Uma vez que é preciso um nome, eu sou Osho.
Mas eu sou você, como você é eu.
Eu venho, hoje, dançar a Vida, com cada um de vocês e,
com vocês, ver onde a Dança é mais lenta, ver onde a Dança não pode
desenrolar-se.
Mas, antes de qualquer coisa, eu lhes proponho
banhar-nos, juntos, no
Fogo...
Fogo...
[Comunhão]
A Dança da Vida é a própria natureza da Vida.
Não há que buscar onde quer que seja alhures, que não
em si mesmo, aí, onde se encontra a Vida.
A Vida é tal a água que cai no alto das montanhas e
que desce ao encontro do oceano.
Nada pode pará-la.
Ela traça seu caminho até juntar-se ao oceano.
Só o humano consegue bloquear essa água.
A natureza não o pode, mas o humano é capaz de
construções que levam a Água a não poder juntar-se ao oceano.
Assim é a Vida.
A Vida dança, essa é sua natureza.
Mas o humano, nesse mundo, quis proteger-se, de algum
modo, da Dança.
Ele quis instalar a segurança, disso eu já lhes falei.
Essa segurança em sua humanidade chama-se cultura,
religião.
Por trás de tudo isso se coloca o muro que vem
bloquear a Dança da Vida.
Porque, isso vocês já sabem, os frutos da cultura na
qual vocês estão colocados existem há milênios, sob diferentes formas, mas
poderíamos dizer que a intenção é a mesma e o fruto é exatamente o mesmo.
O fruto é a dualidade, o fruto é a separação, o fruto
é o sofrimento.
A sociedade e suas regras são feitas apenas para
permitir aos egos funcionarem entre si.
As regras morais têm, exatamente, esse objetivo, mas
essas regras fazem apenas afundá-los no ego.
Elas os mantêm ali lhes fazendo encher a cabeça com uma
segurança.
Então, compreendamos bem, eu não chamo à revolução
exterior.
Eu chamo ao Despertar interior.
Porque pouco importa melhorar a ilusão, pouco importa
ali mudar o que quer que seja.
Isso é tentar trocar um muro por outro.
A cada vez, vocês deixam alguém ditar-lhes a verdade
dele e dizer-lhes que é a Verdade.
Então, vocês constroem um muro entre a Vida e vocês.
Porque, em definitivo, vocês sabem disso, aquele que é
liberado não procura arrastar com ele quem quer que seja, ele não procura impor
suas ideias.
Ele partilha, e deixa-os livres.
Jamais vocês poderão viver sua Verdade seguindo a
ilusão do outro.
E, no entanto, é isso que os convida a fazer sua
sociedade, que os convida a seguir o fluxo, que admite, eventualmente, alguns
desvios, mas que não os deixa, jamais, livres para situarem-se fora do poder
dela.
Naquele momento, os meios utilizados podem ser o de
fazê-los passar por loucos, ou por perigosos.
Tudo isso, vocês sabem, esses muros, vocês os veem.
E esses muros são construídos de maneira completamente
incoerente, se vocês observam com um mínimo de integridade.
Tomemos, por exemplo, o que é partilhado em sua
sociedade com referência às relações entre os homens e as mulheres.
A sexualidade é suja, a sexualidade deve ser evitada
e, entretanto, ela é colocada, por toda a parte, na dianteira da cena, seja nos
filmes, nas publicidades, por toda a parte, em sua sociedade.
E, ao mesmo tempo, vocês têm recebido de sua
sociedade, de sua cultura, o fato de que as crianças são puras.
Então, eu lhes pergunto: como a pureza pode nascer da
união do que é sujo?
Este é apenas um exemplo entre tantos outros do que os
banham, e do porque vocês se deixam adormecer, sem que isso seja uma
reprovação.
Mas vocês deixam adormecer a Vida, situando-a no
exterior de si, tentando seguir o que leva a adesão do outro.
