Irmãs
e irmãos do Coração, eu sou Teresa de Lisieux.
Eis-me
com vocês e em vocês.
Eu
venho com a qualidade de minha vibração de Estrela porque, como vocês sabem,
meu caminho é o Pequeno Caminho, e a vibração que eu porto é aquela da
Profundeza, aquela que os leva a desaparecer para encontrar o que vocês são e,
sobretudo, Cristo.
Desaparecer
é, unicamente, frustrante para a pequena pessoa, mas é algo que é, nesses
tempos, o caminho o mais curto para ter a Felicidade, agora e já, viver seu
Reencontro com Ele e, antes de tudo, consigo mesmo.
Então,
para continuar o que eu já lhes transmiti, permitam-me situar-nos em relação ao
seu período, a esses tempos, através do que vocês experimentam, o que vivem e,
também, ao que vocês têm acesso.
Para
isso, vocês devem ir, verdadeiramente, à Profundeza de si mesmo, sem
subterfúgio e sem hipocrisia, entrar em si, fazer cessar, eu diria, toda
nutrição que vem do exterior, para nutrir-se, você mesmo de si mesmo.
Porque,
como nós o temos repetido, incansavelmente, nós somos estamos tanto quanto você
mesmo está nesse corpo.
Realizar
isso é desviar-se, sem qualquer recusa, de tudo o que é, eu diria, fútil e que
faz apenas passar, que chega e que desaparece.
É
preciso ter essa sede da Eternidade, é preciso ter essa sede, eu diria, do
absoluto Amor, mesmo se você não o conheça, mesmo se você não viva qualquer das
manifestações conscientes disso.
Esteja
seguro e certo, e eu sou a prova disso, que, se sua vida é guiada por essa
noção de Profundeza, por essa noção de desaparecimento, então, tudo lhe
aparecerá em sua simplicidade, em sua majestade.
Nada
mais há a empreender, exceto se, em você, você sinta a necessidade, de um modo
ou de outro, de perceber e de receber, ainda, o que vocês nomeiam vibração.
Mas
virá, necessariamente, um momento no qual o Amor que você é deve emergir de
você mesmo, sem ter necessidade de marcador, sem ter necessidade de comparação,
sem ter qualquer modelo exterior, se não é, para você, o que representa o que
eu chamaria o meu Pequeno Jesus, ou seja, o que, para você, representa, de
algum modo, nessa humanidade ou alhures, o que você poderia nomear esse Amor no
qual não existe qualquer sombra, qualquer dobra, em permanente renovação e
permanentemente nessa Alegria, independentemente do que você experimenta hoje, o
que quer que você já tenha vivido ou que você vá viver.
Lembre-se
de minha Pequena Vida.
Lembre-se
de que desaparecer é apenas uma afronta ao ego, mas, absolutamente, não ao que
nós somos na Eternidade.
Então,
a Humildade corresponde à Profundeza.
A
Humildade e essa Profundeza são o que vai empurrá-lo, de algum modo, não,
unicamente, a não mais emitir julgamento sobre tudo o que pode ser vivido no
exterior, porque lhe dá a viver o que você é, verdadeiramente, no mais profundo
de seu ser, esse Amor infinito, indelével e que lhe é prometido, antes como
depois desse nascimento e dessa morte.
Tudo
isso eu poderia dizer – imitando alguns Anciões – que é uma questão de
posicionamento ou de ponto de vista.
Mas
eu, eu mesma, esqueci-me de todo posicionamento, todo ponto de vista, eu estava
na aquiescência total de tudo o que me aconteceu, o que quer que me
acontecesse.
Certamente,
essa foi a minha natureza e a minha essência, antes mesmo de vir a esse mundo.
Então,
hoje, mesmo se você não seja feito da mesma natureza e da mesma essência ou da
mesma manifestação que eu, é-lhe possível, aí também, instantaneamente, não
experimentar o que vocês nomeiam energia, vibração, Luz, mas ser,
instantaneamente, você mesmo, em união e comunhão com Cristo.
Não
procure manifestações exteriores, porque tudo acontece no interior e, mesmo
esse casamento místico, você sabe, acontece em seu Templo, nesse corpo tão frágil,
tão perecível, tão inconstante, mesmo.
Você
não poderá encontrar isso, mesmo não em suas ideias ou em seus pensamentos,
porque as ideias e os pensamentos que lhe são próprios refletem, simplesmente,
o efêmero da vida nesse mundo, enquanto meu Pequeno Jesus, mas, se você prefere Buda
ou Maria, ou qualquer outro ideal para você, você não vai ter necessidade de
projetá-lo, você tem, simplesmente, que crer, ou sem crer, mas colocar a
proposição que já está em você.
