O Impessoal e povos da natureza
Em cada um de você que é, eu sou.
Assim, eu saúdo cada um, assim, eis-nos reunidos na
Liberdade e no Amor.
De coração em coração, eu o saúdo, em sua eternidade,
eu o abençoo.
Em sua Presença e em cada Presença, eu saúdo o que
você é.
Juntos, em união, em comunhão e em unidade, vamos
questionar.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: uma questão foi colocada
ontem: «você pode desenvolver sobre os pilares do sacrum e aportar elementos de
paz em face das mensagens falsificadas das religiões que demonizaram a
sexualidade e a parte inferior do corpo em geral?».
Você pode desenvolver a segunda
parte?
Bem amado, o que está situado na parte inferior da
estrutura corporal humana não é, unicamente, a sede da sexualidade, mas,
também, é claro, a sede de tudo o que foi alterado e deformado.
Assim, portanto, enquanto não há visão e compreensão
do que se joga nessa parte inferior do corpo, não pode ali haver Liberdade nem
Liberação.
A predação e o confinamento são ligados à alteração
dessas estruturas que correspondem, no plano anatômico, a uma parte nomeada «arcaica»
do cérebro, responsável pelos hábitos, quaisquer que sejam, mas, também, lugar
e sede do poder da pessoa.
Assim, portanto, desviar o olhar do que se desenrola
abaixo da cintura, em qualquer nível que seja, faz apenas permitir a manutenção
da falsificação, faz com que ela fique escondida e não elucidada.
Assim, portanto, ao privar o ser humano não da
experiência, mas da compreensão dos mecanismos íntimos que existem nele, nesses
níveis mais densos, existe, então, uma incapacidade para perceber, para ver,
para compreender e para transcender o que se desenrola.
Isso foi nomeado, na psicologia, as forças inconscientes
instintivas ou forças vitais, ou impulsos de vida.
O fato de negar o que acontece abaixo da cintura, seja
pela castração religiosa ou pelo desvio da energia sexual sagrada em proveito
da predação e não da partilha induz uma incompreensão e um mau uso do que está
situado no aspecto o mais profundo, o mais íntimo e o mais sagrado, concernente
à alquimia entre o fogo vital e o Fogo Vibral.
A parte correspondente à bacia, tanto quanto o
coração, tem sido privada da realiança ao Espírito, privada de Luz.
É nessa sombra, nomeada inconsciente ou subconsciente,
que se desenrola um combate invisível, que se traduz, unicamente, ao nível dos
comportamentos ligados ao elemento nomeado, há muito tempo, pelos Anciões: o
medo.
O medo, qualquer que seja, encontrará, sempre, sua
fonte nos engramas escondidos de predação chamados e nomeados de linhas de
predação coletivas.
Essas linhas de predação coletivas, ao nível coletivo,
começaram a agregar-se assim que o núcleo cristalino da Terra foi liberado e
permitiu a alimentação da parte inferior do corpo pelo que foi nomeada a Onda
de Vida ou Onda do Éter; quer ela seja vivida ou não, nada muda.
A intensificação da Luz, quanto à Sua presença, ao
mesmo tempo, nos vórtices da Terra como na superfície da Terra, como nos ares, nas
águas, permite, hoje, ter levantado uma parte do véu ao nível da coletividade,
o que faz com que o que estava escondido e oculto não possa mais assim
permanecer.
Isso participa de um momento e de um movimento
coletivo da humanidade, em resposta ao afluxo da Luz e ao apelo da Luz.
Contudo, a resolução e o levantar dos véus situados ao
nível desses dois primeiros centros energéticos situados sob a cintura não
deixa a possibilidade de juntar-se ao coração enquanto não há sacrifício de si mesmo
como pessoa, em proveito da Eternidade.
Assim, portanto, o conjunto de religiões teve,
efetivamente, como toda sociedade dita patriarcal, um lado castrador que os
amputou, literalmente, do potencial espiritual ligado ao ato sagrado que é a
sexualidade.
Como, talvez, alguns de vocês saibam, os reencontros
de natureza sexual produzem-se, além de seu mundo, de modo natural.
Trata-se de uma relação e de um reencontro que não tem
necessidade de qualquer órgão genital nem de qualquer função de reprodução para
viver o que vocês têm dificuldade a viver enquanto os véus da ilusão cercam-nos
em suas redes, nos dois primeiros chacras.
Ao nível dos mundos unificados, todo reencontro
poderia ser qualificado de sexual, porque ele se traduz por uma ativação do
coração, uma fusão de Espíritos e um atravessar de um como do outro, em toda
liberdade.
Assim, nos mundos unificados, todo reencontro é
êxtase, todo reencontro é gozo, todo reencontro não passa pelo intelecto, não
passa pela carne, mas, diretamente, pelo Espírito.
O ponto de contato não é mais, unicamente, um coração
a coração, mas, bem mais, um «sagrado a sagrado» equivalente, em vocês, ao «sacrum a sacrum» ou, se preferem, relação genital.
O confinamento da genitália criou o confinamento ao
nível do que vocês nomeiam carma transgeracional, ou tudo o que é ligado à
hereditariedade e ao DNA falsificado, que se transmite de geração em geração.
Enquanto não há reconhecimento do Pai-Mãe arquetípico,
representado por Maria e a Fonte, não pode haver possibilidade de fundir em seu
andrógino primordial nem, mesmo, fundir com o outro, em uma relação sexuada ou
não, diretamente pelo coração – isso é impossível.
A verdadeira relação, a verdadeira comunicação é uma
relação de coração a coração, ligada ao Abandono à Luz, ao sacrifício de si
mesmo, à ativação da Coroa radiante do coração.
Contudo, as linhas de predação inscritas em sua
estrutura anatômica, qualquer que seja seu grau, se posso dizer, de liberação,
não permitem o pleno acesso à relação sagrada.
Alguns esboços dessas relações foram-lhes possibilitados
há alguns anos, bem antes do nascimento da Onda de Vida, processos de
consciência nomeados comunhão, união, fusão e dissolução.
Hoje, neste ano 2016, as coisas são profundamente
diferentes.
Quer seja de maneira sexuada ou totalmente assexuada,
o gozo do reencontro é o mesmo, a partir do instante em que a pessoa desaparece
em proveito da Eternidade.
O reencontro faz-se de coração a coração e de
eternidade a eternidade, o que propicia um sentimento de plenitude, uma
realidade de plenitude e, também, um estado de orgasmo, um estado de
contentamento absolutamente espontâneo e natural.
A privação do Espírito na pélvis que decorre,
portanto, do confinamento inicial desse mundo, reproduz-se, hoje, através de
toda relação sexual enquanto não há levantar dos véus, enquanto não há
transcendência do conjunto de forças de predação, de poder e, sobretudo, de
distância, vis-à-vis de outra pessoa,
enquanto vocês consideram essa outra pessoa, unicamente, como uma pessoa e não
como um Espírito.
Se você não se segurasse tanto no que seus olhos e
seus sentidos lhe dizem, não haveria mais, hoje, qualquer obstáculo ao
reencontro de tipo unitário, que supera, de longe, os processos vividos,
nomeados comunhão, união e fusão.
Haveria, portanto, então, a possibilidade real – o que
é o caso para cada vez mais irmãos e irmãs humanos entre vocês – de viver essa
comunhão e esse êxtase sem viver a dissolução ou o desaparecimento, mas
mantendo-se na Presença ou na Infinita Presença.
A partir desse instante, o contato dito carnal,
qualquer que seja, não é mais indispensável; a intenção de Espírito torna-se
primordial e essencial, para permitir viver esse êxtase liberado de marcas de
predação da genitália.
O conjunto de religiões conhece, perfeitamente, o que
se desenrola nesses centros inferiores, mesmo se não os chame de chacras.
Basta, simplesmente, então, como foi enunciado na
questão, pôr a máscara do sujo, a máscara do perigo ou da não conformidade em relação,
mesmo que apenas a um casal, dessa noção de relação dita sexual, que permanece
apenas ao nível sexual e que não interessa, jamais, ao centro cardíaco nem,
mesmo, à Coroa da cabeça.
A partir do instante em que você tenha visto,
claramente, em si, o que se desenrola em relação à sua própria predação,
exercida vis-à-vis de si mesmo,
predação do efêmero em sua própria eternidade, sobre a qual você não tem
qualquer causalidade nem qualquer responsabilidade a manter.
