Novamente, eu saúdo sua chama, e, em verdade, eu lhe
digo, questione, porque suas questões são apenas as minhas, assim como as
respostas são apenas as minhas e as suas; não há diferença.
Assim, eu o convido, agora, a interrogar-se, não sobre
sua pessoa, mas sobre o essencial.
O que lhe causa problema, o que o interroga no
interior de si deve, doravante, encontrar uma resposta imediata e instantânea,
que lhe demonstre, assim, a si mesmo, que o essencial é sua essência e não sua
pessoa.
Assim, eu o abençoo por sua Presença e minha Presença.
Assim, o Fogo está presente em nós, em nosso coração.
Nesse espaço, nós escutamos o que seu coração
pergunta, o que seu coração responde.
Então, nós escutamos o que ele tem a dizer-lhe.
… Silêncio…
Assim, nós escutamos as questões no coração, no qual
se pode encontrar apenas a resposta exata e verídica.
… Silêncio…
Questão: todo o tempo, eu tenho
uma profunda tristeza no fundo do coração.
Eu acedo a momentos de paz, de
serenidade, mas não à Alegria eterna.
Você pode ajudar-me?
Em verdade, bem amada, tudo o que vai e vem está aí
apenas para permitir-lhe observá-lo.
Assim, você constata o que se desenrola em você, que
eu nomearia «oscilações».
Isso faz apenas traduzir os ajustes em curso, que lhe
dão a ver e a viver o que você descreve.
Contudo, eu atraio sua atenção ao fato de que a dor do
coração ou a tristeza do coração concerne apenas à pessoa.
Assim, portanto, aproveite dos instantes e dos
momentos em que a alegria está aí para cultivá-la, nutri-la.
De qual modo, você me dirá?
Simplesmente, fixando sua consciência na imobilidade
desse instante, percebendo e sentindo o que se desvenda em você, nesses
momentos.
No essencial não há causa a procurar, mesmo se, é
claro, ela possa existir, possa ter numerosas explicações, numerosas
justificações.
Como você, talvez, perceba, qualquer que seja a
intensidade dessas tristezas, desses momentos, eles nada representam em face
das alegrias, mesmo efêmeras, que sobrevêm, elas, fora de qualquer objeto, de
qualquer causa e de qualquer função.
Cultive esses instantes.
No momento em que a alegria é experimentada e sentida,
instale-se nela.
Nos momentos em que, ao inverso, é a tristeza que
aparece e manifesta-se à sua consciência, jogue com a lembrança, não passada,
mas bem presente dessa alegria, que foi, no entanto, vivida a um dado momento,
passado, mas que, entretanto, como eu o disse, continua presente, mesmo se a
tristeza tome a dianteira.
Então, nesse caso, pense, sirva-se de suas ferramentas
na pessoa para não nutrir a tristeza, mas rememorar-se da alegria, e ela virá
tomar o lugar da tristeza.
Pense no Fogo, aquele que eu lhe dou agora e que vem
queimar o que não é essencial, o que não é indispensável e o que não é correto.
Lembre-se, também, de que, nesses tempos específicos
efêmeros da Terra, há, quaisquer que sejam os momentos de alegria ou qualquer
que seja a Alegria eterna, a lembrança do que foi esse mundo, do que foi sua
vida, com suas alegrias e suas dores.
Existe, portanto, um luto a realizar, concretamente,
sobre o que se desenrola nesse momento.
O luto, é claro, não é o luto das alegrias, mas o luto
das dores, o luto das tristezas.
Fixe-se, nesses momentos de dureza, na suavidade de
seu coração, na suavidade da memória desses momentos de alegria que foram
apenas efêmeros, e eles voltarão a tornar-se efêmeros, depois, eternos, em um
tempo muito curto, a partir do instante em que você não procure resolver a
tristeza em uma causa, em uma explicação, em uma razão, mas, bem mais, nesses
momentos difíceis, rememorar-se do que foi a alegria, para fazê-la reviver no
instante do aqui e agora.
Questione.
Questão: eu solicito ajuda e
conselho para amplificar, cada dia mais, o Fogo do Coração.
Quanto à minha ajuda, ei-la: … efusão…
… Silêncio…
Quanto ao meu conselho, ei-lo: a partir do instante em
que tenha sido vivido, em qualquer duração que seja, esse Fogo do Coração,
qualquer que seja sua intensidade, ele não pode, jamais, desaparecer.
Ele pode, efetivamente, oscilar, reviver e parecer
apagar-se, mas a brasa, ela, não se apaga, jamais.
