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20 de mai. de 2009

ANAEL - 20 de maio de 2009

DO SITE AUTRES DIMENSIONS


O julgamento é possível e mesmo desejável quando vocês estão frente a uma pessoa, porque permite-lhes resolver a dualidade associada ao julgamento.

O julgamento que é referido quando lhes é solicitado para não julgar, é assimilável a isso.

Quando vocês forem 2 ou 3 reunidos em nome do Cristo, e quando naquele momento vocês falam de uma terceira pessoa, aí, vocês estão no julgamento.
Por quê?
Porque naquele momento, a pessoa de quem vocês falam bem ou falam mal, não tem meios de apreender a vibração que lhe chega.

Quando se diz que um pensamento pode matar tão seguramente quanto seus meios físicos, isso é evidente.

A partir do momento em que vocês estão em dois, se expressando sobre uma terceira pessoa, vocês não estão mais no caminho do Cristo, tão simplesmente porque vocês emitem para essa pessoa, que não está consciente de sua discussão e de suas palavras, um pensamento que vai a ferir o mais profundo de sua alma sem que ela própria possa saber, ou responder, ou reparar o que foi feito.

Assim o fato de não julgar não se exprime no fato de não dizer a verdade a uma pessoa, mas sim no de não falar de uma pessoa fora de sua presença.

Assim, é este comportamento que vocês devem mudar de maneira radical para não entrar em oposição ao princípio Crístico.

É isso que dizia o Cristo quando lhes pediu para não julgar, sobretudo para os seres conscientes.

Eu entendo por seres conscientes, os seres cuja consciência está polarizada nos mundos espirituais e cuja vibração está já ativada porque, naquele momento, sua potência vibratória é tal que, se vocês estão reunidos pela vibração, pela sua confiança, pela sua consciência e expressam um pensamento sobre uma terceira pessoa, vocês destroem a terceira pessoa e vocês destroem a anomalia, tão seguramente como se vocês a matassem.

Aí está o que eu tinha para lhes dizer sobre a noção de julgamento.
E isso representa a articulação com relação à própria noção da doença.
A doença corresponde a um desequilíbrio.

A 3ª Dimensão dissociada é um mundo de desequilíbrio, onde vocês devem buscar permanentemente o equilíbrio.
O equilíbrio é dinâmico.
Ele não pode, em caso algum, ser estável, como é o caso nas dimensões imediatamente superiores.

Então, vocês passam suas vidas buscando um equilíbrio, ou seja, buscando a Unidade, ao mesmo tempo estando num mundo de dualidade.

Os criadores, as forças Metatrônicas, as forças de precipitação na matéria, que os conduziram aí onde estão nesta dimensão, fizeram, entretanto, extremamente bem as coisas.

Pelo princípio de similitude, existe na natureza nativa, em todos os reinos e nos elementos da natureza, a solução para todos os problemas concernentes às anomalias e patologias de seu corpo.
Seja ao nível físico, ao nível etéreo e nos outros níveis muito mais sutis.

As forças da natureza são as que vão lhes permitir, de maneira inabalável, religá-los à sua Unidade, tanto pelo reino mineral como pelo reino vegetal e pelo reino animal.

O apelo às forças de outras dimensões com relação à cura necessita também que tenham integrado esse princípio em sua vida.

A natureza é o elemento curador de sua própria natureza.
Isso é essencial para compreender e, quando nós falamos de natureza, nós não falamos de produto transformado pelo homem, mas dos próprios elementos da natureza, tomados em meio à própria natureza.

Entretanto, compreendam bem que, para cada desequilíbrio ligado à sua dualidade manifestada, a doença nada mais é do que a perda transitória de sua Unidade.

Se a perda fosse definitiva, vocês passariam então definitivamente no mundo unitário, vocês passariam pela porta que é denominada morte.

No entanto, a doença é a oportunidade que lhes é dada para entenderem esse princípio essencial de que toda força de cura é uma força que age, pela natureza, na natureza.

Não existe doença, qualquer que seja seu estado, que não possa ser curada pelas forças nativas.
Essa etapa é para integrar.

