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16 de mai. de 2012

BIDI – 2 – 16 de maio de 2012

Mensagem publicada em 17 de maio, pelo site Autres Dimensions.






Áudio da Mensagem em Francês




Link para download: clique aqui
 
 
Questão: eu ainda não cheguei a extrair minha consciência do sono de sonho. Ela continua aprisionada em vivências de minha personalidade. Que devo viver ou como fazê-lo?

Quem trabalha, enquanto você sonha?
Quando você dorme, você sabe que dorme?
Você deveria, para isso, permanecer lúcido.
Prosseguir a dissolução é, justamente, permanecer lúcido, não mais estar no sonho – o que alguns chamam Turiya – que não é o Absoluto.
Do ponto do Absoluto – se é que eu posso falar assim – o estado de vigília ou de sonho nada muda.
Eles são ilusões, tanto um como o outro.

Sua vida passa, seu corpo passa, o sonho passa, não é, portanto, eterno e, de modo algum, ligado ao eu sou.
Turiya (ou o eu sou, a Presença) é uma etapa.
É o que é construído além da personalidade, e que deve apagar-se, por desconstrução ou, antes, dissolução, no momento oportuno.

Se sua consciência, assim como você a vive, está presa nessa realidade, isso significa, simplesmente, que o momento, no sentido linear, não chegou.
No que lhe foi dito (de prosseguir um trabalho de dissolução), será que lhe foi dado um prazo?
Não.
A consciência vai viver, em seu caso, o que há a viver, para ela, antes de desaparecer.

O apego, do que você é, a alguns modelos de crença, confina-o tão seguramente como o resto.
Você conheceu o Cristo?
Você O viu ou é apenas uma crença?

Eu poderia falar-lhe de Krishna ou de Buda: será que eu os encontrei diferentemente do que por seus escritos, diferentemente do que pelas crenças deles, diferentemente do que por religiões ou através de um ideal, de uma história?
Você deve, mesmo, matar isso.
Não de maneira ativa, porque nada há a fazer desaparecer, mas, simplesmente, refutar, aí também.
Ir além disso.

Enquanto você adere ao que quer que seja outro que não o Absoluto, o Absoluto é fechado para você, porque a crença afasta-o dele.

O Cristo é Turiya.
Ele é um modelo, mas, como foi dito (mesmo por Buda): a um dado momento, você deve matar o modelo.
O único obstáculo está aí.

Há, através da adesão a uma crença, um ideal a perseguir.
Esse ideal a perseguir inscreve-o em um tempo, e o tempo parece longo.
Suprima o ideal, não haverá mais tempo.
Suprima a crença, você não terá mais necessidade de tempo.

São as crenças que impedem a dissolução, mesmo seu modelo o mais ideal, mesmo reencontrado em sonho, mesmo reencontrado de maneira mística.
Porque aqueles que o reencontram, realmente, de maneira mística, têm apenas um objetivo: fusionar, Casar-se com Ele (ou com Ela, se é outra entidade).
Daí nasce a dissolução.

Como disseram os Anciões: Comunhão, Fusão e Dissolução, nessa ordem, em Turiya.
Portanto, você não pode considerar um modelo como exterior a você.
Enquanto ele é considerado como um ideal exterior, um modelo a adquirir, você mantém a Comunhão, você impede a Fusão e, ainda mais, a Dissolução.
Aí está o obstáculo.

Esqueça-se de tudo: todos os modelos, todos os quadros, todas as crenças.
Esqueça-se, mesmo, de seu pai e de sua irmã.
É o único modo de viver a Dissolução.
Ou, então, fusione com o Cristo ou, então, fusione com seu pai ou, então, fusione com sua irmã, mas fusione com algo, a fim de que isso não tenha mais existência no que você é.

Aí, você viverá a Dissolução, mas não antes, porque há persistência da ideia de algo de exterior, que tem uma existência autônoma, no exterior de você.
Mas, como disseram, mesmo os Arcanjos: o mundo está em você.
Os Arcanjos estão em você, eu estou em você, porque você é absoluto.

Enquanto você põe uma distância em um papel ou uma função, exteriores a você (no Cristo, em seu pai, em sua irmã ou em quem você quiser), há uma distância e, portanto, não pode existir a mínima Dissolução.
Pode apenas existir a persistência de um nível.
O Absoluto não é um nível.
É simples, aí também.

Enquanto há projeção em um ideal, religioso ou outro, vocês não podem ser vocês mesmos, mesmo com o que lhes foi nomeado o Duplo.
O Duplo não é feito para ser visto, ele é feito para Dissolver-se.
É uma ajuda ao Absoluto, mas não é uma finalidade, porque os dois são os mesmos.

Nada projete ao exterior.
O que você É não deve ser projetado: já está em você (mesmo o Cristo, mesmo seu pai).
Nada há de exterior ao que você É.
O que é exterior é uma simples projeção da consciência, um sonho, assim como o estado de vigília.

Se você aceita isso, a Dissolução é obtida, porque ela sempre esteve aí.
É, simplesmente, seu olhar, seu modo de ver, seu ponto de vista, oriundo de suas crenças ou de suas emoções.
Nada mais há do que isso.
É o único obstáculo.

Questão: eu vivo estados caóticos. A refutação permite-me tomar uma distância, mas o mental, as emoções e a vontade continuam muito presentes. Como pedir a ajuda das Estrelas, dos Anciões ou dos Arcanjos sem fazer deles salvadores exteriores? Como estar em Comunhão com eles sem que isso seja uma projeção de meu mental?

É preciso, primeiro, que você aceite que não há personalidade, que nada há de exterior.
Quem é que tem necessidade de ajuda, se não é, como você disse, a personalidade, que tem necessidade de um salvador?
Mas, a partir do momento em que não há personalidade, quem haveria a salvar?
Quem haveria a ajudar?
Mude de visão, uma vez que tudo já está em você, absolutamente tudo.

Aí também, não imagine o que quer que seja de exterior a você, criando uma distância, ainda maior, entre o que você É e o que se projeta.
O caos é um muito bom sinal, porque o caos assinala uma reorganização, além de qualquer ordem, na Liberdade.

A aparência da personalidade passa por sua própria morte.
A Luz Dissolve a personalidade, que não tem qualquer existência.
Não dê peso ao que não existe.
Você não é nem seu mental, nem essa personalidade.
Você crê neles.
Aí está o problema.

Como testemunha da refutação, você apreende, perfeitamente, de onde vêm as queixas.
Como essas queixas podem ser atuantes, mesmo vendo-as, se você não dá a elas seu acordo?
E esse acordo vem da incapacidade temporária de não ser isso.

Há uma culpa.
Qual é essa culpa?
Aquela do mal fazer, aquela do mal-estar, atribuída a causas exteriores, a uma causalidade, a eventos ocorridos.
Porque, através disso, o que se exprime?
O sentimento (eu digo, efetivamente, sentimento, porque isso não é verdadeiro) de solidão.
A necessidade de completude.
A busca, no exterior, de uma completude, para pôr fim a uma solidão que não existe.
É a personalidade que o leva, através de seus problemas, a crer que você está só.
As emoções e os sentimentos que sobem, olhados pelo que eles são: algo que passa e que não é você.

Não confunda a refutação com o fato de não vê-los.
Refutar conduz a ver as coisas e os elementos, tal como eles são, mas não a não mais vê-los.

Observe, pacientemente, que, frequentemente, você se serve da refutação, justamente, para não ver.
Se você aceita isso, a personalidade terá menos peso, o mental, ainda menos.
É o mental que o faz crer que há solidão, que há isolamento, que é preciso buscar no exterior.