E
você não terá necessidade de esperar o Céu para viver o Céu, você não terá
necessidade de esperar estar no Céu para fazer, como eu faço, o bem sobre esta Terra.
Você
se tornará o bem por mimetismo com Jesus ou com Maria, apagar-se diante de sua
Majestade, apagar-se diante de algo que nos supera, tanto ao nível das próprias
percepções, das sensações e das experiências que nós fazemos na superfície
desse mundo.
Dê-se
conta de quantos seres humanos sobre este planeta, quer seja no Oriente, no
Ocidente ou em qualquer parte desse mundo, que reivindicam o Amor e, no
entanto, não chegam a vivê-lo em sua totalidade e sua plenitude, porque o Amor
é totalmente incompatível com ser uma pessoa.
A
pessoa pode viver e experimentar apenas um amor, eu diria, humano, mas o Amor
divino não tem qualquer medida, qualquer comparação possível com o Amor, aquele
de Jesus, aquele de Maria e, também, aquele que vocês são.
O
que eu quero dizer com isso é, para vocês, reconhecer, para que cada um
reconheça-se, agora, se já não foi feito.
Há
necessidade de mergulhar nas profundezas e, nas profundezas, ali chegar
necessita do Silêncio.
Mas
não importa qual silêncio.
O
Silêncio interior torna-os totalmente invulneráveis a todas as oposições da
pessoa, das necessidades de brilhar, das necessidades de pôr-se à frente, das
necessidades de dirigir quem quer que seja.
Eu
jamais dirigi nada, eu deixei a Vida dirigir-me, ainda que apenas pelo
pensamento da certeza de meu Céu após meu tempo sobre a Terra.
Eu
jamais tive qualquer dúvida sobre minha
Eternidade, e eu não tive necessidade de mostrá-la a quem quer que seja.
Eu
descobri que o melhor modo de aparecer em Sua Verdade, era manifestá-Lo em
minha vida.
O
único desejo que eu tive foi recusado, em um primeiro tempo, era de entrar no
Carmel, e eu ali entrei muito jovem.
Vocês
sabem disso, aqueles que vieram ver-me onde eu estava, e são numerosos, entre
vocês, a terem vindo ver-me, e vocês não sabem a alegria que abrasa meu coração
e que abrasa Jesus, quando vocês pensam em mim, quando se conectam a mim e a
Ele, portanto.
Hoje,
você tem apenas isso a fazer.
Isso
não é uma crença, não é uma afirmação de sua cabeça, de sua pessoa, de seu
desejo, porque qual é a pessoa que quer desaparecer dela mesma, se não é aquele
que sabe que está pleno Dele e que aspira apenas a Ele?
Então,
cabe a você ver, porque jamais, como você sabe, mesmo a vibração, mesmo a
energia necessita, de sua parte esse abandono.
Então,
por que esperar que o abandono manifeste-se para decidir vivê-lo, de uma vez
por todas?
A
Graça da Luz é de uma evidência tal que, se você dá os primeiros passos, a Luz
mostrará a você e dará dez para você.
Isso
se chama, verdadeiramente, repousar Nele.
Cada
ser humano, e eu observei isso em meu Pequeno Caminho, em meio às minhas irmãs,
no lugar no qual eu mesma coloquei-me em clausura porque, mesmo ali, eu vi, é
claro, as pessoas com seus desejos, com seus anseios.
Elas
tinham o Amor por Jesus, mas tentavam traduzi-lo com a humanidade delas nesse
mundo, e é tão difícil que eu vi, imediatamente, que isso não era possível, e
que Jesus não queria, absolutamente, isso para cada um de nós.
Ele
nos havia pedido para imitá-lo, não para fazer como Ele, mas para SER como Ele.
Desposá-lo,
casar com Ele, sim, era o meu único ideal, era o meu único objetivo.
E
se vocês soubessem como eu estava com pressa de juntar-me ao Céu, apesar de
minha idade!
Então,
devo dizer que, hoje, vocês não têm que rejeitar o que quer que seja, mas estar
nessa vida na maior das humildades, em seu próprio desaparecimento.
Um
dos Anciões repetiu, em numerosas reprises de sua vida que, se ele era,
aparentemente, para o olhar de uma pessoa normal, humana, que não vivia
encontro com seu Céu interior, isso aparecia como milagres, mas é o inverso que
é um milagre, ou seja, como vocês podem, ainda, esperar viver, ou esperar
viver, mesmo, sem a Presença Dele?
Então,
se você quer que Ele apareça em você, porque Ele está aí, Ele sempre esteve aí,
mas com uma intensidade que você não suspeita, mesmo, exceto se você já tenha
desparecido.
Então,
não reclame.
Nada
há a criticar, não há qualquer outro obstáculo em seu interior.
