos, com vocês, os sem alma.
O que faz com que vocês tenham a intuição disso não é,
portanto, propriamente dita, uma intuição, mas uma ressonância da alma que
jamais pôde ser apagada, tanto nesse Sistema Solar como em qualquer sistema
solar que tenha sido falsificado ou confinado.
Sem Amor, nenhuma vida – mesmo da pessoa e do ego –
poderia existir.
Por outro lado, o ego, a pessoa vê muito bem, além do
aspecto vibratório, além do aspecto lógico, os efeitos e os resultados obtidos,
mesmo estando na negação, na contradição ou na recusa.
Isso representa apenas um jogo entre a alma e a
própria pessoa.
A confrontação, a recusa entre a alma e a pessoa
desemboca, de modo lógico, na Liberdade, qualquer que seja o preço a pagar para
a pessoa.
E é nisso que há dificuldade entre a percepção ou a
intuição, como você a nomeou, mesmo se não seja uma intuição real, da realidade
do que é vivido, não se apoiando nos eventos da Terra que, no entanto, são
verificados, mas, bem mais, em um mecanismo íntimo da alquimia entre a pessoa e
a alma, em todo caso, enquanto a alma esteja voltada para a matéria.
Não poderá, não pode ali haver qualquer recusa real.
Essa recusa está inscrita apenas em uma faixa de tempo
específico e lógico, aí também, que permite, a cada um de você, aperfeiçoar sua
liberação, em sua finalidade ou em sua aparência de caminho.
O resultado é, portanto, efetivamente, coletivo.
Não se trata de uma Ascensão coletiva, uma vez que a
Liberdade de cada um é respeitada, mas, sim, de uma Liberação concernente ao
confinamento, concernente à ocultação do Espírito em vocês.
Depois, se sua alma permanece, ela tem a liberdade
total de viver a experiência que ela desejou.
Lembrem-se: a partir do instante em que vocês saem –
mesmo se a palavra não seja adaptada – da terceira dimensão dissociada, vocês
se reencontram livres, ou seja, não existe mais a mínima restrição nem o mínimo
confinamento.
Suponho que cada um de você seja suficientemente
lógico, qualquer que seja sua atitude e seu posicionamento, para não recusar a Liberdade,
uma vez o Espírito revelado; mesmo se não seja, ainda, o caso, ele o será no
final da estase.
Não há qualquer razão, naquele momento, para que cada
um de você considere um retorno a qualquer prisão, mesmo, eu diria, para as
pessoas as mais masoquistas.
... Silêncio...
Em resumo, a estase, o mecanismo de parada temporária
dos mecanismos vitais durante três dias e três noites, permite a resiliência
final, a Graça de Maria e, eventualmente, a salvação, não desse corpo, mas da
Liberdade.
Na frase pronunciada por Cristo: «Aquele que quiser
salvar sua vida, perdê-la-á», eu respondo: «felizmente», porque é para esses
irmãos que adotariam, de algum modo, essa recusa, que é importante não
permanecer em uma estrutura carbonada, para serem, realmente, livres, qualquer
que seja a atribuição em um segundo tempo.
Eu os lembro de que, na saída dos cento e trinta e
dois dias, mais nenhuma vida, no sentido que vocês entendem, existirá nessa
Terra.
A Terra nova, vocês sabem, de quinta dimensão, já nasceu.
Algumas consciências, humanas ou não, ali já estão
presentes.
Perder seu corpo e perder sua vida querendo salvá-la
permite, simplesmente, nessa situação específica de pós-estase, fazer de forma
a não mais ser sufocado pelo peso do confinamento que, eu os lembro, está
inscrito, que vocês queiram ou não, em sua própria estrutura física.
Lembrem-se: seu DNA foi rarefeito; lembrem-se: suas
conexões cerebrais foram alteradas.
O conjunto de funções fisiológicas de todo corpo
humano foi amputado de seu potencial real.
É preciso, portanto, naquele momento, e em uma forma
de urgência, se posso dizer, liberar esses seres que quiserem salvar a vida,
perdendo-a.
É questão da vida da pessoa e não da vida da alma.
É impensável aderir ao conceito de perda de Espírito –
o que jamais nasceu não pode, jamais, morrer.
A Eternidade é o que vocês são, só o efêmero é, por
vezes, obrigado a morrer.
Isso quer dizer o quê?
Isso quer dizer que, para alguns e, eu diria, mesmo,
grande número de irmãos humanos, o fato de perder a vida, quer seja durante a
estase ou no pós-estase, é um modo o mais adequado de serem liberados.