Liberar-se disso não depende, unicamente, de processos
de reversão ou de dissolução da alma, mas representa uma das marcas as mais
tenazes na egrégora coletiva da humanidade, e isso, independentemente das
linhas de predação, porque inscritas, diretamente, na fisiologia e sua
anatomia.
Assim, portanto, e como inúmeros de vocês nessa Terra
vivem ou viveram, a relação dita sexual normal, mesmo a mais gratificante, mesmo
a mais conforme a um modelo de sociedade, não resolverá, jamais, o que está
falsificado nesse nível.
Só a passagem ao coração permite isso, sem renegar
esse aspecto sagrado que é ligado à sexualidade, praticada ou não, entretanto,
portada por seus órgãos sexuados.
Assim, portanto, jogar na culpa é uma inversão.
Do mesmo modo que, hoje, a liberalização dos costumes,
observável em suas sociedades ocidentais, tem exatamente o mesmo efeito e o
mesmo resultado que a privação da sexualidade vivida sob a influência das
religiões, até o Renascimento e até o aparecimento do que foi nomeada, mesmo
antes do Renascimento, a libertinagem.
Mas apreenda, efetivamente, que nenhuma libertinagem,
se é privada do coração, levará você a uma sexualidade sagrada.
A sexualidade sagrada não é, unicamente, por exemplo,
o tantrismo ou obras mais técnicas, eu diria, sobre a sexualidade; a
sexualidade sagrada é a sexualidade vivida pela vibração do coração – e não
mais pela atração sexual – na qual a fisiologia apaga-se diante da
espiritualidade da relação.
O que se desenrola, nesse momento, ao nível da pélvis
e do sacrum, e, muito efetivamente,
pela ativação do que eu não posso nomear a Coroa do sacrum, mas, simplesmente, o Fogo sagrado que se desenrola nesse
nível, permite reequilibrar, mesmo ao nível anatômico, o que foi distorcido, o
que foi falsificado e o que foi culpabilizado.
O que conduz não ao que vocês observam como inversão,
neste período da Terra no qual não existe mais nem limite, mas, simplesmente,
uma busca do prazer, que se coloca, sempre, sob a influência dos dois primeiros
chacras e, em caso algum, sob a influência do coração.
Toda relação, no sentido em que a entendemos, e assim
como o Arcanjo Anael havia explicado, concernente à Sua função de comunicação
como Arcanjo da comunicação e da Relação, é uma relação dita «sexual sagrada», que
não tem necessidade de qualquer órgão genital nem de qualquer contato físico, o
que é, eu os lembro, a norma ao nível dos mundos unificados, quer eles sejam
carbonados ou estejam bem além dos mundos carbonados.
Toda relação é um ato sexual que acontece além da
sexualidade, tal como vocês a conhecem, e corresponde ao que nós chamamos o
fogo sagrado.
Todo reencontro de Espírito a Espírito, em nossos
mundos, quaisquer que sejam as dimensões, quaisquer que sejam as formas e
quaisquer que sejam as manifestações da consciência traduz-se, sempre, por um
êxtase sem medida comum com o gozo sexual, mas que dele se aproxima, pelos
resultados obtidos ao nível da consciência.
Contudo, a falsificação e a alteração de sua anatomia
não permitem juntar-se ao coração.
Apenas quando o sacrum
ativado nesse fogo sagrado junta-se ao Fogo do coração, nomeado Fogo vibral, e
vem alimentar a alquimia que decorre disso, é que produz o que foi nomeado o
Fogo Ígneo.
A reunião e a conjunção do que se desenrola ao nível
da bacia, com o que se desenrola ao nível do peito e o que se desenrola ao
nível da cabeça realiza a nova Tri-Unidade expressada pela Nova Eucaristia ao
nível de seu peito, a união do masculino sagrado, do feminino sagrado e da
androginia primordial, que desemboca sobre algo que não é mais, unicamente, a
androginia primordial, mas, sim, o que eu havia explicado como sendo o Fogo
Ígneo.
O Fogo Ígneo é a transformação do Fogo vibral pelo
impulso, não mais da Onda de Vida, mas da estrutura reativada, novamente, em
seu sacrum, entre as Portas que
cercam o sacrum e as Portas situadas
nas dobras da virilha.
Essa estrutura geodésica específica que se realiza
então permite a união da Tri-Unidade na mesma unidade, no coração, e cria,
então, a ponte e o ponto de passagem da Infinita Presença ao Coração do
Coração, ao Absoluto.
Apreenda, efetivamente, que não há necessidade de
relação sexual, no sentido em que vocês a entendem, uma vez que isso está
aberto, qualquer que seja a idade e qualquer que seja o estado dessas funções
ditas sexuais, mas interessam, obviamente, ao sacrum e às dobras da virilha, assim como aos dois primeiros
chacras.
Há, portanto, transmutação e, também, passagem de um
fogo a outro, de um lugar a outro, o que traduz a harmonia e a retidão da
relação de coração a coração, de coração em coração, que lhe aquece o sacrum ou a bacia, que aquece seu
coração, que aquece sua cabeça e propicia o indizível da Unidade vivida como
estado de Graça e não mais, unicamente, por experiências intermitentes, mas
como estado permanente.
Aí está, portanto, porque o conjunto de religiões
baseou-se em uma falsificação do ato sexual, de modo muito inconsciente.
Ao ver os resultados de uma sexualidade dita desenfreada
e os desgastes, realmente, ocasionados, nos tempos antigos, por essas práticas,
houve, portanto, uma forma de condenação da relação fora do casamento, das
relações ditas homossexuais, das relações fora de um âmbito legal.
Infelizmente, a liberação das linhas de predação junto
àqueles de vocês, seus irmãos e irmãs humanos que permanecem encarnados,
implicou uma modificação dos comportamentos sexuais importante, e amplificada
por certo número de modificadores que fazem com que, ao nível do que vocês
observam na superfície desse mundo, haja uma progressão sem medida comum com a
vontade da alma real, concernente à homossexualidade, mas que não tocam mais, infelizmente,
do que as personalidades, que procuram satisfazer, por um amor desviado, algo
que não chegará, jamais, a ser satisfeito.
E que implica, portanto, a reprodução do ato, a
reprodução dos parceiros, de modo totalmente lúdico, que não se dá mais conta
do aspecto sagrado do ato sexual.
A liberação, ao mesmo tempo, das linhas de predação
coletivas assim como a liberação de alguns de vocês, irmãos e irmãs humanos
encarnados, como Liberados Vivos, permitiu desmascarar e desvendar essas
alterações e essas aberrações inscritas nas sociedades da Idade Média até o
Renascimento.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: quando de uma escuta e
acolhimento do Impessoal, os olhos de um irmão colocaram-se sobre os meus com
grande doçura.
Isso tem um significado
específico?
O único significado que eu posso aportar é que, quando
da escuta, quando da leitura, há uma espécie de sintonia ou de sincronia que se
produz, que abre, justamente, a percepção dos canais do Espírito.
Os olhos são a janela do Espírito no mundo, mesmo em
seu mundo.
Assim, portanto, ver os olhos de um irmão ou de uma
irmã ao escutar o Impessoal põe-nos em um estado propício à recepção de todo
Espírito, como eu o disse, a cada vinda: «em cada um, eu sou cada um de vocês e
vocês são cada um de vocês».
Essa é, de algum modo, uma primeira experiência ou uma
premissa, existem outras, que permitem ver a relação de coração a coração,
efetivamente marcada de suavidade.
O perigo seria traduzir isso com funcionamentos
anteriores e ultrapassados, ligados à estrutura, justamente, patriarcal da
sociedade, tal como eu respondi na questão anterior.
Não há, portanto, outro significado que não o de viver
essa doçura, que não o de viver o que se desenrola, naquele momento, sem
projetar o que quer que seja mais, eventualmente, por qualquer relação em outro
plano.
A relação a mais importante é a relação de Espírito a
Espírito ou de coração a coração, que não se embaraça com qualquer consideração
útil à pessoa, concernente a um reencontro situado em outros planos, outra que
não aquela que é vivida, ou seja, de Espírito a Espírito.
Não há, portanto, propriamente dito, significado
específico, mas, simplesmente, uma imagem que corresponde à realidade do que é
vivido, eu o repito, a cada vez, de cada um a cada um.
Eu sou cada um de vocês, e cada um de vocês é cada um
de mim.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: você disse: «O Liberado
Vivo come quando seu corpo reclama-o, quando seu Espírito tem necessidade de
sentir o prazer alimentar».
Você poderia desenvolver sobre o
prazer do Espírito?