Mesmo o Duplo está em você, caso contrário, como poderia ele existir no Cristo ou no que quer que fosse outro?

Há apenas o Absoluto.
Não se deixe desencorajar pelo que lhe dita o mental, pelo que ele o faz crer.
Ele desejaria que você fosse essa personalidade que sofre, que falta, que está isolada.
Isso não é verdade.

A abundância sempre esteve aí, tudo sempre esteve aí.
Não creia no que lhe dizem as emoções e os sentimentos.
Não se desvie deles, mas aceite vê-los: eles estão aí, mas isso não é você.

Refutar não é negá-los.
Você nada é do que passa.
Você pode estar seguro e certo de que, quando algo passa (como um humor ou um sentimento), isso não é você, mas é secretado por esse saco de alimento ou por sua própria história, por suas próprias feridas.
Mas suas feridas não são as suas, mesmo se elas lhe são próprias.
Elas se inscrevem em outra coisa que não o que você É, justamente, nessa personalidade, justamente, nesse mental.

Se você se tem tranquilo, sem pedir uma ajuda, sem projetar uma ajuda, sem imaginar que o que quer que seja possa vir do exterior, se você se inclina ao que você É, no Interior, você vai aperceber-se de que todos os seus recursos estão aí, e não dependem nem do peso de uma ferida (real ou suposta), nem de qualquer falta, nem de qualquer ajuda exterior.

Compreenda e apreenda que, já, tudo está em você, sem qualquer exceção.
Você não é repleto de sofrimento, de sentimentos e de emoções.
Você é repleto por nada mais do que o que você É: Absoluto.
Você é a fonte de si mesmo.

Não há amor exterior.
Seja Amor.
Não se coloque a questão de seu passado, de suas feridas, de suas faltas: eles não existem.
E a ajuda já está aí, porque ela não tem que vir: ela já está instalada.
Deixe desenrolar-se o que desenrola.
Deixe desenrolar-se.
Você não é o que se desenrola.
Permaneça ao centro, sem pedir e sem projetar, sem vai-e-vem, imóvel, aí onde, de momento, tudo lhe parece vazio, e você verá que é apenas um olhar do ego, porque, na realidade, é aí que está o Absoluto: o pleno.

Mas, para isso, aceite ver esses sentimentos, essas impressões, essas emoções, esse sentimento de vazio.
Veja-os, mas não os reconheça: eles não lhe pertencem.

É muito simples, mas, é claro, a personalidade não quer o simples.
Ela vislumbra orações, pedidos, súplicas, porque ela tem medo de ser insignificante.
E ela o é.
Portanto, ela não tem que ter medo do que ela é.

Você não é insignificante.
Tudo o que você É é significante, além de todo sentido e de toda significação desse mundo.
Você é a Eternidade.

Questão: a experiência e a escolha de vida que se faz podem levar-nos para o Absoluto, mesmo se não sejamos o que se faz?

Não.
O Absoluto não depende de escolha alguma, de vida alguma, de realidade alguma desse mundo.
O Absoluto é o mesmo, seja na cruz do Cristo como na criança que morre de fome, como no velho que morre de velhice, ou como aquele que morre com uma bala.
Não há qualquer diferença.

Crer que haja circunstâncias dessa personalidade, precisas (de caminho espiritual ou outra) que favoreça a consumação, se é que se possa falar assim, o estabelecimento do Absoluto, é um erro.

Crer que, porque se estará ao abrigo de todas as necessidades (afetiva, financeira, moral, familiar, social) vai bastar para ser Absoluto, é um dramático erro.

O Absoluto não depende de qualquer condição desse mundo.
É um engano.
Apenas a personalidade é que pode ser satisfeita no fato de nada faltar (dinheiro, afeto).
O Absoluto não se importa com tudo isso.

Não há qualquer idade, qualquer condição, qualquer carma, qualquer situação que se oponha ao Absoluto, a não ser vocês mesmos, através de justificações, de álibis (que não se mantêm), de histórias espirituais (que não se mantêm), de medos escondidos, de evidências escondidas.
Não há caminho para o Absoluto, nenhum.
Não há qualquer meio de aproximar-se do Absoluto por qualquer circunstância de vida.

O Si pode dar-lhes a aparência, mas, mesmo Abandono do Si é necessário e indispensável.
Eu diria, mesmo, que, ao limite, seria muito mais fácil para aquele que não têm resistência, ou seja, aquele cujo corpo se vai, cujas posses se vão, tem mais chance de desvendar o Absoluto.

Há alguns países nos quais seres abandonaram tudo e, jamais, nada encontraram.
Há países nos quais seres jamais nada pediram e, no entanto, eles são Absoluto.
Não vejam isso como um progresso.
Não veja isso como algo que facilite ou evite.
Isso não é verdade.

Só o mental pode crer nisso: que há circunstâncias favorecedoras.
Isso é falso.
Só o Abandono do Si, a mudança de olhar e de perspectiva, o não apego realizam a Verdade do Absoluto, que sempre esteve aí.

Crer que há uma distância cria a distância.
Crer que há um caminho cria um caminho.
Crer que há indignidade torna-os indignos.
Supor que isso está longe, torna-o longe.
É, no entanto, aí também, extremamente simples: nada suponham, nada aceitem.
Deixem todo o lugar.
Desapareçam.

Enquanto vocês creem existir, através de um apego, de uma procura, de uma emoção, vocês se afastam do Absoluto.
Ele sempre esteve aí, ele jamais se moveu: vocês é que se moveram.
Vocês é que estão afastados, nessa personalidade, na ilusão, no Si.

Quando nós dizemos para ficarem tranquilos e nada fazer, ocupem-se de sua personalidade, se quiserem (para melhorá-la, acalmá-la), mas vocês não são ela.
Vivam o Samadhi, se isso lhes dá prazer, mas vocês não são isso, tampouco.

Através de minhas palavras, espero que vocês apreendam, um pouco mais, o que é a refutação: nem isso, nem aquilo.
O que é que os impede de praticar?
O que é que os impede de implementar?
O que é que os faz crer que seja um jogo mental?
O que é que lhes diz que é estúpido?
Coloquem-se a questão.
Se não é seu próprio ego, seu próprio mental que vai dizer-lhes, o tempo todo, que «isso não é verdade», que «isso não existe», que «isso não é possível», que «é demasiado simples, demasiado fácil».

Refutem, e vocês verão.
Realizem sua investigação, mas não busquem a ação/reação desse mundo: ela é sem fim.
Não busquem causa, em definitivo, ao que jamais teve causa.
Não há início.
Não há fim.
É uma ilusão total.

Vocês são Eternos, Eternidade, Eternos: sempre presentes.
Todo o resto são apenas acessórios, piruetas, espetáculos e trapaças.
Vocês querem brincar de ser um trapaceiro ou querem ser Verdadeiros e Transparentes?
Vocês querem ser uma Alegria que não desaparece, jamais, um contentamento que não é função de circunstâncias, de seus amores ou de seus desamores, de seu dinheiro ou de não seu dinheiro, de um teto ou de não teto?

Vocês não têm qualquer necessidade de prever, porque sua vida desenrolar-se-á do melhor dos modos, sem qualquer obstáculo, no Absoluto.
Aí está a única causa dos sofrimentos aparentes, das faltas aparentes, das feridas aparentes, das doenças.
Não há outra.