Então, obviamente, vocês falam e vocês vivem cada vez mais forças curadoras não pertencentes ao mundo da natureza desta dimensão, mas o que vocês denominam forças espirituais.

Em definitivo, o arquétipo vibratório o mais alto que possa colocá-los em relação com a tri-Unidade é, evidentemente, o triângulo.

Assim, vários de vocês começaram a perceber, desde a efusão Metatrônica, o que eu denominaria civilização dos triângulos.
A civilização dos triângulos pertence ao que nós chamamos de 24ª Dimensão e que é, portanto, obviamente, superior, ao nível vibratório, ao nível de informações que podemos fornecer.

Entretanto, os triângulos que se manifestam são uma qualidade de radiação que lembram, assim, a frase do Cristo: “quando vocês forem 3 reunidos em meu nome, eu estarei entre vocês”.

É nisto que a noção de doença junta-se à noção de julgamento.
O julgamento é um olhar dual levado sobre a Unidade.
Nada mais.

A doença é uma manifestação da dualidade num organismo dual buscando a Unidade.
Assim, a doença é julgamento.

A doença é julgamento de vocês, sobre si próprios, traduzindo numa anomalia.

A única maneira de obstruir e de fazer desaparecer, transcender esse julgamento é recorrer,  em proporção variável segundo seu nível de consciência, à natureza nativa ou às forças espirituais.

A função triangular tem a particularidade essencial de fazê-los compreender o que se denomina tri-Unidade e o mistério o mais importante ligado à encarnação: a Fonte 3 em 1.
Esse é um princípio inabalável da Luz.

Como o sabem, a Luz é agenciada nas dimensões superiores sob forma hexagonal ou geodésica.
Há, portanto, 6 lados nas partículas de Luz, ou seja, há certo número de triângulos que compõem essas partículas essa Luz.

Reencontrando a Unidade em seu desequilíbrio dual de manifestação permite-lhes a reparação.
Isso corresponde à compreensão do julgamento e, portanto, à não aceitação do julgamento, quer esse julgamento seja expresso em relação a si próprio ou em relação ao exterior.
Eis as causas principais das doenças.

Obviamente, eu sei que vocês falam de doenças cármicas, de doenças cujas origens são múltiplas.
Mas, definitivamente, tratar-se-á sempre de uma violação da tri-Unidade.

A violação da tri-Unidade participa simplesmente do que vocês denominam, e nós denominamos para vocês, julgamento.

Portanto, é-lhes solicitado não julgar.

Compreendam bem que a dualidade não está ligada a um ser se defrontando a outro ser e lhe dizendo suas 4 verdades, no sentido em que o entendem, mas, efetivamente, ligada ao fato energético, vibratório e de consciência, de conversar sobre uma pessoa não presente.

Se vocês são 2 ou 3 reunidos em meu nome para conversar sobre outra pessoa, vocês participam do julgamento e da doença, da sua como a do outro.

Eis o que eu tinha para lhes dizer antes de passar as indicações mais precisas, progressivamente e à medida deste dia, permitindo engajá-los na tri-Unidade de cura, a fim de permitir a intervenção eficiente do Arcanjo Rafael.

A finalidade da cura sendo simplesmente fazê-los passar do estágio dissociado de seu ego para o estágio do coração.

Trata-se do que foi denominado a porta estreita, mas também do nascimento de um novo corpo espiritual denominado embrião Crístico ou nascimento da criança interior.

“Ninguém pode penetrar o reino dos céus se não voltar a ser como uma criança”, como disse Cristo.
Vocês devem, em consciência, voltar a ser como uma criança.

Voltar a ser uma criança quer dizer, simplesmente, abandonar os prejulgamentos, abandonar os julgamentos, viver no agora, viver em comunhão com o conjunto da criação.

O conjunto da criação nos remete inexoravelmente para a natureza à qual vocês participam neste mundo.

Vocês têm perguntas em relação a isso?

Questão: desde a infância tivemos múltiplas oportunidades de julgar no sentido em que o entendem...

Todo o mundo o fez.

Pergunta: … então, como reparar isso?

Passar do ego ao coração é uma verdade que implica o não julgamento.

Isso lhes foi explicado longamente pelas palavras e pelas vibrações.