Não
há qualquer memória que se mantenha diante de Cristo, não há qualquer futuro
que se mantenha diante Dele.
Mas
você quer, realmente, desposá-Lo?
Você
quer, realmente, desposar-se?
O
que quer dizer deixar o que você acredita ser, o que você faz, ao mesmo tempo
continuando a fazer, é claro, sem demitir-se do que a Vida deu-lhe a fazer ou a
ser, quaisquer que sejam as circunstâncias.
Se
você aceita isso, então, você terá muito mais chance do que eu, porque você
realizará o Céu sobre a Terra antes que a Terra junte-se ao Céu, e isso, como
alguns tentaram fazê-lo aceitar, e, sobretudo, viver.
É
evidente, se você já está em seu Céu, aqui mesmo, sobre a Terra, se você já
desaparece.
Mas,
para isso, lembre-se: você nada pode apreender, você de nada pode apropriar-se
no Amor.
Você
apenas pode Ser e apagar-se diante da majestade e da grandeza e, se você é
grande no Céu, mais você está próximo de Jesus, pelo menos você será algo nesse
mundo, qualquer que seja sua posição, quaisquer que sejam seus encontros,
porque a Humildade é a maior das chaves.
Eu
diria que é a chave que o conduz, diretamente, à sua Eternidade, sem passar
pelo que quer que seja mais.
Mas,
para ser humilde, é preciso, já, não se conhecer, no sentido humano, mas,
simplesmente, aceitar nada compreender, aceitar nada apreender, aceitar tudo soltar
e, sobretudo, aceitar entregar-se a Ele, ou seja, confiar Nele, em cada ato,
cada ação e cada evento que sobrevenha em sua vida.
Oh,
para isso, você sabe, eu vi muitas irmãs pelas quais eu tive, sempre, tanto
Amor, mas, ainda hoje, quando eu vou lá embaixo, e vejo as irmãs que creem que,
sendo as melhores na comunhão, sendo as melhores nisso ou naquilo, elas seriam
mais amadas pelo Senhor.
Oh,
não, o Senhor não quer isso.
Ele
quer, simplesmente, apenas seu Coração, mas não para tomá-lo, mas para dá-lo a
você.
E
receber seu próprio Coração é fazer desaparecer a cabeça.
É
fazer desaparecer tudo o que não é isso, e o melhor caminho, o mais rápido,
como eu disse, é a Humildade.
A
Humildade é aceitar apagar-se diante da manifestação da Vida, diante de Sua
Manifestação, porque, mesmo se há um sofrimento, mesmo se você tem a impressão
de que há uma distância, que você ali não está, tudo isso é apenas vaidade de
sua própria pessoa, porque ser humilde é não pôr tela entre Ele e você.
É
apenas a vaidade que o faz crer que há um caminho a percorrer para ser melhor
do que o que você é, no instante presente.
Ele
o quer como você é.
Ele
quer seu Coração, e Ele o quer nu.
Ele
quer sua confiança, Ele quer seu Amor, para fazê-lo ver.
Ele
nada mais quer do que isso, quaisquer que sejam as aparências, quaisquer que
sejam suas dores ou suas alegrias, não há outro interesse nesse mundo do que
casar-se com Ele.
Tudo
isso, em todos os caminhos que puderam existir sobre esta Terra, resume-se a
isso: você está pronto para desaparecer, você está pronto para apagar-se diante
da vida, para viver a Vida e Vida vive você, sobretudo, na facilidade, na
Evidência?
Porque,
é claro, visto do exterior, eu era uma jovem que se colocou na clausura muito
jovem, que foi testada por sua condição física.
Oh,
como eu agradeço ao meu Pequeno Jesus, por ter-me feito sofrer tanto nesse
corpo, porque eu pude soltar tão rapidamente, tão rapidamente e tanto
reconhecê-LO na evidência de Sua Presença e, mesmo, de Sua Ausência, porque se
Ele não está, eu morro, e se ele está, eu estou Viva.
Você
apreende isso?
Então,
o apreender não é o compreender, é aquiescer.
Então,
você fala muito, nesse momento, de Feminino Sagrado, porque o Feminino Sagrado
é o Acolhimento, o acolhimento total, incondicional e irreversível.
Qual
acolhimento?
Aquele
da Luz, não para retê-la e guardá-la para si, mas para Servir, e o melhor
Serviço que você possa dar à Luz é desaparecer, apagar-se, nem mesmo pedir para
ser atravessado pela Luz, mas estar consciente de que é a Luz que está em seu
Coração.
Que
está aí, que sempre esteve aí e que só os medos, as crenças, as ideias, os pensamentos,
os condicionamentos, tudo o que há a fazer como tarefas quotidianas, mesmo se
essas tarefas quotidianas não são entregues a Ele, mesmo se você consiga
fazê-las, haverá, sempre, um instante no qual isso será menos fácil ou, então,
no qual você quererá parar ou mudar.