Se vocês deixassem esse saco de alimento evoluir por si mesmo, mantendo-o, sem colocarem-se questões, seria ótimo.
Do nascimento à morte, ele viveria o que ele tem a viver.
É porque vocês são identificados a ele que ele está doente, que ele está mal e sofrendo, de outro modo, não há qualquer razão válida para ser alterado.

Tentem isso: refutem esse corpo e vocês verão que ele ficará perfeitamente bem.
Porque o ego vai fazê-los crer que refutar é renegar, é rejeitar: é falso.
É isso que lhes diz seu mental, sem parar.
É apenas isso que os impede de praticar a refutação ou, então, de fazê-los vislumbrá-la sob um lado malicioso: «tudo é ilusão», e rir, mas não com o verdadeiro riso, daquele da ilusão que zomba.

Não há outro obstáculo que não vocês mesmos.
O Absoluto não tem necessidade de vocês.
Ele é o que vocês São.
Apreendam isso.
Todo o problema é apenas uma questão de colocação, de ponto de vista, como eu disse: é um erro de ponto de vista, um erro de visão.
É uma visão que está sujeita à sua história, às suas afeições, às suas emoções, ao seu mental, a tudo o que é ilusório.

Superem essa visão.
Vocês não são o que veem.
Nada há a ver, nesse nível.
Se vocês fazem silêncio de tudo isso, constatarão, com surpresa, que o Absoluto já está aí.
Ele não tem que aparecer, exceto para a personalidade que se vai.
Aí está a Dissolução.
Aí está a facilidade.
É sair da complexidade.
Sair da dificuldade.
Sair do conhecimento, o falso, aquele que depende de uma aquisição, de uma crença, de uma reflexão, de uma suposição.

O Absoluto é conhecimento.
Ele faz de vocês um Liberado.
Não o conhecimento da personalidade, que não os liberará, jamais, que os confinará, cada vez mais, na ação/reação, no sofrimento, na dor.

Sejam Livres.
Ousem ser Livres.
O que é que os impede disso?
É claro, há regras e leis que se aplicam a esse mundo, mas vocês não São isso.
Vocês são a Absoluta felicidade da Luz Eterna do Amor.
Nada mais e nada menos.
É só que vocês acreditaram em sua personalidade, em seu papel, nessa vida, em seu início e nesse fim.

Questão: tendo feito a experiência da Onda de Vida, você pode dizer-me se há muitas cascas de cebola a retirar para chegar ao Absoluto?

Mas se você retira todas as cascas e todas as camadas da cebola, o que é que resta?
Nada.
Nada há a retirar.
Há apenas a ver, a refutar.
Refutar é nada retirar; é aceitar o Absoluto, inclusive, inteiramente.
Ele nada exclui, mas, simplesmente, a ilusão é vista pelo que ela é: uma ilusão.

Se a Onda de Vida está aí, não se ocupe de nada, nada faça, fique tranquilo, sobretudo, de nada se ocupe.
Você será, sempre, muito mais complicado do que a Onda de Vida.
Você será, mesmo, ridículo, em relação à ação da Onda de Vida.
Torne-se, simplesmente, essa Onda de Vida, é tudo.
Nada mais procure.
Não se coloque a questão de outra coisa.
Refute o que chega e você verá, por si mesmo, que nada mais chega.
É a Liberação.
É a Liberdade.

Nada há a imaginar trabalhar.
Há, simplesmente, que aceitar o que se manifesta, o que emerge, o que sai.
Mas não vá procurar por si mesmo, caso contrário, você mantém a dualidade e desvia-se da Onda de Vida.

Crer que haja algo a purificar, algo a desembaraçar-se é uma ilusão, aí também.
Aceitar isso é não mais ser a personalidade: é deixar trabalhar a Onda de Vida, inteiramente.
É não ser afetado, é não crer que haja um trabalho, é não imaginar ou supor que haja camadas de Sombra.
É superar todas essas noções de crer que haja uma pacificação a realizar, que haja um trabalho a efetuar, que haja uma purificação do ego ou um alívio do ego ou do Si.
É sair de todos esses jogos estéreis, de todas essas trapaças espirituais, justamente.

Vocês são Liberados porque a Onda de Vida foi Liberada.
Não se preocupem mais com todas essas sombras, elas não existem.
Não deem a elas mais peso e consistência.
Mudem de olhar.
Nada há de bem, nada de mal, há apenas o Absoluto, Luz, amor, Verdade.
Todo o resto são apenas fantasmas mórbidos.
Cabe a vocês decidir.

Vocês acreditam nesse saco de alimento?
Vocês acreditam nessas feridas?
Vocês acreditam nessa história?
Vocês acreditam nesses sofrimentos, nessas perdas, nessas faltas ou vocês são, realmente, Absolutos?
Mostrem-no.
Provem-no.
Mas prová-lo não é uma ação, ainda menos, uma demonstração, porque é o que vocês São, todos.
Não adira mais aos seus próprios pesos: eles não existem.
Não há outra solução, não há outra Verdade, fora a última.

E, se vocês têm sede de experiências, então, façam suas experiências, no Si ou na pessoa.
Cabe a vocês ver, além, simplesmente, do desejo, além, mesmo, da necessidade.
Vocês ficam na aparência e na falta ou entregam-se ao que vocês São, essa plenitude absoluta, na qual não pode existir qualquer medo e qualquer falta.
Cabe a vocês ver.

Questão: vocês irão para onde os leva sua Vibração, nada façam e fiquem tranquilos, são as indicações que eu recebo no momento, com certa compreensão, e que se tornam cada vez mais confusas. A dúvida e a confusão manifestam-se, invariavelmente. Como eu faço a sabotagem?

Porque você dá credito a ele.
Você o deixa jogar.
Você o autoriza a jogar.
Você o autoriza a interrogar-se.
Você o autoriza a duvidar.

Será que você É isso?
Qual conclusão?
Nas frases que você enunciou, é muito simples.
Você irá para onde a leva sua Vibração.
Sua Vibração leva-a, portanto, a estabelecer-se em algo.
Há, portanto, um deslocamento, que vocês nomearam Ascensão.

O Absoluto não é Vibração.
Isso quer dizer que vocês não irão a lugar algum, uma vez que vocês ali já estão.
A confusão vem saí.

Para o eu, não há problema: ele desaparece, totalmente, no que está aí.
Isso nada muda, quer o desaparecimento do eu seja o fato da morte do saco de alimento ou da morte do mundo: é a mesma coisa.
Se vocês veem uma diferença nisso, é que vocês estão inseridos nesse mundo e estão apegados a esse mundo, que é projeção e Maya, ilusão.
Caso contrário, isso não deve colocar-lhes qualquer problema, qualquer busca, qualquer apreensão para ninguém.
O que se coloca problema e que tem uma apreensão é o ego, que duvida, que existe apenas pelo mundo, apenas pela projeção na ilusão.

A Vibração é a certeza de ir para onde ela os porta, no Si, no que são nomeadas Dimensões, planetas, sistemas.
Aquele que supera a Vibração é Absoluto, aqui mesmo, nessa forma.
Não há princípio de encarnação que se tenha e que seja limitante, exceto para aquele que está no ego e que nele crê.
A confusão vem daí.
É o mental que cria a confusão.

A partir do instante em que você procura compreender frases como essas, sem vivê-las, é claro que isso permanece mental.
Para nada serve lê-las, se não são vividas.
Vocês não encontrarão nisso qualquer satisfação.

Da mesma forma, eu encorajo aqueles que quiserem ler-me ou escutar-me, em outros lugares que não aqui, que parem, imediatamente, porque isso para nada serve, para seu ego, para seu mental, para seu Si.
Só o Absoluto interessa-me.

