Mensagem publicada em 22 de
julho, pelo site AUTRES DIMENSIONS.
Eu sou MA ANANDA MOYI.
Irmãos e Irmãs encarnados, eu lhes
dou, minhas bênçãos.
Vou falar livremente, de acordo com o
que eu vivi, quando encarnada, e tentar fazê-los viver e, além disso, fazer
ressoar, em vocês, o Amor, a Graça e a Vida.
A Vida, onde quer que ela esteja, é
Amor.
Não poderia existir a mínima vida sem
Amor e, no entanto, na superfície desta Terra, o que é dado a ver é tudo,
exceto o Amor, pelo menos em uma aparência.
Muitos elementos, entre Irmãos e
Irmãs, entre nações, entre grupos não parecem, à primeira vista, exprimir o
amor, e, no entanto, aqui como alhures, nós somos Amor.
Então, como tentar compreender,
apreender como o que é observado não reflete e não exprime a Vida e o Amor?
A guerra, qualquer que seja, entre
dois seres, duas nações ou dois grupos visa, a priori, destruir a vida, negá-la.
E, no entanto, isso, estritamente,
nada muda no que nós somos: Amor.
A vida nem começa nem para na morte.
A vida está por toda a parte.
Ela está, ao mesmo tempo, na própria
expressão da consciência, da não consciência e no encontro de tudo o que é
possível como interação, como troca, mesmo se a aparência é o oposto disso.
O ser humano na encarnação passa sua
vida a procurar o Amor e o que diz respeito ao Amor, seja através de religiões,
através de um trabalho.
É muito raro encontrar um ser humano
que, em algum dos setores habituais da vida sobre esta Terra, não experimente o
Amor.
E, no entanto, o que pode parecer ao
oposto do Amor é, na realidade, apenas a falta de Amor e, portanto, a procura
desse Amor, do qual estamos, todos, privados, em certa medida, ao mesmo tempo
estando vivos.
Então, é claro, existem tantas
variedades de Amor quanto de humanos.
Existe, aliás, e nós todos sabemos
disso, quando estamos nessa carne, uma paleta infinita de amor.
Nós temos dado, há anos, outra ideia,
outra concepção e outra Vibração do Amor.
Esse Amor, que é nomeado,
frequentemente, incondicional, mas que é bem mais do que isso que é, como eu o
dizia, a própria Vida.
Todos os comportamentos – que são
manifestados por nossos Irmãos e nossas Irmãs, por grupos, por nações – que
parecem aparecer como contrários ao Amor, são apenas o reflexo do medo. Esse
medo é, ele mesmo, apenas o reflexo de algumas manifestações ligadas ao vazio,
à ausência, à necessidade de proteger-se e à necessidade de não sofrer.
Então, como explicar que essa
necessidade de não sofrer, geralmente, exprime-se, justamente, pelo sofrimento?
Porque existe um círculo vicioso.
Porque o amor, qualquer que seja, em
todas as suas declinações, na superfície desse mundo, não poderá, jamais,
preencher, de maneira definitiva, o que nós somos: esse Amor, essa essência de
Amor e essa Vida.
Quer dizer que essa vida é ruim?
Não, nenhuma vida é ruim.
Existem, simplesmente, circunstâncias
que afastam do Amor e que têm por nome: medo, avidez, falta, que resultam, elas
mesmas, de uma incompreensão, de uma forma de ruptura com o Amor que nós somos
e bem além dessa passagem entre a vida e a morte sobre esse mundo.
Tudo o que o ser humano manifesta e
exprime, desde as esferas aparentemente mais áridas – relativas ao dinheiro, à
organização da vida – é, também, a expressão dessa falta de Amor e, também, a
expressão do que foi, realmente, amputado.
O que foi amputado é a livre
circulação do Amor, o que nós chamamos a Comunhão.
A impossibilidade, por razões
diversas, de comungar, vai induzir, por si só, um medo.
Quem não se lembra de ter, diante de
si, alguém que é amado e que, no entanto, não nos compreende não parece
responder à nossa expectativa, não comunga conosco?