Isso corresponde também à passagem da tri-Unidade à Unidade mais integrada, desta vez.

É a passagem do ego ao coração.
É a passagem à dimensão do Amor.

Obviamente, todo ser humano, devido à passagem na dualidade, e, isso, desde sua mais tenra infância, participa dessa dissociação e dessa dualidade.

É-lhes mesmo impensável não mais emitir pensamentos sobre outra pessoa, pelas palavras, falando dela com outra pessoa.
Mas, entretanto, isso participa da dualidade, da dissociação e da doença.

A origem final das doenças, de todas as doenças, vem unicamente deste fato.
Seja suas doenças ou as que vocês geraram no outro, ou amplificaram no outro.

Vocês entenderão isso quando começarem a viver as forças de cura do Arcanjo Miguel.

Pelo momento, o que é expresso em palavras são apenas ideias e conceitos os quais terão oportunidade de verificar, por si mesmos, no seu corpo e no corpo do outro, a realidade intrínseca.

Questão: como fazer quando se encontre nessa situação. Fugir? Centrar-se no coração?

Estar no coração, totalmente, é obviamente de longe preferível, mas o perigo está também nesse nível.

A partir do momento em que estão no coração (e seu mental sempre presente, é claro, devido mesmo à sua encarnação), a partir do momento em que vocês estão religados às dimensões superiores pelas vibrações de seus centros (de suas lâmpadas, como nós os chamamos), se, naquele momento, estando nesse estado vibratório de comunhão, vocês estão reunidos em 2 e, portanto, em palavras, em efusão, em realidade, pela dimensão Crística e, naquele momento vocês emitem pensamentos ou julgamentos em relação a pessoas não presentes, vocês recaem instantaneamente na dualidade e se afastam, você próprio, como o outro, de sua própria Divindade.

Evidentemente, estar no coração é um encargo e uma responsabilidade e isso é uma alegria, com certeza.

Mas vocês devem tomar consciência, imperativamente, de que as vibrações e as palavras são energias extremamente potentes, tanto mais quanto seu nível vibratório está elevado.

O problema não é o mesmo a partir do momento em que estiverem, alguns de vocês, na 5ª Dimensão.
Por quê?
Porque naquele momento, as palavras não mais existem.

O modo de se comunicar é, como vocês denominam, mesmo se isso é apenas um pálido reflexo, a telepatia.
O problema é que a telepatia não pode ser encerrada nas palavras.

A telepatia se propaga em todas as direções e vocês não podem falar de uma pessoa sem que ela seja informada instantaneamente, na vibração, o que não é o caso nesta dimensão.

A realidade vem então realmente, objetivamente, principalmente dessa noção de julgamento.

O julgamento, eu repito, não consiste em dizer ao outro o que ele é, ou ao menos o que se pensa que ele é, mas em se exprimir sobre uma terceira pessoa, porque naquele momento, vocês entram em uma realidade que eu qualificaria de mortal.

Questão: quando se sabe, se sente, esse tipo de coisas defronte de si, como reagir?

Convém, nesse caso, afirmar o que vocês sentem, não como uma verdade, mas como uma percepção que lhes é própria.

Naquele momento, vocês engajam a noção de reparação porque colocam o outro (quer isso seja verdadeiro ou falso) frente a uma responsabilidade nova e transparente.
Vocês engajam o diálogo.

Esse diálogo desembocará necessariamente na resolução deste aspecto dual.
Vocês engajam necessariamente o retorno à Unidade com essa pessoa e vocês engajam o retorno à dimensão Crística.

Questão: O.M. AÏVANHOV disse que seria melhor permanecer em silêncio nesse tipo de situação.

Perfeitamente.
Aquele que compreendeu e que permanece na dimensão do coração não pode intervir, mas isso concerne às pessoas num grupo falando de outra pessoa.
Essa pessoa, estando em paz com ela mesma, não tem, ela, que intervir, pois ela não disse nada sobre a tal pessoa, mesmo está consciente disso.

Questão: pode-se reequilibrar isso emitindo a Luz?