Se o Absoluto não lhes interessa, então, passem seu caminho.
Fiquem Livres de crer ou de ser o que quiserem, mas, se minhas palavras incomodam-nos, se minha voz incomoda-os, então, vocês estão no bom caminho.
Se vocês nada compreendem, então, é perfeito.
Se todos seus marcadores despedaçam-se, é mais do que perfeito: o fruto está maduro.

Mas não se cansem de ler ou escutar o que os perturba, a menos que o masoquismo seja uma parte de sua personalidade.
O que eu digo não interessa a todo o mundo, é claro e, ainda menos, àqueles que ainda estão submissos à fraude espiritual ou aos dogmas da personalidade ou ao espelhamento do Si.

Eu me dirijo apenas àqueles que aceitam nada mais compreender, porque o que eu digo apenas pode ser vivido.
Compreender para nada serve.

Questão: se para nada serve colocar-se mais questões, então, diga-me, exatamente, o que devo ouvir.

Por que você quereria ouvir algo?
Eu jamais disse ouvir, eu disse escutar.
O ouvir vem depois.
Você subentende, com isso, que lhe falta algo, que você não teria ouvido.
A única coisa que você não pode ouvir é a si mesmo.
Você pode ouvir-se falar, mas você ouviu o que você É?
Ou você crê Ser o que lhe aparece, nessa forma, nesse corpo, nessa vida?

Nada há a ouvir, assim como nada há a esperar, nem a compreender.
O Ser passa de toda compreensão, de toda espera.
A única coisa a ouvir, eventualmente, é o Som, esse Som primordial, que traduz, de algum modo, em sua Consciência, além da Unidade, o retorno ao Absoluto que você É, de toda a Eternidade.
Nisso, não é preciso mais escutar o que quer que lhe diga sua cabeça, o que quer que lhe diga uma autoridade exterior, mesmo a minha, que não tem mais autoridade, como a sua, como você.

É preciso reaprender a escutar e, para isso, nada é preciso ouvir, nem confiar em outra coisa que não no Silêncio, e no Som Final, que traduz, em você, o que se revela e se desvenda e que, de fato, sempre esteve aí.
Portanto, eu nada tenho a fazê-lo ouvir porque, mesmo o que eu lhe digo, mesmo o que eu digo a você é, simplesmente, destinado a voltá-lo para Você, e absolutamente nada mais.

Enquanto existe uma vontade de compreender ou de ouvir o que quer que seja, isso demonstra, simplesmente, que a Atenção e a consciência estão voltadas para o exterior, tentando ali encontrar algo a ouvir e a compreender.
Aquele que compreende é, sempre, aquele que é efêmero.
Aquele que quer compreender é, sempre, o que é, ainda mais, efêmero.

O que você É não é uma compreensão.
O que você É é, de toda Eternidade, a partir do instante em que você concebe e percebe, além de toda concepção e de toda percepção, de maneira direta, de maneira instintiva (no sentido o mais elevado), o que você É.

Portanto, você nada tem a ouvir.
Há apenas a Ser, além do Ser, além da vontade, além de todo sentido, além das Vibrações que lhe são perceptíveis, além de toda espera.
A partir do instante em que você se torna capaz de fazer esse Silêncio de tudo o que não é esse Som, então, naquele momento, a Verdade explode além de toda verdade dividida e fragmentária.
O testemunho disso – mas não o testemunho de si mesmo – é, simplesmente, uma manifestação, além de toda manifestação, da qual nada pode ser dito, da qual o Contentamento e o Êxtase são a abordagem: reflexo e testemunho incompletos, que assinalam o retorno à sua Eternidade, à sua Imortalidade, à sua origem à frente da Fonte.

A partir desse instante, nada mais há a ouvir, nada mais há a compreender e, ainda menos, a esperar, porque você chegou onde jamais partiu: você saiu, definitivamente, de Maya.
O que lhe dá o Maya a viver, a experimentar, faz-se sem a intervenção do que você se tornou: o não Ser.
A Consciência não pode ser tocada pelo que quer que seja, o que se traduz, a partir desse instante, pela não Consciência e o não Ser.
Agora, contudo, um corpo ilusório, um espírito ilusório, que lhe dá, simplesmente, a testemunhar esse não Ser, pela presença desse corpo, pela presença desses pensamentos que são o eu você É, mas um reflexo.
Sendo refletido, você dá a ver, dá a perceber – àqueles que não o são, revelados, naquele instante – uma imagem.
Essa imagem torna-se como transparente, não podendo, de modo algum, ser apreendida por aquele que olha através dos sentidos comuns, que dão um sentimento de estranheza.
E, além disso, que desembocam em uma interrogação, em uma recusa ou, em todo caso, na perda de um equilíbrio precário, para aquele que está instalado na personalidade ou no Si.

Naquele momento, o trabalho (que se faz sem trabalho), a alquimia que se realiza é engajada, independentemente de qualquer vontade, dessa aparência que você dá a ver, desse testemunho que você dá, simplesmente, pela irradiação do não Ser nesse mundo, nessa ilusão.
Assim, portanto, a partir desse instante, você pode viver o Absoluto, ao mesmo tempo mantendo essa forma.

O único interesse – se é que se possa falar assim – é dar a ver àquele que não o é (através do incômodo, através do Amor, através de uma mudança de equilíbrio, qualquer que seja), a possibilidade de colocar-se a questão, mesmo negando o que você se tornou no não Ser.
A partir desse instante, o Absoluto permite àquele que é Não Absoluto, instalado no efêmero, ser perturbado, em todos os sentidos do termo, trabalhando, nele, de maneira silenciosa, pela recusa, pelo Amor ou por qualquer outra coisa, levando-o a trasladar a consciência dele a outro lugar, a colocar-se a questão, mesmo, de quem está Consciente, de quem observa e de quem recusa o que é mostrado, dado a ver.

Nada há, portanto, a ouvir, mas é o próprio princípio da escuta que permite conectar, de maneira silenciosa e invisível, além de toda Vibração, comunicar, de algum modo, elementos do incomunicável.
O melhor modo de escutar isso e, talvez, de ouvir, é fazer o Silêncio de todos os sentidos, de todo desejo, de toda compreensão, de todo Ser.
O que há a reter e o que é o mais importante é, justamente, o que é perturbado.
Aquele que é perturbado tem mais chance de comunicar-se com o Absoluto.
Essa comunicação não é uma comunicação, nem uma relação: é uma interrogação e, sobretudo, o fato de ser perturbado.
Não há outro modo de mover as certezas ilusórias do ego.
Não há outro modo que não refutar, na partida, o próprio Absoluto, para ver que, finalmente, através da refutação dos outros elementos, pode restar, justamente, apenas o que foi refutado desde o início.

O Absoluto não é nem percepção, nem Vibração, nem conceito.
Ele nada é do que é conhecido.
Em face do desconhecido, qual é a reação daquele que crê conhecer-se, no eu ou no Si?
É a recusa, é a própria negação do que lhe é apresentado, dado a escutar.
Desse princípio de não compreensão e de interrogação decorre toda a sequência.

O Absoluto não pode ser conceituado, de maneira alguma, ele não pode ser aproximado, de maneira alguma, pelo que é conhecido, pela inteligência, pelos sentidos, pela Vibração ou por não importa o que mais.
É, portanto, justamente, esse aspecto perturbador que desloca um equilíbrio precário, que vai permitir, geralmente, perceber esse Absoluto que sempre foi, que é, sempre, e que será, sempre, o que quer que se torne esse mundo, o que quer que se torne esse corpo, o que quer que se torne esse pensamento.
Aí está a única Verdade.
Ela é a Última Verdade, Absoluta, Total.