Eu não estou certo de ter dito exatamente isso, isso
foi deformado.
Não há prazer, propriamente dito, alimentar, há prazer
do gosto.
O prazer do gosto não tem necessidade de ser
reproduzido por uma multidão de bocados ou por uma multidão de preenchimentos
de ventre.
Não é, exatamente, a mesma coisa.
Não se deve confundir o prazer alimentar do Espírito,
que corresponde a uma perfeição do gosto vivido e sentido, que não tem,
absolutamente, necessidade de ingerir quantidades habituais, tal como é o caso
para um não liberado.
Uma única bocada basta para saciar esse prazer
alimentar do Espírito, porque há comunhão com o alimento, e essa comunhão não
tem necessidade de predação, ou seja, não há necessidade de repetição, não há
necessidade de preencher o ventre, porque o gosto permanece muito mais tempo
não, unicamente, na boca, mas no Espírito.
Um Liberado Vivo é, mesmo, capaz, se ele o deseja e se
pensa nisso, de reproduzir a sensação do prazer alimentar, independentemente de
qualquer alimento colocado na boca.
Naquele momento há nutrição dita prânica ou nutrição
dita de Luz.
Assim, portanto, no Liberado Vivo, o ventre sabe,
exatamente, a quantidade que deve ser ingerida, que não depende de uma
satisfação de uma fome, mas, bem mais, diretamente, do preenchimento do ventre
que dita, ele mesmo, a quantidade.
Do mesmo modo que o coração decide, e de modo
sinérgico, com o que decidiu o ventre, mas não são, jamais, os hábitos
alimentares que decidem, porque, aí, há satisfação, unicamente, dos sentidos,
em relação direta, justamente, com a predação, ou seja, preencher seu corpo não
mais com a essência, mas com a matéria do alimento.
O Liberado Vivo nutre-se, antes de tudo, da essência
do alimento, o alimento vem apenas em segundo lugar.
Há, portanto, possibilidade, para o Liberado Vivo, de
procurar certo tipo de gosto, certo tipo de prazer, mas que nada tem a ver com
a saciedade alimentar habitual daquele que come para nutrir-se, aquele que come
para viver ou para satisfazer-se.
Há, portanto, uma modificação sensorial do gosto, do
mesmo modo que há modificação sensorial do conjunto dos sentidos.
Eles se tornam mais refinados, mais sutis e não têm
necessidade de quantidade, mas, bem mais, de qualidade.
Assim, portanto, mesmo se há sobreposição, vista do
exterior, entre o prazer alimentar da pessoa e o prazer alimentar do Espírito,
as consequências não são nem as mesmas nem o modo de alimentação propriamente
dito.
O Liberado Vivo não tem, jamais, necessidade de
conformar-se a um horário social ou a um horário dito fisiológico, quando há
sensação de fome, mas, bem mais, quando ele está disponível para tocar a
essência do alimento, qualquer que seja esse alimento.
Assim, portanto, eu não falei, verdadeiramente, desse
tipo de prazer alimentar, eu falei do que deseja o corpo e não a pessoa.
No Liberado Vivo, o corpo fala, ele não se exprime
mais pelo sofrimento, ele não se exprime pelo desejo, ele se exprime,
diretamente, ao nível do coração e do Espírito.
Assim, uma dor não é vivida do mesmo modo, uma vez que
o Liberado Vivo não tem consciência fixada ou atarraxada ao seu corpo.
Ele é estritamente independente desse corpo, ao mesmo
tempo estando presente nesse corpo.
Ele tem, portanto, a capacidade de perceber, pelo
coração e pelo ventre, o que está na origem não da dor, mas da manifestação em
si mesma.
A tomada de consciência da manifestação basta ao
Liberado Vivo para não ser afetado por qualquer dor que seja, mesmo a mais
terrível, o que não é, obviamente, o caso na fisiologia comum e, mesmo, nos
despertos.
… Silêncio…
O Liberado Vivo não tem, portanto, necessidade de
horários, ele não é obrigado ou preso a respeitar a fisiologia comum, porque
ele é independente disso, e a potência do Espírito basta, se posso dizer,
então, para suprimir as consequências, por exemplo, das anomalias metabólicas
de origem alimentar.
O Liberado Vivo absorve não importa qual tipo de
alimento, e ele não é, sobretudo, vegetariano ou vegano, porque ele apreendeu e
viveu, em sua carne e em seu Espírito, que o princípio do vegetalismo torna
mais sensível, mais aberto, mas não permitirá, jamais, liberar ninguém.
Há, portanto, nesses regimes específicos, adotados por
inúmeros de vocês, os que são úteis para a subida vibratória e que se tornam
inúteis ou, mesmo, perigosos, a partir do instante em que a Coroa radiante do
coração está aberta porque, naquele momento, a fisiologia, como eu o disse, não
é mais a mesma.
A regulagem da fisiologia do açúcar, a regulagem da
fisiologia da digestão dos cereais, quaisquer que sejam, assim como os
alimentos de carne, não é mais, absolutamente, a mesma.
Em resumo, isso quer dizer que o alimento de carne,
mesmo se não seja uma ave, como lhes havia dito, há muito tempo, o Comandante
dos Anciões, em nada incomoda aquele que ali se entrega, contrariamente àquele
que não está desperto ou liberado.
O Espírito comanda, mesmo ao nível do ventre.
A fisiologia torna-se profundamente diferente, isso
foi explicado por aquele que se nomeou Bidi.
O Arcanjo Anael falou-lhes, também, de alimentação,
durante as Núpcias Celestes.
O Comandante dos Anciões atraiu sua atenção às
virtudes do jejum, que permitem não mais, unicamente, elevar as vibrações, mas
clarificar, em vocês, seu posicionamento, clarificar, em vocês, o que vocês
são, para não mais serem alterados pela predação alimentar.
Porque comer não é, unicamente, um ato de
sobrevivência, mas, considerado do ponto de vista no qual estamos é, também, um
ato de predação.
Na 3D dita unificada, a nutrição não passa pela esfera
digestiva, mesmo se o trato digestivo exista.
A nutrição faz-se, diretamente, a partir do prana, a
partir da Luz adamantina e a partir do Espírito, mesmo se existam, em alguns
povos, como foi o caso para os povos intraterrestres Delfinoides, refeições
qualificadas de ritualísticas, que celebram, de algum modo, a união à natureza,
mas não necessidades fisiológicas nesse tipo de refeição.
É nesse sentido que o Comandante disse, assim como
Anael, que, no limite, vocês não têm mais, absolutamente, necessidade de comer.
Só a predação existente nos dois primeiros chacras
convida-os a comer e convida-os a encobrir déficits, quaisquer que sejam, ao
nível metabólico.
Mas, como vocês sabem, existem riscos de excesso, de dismetabolismo
e de anomalias ligadas, diretamente, ao que vocês ingerem.
Esse não pode, jamais, ser o caso para o Liberado
Vivo, uma vez que o Espírito circula em seu sangue.
Ele não tem mais, unicamente, a alma que é veiculada
no sangue, mas, sim, o Espírito, que passa nesse sangue pela hemoglobina, e que
vai alimentar não mais, unicamente, em oxigênio, as células, mas, diretamente,
em Luz vibral.
A nutrição não poderá, jamais, aportar isso, mesmo a
mais saudável e a mais selecionada, e a mais natural que seja.
Se vocês estão, aliás, atentos, liberados ou não
liberados, constatam, para inúmeros de vocês, se não é a imensa maioria de
vocês, os efeitos diretos dos alimentos.
Eu não falo, aqui, de alergias, mas eu falo do efeito
imediato que se produz em sua consciência, se vocês estão atentos a isso,
segundo o alimento que absorvem.
Não, unicamente, em sua consciência, mas, também, na
sensação de seu ventre, que se manifesta ou sob a forma de leveza, ou sob a
forma de peso, ou sob a forma de dificuldades de digestão, que se traduzem por
dores que se projetam na Porta Atração ou na Porta Visão ou, ainda, na Porta
OD.
Se vocês percebem isso quando de uma refeição, isso
significa que vocês se nutrem através da predação e não através do Espírito e,
isso, independentemente de qualquer prazer.
É nesse sentido que os jejuns preconizados pelo
Comandante dos Anciões permitiram-lhes, talvez, se vocês o fizeram, verificar,
por si mesmos, o que eu acabo de enunciar e de ver, diretamente, pelo que lhes
diz seu corpo, o efeito do alimento em vocês.
