Mensagem publicada em 12 de abril, pelo site AUTRES DIMENSIONS.
Irmãos e Irmãs encarnados, eu lhes transmito a Graça.
Vamos, se efetivamente quiserem, trocar e partilhar.
Vou tentar, por palavras simples, portadas pela Onda de Vida, traduzir-lhes a Passagem que é sua, que os conduz a viver o Final e o Absoluto.
Passagem e Transcendência que os conduz da Unidade – e sua Alegria e seu Samadhi – ao Êxtase do Final.
Eu lhes falei, há pouco tempo, da retração da alma e da contração da alma que acompanham, de algum modo, essa Transcendência.
A Unidade é uma preparação, uma construção, certamente, que faz sair da pessoa limitada e que faz descobrir espaços desconhecidos para a personalidade, na qual o humor não é mais, jamais, o mesmo, na qual os apegos, quaisquer que sejam, encontram-se relativizados.
E, sobretudo, a Alegria acompanha o ser que descobre e vive o Si.
O Despertar e a Realização dão a viver um estado diferente do estado habitual do humano, confinado na ilusão de sua personalidade.
Desde que o Manto Azul da Graça deposita-se em vocês e sobre vocês – seja na quinta-feira ou todas as noites, recentemente (ndr: ver rubrica «protocolos a praticar / protocolos prioritários») –, seja a Onda de Vida da Terra que os percorre, seja o Manto da Graça que se deposita sobre seus ombros, o conjunto desses elementos permite-lhes descobrir modificações, já, no Si ou na personalidade.
Virá, em vocês, um momento, se ele já não veio, no qual a retração da alma poderá fazê-los dizer, tanto na personalidade como no Si: «que bom».
Abre-se diante de vocês, além da Alegria, um espaço qualificado de vazio, um espaço no qual todos os marcadores (tanto aqueles da personalidade como aqueles do Si, que foram descobertos e Vibrados) devem, de algum modo, apagar-se, para deixar a Majestade do Absoluto estabelecer-se e viver-se.
Esse momento, a nenhum outro similar (cujo reflexo seria a passagem da personalidade ao Si), é claro, acompanha-se, talvez, de algumas manifestações, nomeadas energéticas ou Vibratórias, mas o essencial, vocês sabem, não está aí.
O essencial é pôr fim a toda distância entre vocês e todo o resto, não unicamente sobre esse mundo, não unicamente na Fusão com a Luz ou na Dissolução com a Luz, mas nesse grande Tudo, além da Unidade, além de toda Fonte, além de todo Universo.
Nós, Estrelas, como os Anciões, os Arcanjos, nós os temos acompanhado na revelação da Luz, na conscientização do Si.
Hoje, como foi insistido, essa última Transcendência, essa Passagem da Porta Estreita – que foi, de algum modo, preparada por certo número de elementos – preparou-os, a vocês também, para esse Último Abandono: o Abandono do Si, o Abandono do que se acreditava ser possuído e manifestado, a fim de estabelecer-se além desse manifestado, no não manifestado, no não Ser e na não consciência.
Nada do que é esse Absoluto pode ser exprimido.
O testemunho, vocês sabem, são as manifestações do Êxtase, que põem fim a toda influência do que quer que seja que venha desse mundo da personalidade (do Si, mesmo), que faz de vocês um ser que, numa forma, no entanto, presente, vive o sem forma ou, se preferem, a não forma.
É claro, para o ego, tudo o que é negação evoca uma perda irremediável, um abismo insondável, no qual, mesmo o Amor e a Luz não podem ser conservados.
E é, no entanto, muito exatamente, nessas condições e no que se manifesta à consciência, que pode viver-se o Absoluto, que pode viver-se, de maneira facilitada, a graça da Verdade, a graça desse Absoluto, desse Final.
Como lhes foi exprimido, em numerosas reprises, não existe caminho de passagem entre a Unidade e o Absoluto, mesmo se, é claro, existam pontos desse corpo que vocês habitam, em ressonância com os novos corpos, tais como eles lhes foram explicitados, que correspondem a essa Porta OD, essa Porta Estreita: o momento em que vocês devem renascer, o momento em que é preciso ser como a Criança, virgem de qualquer suposição, virgem de qualquer construção.
É o momento em que minha irmã Gemma disse-lhes que o Duplo apresentava-se, a fim de Desposá-los e dissolvê-los nesse não Ser, além mesmo de sua própria Presença, além mesmo de seu Amor indizível e desse Fogo que retorna à sua própria origem.