Questão: eu sinto que a Onda de Vida refluiu em mim. Isso se acompanhou de uma diminuição da distância que eu tinha em relação à hiperatividade do mental e às emoções. Eu tenho algo a refutar ou a procurar em mim?

O que é que pode refluir?
Eu não compreendi o sentido dessa palavra.
Um fluxo não pode refluir, no que concerne a isso.
Um refluxo significa um movimento inverso.
O que subiu não pode voltar a descer ou, então, não subiu.
Isso não se chama um refluxo.

A partir do instante em que o mental, o eu ou, mesmo, o Si, porta sua consciência – aquela do eu ou aquela do Si – sobre a Onda de Vida e deseja o que quer que seja, ela para.

Você não pode possuir a Onda de Vida, você não pode desejá-la, senão, não há refluxo, há uma parada, porque, naquele momento, o que quis agarrar-se, apropriar-se da Onda de Vida nada mais é do que a personalidade.

A Onda de Vida evolui: ela sobe, sem qualquer intervenção da pessoa.
A intervenção da pessoa a faz parar.
Os medos e as dúvidas a fazem parar.
O desejo não pode fazê-la reaparecer e voltar a subir.
Aí está o sentido das palavras que foram empregadas: ficar tranquilo e nada fazer, porque toda ação sobre a Onda de Vida que nasce aos pés do Guru (ou seja, seus próprios pés, o Sat-Gourou) traduz-se, para você e a Onda de Vida, como um desejo de agarrar-se, de apropriar-se.

Toda apropriação, qualquer que seja, apenas faz desaparecer a Onda de Vida.
Do mesmo modo que existem barreiras, tudo o que é dúvida, tudo o que é medo, tudo o que é medo de perder o eu traduz-se pela parada da Onda de Vida.

Nenhuma culpa, nenhuma responsabilidade a manifestar: simplesmente, aí também, estar consciente disso, estar lúcido disso, aceitá-lo, mesmo, e a Onda de Vida renascerá e voltará a subir.
Ela não pode refluir, porque sua natureza é de subir e não de voltar a descer.

Não pode existir refluxo, existe, simplesmente, um defeito de alimentação, que se produz a partir do instante em que o eu intervém.

A Onda de Vida não é um eu, ainda menos uma máscara.
É o Final.
É restabelecer o que havia sido perdido: o Absoluto.

É preciso, portanto, fazer cessar toda noção de busca, toda noção de caminho, toda noção de algo a obter ou a possuir.
É isso que é preciso fazer desaparecer do consciente, tanto no eu como no Si.

A Onda de Vida não necessita de qualquer atenção.
Vocês podem facilitar, mas não desejar.
Vocês podem permitir, mas não pedir.
O pedido ou o desejo faz apenas traduzir uma vontade do ego.

O que deve calar-se, desaparecer da dianteira da cena é o ator.
Não há ator.
A um dado momento, mesmo o espectador torna-se incômodo, porque o espectador vai perturbar o que se desenrola.
E o que se desenrola, de que a Onda de Vida é o testemunho, é o desaparecimento da pessoa, o desaparecimento do indivíduo.
O Absoluto toma todo o lugar, é claro, ao nível do ego ou da pessoa.

Isso não é um sentimento que toca de leve, mas, efetivamente, um sentimento de desaparecimento, o que é intolerável para aquele que é apegado à sua forma, ao seu mental, à sua percepção.

O fluxo renascerá, porque é inexorável, no momento em que vocês não tiverem mais eu, no momento em que não puderem mais manifestar o que quer que seja desse saco de alimento, porque ele não existirá mais, porque o mundo não existirá mais para a consciência.

Portanto, não se coloque a questão de por quê ela parou, porque isso vai, também, pôr ainda mais distância à Onda de Vida e ao seu Absoluto.

Você pode, também, agir não no Absoluto e na Onda de Vida, mas, diretamente, nas dúvidas e nos medos.
Isso não quer dizer procurar porque há essa dúvida, porque há esse medo, porque o porquê inscreve-se em sua história, na adesão à sua história.
É preciso, simplesmente, olhar, com objetividade, de frente, aceitar que há dúvida e medo, aceitar que você não é nem essa dúvida nem esse medo, nem essa pessoa.

É o princípio da investigação e da refutação.
Naquele momento, você não tem que se colocar a questão da Onda de Vida, uma vez que ela sempre esteve aí.
Ela não se interrompe, exceto para a consciência, a consciência que impediu sua própria Liberação.

A consciência é, em definitivo, mesmo no Eu Sou ou no Eu Sou Um, o elemento que freia porque, no Eu Sou, há, ainda, uma identidade, há, ainda, um indivíduo, mesmo se ele não seja mais separado, mas ele não está integrado.
Se você aceita isso, não vale a pena ir procurar a causa desse medo, dessa dúvida, mas, efetivamente, olhar isso e aceitá-lo, para transcendê-lo, porque o próprio eu, em sua totalidade, mesmo se ele afirma o inverso, é apenas construído pelo medo.

A partir do instante em que você não procura causa, a partir do instante em que você não procura explicação e, ainda menos, compreensão, simplesmente, ser o observador ou a testemunha, isso basta para a identificação, para o reconhecimento desse medo, dessa dúvida.
A partir desse instante, você não volta mais sua consciência, seu eu, para a Onda de Vida, e ela renasce.

Como lhes foi dito, estritamente, nada há a fazer para a Onda de Vida.
Há a fazer ao nível do que faz, ou seja, esse corpo, esses pensamentos.
Mas a finalidade não deve ser a Onda de Vida, caso contrário, ela não nascerá, jamais, ou não renascerá, jamais.

A Onda de Vida não tem necessidade do eu nem do Si, porque a Onda de vida lança-se e atravessa o corpo a partir do instante em que não existe qualquer resistência ao Absoluto.
Você nada pode fazer para isso enquanto o eu está presente, enquanto o Si está presente, porque tanto o eu como o Si sempre quiseram controlar e dominar, o que é impossível para a Onda de Vida.

Há, aí, uma mudança de atitude, uma mudança de olhar, uma mudança de consciência, que não pode ser nem concebida nem aceita pelo eu ou pelo Si.
Se você integra isso, se o aceita, então, a Onda de Vida renascerá, mas não antes.

O que se afastou não é a Onda de Vida, é você.
Apreenda isso, e tudo irá bem, porque tudo está bem.
A distância não existirá mais para o eu, porque o eu apagar-se-á por si mesmo.
Não o nutra, não nutra as dúvidas e os medos, reconheça-os, simplesmente.
O eu tem sempre tendência a considerar que os medos e as dúvidas fazem parte do que ele é, mas você não é esse eu, você não é essa dúvida e esses medos.
Você nada é do que passa e atravessa-o.
Fique tranquilo.

Questão: a Alegria, o jogo, as cores, ressonâncias de minha Criança Divina permitem-me acolher as experiências na suavidade, com o Coração. Mas uma resistência física assinala um bloqueio, uma memória em relação ao meu divórcio, O eu tenho a refutar?

Mas a própria expressão: «memória», «meu divórcio», prova que você está identificada a isso.