Isso, é claro, em nada prejudica uma eventual alergia
ou intolerância alimentar clássica ou habitual.
O alimento responde-lhes, seu corpo responde-lhes, seu
coração diz-lhes sim ou não.
Cabe a vocês ver o que escolhem: o prazer alimentar ou
o prazer do Espírito.
O prazer do Espírito não os priva dos alimentos, mas
ele os faz tocar a essência do alimento ou a quintessência do alimento, ou
seja, sua força prânica, sua essência e sua função não mais ao nível
fisiológico, mas sua função espiritual.
… Silêncio…
Para encerrar com os alimentos, vocês, talvez, tenham
observado que o aspecto físico dos alimentos, a cor dos alimentos, a textura
dos alimentos e o gosto, é claro, são preponderantes e amplificados, a partir
do instante em que vocês comem em consciência.
Ou seja, orar antes de comer, não para purificar o que
quer que seja, mas para conectar-se à essência dos alimentos.
Ao pôr na boca tal alimento ou tal outro alimento,
vocês constatarão, além do gosto, então, o que eu nomeei a essência ou a
quintessência do alimento e, portanto, o arquétipo ligado ao produto ingerido,
o que lhes dá acesso a informações de mesmo tipo que o que pode produzir-se com
os povos da natureza, que os informa, além do gosto, sobre os efeitos dos
alimentos.
O Arcanjo Anael havia falado dos alimentos líquidos;
hoje, mesmo através de simples legumes ou de simples frutos, é-lhes possível,
além da apetência e do prazer alimentar, ver, diretamente, ao olhar esse
alimento, o que ele produz em vocês sem, mesmo, pô-lo na boca.
Vocês podem, portanto, diretamente, absorver a
quintessência, o prana, o vibral de todo alimento, qualquer que seja, e passar,
portanto, de uma necessidade alimentar ou de um prazer alimentar ao que eu
havia nomeado, concernente aos Delfinoides do Intraterra, a refeição
ritualística que se torna uma refeição sagrada.
A refeição torna-se, então, uma forma de comunhão, de
consciência a consciência.
O alimento não é mais, unicamente, o que vai
permitir-lhes abastecer as necessidades de seu corpo, mas ele se torna a
própria alquimia da relação.
Não há diferença entre o tomate e o coração humano.
A partir do instante em que você porta esse olhar novo
sobre o alimento, você constatará, também, que uma simples folha de salada
comunica-se com você, mesmo sem comê-la.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: eu sou acompanhado, há
muito tempo, por uma luz azul muito luminosa à minha esquerda.
Quem é?
Essa luz está em relação com
minha linhagem?
Bem amado, através de sua questão, eu não posso
dizer-lhe nem quem é nem o que é.
A luz azul presente à sua esquerda situa-se ao nível
de seus olhos abertos, de seus olhos fechados?
Você vê essa luz longe de você ou próxima de você?
Porque, efetivamente, de olhos abertos ou de olhos
fechados, é-lhe possível perceber as doze Estrelas, não mais em torno da
cabeça, mas, sim, diante de seu olhar, uma ou a outra, quaisquer umas ou o
conjunto.
Elas são, efetivamente, coloridas e apresentam-se sob
a forma de pequenas esferas coloridas, que representam as doze virtudes
espirituais arquetípicas do Espírito, tais como nomeadas as doze Estrelas de
Maria.
Isso é lógico e, portanto, quando você me diz perceber
uma luz azul que o acompanha, será, simplesmente, uma das virtudes espirituais
ativas que você vê, ou será, realmente, uma Presença?
Há uma grande diferença e, portanto, eu lhe daria
minha resposta desse modo: quando há Presença, não há, unicamente, visão, há
comunhão, há troca e há revelação de uma forma, isso não permanece, jamais, sob
a forma de uma luz redonda ou cintilante.
A forma deve revelar-se e desvendar-se a você.
O que não é o caso, é claro, se você percebe,
simplesmente, uma das doze virtudes espirituais sob a forma de luz, que o
acompanha do lado esquerdo, mas que permanece muito próxima de sua cabeça.
Assim, portanto, eu espero que, através desses
elementos, a resposta seja-lhe aportada, mas não conte com ninguém mais do que
você mesmo para saber o que é essa Presença.
Eu posso apenas dar-lhe os elementos que permitem
diferenciar as duas hipóteses, mas é a você que cabe entrar em comunhão ou em
relação com essa luz.
Ou ela se revela e é percebida como uma Presença desse
seu lado, ao nível de seus campos áuricos, ou ela persiste, simplesmente, uma
luz que não lhe dá qualquer percepção ou sensação ao nível do corpo, nesse
caso, trata-se de uma das doze potencialidades espirituais, uma das Estrelas,
função Estrela ativada ao nível do que você pode ver.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: eu recebi a informação
de que meu nome de origem era Amasatum.
Você pode iluminar-me sobre essa
origem e sua especificidade?
Bem amada, se você emprega essa palavra é, necessariamente,
que você a leu em algum lugar.
Amasatum faz parte da linguagem silabaria Gina Abdul original.
Ela assinala as Mães geneticistas de Sírius.
A origem Amasatum,
eu a lembro, é comum a todo irmão e irmã humana da Terra que porta o DNA de Maria.
Não é, portanto, uma particularidade, porque podemos
dizer que cada um de vocês possui não, necessariamente, essa origem, mas, no
mínimo, uma linhagem, no mínimo, o DNA de Maria.
Eu nada mais posso dizer disso do que o que você já
leu por si mesma.
Eu a lembro, contudo, que há, efetivamente, revelação
de linhagens e de origens, mas que isso não deve mais, hoje, o que não era
válido há dois anos ou, ainda, um ano, fazê-la questionar, mas, simplesmente,
aquiescer a isso, não apropriar-se e superar, também, isso.
Do mesmo modo que lhes é solicitado atravessar o que
remonta, neste período, como sendo os últimos elementos escondidos, mantidos em
segredo, que lhes eram desconhecidos e que se evacuam ao atravessá-los.
Isso concerne tanto às suas memórias como ao que pôde,
de algum modo, permanecer enquistado, memórias ou angústias concernentes às
suas vidas ou sua vida.
Mas você não é isso.
Simplesmente, o fato de vê-las iluminadas, de ir cada
vez mais à Profundeza dá, cada vez mais, Precisão na eliminação desses engramas
que restam ao nível de suas linhas de autopredação.
Não é possível dar-lhes os comportamentos
correspondentes a cada origem estelar, mesmo se tenhamos falado um pouco disso
ontem, concernente a algumas origens estelares.
A origem estelar faz parte da gênese de sua
consciência, mas eu os lembro de que vocês são além de qualquer consciência e
que vocês são o conjunto de consciências, ao mesmo tempo.
A revelação de sua origem ou a revelação de suas
linhagens, quer ela se produza agora ou já tenha se produzido, pode,
certamente, interessá-los e questioná-los, mas, hoje, mais do que nunca,
é-lhes, também, solicitado atravessar isso em toda leveza e não fixar sua
atenção em uma nova crença, em uma nova possibilidade de funcionamento.
Permaneçam, simplesmente, humanos, o que quer que
vocês atravessem, o que quer que lhes seja revelado, vejam-no, claramente,
aquiesçam a isso e atravessem-no, também.
A nada se apeguem do que emerge como elemento, quer
seja de suas memórias, de seus traumatismos ou de suas origens ou linhagens
estelares.
Não há melhor modo, hoje, de liberar-se, si mesmo, de
tudo isso.
Mesmo se exista, em sua liberdade, a escolha
deliberada de juntar-se à sua origem ou suas linhagens, não se esqueça de que,
em definitivo, você será, também, liberada, qualquer que seja sua atribuição e
qualquer que seja a liberdade de seu futuro.
Hoje, entrar na humildade, entrar na simplicidade e
entrar no sacrifício da pessoa que você crê ser passa pelo abandono de todos os
marcadores, quaisquer que sejam, para permanecerem, o mais possível,
tranquilos, o que permite, então, aproximar-se do Coração do Coração e desse
ponto de passagem da Infinita Presença no qual, eu os lembro, não existe
qualquer visão, qualquer linhagem, qualquer origem estelar, qualquer cor ou
qualquer manifestação de consciência.
Colocar-se no Coração do Coração ou na Infinita
Presença dá-lhe a ver o que você é como Luz primordial e primeira emanação a
partir da a-consciência, o que lhe dá a certeza do que você é.