Enquanto,
se Jesus está aí, se você deixa para Ele todo o lugar, o que quer que lhe
aconteça, você permanecerá, sempre, no mesmo estado, na mesma confiança, no
mesmo contentamento, eu diria, mesmo se ele não é tão grandioso para ver como
um êxtase com as manifestações da Luz em você.
Jesus
toma todo o lugar, mas Ele é silencioso em você, Ele espera apenas que você O
reconheça, Ele ou toda Luz que, para você, é um arquétipo que transcende esse
mundo e todos os mundos, porque toda Vida vem daí.
Vocês
têm sido nomeados, também, Filhos Ardentes do Sol, o que é que isso quer dizer?
O
Sol aquece, indistintamente, toda consciência.
Ele
não tem raios para aquele que é bom e nada de raios para aquele que é Mau.
Isso
nada quer dizer, é a mesma nutrição para todo mundo, e vocês são, nós todos
somos esse Sol.
Ele
está em nós, no meio de nosso peito, ele sempre esteve aí.
São
apenas seus hábitos, suas crenças, condicionamentos que nós todos temos, os
sofrimentos do passado e os sofrimentos temidos no futuro que os fazem crer,
imaginar ou pensar que vocês não são dignos.
Mas,
se vocês desaparecem, o que resta para poder ser digno ou não digno?
Sua
insignificância é a insígnia de sua grandeza de Eternidade, de sua Eternidade
e, sobretudo, de Sua Presença.
É
claro, eu sei muito bem que meu Jesus, quando de Sua experiência sobre esta
Terra, não era, necessariamente, alguém de muito terno, mas Ele era modelo, Ele
foi aquele que nos abriu esse caminho do Amor, efetiva e concretamente, pelo
sacrifício de Seu sangue.
Ele
nos resgatou, a nós.
Ele
não veio salvar-nos, ele veio restituir-nos nossa Liberdade, e vocês têm o
mesmo direito e a liberdade total de não reconhecê-Lo.
Mas
eu lhes garanto que, se vocês querem viver na Alegria, que não haja mais
qualquer questão em vocês, concernente ao que quer que seja, e que tudo o que
se desenrola diante de vocês torne-se um tapete de rosas, então, deixem
trabalhar, apaguem-se diante da Majestade, apaguem-se a si mesmos diante de si
mesmos e, aí, vocês terão, sem dificuldade alguma, esse estado, essa confiança
total, irreversível, absoluto no que vocês são, e ao fato de que é nosso Grande
Irmão e, como Grande Irmão, Ele está, também, em nós.
O
que faz, mesmo uma criança normal, diante de seu irmão mais velho?
Eu
mesma, o que eu fiz diante de minhas irmãs mais velhas?
Em
toda confiança, eu atribuí a elas a autoridade, sem submeter-me, sem demitir-me,
mas, simplesmente, eu sei que, para Jesus, é ainda maior, é tão vasto, mesmo
se, agora, eu estou unida a Ele, eu lhes falo de minha experiência de então.
Então,
hoje, é claro, vocês têm todas as idades, funções, papéis que são diferentes,
que vocês devem assumir porque, como vocês veem e sabem, a Vida colocou-os,
muito precisamente, nesta data, aí, onde vocês estão.
Então,
nada mais há a fazer do que acolhê-Lo.
Ora,
o Acolhimento é o Feminino Sagrado que, no entanto, como vocês sabem, mas eu
não sabia, em minha pequena vida, eu não tinha necessidade de conhecer tudo
isso, isso não me interessava, porque eu sei que eu tinha um objetivo, e um
único, juntar-me a Jesus.
E,
se esse objetivo está aí, o que fazer-lhe o que você tem sido em sua vida?
O
que pode fazer-lhe o que você nomeia Liberação?
O
que pode fazer-lhe o que você nomeia Si?
Será
que isso é importante, definitivamente?
Será
que sua própria Profundeza, seu próprio desaparecimento, sua própria Humildade
não são a garantia de que é Ele quem age em sua vida?
Você
está vivo nesse mundo e, se você desaparece, o que acontece?
Bem,
você continua a viver, a respirar, a estar nesta Terra, de momento.
Reconhecer
Jesus na obra é, já, apagar-se diante Dele para deixá-Lo manifestar-se.
Oh,
é claro, nem sempre há manifestações, eu diria, espetaculares, como algumas de
minhas irmãs viveram, porque há vários caminhos, vocês sabem, mas, de fato, há
apenas uma Verdade, é Jesus.
Então,
eu digo Jesus porque essa é minha natureza, mas retenham, na profundeza de seu
ser, há Cristo, Ele vem estabelecer-se, mas Ele já está estabelecido.
