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20 de abr. de 2016

IRMÃO M: A Evidência



CADERNOS DE ABRIL DE 2016 – CRÔNICAS DA ASCENSÃO
Crônicas dos Melquisedeques – O Masculino Sagrado

Irmãos e irmãs humanos, no coração e na carne, eu venho exprimir-me entre vocês.
Se vocês têm necessidade de nomear-me, nomeiem-me Irmão M.
Minha identidade passada não tem necessidade de ser-lhes desvendada, saibam, simplesmente, que minha última vida foi passada no século XIX, na Índia, e que eu vivi seguindo o Advaita Vedanta, o Absoluto, o Último, o Parabrahman.

Hoje, a minha consciência apronta-se para o jogo dos Melquisedeques.
Como Melquisedeque da Terra e portador do Fogo da Terra, eu venho, pela Presença e sua Presença, aqui e por toda a parte, falar em vocês do Último.

Eu não voltarei a tudo o que foi dito por Bidi, quando de sua fase de ensinamento e de testemunho.
Eu venho, sobretudo, contextualizar o Último neste tempo preciso da Terra que vocês vivem atualmente.

Como, talvez, você saiba, ou vive, tudo o que pode ser dito do Absoluto é apenas um pálido reflexo do que é, realmente, para uma consciência que se apaga, não na inconsciência, mas na a-consciência.

O Último põe fim ao tempo, ao sofrimento, às ilusões.
A única coisa que é verídica, em toda consciência, é o princípio e a vivência da não dualidade nessa carne na qual vocês estão ainda, como em outros lugares.

O Último não é o fim de uma história, ou de sua história, mas é, real e concretamente, a superação de toda noção de história e de dimensão.
Certo número de conceitos, certo número de palavras e certo número de vibrações permitiram-lhes, talvez, durante esses anos ou há mais tempo, encontrar-se confrontados ou aproximar-se do limiar de seu desaparecimento da ilusão.
Isso foi nomeado de diferentes modos.
Se vocês quiserem, eu guardarei «o Coração do Coração», que parece acessível a toda pessoa, a todo irmão, qualquer que seja sua origem e qualquer que seja o resíduo de suas crenças ou de suas experiências.

O Último põe fim, em vocês, aos conceitos, às percepções, aos sentimentos, à alma.
O Último é sobre o que se apoia a Luz, tudo isso você sabe.
Na vivência do Último não resta qualquer resíduo, tudo o que era anterior é queimado no Fogo do Amor e no fogo de sua carne.

O Último não conhece nem o tempo, nem o espaço, nem as dimensões, mesmo reconhecendo sua existência, mas sua futilidade.
O Último não é um fim em si, nem uma realização, nem o objetivo de uma busca.
Ele é o aparecimento, ou melhor, o reaparecimento da Verdade nua.
Toda criação apenas pode existir e entrar em manifestação se ela se apoia, de maneira indelével e permanente, no que está na origem da Luz.
No princípio, era o Verbo, Jesus disse: «Eu sou o Alfa e o Ômega».

Quando a consciência parece expandir-se até a porta aparente e não real, ela também, do Último, vocês caem em face do que é nomeado o «grande limiar», no qual vai encontrar-se projetado o conjunto de suas crenças, de seus resíduos ditos cármicos, de seu autojulgamento, não de uma vida, mas do conjunto de vidas passadas nesse mundo.

Nesse grande limiar que vocês nomeiam o Coração do Coração, e que se traduz pela Infinita Presença ou a Última Presença, é vista a Verdade.
Ela não é vista nem com os olhos, nem com formas, nem com percepções, quaisquer que sejam.
O Último torna-se, então, e é a Evidência, eu diria, mesmo, a única evidência, que põe fim à dualidade, que põe fim à dúvida que se exprime através da manifestação da consciência em seu plano.

O Último nada tem a ver com quadros de referência, com yogas.
Só o Último é a verdadeira Vida, que está na origem e no fim sem, contudo, poder diferenciar a origem do fim.
Eu sou o Alfa e o Ômega, eu sou o Ômega e o Alfa: Ouroboros.

