O IMPESSOAL
«UM-Pessoal»
Questões-Respostas
Terceira parte
Junho de 2016
Meu amigo, meu irmão, juntos, no Coração do Um, eu
estou em você e você está em mim.
Acolha, acolha-se no Coração do Único, aí, onde é seu
exato lugar e sua exata presença, além de todo mundo e além de sua pessoa.
… Silêncio…
Quer seja aqui ou aí, nesse instante, eu estou.
Nesse instante, no Amor, você está.
Eu escuto, novamente, o que você tem a perguntar no
íntimo de seu coração.
Em sua voz interior e em sua resposta do coração.
Eu venho elevar sua voz interior ao limiar de sua
consciência, aí, onde você está.
Eu acolho, primeiramente, seu amor e sua bênção, sua
Presença e sua Alegria.
… Silêncio…
Assim você se torna audível para si mesmo, despojado
de toda suposição, de toda antecipação e de toda reflexão.
E aí, no espaço de nosso coração Um, vamos, com cada
um de você, colocar-nos no Templo de sua serenidade, aí, onde tudo é resposta,
aí, onde tudo é Evidência e aí, onde a Verdade não pode ser desviada nem
alterada.
… Silêncio…
Receba, também, em qualquer lugar que você se tenha,
como em todo espaço da Terra, minhas bênçãos lhe são dadas à profusão, na
alegria do Amor.
Assim colocados, além de toda pessoa, onde não há nem
você nem eu e onde, no entanto, está cada um de você, assim nós nos escutamos,
o um, o outro, em uma comunhão perfeita, na qual nada mais que não a Verdade
pode emergir, na qual nada mais que não a Paz pode aparecer.
Em sua doação de amor eu me reconheço, como lhe é facultado
reconhecer-se em minha doação de amor.
De coração em coração, de coração a coração, no
Coração do Um.
E nós escutamos, juntos, o que jorra de sua Presença,
em qualquer interrogação que seja, em qualquer questionamento; nós nos
acolhemos, o um, o outro.
Assim colocados, eu escuto o que você tem a dizer-se.
Então, deixe aflorar o som de sua voz em suas
perguntas.
Assim nós nos escutamos e, sobretudo, nós nos ouvimos.
Eu escuto agora.
Questão: você disse que, a partir
de 2012, nesses quatro anos suplementares, haviam-nos permitido aperfeiçoar
nossa liberação.
Por que a Fonte não nos concede
ainda vários anos, para que o maior número possa fazê-lo?
Bem amado, o que devia ser realizado está realizado,
na totalidade.
Os eventos da superfície dessa Terra são visíveis,
onde quer que seus olhos e sua consciência portem-se.
O conjunto de sinais e de manifestações da superfície,
como em seus céus, como em seu ser interior traduz a realização da Liberação.
Nesta fase de Ressurreição, nesta fase na qual o coletivo
da humanidade apreendeu, mesmo se isso não esteja claro, que há uma perturbação
a nenhuma outra similar, quer seja pelos sonhos, quer seja pela observação do
que se desenrola nessa superfície, como por sua vivência interior, há
evidência.
Quer seja na negação, quer seja na negociação, cada um
de você está, hoje, em seu muito exato lugar, em seu exato local.
Quer seja na materialidade de sua vida, quer seja no
posicionamento de sua consciência.
Havia sido dito que, no final desse tempo, os tempos
seriam abreviados e não mais alongados.
O conjunto de corações despertos da Terra, hoje,
apresenta uma biomassa suficiente e necessária para a atualização da Liberdade
e da Liberação para o conjunto do coletivo.
Ninguém conhece o dia, ninguém conhece a hora, porque
não há mais dia e mais hora.
Há apenas a aquiescer à sua própria transição, à sua
própria transformação, quaisquer que sejam as circunstâncias.
Qualquer que seja a evidência ou qualquer que seja a
negação, isso nada muda, cada um está fixado, se posso dizer, em sua liberdade,
em sua concepção de Liberdade e na vivência de sua liberdade.
Quer a tela da alma interponha-se, quer a clareza do
Espírito inunde você, quer as resistências façam com que você mantenha a
aparência da separação, isso nada muda agora.
Não há nem tempo ganho nem tempo perdido, há evidência
do reencontro, evidência da mudança e realidade disso.
Isso está inscrito no coletivo, como foi inscrito na
Terra, quando de sua liberação.
Resta, então, a atualização total do mecanismo da
liberação que é lançada.
Doravante, nada mais pode retardar nem avançar o que
quer que seja, há apenas a executar os mecanismos os mais íntimos da transição,
aquela da Terra, como aquela de cada um de você.
O instante presente da Terra pede a vocês, a cada um
de modo diferente, para estarem aí.
Isso é agora.
Em qualquer data que seja, na linearidade desse tempo,
não há mais iminência, há concretização da dissolução.
Nenhum tempo é mais necessário.
Cada um de você vive o que tem a viver, tanto em seu
íntimo como na superfície desse mundo.
Qualquer que seja a situação de sua pessoa, qualquer
que seja a situação de sua vida, tudo está aí.
Como lhes foi dito, vigiem e orem, não para salvar o
que vocês pensam, talvez, ainda ter a salvar, mas apenas para manter a chama de
sua eternidade, na Presença como na Ausência.
Não se esqueça, contudo, da Graça de Maria, não se
esqueça, contudo, da salvação, nos momentos que seguirão a Graça da estase.
Assim, eu lhe repito: «Ame e faça o que lhe agrada,
mas, antes de tudo, ame.».
Onde quer que seu olhar recaia, em qualquer
circunstância da Terra, como em cada um de você, escute apenas o coração, ele
fala.
Que você não o ouça, ainda, não quer dizer que ele não
fale, isso quer dizer, simplesmente, que sua escuta e seu entendimento
situam-se na expectativa e não no instante.
Situe-se no instante, como nós o fazemos, aqui e
alhures, e tudo se desvanece.
Resta, então, só a Alegria, a inabalável Alegria.
Se essa Alegria não lhe aparece, então, você não se
escuta o bastante e você não se ouve o bastante, mas isso nada mudará quanto à
resultante, quanto ao futuro da Liberação.
Lembre-se de que ninguém há a salvar, há apenas a
realizar sua liberdade.
Em sua liberdade, você é Amor, então, não se preocupe
com o que pode parecer-lhe, tanto em você como na superfície desse mundo, como
em outros «cada um de você», o que poderia nomear-se resistência, oposição ou
negação.
Mantenha a paz, e libere todo o resto.
Escute seu coração, ele fala; escute seu coração, ele
vibra, no Coração Ascensional, na verdade de Cristo, na verdade do Amor.
Se você está bem aí, se você está bem presente, então,
capte o que diz seu coração.
Fique na paz, deixe aflorar a Alegria, deixe aflorar
seu ser íntimo, seu corpo incorruptível, aquele sem costura e sem manchas.
O resto já partiu, o resto já se apagou.