Porque, é claro, o Amor não estará,
jamais, em qualquer palavra e, eu diria mesmo, em um comportamento, porque o
Amor é nossa natureza.
Ele deveria, muito logicamente,
existir e manifestar-se, independentemente de qualquer palavra, de qualquer
relação, de qualquer compreensão ou incompreensão por palavras ou
comportamentos.
E, no entanto, nós sabemos, todos,
que esse não é, frequentemente, o caso, porque o Amor é, sempre, procurado
através de uma falta, através de um medo, através de uma insuficiência.
Porque o amor, tal como nós o
definimos, quando estamos encarnados, é, geralmente, a tradução de uma falta, a
tradução de uma projeção, como se a essência que somos não fosse visível e nos
fizesse, sem exceção, buscar, no exterior, esse Amor.
Qualquer que seja a relação que se
estabeleça – quer seja a mais amorosa, a mais romântica, quer seja a mais
autêntica – ela faz, em definitivo, apenas traduzir a insuficiência e a
incompletude, que está presente em cada um de nós.
O exemplo de minha vida e de tantas
outras mostrou que a fonte do Amor estava, antes de tudo, no coração, ou seja,
em si mesmo.
E que apenas se podia amar se já se
tivesse encontrado, como Amor, em si.
E que o amor que projetamos é apenas
o reflexo do que, justamente, nós não encontramos.
E nós falamos, então, de
complementaridade, nós falamos, então, de satisfação: esse amor é, sempre,
condicionado e condicional, porque ele deve responder a uma expectativa, ele
deve responder a uma aspiração (encontrada no outro, em uma arte, em um grupo,
em uma filiação, pouco importa).
Essa forma de amor será, sempre,
condicionada, porque ela não pode estabelecer-se na Comunhão.
E a Comunhão apenas pode estabelecer-se
a partir do instante em que você mesmo encontrou, em seu Coração, a natureza de
quem você É.
Não através de uma história, não
através de relações, mas, bem mais, com o reconhecimento de seu próprio
Coração, de nossa própria Essência.
A partir do instante em que você se
encontrou a si mesmo, o Amor escoa e flui de você mesmo, o que lhe dá a viver
relações bem mais profundas e bem diferentes daquelas que são dadas a viver na
falta, de toda relação humana ou de toda relação com um sujeito de paixão ou um
objeto, que não está em acordo com esse amor vivido no coração.
A partir do instante em que um ser
humano, um Irmão, uma Irmã, encontra-se a si mesmo, ele irradia,
manifestamente, esse Amor, sem ter necessidade de procurar outro amor, e a
magia faz com que, naquele momento, o Amor flua dele, assim como flua daquele
que está à sua frente e que, tampouco, não tem qualquer falta.
O que eu quero dizer com isso é que,
se a essência do Amor estivesse presente, em cada um de nós, na encarnação, não
haveria mais qualquer problema de relação, qualquer problema de guerra, de
competição, de predação ou de incompreensão.
É a falta e o medo que criam todas as
desarmonias, todas as guerras.
Foi dito, em numerosos textos: «você
amará ao seu próximo como a si mesmo».
E, se vocês olham, objetivamente,
constatarão que apenas podem dar o que vocês encontraram em si.
Qualquer que seja a roupa que vocês deem a isso, qualquer
que seja a expressão que vocês lhe deem, vocês apenas podem dar o que vocês
são.
Vocês não podem dar o que vocês não
são, isso é impossível.
E é dessa falta, dessa incompletude –
que está presente em vocês – que decorrem todas as abordagens amorosas, sem
exceção.
A partir do instante em que vocês são
preenchidos do Amor de si mesmos, e não nessa pessoa, mas no sentido o mais
autêntico, não pode existir a mínima projeção de expectativa, a mínima projeção
de falta, a mínima interrogação, porque, de algum modo, vocês substituíram a
relação pela Comunhão.
