Em
você, aqui ou alhures, eu saúdo a chama de Vida.
Eu
venho a você, na Paz, no reconhecimento e no Amor.
Permita-me,
nesse instante em que você está presente, ser Aquele que eu sou, para que, no
Amor, você possa, também, dizer e viver: «Eu sou Aquele que eu sou».
Em
nossa Presença Una desvenda-se, de maneira definitiva, o que está aí.
Não,
unicamente, aí, mas em todo ponto de todo universo, de toda chama, de todo
planeta e de todo sol, em uma forma ou fora da forma.
É
tempo, agora, de sair de todos os tempos.
Eu
o convido a juntar-se, a reunir-se, a superar toda forma e todo momento.
Eu
estabeleço em mim e, portanto, em você, o limiar da Última Presença, no silêncio,
no ritmo de minhas palavras, no ritmo de seu coração.
O
trabalho da Luz, que sempre esteve presente, mostra-lhe no instante que tudo é
reunido na Luz Branca, como no que sua pessoa nomeia o neant.
Eu
o chamo pelo Silêncio, em todo nome como em toda forma, em cada parcela do que
pode parecer-lhe, ainda, disperso, você, que é Vida, que é tudo e, sobretudo,
que é Um.
Eu
vivifico, e devolvo-o à sua vida além dessa forma.
Eu
o convido ao instante, para estar aí, presente, aqui, agora, como por toda parte.
Nesse
tempo em que o Silêncio impõe-se para além de toda vibração e de toda consciência,
eu aponho o selo da verdadeira divindade, do verdadeiro Espírito.
Eu
deposito, em seu seio, o presente da Graça, que de nada mais depende que não do
que você é.
Peregrino
eterno, eu o convido a colocar-se em mim.
Eu
o convido a dar-se a si mesmo o sopro de Vida eterna, que vem consumir e
dissolver o que pode restar de aparência e de pessoal.
Em
outras palavras, eu o convido à Alegria perpétua, em toda Presença como em toda
Ausência.
Eu
o convido a depor as armas de seus jogos, tanto nesse mundo como em qualquer
mundo.
Não
para ali permanecer, porque sua liberdade é total, mas não há melhor testemunho
nem melhor prova dessa Liberdade na ausência de forma.
Eu
o batizo novamente, na chama do Espírito.
Eu
o batizo na Luz, no Verbo, aí, onde nenhuma aparência pode enganá-lo, aí, onde
nenhum discurso pode explicar nem compreender.
Nesse
espaço, no qual não jorra qualquer interrogação e qualquer questionamento...,
para que o Fogo do Amor consuma-o, sem queimadura e sem sofrimento, mas, sim,
na Alegria inefável e interminável do que você é.
Para
dissolver, mesmo, o Face a Face.
O
dois torna-se Um – que ele sempre foi.
Desvende-se
na paz de seu coração.
Anime-se
pela verdadeira vida e pelo verdadeiro sopro, para que sua carne ilumine-se do
interior e consuma-se, ela também, no Fogo de Verdade da Ressurreição.
Eu
deposito, em você, o meu coração.
Eu
deposito, em você, tudo o que é, tudo o que foi e tudo o que será na consciência.
Viva
comigo esse instante, aqui como por toda parte, no influxo Arcangélico desse
dia que não verá mais, jamais, fim, no qual nenhuma noite poderá levantar-se e
no qual nenhuma vicissitude poderá alterar o que quer que seja.
Eu
o convido no espaço em que não existe qualquer questão, mas no qual tudo é
resposta, tudo é evidência.
Não
mais, unicamente, por momentos, mas em todo instante, que o leva a ver que não
houve, jamais, distância, que jamais houve divisão ou separação.
Coloque-se,
comigo, no Coração da Fonte.
Nesse
instante em que nenhum limite pode interferir, em que nenhuma dúvida pode assaltá-lo
nem levantar-se, eu o convido à Evidência eterna.
Além
dos mecanismos desse mundo, além dos mecanismos da vida aqui embaixo, nessa
Terra, além de toda reflexão, de toda emoção, você é convidado, para dar-se
conta de que, quando isso está aí, todo o resto desaparece de sua consciência,
como de sua vida, e põe a nu sua chama eterna, que queima sem consumir, desde
sempre, e para sempre.