Apreenda, efetivamente, que, do lugar no qual você
está, a percepção que você terá será profundamente diferente.
O que a lagarta chama a morte, a borboleta chama
nascimento.
Não veja mais o copo metade vazio, mas, bem mais, o
copo metade cheio.
Apreenda, efetivamente, que é seu ponto de vista e seu
posicionamento que determinam sua realidade, e nenhuma circunstância desse
mundo.
Saiba, simplesmente, que tudo está mais do que no
lugar, que tudo está pronto, que tudo está em curso.
Não é mais questão de atraso, é questão de ser.
Porque, se você é, nenhum tempo pode mais ser
descontado nem, mesmo, esperado.
Porque, se você é, então, você não é mais concernido
por qualquer futuro que seja, por qualquer história que se desenrole, nesse
momento mesmo, tanto em você como na Terra.
Nutra-se de seu coração, nutra-se de sua paz, nutra-se
de mim, nutra-se de cada um, na doação da troca, na doação do Amor.
Viva-o, por si mesmo.
Olhe os momentos e os instantes de sua vida, nos quais
o tempo não é mais contado, os momentos em que você desaparece de sua realidade
pessoal.
Observe e testemunhe, você mesmo, isso.
Tudo está no lugar, em termos terrestres, já há
numerosos meses.
Como eu disse, não há etapa suplementar, há apenas a
posicionar-se onde eu estou colocado, ai, onde você, preliminarmente, depositou
o conjunto de fardos, aí, onde só lhe importa seu coração.
Não mais sua pessoa, não mais o outro, não as
circunstâncias da Terra, não sua própria vida, mas a Vida Una.
Se você está aí, se você se tem aí, então, há apenas o
prazer de estar aí, o prazer de estar na vida.
Qualquer que seja a morte desse corpo, qualquer que
seja sua idade, qualquer que seja sua riqueza no exterior.
Você verá que a riqueza interior, se já não é o caso,
é uma riqueza que nada pode comprar, nem sua pessoa nem nada mais.
Então, ao descobrir o tesouro de seu coração em
manifestação na superfície de seu ser e de sua Presença, o que lhe importa a
noção temporal?
Porque, a partir do instante em que você se coloca aí,
você se apercebe, real e concretamente, de que cada um e cada coisa está, muito
exatamente, no lugar que deve ocupar no jogo que ele joga nesse tempo.
Como eu disse e como eu o re-exprimi hoje, se você é
tentado a ocupar-se do tempo linear da Terra, então, você perde seu tempo,
tempo precioso para seu coração, que não conhece o tempo.
Cabe a você ver, cabe a você decidir se o amor que
você é está, ainda, condicionado por uma circunstância de sua vida ou uma
circunstância da superfície desse mundo ou se só o coração preencheu todos os
espaços e todos os interstícios de sua vida.
Porque, sem coração, sem o Amor, você nada mais é do
que o vento.
Enquanto aquele que aceita colocar-se no Amor vê,
muito rapidamente, toda oposição ao Amor desaparecer, quer ela seja consciente
ou inconsciente em você.
É assim que a lagarta desaparece, é assim que a
borboleta que seca suas asas toma seu primeiro voo.
Toda sua consciência sabe, pertinentemente, mesmo em
sua recusa, que o coração é a única evidência e a única verdade eterna.
É a única coisa que não passará, jamais, porque ela
não pode, jamais, passar.
… Silêncio…
Questione, ainda, questione-se.
Deixe sair o que não está mais no lugar.
Limpe tudo.
Fale, exprima.
Deixe o Amor iluminar o que pede, talvez, para sê-lo,
em qualquer dúvida que seja.
Eu o escuto, então, escute-se.
Questão: a experiência da espécie
humana vai parar aí ou continua em outros lugares?
Meu irmão, a experiência humana livre já está presente
em numerosos lugares, nesse universo como em todo universo.
A forma humana não é o apanágio da Terra, ela é
onipresente.
Quaisquer que sejam as diferenças fisiológicas e morfológicas,
há a mesma humanidade, a mesma experiência humana.
O que toma fim não é o homem, é a ilusão, é o
confinamento, é a limitação da consciência.
Não há qualquer razão para que a experiência humana
livre termine ou encerre-se.
O que se encerra é, efetivamente, o que é limitado e o
que é confinado e congelado em uma forma inscrita entre nascimento e morte.
Aí, onde você ressuscita, não há nem nascimento nem
morte, em qualquer dimensão que seja.
Certamente, nos mundos carbonados há desgaste, mas,
jamais, a consciência apaga-se.
Ela muda, simplesmente, de veículo, ao mesmo tempo
nada perdendo de sua eternidade.
É, portanto, efetivamente, a morte que toma fim nesse
mundo, é, portanto, efetivamente, o sofrimento que se aniquila diante da
majestade da Luz, mesmo se, para isso, alguns partos possam ser mais difíceis e
ocasionarem ranger de dentes, raivas.
Mas isso nada é porque, uma vez que você tenha
superado isso pela visão de sua eternidade, você se esquecerá, muito
rapidamente, do que, alguns minutos antes podia, ainda, fortemente,
contrariá-lo ou restringi-lo.
Ame, como eu disse; em qualquer olhar, em qualquer
situação, ame.
Não escute o que diz sua cabeça, não escute o que
dizem seus sofrimentos, não escute o que lhe dizem seus passados.
Escute-se, você, e ouça-se, no grito de alegria do
Amor.
Aí, onde nada pode passar, aí, onde nada pode
apagar-se nem falecer, aí, onde está a Verdade para cada um.
Então, viva-o, isso cabe apenas a você, uma vez que o
mundo está em você.
Reflita bem.
Mesmo se você nada disso viva, atualmente, reflita em
sua cabeça, mesmo se você quiser, no que significa a Liberdade.
A Liberdade não é, simplesmente, satisfazer as
necessidades desse corpo ou dessa sociedade, é, antes de tudo, satisfazer seu
coração.
E escute-o, porque ele fala.
As palavras que eu pronuncio, a Luz que eu deposito é,
em definitivo, apenas a sua.
Eu faço apenas restituí-la para você mesmo, eu faço
apenas favorecer a emergência de seu Face a Face e, nesse Face a Face, nada
mais existe que não a majestade do Amor, a grandeza da Paz.
Se você ainda não vive isso, saiba, simplesmente, que
os elementos residuais de sua pessoa e dos hábitos estão, ainda, na dianteira
de sua cena e que cabe apenas a você voltar seu olhar e sua consciência ao essencial.
Essencial que virá dissolver, pela Graça e pela
Inteligência da Luz, tudo o que pode parecer-lhe, ainda hoje, resistente ou
difícil.
Cada evento de sua vida leva-o a essa tomada de
consciência de que tudo procede de você, de que tudo vem de você e de que tudo
termina em você.
O salvador está em você, eu o disse.
Revele-o, mostre-o a você.
Não há melhor modo do que escutar-se em seu coração.