Simplesmente,
os véus, o que vocês chamam de condicionamentos, são mais fortes do que a
Presença de Jesus, de momento, enquanto vocês não O tenham reconhecido,
enquanto vocês não tenham esvaziado a si mesmos, de tudo o que é supérfluo no
interior de si.
A
Vida dá a vocês isso ou aquilo, é preciso respeitá-lo, mas ela lhes deu,
também, a vida desse corpo, quaisquer que sejam as circunstâncias originais, fossem
elas falsas e alteradas, vocês têm, ainda, de qualquer forma, em vocês, essa
Centelha.
Ela
sempre esteve aí, caso contrário, como vocês poderiam, mesmo, estar na vida na
superfície desse mundo, se não houvesse a origem da Luz em vocês, ou seja, esse
absoluto Amor e Absoluto que é, mesmo, além do Amor, aí, de onde emana o Amor,
o que está além da Luz?
Mas,
para isso, há apenas um único caminho, mesmo se os caminhos sejam múltiplos.
Ele
nos havia dito isso e, em minha vida, na encarnação, essa frase seguiu-me todo
o tempo: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida».
Então,
meu Amado, se você é o Caminho, a Verdade e a Vida, basta que eu ande em Seus
passos e, para andar em Seus passos, é preciso que eu desapareça e, para andar
em Seus passos, é preciso que um e o único pensamento de todos os dias e de
todas as minhas ações sejam Você.
Se
vocês adotam isso, vocês se tornarão, eu diria, obsessivos, e verão que essa
obsessão fará desaparecer todas as outras obsessões e que seu desaparecimento
nas profundezas de seu ser far-se-á muito naturalmente.
Então,
é claro, depois, a vida, como vocês dizem, continua, mas ela não continua do
mesmo modo.
Ela
não continua do mesmo modo porque tudo, simplesmente, nesse caso, vocês sabem
que é Jesus quem os guia.
Vocês
colocaram seus passos nos passos Dele com sua Pequenez, porque, é claro, vocês
se apagaram diante Dele e é o único modo de desposá-Lo.
Então,
se no que você vive hoje, há doenças, há sofrimentos, há alegrias e, se você se
queixa por não viver a Alegria todo o tempo, a cada minuto de sua vida,
coloque-se a questão de quem está aí e que impede de ver essa Felicidade e de
vivê-la, o que quer que lhe aconteça.
Eu
digo, sim, o que quer que lhe aconteça, quer anunciem-lhe sua morte amanhã,
então, naquele momento, mesmo se isso é real e concreto nesse mundo, você corre
de sua morte para viver o que você tem a viver.
A
Profundeza e a Pequenez põem fim às dúvidas, põem fim às ilusões também.
Ela
faz desaparecer, também, o efêmero, e dá-lhes como único objetivo, se posso
dizer, estar com Ele, estar Nele, como Ele está em você.
Então,
aí não há necessidade de conhecimentos, nem de exercícios, nem do que vocês
nomeiam energia, nem mesmo de vibração, há apenas que desaparecer e Servir, o
que quer que isso lhes custa, porque, frequentemente, na noção de Serviço, há
uma expectativa de uma recompensa, qualquer que seja.
Mas
sua recompensa não tem que vir de nossos irmãos e nossas irmãs que estão
encarnadas, sua recompensa vem, diretamente, do Céu, na condição de recusar a
recompensa dos irmãos e das irmãs, porque uma recompensa é um comércio, é uma
troca.
Em
contrapartida, se você aceita tudo dar e dar-se, e eu não falo de coisas
externas, mas eu falo de minha alma, então, naquele momento, Jesus está aí, e
nos momentos nos quais pareça-lhes que Ele está menos aí, vocês sofrerão tanto
que aspirarão apenas reencontrá-Lo, imediatamente.
Do
mesmo modo que vocês têm sido nutridos pela Luz das Estrelas, dos Anciões, dos
Arcanjos, da Fonte, do mesmo modo, hoje, vocês devem desaparecer para nutrir-se
a si mesmos e reencontrar Cristo.
Se
vocês aceitam isso, então, sua vida, como eu disse, tornar-se-á como um tapete
de rosas, que se desenrola diante de vocês.
Vocês
não terão, absolutamente, necessidade do que quer que seja mais e, depois, eu
era muito preguiçosa ao nível espiritual, do que vocês nomeiam a
espiritualidade.
Eu
tinha Jesus, eu me dizia por que é que eu teria necessidade do que quer que
fosse mais?
Quer
eu morra amanhã, quer eu viva centenária, isso não tinha qualquer importância,
porque, com Jesus, o tempo não conta, porque, com Jesus, as humilhações não
existem, porque, com Jesus, mesmo as tarefas as mais ingratas são realizadas no
mesmo estado.