Quem se divorciou, se não é o Eu?
Será que o que se tem imóvel divorcia-se, um dia, do que quer que seja?
O sofrimento exprimido é apenas o reflexo do ego, dessa famosa memória que lhe mostra e demonstra-lhe que, quaisquer que sejam as alegrias da Criança Interior, você permanece, aí também, visceralmente apegada à sua história.
É isso que cria o sofrimento.

A justificação da Criança Interior, das cores, da Alegria e do jogo é alterada por quê?
Você mesma o diz: porque você deu uma consistência ao que é efêmero e, portanto, assim, cristaliza-se, nesse saco de alimento, o que você a ele atribuiu: o peso de uma memória.
Mas a memória existe apenas no eu.
Você é, ainda, tributária de uma história, porque seu corpo manifesta-a.
E, se seu corpo manifesta o que quer que seja, é que você participa desse jogo.
O que permaneceu atravessado na garganta, o que fez crer que há uma história e uma memória que vem alterar o que você É, de toda a Eternidade, é apenas a adesão à sua própria história, ao seu próprio eu, ao seu próprio Si.

Seu corpo mostra-lhe que você está apeada a ele, visceralmente, caso contrário, ele jamais teria manifestado a mínima dor, o mínimo sofrimento ou, então, esse sofrimento, qualquer que fosse, não poderia ser vivido como um sofrimento.

A atenção e o poder que você dá ao que você viveu – e que você chama de memória que viria quebrar, como se diz, a Criança Interior – não existe.

O Absoluto não é a Criança Interior: ele é a Espontaneidade, a Transparência.
A Espontaneidade não pode ser alterada por qualquer história ou qualquer memória.
É a personalidade que joga esse jogo, sempre.

Pode-se dizer que você deixou manifestar-se algo que, justamente, permite-lhe compreender, porque você o vê, e você o vive, que a Criança Interior está bloqueada por esse divórcio.
E, aliás, você disse: «meu divórcio».
Apreendeu?
Você se torna, a si mesma, tributária de circunstâncias exteriores que têm mais peso do que o Absoluto.
Você fixou, de algum modo, um sofrimento.
Você se identificou a esse divórcio, ao invés de ali ver outra coisa, que é a Liberdade.
Há o ressentimento e, portanto, o corpo diz isso.

É claro, há uma falha: o divórcio.
É claro, há outra falha: a memória.
Mas o que vêm fazer o divórcio e a memória no Absoluto?
A Criança Interior é tão frágil que ela pode ser alterada por uma história ou uma memória?
Enquanto isso existe, de uma maneira como de outra, quer você o queira ou não, isso traduz, claramente, o apego.

Veja-o, mas não ponha mais a causa sobre ele, porque não há outra causa que não você mesma, não há inimigo exterior além de você mesma.
Como é que aquele que não existe e aquela que não existe, que partilharam o mesmo sonho, a mesma ilusão podem sofrer da própria ilusão quando ela para?
Qual é o olhar que você porta nisso?
A falta e o vazio?
Ou a Liberdade?

Tudo o que acontece a essa vida que você Vive tem um sentido, mas não um sentido ao nível psicológico.
Não pare nisso.
Não no sentido de uma memória que cristaliza.

Mas, mesmo o que você chama de prova ou de sofrimento tem apenas uma única finalidade: vencer as resistências, quaisquer que sejam.
O sofrimento não é, jamais, uma punição.
Ele não vem, jamais, do exterior, como do Si.
A partir do instante em que você aceita e vê isso, do modo exato, sem julgamento, nem de você, nem do outro, não há razão alguma para que o corpo cristalize, não há razão alguma para o que afeta esse corpo afete-o.
Se não, você está apegada a esse corpo.

O que você faz do que é nomeado o Amor, do que é nomeado o Perdão, da Graça, em relação a si mesma?
O que você não se perdoou?
Quais culpas e ressentimentos você exprime e por quê?
Não na história, não na memória, não em uma explicação, mas sim, realmente, no que você É, no que é perturbado e que a impede de ser Livre.

Se você apreende isso, então, verá claramente, sem justificar a perda de uma Criança Interior ou de uma Espontaneidade ou das cores, porque são pretextos da personalidade, que prefere estar na Criança Interior e nas cores, no jogo, ao invés do Absoluto.

Agora, se você considera que você é essa história e essa memória, então, esqueça-se do que eu disse e aja na Ação/Reação que lhes é conhecida, psicológica, energética.
Mais vocês farão apenas manter o saco de alimento, de um modo como de outro, até o seu fim.
Vocês o nutrirão, até mais sede, e ele sofrerá.
Tudo o que vocês querem evitar reforçar-se-á.
A memória afetá-los-á, a história afetá-los-á, porque vocês ali resistem.

O que há a refutar é, muito exatamente, que você não é nem seu divórcio, nem esse sofrimento nesse corpo.
Quem é que o percebe?
Quem é que o sente, em você?
Toda a problemática está aí.

O Coração do Ser, a Presença ou o Absoluto não podem ser afetados.
O que é afetado será, sempre, o eu.
A justificação da Criança Interior não se mantém.

Questão: há alguns anos, eu perdi todas as ambições e prazeres nesse mundo, após um divórcio e perdas financeiras, coisas que eu combati como sendo negativas. Agora, meu ponto de vista muda.

Onde está a questão?
Essa é uma afirmação e uma constatação, tudo bem.
O que você perdeu, Liberou-o.
Você tem consciência disso, hoje.

Todo sofrimento, toda perda é destinada apenas a mostrar-lhes suas próprias insuficiências, suas próprias faltas, o que está perdido, em vocês, e não o que vocês perderam no exterior, porque o que vocês perderam no exterior é apenas o reflexo do que vocês estavam apegados, do que desejavam possuir.

A perda põe-nos, de algum modo, a nu, mostra-lhes seus próprios limites, seus próprios quadros, seus próprios confinamentos.
A ambição pode, por vezes, ser necessária, mas, se ela não é necessária para você, ela será quebrada.
Não há punição nem carma aí.
Há apenas a Verdade.

De quê você tem necessidade?
Por que você quer provar-se a Verdade do que É?
Só é verdade o que você vive, aí, de imediato.
Não o que você viveu.
Não o que você sofre ou sofreu.
Você não é o resultado de seu passado, de modo algum.
Só a persistência do eu é inscrita nesse passado que se manifesta nesse presente.

É preciso sair da linearidade.
Amar é isso.
É não possuir uma mulher ou um marido.
Nada há a possuir e, se o que você crê possuir fosse retirado, aí também, não há falha: há, apenas, movimentos de vida, ilusões que se entrechocam e que, de qualquer modo, teriam acabado no momento do fim desse saco de alimento.

Você não leva seus arrependimentos.
Você não leva suas alegrias.
Você não leva qualquer memória.
Você leva apenas o que encontrou, ou seja, se você Se encontrou.

O eu considera-se, como sempre, imortal.
Obviamente, isso é falso.
Só é imortal o que você É.
Não olhe para trás.
Instale-se no Não Eu, no Não Si.

Se você é capaz de parar, em um tempo muito curto, a referência ao passado, à história, à sua história e, ou mesmo, de superar a causalidade que eu lhe exprimi, você descobre o quê?
Você deixa descobrir-se o Absoluto.

Essa forma não lhe concerne mais, você está, no entanto, ali inscrito.
Esse mundo não lhe concerne mais e, no entanto, você ali age e reage.
A perda do que quer que seja faz apenas mostrar a fragilidade da vida e desse eu.
Isso lhe mostra, simplesmente, que nada é eterno sobre esse mundo, exceto você.
Nada pode durar do que é inscrito no tempo desse mundo, exceto o que não se move, o que é imóvel.