Aí, onde a evidência apenas pode ser sua única
Presença, aí, onde não há mais escolha, aí, onde o livre arbítrio aparece-lhe
como algo de oco, que tem sentido apenas para a pessoa efêmera que quer, nesse
mundo, persuadir-se de ser livre e de agir à vontade, respeitando,
simplesmente, as leis morais ou as leis sociais, mas não vivendo a lei de Um.
Porque, na lei de Um, há apenas a Graça, não há outro,
há apenas um único coração, qualquer que seja a aparência dele.
Hoje, mais do que nunca, contrariamente ao que
acontecia na linearidade de seu tempo há ainda algum tempo, quando as
referências, os sinais, as vibrações e as estruturas de Existência eram
perceptíveis – e o são, aliás, ainda hoje –, mas o que é importante não é
observar isso, mas, simplesmente, experimentar-se e medir-se na altura de sua
alegria, que é apenas o reflexo exterior de seu Amor.
Quando o Amor está aí, em sua inteireza e em sua
verdade, o que pode fazer-lhe o futuro de seu corpo, desse mundo, sua idade,
suas emoções, suas relações, uma vez que, no Amor, tudo é magnificado, tudo é
Graça, em qualquer situação e em qualquer pessoa que você reencontra?
Escute seu coração.
Nada mais é verdadeiro, nada mais pode durar, nada
mais é eterno.
… Silêncio…
Reconheça a primazia de seu coração.
Reconheça-se.
… Silêncio…
Eu escuto seu coração.
Questão: o que é daqueles que
fizeram o voto de permanecer até o fim, como os bodisatvas?
Meu irmão, o que você nomeia bodisatva é,
simplesmente, uma denominação de um ser dito realizado.
O que você quer saber?
O que você quer saber em relação a eles?
Eles nada têm a realizar, simplesmente, estarem
presentes.
E a presença deles em nada é afetada pelas
circunstâncias desse mundo nem de seu próprio corpo.
Apesar da presença deles em corpo de carne, eles são o
Espírito.
Então, esclareça sua questão, o que você quer saber em
relação a isso?
Questão: há deles entre nós?
Meu irmão, de onde vem essa necessidade de
categorizar, de classificar, se não é do medo?
Não é do interesse ou da curiosidade, isso é,
simplesmente, a necessidade de satisfazer.
Aqui, nesse lugar, como em cada um que lê ou que ouve,
ou que escuta, cada um de vocês é um bodisatva.
Não há qualquer diferença – no Amor – no maior dos
pecadores como no maior dos bodisatvas.
Enquanto você faz uma diferença, você não é livre.
Enquanto você quiser classificar e saber quem está ao
seu lado ou ao seu redor, você se esquece de olhar seu próprio coração.
Você procura, ainda, em seu exterior, você procura,
ainda, reconhecer-se e conhecer-se, mas você não procura no lugar certo.
Seja você mesmo o que você procura.
O bodisatva está, também, em você, ele é, também,
você.
Então, saia da personificação e da idealização de um
modelo que seria necessário seguir ou que viria confirmar-lhe no que você é na
pessoa.
O bodisatva não é uma pessoa, ele é um Espírito, o que
você é, também.
Não há nem superior nem inferior, há apenas a livre
expressão do Amor, há apenas um amor que não está, ainda, completo, que ainda
não se completou nele mesmo.
Há modelos, certamente, que lhe são úteis até certo
ponto, mas, enquanto há modelo, isso quer dizer que você não é capaz de olhar
em si mesmo e por si mesmo, e procura, no exterior, o que poderia aportar-lhe
uma ajuda, uma imagem, um referencial.
É tempo, nesses tempos da Terra, de deixar caírem
todas essas histórias que termina e que não termina, jamais, na ilusão dessa
Terra.
Qualquer que tenha sido Buda, quaisquer que tenham
sido os profetas, qualquer que tenha sido Cristo, tudo isso pertence à
história.
Não olhe a história, mas olhe, simplesmente, o
coração, e você verá que há o mesmo coração em você como no bodisatva, como no
pecador.
Se você vê isso, não há mais necessidade de rótulos,
não há mais necessidade de nomear, porque você se tornou o sem nome.
Pare, portanto, de admirar e de procurar um modelo
exterior, enquanto o mais puro dos modelos é seu próprio coração, que é o
coração de cada um.
Será, sempre, sua consciência limitada que o provocará
a discriminar, a ver o bem, a ver o mal, a ver o peso, a ver a leveza.
Mude de olhar, olhe com seu coração e não mais para
saber onde está o salvador em seu exterior, onde está o avatar, onde está o bodisatva.
Qual importância?
Tudo isso são apenas histórias na trama efêmera desse
mundo que, certamente, aportaram o próprio sangue, a própria informação, mas
que nada mais é que a sua.
Ao colocar-se nesse olhar, tal como você o apresenta,
você permanece na distância de sua verdade.
Você não pode entrar em coincidência, porque é assim
que se exprime o que é limitado.
Qualquer que seja o Ilimitado que lhe seja mostrado em
seu exterior, se você não entra em ressonância, de coração em coração, você se
separa e você se distancia, você mesmo, de si mesmo.
Aprenda a olhar-se.
Aprenda a sentir-se, não na sensação de sua pessoa,
mas aprenda a sentir-se quando você está em seu coração, como nós o realizamos,
você e eu, aqui e alhures.
Escute.
Dê-se a si mesmo.
Ame-se, não no que você vê, mas no que você é, aí, no
Coração do Coração.
Todo o resto é supérfluo.
Não é mais tempo de jogar.
O que você procura, e isso sempre foi dito, está em
você, então, se você o procura, ainda, no exterior, através de um nome, através
de uma identidade, é que você ali não está.
O que fala é seu coração, que se procura, ele mesmo.
Veja isso, claramente, e escute.
Escute, aí, agora, o que lhe diz a Graça, em cada um
de você, aqui e alhures.
… Silêncio…
Em resumo, há tantos bodisatvas quantos seu coração
pode ver.
Quer haja um deles, quer haja cem, quer haja mil, nada
muda, porque há sempre, o mesmo coração.
Qualquer que seja a expressão deles, qualquer que seja
a visão de sua pessoa, isso é apenas fragmentário.
Ele vem, simplesmente, do hábito tomado nesse mundo,
na carne desse mundo, de uma necessidade ligada à falsificação de evitar o mal,
de procurar o bem.
Mas, ao procurar o bem e o mal, você não pode viver o
Amor, você não pode ser livre.
Você se acorrenta, a si mesmo, na ilusão do efêmero, e
esquece-se de ser você mesmo.
Veja isso.
Coloque-se a questão do que meu coração diz ao seu
coração, que não é outro que não meu coração.
E veja-o.
O que você espera para ser você?
O que você espera para ser o bodisatva que você
procura?
O que você espera para nutrir-se e, mesmo, sua pessoa,
nutrir-se do que você é, em verdade?