No Último não pode existir outra coisa que não a Evidência – evidência da Graça, evidência do Amor – vivida do interior, sem movimentos da consciência e sem experiências.
Vocês passam, então, da manifestação à Essência e, na Essência, não pode haver outra coisa que não essa evidência: tudo é Um.
Tudo provém daí e tudo volta aí, em movimentos aparentes que parecem desenrolar-se em dimensões e em tempos que parecem permitir as experiências ao infinito, de maneira livre ou de maneira limitada, como nessa Terra que nós, uns e os outros, pisamos com nossos passos.

No Último há a embriaguez do Amor, que põe fim a todos os mitos e todas as separações, que põe fim a toda questão, e que se torna, então, fonte que jorra de Vida, o que é nomeado, eu creio, na terminologia empregada pelos Anciões que se dirigiram a vocês, o décimo terceiro corpo ou a Fonte de Cristal, nomeada, também, o Vajra.
Esse ponto de consciência, localizado acima de sua cabeça, é a representação – na falta de melhor palavra – do Último, que se apoia no Coração do Coração para, de algum modo, fecundar o conjunto de níveis de sua consciência.

O Último nada lhes retira, mas ele os desidentifica do sofrimento, ele os desidentifica de dever ter a impressão de fazer o bem, de progredir, de evoluir.
No Último não pode haver qualquer evolução, qualquer transformação – tudo é perfeito.
Não há nem sombra nem Luz, não há nem forma nem sem forma, há apenas isso.
E esse «apenas isso» apaga e transcende todo o resto.
Nenhum conceito, nenhuma forma, nenhum mundo pode ali subtrair-se, pode recusá-lo, mas a Graça do Amor pode conduzi-los a preferir a experiência, não como uma escolha exclusiva, mas, bem mais, inclusiva.

O Último não conhece nem masculino nem feminino, sagrado ou profano.
No Último vocês nada mais são na superfície desse mundo, e são plenamente tudo na consciência.
O Último não tem necessidade de conceitos nem de palavras.
Ele pode exprimir-se em poesias, pode exprimir-se em vibrações, mas, assim que ele é exprimido, ele não é mais o Último, ele é a manifestação do Último.

O Último é todas as manifestações e, ao mesmo tempo, nenhuma das manifestações.
Ele é todas as formas e todos os sem forma.
Ele é todas as dimensões e todas as esferas de experiência, nas quais, no entanto, nada pode ser separado, nem dividido, nem retirado.

O Último é uma forma de encantamento que supera, de longe, as manifestações de êxtase ou as manifestações místicas de qualquer natureza que seja.
No Último, como eu disse, há Evidência, e essa Evidência não sofre comparação, nem discussões, nem tergiversações.
Não pode existir a mínima hesitação, qualquer que seja sua vida nessa Terra.
Você não é mais identificado nem ao seu corpo, nem aos seus pensamentos, nem às emoções, nem a uma determinada dimensão, nem a uma linhagem estelar nem, mesmo, a uma origem estelar.

O Último não conhece, mesmo, o sentido da distância ou da separação.
O Último não é concernido pelo nascimento e a morte desse corpo, nem, mesmo, pelo nascimento desse mundo e a morte desse mundo.
Ele é, ao mesmo tempo, Evidência, como eu digo e redigo e, ao mesmo tempo, plenitude e vacuidade.

É, também, um momento, no Coração do Coração, no qual a consciência não tem mais necessidade de estar localizada no que quer que seja.
A consciência, naquele momento, não depende de qualquer tempo nem de qualquer espaço, nem de qualquer vida.
Essa Evidência que se revela não pode ser discutida no interior de si, nem sopesada, nem amplificada.
Há ou não há Último, e não pode, jamais, haver a mínima dúvida entre o que é e o que não é, porque tanto um como o outro são apenas jogos da consciência.

O Último adapta-se a todas as danças, todas as felicidades como todas as infelicidades com não, unicamente, indiferença, mas, sobretudo, transmutação.
Não há qualquer esforço possível no Último.

As circunstâncias específicas da Terra, a Liberação da Terra, tal como foi vivida há cinco anos, conduz, inexoravelmente, ao Último, de diferentes modos, e isso vocês sabem, através do que foi exprimido concernente à atribuição vibral, à reversão ou não da alma, sua dissolução ou não.