Não derive dessa certeza ao procurar explicar,
compreender com seu intelecto porque, caso contrário, você recai na
autopredação.
Você não nutre mais o Espírito, mas nutre a alma e o
corpo.
Cabe a você ver, cabe a você escolher.
Do ponto de vista do Absoluto, não existe qualquer
diferença entre o grão de areia e um Arcanjo; não existe qualquer diferença
entre um sol e a Fonte.
O apelo da Luz, neste período, e já há numerosos
meses, é para fazê-los extirpar, por abandono e sacrifício, de todas as
manifestações, mesmo as mais prestigiosas, de qualquer encarnação passada nesse
mundo ou de qualquer origem, mesmo a mais prestigiosa entre as Mães
geneticistas de Sírius.
Para o Absoluto nada há de prestigioso, há,
simplesmente, os jogos da consciência na Liberdade.
Não há mais valor no grão de areia do que em um sol,
do que em uma Mãe geneticista, há a mesma vida e não há qualquer diferença, no
ponto de vista do Absoluto.
A única diferença vem da própria consciência, em
projeção ou em manifestação.
«Procure o Reino dos Céus que está dentro de você, e o
resto ser-lhe-á dado em acréscimo.».
Cristo disse, também, e isso lhes foi repetido em
numerosas reprises, pelo Comandante dos Anciões: «O que é importante não é o
que entra em sua boca, é o que sai de sua boca.».
Cristo acrescentou, nos escritos que nada têm a ver
com os evangelhos, mas que são ligados aos evangelhos apócrifos e, em especial,
de Tomás: «Aquele que ganha é aquele que é comido e não aquele que come.».
Porque o que é comido libera sua informação em uma
estrutura dita exterior.
Ele imprime, portanto, a marca de sua informação pelo
próprio fato de ser comido.
O ganhador não é aquele que come, mas aquele que é
comido.
Isso se junta, totalmente, ao que havia sido expressado
por Mestre Philippe de Lyon, concernente ao fato de ser o menor dentre vocês –
e que se junta aos ensinamentos e ao desvendamento do que é a verdadeira
humildade – que nada tem a ver com uma atitude nem uma apresentação, mas que é,
sim, ligado, diretamente, aos mecanismos íntimos de seu funcionamento, tanto no
plano alimentar como sexual, como relacional, como espiritual.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: o que significa o fato
de ver-se nua, com cabelos muito longos que cobrem meu corpo, tendo, diante de
mim, um computador que esconde minhas partes íntimas?
Eu não estou certo de ter compreendido o que foi dito.
Você pode repetir?
Questão: o que significa o fato
de ver-se nua, com cabelos muito longos que cobrem meu corpo, tendo, diante de
mim, um computador que esconde minhas partes íntimas?
Eu continuo a nada compreender.
Eu ouvi, perfeitamente, cada palavra dessa frase, mas
eu não compreendo.
É uma visão, é um sonho?
O que significa «ver» essa imagem?
Não há, segundo as palavras escritas, símbolo.
Eu não tenho, portanto, possibilidade de explicar o
que quer que seja em relação a essa questão, porque eu não compreendo o que é
visto, em qual circunstância isso é visto.
É à noite, em sonho, é em meditação, é de modo
inesperado?
Os únicos elementos que nós podemos reter são os
cabelos que recobrem muitas coisas e não, unicamente, a cabeça, um computador
com uma tela pela metade escondida, do mesmo modo que os cabelos escondem o
corpo.
O que eu posso dizer, simplesmente, a esse irmão ou
essa irmã, bem amado, é: o que você tem, ainda a esconder?
Isso é, exatamente, o inverso do que ter imagens, por
exemplo, de alguém que se apresentaria a você pelo olhar, como na questão
anterior, com os olhos ou nu.
O corpo coberto de cabelos, assim como uma tela de
computador pela metade mascarada apenas pode significar que há elementos, tanto
em si como em seu exterior, que não foram vistos ou que recusam ser vistos.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: o que significa esse
sonho: em meu quarto, eu estava deitada no leito com aquele que você canaliza,
e nós nos abraçamos, mas sem conotação sexual.
Sua companheira estava presente,
assim como algumas pessoas.
Nós estávamos nus e em uma doce
ternura, como crianças.
Nós saímos, em seguida, ao salão
e olhávamo-nos, um pouco surpresos.
Aquele que está nu, sem conotação sexual, como você
disse, põe-se a nu.
Não há mais ninguém, no sentido «personalidade», há
verdade do Espírito, como no que eu expliquei em relação ao olhar de outro
irmão.
A nudez, aqui, não é nem sexual nem maléfica, ela
corresponde ao fato de pôr-se a nu.
Há, portanto, uma comunhão que se faz, não por esses
corpos desnudos, mas, como você o exprimiu, pela ternura de coração a coração.
Trata-se de uma forma de comunhão situada ao nível da
alma ou do Espírito.
Mesmo se os corpos estejam desnudos é, de qualquer
forma, é preciso dizê-lo, muito raro ver um Espírito tal como ele é, em sonho.
O mais frequentemente, aparecem-lhes, em seus sonhos,
mesmo se sejam simbólicos ou anunciadores do que quer que seja, os elementos
materiais que lhes são conhecidos.
Assim, portanto, a nudez, para a pessoa, corresponde
ao aspecto vergonhoso que é preciso esconder.
Para o Espírito, essa nudez não é a nudez da pessoa,
mas a nudez da personalidade que nada mais tem a esconder.
É, portanto, uma atmosfera de comunhão real, que nada
tem a ver, efetivamente, com o lado carnal nem, mesmo, com qualquer relação que
se situe ao nível da personalidade, mas, sim, uma relação ou uma ressonância de
almas ou, então, uma comunhão de Espíritos.
O cérebro, em sonho, em especial, apenas pode
puxar-lhes imagens, mesmo se seja simbólico, em relação, o mais frequentemente,
com elementos materiais, no caso, os corpos.
Mas não se trata de corpos.
O olhar dos outros, no momento em que vocês saem desse
quarto para juntar-se no salão, é apenas o olhar interrogativo daquele que não
vê além da carne.
Isso se junta, em parte, ao que eu expliquei
concernente à sexualidade e às religiões.
Aquele que está do outro lado do íntimo, ou seja, que
não está no quarto, mas no salão, está no exterior do íntimo.
Ao não ver o íntimo, ele parece estar incomodado por
esses corpos desnudos.
Aquele que penetrou seu íntimo, ou seja, o quarto para
dormir, põe-se a nu.
Não em uma ideia qualquer precisa de relação carnal,
mas, bem mais, para mostrarem-se tais como eles são além da pessoa, ou seja, na
liberdade do Espírito ou da alma revertida para o Espírito.
Do mesmo modo que eu evoquei o que inúmeros de vocês
viveram a partir do ano 2010, concernente às comunhões e às fusões que se
produzem sem qualquer contato físico, por sonho ou de modo real, à noite, nada
têm a ver com uma conotação carnal ou sexual.
Trata-se de um contato de alma a alma ou de Espírito a
Espírito ou, ainda, de Espírito a alma ou de alma a Espírito, em nada concernem
à pessoa, e transcendem, justamente, os limites da carne.
O olhar do outro apenas pode ser confundido se ele não
viveu a mesma intimidade de Espírito ou de alma no quarto.
Aliás, aquele ou aqueles que o acolhem têm-se em um
salão, enquanto você sai de um quarto.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: quando de um problema de
saúde, vários dias seguidos eu acreditei sufocar ao primeiro sopro da manha, eu
não podia mais respirar.
O que é isso?
Eu vou obrigar-me a respirar?
Bem amada, e abençoada, você falhou viver seu último
sopro e, portanto, a Liberdade.
Contudo, eu a lembro de que, quando de um retorno a
esse corpo, em especial pela manhã, pode existir, eu diria, um mau encaixe, que
dá uma espécie de sobressalto respiratório e um sentimento profundo de sufocamento,
que assinala, simplesmente, seu retorno a esse corpo.
Trata-se, portanto, ou de um retorno, ou de uma partida
fracassada.
Você vê, portanto, por si mesma que, através dessa
questão, você se inquietou por sua pessoa.
Você é essa pessoa?
Quer isso seja ligado ao seu último sopro, quer seja
ligado ao seu retorno à pessoa, isso não lhe concerne.
Através de sua questão, você pode ver, por si mesma,
certa forma de apego à sua identidade e à sua pessoa.
Deve ter havido angústia.