… Silêncio…
Aliás, se eu não tenho nome há, efetivamente, uma voz
que fala.
Quem é ela?
Aquela de um desconhecido?
Aquela de um Ancião?
Aquela de uma Estrela, de um Arcanjo?
Aquela de um povo da natureza?
Aquela daquele que me recebe?
Apreenda, efetivamente, que é o mesmo coração e a
mesma Presença, aí, onde não há mais distância entre você e eu, entre você e
você, entre cada Ancião, cada Estrela, cada Arcanjo e a própria Fonte.
Identifique-se, além de qualquer identidade, na
eternidade de seu coração, você não tem necessidade de nada mais.
Você é o bodisatva, se esse nome agrada-lhe.
Esse é apenas um nome, é apenas uma função, passageira
e temporária.
… Silêncio…
Deixe falar seu coração.
Ouse.
Ouse.
Questão: você pode falar-nos da
energia vibral em relação ao corpo de Existência, corpo de glória ou corpo sem
costura?
Bem amado, o que você nomeia vibral, em sua
denominação de corpo de Existência, de Coração do Coração, do corpo sem
costura, não é uma energia, é uma vibração.
Em caso algum a vibração é energia.
A energia é o que permite o movimento; a vibração não
é movimento, ela é Eternidade.
O que você quer que eu lhe diga?
Que eu lhe fale da estrutura de seu corpo de
Eternidade?
Isso para nada serve, porque você se esqueceria de
permanecer em seu coração.
É como se você me pedisse para descrever-lhe os
músculos, os ossos, os tendões que permitem à sua mão mover-se; isso não tem
utilidade alguma e para nada lhe serviria.
Simplesmente saiba, e prove-o, a si mesmo, que o corpo
imortal, que o corpo sem costura, que o corpo de Existência, quando ele está
aí, então, você está na paz, qualquer que seja a dor de seu corpo, qualquer que
seja a dor de suas afeições, qualquer que seja a alegria.
E é esse que é o melhor testemunho e a melhor
descrição disso.
O resto faz apenas traduzir o que é preliminar ao
Coração do Coração, que, certamente, foi útil para permitir-lhe situar-se, para
permitir-lhe ver, para permitir-lhe sentir e provar-se, a si mesmo, a realidade
desse corpo, a realidade do Amor.
Não aquele ao qual você está habituado nesse mundo,
que faz apenas passar e que, sempre, apaga-se, contrariamente ao Amor
verdadeiro, aquele que é incondicionado e que não depende de qualquer pessoa, porque
o Amor é relação e comunicação, o Amor é Paz, o Amor é Alegria.
Então, eu poderia descrever-lhe os músculos e os
tendões de sua mão, e você se esqueceria, então, de servir-se de sua mão.
Você compreenderia, certamente, os mecanismos disso,
mas o que é importante não são os mecanismos e, em especial, o que concerne à
Eternidade, porque esses mecanismos são perfeitamente geridos, se posso dizer,
pela Inteligência do Amor e da Luz.
A consciência livre e liberada não se ocupa de sua
forma, mesmo de Existência, ela é mutável conforme as dimensões vividas, mas
haverá, sempre, em qualquer dimensão que seja, mesmo além da forma e de
qualquer forma, sempre, o mesmo coração e, sempre, o mesmo Amor.
O corpo imortal é ligado à sua ressurreição.
Ele é ligado à reconstrução do corpo de Existência e
ao conjunto de estruturas que se puseram a vibrar e a aparecer.
Seu próprio coração, que é o coração de cada um, em
sua estrutura aparente para aquele que o vê, brilha radiante e contém, nele, a
totalidade dos mundos, a totalidade dos possíveis, a totalidade das
identidades, a totalidade dos universos, a totalidade da Fonte e, obviamente, o
Último.
Esse tesouro está em você, ele não está em nenhum
outro lugar.
Ele não é energia, mesmo se ele brilhe radiante, em qualquer
dimensão que seja, ele está Presente – ele está, também, Ausente.
Ele não é energia, ele é vibração.
A energia é ligada ao movimento.
O coração é ligado, igualmente, à dança, mas que o
remete, sempre, ao silêncio do centro.
É o que faz girar a roda, é o que permite à
consciência aparecer, mas ele não é isso.
Ele é o Espírito de Verdade, o Espírito do Sol, o
Filho Ardente do Sol, o Coro dos Anjos.
Mesmo em sua forma, ele contém todas as formas e o
mesmo Amor.
… Silêncio…
Então, seu corpo imortal, ele está aí.
Seu corpo de Existência ou corpo de Eternidade, ele
está, também, aí.
E é o mesmo em cada um, quaisquer que sejam as
aparências apresentadas, quaisquer que sejam os papéis e as funções.
Ele é andrógino.
Ele é o anjo e ele é o Arcanjo.
… Silêncio…
Continue a falar.
Continue a escutar seu coração e deixe emergir o que
pode restar em você.
… Silêncio…
Eu o escuto.
Questão: há algum tempo, o
desaparecimento faz-se menos facilmente, como se alguns elementos do mental
ficassem despertos para controlar.
O que é isso?
Bem amado, seu coração fala com você.
Quando o coração toma todo o lugar, ele pode ver com
mais acuidade o que não é ele.
Isso não é nem um reaparecimento nem uma ressurgência,
mas, sim, uma iluminação do que não está, ainda, estabilizado, do que resta a
limpar, não por sua vontade, mas por seu coração, precisamente.
Então, ele pode dar-lhe a impressão de que o mental
voltou, que as emoções voltam, são apenas coisas a atravessar para provar-se, a
si mesmo, que você não é isso.
O que você observa, não o interprete, atravesse-o.
E se lhe parece difícil ou menos fácil desaparecer na
verdade de seu coração, aceite que seu coração mostra-lhe o que não é você,
para que você o veja com mais precisão e profundeza, instalado no trono de sua
eternidade.
São elementos periféricos que não são ligados nem a
uma culpa, nem a um erro, nem a qualquer recaída, mas, unicamente, ligados a
uma iluminação bem mais intensa de seu próprio coração.
Talvez, também, seu coração tenha decidido manter sua
Presença na Infinita Presença.
Aquele que desapareceu uma vez, mesmo se constate que
ele não pode desparecer, está marcado a ferro em brasa de sua própria
ressurreição.
Em nenhum caso, eu o repito, trata-se de qualquer
recaída, mas de uma iluminação que você poderia qualificar de mais crua e de
mais intensa.
Veja-o, atravesse-o, não se ocupe disso.
Isso lhe provará, a si mesmo, ainda mais se isso é
necessário, que você não é nem seus pensamentos, nem seu mental, nem suas
emoções, nem sua própria vida nesse mundo.
… Silêncio…
Essa é, também, uma nova forma de lucidez, de
transparência e de humildade, o que quer que sua cabeça possa pensar disso.
Não se demore nisso, não procure evacuá-lo por
qualquer vontade, mas, aí também, aquiesça e aceite.