E essa Comunhão não se importa, em
definitivo, com faltas do outro, quer elas sejam aparentes ou escondidas,
porque o que emana de vocês, naquele momento, não pode, em caso algum, ser
alterado por uma relação, qualquer que seja (de dependência, de filiação ou,
mesmo, no amor o mais equilibrado).
Enquanto vocês não encontraram a si
mesmos em sua natureza de Amor, farão apenas reproduzir situações de falta que,
inexoravelmente, traduzir-se-ão por desequilíbrios, porque eles são
preexistentes devido, mesmo, à falta.
Alguns de seus provérbios, no
Ocidente, dizem: «a caridade começa por si mesmo».
Como vocês podem esperar encontrar,
em outro lugar que não em si mesmos algo que os satisfaça, enquanto não
realizaram o que vocês São, e o conjunto de todos os outros Irmãos e Irmãs,
situações, já está em vocês?
É impossível encontrar um
contentamento: no máximo, ele irá de um dado momento de sua vida até o fim de
sua vida.
E vocês parecem eternos, mas sabem
que esse amor não é, jamais, eterno, porque ele se dissolve após a morte.
E aí se produz, novamente, a falta, a
insuficiência, o sentimento de perda, o sentimento de abandono e de ter perdido
algo de essencial.
Isso é profundamente diferente se
vocês são, vocês mesmos, a própria natureza do Amor.
Se vocês se encontraram, jamais
poderá existir, através de um desaparecimento, qualquer que seja, um sentimento
de falta.
O amor é, portanto, no sentido o mais
humano, a tradução de uma falta, a tradução de um medo, de uma insuficiência.
Quando o Amor o mais autêntico está
aí, ele se basta por si mesmo.
Não é por isso que ele se fecha, bem
ao contrário, é, justamente, naquele momento, que ele é liberado e pode,
efetivamente, emanar do Ser para todo Ser.
E esse Amor é chamado incondicional.
Ele faz apenas traduzir a realidade
do Amor, que está além de toda relação, mas que se estabelece – como vocês o
vivem, talvez, agora – em diversas Comunhões que vivemos com vocês, que vocês
vivem entre si, e que passa das palavras, que passa das faltas, porque há uma
completude possível, e presente, de cada lado.
O Amor é o motor da vida, ele é o
agenciamento da vida, ele é, dela, ao mesmo tempo, a justificação, o pretexto e
o fundamento.
Então, o humano procura –
frequentemente, no outro, ou alhures, em outras Dimensões – o Amor que é ele
mesmo.
Como vocês sabem, há uma forma de
restrição ao amor: o simples fato de perder a consciência entre a vida e a
morte, e a morte e a vida, não permite encontrar uma continuidade.
Não há, aliás, continuidade de pessoa:
no máximo, existe uma continuidade através do que foi nomeado o Carma.
E, no entanto, todos os seres que
escaparam desse corpo, por uma razão ou por outra, conscientizaram-se,
realmente, da natureza do que eles são.
Mesmo sem ir muito longe, fora desse
corpo, mesmo sem ir muito longe, fora dessa Dimensão, o Amor é onipresente.
É como se a carne, nesse mundo, fosse
um amortecedor, um freio que impediu de viver a realidade do Amor, tal como
algumas experiências podem dá-las, propiciá-las.
Mesmo na carne, há, sempre, a noção
de buscar um complemento, e nós todos sabemos que esse complemento – que é
encontrado – dura apenas alguns instantes.
Porque, se ele durasse eternamente,
não teria qualquer necessidade de reproduzir-se na carne, ele estaria presente
em todos os tempos.
Então, obviamente, o que é que faz
com que essa humanidade, nessa carne, esteja, sempre, nessa falta, nesse medo?
É, obviamente, a dificuldade para
amar-se a si mesmo, mas não amar-se como pessoa, amar-se como Princípio de
Vida.
Ora, esse Princípio de Vida foi,
justamente, em algum lugar, alterado, uma vez que, geralmente, nenhum ser
humano, salvo exceção, até o presente, não tinha a possibilidade de viver essa
natureza de Amor.