O fato de faltar a respiração não é ligado,
unicamente, ao último sopro ou ao retorno, mas, também, ao sentimento de ser
privada de sua liberdade original.
O sopro não é, unicamente, a respiração, é, também, o
verbo, o sopro de Vida, o sopro do Espírito.
O sopro é o que anima a vida do corpo como a vida do
Espírito.
Em um caso, trata-se do sopro respiratório, no outro
caso, trata-se do sopro do Espírito, nomeado de diferentes modos, como o
Espírito do Sol, o Coro dos Anjos, o Verbo Criador, o Impulso de Cristo.
Cabe a você definir como você se sentiu depois.
Tal como a questão é colocada, houve angústia.
Se ela fosse colocada diferentemente, sempre no mesmo
questionamento, então, haveria Verbo.
Quer seja, aliás, um retorno ou uma partida, real ou
não, nada muda.
A interrupção do sopro, a modificação do sopro com
incapacidade de respiração, é claro, além de todo quadro médico ou patológico,
faz apenas traduzir uma mudança de ritmo e uma mudança de estado.
Em ambas as causas que eu lhe dei houve, efetivamente,
mudança de estado, partida fracassada ou retorno rápido a esse corpo de carne.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: você pode iluminar-me
sobre esse sonho?
Eu estou em um lugar no qual
estou sozinha a estar na vida.
As árvores estão calcinadas, há a
fumaça por toda a parte e, aos meus pés, um grande crocodilo carbonizado.
Um imenso pássaro dourado aparece
no céu.
Ele vem até mim, eu subo em suas
costas e ele me leva.
Uma vez sobre esse pássaro
dourado, eu constato que ele se assemelha a uma tartaruga.
Bem amada, isso anuncia sua própria ressurreição que
sobrevém após o que o Comandante, de modo humorístico, havia nomeado o planeta
grelha final, ou seja, a transformação do Sol em gigante vermelho, que
reabsorve Mercúrio e libera a totalidade dos corpos de Existência que estavam,
ainda, confinados.
Isso introduz, pela irradiação emitida, uma destruição
e uma carbonização do conjunto de carnes presentes na superfície da Terra.
O fato de que você esteja viva, e que um pássaro
dourado que, tal uma fênix, vem colhê-la, anuncia sua própria ressurreição, por
destruição e transmutação de sua estrutura efêmera.
O pássaro, tal uma fênix, reencontra-se com um corpo
ou uma cabeça de tartaruga.
A tartaruga é ligada à Ressurreição, ela também.
Em inúmeras tradições asiáticas, a tartaruga é, também,
a chance e a oportunidade que você apreendeu de liberar-se, a si mesma, no
momento do planeta grelha, e viver sua eternidade.
O pássaro, como a tartaruga sobre a qual você viaja, é
seu próprio corpo de Eternidade ou de Existência.
Nesse sonho, há certeza de sua Ascensão.
O antigo está morto, o novo nasceu, ele navega para
seu destino de Eternidade, para a Liberdade.
As forças de predação, representadas, aqui, como um
réptil, um crocodilo, mais precisamente, é, ele também, carbonizado.
A cidade é uma estrutura social de organização da
sociedade patriarcal, ela também, está carbonizada.
Assim, portanto, você é liberada no momento em que
tudo será carbonizado.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: como se manifesta a
intensificação atual de «Precisão» e «Profundeza»?
Bem amado, há, se você já a percebe, a vibração dessas
duas Portas, mas, também, dessas duas Estrelas ao nível de sua cabeça.
Porte sua consciência em sua cabeça, porte sua
consciência em sua pélvis, para ver se você percebe qualquer elemento que seja,
nessas três regiões: dobra da virilha esquerda, dobra da virilha direita e
atrás e à frente da cabeça, na transversal.
Como você constatou, a Clareza está situada à
esquerda, ao nível da Estrela, a Profundeza está situada atrás e à direita.
Do mesmo modo, a Precisão, que está situada como
Estrela, à direita, reencontra-se ao nível da dobra da virilha, Profundeza
também.
Há, portanto, uma alquimia que se produz, real e
concreta, entre as Estrelas e as Portas.
As vibrações, se você as percebe, tornam-se muito
físicas, em especial ao nível das dobras da virilha.
Se você não percebe qualquer vibração, você
constatará, simplesmente, ao nível de sua consciência comum, que o que não foi
resolvido na pessoa remonta à sua consciência.
Nada pode permanecer escondido.
A Luz, em Sua presença cada vez mais intensa, vem
iluminar o que não foi visto, de maneira consciente ou inconsciente, nada muda.
Isso pode passar, portanto, por uma reminiscência ou
uma recrudescência do que parecia ter sido superado e transcendido.
Lembre-se de que não há culpa a ter, mas,
simplesmente, aquiescer e olhar o que remonta na tela de sua consciência, se
isso se produz.
Isso é, também, pela Precisão e a Profundeza, e a
Clareza, uma capacidade nova para ver os prós e os contras de todo
comportamento, de toda relação, desprovida de qualquer julgamento, vis-à-vis de si mesmo ou vis-à-vis do outro, mas que lhe dá a
ver, com mais detalhes, se posso dizer, as emoções que são engendradas, as
atividades mentais que são engendradas e as atitudes de defesa ou o reflexo de
defesa vis-à-vis desses elementos.
As modificações são apenas de ordem vibratória; como
eu acabo de dizer, elas concernem, também, ao seu comportamento habitual e ao
seu modo de posicionar-se e de reagir em sua vida comum.
A Precisão e a Profundeza põem fim à autopredação.
Há, portanto, uma forma de reorientação de sua
consciência quanto aos seus desejos, quanto às suas necessidades, quanto às
suas manifestações.
A Precisão e a Profundeza, enfim, são os dois últimos
assentos preliminares à sua Ascensão ou à sua Liberação.
A Precisão não é tão ligada à precisão das palavras
que você poderia empregar ou, mesmo, aos pensamentos que você poderia ter, mas,
bem mais, à precisão cirúrgica, se posso dizer, da própria Luz a mostrar-lhe ou
o que foi escondido, ou o que é, ainda, disfuncional na pessoa, o que mostra,
simplesmente, o que há, ainda, a ajustar, pela ação de Graça e pelo estado de
Graça da Luz em suas estruturas efêmeras.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: as ondinas manifestam-se
por numerosas rodas na água, que se amplificam?
Devido, mesmo, à forma das ondinas, a manifestação
habitual da presença delas, na água, é, efetivamente, essas rodas que parecem
amplificar-se, como se uma pedra tivesse sido lançada na água.
A forma aerodinâmica, se posso dizer, das ondinas, e
seu mecanismo de deslocamento em seu elemento aquático, ou aéreo, para algumas
das ondinas, é diretamente responsável pelo que você observa na superfície da
água.
Independentemente, portanto, de qualquer pedra
lançada, de qualquer corrente, trata-se, simplesmente, efetivamente, de
movimentos das ondinas sob a água.
… Silêncio…
Questionemos.
Não temos mais questões.
Bem amados, se vocês têm questões orais, é tempo,
agora, de formulá-las.
Questão: é um sonho: nós
passeávamos em pequeno grupo, com aquele que o canaliza e sua companheira, e
seu filho, que andava de triciclo.
Nosso amigo fez menção de ir aos
toaletes e ele se despiu, totalmente, diante de nós.
Ele dava voltas e cambalhotas.
Nós nos olhamos, pensando que ele
ficara louco.
Você pode explicar?
Ir aos toaletes é, também, um espaço íntimo, como o
quarto do sonho anterior.
Pôr-se a nu mostra, aí também, que nada há a esconder.
Para o olhar da personalidade, ter-se tornado louco é
a liberação total dos condicionamentos.
Aliás, eu o lembro de que, no que vocês nomeiam o
Tarô, o último arcano é o Louco, o Doido ou o Demente, aquele que é liberado
das forças de confinamento e que não é passível de nada concernente à sua
própria pessoa.
Há, portanto, aí também, sentimento específico daquele
que vive esse sonho, de ver a nudez preliminar à intimidade, o mesmo
significado pode ali ser aportado.
Quanto à loucura, o que é razão, aos olhos da Fonte, é
loucura para vocês.
A liberdade, sobretudo, em sonho, acompanha-se, o mais
frequentemente, do sentimento de nada ter a esconder.
A nudez de um corpo é apenas a nudez do Espírito e a
clareza do Espírito, aliás, ilustradas pelos movimentos que você descreveu, e
que correspondem, aí também, à liberdade.