O tempo específico desta Terra, por sua Liberação, dá a vocês uma forma de impulso.
Um impulso que é facilitador e que vem pedir-lhes, ele também, para Ser ele mesmo; sair, de algum modo, de todo limite; abandonar todos os seus quadros de referência, mesmo aqueles do Si; abandonar-se, de algum modo, à Fonte de si mesmos, que vocês não conhecem, que vocês não podem pretender conhecer no que vocês são, na personalidade ou no Si.
Isso é, efetivamente, um desafio porque, nesses momentos, nesse «que bom», o conjunto do que pode existir, na personalidade e no Si, vai subir à consciência sob forma – por vezes intensa, por vezes invasiva – de efeitos da retração e da contração da alma, que se prepara para desaparecer, para soltar, de algum modo, todas as atrações e todas as manifestações que existiram nesse mundo ilusório.
A passagem da Alegria ao Êxtase não é, aí tampouco, uma simples passagem ou um simples grau que seria mais importante, mas, aí também, trata-se de uma Transcendência.
Trata-se, aí também, de uma Transformação radical na qual, mesmo a consciência, não pode mais ser nomeada, porque ela não está mais nem localizada nem deslocalizada: ela está por toda a parte, antes de desaparecer, ela mesma, e deixar a Majestade do não Ser, do Final Absoluto, da Vida.
É nesses momentos, nos quais inúmeros Anciões disseram-lhes para nada fazer, para ficar tranquilos, para, nem mesmo, nada tentar observar, para deixar tudo o que acontece acontecer e, portanto, ser superado, sem qualquer intervenção de qualquer parte de vocês mesmos, quer vocês estejam na personalidade ou no Si.
O mais simples e o mais difícil, ao mesmo tempo, é, efetivamente, nada fazer.
É claro, certo número de elementos foram cultivados desde alguns anos, e convidaram-nos a essa Humildade e essa Simplicidade.
Humildade e Simplicidade que, impulsionadas até o extremo limite, os faz ver e considerar que vocês não podem ser o que quer que seja sobre esse mundo e viver o Absoluto.
É necessário, portanto, de algum modo, aceitar nada ser, nada mais ser e tudo dar, sem zona de sombra, sem qualquer reflexão, sem qualquer condição.
Esse salto no desconhecido – porque é um – é um medo que pode traduzir-se por uma angústia, porque, como é que, do ponto de vista do Si ou da personalidade, o que podia ser pleno, pode reencontrar-se esvaziado de sua substância, esvaziado de toda experiência, esvaziado de todo projeto, de toda busca e de todo objetivo e, mesmo, de todo caminho?
Aceitem nada ser e vocês serão Tudo.
Aceitem que o conjunto de barreiras e de muros erigidos desapareça.
Aceitem não mais ser uma pessoa ou um indivíduo, e vocês serão o Absoluto.
O que vocês são, eu os lembro, de toda a Eternidade, porque não é algo que possa ser buscado nem procurado, nem mesmo cobiçado.
É apenas nessa forma de capitulação total que se vive o Absoluto.
Nada deve restar do que estava, anteriormente, presente.
Nada deve restar de sua pessoa, de sua vida, de seus apegos.
Nada deve restar de Luz, nem mesmo de amores condicionados e condicionantes.
A partir do instante em que vocês tenham renunciado, inteiramente, a partir do instante em que vocês se deram, inteiramente, a partir do instante em que vocês dizem sim, então, o Casamento Místico produz-se e dá a vocês o Tudo e a Totalidade.
Mas vocês não podem ser essa totalidade, esse Absoluto, enquanto ainda são algo aqui, desse lado.
É um momento que, eu espero por vocês, está aí, ou virá, no qual deve soltar-se.
É o salto no vazio, é o salto na angústia, é o santo na Dissolução.
E é aí que vocês devem aceitar que nada são de tudo o que sobe, de tudo o que se manifesta na consciência, mesmo a mais iluminada e a mais Despertada.
Quando essa consciência desenha-se e transparece, então, o salto pode fazer-se, de maneira instantânea.
Aí se situa, para aquele que já vive o Absoluto, o aparente paradoxo e contradição dessa Simplicidade e que, no entanto, parece, de um ponto de vista limitado, tão árduo, tão difícil, tão angustiante.