Não pare nisso, deixe-o passar, e isso passará.
Seu coração ilumina-se e ilumina os mínimos recantos
do que pode restar de pessoal, de efêmero.
É um convite para colocar-se, ainda mais, no Coração
de seu Coração.
É um convite para soltar e para nada reter do que passa.
Isso não é um obstáculo.
O que quer que lhe pareça difícil, isso não é.
É, simplesmente, o que é preciso continuar a iluminar,
o que é preciso continuar a deixar passar, o que lhe permite fazer o
aprendizado do que você é, de levá-lo ao seu termo.
Não pare nisso.
… Silêncio…
Aceite tudo ver, e o que quer que você constate, aí
também, nada mais veja que não seu coração em ação, que o leva a colocar-se em
seu Templo e em meu coração.
… Silêncio…
Atravessemos isso juntos.
Eu sou você.
Deixe consumir-se isso, não se preocupe com isso.
No interesse da história efêmera, inúmeros de cada um
de você viveram o que foi nomeado de laços dos tornozelos e dos pulsos.
Como você constata, como cada um de você, esses laços
são, o mais frequentemente, menos presentes, e seu mental, efetivamente,
através das memórias, através dos pensamentos que foram mantidos
suficientemente longo tempo para imprimir-se em sua consciência, são-lhes
mostrados, a si mesmo.
Deixe-os passar.
Isso lhe permite, mesmo se possa aparecer como
incômodo, isso é destinado, simplesmente, a deixar aparecer o que você é.
E você sabe muito bem que você não é isso, é por isso
que você o vê muito melhor, nesse momento.
… Silêncio…
Eu escuto seu coração.
… Silêncio…
Questão: a Liberdade instala-se
no lugar do livre arbítrio.
Isso significa que tudo está cada
vez mais escrito, que as escolhas e a variabilidade do futuro diminuem?
Na história do efêmero, tudo é cristalizado e tudo,
efetivamente, já foi escrito.
Então, efetivamente, pode parecer-lhe que, através
dessa cristalização, efetivamente, não há mais escolha, e esse é o caso.
É nesse sentido que a Luz ilumina, por vezes,
violentamente, o que recusou sua presença, nas situações, nos seres, nas
relações, e é, justamente, essa iluminação, por vezes, violenta, que lhe
demonstra a verdade de seu coração.
… Silêncio…
Eu o lembro, também, que a parada do tempo, nomeada
estase, é exatamente isso.
Tudo se congela e tudo é livre.
No não movimento, na cessação do movimento, há a
Eternidade que permite, justamente, a liberdade do movimento.
Efetivamente, a Luz, as partículas adamantinas, os
portais, os vórtices, os vegetais, o humano, os animais, a Luz cristaliza-se
por toda a parte, e manifesta sua majestade e sua Inteligência.
É claro, até a parada total, tudo o que resiste parece
tomar mais importância, tanto em seu mental como na superfície desse mundo.
E esse é, efetivamente, o caso, o que traduz, aliás, a
progressão e não a regressão do que quer que seja, a progressão da Luz em sua
instalação, em sua revelação.
Assim como você vê na superfície de seu mundo, um caos
aparente, cada vez maior, reina.
Isso é apenas a resultante da emergência da Luz, que
vem pôr fim a tudo o que enganou, a tudo o que foi falso, a tudo o que foi
alterado nas leis da vida, em cada um de você.
De fato, a Luz está instalada.
Ela subiu e do núcleo cristalino da Terra.
Ela chegou até vocês, durante numerosos anos,
ressuscitou-os e transformou-os em seres de Luz, portadores, ainda, da carne.
Mas a consciência é livre, ela se ilumina por si mesma
e do interior.
Ela mostra as falhas, ela mostra o falso, ela mostra o
efêmero, porque ela nada é de tudo isso.
… Silêncio…
Fale.
Fale, eu o escuto, onde quer que você esteja.
Questão: na afirmação «Ame e faça
o que lhe agrada», com a liberdade que eu tenho, eu tenho a impressão de abusar
da liberdade dos outros.
Se lhe parece abusar da liberdade do outro, então,
você não é o outro, você põe uma distância entre o outro e você.
Quando você ama e faz o que lhe agrada, há liberdade
tanto para você como para o outro; não pode ali haver abuso, não pode ali haver
vantagem pessoal, não pode ali haver o outro, há apenas seu coração.
Um único coração.
Tudo o que lhe parece ser abusado não vem do «Ame e
faça o que lhe agrada», mas vem, simplesmente, do olhar do hábito, do olhar das
convenções e do olhar, também, daquele que se preocupa, ainda, com o efêmero do
outro.
Se você vê apenas o coração do outro, que é seu
coração, então, o que lhe agrada só pode agradar ao outro, caso contrário, não
há um único coração.
Eu estou consciente de que a Luz pode incomodar aquele
que não está no coração porque se o outro, como você diz, está no mesmo coração
que você, não há qualquer abuso na Liberdade.
Todos os abusos concernem à pessoa e à confrontação de
pessoa a pessoa e, mesmo, no amor de pessoa a pessoa.
No Amor incondicionado não há você, não há o outro, há
o mesmo coração, no qual não pode existir nem obstáculo, nem abuso, nem
incômodo.
Contudo, se seu coração ali vê, realmente, um abuso,
no qual o outro é incomodado, então, isso pode ser, também, que há, ainda, uma
distância ligada, talvez, ao medo que tem o outro, de você e de sua liberdade.
Porque, quando o mesmo coração de duas entidades fala,
mesmo se haja diferença de tonalidade, mesmo se haja opinião oposta, isso nada
muda na qualidade do Amor e do Coração do Um.
… Silêncio…
E, enfim, aquele que ama, verdadeiramente, e que faz o
que lhe agrada amando, não pode, jamais, abusar do outro, porque ele é, também,
o outro.
E ele sabe, pertinentemente, seu coração, quando sua
liberdade vem chocar o coração do outro, é que há, então, em você ou no outro,
ainda, uma pessoa que está aí.
Quando você ama, verdadeiramente, não há mais você,
não há mais o outro, o outro está no mesmo nível que você.
Se há incômodo, então, não há Amor incondicionado, mas
existe, no um ou no outro, que é o mesmo coração, no entanto, ainda, condições.
Se você ama sem condições, na Inteligência do Amor e
em Sua Graça, então, o outro não pode estar incomodado nem incomodar você,
mesmo se haja recusa do outro, que lhe é notificada.
Isso nada muda no Amor que você é, se ele é,
verdadeiramente, incondicionado.
Enquanto você vê esse inconveniente ou esse abuso, aí
também, ele pode estar apenas em você, o que quer que diga o outro, o que quer
que sinta o outro.
… Silêncio…
Eu o escuto, fale.
… Silêncio…
Questão: o Apelo de Maria será
apenas um nome dito a cada um de nós, ou ela vai fazer um discurso que previne
do fim dessa dimensão?