Então, no que lhe concerne, deixar crescer o Fogo do
Coração consiste, simplesmente, em nutrir-se dele, você mesmo, por sua atenção
e sua intenção, por sua observação e por sua capacidade para desaparecer de si
mesmo, naqueles momentos.
Então, esse Fogo instalar-se-á na duração, na
perenidade e na Eternidade.
Apoie-se no que você é.
Não procure apoiar-se em qualquer elemento da pessoa,
em qualquer razão que seja, constate, simplesmente, essas flutuações, aí
também, e deixe-se levar nos momentos de Graça que conduzirão, tenha certeza,
ao estado de Graça e ao contentamento.
O aprendizado do contentamento necessita, de algum
modo, de uma forma de desintoxicação do que constitui o efêmero, do que
constituem os hábitos da encarnação, os hábitos da matéria e, sobretudo, as
consequências diretas do confinamento.
O que eu disse anteriormente aplica-se, igualmente, a
você.
Veja ali a inspiração e a criatividade, porque é
nisso, quando você desaparece de si mesmo – como foi o caso quando de minha
escuta – que o coração desperta, que o coração acende e mantém a chama.
Aproveite desses momentos que lhe são atribuídos para
nutrir essa chama, para alimentá-la, simplesmente, sendo suavidade consigo
mesmo, sendo tolerância consigo mesmo.
Ao conduzir-se assim, você chegará ao Amor
incondicionado de si mesmo, não através de sua forma, não através de sua
história, mas, aí também, através de sua essência.
Eis a resposta do Fogo, para cada um de você: … efusão…
… Silêncio…
Questione.
Questão: suas intervenções
fizeram-me atravessar o medo de morrer para mim mesmo, depois, uma forma de
desaparecimento, o mental sempre presente e, enfim, viver o Fogo do Coração.
Como ir mais para o Silêncio, uma
vez que o mental está aí, e desaparecer, totalmente, para mim mesmo, nesse Fogo
de Amor?
Bem amado, em verdade, nada há a fazer, isso já está
aí.
É isso que deve ser puxado à consciência: a certeza,
não como crença, mas como Evidência, de que esse Fogo do Coração sempre esteve
aí.
O mental, como você o diz, no estado atual de sua
consciência como da consciência coletiva da Terra, não pode refrear o que quer
que seja em relação a esse Fogo.
É, simplesmente, o fato de desviar-se dele que parece
fazê-lo atenuar.
Não se esqueça, tampouco, de que não pode haver
investigação, de que não pode haver outra coisa que não uma intenção, absoluta,
para isso.
Não pense em seus medos, não pense em suas dúvidas,
eles não são você.
Eles são apenas a manifestação de seu próprio efêmero,
que não quer apagar-se, o que quer que você diga e o que quer que você faça.
Então, nutrido pelo Fogo do Coração, quando ele está
aí, o que o toca, por momentos.
Não se esqueça, tampouco, de que a Inteligência da Luz
encontra, em você, neste período de face a face final, o caminho o mais direto
e o mais curto para sua eternidade, que você crê poder encontrar ou procurar.
Porque isso já está aí, você não tem que
reencontrá-lo, você não tem que procura-lo, você tem apenas que soltar o que se
manifesta em sua consciência, porque suas dúvidas e seus medos não lhe
pertencem em si.
Eles não são seus, eles estão, simplesmente,
presentes, em alguns momentos, em algumas resistências sobre as quais você não
tem meios de ação direta, se não é inclinar-se, unicamente, aí também, na suavidade.
Não procure desaparecer porque, ao procurar, isso se
afasta de você, tão seguramente como aquele que recusa a Luz.
Contente-se, então, em apoiar-se em seu sopro, no
inspirar e no expirar, de maneira profunda, nos momentos de dúvida e de medo,
para liberar o coração do que o aperta.
Faça descer a respiração ao nível do que é nomeado o «hara», em seu ventre.
Nesses momentos, o coração encontrará sua via de
expressão por ele mesmo e nele mesmo, sem interrogações, sem medos e, aí
também, sem dúvidas, e o mental apagar-se-á, naqueles momentos, por ele mesmo.
Deixe-se absorver no Fogo, nos momentos, em
contrapartida, em que ele está presente.
Não procure, quando de momentos em que a dureza se
reapresenta, resolver.
Deixe-se atravessar e dirija a respiração para a parte
inferior de seu corpo.
Naquele momento, você constatará que a vibração do
Fogo renasceu em você, e parte a partir de algumas Portas e converge para seu
coração, e reverte você, então, e o faz passar à sua consciência de Eternidade,
à sua essência.