Todo o resto são apenas experiências que nada mudam à Verdade, que nada muda ao centro, no que você É.
Se você vê, claramente, isso, então, não há mais problema, nem agora, nem ontem, nem amanhã, nem quando esse saco de alimento tiver desaparecido.

Questão: após ter observado, depois, refutado as sensações e Vibrações do corpo e os pensamentos, eu me instalo em meu Templo cardíaco para ali encontrar a paz e viver o estado de Presença, que satisfaz o Si. Eu refutei esse estado, o Si, para que o não Si, o Absoluto revele-se a mim, mas isso, sem sucesso. Que devo refutar mais, para que o Si solte?

No que você exprime há, ainda, um observador que quer observar o não Si.
Não há dissolução.

O que há a observar é superar a própria Vibração.
Isso se tornou possível pela Onda de Vida, sem sua intervenção.
Para isso, não porte sua consciência em lugar algum porque, a partir do instante em que porta sua consciência sobre uma região de você, desse corpo, que a faz experimentar, sentir a paz e a Presença, é preciso, aí também, deslocalizar a consciência.
Não como uma vontade de ir a outro lugar, mas não mais ser tributária de qualquer localização da própria consciência nesse corpo.

É preciso, de algum modo, esquecer-se de si mesma.
A presença é, certamente, o estado da experiência que está – se posso exprimir-me assim – ao mais próximo do Absoluto.
No Absoluto, a consciência não está mais.
Não há mais lugar para o observador, nem para o corpo e, ainda menos, para a Vibração Supramental.
Isso passa pela Dissolução ou, se prefere, pelo desaparecimento do observador.
Não há, portanto, outra coisa suplementar a refutar.

Uma vez que a refutação foi efetuada, que você realizou sua investigação, sobretudo, nada deseje, nada faça, não considere que o Si – ou a própria Presença – vá conduzi-la ao não Si.
Não é uma sequência lógica, nem outra etapa.
É preciso, de algum modo, fazer um sacrifício simbólico que se realiza por si mesmo, a partir do instante em que a consciência não é mais portada sobre o que quer que seja.

O Si vai chamar a isso o vazio ou a vacuidade ou o neant.
É preciso, de algum modo, esperar, após a refutação e a investigação, que haja – de algum modo, e é figurado – uma beliscada no coração.
E, aí, durante essa experiência específica, refutar.
Mas não refutar como o observador do que foi vivido, a um dado momento em outro.
Você não pode servir-se de uma experiência, que data de ontem ou de outro tempo, que foi realizada, para refutar.
É preciso que essa refutação produza-se no próprio instante de Presença, mas não fora dele porque, se você realiza essa refutação fora do momento em que ela é vivida, estritamente, isso para nada serve, porque o Si não é o eu, o Si não é dependente de uma história ou de uma memória, uma vez que ele se define, justamente, como a instalação no Aqui e Agora, no presente.
Mas o Absoluto não é o presente, sobretudo, se esse presente é passado e remonta a ontem.

A refutação apenas pode produzir-se, nesse caso preciso, no momento em que é vivida a Presença e não fora dele.

Se você apreende o mecanismo, no instante em que se manifesta a Presença e o presente (na Vibração, na percepção do que são nomeadas as Coroas do Coração, mesmo na Vibração, no Fogo do Coração, ou o que lhes foi descrito, recentemente, como estremecimento e arrepio), é nesse momento que pode viver-se a Dissolução.
Mas não como uma passagem de um estado a outro, mas, efetivamente, na própria desidentificação disso.
E isso é natural.

É preciso servir-se, se posso dizer, desses momentos, no momento em que eles são vividos.
É a diferença de estratégia da investigação e da refutação, conforme ela é efetuada no eu ou no Si.
Não há a procurar, nem a exprimir, nem a manifestar o mínimo esforço, porque é, justamente, a ausência de esforço que permite ao Absoluto revelar-se.
Não há outro exercício, para o Si, do que esse.

Uma vez que você tenha vivido o eu sou, em múltiplas reprises, é preciso, também, refutar isso, extraindo, simplesmente, sua consciência do eu sou, sem colocar a consciência em outro lugar: ela se dissolverá por si mesma.
E isso o fará conhecer, no retorno à forma, a evidência, o contentamento, o êxtase e o riso.

Não se projete, tampouco, nas ideias sobre o não Si.
Lembre-se de que ele não pode ser aproximado, nem conhecido.
O desaparecimento de tudo o que não é mais ele pode apenas deixar, ele, presente e manifestar-se, ele, a partir desse instante e depois.
Você poderá passar do Si ao não Si com ainda mais facilidade do que do Si ao eu ou do eu ao Si porque, assim que esse mecanismo é iniciado, a possibilidade de passagem, tanto do último ao Si como do Si ao eu torna-se evidente.
Não considere o não Si como um resultado do Si, porque ele é tudo, exceto isso.
Se você faz assim, tudo isso lhe parecerá e será vivido de maneira evidente, sem dificuldade.

Questão: como passar, facilmente, do estado de homossexualidade para a heterossexualidade?

Qual importância isso reveste e qual importância isso tem, realmente?
Por que você dá tanta importância a isso?
Qual é o incômodo que é exprimido?
O interesse não é esse, porque se há interesse, aqui, isso concerne, exclusivamente, a quê?
Ao amor pessoal entre dois seres, entre duas consciências.

O Absoluto nada tem a ver com isso.
Isso concerne à alma ou, se prefere, ao complexo inferior que está submisso ao desejo, à necessidade, ao amor que exprime o corpo, que exprime a alma.
Isso concerne ao eu.
Não o Si, nem o Absoluto, porque o Si não é perturbado pelas escolhas do corpo ou da alma.

Se o Si É, se o Eu Sou É, nenhuma interrogação desse gênero pode nascer, porque o Si não se importa com o complexo inferior, qualquer que seja o desejo exprimido ou a busca exprimida: ele não é concernido.
A sexualidade concerne apenas a essa Dimensão, o que quer que seja retirado ou encontrado, em termos de prazer ou de amor.
Isso não representa qualquer interesse e qualquer ação sobre o Si.
Simplesmente, quando o Si realiza-se, quando você está realizado, a esfera dita sexual ou amorosa pode manifestar-se, ou desaparecer, ou, também, transformar-se.
Mas isso não é mais uma prioridade, não é mais uma vitalidade e, ainda menos, uma essencialidade.

O Si não é uma questão de sexo, nem de amor, ao nível da alma.
Quanto ao Absoluto, aquele que é Absoluto não pode ser perturbado, nem em um sentido nem no outro, pelo que se desenrola no complexo inferior: ele não se importa com isso.

Isso não é uma rejeição, não é uma negação da vitalidade, mas é, efetivamente, uma transformação da vitalidade porque, naquele momento, e unicamente naquele momento, o que é chamado o sexo ou os órgãos genitais não servem mais à sexualidade: eles alimentam o Coração.

O Fogo Vital não é mais, simplesmente, uma vitalidade, mas um Fogo Transmutado, porque a Onda de Vida mudou, profundamente, as coisas.
Mesmo se há Êxtase, mesmo se há gozo.
O sexo nada tem a ver nisso, mesmo se passe por esse lugar.
Isso se junta ao Coração, não o coração figurado, mas o Coração Vibral.
E o Absoluto está além disso.