Maria, ao falar em seu coração, como no coração de
cada um, chama-o e convida-o.
Lembre-se de que cada humano da Terra apresenta, em
si, o DNA de Maria, e apenas pode reconhecê-la.
Quer seja o mais santo dos humanos como o mais abjeto,
ele é portador de Maria, e ninguém pode ficar indiferente a ela.
Não há necessidade de discursos, há apenas a chamá-lo
e você sairá de seu nome para tornar-se o sem nome.
Sem possibilidade de resistir desmesuradamente, sem
possibilidade de opor-se, de maneira alguma.
Nesse reencontro do Apelo de Maria não há necessidade
de qualquer palavra.
Há apenas a Evidência da presença dela, a Evidência da
Mãe que o faz derreter-se em lágrimas, de alegria, de reconhecimento.
As palavras tornam-se supérfluas.
Há, unicamente, dois nomes, o seu e aquele de Maria, o
resto é, verdadeiramente, supérfluo.
Essa majestade passa das palavras, passa das
informações concernentes à superfície.
Não se esqueça de que Maria fala em seu ouvido, mas,
sobretudo, fala ao seu coração e, aí, não há necessidade de discursos, há reconexão
imediata e reconhecimento instantâneo.
De onde quer que você venha e onde quer que você
esteja, haverá Evidência, quer ela seja aceita ou não.
Ninguém poderá dizer que não ouviu.
Maria toca a alma ou desperta o Espírito, ela desperta
suas células e ela lhe mostra toda vaidade de sua pessoa e de seu efêmero.
Não há necessidade de nada mais quando do Apelo de
Maria.
Há despertar de seu coração, despertar de suas
células, despertar da Eternidade, qualquer que tenha sido a intensidade até
agora.
As únicas palavras poderão ser as palavras vis-à-vis de si mesmo, seja caindo na
Graça, seja caindo de joelhos a pedir perdão, a Graça e a salvação.
Nesse despertar, nesse Apelo não há necessidade de
qualquer palavra, não há necessidade de qualquer discurso.
Porque, lembre-se, essa é a própria Evidência.
Mesmo se você não a veja agora, ninguém poderá ali
subtrair-se, dessa Evidência e desse Amor maternal, em qualquer lugar e em
qualquer coração que seja.
Ninguém poderá opor-se, apenas resistir um tempo, até
a aquiescência, que sobrevirá bem antes do fim da estase e dos três dias.
Ninguém, tampouco, poderá ser enganado, naquele
momento, no Coração do Coração.
Só os olhos poderão enganá-los, se vocês olham para
outros lugares que não em si mesmos.
Em nada acredite, neste período, do que vocês poderão
ver na tela da vida, porque tudo se jogará no interior do Coração do Coração e
nada mais haverá a ver que não isso, no mais profundo da estase.
Eu os lembro de que há uma entrada na estase que
começa após o Apelo de Maria e que essa estase instalar-se-á, terá um ápice, e
evacuar-se-á no lapso de tempo que lhes foi dado.
Aí também, pode-se dizer que haverá um choque.
Quer você aborde isso e viva isso na negação ou na
raiva, ou na negociação, nada mudará, porque, no ápice da intensidade da estase
haverá aceitação plena e inteira, em qualquer futuro que seja, o que permite,
então, a salvação daqueles que não viveram essas graças nem as vibrações
durante esses anos.
Mas Maria não tem necessidade de palavras.
Todos aqueles que reencontraram, intimamente, Maria,
puderam apenas exprimir lágrimas de alegria, um arrepio, um indizível bem real
que passa, totalmente, das palavras e dos discursos, e de uma interpretação
qualquer.
Há evidência, é a palavra chave.
E a pessoa apenas pode apagar-se diante dessa
Evidência, mesmo se ela seja chamada, no retorno da estase, a viver o peso
dessa pessoa, para purificar e entregar-se, inteiramente, a Maria e a Cristo,
em si mesma, é claro.
… Silêncio…
Deixe falar seu coração.
Questão: como serão dadas as
instruções àqueles que deverão subir nas embarcações?
Bem amado, para cada um de você, que é destinado a
transitar desse modo, não há instruções.
Quer isso concirna aos Anjos do Senhor, quer concirna
aos diferentes povos de 3D unificada ou quer concirna, ao inverso, às forças
sombrias, assim nomeadas, Arcônticas, não há necessidade de instruções.
Não há qualquer liberdade de escolha em relação a isso.
Haverá levitação, para aqueles que se juntarão às
cápsulas dos Anjos do Senhor.
Não há que se preocupar de estar em tal lugar ao invés
de tal outro lugar, uma vez que tudo é localizado e tudo está pronto.
Aqueles de você que receberam a visita dos Anjos do
Senhor durante esses anos sabem-no, perfeitamente; onde quer que você esteja,
você será encontrado.
Para aqueles que deixarão o corpo não há, tampouco, é
claro, instruções.
Esse corpo pertence à terra.
Ele poderá, também, vocês sabem disso, servir de nutrição,
mas, naquele momento, vocês não serão mais, absolutamente, esse corpo.
A única advertência, se é que há advertência, foi-lhes
revelada há muito tempo, e concerne à saudação de Órion.
No resto, você nada tem a escolher, a decidir.
Não há, portanto, instruções outras que não aquela de
seu coração que depende, é claro, de seu destino, de sua destinação em sua
atribuição.
Não se esqueça de que isso concerne, unicamente, a
poucos corações, em relação à maioria de corações.
Muitos de vocês não terão necessidade de veículo
propriamente dito, de qualquer dimensão que seja.
Não há, portanto, instruções, como não pode haver
erro.
Porque os Anjos do Senhor, como eu disse, se eles têm
a fazer com vocês, veem vocês, onde quer que vocês estão e onde quer que vocês
estejam, naquele momento.
Isso é o mesmo que dizer que não há que se preocupar
com o que quer que seja, nem providenciar as refeições, nem providenciar malas,
nem prover ao seu corpo, aliás.
Durante a estase, e após a estase, o Coração do
Coração dirige tudo.
A pessoa, se ela ainda existe, se seu corpo não
transitou, o coração, também, decidirá, e a Inteligência da Luz, é claro.
Então, não há instruções a receber, nem a dar.
Aí também, tudo está pronto, e nos planos intermediários,
como nós já dissemos, tudo está registrado, tudo está realizado.
A matéria do corpo, como a matéria de uma casa, como a
distância, aliás, não será uma desvantagem para vocês, nem para os Anjos do
Senhor, nem para os povos unificados, nem para a Confederação Intergaláctica,
nem, mesmo, para os Arcontes.
Penetre no íntimo de seu coração, aí está a única
verdadeira instrução.
Uma vez que isso não depende do lugar onde você se
encontrar, nem da distância, nem das próprias circunstâncias e sua vida, no
retorno da estase, antes da estase ou durante a estase.