Então,
é claro, a única coisa que eu pedia a Jesus não era melhorar minha condição ou
mostrar-se a mim, mas acolher-me Nele, para que eu o Desposasse a partir de
minha chegada ao Céu.
É
preciso, para isso, uma grandeza de alma, o que eu chamaria o sacrifício da
alma, ou seja, aceitar ser dissolvido Nele.
Aí
está a Eternidade.
Ela
nada é do que eu dei a ver nesse mundo, ela nada é do que as grandes filosofias
descreveram ou os grandes movimentos escreveram.
Ela
está, justamente, no desaparecimento de todas essas organizações, de todos
esses modelos.
E,
é claro, hoje, vocês têm recebido inúmeras informações no interior de si, por
diversas vozes que têm tentado mostrar-lhes que todas as religiões foram, todas,
possuídas por forças que nada têm de religiosas.
Religião
é estar religado à Luz, religião não é um intermediário, religião não é outra
coisa além disso, ou seja, desaparecer e não reivindicar o que quer que seja.
Mas,
é claro, como havia dito São Paulo, vocês podem dar toda a sua riqueza
material, vocês poderiam falar a língua dos Anjos, que isso não mudaria uma
vírgula em sua condição.
Ser
humilde é fazer parte desta Terra sem dela ser.
É
desaparecer na Terra para deixar o Fogo aparecer, esse Fogo de Amor, essa Água
que desce do alto e que os restitui à sua Eternidade.
Vejam
vocês, tudo isso eu lhes disse, mas, hoje, com uma iluminação mais fácil,
porque, hoje, talvez, nem sempre, em todo caso, para vocês que têm realizado
uma pesquisa ou uma vivência específica da consciência, das energias, das
vibrações, do que vocês vivem, do que reencontram, tudo isso nada é se não os
faz entrar em seu ser interior, aí, onde está Cristo.
Tudo
isso nada é se você não é humilde, porque se a Humildade é fingida, o que vai
acontecer?
Bem,
Cristo não estará mais aí e isso será o que algumas de minhas irmãs, em sua
vida, chamavam «o adversário ».
Mas
não há outro adversário que não você mesmo.
Você
acredita que alguém possa algo contra Cristo?
Oh,
eu não falo de religião, eu falo da Consciência que pisou com seus passos esse
solo, e que era bem mais do que essa Consciência em um corpo.
Então,
desposar Cristo é tornar-se, si mesmo, Cristo, é desaparecer para as vaidades
desse mundo e para sua própria vaidade de crer-se eterno, de crer-se todo
poderoso, de crer-se dominar o que quer que seja de sua vida ou de dirigir o
que quer que seja.
Porque
não há alternativa: ou você dirige sua vida, ou você a deixa ser dirigida por
Ele.
Todo
o resto são apenas ilusões e quimeras.
Como
vocês sabem, e como, talvez, tudo isso se revele em vocês e ao seu redor, hoje,
a armadilha, eu diria, da sombra, como vocês a nomeiam, nada mais é do que a
armadilha do poder, a armadilha de querer apresentar-se como maior do que o
menor que está encarnado sobre a Terra.
Se
você é, verdadeiramente, grande, isso irá lá no alto, em sua Eternidade, mas,
quanto mais você é grande lá no alto, mais você é pequeno aqui.
Você
não pode escapar dessa regra.
E
não é, certamente, uma questão, unicamente, de dinheiro nem de papel social,
mas é, verdadeiramente, uma das Verdades do Espírito a mais importante, porque,
assim que você a reconhecer, você mesmo, através de sua Humildade e de sua
Profundeza, através do Silêncio interior, através, talvez, de ajudas que você
utilize, quer sejam cristais ou o que lhes comunicou Li Shen, muito
recentemente.
Se
você não desaparece, se você não se apaga diante do movimento proposto por Li
Shen, bem, Cristo não está aí, Ele está aí, mas você não O vê.
E,
mesmo se você não o veja, você deve manter essa Profundeza e essa Humildade.
É
a garantia de sua Liberação, é a garantia de seus Reencontros com Ele e com
você mesmo.
A
única garantia está aqui.
Aliás,
você mesmo a vê, através do que você tem podido viver como experiências que
lhes parecem, por vezes, de regozijo, por vezes, difíceis, tanto no plano
humano como nos planos do Espírito.
Tudo
isso nada é se a alma não tenha decidido abandonar-se a Ele, se a alma não tenha
decidido entregar-se a Ele, ou seja, desaparecer, inteiramente.
Mas
isso, minha Irmã Ma Ananda explicou a vocês durante esses anos.
O
Fogo do Amor queima tudo o que não é ele.