Incline-se, pela intenção da consciência, nas Portas
nomeadas Atração/Visão, sucessivamente, e, em seguida, nas Portas AL e Unidade,
para favorecer a última passagem – definitiva – da Porta Estreita OD.
Não há culpa nem, mesmo, responsabilidade, porque, a
partir do instante em que há culpa ou sentimento de responsabilidade – assim
como na busca do que você deseja – você faz apenas afastar-se do que você é.
Remeta as dúvidas e os medos ao nível de onde eles
nasceram, não pela vontade, não pelo pensamento, mas, unicamente, por sua
respiração.
Deixe-os apaziguar-se e voltar a descer ao lugar de
eleição deles.
O coração, então, em seu Fogo, manifestar-se-á e
participará do mesmo movimento de descida para vir terminar a dureza, as
dúvidas e os medos.
Eis a resposta do Fogo: … efusão…
… Silêncio…
Questione.
Questão: em sonho, Anael veio
dizer-me: «O que você faz? Nós já estamos nas caixas e prontos para partir. O
que você espera?».
Ao acordar, eu estava tomada de
pânico, porque eu não me sentia pronta.
Bem amada, nenhuma pessoa estará, jamais, pronta para
o fim da pessoa, Liberado vivo ou não.
Abandone, portanto, a pretensão de ter, ainda, uma
distância a percorrer para estar pronta: você sempre esteve pronta, quaisquer
que sejam seus caminhos, quaisquer que sejam suas vibrações.
Não estar pronta é uma crença, estar pronta é uma
verdade.
Não há alternativa.
Isso a convida, também, a acolher o que lhe disse o
Arcanjo sem remorso, sem culpa e, ainda menos, com o sentimento ou a crença de
não estar pronta.
A alegria, no momento do Apelo de Maria, será tal que
não poderá haver a menor dúvida sobre a leveza do que se produz.
Não se trata de apegos, trata-se, simplesmente, de
crenças, nada mais, e, aí também, de uma falta de Amor incondicionado para com
sua essência.
Nada há a crer, há apenas a aquiescer.
Nada há a soltar, apenas ser a Verdade.
A distância existe apenas para a pessoa.
Para o que você é não houve, jamais, a menor
distância.
Como ele lhe disse, nada há a preparar, uma vez que
tudo já está pronto.
As caixas e as bagagens estão prontas.
Não há nem atraso nem avanço, há o exato relógio dos
tempos finais, para cada um.
A pessoa dirá, sempre, que não está pronta, porque a
dúvida faz parte da pessoa.
Há necessidade de apoiar-se, essa dúvida, nascida na
pessoa, no efêmero e na probabilidade, enquanto estar pronto é uma certeza e
uma verdade absoluta que nada tem a ver com a menor dúvida.
A pessoa, nela mesma, nada tem a preparar.
O que foi preparatório é a integração da Luz através
de tudo o que foi vivido durante numerosos anos.
O resto é apenas quimera e, aí também, crença,
induzida pela dúvida e pela própria pessoa.
Mude, aí também, de olhar, mude de perspectiva, e você
observará, em definitivo, que você sempre esteve pronta, mesmo se suas caixas
ou suas bagagens não estejam prontas, o que, obviamente, não tem qualquer
importância, porque você não leva bagagem alguma nem caixa alguma.
Você estará livre de todo peso, como cada um.
… Silêncio…
A cada morte nesse mundo, não nesses tempos tão
específicos, mas em cada vida que você tenha passado, lembre-se de que você não
leva, jamais, nada.
As únicas bagagens incômodas são aquelas das crenças,
aquelas de sentimentos de não ter concluído uma missão qualquer ou conduzido
até seu termo um papel, qualquer que seja.
Mas isso não dura, jamais porque, a partir do instante
em que a matéria não está mais aí, você reencontra, mesmo em sua alma, uma
leveza, mesmo se não seja a Liberdade.
Hoje, no Apelo de Maria, a alma não pode interferir.
Ela será neutralizada para deixar a potência do
Espírito agir no que é necessário.
Então, não se preocupe com qualquer bagagem ou
qualquer caixa.
Seja verdadeira.
Viva o instante o mais possível que isso lhe é
atribuído, além das obrigações, além das responsabilidades.
Aproveite de cada momento de liberdade da pessoa para
ser livre na essência e na verdade.
É assim que o Face a Face termina, de modo inexorável
e inabalável, quer seja nesses dias, quer seja no momento preciso do Apelo de
Maria.
