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8 de dez. de 2013

O.M. AÏVANHOV – 8 de dezembro de 2013


TRECHO PARA TODOS

Meus caros amigos, estou encantado de acolhê-los aqui esta noite.

Eu lhes proponho, para atualizar um pouco a atmosfera, começar por um espaço de Comunhão, atualizar um pouco o Fogo.

[Comunhão]

Eu aproveito desse momento para um pequeno conselho.
Seria preferível não demorar-se demasiado no que vocês já vivenciaram.
Seria, igualmente, preferível, não comparar suas vivências uns com os outros, isso, para não dar demasiado peso à bicicleta (*), não dar demasiado peso à memória.

Vamos tentar, agora que Ki-Ris-Ti está à sua Porta, permitir-lhes acolhê-Lo na Transparência, na Infância.
Isso significa que vocês devem esquecer-se de tudo o que pensam saber, tudo o que pensam ter vivido, chegar completamente novo diante da Porta.
Aliás, será necessário esquecer-se de que há uma Porta.

Se existem questões em relação ao que eu acabo de dizer, gostaria de responder.

Eu aproveito deste momento para partilhar, novamente, o Fogo com vocês.

[Comunhão]

Q: Se, efetivamente, faz-se o esforço de deixar caírem as bicicletas, nossa história, o que se conhece etc., como se vai formular a questão a partir de um estado como esse, no qual se é novo?

Não compreendo bem.
Sua questão é saber se você terá uma questão, se solta a bicicleta.
Então, é muito simples.
Primeiro, você solta a bicicleta, em seguida, você vê o que acontece.

Seu problema, de maneira geral, é que vocês querem conhecer o fim do filme enquanto estão apenas no início dele.
Vocês quereriam saber o que é acolher Ki-Ris-Ti, acolher a Luz, antes de acolher a Luz.
Isso não é possível.
Isso lhes foi dito há pouco tempo, eu creio, pelo Mestre Philippe de Lyon.

Vocês não podem saber o que é a Luz.
Vocês não podem saber o que é acolher Ki-Ris-Ti.
Vocês não podem saber o que é funcionar liberado das bicicletas, enquanto não soltaram a bicicleta, enquanto não soltaram o julgamento.
É o problema essencial em sua humanidade.
Vocês procuram, todo o tempo, compreender o que vocês estão vivendo, enquanto é muito simples: vocês o vivem.
E, imediatamente, o mental vem e cola rótulos: «o que eu vivo agora está ótimo; o que eu vivo agora é a Graça; o que eu vivo agora é o Absoluto».

Mas, se vocês colocam um rótulo, isso não pode ser a Graça não pode ser o Absoluto, é um rótulo.
É por isso que eu lhes disse para evitar as comparações, evitar contar muito o que vocês viviam, o que tinham vivido.
Não é que isso não seja importante, é, simplesmente, que, se vocês estão focados no que viveram, que foi muito bonito a um dado momento, vocês se impedem de viver o que é agora.

Portanto, para responder à sua questão, solte, você verá, efetivamente.

Eu gostaria de lembrá-los da Infância, lembrá-los de que, se querem poder acolher o que vocês são, em Verdade, devem olhar como uma criança, devem esquecer-se do que vocês sabem.
E isso é muito, muito complicado para vocês, porque vocês podem, eventualmente, simular esquecer-se, dizendo: «isso não é muito importante», mas o que acontece, assim que a Luz vem encontrá-los, assim que a Luz vem perfurá-los em algum lugar?
Vocês se dizem que isso dói, dizem-se: «como eu posso fazer para que isso não me machuque?».
Ou, então, vocês se dizem que comeram demais, dizem-se isso ou aquilo, pouco importa.

Se vocês não vivem o que lhes acontece, acolhendo, dizendo-se que é assim, que está bem aí, se vocês procuram causas e consequências, vocês as encontrarão em grande quantidade, mas, ao final, isso os fará permanecer na dualidade.
São vocês que escolhem, mas, se querem encontrar a Luz, se querem viver o Absoluto, vocês devem, primeiro, aceitar desaparecer, nós temos dito e redito isso.

Todos os testemunhos de pessoas que viveram o Absoluto dizem a mesma coisa: é muito simples, extremamente simples.
É tão simples que, uma vez que vocês estejam instalados no Absoluto, vocês se perguntam como é possível perder-se, como é possível complicar-se a vida a esse ponto.

Portanto, é um pouco a preliminar a essa semana, para poder acolher o que vem porque, se eu lhes pergunto: «quem quer acolher Cristo?», eu creio que todo mundo vai dizer-me sim.

Então, para isso, é muito simples: comecem por acolher tudo o que vem.
Não se dizendo «é a Graça que faz» ou não sei o quê, simplesmente, aceitando o que é.
Vocês nada podem viver no Aqui e Agora que seja diferente do que vem.
Ou melhor, vocês podem vivê-lo no sofrimento, ou podem vivê-lo na leveza.
É a vocês que cabe ver o que preferem.


Q: E se uma grande dor coloca-nos em uma imensa alegria?