Mas,
é claro, se você está na Humildade, não há razão alguma de sentir a mínima
queimadura.
Porque,
se você desapareceu, o que resta para queimar?
Se
você não desapareceu, a queimadura far-se-á cada vez mais intensa, morderá você
e obrigará, de um modo ou de outro, a reconhecer o que você é, sua Pequenez
aqui e sua grandeza infinita, uma vez que a encarnação não esteja mais aí.
E,
se você quer viver feliz, e eu não falo da satisfação dos sentidos ou de uma
vida bem realizada, mas a satisfação real, aquela que vem do Coração, se não há
a Humildade, se não há a Infância, se não há a Integridade, bem, isso,
estritamente, para nada serve.
Para
que servem todos os poderes, para que serve todo o dinheiro, para que servem
todas as felicidades humanas, se elas os afastam do que vocês são?
É
claro, há uma satisfação imediata, mas o que é a satisfação imediata, mesmo o prazer
o mais poderoso, em relação ao prazer que propicia Cristo?
Tente
ver, por si mesmo, eu quero dizer, com isso, que nada mais há a fazer do que
procurar o Reino dos Céus, que está dentro de você, e esse Reino dos Céus não
se importa nem com suas gesticulações, sua idade, sua saúde, sua função, seus
filhos, seus pais, porque é algo que se vive sozinho e exclusivamente sozinho,
no interior de si.
Quando
você desaparece de si mesmo, Cristo está aí.
E
esse caminho não tem necessidade de qualquer outra ascese que não o sentido do
Serviço ao invés do sentido do dever, o sentido da insatisfação ao invés do
sentido da satisfação.
Insatisfação
que nada faz projetar, mas que lhe mostra, simplesmente, que Cristo bate à sua
porta.
Eu
nada mais tenho a dizer, e eu direi, doravante, sempre a mesma coisa: o que
você quer?
Você
quer ser livre?
Mas
você já o é, com Cristo, independentemente do que viva esse corpo,
independentemente do que viva no exterior ou nas vibrações.
Não
se esqueça, jamais, disso.
Porque,
no momento da passagem, se isso ainda não foi feito em você enquanto vivo, a
única coisa que contará é isso: Cristo, Você está aí?
Sim,
Ele está aí, porque você desapareceu.
Então,
eu posso apenas propor-lhes, agora, em companhia de Cristo, para entrar nessa
Profundeza que é o Silêncio interior.
Você
está tanto na profundeza que nada emerge da pessoa, e isso você pode fazer
fazendo não importa o quê, o que quer que você tenha a fazer.
Permita
estar aí e fazer descer, sobre cada um de vocês, uma chuva de pétalas de rosas.
Eu
os amo tanto e tanto, porque eu vejo em vocês meu Esposo, e eu vejo, realmente,
por vivê-lo, a partir desse instante, que não há diferença entre vocês e eu.
Há
apenas as aparências que vocês colocaram, nada mais, e essas aparências são ligadas
apenas às feridas, mas vocês não são essas feridas, vocês não são tudo o que é
horrível a viver nesse mundo.
Apreendam
isso, é a única coisa de que vocês têm necessidade de apreender e, depois, não
há mais luta, depois, nada mais há que não Ele, que não esse Amor absoluto.
Recebam,
agora, a Graça de minha Presença e a Graça dessa chuva de rosas, uma segunda
vez.
Eu
e minhas Irmãs estamos, todas, em vocês, do mesmo modo, para vocês.
Eu
os amo infinitamente e sem qualquer condição, quaisquer que sejam as feridas,
quaisquer que sejam os sofrimentos, porque, com Cristo, porque, com o Amor,
tudo é apagado, tudo é lavado, sem que vocês tenham que se ocupar ou
preocupar-se.
Ele
disse: «Se você tem a fé como um grão de mostarda, as montanhas empurrariam,
você diria a elas subam, elas subiriam».
Então,
se quiserem elevar-se, viver, já, a partir de agora, antes da Passagem, o que é
obtido para cada irmão e cada irmã, vocês devem desaparecer em suas próprias
profundezas.
Oh,
depois, é claro, vocês deverão voltar a subir para enfrentar, mas vocês não
estarão mais sós.
Mas
é preciso ser só, primeiramente, é preciso passar.
Eu
os amo e eu os abençôo pela terceira vez.
Até
breve.
Chamem-me
quando quiserem, vocês terão os sinais de minha Presença, mas, antes de
qualquer coisa, vão ao interior.
Enquanto
vocês olham para o exterior, é que não querem ver seu interior, talvez, por
medo, talvez, por sofrimento, nenhuma importância, permaneçam fixos na Luz, em
Cristo.
Mas
não considere qualquer interpretação ou explicação da Luz, ela é a causa, o
fundamento, o objetivo e o desenrolar, ela mesma.