Quando o Coro dos Anjos, através das Trombetas, quando
os Cavaleiros do Apocalipse manifestam-se, nada resta a que agarrar-se.
Resta apenas que viver o essencial, quer seja na
perpetuação desse corpo por um tempo limitado, quer seja no abandono desse
corpo.
Aí está minha resposta que, eu a lembro, é sua
resposta: … efusão…
… Silêncio…
Questione.
Questão: minha pessoa tem vontade
de aproveitar até o fim da recreação na terceira dimensão, e regozija-se de
participar de um espetáculo pouco frequente.
Há egoísmo aí?
Bem amado, há total liberdade de sua consciência.
Isso não quer dizer que haja apego à sua pessoa, isso
quer dizer, simplesmente, que não há experiência vivida do que está além do véu
na Eternidade, quer seja a Última Presença ou o Absoluto.
Caso contrário, nenhuma palavra dessa espécie poderia
sair de sua pessoa.
Há apenas desconhecimento e não-vivência da felicidade
eterna que o espera.
Então, não há egoísmo, há apenas o que eu nomeei
desconhecimento de algo que não foi, ainda, experimentado.
Aquele que experimenta e instala-se além de todo
estado, mesmo na Infinita Presença e, hoje, no Si, e, a fortiori, de modo ainda mais evidente no Absoluto, é.
Naquele momento, nada mais pode impedir a vida de fluir,
quer seja o prazer da pessoa em qualquer setor que seja.
Não há, portanto, nem culpa nem resistência, eu o
redigo uma terceira vez, simplesmente, um elemento que não foi, ainda, vivido.
Então, contente-se em viver como você o faz, com
prazer, do que lhe oferece a vida nesse mundo.
Não hesite.
Não há culpa a ter, há, simplesmente, algo que não
foi, ainda vivido.
Mas na lei de Graça e na lei da Inteligência da Luz
não há, jamais, erro, e, se você está aí, é, talvez, porque seu coração
permite-lhe, justamente, viver o prazer do efêmero.
É absolutamente possível viver o prazer do efêmero sem
ali ficar apegado, apesar de uma forma de avidez.
Então, viva, e não se preocupe com outra coisa.
Seja simples e espontâneo.
Viva o que a vida dá-lhe a viver, nem mais, nem menos.
O estado de Graça chegará no momento oportuno, uma vez
que a Liberação, eu o lembro, é coletiva.
Simplesmente, você vê, por si mesmo, se você aproveita
da vida ou se você é apegado à vida.
O apego à vida não é um prazer, é um peso, é uma
dureza.
Enquanto o prazer da vida, mesmo se ele esteja
inscrito na pessoa, a partir do instante em que existe, em você, uma tensão
para o Absoluto, que você não percebe nem vive, de momento, isso basta para
provar que não há apego, que não há resistência, mas, talvez, um lado
excessivamente prazeroso da matéria.
Isso faz parte da experiência livre da consciência, em
qualquer mundo que seja, exceto, é claro, os mundos confinados que os privaram
de reconexão real e efetiva à Eternidade.
Mas isso está em resolução, nesses tempos.
Eis minha resposta: … efusão…
… Silêncio…
Eu lhe repito a frase do Comandante: «Ame e faça o que
lhe agrada», porque, no Amor, mesmo se a experiência do Absoluto e o estado
além de todo estado não sejam vividos, há a Graça e a leveza.
O apego provoca dor.
O prazer da matéria não é egoísmo, mas encarnação
completa de sua essência nesse mundo.
Não há nem erro, nem culpa, nem erro de
posicionamento, nem erro de observação, a Inteligência da Luz mostrará isso a
você, muito em breve.
O prazer dessa matéria não é uma possessividade, mas,
simplesmente, um ponto focal da consciência.
É-lhe, aliás, fácil ver em sua vida, em sua anamnese,
em sua vivência, se há predação, se há posse ou se há, simplesmente, ao
inverso, esse princípio de prazer e de gozo que não exerce qualquer controle
sobre o que quer que seja.
… Silêncio…
Questione.
Questão: muitos bebês chegam,
semelhantes a anjos.
Eles têm uma utilidade nestes
tempos?
As chamas e essências que nascem neste momento, não de
maneira exclusiva, mas de maneira importante, são, efetivamente, anjos, porque
de onde eles estavam, eles viram, obviamente, pela proximidade desses eventos,
o que ia desenrolar-se.
Então, eles são, efetivamente, anjos.
Eles foram ávidos para viver esse momento na carne,
porque não há maior felicidade do que viver a Liberação na carne.