Eu
o convido, enfim, a viver esse instante no qual nenhuma máscara é necessária,
no qual nenhuma proteção pode, mesmo, ser pensada, aí, onde tudo é espontâneo,
imediato e total.
Em
seu corpo, em sua alma como em seu Espírito, vive-se a alquimia da Graça da
Ressurreição e da Vida infinita, que se apoia no que você, de maneira bem
anterior à primeira consciência e ao primeiro mundo.
Nesse
instante dissolve-se o véu que envolve seu coração.
Nesse
instante levantam-se as correntes que podiam, ainda, afirmá-lo nesse mundo,
porque os tempos da Terra estão consumados, porque o tempo de seu reino é
chegado, e seu reino não é desse mundo, nem dessa carne, nem dessa matéria.
Então,
nesse instante, a felicidade do Um aparece.
Aí,
juntos, nesse lugar atemporal e em todo espaço, nós nos temos.
Aí,
onde não há mais necessidade de palavras, de formas ou de direção nem, mesmo,
de intenção, aí, onde a questão da ética não se coloca mais, aí, onde tudo é
suavidade, eu deposito esse selo que o restitui a si mesmo.
Você,
filho do Único, você, que procria o Único a cada movimento como a cada repouso,
aí, onde não há qualquer necessidade de sobrenome, de nome, de idade, de
nascimento ou de morte, aí, onde todas as experiências apagam-se diante de sua
majestade, eleve seu coração até a Fonte de Cristal.
Em
sua humildade, devido, mesmo, ao seu desaparecimento, a chama de Vida nasce por
toda parte.
Aproveite.
Aproveite
do Silêncio para apaziguar o que você pode pensar ser, ainda, dissonante e
desviado, sem esforço, sem nada mais pedir que não isso, sem nada esperar que não
a Verdade desse instante.
Eleve
sua chama.
Não
por decisão, não por uma ação, mas, unicamente, pela evidência de nosso
instante Um.
O
que você procurou nos tempos anteriores a esse instante respondeu ao seu apelo,
porque, de fato, esse apelo jamais foi dirigido que não a si mesmo.
Pela
Graça do Silêncio, pela Graça da vibração, pelo Amor que você encarnou, apesar
de todos os véus e apesar de todos os sofrimentos, você é convidado à Evidência,
à transparência, você é convidado ao que você é.
Nenhuma
dúvida pode sobrevir.
Nesse
instante, a Luz pode, então, preencher a totalidade de sua forma e de seu
informe.
Nesse
instante, o Fogo da consciência abrasa-o e o põe a nu, aí, onde nada pode vir
recobri-la nem, mesmo, desaparecer com ela.
Nós
estamos juntos, e fazemos apenas uma única chama, apenas uma única vida, apenas
uma única fonte, em todo mundo e, mesmo, sem mundo e, mesmo, sem consciência.
… Silêncio…
Deixe
sorrir seu coração.
Nada
retenha.
Nós
estamos aí, cada um de você e cada um de mim.
… Silêncio…
E
a Fonte de Cristal penetra-o agora.
Absolutamente,
tudo é incluído nesse instante, aqui e por toda parte, o que lhe dá a ver a
primazia da Verdade sobre todo prazer, sobre todo impulso vital.
Então,
deixe irradiar, através de sua Ausência, a Luz de Verdade, nesse instante de
Verdade.
Receba
e dê-se.
Receba
o que é.
Experimente-se,
você mesmo.
… Silêncio…
Acolha-se,
sem qualquer condição, com um impulso franco, no qual não há qualquer
necessidade de mover-se ou de deslocar-se, mas, simplesmente, estar aí, na
totalidade.
Assim.
Tudo
é perfeito.
… Silêncio…
Avancemos,
juntos, na clareza, aí, onde não há qualquer movimento, aí, onde nenhuma sombra
pode ser portada.
Instale-se
na perenidade, na serenidade e, sobretudo, na Alegria, aí, onde a última Luz,
de um branco cintilante, abençoa-o no que você é.
Você,
o amigo e o amado da Fonte.
Você,
que é o que você é.
Aí,
onde nós somos leves, sem peso e sem dor.
Aí,
onde nada há a dizer, nem, mesmo, a redizer, onde nenhum pensamento pode, mesmo,
tocá-lo, onde nada mais há a atravessar nem a demonstrar, nem a crer.
Nessa
indizível Alegria, você está em você, e eu estou em mim.