Então, aí, é possível que seja o que foi chamada a «mordida do Fogo».
Em todo caso, se se permanece ao nível do acolhimento, está ótimo: há a dor, há a alegria, perfeito!
Não há, forçosamente, que procurar o que é preciso fazer ou a que isso corresponde, mas eu penso que, se o que vem está impregnado de uma grande dor e de uma alegria, naquele momento, você acolhe e, naquele momento, isso vai bem para você, não?

Q: Poder-se-ia dizer que acolher é estar sem pensamentos?

O problema é que os pensamentos, vocês os tem, frequentemente, em grande quantidade [para vender, como ele disse].
Se vocês estão no acolhimento sem pensamentos, está muito, muito bem.
Eu diria: é o acolhimento perfeito.
Mas, sobretudo, o que é preciso, eu diria, pôr de lado, é o hábito de discriminar, é o hábito de avaliar.
Por exemplo, vocês estão habituados, quando há a dor, a dizer que é mal, enquanto se viu, há pouco, que com a dor pode haver a Alegria, com a dor pode haver o Êxtase.

Portanto, se vocês procuram compreender, avaliar a situação, quando há dor vocês se dizem que é mal e, de fato, vocês procuram o que melhore isso e, talvez, vocês se percam do Êxtase.

Vocês vão, talvez, ter dificuldade para suprimir o pensamento «eu tenho dor», mas será que vocês vão construir algo em torno desse pensamento, será que vão construir o fato de querer encontrar a causa, o fato de querer compreender o que acontece?
Será que vocês vão querer mudar a situação?
Ou será que vocês vão, simplesmente, dizer «eu tenho dor, e daí? O que é que acontece, verdadeiramente? O que é que acontece no corpo? O que é que acontece na consciência?».
Porque, quando vocês têm dor, têm dor em algum lugar.
Há muitos outros lugares em seu corpo, há muitos outros lugares na consciência.
É preciso apenas distanciar-se um pouco.

Em todo caso, estou muito contente que tenhamos essa pequena conversa, porque vejo que, agora, vocês me acolhem cada vez melhor, cada vez mais profundamente em cada um de vocês.
E isso eu lhes agradeço, é muito bom para mim, é muito bom, também, para vocês.

Então, agora, eu os deixo por esta noite.
Recebam todo o meu Amor.

(*) O.M. Aïvanhov costuma chamar o mental de bicicleta.

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Transmitido por Ar.

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Considere esse pedido: CONTRIBUIÇÃO


3 comentários:

  1. Aproveito desse momento para um pequeno conselho. Seria preferível não demorar-se demasiado no que vocês já vivenciaram. Seria, igualmente, preferível, não comparar suas vivências uns com os outros, isso, para não dar demasiado peso à memória.

    Isso significa que vocês devem esquecer-se de tudo o que pensam saber, tudo o que pensam ter vivido, chegar completamente novo diante da Porta. Aliás, será necessário esquecer-se de que há uma Porta.

    Se vocês não vivem o que lhes acontece, acolhendo, dizendo-se que é assim, que está bem aí, se vocês procuram causas e consequências, vocês as encontrarão em grande quantidade, mas, ao final, isso os fará permanecer na dualidade.

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  2. "Eu aproveito desse momento para um pequeno conselho. Seria preferível não demorar-se demasiado no que vocês já vivenciaram.
    "Se vocês estão focados no que viveram, que foi muito bonito a um dado momento, vocês se impedem de Viver o que é Agora.

    "Vamos tentar, agora que Ki-Ris-Ti está à sua Porta, permitir-lhes Acolhê-Lo na Transparência, na Infância.
    "Eu gostaria de lembrá-los da Infância, lembrá-los de que, se querem poder acolher o que vocês São, em Verdade, devem olhar como uma criança, devem esquecer-se de que vocês sabem.

    "São vocês que escolhem, mas, se querem encontrar a Luz, se querem Viver o Absoluto, vocês devem, primeiro, aceitar Desaparecer, nós temos dito e redito isso. ...Portanto, é um pouco a preliminar a essa semana, para poder acolher o que vêm.

    "Comecem por acolher tudo o que vem. Não se dizendo "É a Graça que Faz" ou não sei o quê, simplesmente, Aceitando o que é.
    "Vocês nada podem viver no Aqui e Agora que seja diferente do que vem. Ou melhor, vocês podem vivê-lo no sofrimento, ou podem vivê-lo na leveza. É a vocês que cabe ver o que preferem.

    "Se vocês estão no Acolhimento Sem Pensamentos, está muito, muito bem. Eu diria: é o acolhimento perfeito. Mas, sobretudo, o que é preciso, eu diria, pôr de lado, é o hábito de Discriminar, é o hábito de Avaliar.
    "Eu aproveito deste momento para partilhar, novamente, o Fogo com vocês."

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  3. Amado! Você, realmente é "Fogo"!

    'Esqueci de esquecer ...
    Esqueci de Ser ...'

    "Não é que isso não seja importante, é, simplesmente, que, se vocês estão focados no que viveram, que foi muito bonito a um dado momento, vocês se impedem de viver o que é agora."

    Linda imagem do rio, que permite o fluir ...

    ..."Acolher tudo o que vem ..."

    Fantástico! Novo Momento!

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