O problema é que uma vez que vocês tenham, em relação a uma pessoa, emitido um pensamento (positivo ou negativo, isso segue nos dois sentidos), vocês vão induzir um movimento de energia sobre essa pessoa, pelo fato mesmo de ter levado sua consciência sobre essa pessoa, com uma terceira pessoa.
Naquele momento, vocês podem reparar emitindo a Luz e o Amor, mas esse pensamento e essa emissão de vibração serão coloridos pelo que vocês disseram previamente.

A noção de transparência, a noção de transcendência, exige reparação.
A reparação deve ocorrer, também, no nível onde se situa o desequilíbrio.

Portanto, o veneno que vocês representam através de suas palavras está efetivamente ligado a isso e unicamente a isso.
Assim se perpetuam as anomalias envolvendo 7 gerações anteriores.

Não se trata aí de uma visão do Espírito, mas de uma realidade vibratória.
Há seres que, através de reuniões e sem estarem conscientes da dimensão do coração, por suas palavras, vão induzir uma maldição estendendo-se por 7 gerações.

Essa verdade que lhes é anunciada hoje é algo fundamental e capital na compreensão da dimensão humana nesta dimensão e nas dimensões futuras.

Questão: quem o recebe não pode simplesmente devolver em Amor?

Ainda é necessário que ele esteja a par.
Ainda é preciso que ele perceba, assim com eu o disse, a origem do que é induzido.
Não há qualquer meio, tanto mais se ele próprio está no coração, de saber a origem do que lhe chega.

Questão: é uma forma de canibalismo energético?

A palavra canibal não é adequada.
Falar de canibalismo quer dizer comer.

Devem saber que em termo energético, não é aquele que come que é vencedor, mas aquele que é comido.
É um princípio essencial do qual o Cristo participou dizendo: “esse é meu corpo” falando do pão.
Era um símbolo que foi traduzido, particularmente na religião católica romana, pela hóstia e que é uma imagem distorcida da realidade.

A palavra canibal não corresponde de modo algum, pois vocês não comem o outro porque, se o comessem vocês estariam no Amor.
Entretanto, vocês vão gerar uma vibração que virá se impactar na falha do outro e vocês vão então reforçá-la.
Essa é uma realidade energética.

Vocês fazem a mesma coisa, também, em relação a si mesmos em alguns casos.
E, portanto, a noção de julgamento relacionado a si próprios conduz à sua própria doença.

Questão: se se está doente isso quer dizer que pelo menos duas outras pessoas ...

Não.
Eu bem precisei que às vezes o julgamento se exercia em relação a si próprio.
Nem todas as doenças que vocês têm vêm de outros.
A maior parte vem de vocês mesmos.

Questão: como parar um pensamento da forma que chega, mesmo sozinho?

O que você expressa é perguntar como acalmar os pensamentos e o mental, isso nada tem a ver com o princípio gerador de doença em outro.
Neste caso, você gera a doença em você mesmo.

O pensamento de julgamento que vocês emitem, em vocês mesmos, em relação a outro qualquer, diz respeito apenas a você mesmo e à sua própria dualidade.
Naquele momento é a vocês mesmos que fazem mal e não ao outro.

É a partir do momento em que vocês exteriorizam esse pensamento com outra pessoa que vocês vão gerar uma vibração provocando o desequilíbrio e a patologia.
Isso é inevitável.

Questão: exceto se a pessoa está presente?

Naquele momento, vocês regularão um problema, efetivamente, na consciência da pessoa presente naquele momento.
E, aí, há uma espécie de resolução.

A partir do momento em que vocês são 3 para evocar um problema, Cristo irá se manifestar necessariamente.

Se a pessoa não está presente, é o Diabo que se manifesta.

Questão: como uma pessoa pode superar um ataque sobre 7 gerações?

Isso necessita e implica, ao nível da alma que sofre dessa patologia desde várias gerações, em transcender, em seu coração, essa patologia.

Isso necessita o que denominam comumente uma tomada de consciência, sobretudo para fenômenos geracionais físicos e não orgânicos como algumas doenças hereditárias.

Questão: em toda tomada de consciência não há um risco de intervenção do mental?

É claro.
Mas isso faz parte do caminho.
Isso se junta, naquele momento, à cura ligada às forças espirituais.