Vocês devem tudo perder, a fim de tornar-se esse Tudo que vocês São, de toda a Eternidade.
Como vocês sabem, e como o disseram muitos Anciões, não existe qualquer meio de compreender: nenhum conhecimento é-lhes de qualquer utilidade.
O Conhecimento, na Personalidade, como no Si, é apenas ignorância, para o Absoluto, porque todos esses conhecimentos são, em definitivo, apenas projeções, cujo objetivo é conhecer-se, a si mesmos, na personalidade, no Si, mas não representarão, jamais, o Conhecimento do Absoluto.
Apenas se vocês aceitam sua própria ignorância (através dessa rendição, através desse Nada que é aceito) que, unicamente, naquele momento, naquele instante, naquele ponto, que a Onda de Vida e o Absoluto fecundá-los-ão, restituindo-os a vocês mesmos, não num qualquer efêmero, mas, efetivamente, nessa Eternidade, nesse Ilimitado.
Vocês não podem pretender ser algo, aí onde vocês estão, na Ilusão, e pretender o Absoluto.
Aliás, jamais o Absoluto poderá ser uma pretensão, porque não é nem um objetivo, nem um caminho, nem uma Consciência, nem uma Vibração.
É o momento em que, realmente, sinceramente, concretamente, vocês são esse Tudo, além mesmo da Fonte.
O Outro é apenas você mesmo, em um tempo diferente, em um espaço diferente, mas, em definitivo, no Absoluto, vocês são Um, bem mais do que na Unidade: vocês são além de toda Unidade, vocês são a Totalidade.
É difícil, para o ego, aceitar isso.
É difícil, para o Si, aceitar isso, também, porque isso remete em causa, diretamente, o princípio da Realização e o próprio princípio da fragmentação ou do isolamento da personalidade.
E, no entanto, não há, de algum modo, outra saída que não essa Transcendência.
É claro, e nós sempre o dissemos, vocês são Amados, do mesmo modo, porque o Absoluto é Tudo e é Amor.
Quer vocês permaneçam na personalidade ou no Si, não pode existir o mínimo julgamento, a não ser de você mesmo para si mesmo.
Os Samadhi os mais adiantados devem, também, deixar o lugar para o Absoluto.
E, quando eu digo deixar o lugar, é apagar-se, nada mais ser, porque, quanto melhor vocês aceitarem nada mais ser, fundir-se no que vocês chamam o neant, é que se realizará o Absoluto, que se revelará e instalá-los-á nessa não consciência e esse não Ser, do qual nada pode ser nem percebido, nem concebido, nem apreendido, de maneira alguma.
Dessa vertigem, desse insondável revela-se, então, a Vida no Absoluto.
Nada mais tem segredo para vocês.
Não existe mais questão, não existe mais interrogação, existe apenas esse estado, que não é mais o neant, mas que é a Plenitude, bem além da Alegria, bem além do Amor e de uma Luz vivida na Realização.
O Absoluto põe fim ao isolamento, põe fim ao Nada.
Vocês reencontram o que jamais deixaram de ser.
Vocês reencontram o que é a Natureza e a própria essência da Vida.
Vocês serão, então, esse ser, além de todo ser.
O que nossos Irmãos Anciões chamam o Jnani ou o Mukti, o Liberado Vivo, aquele que nada pode afetar, porque ele conhece: ele saiu da ignorância, ele penetrou, efetivamente, bem além do que é nomeado de Moradas de Paz Suprema, além de Shantinilaya, ele penetrou o Parabrahman.
Ele está, realmente, Liberado.
A Liberação, que é o Absoluto, nada pede de vocês, justamente, porque esse Absoluto é Tudo de vocês: o Amor, a Luz, além de toda consciência, além de toda observação, de todo sujeito, de todo objeto, de toda preensão, de toda compreensão e de toda dúvida.
Como lhes disse minha Irmã GEMMA (ndr: GEMMA GALGANI), a Vibração, naquele momento, não é mais vivido nem como exterior, nem como interior, porque vocês se tornaram a Vibração.
Não pode ser estabelecida a mínima distância entre o que vocês nomeiam o você e o resto.
Aliás, você e todo o resto são a mesma coisa.
Pouco a pouco, nós os levamos e nós os conduzimos diante dessa Majestade, diante desse Final, dizendo-lhes, já, que vocês estavam em nós, como nós estávamos em vocês, que nada desse mundo tem realidade, nem mesmo substância.