A manutenção de uma estrutura carbonada, quer seja nas
tribulações da Terra, naquele momento, durante os cento e trinta e dois dias,
ou quer seja nos Círculos de Fogo, nada muda, na finalidade, tudo isso não
existirá mais.
O percurso aparente e necessário da vida da pessoa
encontrar-se-á, muito exatamente, no que é necessário, não para a pessoa, mas
para a Liberação efetiva, que não depende da pessoa, ainda uma vez.
... Silêncio...
E, em resumo, aquele que continua e permanece, neste
período ou durante a estase, apegado à sua pessoa, perderá sua pessoa para
reencontrar-se livre.
Os Liberados Vivos não se importam com esse corpo,
eles são, portanto, úteis até o elemento final.
Alguns de você representam, por sua informação, por
seu campo informativo presente neles, certo número de elementos importantes,
não para sua pessoa, mas para a Liberação ou para as manifestações nos mundos
unificados.
Outros, enfim, entre você, têm necessidade de
completar e de viver certo número de elementos na carne – antes de deixar essa
carne – e, se possível, nas condições, para eles, as mais adequadas, ou seja,
na Luz de quinta dimensão, no reencontro com os Anciões, as Estrelas e os
Arcanjos, uma vez que não haverá mais barreiras, naquele momento, o céu terá
desposado a Terra.
... Silêncio...
Qual é sua próxima questão?
Questão: o Comandante dos Anciões
falou de virtudes e de capacidades espirituais do Espírito, ligadas ao
despertar de nossa origem.
Quais são elas?
Essas virtudes, esses potenciais são, muito
exatamente, o que havia sido nomeado, há alguns anos, antes da Liberação da
Terra, processos de comunhão, de fusão e de dissolução da consciência.
É, também, o acesso à reminiscência de suas linhagens,
à reminiscência de sua origem galáctica e à reminiscência do próprio Espírito.
Os potenciais espirituais não são destinados à pessoa
ou a esse mundo, mesmo se vocês encontrem nisso uma utilidade.
Através, efetivamente, de uma nova clarividência é,
antes de tudo, a própria consciência que está interessada.
A Paz, a Alegria, o sentimento ou a vivência de ser
bem mais do que essa pessoa, bem mais do que esse efêmero que passa de vida em
vida torna-se certeza interior devido à lógica da Luz, mesmo se vocês não
tenham vivido o Absoluto.
... Silêncio...
Essas virtudes espirituais correspondem, é claro, às
Portas e Estrelas, no nome que foi dado a elas, que vão, é claro, e vocês podem
imaginar, bem além, simplesmente, do nome ou da função que ali correspondem.
A Profundeza, a Precisão, a Atração, a Visão, a Porta
OD, a Porta ER, AL, Unidade e as outras são potenciais de manifestação dos
potenciais dimensionais que se apoiam na experimentação da alma e do Espírito,
em qualquer mundo que seja, não carbonado, tanto na quinta dimensão como nas
dimensões até a perda de todo antropomorfismo.
É a passagem do sete ao doze.
Há doze Estrelas, há vinte e quatro Anciões, há sete
Arcanjos – as sete ressonâncias que permitem passar do sete ao doze.
O agenciamento da Luz faz-se em seu corpo de
Existência.
Antes, mesmo, de qualquer noção de revelação desse
corpo de Existência existe o átomo-embrião, o corpo de diamante, que
corresponde ao tetrakihexaedro que apresenta, é claro, vinte e quatro
triângulos.
... Silêncio...
Em minha presença e em sua presença, aqui ou alhures,
há aceitação ou pode haver contradição, mas, como eu disse, a alma e o
Espírito, mesmo não reconhecidos, sabem o que é verdadeiro.
E a intensidade da Luz é tal que, eu diria, mesmo um
determinado irmão que estaria em oposição total com tudo o que foi dito, tudo o
que foi vivido por outros irmãos e irmãs sabe, mesmo se ele o recuse, que isso
é verdadeiro.
Ele está, simplesmente, ainda, nas primeiras fases de
seu choque: negação, raiva ou negociação – a título individual.
Será, exatamente, a mesma coisa ao nível coletivo, no
momento da estase, em seus inícios, que terminam, de maneira lógica e evidente,
pela plena e inteira aceitação de sua Eternidade.
É nesse sentido que o Comandante dos Anciões disse,
também, como eu o redigo: «Ame e faça o que lhe agrada.».
E, quando ele disse: «É aquele que diz que é», é o
olhar da pessoa que vê, em outra pessoa, os defeitos, os desvios, ao invés de
ver o coração, porque há barreira, há tela de sua própria pessoa, que permite a
ela, justamente, ver a anomalia no outro.