Aí,
onde você não faz mais do que Um com o Amor e a Luz.
Nesse
instante, todos os marcadores desaparecem.
Você
não pode mais perder-se nem ter necessidade de orientar-se.
Nada
há a fazer, nada há a pedir, há, simplesmente, a exatidão do que está aí.
Você
é convidado à vida sem limites, sem contingências e sem restrições.
Em
cada um de você que está aqui, que ouve, que escuta e que lê, você se rememora
de sua promessa, de seu juramento, o que lhe dá, então, a prova, mesmo se ela não
seja necessária, da verdade eterna de sua chama, para afirmá-lo e assentá-lo,
para que sua maior das forças seja a verdade do Amor.
Porque,
nessa força, não pode haver divisão, em você como em seu exterior.
Nesse
estado que transcende todos os estados, nada mais há a retificar ou a endireitar.
Naquele
momento, nesse instante, você é a verdade da Vida, aí, onde tudo fala com uma única
voz.
Viva-o.
Isso
não é uma ordem, mas uma injunção da própria Vida.
Nessa
transparência, nessa explosão de Luz, nessa plenitude do Amor, o que pode
existir como faltas ou como desejos?
Lembre-se,
nós somos Um.
Lembre-se.
… Silêncio…
Aqui
está a Vida, que não é mais interior nem exterior, nem formal nem informal.
Quer
a vibração esteja presente ou apagada, quer sua consciência tenha seguido ou não,
nada muda para a Verdade do instante.
Cada
parcela de seu coração vibra em uníssono ao sopro de Vida.
Assim
é o templo da serenidade.
Assim
é sua chama de Vida, que queima na Eternidade, que ilumina tudo.
Comungue
comigo, porque nessa comunhão não há qualquer interstício para outra coisa,
porque, nesse instante, tudo é preenchido.
Tudo
está completo e tudo está consumado.
Nada
apreenda.
Deixe
ser o que sempre foi, que está aí e que estará, sempre, aí.
Tal
é a superabundância da Graça no «Nós somos Um», no «Você é o que você é».
Nesse
instante, a bênção é total.
Ela
atravessa seu corpo, sua consciência, seus diferentes envelopes, e põe-nos a nu
e dissolve-os.
Você
é o coração, bem mais do que o corpo.
Você
é a Verdade, bem mais do que as mentiras desse corpo.
Você
é a Eternidade, que contém os mundos, os potenciais atualizados ou a vir e
todos os passados possíveis.
Mas
você sabe que você não é nem seu passado nem qualquer futuro nesse instante.
Tal
é meu selo.
Tal
é nossa Verdade Una e inabalável, que lhe dá a Paz em abundância.
Acolha
o Fogo, aquele que o preenche pelo alto e por baixo, pelo meio, de dentro como
de fora.
Apreciemos,
juntos, esse momento de exceção, que pede apenas para tornar-se permanente e
animá-lo no contentamento permanente.
… Silêncio…
Além,
mesmo, de suas origens, de sua essência e de suas linhagens, é o que você é, e
aí, você está completo.
Nada
pode ser insuficiente, nada pode haver a completar.
E
aí onde você está, mesmo minhas palavras, como suas palavras, não podem pará-lo.
Elas
são apenas a música que acompanha isso.
O
tempo do Amor chegou ao conjunto da Terra.
O
tempo do Amor chegou ao sol de seu peito, como ao Sol que você vê com seus
olhos.
O
tempo do Amor renasceu, nos olhos da carne.
Deleite-se
na abundância, deleite-se na Evidência.
Nada
há a acrescentar.
Minhas
palavras fazem apenas dançar de alegria em sua verdade do instante.
Meu
amigo, meu amado, escute e ouça o Silêncio.
Escute
e ouça o tempo dos contentamentos.
Permaneça
na alegria porque, na Alegria, tudo permanece.
Permaneça
em mim, permaneça em você, permaneça em cada um, em cada vida, em cada átomo,
em cada universo.
Tudo
isso é você.
Doravante,
em cada um de seus passos nesse mundo, há a certeza, não aquela que é refletida
ou acreditada, mas aquela de sua vivência, nesse instante.
Receba.
Receba,
ainda, sem limites, sem condições, com naturalidade, com espontaneidade, a doação
do Amor, a doação da Graça, a doação da Vida.