Então, obviamente, através dessa
falta, dessa insuficiência, todas as relações – quaisquer que sejam – farão
apenas traduzir uma idealização ou uma projeção de falta que tem necessidade de
ser preenchida.
Mas nós temos, todos, muita
dificuldade para encontrá-la no outro, qualquer que seja a relação.
Enquanto permanecemos ao nível de uma
relação de falta, jamais essa falta será preenchida.
Então, é claro, existem amores tão
fortes que, quando vocês dão todo o seu amor, quando se projetam, totalmente,
no que vocês dão ao outro, pode parecer-lhes estarem preenchidos de algo que
vem pôr fim a toda a falta.
Esse amor, qualquer que seja seu
aspecto, não poderá, jamais, durar além de certo tempo porque, efetivamente,
existe uma exaustão dessa projeção.
Ninguém pode estar, permanentemente,
nessa projeção, sem cansar-se.
Ninguém pode estar, permanentemente,
nessa doação de amor sem cansar-se, ele mesmo.
E, depois, há o exemplo de pessoas
que foram capazes de dar e de ser esse amor, permanentemente, e,
frequentemente, o que elas disseram foi que eram alimentadas por um Amor que
vinha de outro lugar, mas de outro lugar que não o coração delas, mas, simplesmente,
que o coração estava repleto de Amor, sem que houvesse necessidade de
justificação, sem que houvesse necessidade de relações, sem que houvesse
necessidade de traduzir qualquer sofrimento ou qualquer falta.
Isso foi profundamente verdadeiro,
para inúmeros místicos, em sua forma de adoração à Luz ou a um personagem que
tenha vivido esse Amor, que o manifestou.
Naquele momento, para aqueles seres, o
Amor não tinha necessidade de ser projetado, porque ele emanava,
espontaneamente, deles mesmos, para além de qualquer vontade e para além,
mesmo, da noção de fazer o bem, porque eles eram o Bem, e porque o que
irradiava deles não tinha necessidade de justificar-se, de mostrar-se ou de
demonstrar-se.
Então, é claro, no estado desse mundo
no qual vocês vivem e, talvez, com o que vocês tenham vivido, as coisas são
profundamente diferentes.
Porque o Amor incondicional, o Amor
Vibral, de algum modo, permitiu-lhes reconectar a natureza profunda da Vida e,
hoje, talvez, vocês vivam estados de graça, mais ou menos intensos, mais ou
menos pronunciados, mais ou menos evidentes.
A partir do instante em que vocês
encontraram, sem ter procurado, a partir do instante em que vocês reconhecem o
que vocês São, o Amor está aí.
Não há qualquer alteração desse mundo
que se mantenha.
Não há qualquer limitação desse mundo
que possa impedi-los de encontrar o que vocês São, quaisquer que sejam as
circunstâncias, mesmo as mais penosas, de uma vida humana.
E, aliás, nós todos sabemos que é nos
momentos os mais difíceis, nos momentos de grande sofrimento, nos momentos de
grande perda que um ser humano é capaz, geralmente, de manifestar o que ele É,
para além de qualquer artifício.
Porque, naqueles momentos, os
mecanismos de projeção são aniquilados.
Porque, naquele momento, todos os
sonhos – tudo o que havia sido construído por uma razão importante – parecem
devastados e destruídos.
E é, no entanto, nesses momentos, que
eclode o verdadeiro Amor, aquele que não depende de qualquer circunstância, nem
exterior nem relacional.
Os Irmãos e as Irmãs que viveram
experiências nomeadas «às portas da morte» trouxeram a lembrança desse Amor que
se tem além do visível, ilustrado por um grande Ser, por um membro da família
que morreu ou, ainda, pelo que se tem atrás de tudo isso, ou seja, o Sol, a Luz.
Então, é claro, a lembrança da
experiência, em si mesmo, mesmo a mais imponente e a mais potente, não é a
causa da mudança dessas pessoas, desses Irmãos, dessas Irmãs que viveram isso.