… Silêncio…
Lembre-se, enfim, que seu coração sabe, muito melhor
do que tudo, o que pode escolher, mesmo, com exatidão.
Lembre-se da Inteligência de seu coração e do Amor, no
qual nada pode ser deixado ao acaso, porque tudo se produz pela Graça e a Luz,
para cada um de você, onde quer que você esteja e qualquer que seja a sua
verdade a viver após a estase.
De qualquer modo, você não terá qualquer escolha
possível, outra que não a Liberdade.
Quer isso passe pela morte de seu corpo, quer seja
pela transferência em veículos dos Anjos do Senhor, quer seja seu corpo que
retorna ao pó, você nada tem a decidir e, aí, não há mais qualquer escolha
possível.
… Silêncio…
Coloque-se ainda mais, coloque-se ainda mais
confortavelmente em seu coração, e você verá, por si mesmo, que não pode ser
questão de escolha, de instruções ou de preparação, se não é interior.
Revele seu coração, revele-o, integralmente, e não se
ocupe do resto.
Todas as respostas estão em seu coração.
No coração não pode existir a mínima interrogação e a
mínima dúvida.
Você não pode ser mais inteligente do que a
Inteligência da Luz.
Você não pode escolher, no coração; o coração é Amor e
ele não deixa qualquer escolha de ser outra coisa que não o Amor.
A partir daí, o futuro de seu corpo obedece a um
objetivo específico, talvez, mas, em definitivo, vocês passam, todos, pelo
mesmo ponto de saída, vocês passam, todos, pela mesma verdade.
Nada há a preparar, nada há a esperar e nada há a
temer.
Eu repito, há apenas a ser.
Ame, porque é o que você é.
… Silêncio…
Escute seu coração falar, porque eu escuto você.
… Silêncio…
Questão: todos esses anos de
preparação parecem-me, repentinamente, reduzidos a um ponto.
É isso «ser o que eu sou»?
É quando você chega a esse ponto que você é colocado,
integralmente, no Coração do Coração da Infinita Presença e que o Absoluto
desvenda-se e desvenda-se a você, aquele que você não havia visto até agora e,
efetivamente, a noção do ponto é exatamente isso.
Além da história dos trinta últimos anos, da
realização da Luz sobre a Terra, na Ascensão e na Liberação dela, efetivamente,
tornar-se o menor é tornar-se esse ponto, muito insignificante para o olhar da
pessoa, e que é, no entanto, apenas a única verdade para o Amor incondicionado.
Coloque-se ao centro, coloque-se nesse ponto, tal como
você o define, então, aí, você está colocado em seu coração que, efetivamente,
parece reduzir-se, do ponto de vista do que resta de pessoa, a um simples ponto
no qual, mesmo tudo o que foi aprendido, tudo o que foi atravessado, mesmo no
processo de Liberação e das diferentes Núpcias, aparece-lhe, hoje, como fútil
porque, mesmo isso, afasta-se de você.
Mesmo se você tenha vivido todas as vibrações, mesmo
se você tenha vivido todos os processos da consciência, resta apenas um ponto,
e tudo está aí.
Tudo.
Nada falta.
Aí está o ponto e passagem, se posso dizer.
Então, abençoe o Eterno nesse ponto, no Coração do
Coração, que contém todos os pontos, todos os universos e todos os mundos, que
satura você de alegria, que o preenche de leveza e de contentamento, aí, onde
você é transparente.
… Silêncio…
Quantas histórias e cenários puderam ser escritos na
superfície dessa Terra para um simples ponto que contém tudo.
Coloque-se em seu coração, permaneça ali, e você verá,
por si mesmo, como você disse, que há apenas esse ponto.
Naquele momento, a consciência não tem mais
necessidade de desenvolver-se ou de experimentar, ela sabe que ela é a soma de
todas as experiências passadas, presentes e a vir, de qualquer dimensão que
seja.
Ela se reconhece na Fonte, ela se reconhece na
antecâmara do Último.
Então sim, é claro, tudo o que é anterior a esse ponto
não apresenta mais qualquer peso nem qualquer interesse.
O Amor está aí, e ele preenche tudo, o campo de sua
consciência, o campo de seu corpo, o campo do mundo, porque tudo ali está.
… Silêncio…
Deixe falar seu coração.
Questão: há uma ligação ou uma correspondência
entre esse ponto e a Porta Estreita?
Não.
Esse ponto não é uma Porta, é uma morada.
Nesse ponto você constata, por si mesmo, que jamais
houve porta.
Tudo se apaga.
Você constata que jamais houve pessoa, que jamais
houve história.
Você é anterior à criação e você é independente de
toda criação.
Nesse ponto do ponto, nesse Coração do Coração, há
apenas o êxtase da Paz, há apenas o reconhecimento do Amor que você é.
Não há mais referências, não há nem alto, nem abaixo,
nem dentro, nem fora, nem antes, nem depois, nem alhures, nem aqui.
Há apenas «Isso», que é tudo e bem mais do que tudo.
… Silêncio…
E esse ponto, que lhe dá a viver a Última Presença e a
própria dissolução, faz esquecer todo o resto.
Não resta mais do que o coração, você não vê mais do
que o coração, e você continua aqui, bem vivo, os pés sobre esse solo e o
coração na Verdade.
Você é saciado.
Nesse ponto, você não terá mais, jamais, sede.
… Silêncio…
Coloque-se comigo nesse ponto.
Eu me dirijo a cada um de você.
… Silêncio…
Escute, escute seu coração falar.
… Silêncio…
Questão: nesse ponto, meu coração
diz: «eu nos amo, eu nos abençoo, eu nos rendo graças no eterno presente. Ehyeh
Asher Ehyeh.»
… Silêncio…
Permita-me acrescentar Ehyeh Ehrad.
… Silêncio…
Questão: esse ponto não seria a
matéria que se retira, o cubo que se torna um quadrado, em seguida, uma de suas
larguras e, finalmente, um único ponto?
Meu amigo, meu irmão, eu concebo que haja necessidade
de representar-se esse ponto.
Eu concebo que haja necessidade da geometria, de
defini-lo, mas toda definição nada aportará a você, é preciso vivê-lo.
Ao vivê-lo, você verá que não terá necessidade de
qualquer representação, de qualquer geometria, de qualquer referência nem de
qualquer definição.
Dizer-lhe sim ou dizer-lhe não nada muda porque, a
partir do instante em que você se representa esse ponto, você se afasta dele.
A partir do instante que você quiser falar disso ou apreender-se
disso, ele se afasta.
A partir do instante em que sua consciência seja
atraída além do ponto, o ponto não está mais.
O que você evoca poderia chamar-se, efetivamente, a
passagem em um buraco negro, na escala das galáxias.
Mas aprenda bem que esse ponto não pode ser reduzido a
qualquer posicionamento, mesmo se o acesso, se posso dizer, faça-se no Coração
do Coração.
É aí que tudo tende para esse ponto e resolve-se nesse
ponto.