É vazio, totalmente vazio.
Vocês é que são o vazio, enquanto permanecem na personalidade.
Efetivamente, vocês nada são, independentemente de tudo o que podem crer, independentemente de tudo o que podem experimentar.
O Absoluto não é uma experiência, nem uma conclusão.
Poderia ser um início, mas um início que jamais tem começo nem fim.
Há, realmente, uma mudança de posicionamento e uma mudança de olhar.
Mas poder-se-ia dizer que, naquele momento, vocês são todas as posições e todos os olhares.
Não pode existir, realmente, qualquer localização, exceto esse corpo, esse princípio efêmero que continua, o tempo que seja necessário para que ele realize a própria jornada.
Mas vocês não são mais essa jornada.
Vocês não são mais esse mundo.
Vocês o englobam.
Então, é claro, o ego – que se atém a esse corpo, a essa pessoa, a essas ideias – ou o Si (que se atém à própria Realização, à própria Luz) não podem apreender-se do que quer que seja.
Existe apenas uma possibilidade: é que o Duplo peça-lhes e faça-os viver esse Final.
Nada há a pedir,
Assim que haja pedido, o Absoluto não pode revelar-se.
Há, verdadeiramente, essa noção de nada mais ser.
Uma noção de ser, verdadeiramente, o menor, inexistente, insignificante sobre esse mundo.
Para a personalidade, isso representa uma negação importante, ou mesmo uma denegação, mas, para o Absoluto, é a única Verdade.
Não há outra, jamais haverá outra.
Ser Liberado, viver a Liberação e viver o Absoluto não pode obstruir-se de qualquer elemento ligado aos limites, quaisquer que sejam.
Lembrem-se: é uma Transcendência de tudo o que era conhecido, sabido, experimentado e Vibrado.
Daí nascerá o que, do ponto de vista da pessoa, pode-se nomear a Certeza.
Dessa Certeza Interior nasce a Espontaneidade, que se acompanha de Transparência e de evidência.
É claro, aquele que tem um ego não poderá ver isso, porque ele verá, sempre, as próprias dúvidas, as próprias projeções, as próprias insuficiências,
E seu próprio ego fará tudo para negar.
E, no entanto, o Absoluto é comunicável, mas não para o ego.
Ele é comunicável, a partir do instante em que a localização, num corpo ou num Si esteja, ela também, transcendida, além mesmo do princípio de Comunhão, de Fusão ou de Dissolução, além mesmo da Deslocalização, além mesmo do Manto da Graça ou da Onda de Vida.
Sair à não consciência ou entrar na vida é bem mais do que um Batismo, bem mais do que uma Ressurreição, bem mais do que uma Crucificação.
E, no entanto, inexprimível porque, eu repito, não é uma experiência que é percebida, não é uma Vibração que é percebida, mas é um estado além de todo estado, que não é nem uma finalidade nem um fim, que os faz perceber, de algum modo, que vocês estão aí, de toda a Eternidade, transcendendo os Mundos, as vidas e todo Si.
É claro, numerosas modificações sobrevêm, nesse corpo, que não tem mais necessidade de vocês para levar a efeito o que há a fazer para ele, quer seja para ele mesmo ou para os outros corpos presentes na superfície desse mundo.
Vocês não estão mais presentes.
Vocês não são mais a Presença.
Vocês são o Absoluto.
Então, o que era o neant, o vazio e a contração da alma torna-se uma exuberância Interior, que não pode, em caso algum, ser confundida com uma exaltação da alma ou da personalidade na experiência vivida, porque a Onda de Vida, o Manto Azul da Graça e a não consciência e o próprio não Ser estão nesse Absoluto, permanentemente, sem nada querer, sem nada decidir, sem nada manifestar.
Vocês se tornam o Testemunho Vivo, o Testemunho do Cristo, KI-RIS-TI, o Testemunho do Brahman, porque vocês são ele mesmo.
E vocês são, mesmo, Parabrahman.
Vocês são aquele que, da Unidade, passou pelo Zero, pelo neant e que contém, naquele momento, em si, todas as Unidades, todas as diversidades todos os Mundos, todas as Dimensões.