Anomalia, obviamente, presente, também, nela.
Caso contrário, o que aconteceria?
Qualquer que fosse a oposição, qualquer que fosse a
contradição, qualquer que fosse a raiva do irmão que os enfrenta, vocês não a
veriam ou vocês a veriam, mas veriam, sobretudo, o coração que sofre, que está
por trás.
Naquele momento, o perdão é espontâneo, porque vocês
se reconheceram no outro.
Enquanto vocês não tenham se reconhecido em cada vida,
em cada entidade, em cada forma, vocês não são livres.
Esse reconhecimento não é um reconhecimento
intelectual nem, mesmo, ligado a um potencial espiritual, é uma Evidência que
se instala em vocês, ou não.
Ela não pode ser procurada, mesmo se tenham existido
processos de consciência nomeados comunhão ou, mesmo, fusão, que foram vividos
por inúmeros de vocês.
Há apenas a realidade dessa vivência, que não é uma
projeção de consciência nem, necessariamente, percebido por um sentido ou pela
vibração, ou pela energia, mas que é evidente, apesar de tudo, em vocês.
Na medida com a qual vocês julgam vocês se julgarão a
si mesmos.
E esse julgamento não é futuro, ele acontece nesse
momento mesmo.
Não é um julgamento exterior, mas é um julgamento
interior, que lhes concerne apenas consigo mesmos, entre a pessoa que vocês
acreditam, talvez, ser ainda, e a verdade de seu ser, que não sofre qualquer
contestação.
É, simplesmente, a distância colocada pelo medo, e não
por incompreensão, que os faz, ainda, ver os desvios do outro ao invés do
coração dele.
Existe, é claro, uma etapa que inúmeros de vocês
viveram, que consiste em ver com mais acuidade, tanto as linhagens do outro
como os defeitos do outro, mas, além de seus defeitos, há o mesmo coração, que
é você.
Portar sua atenção no defeito não lhe permitirá
resolver esse defeito, que está em você, antes de estar no outro, provocará
resistência, luta.
Dessa resistência e dessa luta nascerá, também, a Luz,
é inevitável.
Tudo isso são apenas jogos da consciência entre a
pessoa, a alma e o Espírito.
E, para confirmar o que eu disse, eu lhe repito, desde
o primeiro dia de minha vinda, que quem fala é você.
Eu sou você, você é eu, e isso lhe fala, mesmo se você
o recuse.
Porque não há outra possibilidade nem outra saída, só
o ego pode, ainda, crer nisso.
E esse ego, qualquer que seja, quer ele esteja na
resistência, quer esteja na luta ou tenha transcendido e magnificado, ou que
ele esteja totalmente dissolvido, estritamente, não tem qualquer importância, o
resultado é o mesmo, com mais ou menos facilidade.
Em um caso, aí onde é fácil, há saída do tempo, no
outro caso, aí onde é resistente, há impaciência, necessidade de saber se é
verdadeiro ou não verdadeiro, recusa mesmo.
Pouco importa, o trabalho está consumado,
inteiramente, a partir da Liberação da Terra.
Mesmo as etapas que lhes foram reveladas,
progressivamente e à medida de sua vivência, são apenas jogos que permitem
ganhar, eu diria, um maior número de consciências e de almas para a aquisição
da liberdade delas.
Isso permite ancorar a Luz, semear a Luz e, também,
fazer tomar consciência, se posso dizer, àqueles que resistem ou que estão na
recusa ou na negação, entrever a finalidade, do mesmo modo que, quando vocês
nascem nesse mundo, sabem que haverá morte, quer queiram ou não.
E, no entanto, esse fato adquirido do nascimento e da
morte, enquanto vocês não são confrontados à morte, não lhes interessa.
A preocupação do ego é de bem viver, a preocupação do
Espírito é de bem morrer à ilusão.
Em um caso, há persistência do tempo e, portanto, dor
ligada a esse tempo – os famosos cento e trinta e dois dias –, no outro caso,
há êxtase.
Mas, em definitivo, todo mundo chega ao mesmo lugar,
qualquer que seja sua atribuição vibral, qualquer que seja sua liberdade
concebida por sua pessoa, por sua alma ou a Liberdade real do Espírito.
... Silêncio...
Eu esclareço, enfim, que isso não tem qualquer relação
com sua escuta do que é dito, com sua presença, aqui ou alhures, mas,
simplesmente, essa é a realidade coletiva, quer ela seja vista ou não ainda.