Portanto, não se coloque essa questão.
Coloque-se a questão essencial, o resto seguirá, ou não seguirá, sem qualquer incidência sobre o que quer que seja.
Simplesmente, porque, tanto no Si como no Absoluto, mesmo com uma forma, tudo isso representa, realmente, apenas o que é: a busca do que falta, homem ou mulher.

Mas nada falta.
É a separação que criou a falta e essa busca de vitalidade.
No Corpo de Existência, como no Absoluto, tudo é Gozo, tudo é sexualidade, sem qualquer dos tabus que vocês conhecem e sem praticar o que quer que seja.
É supérfluo.

O Si, o Absoluto vai transcender e fazer desaparecer tudo o que é ligado à animalidade, que era, justamente, a não conexão ao Si, ao Absoluto.
Nesse caso, tanto no Si como no Absoluto, não há mais noção de sexo porque, mesmo o que era previsto como ser do sexo é apenas uma elevação do Fogo Interior para o Coração, com o que o Absoluto não tem o que fazer.

Questão: acontece-me, por vezes, de ter a impressão de ser como um bebê, que flutua sozinho na imensidade, sem consciência, sem marcador, sem nada, ao mesmo tempo sabendo, do fundo de meu ser, que o Absoluto está ali. Não é contraditório?

Não, uma vez que o Absoluto que você É está presente e manifesta-se, também, em uma forma.

Há um Absoluto com forma e um Absoluto sem forma.
Essa forma é esse saco de alimento e sua consciência.
O Absoluto não será perturbado pelo desaparecimento desse corpo e da consciência desse corpo.

É isso que é realizado: não há qualquer contradição.
Nada há a acrescentar em relação a isso: é muito simples.
O Si vai servir-se de imagens, como o bebê, como o nada, mas é apenas a tradução do Absoluto quando ele não está mais e retorna o Ser ao Si, ou ao Corpo de Existência.
Naquele momento, você percebe o que são chamados Leelas do Senhor.
São jogos.
Há um gozo real de viver isso, em seguida, de testemunhá-lo e de observá-lo, mas é tudo.

Isso lhe demonstra que, uma vez que o Desconhecido torna-se sua Morada, naquele momento, você pode passar de um ao outro, e do outro ao um, sem dificuldade.
É isso que lhe cria a contradição.
Mas você se torna capaz de identificar o Absoluto e o Si e a Presença, sem qualquer dificuldade.
Mas é isso mesmo que cria o sentimento de contradição, que não existe.
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6 comentários:

  1. Décadas atrás, sentia-me por demais ressonante com a fala do Krishnamurti (K). Hoje, algo que análogo, sinto em relação ao estilo Bidi. É claro que acolho igualmente as peculiaridades de todos os intervenientes. Esta, digamos assim, deferência ao Bidi, que aqui estou fazendo, prende-se mais à postura deste em relação à imprescindibilidade do fim do observador, que foi a minha principal "bandeira", já de algum tempo. Além disso, ele também aponta para o que seria o mais puro Nada, na visão de qualquer "eu", e isto também muito me ressoa. Até como brinde ao Bidi, eis algumas das tantas preciosidades, constantes na presente MSG: "O que deve calar-se, desaparecer da dianteira da cena é o ator. Não há ator. A um dado momento, mesmo o espectador torna-se incômodo, porque o espectador vai perturbar o que se desenrola. E o que se desenrola, de que a Onda de Vida é o testemunho, é o desaparecimento da pessoa, o desaparecimento do indivíduo. O Absoluto toma todo o lugar, é claro, ao nível do ego ou da pessoa <> O fluxo renascerá, porque é inexorável, no momento em que vocês não tiverem mais eu, no momento em que não puderem mais manifestar o que quer que seja desse saco de alimento, porque ele não existirá mais, porque o mundo não existirá mais para a consciência <> Compreenda e apreenda que, já, tudo está em você, sem qualquer exceção. Você não é repleto de sofrimento, de sentimentos e de emoções. Você é repleto por nada mais do que o que você É: Absoluto. Você é a fonte de si mesmo <> Você leva apenas o que encontrou, ou seja, se você Se encontrou". [Refutar conduz a ver as coisas e os elementos, tal como eles são, mas não a não mais vê-los]

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  2. Esta mensagem chegou no exato momento em que identifico em mim a dificuldade de desapego do ato de trabalhar para garantir a subsistencia.Mesmo tentando viver do modo mais simples para não ser dependente de coisas materiais ainda assim vejo um paradoxo.
    Como nada fazer se é necessário fazê-las?!Ou não?

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    1. Caro Anônimo, a rigor, nada é necessário, e muito menos imprescindível, à exceção do Absoluto. É claro que, a nível deste mundo, existe esta questão da sobrevivência, dado que houve a desconexão com a Vida, no plano consciencial. De qualquer modo, mesmo para se viver aqui, e até com certa facilitação, basta reconhecer como as coisas realmente são, sem lhes atribuir pesos a mais ou a menos. O paradoxo, portanto, consiste em acreditar no fazer externo de alguém (uma crença), pressupondo a hipótese da não completude da Vida. Contudo, esta é mesmo uma questão intrigante para quase toda humanidade, mesmo nestes tempos milagrosos e finais. Abraços!

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    2. Meu caro Manoel Egídio,grata pela resposta!
      Talvez um caminho,ou O caminho seja tudo fazer porém retirar todas as emoções que atribuimos às nossas ações terrenas.Em resumo devemos sair o máximo possível do personagem que interpretamos neste teatro de nossas vidas humanas.Um abraço!

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  3. Hoje tive a impressão ao ler Bidi, no blog Leituras para os Filhos da Luz, o texto ladeado com azul celeste, que estava lendo no próprio Céu...
    Alguns trechos:


    " ....a um dado momento, você deve matar o modelo.
    Mude de visão, uma vez que tudo já está em você, absolutamente tudo.
    Não dê peso ao que não existe.
    Você não é nem seu mental, nem essa personalidade.
    Você crê neles.
    Aí está o problema.
    Não dê peso ao que não existe.
    Você não é nem seu mental, nem essa personalidade.
    Você crê neles.
    Aí está o problema.
    Permaneça ao centro, sem pedir e sem projetar, sem vai-e-vem, imóvel, aí onde, de momento, tudo lhe parece vazio,...
    A Onda de Vida não necessita de qualquer atenção.

    E muito, muito mais...

    O eu, cada vez mais sem graça, desmascarado, desnudado. Os ataques egoicos cada vez mais desvitalizados.
    O Absoluto é a única Realidade. Amém.
    Noemia

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  4. Vocês são Eternos, Eternidade, Eternos: sempre presentes.
    Todo o resto são apenas acessórios, piruetas, espetáculos e trapaças.
    Vocês querem brincar de ser um trapaceiro ou querem ser Verdadeiros e Transparentes?
    Vocês querem ser uma Alegria que não desaparece, jamais, um contentamento que não é função de circunstâncias, de seus amores ou de seus desamores, de seu dinheiro ou de não seu dinheiro, de um teto ou de não teto?

    Vocês não têm qualquer necessidade de prever, porque sua vida desenrolar-se-á do melhor dos modos, sem qualquer obstáculo, no Absoluto.
    Aí está a única causa dos sofrimentos aparentes, das faltas aparentes, das feridas aparentes, das doenças.
    Não há outra.

    Se vocês deixassem esse saco de alimento evoluir por si mesmo, mantendo-o, sem colocarem-se questões, seria ótimo.
    .....................................................
    Nada há de bem, nada de mal, há apenas o Absoluto, Luz, amor, Verdade.
    Todo o resto são apenas fantasmas mórbidos.
    Cabe a vocês decidir.

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