O mais importante é lembrar-se, talvez, que vocês não são nem o objetivo, nem o caminho, que vocês são a Vida, em sua plena e inteira aceitação, além de toda pessoa e de todo Mundo, que se traduz por esse Êxtase e esse Íntase permanentes, no qual nada pode mais ser como antes, mesmo se vocês quisessem, mesmo se desejassem, o que é impossível porque, no Absoluto, não existe nem aspiração, nem desejo.
Há apenas a Vida que se vive, deixando-a escoar-se, ela mesma, em todas as relações, em todos os atos.
É claro, para o ego, isso pode parecer ser uma falta de personalidade, uma falta de vontade, uma derrota.
E é uma, é claro.
A derrota da individualidade, a derrota da ilusão, a derrota do efêmero que, no entanto, não foi a resultante de um combate qualquer, mas, efetivamente, eu o lembro, de uma capitulação total, de uma rendição total à Fonte de si mesmo.
Pode-se dizer, hoje, que, para viver o Absoluto e a Vida. Que vocês não são a meditação, que vocês não têm que meditar.
Que vocês não têm que olhar nem encontrar, porque vocês são a Vida e a Vida não pode ser exterior.
A alma consume-se, então, no último Fogo, deixando aparecer a Fênix ressuscitada de suas próprias chamas, incorruptível, num novo Fogo, no qual jamais as chamas podem extinguir-se.
O Banquete Celeste, o Casamento com o Duplo, a Onda do Êxtase participam da mesma dança da Vida.
Essa última Verdade, além de todas as Verdades, nomeada, por um Arcanjo que os acompanhou: a Verdade Absoluta.
Vocês aceitam tudo, porque nada é falso.
Mesmo as verdades relativas que foram rejeitadas ou refutadas são vividas apenas como etapas de construção e, a um dado momento, essas construções devem ser, de algum modo, demolidas.
Mas, anteriormente, elas lhes serviram para aproximar do inacessível.
Construir o «Eu Sou», o Si, foi importante.
Aqueles que não o construíram, hoje, não têm mais que colocar-se esse gênero de questões.
Favoreçam tudo o que os fará ficar tranquilos, ficar na Paz.
Digam-se, naquele momento, e neste período específico da Terra, que nada há a buscar, nada há a procurar.
Nada, tampouco, há a manifestar.
Primeiro, apenas Ser e, em seguida, Nada Ser.
Esse em seguida não é tão distante assim.
Ele não é separado.
A Onda de Vida, testemunho do Absoluto, anima-os fora de toda Vida, eu repito, de todo conhecido, de toda experiência, libera-os de incertezas, de dúvidas, de medos e, também, de tudo o que poderia aparecer como a manutenção de uma ilusão.
Inconsciente ou conscientemente, cada vez mais Irmãos e Irmãs vão imaginar que algo acontece, sobre esse mundo porque, não em muito tempo, tudo isso não poderá mais ser escondido e vocês não poderão mais, aliás, esconder-se, vocês tampouco (onde quer que seja, nem na personalidade, nem no Si), porque vocês se tornarão essa Transparência e essa Espontaneidade.
Vocês serão, se se pode dizê-lo, arrebatados pela Transparência e pela Espontaneidade.
Arrebatados para onde?
Para o que, justamente, a personalidade, o efêmero chama de neant, de Vazio.
Conforme o ponto de vista da personalidade e do Si, isso se chama a negação da Vida, a recusa da Vida e, no entanto, isso é, exatamente, o inverso, assim que o Absoluto encontra-os, assim que a Onda de Vida percorreu-os.
Porque, naquele momento, são vocês que percorrem o conjunto de consciências e de não consciências, o conjunto de Dimensões e de não Dimensões, a própria Fonte.
Quaisquer que sejam as Vibrações e as percepções atuais, porque nós estamos em Comunhão, vocês podem ir além, não parar no que lhes pareça ser um caminho ou um objetivo.
Lembrem-se: não há caminho, não há objetivo.
Há, para vocês, apenas Nada.
Sejam Nada.
Então, vocês transitarão, por essa Transcendência, na Eternidade.
Nenhum limite poderá mais aflorar e assolar sua consciência.
Nada mais do conhecido poderá impedi-los de ser a Vida.
Coloquem-se nesse neant e nesse Nada.
Coloquem-se na Forma, além de toda forma.
Aí, na Plenitude, na Alegria, deixem isso, porque nem vocês nem eu somos isso.
Aceitem não mais ver uma pessoa ou outras pessoas.
Digam «sim».