Eis minha resposta: … efusão…
… Silêncio…
Questione.
Questão: há mais de um ano, eu
durmo durante a quase totalidade de suas intervenções.
Isso é para reatar os laços nos
tornozelos?
Bem amada, se você dorme quando das intervenções, é
que você desaparece, no coração de si mesma e não nas outras dimensões.
Aí está a única verdade e aí está o essencial do que
têm a viver sua essência e sua chama.
Os laços nos tornozelos impedem-nos de partir a outro
estado, mas eles não impedem, de modo algum, de viver a dissolução e o desaparecimento.
A aptidão para o desaparecimento, ou para a
dissolução, ou para o adormecimento, se você prefere, prova sua finalidade, que
nada mais há a preparar, quaisquer que sejam as durezas de sua vida, quaisquer
que sejam os laços nos tornozelos.
Não há melhor marcador, o que quer que você pense e o
que quer que você viva disso ou não, do que esse desaparecimento quando nós
estamos em presença.
Na escuta há aqueles que ouvem, há aqueles que pesam e
sopesam as palavras e instalam-se no mental, há, enfim, aqueles que
desaparecem.
Eis minha resposta: … efusão…
… Silêncio…
Questione.
Questão: como superar as raivas e
as emoções que reapareceram e me invadem?
Bem amada, em verdade, o que reapareceu, por vezes,
com intensidade e exuberância, não é nem uma recaída nem uma punição, nem uma
regressão.
Trata-se, simplesmente, de fazer o luto, também,
dessas raivas, de vê-las pelo que elas são, pelo que elas foram.
Deixe-as atravessar.
Aí também, não se apegue.
O que quer que você viva e o que quer que você seja
afetado nisso, isso não tem qualquer incidência.
A raiva é o Fogo que se eleva.
Deixe o Fogo descer.
O Fogo do Espírito põe fim ao fogo vital e aos
elementos de emoções e, em especial, na raiva.
A tristeza lesa o coração; a raiva não lesa o coração,
ela lesa a pessoa, e essa raiva é, mesmo, por vezes, um elemento que vem
consumir o que restava de efêmero.
Então, de qualquer modo, aí, tampouco, não procure
superá-la, mas, ao contrário, veja as coisas ao inverso.
Renda graças e agradeça suas raivas, qualquer que seja
a intensidade delas, porque elas estão aí para queimar o que deve ser queimado.
Esse fogo da raiva não tem necessidade de sua
intervenção, não tem necessidade de sua consciência.
Aceite vivê-las, mesmo as mais estrondosas.
Deixe-as evacuar-se, completamente.
Nada retenha, nada refreie, mas, para não lesar o
outro, então, evacue sua raiva na natureza, contra uma árvore, em um vórtice, e
deixe-a sair, definitivamente.
Ela apenas pode queimar o que há a queimar.
Eis minha resposta: … efusão…
… Silêncio…
Questione.
Questão: ao sentir-me bem em mim
mesma, eu sinto uma frustração em face daqueles que se exprimem com facilidade,
enquanto eu permaneço, frequentemente, no silêncio.
O que compreender e quais lições
tirar disso?
Bem amada, em verdade, eu lhe digo, felizes os simples
de espírito, felizes aqueles que guardam o silêncio, qualquer que seja a
frustração, porque eles permanecem voltados para o Coração do Coração, qualquer
que seja a frustração de não exprimir ou de não viver isso.
Permaneça aí, onde você está, você está em seu exato
lugar.
A frustração não pertence ao seu coração, mas ao seu
corpo.
Contente-se em permanecer assim.
Alguns exprimem, outros não; alguns vivem, outros não.
Há, aí, simplesmente, apesar da frustração, um movimento
da energia e da consciência voltado para o silêncio e, portanto, para seu
Coração do Coração.
Pense nisso, o que quer que diga seu corpo, o que quer
que diga sua cabeça.
Aquele que permanece no silêncio pode ser chamado um
bem-aventurado, como simples de espírito.
A irradiação, a emanação de seu coração não tem
necessidade de palavras, não tem necessidade de exprimi-lo, mesmo se,
efetivamente, sua pessoa possa sentir a frustração de não trocar, nesses casos.
É um convite da Luz e de sua Inteligência para
permanecer nesse estado.
O movimento da energia e da consciência está voltado
para dentro.
A fase de expansão que foi vivida há algum tempo sobre
essa Terra não foi nem uma obrigação nem uma justificação, mas, simplesmente,
uma polaridade da consciência que se exprime, não para vocês, qualquer que seja
o prazer, mas, mais, para assentar a instalação da Luz e sua densificação.