O louco, aos olhos do homem, é o sábio aos olhos da
Fonte.
Não há barreiras, nem limites, nem imposições.
O fato de que haja companheira, o fato de que haja
criança assinala, simplesmente, que a relação vivida, de Espírito a Espírito,
entre esses dois seres, conduziu à criação, não na carne, mas na criação do
Espírito que, como você o vê, roda em um triciclo, ou seja, sobre três rodas.
Há, portanto, realização da Tri-Unidade.
É claro, a pessoa que vive esse sonho e que vê esse
sonho apenas pode colocar-se a questão da loucura, da nudez e da criança.
Transponha isso, não na visão da pessoa, mas na visão
do Espírito ou da alma, além do símbolo, mas, bem mais, diretamente ligado aos
arquétipos, e você recai, sensivelmente, na mesma explicação que eu dei para um
dos sonhos anteriores que me foi proposto.
Aliás, você, talvez, tenha feito parte dos dois
sonhos.
… Silêncio…
Outra questão de um irmão ou de uma irmã presente.
Questão: eu dei a uma amiga o
protocolo de liberação das memórias nas fontes do Sena...
Dado por Ramatan.
Questão:… por que a Luz levou-nos
a esse lugar para partilhar isso?
Eu responderei, simplesmente: por que não?
A água, assim como a floresta, são elementos da
natureza.
Qual explicação há necessidade de ter?
O importante não é o lugar, mas o que você viveu.
Será, sempre, a pessoa que procura o sentido simbólico
de tal lugar ou tal outro lugar.
Eu não sei, ademais, quais são as circunstâncias desse
reencontro.
Ele foi inesperado, ele foi programado?
Eu não sei bem o que é exprimido.
A reunião foi fortuita, a reunião foi programada?
O reencontro foi fortuito, o reencontro foi
programado?
Antes de responder.
Questão: o reencontro foi
programado, mas não o lugar.
Quem decidiu estar à borda desse rio?
Foram vocês que se deslocaram para encaminhar-se junto
a esse rio.
Questão: é como se tivéssemos
sido conduzidos à borda desse rio, isso não estava previsto.
A água, que flui, como foi vivido por inúmeros de
vocês, a água que flui e que se escoa, a água doce, como a água do mar, que flui
e reflui, o mesmo significado: é o momento em que há necessidade de ser lavado,
o momento no qual há necessidade de ser liberado de alguns engramas memoriais
que tocam, essencialmente, o emocional.
A água é o elemento que purifica e pacifica.
O que você quer saber de específico, uma vez que você
mesma diz ter sido guiada para esse lugar?
Eu posso apenas especificar que o agente água, o
elemento Água, através do rio, no caso, aqui, é o que, certamente, facilitou a
prática do processo de liberação memorial dado por Ramatan.
Isso pode estar em relação com a água-emoção, mas,
também, com a linhagem da Água, da qual uma de vocês seria portadora, mas eu
penso que o mais provável corresponda à facilitação da liberação memorial à
borda do elemento Água.
Qual explicação mais você deseja ter do que essa?
Questão: eu fiquei apenas
surpresa de reencontrar-me na fonte do Sena.
Isso corresponde, exatamente, ao que eu digo em
relação ao papel da água que circula entre duas ribanceiras.
É um elemento que facilita a eliminação das memórias.
A água que circula permite lavar, limpar, purificar.
Junto à água que circula, em especial a água doce,
existem correntes e fluxos de energia específicos que são induzidos,
justamente, pelo escoamento da água.
Isso remete, efetivamente, além do protocolo
praticado, a uma pacificação das emoções enterradas, a uma pacificação dos
sofrimentos vividos no passado e inscritos nas memórias memoriais, o mais
frequentemente, na parte inferior do corpo.
A surpresa não é uma, porque, a partir do instante em
que há Abandono à Luz, as coisas produzem-se naturalmente.
O que pode dar um elemento de surpresa, em um primeiro
tempo, está aí e é destinado apenas a mostrar-lhe que a Fluidez da Unidade
põe-se em movimento; a partir do instante em que você vai ao sentido da Luz, a
Luz vai ao seu sentido.
Quer você chame a isso sincronia, quer você chame
surpresa, não é uma, é, simplesmente, a Evidência da Luz, a partir do instante
em que você segue a Graça e em que a Graça penetra você.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: eu ouço, desde os anos
80, um som agudo, cristalino, bilateral, sempre igual a ele mesmo.
Mais recentemente, outro som
acrescentou-se em meu ouvido direito, um pouco mais grave.
Que são esses sons e por que não
mudam, jamais, de tonalidade?
Bem amado, o início dos anos 80 e, em especial, o ano
1984, viu nessa Terra a chegada da efusão da energia Marial de Sírius, nomeada,
também, Espírito Santo ou Shakti.
Quando a Shakti
penetra pela cabeça e começa a abrir o que foram nomeados os chacras, aparece
um som no ouvido esquerdo, em seguida, no ouvido direito.
Esse som cristalino é chamado o Nada ou canto da alma,
ele traduz a comunhão e a comunicação restabelecida com a alma pela perfuração
das bainhas isolantes dos chacras situados ao nível do sétimo e sexto chacras.
Esse som, ouvido no ouvido esquerdo, chega, em
seguida, ao nível do ouvido direito.
Há certo número de tonalidades e de sons diferentes.
O som cristalino assinala a ativação do Espírito Santo
em você e a resposta de sua alma e de seu Espírito a essa estimulação vinda de
Sírius e de Maria.
O som da alma e o som do Espírito, ouvidos à esquerda
e à direita, são os testemunhos da ativação da Coroa radiante da cabeça, mas,
também, do coração, a partir do instante em que o som aparece em outra
tonalidade sobreposta ao primeiro som, sobretudo, do lado direito, mas, também,
por vezes, do lado esquerdo.
O som cristalino é, eu diria, a quinta oitava que faz
com que o que é ouvido, que é nomeado o canto da alma, esse som faz, aliás,
parte de um trabalho específico no yoga, nomeado o Siddha yoga, e o Kriya yoga.
Esses dois yogas e outros também, é claro, trabalham
na meditação no som.
O som é, antes de tudo, o testemunho, se não há
desordem ao nível do ouvido, nem do cérebro, simplesmente, do contato
restabelecido com a alma e com o Espírito.
O canto da alma e o canto do Espírito, nomeados o
Nada, fazem parte dos Siddhas ou Siddhis, ou seja, os poderes da alma.
O som é o testemunho da ativação dos chacras
superiores, a reabertura deles, se você prefere.
Isso assinala que você recebeu a irradiação, ao mesmo
tempo, de Sírius, a irradiação do Espírito Santo, mas, também, a Graça de
Maria, que acompanha, sempre, esse som.
Esse som é ouvido por todos os despertos.
Existem sete tonalidades dele, o mais frequentemente,
cinco delas são perceptíveis.
O som o mais cristalino corresponde à ruptura da
bainha isolante, situada ao nível do corpo causal e, portanto, do chacra da
garganta.
A ampola da clariaudiência, naquele momento, reorienta
seu posicionamento e torna-se o que foi nomeado o Canal Mariano, representado
pelos chifres da deusa Hathor, no Egito, nomeado, também, os chifres celestes
ou Antakarana.
O som é, portanto, o testemunho direto da presença da
alma e do Espírito em sua consciência comum.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: o que significa o fato
de não poder apoiar-se em nenhum sonho?
Isso significa que você é liberado dos sonhos.
O sonho é uma consciência específica.
A consciência Turiya,
a a-consciência não se embaraça, jamais, com sonhos.
O sonho permite à personalidade encontrar, se posso
dizer, os marcadores de sua alma.
A ausência de sonhos ou, em todo caso, de lembranças
de sonho prova, simplesmente, a liberdade em relação aos seus próprios sonhos.
Não há, portanto, que procurar fatores perniciosos,
mas, bem mais, apreender que você não tem necessidade de viver isso para ser o
que você é.
Existem, aliás, muito numerosos sonhos.
Isso não quer dizer que você não sonhe, isso quer
dizer, simplesmente, que sua consciência não tem necessidade de ter suportes de
sonho para comutá-lo em sua vida ou para colocar-lhe questão.
O Liberado Vivo não sonha, jamais, ou quase nunca, ele
não tem necessidade disso.
Ele não tem necessidade de símbolos, ele não tem
necessidade de imagens, ele não tem necessidade de explicações.