Que seu sim seja um sim e um não a tudo o que é conhecimento desse mundo, conhecimento desse corpo, desse caminho, de sua experiência de vida.
Vocês são a vida, vocês não são a experiência de vida.
Estejam na Paz.
Parar o tempo e o espaço não é um desafio, mas, efetivamente, esse Final Absoluto.
Muitos de vocês viveram, mesmo no passado, reflexos desse Absoluto, porque o sentido de ser uma pessoa, há ainda alguns anos atrás, não podia desaparecer inteiramente.
Lembrem-se de que não existe história, de que não existe o que quer que seja fora do Absoluto.
E que o sentido do que vocês podem compreender, mesmo através dos dados científicos desse mundo, mostra-lhes que, mesmo uma estrela, é efêmera.
É claro, a estrela e a consciência do humano não evoluem no mesmo espaço e no mesmo tempo.
Mas isso nada muda ao que é efêmero.
Aí, de imediato, entre aqui e agora, em cada um de nós que é o outro e que é o tudo, na Comunhão da Graça, a Onda de Vida, talvez, vocês observam.
O Absoluto diz a vocês: nada mais observem, nada mais sejam.
Contrariamente ao Despertar e à Realização, quanto tudo isso foi vivido, vocês devem aceitar.
Nenhuma vivência é-lhes de qualquer utilidade.
Renunciem a si mesmos, renunciem, mesmo, às Vibrações, renunciem, também, à Onda de Vida que os percorre, se ela os percorre, porque ela nada mais é do que vocês.
Assim, o Nada torna-se Plenitude, o consciente torna-se não consciência, sem, contudo, ser inconsciente.
A Alegria de Turiya dissolve-se no Silêncio da Eternidade, nos horrores do vazio que, de fato, é pleno.
Lembrem-se do princípio da inversão e da falsificação: vocês estão, aqui, sobre esse mundo, em negativo.
Vocês são apenas uma estampa.
Vocês, absolutamente, nada são disso.
Vocês são apenas Absoluto.
No espaço de Comunhão, quem é quem?
Quem são vocês?
No espaço e no tempo desta Terra, além do corpo que vocês habitam, além dos pensamentos e das emoções que lhes atravessam, vocês estão, agora, lúcidos e transparentes?
No Silêncio, o Canto Final está aí.
No espaço desse Silêncio, no espaço de nossa Comunhão, além de todo espaço e de todo tempo, nós somos Um e além.
E o Absoluto.
No Templo do Coração dançam a Onda e a Vida que vocês São.
Não há preparação.
Nada há a preparar.
Deixem Ser.
Deixem não Ser.
Deixem fazer.
Nada façam.
Provem a Eternidade.
No tempo de nossa Comunhão, no tempo de nosso Silêncio, impregnem-se.
Sejam a Vida e não uma vida.
Fiquemos nesse aparente Silêncio.
Além de todo tempo, de todo corpo, de todo cenário, há Isso, nada além Disso.
Não há você e eu.
O próprio mundo não há mais.
E, no entanto, vocês são a Vida.
Doravante, haverá a reminiscência desse instante que se reproduz a cada sopro.
Cada vez mais, como nós havíamos dito e redito, haverá esses espaços em que vocês não poderão mais ser, simplesmente, essa presença que escuta, nem mesmo essa presença que fala.
Haverá apenas Isso.
Nada além Disso.
Absolutamente tudo Isso.
Resta-me abençoar a Vida, porque ela é abençoada.
Apreendam que vocês não são mais o tempo, nem o espaço.
Nem um, nem o outro.
Doravante, há Isso.
Comunhão e graça.
E, depois, não há mais palavra.
Apenas, talvez, é ouvido o Som Primordial.
Aquele que é o Primeiro Sopro.
Origem e Fim.
Nada mais escutem.
Vocês são Isso.
Nisso e com Isso.
Eu digo, simplesmente, Paz, além de toda Paz, e Eternidade.
Até breve.
Até já.
Até sempre.
Na Vida.
No Amor.
Em Tudo.
Até logo.