O Último é, ao mesmo tempo, Presença total e Ausência total.
Você não pode ser definido nem pela Presença nem pela Ausência.
Você não pode ser definido por nada, porque não existe qualquer definição e qualquer palavra e qualquer verbo que seja forte o bastante para traduzir isso.

O próprio Amor e a própria Luz aparecem como emanações do Último.
Não pode existir, portanto, busca de Luz, nem qualquer busca no Último.
Há, ao mesmo tempo, Presença e Ausência, há, ao mesmo tempo, dissolução, desaparecimento e Amor.
Nada se move e, no entanto, tudo é visto em movimento.

Nada pode parar e, no entanto, tudo está congelado; tudo é pleno e tudo é vazio, isso não faz mais sentido.
Nada, aliás, no Último, pode fazer sentido e pode ser significativo.

Viver o Último não permite mais a menor história, e, ao mesmo tempo, permite toda experiência e toda criação.
Mas o Último nada cria, ele impulsiona.

No Último há Amor, mas esse Amor não pode ser definido nem em «condicionado» nem em «incondicionado».
Nada pode ser visto, ao mesmo tempo em que tudo é visto, sem problema algum.
No Último, a fulgurância da consciência, antes de desaparecer, é tal, que você sabe, naquele momento, que você jamais partiu e que você jamais teve necessidade de chegar, que nada, realmente, moveu-se, que o Amor sempre esteve aí.
A certeza de que seu corpo faz apenas passar remove-lhes, definitivamente, o medo do futuro desse corpo.
Amanhã não existe, ontem tampouco, mesmo o instante presente não quer dizer grande coisa.
Presença e Ausência conjugam-se, o céu e a Terra conjugam-se, também.

O Último é, portanto, todas as respostas, mesmo sem questões, mas essas respostas não são destinadas a alimentar a história ou o conhecimento.
O Último é o único conhecimento que não tem necessidade de qualquer qualificativo, de qualquer definição.

No Último, tudo está incluído e tudo está excluído do que vocês podem conhecer ou experimentar.
Bidi, frequentemente, comparou o Absoluto com o sono, explicando a passagem entre os dois pelo que ele nomeou Turiya.
Você não pode apreender o Último, ele é inapreensível.
Você não pode controlá-lo, porque ele nada pode controlar.

No Último há Evidência e certeza inabaláveis de que é a única verdade e que todo o resto – o bem, o mal, a vida nesse mundo – não é a verdadeira Vida.
Mas nem a verdadeira Vida nem a vida nesse mundo são reais.
O conjunto de manifestações, em qualquer consciência e em qualquer plano que seja, são apenas jogos, vividos em toda liberdade.

O Absoluto vê-se tanto no grão de areia como em um super gigante vermelha, e ele sabe, no entanto, que tudo isso nada é.
Essa Evidência não pode aparecer e desaparecer, porque ela está, sempre, aí.
O que quer que você diga, o que quer que você faça, o que quer que lhe aconteça, o Último propicia a Paz definitiva da consciência, o que quer que diga o corpo, o que quer que exprimam o mental ou as emoções.

Enquanto você considerar – e isso foi, também, explicado por Bidi – que o Último é um objetivo a adquirir ou a conquistar, você não pode vivê-lo, você pode apenas jogar de procurá-lo, mas você não o encontrará, jamais.

No Último não há mais qualquer jogo da consciência, a melhor palavra disso foi dada por Bidi, é a a-consciência.

Ser o Último é, também, não mais poder aderir a qualquer crença que seja, a qualquer palavra que seja ou a qualquer experiência que seja.

No Último não pode haver nem dúvida, e você não pode, tampouco, ser enganado pelo que quer que seja, mas você nada rejeita enquanto conserva esse corpo.

No Último, é claro, não pode existir a mínima autoridade, a mínima hierarquia, o menor anjo ou o menor Arcanjo e, no entanto, eles estão aí.
Eu diria que o Último é a transcendência total de toda forma e manifestação de amor.
O Amor está por toda a parte, ele é a Vida, e essa Vida não vem da morte, mas do que não está vivo, porque ele é todas as vidas.