O silêncio permite uma densificação muito mais rápida
do que a emanação.
Não há, portanto, melhor sentido da energia e da
consciência, há apenas um sentido da consciência e da energia, da vibração, que
é função de certo número de elementos em sua essência, mas, também, em sua
pessoa.
O introvertido não pode tornar-se extrovertido.
A Graça da Luz, eu o lembro, segue as linhas de menor
resistência, e permite, simplesmente, à pessoa, estar – mesmo frustrada – em
acordo com a essência.
Eis minha resposta: … efusão…
… Silêncio…
Questione.
Questão: em face das pessoas que
têm necessidade de falar muito de seus sofrimentos, eu me coloco no coração e
no silêncio, e as palavras não saem, enquanto elas estão na espera de
respostas.
É a passagem da garganta, da
palavra ao Verbo que não se faz, um bloqueio?
Bem amada, o acolhimento do sofrimento do outro no
silêncio é o serviço aportado ao outro, em sua mais correta manifestação.
A escuta permite, justamente, fazer cessar o mental,
não o seu, mas aquele que deposita o sofrimento diante de você.
Se isso se produz, não há necessidade de palavras, há
apenas essa necessidade de acolhimento e de escuta.
Assim é a Graça do coração.
Ela não tem necessidade de apoiar-se nas palavras, nas
explicações, em um reconforto verbal, mas, bem mais, ser acolhida sem condição.
O resto não é nem seu problema como pessoa, nem o
problema da pessoa que vem depositar esse sofrimento.
O trabalho faz-se naturalmente, sem esforço e
espontaneamente.
Não há necessidade de conhecimentos, não há
necessidade de eloquência, há apenas a escutar e acolher o outro sem condições,
sem restrições, sem julgamento e, sobretudo, sem conselhos.
O acolhimento e a escuta traduzem a real capacidade do
coração, e isso basta para resolver o que há a resolver, mesmo se haja
insatisfação de uma ou outra das pessoas nessa relação.
O importante não tem que ser visível, o importante não
tem que ser verbalizado, o importante tem apenas que ser, e o importante é,
efetivamente, mais intenso no silêncio.
O reconforto dado pelo coração frustra a pessoa, mas
ilumina o coração.
Não está aí o essencial?
Não está aí o indispensável?
Aquele que vem colocar o sofrimento e falar dele,
mesmo se reivindique um pedido de solução tem, sobretudo, necessidade de
evacuar isso, não para fazê-la portar isso, mas, unicamente, para permitir-lhe
transmuta-lo no silêncio de seu coração e de suas palavras.
Eis minha resposta: … efusão…
… Silêncio…
Questione.
Questão: em uma de suas
intervenções, você mergulhou em minha garganta, isso arrastou um tecido de meu
corpo que atravessou minha garganta com você, e provocou forte tensão nesse
nível.
Isso, em seguida, liberou-se.
Eu fiquei em um estado de
contentamento.
Qual é o significado disso?
Bem amada, a simples descrição do que você viveu basta
por si só.
Não há outra explicação que não aquela que foi vivida.
Houve passagem, houve instalação da Luz e manifestação
do Amor.
O que você desejaria mais?
A validação é sua própria vivência e sua própria
experiência de minha ação em você.
Eu a lembro de que eu sou você.
Nada mais há a dizer.
Seu testemunho, sua vivência é a mais bela das
explicações.
Certamente, ela não pode satisfazer a pessoa, mas ela
satisfaz seu coração.
O que você exprimiu não é uma questão, mas uma
resposta.
Então, eis minha resposta à sua resposta: … efusão…
… Silêncio…
Questione.
Questão: quando há uma forte dor
há vários meses, como saber se é ligada ao trabalho da Luz ou se é uma causa
médica?
Em verdade, bem amada, e no absoluto, pouco importa.
Quer seja a Luz, quer seja o que você chama de «problema
médico» terá, de qualquer modo, a mesma finalidade: a resolução no coração.
Então, é claro, é muito mais agradável viver esse Face
a Face sem ser perturbado por uma dor, por uma doença, mas esse desarranjo, em
si mesmo, é apenas o reflexo, mesmo indireto, da ação da Luz.
A Luz pode curar.
A Luz pode, também, acompanhar um sofrimento ou uma
doença para permitir-lhe, nesses casos, superar isso, não pela explicação
médica, não por um ato terapêutico que é preciso, de todo modo, considerar,
mas, sim, porque isso provoca, ao nível do que se produz, na capacidade de
Abandono total à Luz.