Eu repito, não há necessidade nem de representação nem
de imaginação e, a partir do instante em que você aceita isso, então, você o é,
no Coração do Coração, que não se embaraça, eu o lembro, com qualquer forma,
qualquer história, qualquer cor.
Mesmo a passagem e, mesmo, a Porta, quando você está
ali, não existem mais para você.
Não há nem necessidade, nem curiosidade, nem
definição, nem visão, nem entidade.
É aí que eu me tenho, em você.
Não se esqueça, como se diz em seu mundo, que o mapa
não é o território, que a imagem, ela mesma, não é a realidade.
Como disseram alguns povos da Terra, e bem antes dos
princípios unitários expostos e vividos em diferentes tradições, eu o lembro de
que o caminho que pode enunciar-se não é o caminho.
No máximo, pode-se falar de princípio.
Aí está o segredo que não pode ser apreendido nem ser
descrito, mas, simplesmente, vivido.
… Silêncio…
Eu o escuto.
Questão: eu me sinto em uma
vacuidade.
É a mesma coisa que o ponto?
A vacuidade não é a mesma coisa, mas ela é a
resultante da passagem e da instalação nesse ponto.
É aí que você está disponível para si mesmo, não em
uma história qualquer, não em uma origem qualquer, mas aí, onde você está
plenamente imerso, no Coração do Coração, na Paz e na felicidade.
É assim que você mantém sua casa limpa, é assim que
você acolhe Aquele que vem como um ladrão na noite, e é assim que você se honra
a si mesmo, em sua verdade.
… Silêncio…
A vacuidade, ao tocar esse ponto, faz de você o vaso
sagrado, que se enche da água de Vida e do sangue de Cristo.
É o cálice do Graal.
É aí que você se descobre, inteiramente, onde a
humildade é vivida e, realmente, consciente.
É aí que sua pessoa torna-se impessoal.
É aí onde você se descobre, aí, onde nada mais há a
ver, aí, onde não há mais história, aí, onde não há mais entidade, aí, onde não
há mais forma e onde, no entanto, há tudo.
… Silêncio…
Gratidão profunda
ResponderExcluirHá décadas que não tenho dúvida que este mundo, a depender dele mesmo, estaria cada vez mais sem saída; e que cada uma das suas tentativas de resolver alguma coisa, implicaria em problemas cada vez maiores. Parece que já nasci com esta certeza (rs). Para mim, a única esperança teria que passar, necessariamente, por uma ação de todo desconhecida e imprevisível, tal como um autêntico milagre coletivo, meio como dizem algumas profecias de fim de mundo, constantes em tantas culturas e escrituras.
ResponderExcluirLá pela 2ª metade dos anos 80, eu mesmo fui agraciado com um vislumbre de solução para este mundo que, de outro modo, não teria jeito. Diante daquele ocorrido, já não me seria mais possível duvidar quanto ao poder da providência, em reverter este irremediável cenário de sofrimentos e tropeços que, desde sempre, pairam na superfície terrena; abrangendo tudo e a todos.
A presente mensagem, atribuída ao Impessoal, conseguiu ser ainda mais convincente quanto à perspectiva da solução milagrosa, de salvação deste mundo, e que confirma de vez, este sonho tão aguardado, de muitos; indo também, inclusive, ao encontro dos ditos vislumbres anteriores; que, por sua vez, sentem-se transcendidos e magnificados, certamente.
Trechos da MSG, dos mais pertinentes:
- Ninguém conhece o dia, ninguém conhece a hora, porque não há mais dia e mais hora.
- Não há nem tempo ganho nem tempo perdido, há evidência do reencontro, evidência da mudança e realidade disso.
- Em qualquer data que seja, na linearidade desse tempo, não há mais iminência, há concretização da dissolução. Nenhum tempo é mais necessário.
- Não se esqueça, contudo, da Graça de Maria, não se esqueça, contudo, da salvação, nos momentos que seguirão a Graça da estase.
.........
- Não mais sua pessoa, não mais o outro, não as circunstâncias da Terra, não sua própria vida, mas a Vida Una.
.........
- Todos os abusos concernem à pessoa e à confrontação de pessoa a pessoa e, mesmo, no amor de pessoa a pessoa.
.........
- No Amor incondicionado não há você, não há o outro, há o mesmo coração, no qual não pode existir nem obstáculo, nem abuso, nem incômodo.
.........
- Nesse reencontro do Apelo de Maria não há necessidade de qualquer palavra. Há apenas a Evidência da presença dela, a Evidência da Mãe que o faz derreter-se em lágrimas, de alegria, de reconhecimento.
- Maria toca a alma ou desperta o Espírito, ela desperta suas células e ela lhe mostra toda vaidade de sua pessoa e de seu efêmero. Não há necessidade de nada mais quando do Apelo de Maria.
- Ninguém poderá opor-se, apenas resistir um tempo, até a aquiescência, que sobrevirá bem antes do fim da estase e dos três dias.
- Eu os lembro de que há uma entrada na estase que começa após o Apelo de Maria e que essa estase instalar-se-á, terá um ápice, e evacuar-se-á no lapso de tempo que lhes foi dado.
.........
- É aí onde você se descobre, aí, onde nada mais há a ver, aí, onde não há mais história, aí, onde não há mais entidade, aí, onde não há mais forma e onde, no entanto, há tudo.
Minhas lágrimas são as testemunhas inabalável da minha aquiescência ao Amor Imponderável em mim, em ti, em nós. OhGloria..OhGloria..OhGloria..
ResponderExcluirAi onde não há mais você, nem eu, ai onde não há mais qualquer história
ResponderExcluirVamos a ‘Aguardada Sagrada Sinfonia’:
ResponderExcluir“Ninguém conhece o dia, ninguém conhece a hora, porque não há mais dia e mais hora. Há apenas a aquiescer à sua própria transição, à sua própria transformação, quaisquer que sejam as circunstâncias. Onde quer que seu olhar recaia, em qualquer circunstância da Terra, como em cada um de você, escute apenas o coração, ele fala. Escute seu coração, ele fala; escute seu coração, ele vibra, ... Nutra-se de seu coração, nutra-se de sua paz, nutra-se de mim, nutra-se de cada um, na doação da troca, na doação do Amor.
O que toma fim não é o homem, é a ilusão, é o confinamento, é a limitação da consciência. Ame, como eu disse; em qualquer olhar, em qualquer situação, ame. A Liberdade não é, simplesmente, satisfazer as necessidades desse corpo ou dessa sociedade, é, antes de tudo, satisfazer seu coração. Essencial que virá dissolver, pela Graça e pela Inteligência da Luz, tudo o que pode parecer-lhe, ainda hoje, resistente ou difícil.
Seja você mesmo o que você procura.
Há apenas a Evidência da presença dela, a Evidência da Mãe que o faz derreter-se em lágrimas, de alegria, de reconhecimento.”
Contaminada, invadida por esta Beleza ...