No Último você não pode aderir a qualquer experiência.
A consciência não pode mais, de modo algum, estar agarrada a qualquer vertente que seja e a qualquer manifestação que seja, ela pode apenas apagar-se para beneficiar-se de todas as consciências, e ser cada uma das consciências.
No Último não há mais qualquer particularismo, assim como não pode existir o menor limite, a menor barreira e a menor consciência.

Do ponto de vista do ego, você sabe, isso se chama o neant, e, para o ego espiritual, isso poderia chamar-se a Luz Negra.
Mas o Último não é uma luz e, ainda menos, uma cor, enquanto ele é todas as cores.
Do ponto de vista do que é limitado – a vida nesse mundo, como a alma – isso poderia aparecer como o neant, o que é nomeado, por exemplo, por seus astrofísicos, pelo nome de buraco negro.
Mas a palavra a mais importante é a Evidência, essa Evidência que não pode apoiar-se em qualquer conceito, em qualquer ideia, em qualquer experiência.

A não dualidade não é, unicamente, sair da dualidade para entrar na Unidade, uma vez que o Último contém, ao mesmo tempo, a dualidade e a não dualidade.
No Último nada pode ser medido, nada pode ser referenciado.

No Último há o Silêncio, mas há, também, todos os ruídos, dos universos em gestação, dos universos aparentes, dos universos em desaparecimento, sem que isso mude o que quer que seja no Último.

Assim, em sua vida, nesta época da Terra, na carne, o Último traduz-se por essa vacuidade e essa plenitude, por essa Evidência, por uma forma de indiferença aparente na qual, em definitivo, nada é indiferente, mas nada pode imprimir-se, marcar-se.
O Último poderia ser, de algum modo, a base e o apoio da consciência, mas ele é, também, na a-consciência, todas as consciências – sem, contudo, como eu disse, o menor particularismo.

Inúmeras Estrelas, inúmeros Anciões comunicaram-lhes, antes de mim, sua experiência de vida, sobretudo, parece-me, as irmãs Estrelas.
Cada uma delas exprimiu-lhes sua história e o modo pelo qual se desenrolou o fim da história, o fim da pessoa, quer isso passe pela morte ou pelo êxtase do Samadhi.

O Último provoca uma perda total de continuidade da vida, o que põe fim à descontinuidade do aparecimento e do desaparecimento da consciência, inscrita entre o nascimento e a morte a partir desse plano, entre o nascimento da alma e a morte da alma, a partir dos planos espirituais.

O Espírito do Sol, ou a matriz Crística, se prefere, é um esquema no qual parece construir-se o Absoluto que, de fato, faz apenas aparecer, porque ele sempre esteve aí e não pode, jamais, desaparecer, e implica seu próprio desaparecimento.

Ver o Coração do Coração e o conjunto dos possíveis desembaraça-o, definitivamente, não, unicamente, do medo da morte, mas do medo do sofrimento, do medo da perda, de todo medo.
O Último não pode permitir, quando ele é vivido, ao medo ressurgir.

No Último não há qualquer erro, porque tudo já está realizado, tudo está perfeito.
Não há nem bem nem mal, há apenas o jogo da consciência.

Nesse mundo encarnado, o Último não é o objetivo.
O objetivo é a Liberdade e a Liberação, ou seja, restabelecer a comunicação e a comunhão com o que lhes foi tirado, pela aparência das crenças e a aparência das forças gravitacionais.

O último conceito, se posso dizer, é, verdadeiramente, essa palavra Evidência, porque a Evidência do Amor, da Luz, do Último, da consciência, põe fim, de modo abrupto, às resistências, aos jogos da consciência, tanto aqui como alhures.
Mas, em caso algum, você pode considerá-lo como sua finalidade, caso contrário, ele voltará, sempre, a você.
Não há outro modo – e isso foi exprimido durante essas Crônicas – de viver o Absoluto que não o de sacrificar e viver, ao mesmo tempo, o sacro, nomeado, eu creio, no Ocidente e na tradição católica ou cristã, o último sacramento.