Entretanto, mesmo para esse tipo de patologia, existem soluções na natureza.

Parece-me que algumas entidades, denominadas Hayoth Ha Kodesh, dando-lhes informações extremamente precisas, e vocês se apercebem que às vezes os processos de cura recorrem a um processo da natureza nativa.

Há, aqui, algumas pessoas que vivenciaram esse processo.
Elas puderam constatar o efeito da energia de cura ligada ao que era pedido.
Trata-se, portanto, de uma reparação vivenciada nesta dimensão.
O que não exclui a intervenção de dimensões superiores, obviamente.

Frequentemente, aliás, há uma combinação da natureza nativa com as forças espirituais, em alguns locais.

Por exemplo, no que denominam árvores mestres.
Por exemplo, no que chamamos de fonte sagrada.

Os exemplos podem ser multiplicados infinitamente, mesmo em relação aos minerais ou a locais vibratórios onde se encontram os núcleos de comunicação entre as forças da natureza nativa e as forças espirituais.
São pontos de reunião multidimensionais.

O que vocês chamariam, ao nível de sua consciência humana, mas aí ao nível da consciência natural (mineral, vegetal ou animal), de portais interdimensionais.

Questão: como um terapeuta, em contato com o sofrimento dos outros, pode se limpar dessas influências ou se curar se necessário?

Esse é um problema ao mesmo tempo simples e ao mesmo tempo complexo.

A partir do momento em que escutam a queixa do outro, e isso é seu papel como terapeuta, médico ou toda pessoa intervindo no acompanhamento do outro, vocês tomam necessariamente parte desse sofrimento.

Existe, aliás, um relacionamento, naquele momento, que é uma transcendência que vocês não podem perceber que está ligada à ajuda ao outro, que está ligada ao Amor entre os dois seres, mesmo se essa relação é conflituosa, mesmo se essa relação faz parte de terapias pesadas dissociadas da natureza nativa e dissociadas das próprias forças espirituais.

No entanto, existe sempre, através desse relacionamento, uma noção de ação mágica acontecendo além das palavras e além das técnicas empregadas.

Os seres que são terapeutas estão, de certa forma, não protegidos, mas imunizados em relação a esse retorno.

Entretanto, existem seres que têm zonas de fragilidade ligadas mesmo ao conceito da doença.
Eles têm a viver, naquele nível, um aprendizado e uma experiência que deve parar um dia.

Raros são os terapeutas ou os acompanhantes que têm uma função real de acompanhamento, uma função real de terapia, sobretudo quando estão engajados ao nível de sua consciência, que possam ter durante toda sua vida durante esse ato.

É preciso efetivamente compreender que a ação de ser acompanhante e a ação de ser terapeuta correspondem, em verdade, a uma reparação das anomalias que vocês cometeram em uma vida passada.

Os terapeutas são, portanto, aqueles que têm mais a superar essa noção de dualidade e, através da terapia e do acompanhamento e da ajuda que eles fornecem aos outros, essa é a melhor escola de reparação.

Assim, vocês estão no serviço para reparar o que vocês fizeram.
Não há aí qualquer punição, mas um justo retorno da retribuição.
Entretanto, a um dado momento, isso deve parar.

Questão: durante esse lapso de tempo, o corpo pode ser atingido?

Sim. Sistematicamente.

Questão: como gerir isso?

Pela parada e pela compreensão desse mecanismo.

Se vocês preferem, qualquer que seja a dimensão do terapeuta, mesmo se este está diretamente ligado às forças da natureza nativa (e sobretudo se ele está ligado às forças da natureza) e ainda mais às forças espirituais, o dever de reparação toma todo seu significado e toda sua importância.

No entanto, e principalmente neste caso, há um limite a não ser ultrapassado.

Questão: quando se é atingido por uma doença é desejável recorrer a um ser como Maria ou Cristo?

Teria sido muito mais lógico apelar à natureza nativa, mas esse conhecimento é frequentemente perdido, exceto para alguns povos, algumas tradições que denominam xamânicas, que não estão mais de modo algum adaptadas ao que vocês vivem hoje, pois existe uma interpenetração das forças nativas e das forças espirituais.