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Virá, em vocês, um momento, se ele já não veio, no qual a retração da alma poderá fazê-los dizer, tanto na personalidade como no Si: «que bom». Abre-se diante de vocês, além da Alegria, um espaço qualificado de vazio, um espaço no qual todos os marcadores (tanto aqueles da personalidade como aqueles do Si, que foram descobertos e Vibrados) devem, de algum modo, apagar-se, para deixar a Majestade do Absoluto estabelecer-se e viver-se <> Como lhes foi exprimido, em numerosas reprises, não existe caminho de passagem entre a Unidade e o Absoluto, mesmo se, é claro, existam pontos desse corpo que vocês habitam, em ressonância com os novos corpos, tais como eles lhes foram explicitados, que correspondem a essa Porta OD, essa Porta Estreita: o momento em que vocês devem renascer, o momento em que é preciso ser como a Criança, virgem de qualquer suposição, virgem de qualquer construção <> É nesses momentos, nos quais inúmeros Anciões disseram-lhes para nada fazer, para ficar tranquilos, para, nem mesmo, nada tentar observar, para deixar tudo o que acontece acontecer e, portanto, ser superado, sem qualquer intervenção de qualquer parte de vocês mesmos, quer vocês estejam na personalidade ou no Si <> Esse salto no desconhecido – porque é um – é um medo que pode traduzir-se por uma angústia, porque, como é que, do ponto de vista do Si ou da personalidade, o que podia ser pleno, pode reencontrar-se esvaziado de sua substância, esvaziado de toda experiência, esvaziado de todo projeto, de toda busca e de todo objetivo e, mesmo, de todo caminho? <> Aceitem nada ser e vocês serão Tudo <> Aceitem não mais ser uma pessoa ou um indivíduo, e vocês serão o Absoluto <> Quando eu digo deixar o lugar, é apagar-se, nada mais ser, porque, quanto melhor vocês aceitarem nada mais ser, fundir-se no que vocês chamam o neant, é que se realizará o Absoluto, que se revelará e instalá-los-á nessa não consciência e esse não Ser, do qual nada pode ser nem percebido, nem concebido, nem apreendido, de maneira alguma <> A Liberação, que é o Absoluto, nada pede de vocês, justamente, porque esse Absoluto é Tudo de vocês: o Amor, a Luz, além de toda consciência, além de toda observação, de todo sujeito, de todo objeto, de toda preensão, de toda compreensão e de toda dúvida <> Lembrem-se: não há caminho, não há objetivo. Há, para vocês, apenas Nada. Sejam Nada <> Que seu sim seja um sim e um não a tudo o que é conhecimento desse mundo, conhecimento desse corpo, desse caminho, de sua experiência de vida <> O Absoluto diz a vocês: nada mais observem, nada mais sejam <> Não há você e eu. O próprio mundo não há mais. E, no entanto, vocês são a Vida.
ResponderExcluir"O Despertar e a Realização dão a viver um estado diferente do estado habitual do humano, confinado na ilusão de sua personalidade.
ResponderExcluir"Nós os temos acompanhados na revelação da Luz, na conscientização do Si. Hoje, como foi insistido, essa última Transcendência, essa Passagem da Porta Estreita, preparou-os, a vocês também, para esse Último Abandono: o Abandono do Si, o Abandono do que se acreditava ser possuído e manifestado, a fim de estabelecer-se além desse manifestado, no não manifestado, no não Ser e na não consciência.
"Abandonar todos os seus quadros de referências, mesmo aqueles do Si; abandonar-se, de algum modo, à Fonte de si mesmo, que vocês não conhecem, que vocês não podem pretender conhecer no que vocês são, na personalidade ou no Si. Isso é efetivamente um desafio.
"É o salto no vazio, é o salto na angústia é o salto na Dissolução.
"Esse salto no desconhecido - porque é um - é um medo que pode traduzir-se por uma angústia, porque, como é que, do ponto de vista do Si ou da personalidade, o que podia ser pleno, pode reencontrar-se esvaziado de sua substância, esvaziado de toda experiência, esvaziado de todo projeto, de toda busca e de todo objetivo e, mesmo de todo caminho?
"É claro, para o ego, isso pode parecer uma falta de personalidade, uma falta de vontade, uma derrota. E é uma é claro. A derrota da individualidade, a derrota da ilusão, a derrota do efêmero que, no entanto, não foi a resultante de um combate qualquer, mas, efetivamente, eu o lembro, de uma capitulação total, de uma rendição total à Fonte de si mesmo."
"Dessa Vertigem, desse insondável revela-se, então, a Vida no Absoluto.
Esse estado, que não é mais o Neant, mas que é a Plenitude, bem além da Alegria, bem além do Amor e de uma Luz vivida na Realização."
Amor e Luz Absoluto
Lys