O Último não pode fazer diferença entre o que vive e o que morre.
Ele o preenche de Graça, ele o faz viver a doação de Graça, o estado de Graça, aqui mesmo, nessa carne.
Mas, mesmo isso, é visto pelo que é: um jogo da consciência.
Inúmeros marcadores foram-lhe dados e continuarão a ser dados durante essas Crônicas dos Melquisedeques, concernentes a algumas palavras – alguns lhe foram dados e explicados.
Eu não encontrei outras palavras melhores do que «Evidência» para o Absoluto.
Mesmo a palavra Amor e Luz não basta, mesmo a palavra Cristo não basta.
Como eu disse, o Último está além de todo conceito, de toda forma e de todo sem forma, como de todo tempo e de todo espaço.

É, efetivamente, esse Último que será vivido por cada um, em qualquer evolução dos jogos de consciência que seja, no momento em que o Fogo do Espírito revelar-se, inteiramente, como longamente anunciado quando de sua encarnação, por Orionis, se você prefere, aquele que foi nomeado Bença Deunov, em suas últimas profecias.

O Último é, ao mesmo tempo, contentamento e transcendência – na qual nada há a transcender.
É a transcendência evidente na qual todas as transmutações, assim como os jogos da consciência não representam nada mais do que os movimentos de expansão, o ritmo da vida, de expansão e de contração.

Ao viver o Último nunca mais as coisas podem ser como antes.
Não há mais, aliás, nem depois nem antes, há apenas o que poderia ser qualificado, pela consciência, do instante ou, ainda, Hic e Nunc, Aqui e Agora.
Mas esse aqui e agora não é, unicamente, o aqui e agora de seu posicionamento de consciência, mas é o aqui e agora de todo mundo e de toda dimensão, quando nenhuma forma é necessária, nem mesmo aquela do corpo de Existência.
Não há mais necessidade de veículo, porque você se torna, então, o veículo de toda consciência, mesmo permanecendo sem veículo.

A Evidência do Último não tem qualquer corolário ou similaridade com a evidência tal como ela lhe aparece em suas linguagens e suas discussões correntes.
Porque essa Evidência não se limita aos conceitos, às ideias, às leis desse mundo, nem, aliás, às leis de qualquer mundo, mesmo da lei de Um.
Essa Evidência é, verdadeiramente, o que você poderia nomear, de seu ponto de vista, uma reconexão final.

No Último nada mais é necessário, o que explica que algumas irmãs Estrelas tenham podido permanecer anos no mesmo estado.
Elas se tornaram tão leves que a aparência nesse mundo encarnado era a densidade a mais extrema.
A animação da vida – da vida delas – havia desaparecido, apenas permaneceria a vida, além dessa forma.

O Último não se embaraça em escrever ou pôr em forma seus pensamentos.
Eles emergem espontaneamente, independentemente de qualquer conhecimento adquirido.
Porque o Último está além de toda definição como de toda energia, como de toda vibração.

O Último e a Evidência do Último são a vida em manifestação, também, para você, enquanto você tem esse corpo, no qual tudo pode ser chamado de sinal, sincronia e magia.

No Último, o coração pode parar, o sopro pode parar, o corpo pode dissolver-se, que isso nada muda.
Não há qualquer perda nem qualquer ganho.
Não há, mesmo, a ideia de ganho ou de perda, porque nenhuma ideia pode apresentar-se.
E, no entanto, é aí que a Evidência torna-se a mais flagrante, é a única Verdade.
Nem o mundo, nem as Estrelas, nem o céu, nem os Arcanjos, nem Maria, nem Jesus, nem nós mesmos, os Anciões podemos agenciar ou agir, de maneira alguma, nisso.

A história que lhe foi contada, que você viveu e que vive, ainda, serviu, de algum modo, apenas de pretexto para prepará-lo a não mais ser preparado para o que quer que seja, disponível para o instante Daquele que virá como um ladrão na noite.

Não há deus, não há diabo, não há Arcontes, não há Fonte.
Há apenas jogos da consciência que se reconhecem nesse jogo, ou em qualquer jogo, uma vez que cada jogo é o dela,na Unidade, e que todo jogo termina, um dia, qualquer que seja esse jogo.
Tudo se desenrola no mesmo tempo, porque o tempo é uma construção arcôntica que não existe.

O balé dos céus, nele mesmo, qualquer que seja sua majestade, quaisquer que sejam suas constelações e a história de suas constelações, não têm peso algum na Evidência.