Então procure, eventualmente, ao nível médico,
resolver uma dor, mas não procure ao nível de resultados.
A ação é, sempre, da ordem da instalação da Luz.
O ser humano em encarnação nesse mundo encontrará,
sempre, nele, a resiliência necessária para manifestar e, portanto, as condições
de superação da dor ou da própria doença, para que a primazia da consciência
estabeleça-se na pessoa.
Então, quer seja a Luz, quer seja médico, requer dois
comportamentos: procurar, ao nível material e abandonar, ao nível da
consciência.
Ambos caminham juntos, o mais frequentemente.
Não há contradição nem oposição, há simultaneidade do
processo.
Toda dor, mesmo se tenha sido rotulada de resistência
carma ou culpa, nada é em relação ao que você é, mas representa algo que seria
um trunfo importante para sentir seu coração.
Mas convém pôr fim ao sofrimento da pessoa, quer seja
pela Luz ou pela terapia.
Mas eu a lembro de que a terapia a mais eficaz, no que
concerne à pessoa, tornar-se-á cada vez mais frequentemente a Luz, desprovida
de lógica humana, de interpretação humana ou de causalidade humana.
Isso lhes é aberto em grande.
O Comandante dos Anciões havia falado da possibilidade
de autocura.
Hoje, essa autocura age por ela mesma, mesmo se haja
persistência de um elemento doloroso, caso em que convém, então, dirigir-se a
quem de direito para resolver o problema na pessoa e nesse corpo de carne.
Mas lembre-se de que, em definitivo, todo golpe na
integridade da pessoa é apenas uma revelação da Luz em potência.
Há, por vezes, efetivamente, uma defasagem, uma
latência.
Então, se isso a incomoda, em sua consciência, em seu
coração, informe-se sobre a causalidade corporal direta do que se desenrola,
mas guarde presente no espírito que é apenas a Luz que lhe mostra isso e que,
em definitivo, conduz você à própria superação.
Eis minha resposta: … efusão…
… Silêncio…
Questione, se há, ainda, tempo.
Questão: o que fazer diante de
distúrbios do sono que têm tendência a crescer, progressivamente e à medida que
a Luz intensifica-se, e que resistem a todos os tratamentos?
Bem amado, em verdade, algumas chamas vivem o
desaparecimento; para outras chamas, a pessoa permanece.
Não se trata nem de resistências nem de oposição à
Luz, bem ao contrário.
Mas, nesse caso, a Luz pede-lhe o quê?
Para não pensar em seu sono, vigiar e orar, porque Ele
chega como um ladrão na noite.
Assim, em sua função, mesmo nessa pessoa que você é,
ainda, existe a necessidade de utilizar esse tempo – no qual, como você mesmo
diz, nada propicia o sono – para servir-se disso para vigiar e orar, no
Silêncio de seu coração, no silêncio de sua noite, nos horrores da insônia.
Porque você nutrirá, naquele momento, não um alvo
conhecido, mas o conjunto da humanidade.
É, talvez, e certamente, em verdade, o que lhe propõe
a Luz, vigiar e orar.
Se você vigia e ora, não haverá nem fadiga nem
repercussão do que a pessoa chama uma falta de sono.
Como você mesmo diz, quanto mais a Luz instala-se,
menos você dorme.
O desaparecimento no sono, ou a dissolução pode, também,
manifestar-se desse modo, pela persistência do despertar, que requer uma ação
no despertar, não para encontrar o sono, mas para difundir, pela oração, pela
própria consciência, o que é necessário.
Não para você, mas pela própria orientação de sua
vida, no sentido do serviço ao outro e da ajuda aportada ao outro.
Então, se você quiser, não procure lutar, opor-se a
isso, não procure uma causa, mas aproveite desse estado específico de insônia e,
mesmo se haja fadiga, apoie-se na fadiga da pessoa para manifestar seu coração.
Então, vigie e ore, porque o tempo é chegado, o ladrão
na noite chega.
Eis minha resposta... E eis o Fogo de minha bênção e
de meu Amor: … efusão…
… Silêncio…
Eu selo, em seu coração, a doação da Graça, não para guardá-la,
mas, sim, para instalá-la.
Eu saúdo sua chama, eu saúdo sua eternidade, eu saúdo
sua pessoa, no mesmo impulso e na mesma Luz.
… Silêncio…
Até logo.
Eu permaneço, para sempre, presente, porque eu sou você.
… Silêncio…
Eu rendo graças e eu lhe agradeço.