A cura implica também em uma participação ativa daquele que está acometido pela doença.

A melhor participação ativa é, efetivamente, recorrer a um terapeuta, efetivamente, recorrer à natureza nativa, efetivamente, recorrer às forças espirituais, mas também adotar uma conduta de não julgamento.

Questão: pode-se ir a um lugar sagrado para curar?

Os altos lugares sagrados participam da cura do planeta.
A elevação vibratória do planeta corresponde também a uma forma de cura.

Ainda uma vez, a Terra, também, passa a sua sacralidade, não apenas vocês.
O que quer dizer que tudo é força de cura no que se produz atualmente.
Que essa cura assinale uma partida sem o corpo, uma partida com o corpo ou o fato de retornar para um novo ciclo.

Isso, e a integralidade do que acontece, correspondem a um fenômeno de cura.
Isso pode ser sem, para tanto, ser uma regra que se manifesta a cada vez.

Tudo depende de seu nível de consciência.
Tudo depende de sua capacidade para estar no não julgamento, em particular para esses locais ditos espirituais.

Mas vocês não podem se privar atualmente da natureza nativa, porque o que vocês vivem, a natureza vive.

O despertar da consciência, por exemplo, dos vegetais ou da água, foi algo completamente concreto e real.

Vocês podem estabelecer comunicação telepática direta com todos os elementos da natureza, tanto no reino vegetal, mineral, como animal.

Questão: o que você denomina limiar?

A noção de limiar é eminentemente variável.

Cada ser humano possui um limiar de resistência à compaixão, um limiar de resistência às transferências de energia.
Isto é muito variável segundo os indivíduos.

Não há limiar comum a todos os terapeutas.

Questão: o que você chama de natureza nativa?

A natureza nativa sendo uma natureza que se gera por si e não uma natureza criada pelo homem.

Aí está toda a diferença entre uma paisagem, uma natureza selvagem e uma natureza criada pelo homem.

A natureza criada pelo homem evoca a noção de beleza, mas traduz uma ruptura em relação à existência da ligação cósmica existente na natureza nativa.

Do mesmo modo, a partir do momento em que vocês cultivam a natureza, vocês cortam necessariamente a natureza de sua dimensão cósmica superior.

É preciso reintegrar a dimensão cósmica no que vocês cultivam.

Questão: doença significa dificuldade para falar?

É exatamente isso, a dificuldade para falar, a doença, consiste em dizer o que não se é capaz de dizer diante da pessoa que se incrimina.

A partir do momento em que vocês exprimem claramente algo que sentem, que isso seja correto ou falso, isso chama a uma reação por parte daquele que é incriminado.

Dessa reação sairá sempre a Unidade, quaisquer que sejam as circunstâncias, que ali haja reunificação dos dois pontos de vista opostos ou separação de cada Unidade e retorno à sua própria Unidade, ou seja, interrupção da relação.

Dessa forma, vocês entram numa relação justa, autêntica e conforme com a lei.

Questão: e o que é das patologias que se curam espontaneamente?

Isso corresponde à transcendência da referida doença.

Há aceitação do princípio de cura, em consciência, em verdade e em sua vivência.

Vocês o constatam ao nível dos humanos, hoje, de uma maneira geral, mesmo se não é em vocês, pessoas morrendo muito mais rápido do que antes.
Isso participa do mesmo princípio.

Questão: o que é das doenças autoimunes?

Toda doença possui seu tratamento (qualquer que seja a doença) na natureza, pelo princípio de similitude e pelo princípio de consciência.

As doenças ditas autoimunes são as doenças dirigidas contra si mesmo.
Elas engajam, portanto, a noção de não perdão com relação a si, com relação a algumas situações.


Nós não temos mais perguntas. Agradecemos.


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Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com

Um comentário:

  1. A natureza criada pelo homem evoca a noção de beleza, mas traduz uma ruptura em relação à existência da ligação cósmica existente na natureza nativa.

    Do mesmo modo, a partir do momento em que vocês cultivam a natureza, vocês cortam necessariamente a natureza de sua dimensão cósmica superior.

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