O
que vocês querem, com seus conhecimentos, com seu mental, com seus pensamentos?
O
que vocês podem encontrar mais, o que podem esperar mais?
Eu
lhes digo até breve.
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Transmitido
por Claudine
Desaparecer é, unicamente, frustrante para a pequena pessoa, mas é algo que é, nesses tempos, o caminho o mais curto para ter a Felicidade, agora e já, viver seu Reencontro com Ele e, antes de tudo, consigo mesmo.
ResponderExcluirDê-se conta de quantos seres humanos sobre este planeta, quer seja no Oriente, no Ocidente ou em qualquer parte desse mundo, que reivindicam o Amor e, no entanto, não chegam a vivê-lo em sua totalidade e sua plenitude, porque o Amor é totalmente incompatível com ser uma pessoa.
É evidente, se você já está em seu Céu, aqui mesmo, sobre a Terra, se você já desaparece. Mas, para isso, lembre-se: você nada pode apreender, você de nada pode apropriar-se no Amor.
É apenas a vaidade que o faz crer que há um caminho a percorrer para ser melhor do que o que você é, no instante presente.
Mas, se vocês desaparecem, o que resta para poder ser digno ou não digno? Sua insignificância é a insígnia de sua grandeza de Eternidade...
É preciso, para isso, uma grandeza de alma, o que eu chamaria o sacrifício da alma, ou seja, aceitar ser dissolvido Nele. Aí está a Eternidade. Ela nada é do que eu dei a ver nesse mundo, ela nada é do que as grandes filosofias descreveram ou os grandes movimentos escreveram. Ela está, justamente, no desaparecimento de todas essas organizações, de todos esses modelos.
Porque não há alternativa: ou você dirige sua vida, ou você a deixa ser dirigida por Ele. Todo o resto são apenas ilusões e quimeras.
Tente ver, por si mesmo, eu quero dizer, com isso, que nada mais há a fazer do que procurar o Reino dos Céus, que está dentro de você, e esse Reino dos Céus não se importa nem com suas gesticulações, sua idade, sua saúde, sua função, seus filhos, seus pais, porque é algo que se vive sozinho e exclusivamente sozinho, no interior de si.
"Como vocês sabem, meu caminho é o Pequeno Caminho, e a vibração que eu porto é aquela da Profundeza, aquela que os leva a Desaparecer para encontrar o que vocês São e, sobretudo, Cristo.
ResponderExcluir"Desaparecer é, unicamente, frustrante para a pequena pessoa, mas é algo que é, nesses tempos, o caminho o mais curto para ter a Felicidade, agora e já, Viver seu Reencontro com Ele e, antes de tudo, consigo mesmo.
"A Humildade corresponde à Profundeza.
"A Humildade e essa Profundeza são o que vai empurrá-lo, de algum modo, não, unicamente, a não mais emitir julgamento sobre tudo o que pode ser vivido no exterior, porque lhe dá a viver o que você É Verdadeiramente, no mais profundo de seu ser.
"Ser humilde é fazer parte desta Terra sem dela ser.
É desaparecer na Terra para deixar o Fogo aparecer, esse Fogo de Amor, essa Água que desce do alto e que os restitui à sua Eternidade.
"Então, devo dizer que, hoje, vocês não têm que rejeitar o que quer que seja, mas estar nessa vida na maior das humildades, em seu próprio desaparecimento.
"Reconhecer Jesus na obra é, já, apagar-se diante Dele para deixá-Lo manifestar-se. ... Será que sua própria Profundeza, seu próprio desaparecimento, sua própria Humildade não são a garantia de que é Ele quem age em sua vida?
"Hoje, vocês devem desaparecer para nutrir-se a si mesmos e Reencontrar Cristo. Se vocês aceitam isso, então, sua vida, como eu disse, tornar-se-á como um tapete de rosas, que se desenrola diante de vocês.
"Então, deixem trabalhar, apaguem-se diante da Majestade, apaguem-se a si mesmos diante de si mesmos e, aí, vocês terão, sem dificuldade alguma, esse estado, essa confiança total, irreversível, absoluto no que vocês São.
"Quando você desaparece de si mesmo, Cristo está aí.
"É preciso para isso, uma grandeza de alma, o que eu chamaria o sacrifício da alma, ou seja, aceitar ser Dissolvido Nele. Ai está a Eternidade.
"Então, eu posso apenas propor-lhes, agora, em companhia de Cristo, para entrar nessa Profundeza que é o Silêncio Interior.
"Na profundeza de seu ser, há Cristo, Ele vem estabelecer-se, mas Ele já está estabelecido.
"Permita estar aí e fazer descer, sobre cada um de vocês,
uma chuva de pétalas de rosas."