Não se esqueçam de que muitos seres que iluminaram seu
mundo foram confrontados a isso, confrontados à rejeição, confrontados à
incompreensão.
Hoje, todo mundo parece convencido da potência do
Amor, da Verdade de Cristo.
Mas, em Sua vida, Ele teria podido ser salvo e evitar
a cruz.
Hoje, todo mundo vê-se como um próximo de Cristo, mas
o que foi, verdadeiramente, em Sua vida?
E, sobretudo, o que é hoje?
Hoje, onde vocês estão colocados?
Vocês estão colocados em sua Verdade?
Vocês estão colocados em uma adesão a uma história, a
uma sociedade?
Vocês estão colocados em um distanciamento do outro?
Quando nós lhes dizemos que há apenas o Um, nós não
dizemos que há vários Um.
Nós dizemos: há apenas o Um.
Essa é a Verdade, que vocês têm a possibilidade de
descobrir, a possibilidade de viver.
Essa não é uma conquista, necessita, simplesmente, de
extrair-se da ilusão e do que ali os mantêm.
Minhas palavras vêm, eu diria, ressoar com o que o
Comandante pôde desenvolver ontem.
Nós os convidamos, nesse tempo de Fogo, nesse tempo de
Celebração, a posicionar-se em sua Verdade.
Porque o Fogo vem tudo dissolver.
E o que vocês pensam que o ego, a personalidade pode
sentir com a aproximação do Fogo?
A insegurança, o medo, a dúvida...
Se vocês estão colocados em sua Verdade, então, vocês
veem vir para si apenas o Amor, o Amor que é apenas Verdade, que, uma vez
instalado na Unidade, o Amor é o Fluxo da Vida que passa do Um ao Um.
Aí está o essencial do que eu desejava desenvolver.
Se existem interrogações em relação a isso, estou
pronto a respondê-las.
Não há questões.
Então, vou continuar um pouco meu monólogo.
Nós temos desenvolvido, há vários anos, esses
diferentes aspectos da ilusão da dualidade, de sua Verdade.
Nós os temos encorajado a colocarem-se no interior de
si, colocarem-se em sua soberania.
A escolha, a única escolha que você pode fazer, em
definitivo, é colocar-se na personalidade, colocar-se no Ser, ou não colocar-se
em lugar algum.
Daí decorrem frutos muito diferentes, e essa é sua
liberdade.
Não há esforço a fazer.
É a cessação do esforço que permite deixar desmoronarem
os muros que o isola de sua Verdade.
Esses muros são mantidos a cada instante.
Na maior parte do tempo vocês não veem, mesmo, que
aderem a diferentes aspectos de sua sociedade, porque o próprio fato da
linguagem, por exemplo, leva a algumas maneiras de pensar.
Em algumas culturas, há apenas uma palavra para falar
do que passou, e apenas uma palavra para falar do futuro.
Em sua sociedade, vocês têm inúmeras delas, vocês
podem, mesmo, regular o passado e o futuro em escalas de tempo de segundos.
Então, forçosamente, aprendendo uma língua, vocês
desenvolvem os conceitos que a ela estavam ligados.
Cabe a você, agora, não mais deixar-se enganar por
tudo isso.
Cabe a você, agora, experimentar e viver a Verdade em
si.
Em nada acredite, seja no que eu lhe digo ou no que
outro lhe dirá.
Viva, experimente por si mesmo.
Esteja atento, a cada instante, à presença da Vida, à
presença da Alegria, do Êxtase ou à presença do peso, do sofrimento.
Nada julguem.
Isso lhes dá, simplesmente, uma indicação: que seu
posicionamento mudou, e esse é o mais belo presente que há.
Olhem a Vida significar-lhes onde vocês estão
colocados, e celebrem isso na Leveza.
Porque não há qualquer mau posicionamento enquanto
vocês estão conscientes do que está em jogo.