Assim, a ausência de sonhos ou, em todo caso, de
reminiscência de sonhos não é a prova de que algo vai mal, mas que, bem ao
contrário, tudo vai bem.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: o protocolo de liberação
de memórias de Ramatan, assim como o protocolo da bênção dada, ultimamente,
podem ser uma ajuda para liberar e desligar-se das linhas de predação pessoais,
situadas em torno da esfera pélvica?
O protocolo dito de liberação memorial de Ramatan abre
os níveis os mais profundos do ser, o que permite ver e atravessar o que há a
ver.
É nesse sentido que foi chamado protocolo de liberação
memorial.
O protocolo de bênção, quanto a ele, é um pouquinho
diferente; ele pode vir completar o protocolo de liberação memorial.
Contudo, esse protocolo de liberação memorial não é
feito para tratar tal ou tal coisa, mas permite, realmente, liberar as
memórias, vê-las, atravessá-las.
Não é você que decide – nem aquele que o faz – o que
vai ser liberado.
Só o que aflora na consciência, só o que começa a ser
visto e percebido libera-se, assim, desse modo.
A bênção que foi comunicada, cujos gestos não são
idênticos, mas aproximam-se deles, exceto para a cabeça e o que é traçado sob
os pés, permite, aí também, aproximar-se da Liberdade.
Mas, eu repito, não é possível escolher, nesse
protocolo, agir sobre tal coisa ao invés de tal outra coisa.
O que estará atuante é, unicamente, o que toca a consciência.
Mas, ao colocar, então, essa questão em relação à sua
problemática, é evidente que isso está presente em sua consciência.
Convém, portanto, praticar ou fazer-se praticar esse
exercício e ver quais são as consequências e os efeitos dele.
… Silêncio…
Questão: quando o som nos ouvidos
permanece, sempre, o mesmo, o que é?
Bem amada, quando eu falei de cinco tonalidades, eu
jamais disse que era preciso passar pelas cinco tonalidades.
A fixidez do som traduz, simplesmente, a imobilidade
da alma ou do Espírito – o que é um ponto mais agradável.
O som pode ser o mesmo junto a inúmeros de vocês há
dezenas de anos.
Junto a alguns, ele pôde subir em intensidade ou em
frequência, tornar-se cada vez mais agudo.
Ele pôde chegar até o Coro dos Anjos, aí, onde cantam
milhares de anjos e instrumentos de música com cordas tocam violinos e
violoncelos aos milhares, o instrumento que se aproxima mais ao nível de sua
humanidade.
Nem a fixidez nem a associação de outro som assinala
outra coisa que não o que eu disse: a abertura para a alma e a abertura para o
Espírito, testemunhos e marcadores da ativação dos poderes ditos da alma ou do
Espírito.
Esse som é perfeitamente conhecido nos diversos yogas
e nos escritos que falam dos chacras, há muito tempo.
Se o som continua o mesmo – eu repito, não há mais
significado ou explicações que um som que se acrescenta ou que se modifica –,
você observará, contudo, que, se o som é o mesmo, ele possui, contudo,
variações de intensidade.
Essas variações de intensidade não são ligadas ao seu
humor, não são ligadas ao seu estado de espírito, mas são ligadas, diretamente,
a alguns ciclos, a algumas datas, quer seja o ciclo lunar, por exemplo, ou,
ainda, alguns eventos que se produzem no Sol.
Nos yogas que eu evoquei anteriormente, há a
possibilidade de meditar nesse som, o que permite, então, fazer bascular sua
consciência do efêmero ao Eterno.
Nesses yogas que eu exprimi, a escuta do som é um
processo de expansão de consciência.
… Silêncio…
Questionemos.
Questão: você pode explicar o que
se tornou a Arca da Aliança de que São João fala no Apocalipse, no qual é
questão de duas testemunhas e no qual a Arca volta ao final dos tempos?
Você quer, então, conhecer a posição geográfica da
Arca da Aliança.
Ela está na Etiópia.
Ela será, efetivamente, entregue às duas testemunhas,
quando de sua morte e de sua ressurreição em Jerusalém.
A Arca da Aliança é uma forma de condensador, que
ninguém pode ver nem tocar.
Trata-se de uma arma, temível.
Mas isso faz parte da história e do cenário escrito
que vocês estão, aliás, jogando.
As duas testemunhas estarão de posse, no momento
vindo, das chaves dessa Arca da Aliança.
Elas são, aliás, as duas únicas pessoas, devido à sua
história nesse mundo, a poder abrir a Arca da Aliança e liberar o escudo que
ali está presente.
Mas isso pertence ao cenário da história, mas você não
é essa história.
Entretanto, trata-se de fatos extremamente concretos e
precisos, tais como foram anunciados por São João no Apocalipse.
A Arca da Aliança está, ainda, nas mãos daquele que se
nomeia o patriarca da Etiópia, igreja ortodoxa.
A Arca da Aliança será entregue ao patriarca de
Constantinopla, que, ele mesmo, entregará as chaves e a Arca às duas
testemunhas.
O que isso aporta?
Qual é a utilidade disso?
Eu lhe coloco, por minha vez, uma questão.
É apenas para ter um
esclarecimento, eu li essa história e queria saber o que era.
Obrigado por sua resposta.
Obrigado pela sua.
… Silêncio…
Questionemos.
Nós lhes agradecemos, não temos mais questionamentos.
Em cada um de você, eu deposito a Graça.
Em cada um de nós, deposita-se o Amor.
A cada um de você, eu agradeço a Presença.
Paz a você e paz em cada um.
Poucos falaram tanto, tal como fazem estas mensagens, da imprescindibilidade da crucificação do si pessoal, no que tange a ressurreição. Em outras palavras, nunca foi dito tanto sobre a incompatibilidade do efêmero em relação ao eterno. Assim, para aqueles que conjugam desta mesma certeza, sobretudo vivida, onde me incluo plenamente, fica sempre difícil não destacar trechos correlatos, tais como estes extratos seguintes:
ResponderExcluir- Contudo, a resolução e o levantar dos véus situados ao nível desses dois primeiros centros energéticos situados sob a cintura não deixa a possibilidade de juntar-se ao coração enquanto não há sacrifício de si mesmo como pessoa, em proveito da Eternidade.
- Assim, nos mundos unificados, todo reencontro é êxtase, todo reencontro é gozo, todo reencontro não passa pelo intelecto, não passa pela carne, mas, diretamente, pelo Espírito.
- A relação a mais importante é a relação de Espírito a Espírito ou de coração a coração, que não se embaraça com qualquer consideração útil à pessoa, concernente a um reencontro situado em outros planos, outra que não aquela que é vivida, ou seja, de Espírito a Espírito.
- Quanto à loucura, o que é razão, aos olhos da Fonte, é loucura para vocês. O louco, aos olhos do homem, é o sábio aos olhos da Fonte.
- A liberdade, sobretudo, em sonho, acompanha-se, o mais frequentemente, do sentimento de nada ter a esconder.
- O som é, portanto, o testemunho direto da presença da alma e do Espírito em sua consciência comum. A fixidez do som traduz, simplesmente, a imobilidade da alma ou do Espírito – o que é um ponto mais agradável. Nem a fixidez nem a associação de outro som assinala outra coisa que não o que eu disse: a abertura para a alma e a abertura para o Espírito, testemunhos e marcadores da ativação dos poderes ditos da alma ou do Espírito. Se o som continua o mesmo – eu repito, não há mais significado ou explicações que um som que se acrescenta ou que se modifica –, você observará, contudo, que, se o som é o mesmo, ele possui, contudo, variações de intensidade.
... "Enquanto não há sacrifício de si mesmo como pessoa, em proveito da Eternidade.”
ResponderExcluirO Impessoal tem uma fala, de uma Beleza, Tranquilidade, Confiança,... Muito Especial!
rendo graças
ResponderExcluir"Hoje, entrar na humildade, entrar na simplicidade e entrar no Sacrifício da pessoa que você crê ser passa pelo abandono de todos os marcadores, quaisquer que sejam, para permanecerem, o mais possível, tranquilos, o que permite, então, aproximar-se do Coração do Coração e desse ponto de passagem da Infinita Presença no qual eu os lembro, não existe qualquer visão, qualquer linhagem, qualquer origem estelar, qualquer cor ou qualquer manifestação de consciência.
ResponderExcluir"Colocar-se no Coração do Coração ou na Infinita Presença dá-lhe a ver o que você é como Luz Primordial e primeira emanação a partir da a-consciência, o que lhe dá a certeza do que você É."