Entretanto, esse inevitável torna-se cada vez mais
consciente, no que eu nomearia a massa coletiva da humanidade, através tanto da
sociedade como dos Elementos da Terra em ação, atualmente, onde quer que vocês
estejam – em qualquer ponto desse globo – encarnados.
É nesse sentido que ninguém poderá dizer que não sabia
e, isso, quanto mais o tempo passa, em sua linearidade, independentemente do
Apelo de Maria.
Lembrem-se: a Inteligência da Luz é absoluta e total.
Ela nada tem a ver com a razão humana, ela nada tem a
ver com a lógica humana, mas vem retificá-la, torná-la direita.
É o que vocês vivem, quer vocês vivam alguma coisa ou
nada.
Quer vocês estejam aqui, quer tenham lido isso, quer
tenham ouvido ou sejam ignorantes de tudo o que se desenrola atualmente, em
vocês e sobre a Terra.
... Silêncio...
Qual é a questão seguinte?
Nós não temos mais questões, nós lhe agradecemos.
A cada um de você, eu dirijo a Graça, a cada um de
você, eu vejo o mesmo coração.
E cada um de você eu abençoo, e de cada um de você eu
recebo a bênção.
... Silêncio...
A cada um de você, eu dou a Graça, e de cada um de
você, eu recebo a mesma Graça, porque não se esqueça: eu sou você, em cada uma
de suas facetas, em cada uma de suas questões.
... Silêncio...
Eu permaneço selado em seu coração.
Meu próprio selo não tem forma nem geometria, ele é a
doação da Graça, a doação do Amor, a doação do serviço.
... Silêncio...
Na ótica do Impessoal, nada existe que possa preencher-se, mas tudo há que possa ser preenchido. Nisto, também, subentende a ausência de todo tipo de vontade ou querer, que é sintetizado, por exemplo, na humildade em si mesma; que não é nenhuma humildade de alguém, é claro.
ResponderExcluirAgora, falando de preenchido, e não de preencher-se (rs), pois que é a tônica da MSG, como não realçar estes seus trechos:
- A refutação nada recusa, ela se contenta em constatar que tudo o que é conhecido não é a Verdade.
- Recusar é desviar-se; refutar é permanecer na mesma posição, sem reverter-se, mas atravessar as coisas.
- A recusa é recusar ver. A refutação é uma visão clara do que se desenrola.
- A refutação conduz você à Liberdade ou à Liberação, a recusa acorrenta-o, sempre mais, no que você quer recusar.
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- Mas ninguém, no momento vindo, poderá dizer que não sabia. A partir do instante em que as Trombetas, assim nomeadas, tornarem-se audíveis em todo ponto da Terra e de maneira simultânea, haverá um terror bem compreensível que é, simplesmente, o reflexo de sobrevida e o reflexo de preservação.
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- Em resumo, a estase, o mecanismo de parada temporária dos mecanismos vitais durante três dias e três noites, permite a resiliência final, a Graça de Maria e, eventualmente, a salvação, não desse corpo, mas da Liberdade.
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- Eu os lembro de que, na saída dos cento e trinta e dois dias, mais nenhuma vida, no sentido que vocês entendem, existirá nessa Terra.
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- O percurso aparente e necessário da vida da pessoa encontrar-se-á, muito exatamente, no que é necessário, não para a pessoa, mas para a Liberação efetiva, que não depende da pessoa, ainda uma vez.
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- E, em resumo, aquele que continua e permanece, neste período ou durante a estase, apegado à sua pessoa, perderá sua pessoa para reencontrar-se livre.
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- A preocupação do ego é de bem viver, a preocupação do Espírito é de bem morrer à ilusão.
“A recusa é recusar ver.
ResponderExcluirA refutação é uma visão clara do que se desenrola.
Como foi dito, a Liberação será coletiva, ao nível da humanidade, no momento oportuno, que não depende nem de vocês nem dos Anciões nem, doravante, da Terra, que já está liberada, mas de um conjunto de fatores.
Eu os lembro de que, na saída dos cento e trinta e dois dias, mais nenhuma vida, no sentido que vocês entendem, existirá nessa Terra.
A Terra nova, vocês sabem, de quinta dimensão, já nasceu.
É impensável aderir ao conceito de perda de Espírito – o que jamais nasceu não pode, jamais, morrer.
A preocupação do ego é de bem viver, a preocupação do Espírito é de bem morrer à ilusão.”
Impressionante... Tão magnífico... Transparente... Arrebatador... Convincente... Mais que um treinamento, é como já estivéssemos vivenciando as aguardadas etapas...
Assim Seja!!!