O Último deixa livre todo jogo, mas não intervém, em um sentido ou no outro.
Ele deixa, para isso, as consciências jogarem seus papéis e suas funções.
O Último não tem qualquer polaridade, ele reconhece toda vida e todas essas vidas, mas é bem mais do que todas essas vidas.

Assim, se, hoje, não tendo vivido o Último, mas estando suficientemente aproximado, quer seja pelas vibrações, quer seja pelos contatos na natureza, quer seja por suas leituras ou, diretamente, por sua consciência expandida, isso não faz qualquer diferença.
O único testemunho da Última Presença e do Último em seu retorno são todas essas palavras e esses conceitos que lhe foram explicados pelos Anciões nessas Crônicas.
Quer seja a Benevolência, quer seja a Espontaneidade, quer sejam os outros conceitos, nós temos tentado guiá-los até o lugar, se posso dizer, no qual não há mais guias, nem Presenças, nem, mesmo, você mesmo.

As circunstâncias do mundo estão reunidas já há alguns anos de seu tempo terrestre, para permitir-lhe não ser obstruído pelo que não é evidente, já há alguns anos, mas de modo mais direto no que se desenrola agora.
Eu o lembro de que o Último não é concernido por isso, mas que as circunstâncias desse mundo e seu histórico de confinamento encontram, no Último e na Evidência, uma solução radical.

No Último não há nem benefício nem perda, nada há a ganhar, porque nada pode ganhar-se, tudo já está adquirido.
Mas o que está adquirido não tem o sentido de algo que é possuído, mas, sim, o sentido do que é visto, porque o que é visto é adquirido na Última Presença.

Alguns instantes de Silêncio, antes de prosseguir, para deixar esse Silêncio instalar a Evidência.

… Silêncio…

O Silêncio é a antecâmara, aí também, da Evidência.
A Espontaneidade, quando é vivida, apenas pode ter por fonte o Coração do Coração, na Última Presença.

… Silêncio…

A Paz verdadeira não pode decorrer de qualquer circunstância desse mundo, exceto a vibração do coração.
A Paz conjuga-se à Evidência, à Alegria e ao Amor, além, mesmo, de sua expressão, no entanto, bem real, nesses tempos de exteriorização do feminino e do masculino sagrados.

… Silêncio…

Caros irmãos humanos, no coração e na carne, eu os saúdo, já, a partir de agora, porque minhas palavras vão espaçar-se, para deixar lugar à Evidência.

Eu os saúdo em sua eternidade, como em seu efêmero, sem diferença.

… Silêncio…

Eu sou Irmão M, eu sou outro você, eu sou o ser, eu sou o não ser, e eu porto até seu coração a Evidência do Amor e a Evidência do Último.

… Silêncio…

Eu terminarei por essa frase: «A partir do Último, você é, ao mesmo tempo, o observador, o observado e o que não pode ser observado.».

Eu rendo graças à sua escuta, e eu lhe dou a graça de sua leitura.

… Silêncio…

O Fogo da Terra, como o Fogo do céu e como o Fogo de seu coração é a emanação de seu Verbo, que lhe dá a ver, além de todo olhar, o Último – que você é e que você não é – sem diferença alguma.

… Silêncio…

E aí não há nem até logo nem olá, porque tudo está aí.

Digne-se recolher a doação de minha Presença, como a doação de minha Ausência.


Irmão encarnado na carne e no coração, ame e faça o que lhe agrada.

3 comentários:

  1. O Último põe fim ao tempo, ao sofrimento, às ilusões.

    A única coisa que é verídica, em toda consciência, é o princípio e a vivência da não dualidade nessa carne na qual vocês estão ainda, como em outros lugares.

    O Último não é o fim de uma história, ou de sua história, mas é, real e concretamente, a superação de toda noção de história e de dimensão.

    O Último põe fim, em vocês, aos conceitos, às percepções, aos sentimentos, à alma.

    Na vivência do Último não resta qualquer resíduo, tudo o que era anterior é queimado no Fogo do Amor e no fogo de sua carne.

    O Último não é um fim em si, nem uma realização, nem o objetivo de uma busca. Ele é o aparecimento, ou melhor, o reaparecimento da Verdade nua.

    Só o Último é a verdadeira Vida, que está na origem e no fim sem, contudo, poder diferenciar a origem do fim.