Aí
está sua eternidade, aí está seu contentamento, que não pode conhecer fim e que
jamais conheceu início.
Aí,
onde estão todos os modelos que você seguiu, aí, onde estão todas as histórias desse
mundo, aí, enfim, onde nenhuma história é necessária.
Aí,
onde você mesmo escreve o fim do sofrimento, o fim da ilusão, o fim da sede.
Aí,
onde você se ama, verdadeiramente.
… Silêncio…
Ouça.
Ouça
o que lhe diz o Silêncio do instante.
Escute
o que lhe diz a Luz sem palavras sem imagens e sem formas.
Permaneça
assim.
Onde
quer que você esteja, eu estou aí.
Escute
e ouça o que se diz em você, o Silêncio e a Paz, o Amor e a Verdade, e abençoe
isso, abençoe-se, a si mesmo, abençoe cada um.
E
perdoe a tudo o que pense ter a perdoar.
Todo
pensamento não é mais útil.
Você
está no Templo de Verdade, que não tem entrada, nem saída, nem paredes, nem
teto, nem fundações, porque esse Templo é a Eternidade.
O
conjunto de dimensões e de mundos, de criações passadas, presentes e a vir, ali
está inscrito.
Mais
vasto do que o universo e menor do que um ponto.
… Silêncio…
Eu
o deixo emergir em seu mundo, rico de verdade e pleno do que você é.
Eu
o deixo viver e ver esse instante, em todos os instantes que lhe resta no calendário
de seu tempo e do tempo dessa Terra.
E
em todo espaço, no qual nenhum calendário mantém-se, em todo ciclo como fora de
todo ciclo.
… Silêncio…
Nesse
Silêncio tão pleno e tão rico, no qual tudo está aí, eu mergulho em você.
Nenhuma
parcela de seu corpo, de sua vida, de sua consciência pode escapar-me, nem
escapar de você.
Junte-se
a mim, na Evidência.
Permaneça
assim, verdadeiro e transparente.
Nesse
Silêncio, você cresce até o infinito, sem movimento, sem deslocamento.
Ainda,
você não conhece mais o tempo.
Ainda,
mesmo quando você abrir seus olhos, mesmo quando você sair no mundo, esse
instante permanece.
Eu
o abençoo perpetuamente.
Receba.
É
o que você é.
Receba.
Eu
me inclino em você, em sua grandeza e em sua humildade.
Receba
e eleve-se.
… Silêncio…
Eu
me calo agora, alguns instantes, e permaneço aí.
Não
se mova.
No
silêncio, em cada um de você, nós permanecemos.
Não
há, mesmo, mais necessidade da dança de minhas palavras, não há mais
necessidade de presença.
… Silêncio…
Assim
é a felicidade da Eternidade.
Eu
me calo.
… Silêncio…
Quando
você quiser, abra os olhos ao seu mundo, no qual seu corpo vaga, ainda, e
permaneça assim, marcado por meu selo.
Eu
lhe digo até muito em breve, até daqui a alguns minutos, para prosseguir.
Eu o convido a dar-se a si mesmo o sopro de Vida eterna, que vem consumir e dissolver o que pode restar de aparência e de pessoal. Em outras palavras, eu o convido à Alegria perpétua, em toda Presença como em toda Ausência.
ResponderExcluirEu o convido a depor as armas de seus jogos, tanto nesse mundo como em qualquer mundo.
.........
O dois torna-se Um – que ele sempre foi.
.........
Nesse instante dissolve-se o véu que envolve seu coração. Nesse instante levantam-se as correntes que podiam, ainda, afirmá-lo nesse mundo, porque os tempos da Terra estão consumados, porque o tempo de seu reino é chegado, e seu reino não é desse mundo, nem dessa carne, nem dessa matéria.
.........
Absolutamente, tudo é incluído nesse instante, aqui e por toda parte, o que lhe dá a ver a primazia da Verdade sobre todo prazer, sobre todo impulso vital.
.........
Eu o deixo viver e ver esse instante, em todos os instantes que lhe resta no calendário de seu tempo e do tempo dessa Terra.
Rendo Graças
ResponderExcluirO tempo do Amor chegou ao conjunto da Terra.
ResponderExcluirAmém!!!
Todo pensamento não é mais útil.
Que Graça, estar diante desta frase, em total acolhimento
Toda a Mensagem contagiante!!!!