Vocês não são mais vítimas, não são mais uma ovelha
que segue o rebanho, que corre um pouco em um sentido, um pouco no outro, em
função do medo de umas e de outras.
Porque, vocês já observaram como funciona um rebanho
de ovelhas?
Assim que uma delas se assusta, ela foge, e as outras
seguem, sem se questionarem.
Isso é amplamente utilizado nas mídias, em sua
sociedade, o que cria medos para levar o conjunto de humanos a colocar-se onde
a sociedade decidiu.
Os exemplos são numerosos, vocês sabem disso.
Eu venho, simplesmente, depositá-lo diante de vocês de
deixá-los observar por si mesmos, permitindo-lhes tirar as conclusões que vocês
quiserem.
Em minha vida eu passava, vocês sabem, por um
excêntrico, porque, justamente, eu não aceitava deixar-me ditar meu caminho
pela sociedade, a moralidade e as religiões.
A Vida não se tem em qualquer livro, em qualquer
conceito.
A Vida vive-se, o que leva, então, a reconhecer que
tudo é mudança permanente, que tudo é Dança, e que a única coisa que não muda é
a mudança.
Eu fui particularmente tagarela hoje, mas, eu repito,
o Fogo revela-se, agora, inteiramente, e não há mais que tergiversar.
Acolher o Amor é renunciar à segurança, é renunciar a
todos os âmbitos de segurança.
Então, eu lhes digo, no Amor, em sua Verdade, até
breve.
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Transmitido por Air
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Quando nós lhes dizemos que há apenas o Um, nós não dizemos que há vários Um.
ResponderExcluirNós dizemos: há apenas o Um.
Essa não é uma conquista, necessita, simplesmente, de extrair-se da ilusão e do que ali os mantêm.
A Vida não se tem em qualquer livro, em qualquer conceito. A Vida vive-se, o que leva, então, a reconhecer que tudo é mudança permanente, que tudo é Dança, e que a única coisa que não muda é a mudança.
O Fogo revela-se, agora, inteiramente, e não há mais que tergiversar.
Acolher o Amor é renunciar à segurança, é renunciar a todos os âmbitos de segurança.
Mensagem: 'Incêndio Pleno', queimando, torrando, destruindo os últimos pedaços do 'eu'. rsrsr Ufa!
ResponderExcluir"Incineração Total e Sagrada! "
"A Dança da Vida é a própria natureza da Vida. Não há que buscar onde quer que seja alhures, que não em si mesmo, aí, onde se encontra a Vida.
ResponderExcluir"A Vida não se tem em qualquer livro, em qualquer conceito. A Vida Vive-se, o que leva, então, a reconhecer que tudo é mudança permanente, que tudo é Dança, e que a única coisa que não muda é a mudança.
"Nós dizemos: há apenas o UM. Essa é a Verdade, que vocês têm a possibilidade de descobrir, a possibilidade de Viver.
"Então, compreendamos bem, eu não chamo à revolução exterior. Eu chamo ao Despertar Interior.
"Nós os convidamos, nesse tempo de Fogo, nesse tempo de Celebração, a posicionar-se em sua Verdade. Porque o Fogo vem tudo dissolver.
"Se vocês estão colocados em sua Verdade, então, vocês veem vir para si apenas o Amor, o Amor que é apenas Verdade, que, uma vez instalado na Unidade, o Amor é o Fluxo da Vida que passa do Um ao Um.
"Nós os temos encorajado a colocarem-se no Interior de si, colocarem-se em sua Soberania.
"Cabe a você, agora, experimentar e Viver a Verdade em si.
"Viva, experimente por si mesmo.
"Esteja atento, a cada instante, à presença da Vida, à presença da Alegria, do Êxtase ou à presença do peso, do sofrimento.
"Nada julguem. Isso lhes dá, simplesmente, uma indicação:
Que seu posicionamento mudou,
E esse é o mais belo presente que há."
Amei o blog!
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