    No Último não pode haver qualquer evolução, qualquer transformação – tudo é perfeito.

    No Último vocês nada mais são na superfície desse mundo, e são plenamente tudo na consciência.

    O Último é uma forma de encantamento que supera, de longe, as manifestações de êxtase ou as manifestações místicas de qualquer natureza que seja.

    Não há qualquer esforço possível no Último.

    Nada, aliás, no Último, pode fazer sentido e pode ser significativo.

    Amanhã não existe, ontem tampouco, mesmo o instante presente não quer dizer grande coisa.

    Essa Evidência não pode aparecer e desaparecer, porque ela está, sempre, aí.

    O que quer que você diga, o que quer que você faça, o que quer que lhe aconteça, o Último propicia a Paz definitiva da consciência, o que quer que diga o corpo, o que quer que exprimam o mental ou as emoções.

    Ser o Último é, também, não mais poder aderir a qualquer crença que seja, a qualquer palavra que seja ou a qualquer experiência que seja.

    A consciência não pode mais, de modo algum, estar agarrada a qualquer vertente que seja e a qualquer manifestação que seja, ela pode apenas apagar-se para beneficiar-se de todas as consciências, e ser cada uma das consciências.

    No Último há o Silêncio, mas há, também, todos os ruídos, dos universos em gestação, dos universos aparentes, dos universos em desaparecimento, sem que isso mude o que quer que seja no Último.

    O Último provoca uma perda total de continuidade da vida, o que põe fim à descontinuidade do aparecimento e do desaparecimento da consciência, inscrita entre o nascimento e a morte a partir desse plano, entre o nascimento da alma e a morte da alma, a partir dos planos espirituais.

    O Último não pode fazer diferença entre o que vive e o que morre.

    O Último é, ao mesmo tempo, contentamento e transcendência – na qual nada há a transcender.

    A história que lhe foi contada, que você viveu e que vive, ainda, serviu, de algum modo, apenas de pretexto para prepará-lo a não mais ser preparado para o que quer que seja, disponível para o instante Daquele que virá como um ladrão na noite.

    Quer seja a Benevolência, quer seja a Espontaneidade, quer sejam os outros conceitos, nós temos tentado guiá-los até o lugar, se posso dizer, no qual não há mais guias, nem Presenças, nem, mesmo, você mesmo.

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  2. “Como, talvez, você saiba, ou vive, tudo o que pode ser dito do Absoluto é apenas um pálido reflexo do que é, realmente, para uma consciência que se apaga, não na inconsciência, mas na a-consciência.”

    “O Último não é o fim de uma história, ou de sua história, mas é, real e concretamente, a superação de toda noção de história e de dimensão.”

    “No Último não pode existir outra coisa que não a Evidência – evidência da Graça, evidência do Amor – vivida do interior, sem movimentos da consciência e sem experiências.”

    “No Último não pode haver qualquer evolução, qualquer transformação – tudo é perfeito.”

    “No Último vocês nada mais são na superfície desse mundo, e são plenamente tudo na consciência.”

    “O Último é todas as manifestações e, ao mesmo tempo, nenhuma das manifestações.”

    “No Último não pode haver nem dúvida, e você não pode, tampouco, ser enganado pelo que quer que seja, mas você nada rejeita enquanto conserva esse corpo.”

    “No Último não há mais qualquer particularismo, assim como não pode existir o menor limite, a menor barreira e a menor consciência.”

    “Assim, em sua vida, nesta época da Terra, na carne, o Último traduz-se por essa vacuidade e essa plenitude, por essa Evidência, por uma forma de indiferença aparente na qual, em definitivo, nada é indiferente, mas nada pode imprimir-se, marcar-se.”

    “Não há nem bem nem mal, há apenas o jogo da consciência.”

    “Ao viver o Último nunca mais as coisas podem ser como antes.”

    “A história que lhe foi contada, que você viveu e que vive, ainda, serviu, de algum modo, apenas de pretexto para prepará-lo a não mais ser preparado para o que quer que seja, disponível para o instante Daquele que virá como um ladrão na noite.”

    O Último é, ...
    E o Último, não é ...
    Fiquemos na "Evidência"!

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  3. c h o c a n t e, i n t e n s o, Rendo Graças

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