Você é aquele que eu sou, eu sou aquele que você é,
porque entre «eu» e «você» nada mais há que não uma convenção e uma forma.
Remeta as dúvidas e os medos ao nível de onde eles nasceram, não pela vontade, não pelo pensamento, mas, unicamente, por sua respiração. Deixe-os apaziguar-se e voltar a descer ao lugar de eleição deles.
ResponderExcluir.........
Bem amada, nenhuma pessoa estará, jamais, pronta para o fim da pessoa, Liberado vivo ou não. Abandone, portanto, a pretensão de ter, ainda, uma distância a percorrer para estar pronta: você sempre esteve pronta, quaisquer que sejam seus caminhos, quaisquer que sejam suas vibrações. Não estar pronta é uma crença, estar pronta é uma verdade. Não há alternativa.
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A alegria, no momento do Apelo de Maria, será tal que não poderá haver a menor dúvida sobre a leveza do que se produz.
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A distância existe apenas para a pessoa. Para o que você é não houve, jamais, a menor distância.
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A cada morte nesse mundo, não nesses tempos tão específicos, mas em cada vida que você tenha passado, lembre-se de que você não leva, jamais, nada. As únicas bagagens incômodas são aquelas das crenças, aquelas de sentimentos de não ter concluído uma missão qualquer ou conduzido até seu termo um papel, qualquer que seja.
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Hoje, no Apelo de Maria, a alma não pode interferir. Ela será neutralizada para deixar a potência do Espírito agir no que é necessário.
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Aproveite de cada momento de liberdade da pessoa para ser livre na essência e na verdade. É assim que o Face a Face termina, de modo inexorável e inabalável, quer seja nesses dias, quer seja no momento preciso do Apelo de Maria.
Quando o Coro dos Anjos, através das Trombetas, quando os Cavaleiros do Apocalipse manifestam-se, nada resta a que agarrar-se. Resta apenas que viver o essencial, quer seja na perpetuação desse corpo por um tempo limitado, quer seja no abandono desse corpo.
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Se você vigia e ora, não haverá nem fadiga nem repercussão do que a pessoa chama uma falta de sono.
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Então, vigie e ore, porque o tempo é chegado, o ladrão na noite chega.
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Você é aquele que eu sou, eu sou aquele que você é, porque entre «eu» e «você» nada mais há que não uma convenção e uma forma.
"O aprendizado do contentamento necessita, de algum modo, de uma forma de desintoxicação do que constitui o efêmero, do que constituem os hábitos da encarnação, os hábitos da matéria e, sobretudo, as consequências diretas do confinamento."
ResponderExcluir"Não procure desaparecer porque, ao procurar, isso se afasta de você, tão seguramente como aquele que recusa a Luz.
Contente-se, então, em apoiar-se em seu sopro, no inspirar e no expirar, de maneira profunda, nos momentos de dúvida e de medo, para liberar o coração do que o aperta.
Faça descer a respiração ao nível do que é nomeado o «hara», em seu ventre.
Nesses momentos, o coração encontrará sua via de expressão por ele mesmo e nele mesmo, sem interrogações, sem medos e, aí também, sem dúvidas, e o mental apagar-se-á, naqueles momentos, por ele mesmo."
"Não procure, quando de momentos em que a dureza se reapresenta, resolver.
Deixe-se atravessar e dirija a respiração para a parte inferior de seu corpo.
Naquele momento, você constatará que a vibração do Fogo renasceu em você, e parte a partir de algumas Portas e converge para seu coração, e reverte você, então, e o faz passar à sua consciência de Eternidade, à sua essência.
Incline-se, pela intenção da consciência, nas Portas nomeadas Atração/Visão, sucessivamente, e, em seguida, nas Portas AL e Unidade, para favorecer a última passagem – definitiva – da Porta Estreita OD."
Você é aquele que eu sou, eu sou aquele que você é
ResponderExcluir... “o essencial é sua essência e não sua pessoa.”
ResponderExcluirApoie-se no que você é.
Não estar pronta é uma crença, estar pronta é uma verdade.
Quando o Coro dos Anjos, através das Trombetas, quando os Cavaleiros do Apocalipse manifestam-se, nada resta a que agarrar-se.
O reconforto dado pelo coração frustra a pessoa, mas ilumina o coração.
A Luz pode curar.
Então, vigie e ore, porque o tempo é chegado, o ladrão na noite chega.
É, Graça Infinita, no momento presente, ler este conteúdo.
Célia, você é uma fascinante prova, da Ação da Luz!!!