E, no entanto, fica nelas, além da
lembrança, essa emanação de Amor tão específica, que não depende de qualquer
contexto e, sobretudo, de qualquer vazio Interior, de qualquer sofrimento, de
qualquer medo, de qualquer perda.
Isso, nós todos conhecemos ao nosso
redor.
E, depois, há, também, seres que, por
uma razão ou por outra, encontram-se a emanar esse Amor e a viver o que são
nomeadas graças, êxtases, Samadhi,
que não dependem de qualquer circunstância exterior e, simplesmente, de uma
circunstância Interior.
Esses Seres são, então, capazes, sem
decidi-lo, sem querê-lo ou sem desviar-se disso, de emanar, permanentemente,
essa qualidade específica de Vida que é o Amor autêntico, incondicionado e
incondicional.
Cada vez mais, hoje, Irmãos e Irmãs
despertam para essa Verdade e vivem-na.
Isso se faz através de certo número
de balizas.
Essas balizas, vocês as conhecem: são
os Pilares, são as Vibrações, são o que acontece ao nível do que é chamada a
energia, a Vibração, a consciência.
A consciência é Amor, ela mesma.
E, no entanto, as guerras são,
sempre, tão presentes, no entanto, os conflitos são, sempre, tão presentes.
As coisas mudam, porque, para aqueles
de vocês que vivem os contatos conosco, vocês sabem, efetivamente, que o que
vocês vivem nada tem a ver com um amor condicionado ou condicionante, vivido
sobre esse mundo, mesmo no laço o mais forte existente entre uma mãe e seu
filho: não há comparação com o que vocês podem viver na Comunhão.
Isso se produz e é cada vez mais
frequente.
Vocês o constatam, tanto em si como
ao seu redor; vocês estão, aliás, aqui, para isso.
É importante aceitar, antes de poder
irradiar, que o único Amor possível situa-se no Interior de Si, e que, quanto
mais a pessoa que vocês creem ser apagar-se (através de um choque, através de uma
diligência), mais esse Amor pode irradiar, manifestar-se.
É como se a ausência de interação com
a natureza do que nós somos, limitando-se (por uma razão, desta vez, exterior),
impedisse qualquer alteração do que irradia.
É nessas circunstâncias que se
produzem os acessos ao Si, ao Despertar, à Realização.
É nesse nível que se realiza o Samadhi, a Paz.
E, depois, temos falado da Morada de
Paz Suprema, que é esse estado, e que vem transcender tudo o que pode ser
conhecido, em todo amor projetado, como em todo amor encontrado em si e
irradiado.
É, ainda, algo mais, que remete para
além do humano e que, no entanto, permanece, totalmente, humano.
Então, é claro, tudo isso pode
parecer experiências, tudo isso pode parecer muito complexo, muito difícil,
sobretudo através das experiências da vida desse lado.
Existe, contudo, a possibilidade,
hoje, de não mais ser afetado pelo que quer que seja desse mundo, sem, contudo,
dele desviar-se, sem, contudo, condenar esse mundo, mas, efetivamente, nele estando,
qualquer que seja.
Ninguém disse que era fácil, mas, em
todo caso, é o que inúmeros de vocês experimentaram ou continuam a
experimentar, ou mesmo a viver: esse Amor não condicionante, porque ele não é o
reflexo de uma falta, mas é o reflexo do que foi conhecido no Si, redescoberto
no Si, e que permite, portanto, uma irradiação, para além de todo desejo, para
além de toda falta projetada ao exterior de Si.
Isso é o Amor, porque é a vida.
E, quando a Vida é encontrada, a
Graça está aí.
Quaisquer que sejam as palavras que
vocês aponham, é, sempre, esse mesmo sentimento de ser pleno e de que nada mais
pode esvaziá-los.
Essa plenitude, quer vocês a chamem
Alegria, Samadhi, Shantinilaya, resulta, de fato, disso,
ou seja, dessa plenitude, esse sentimento de ser completo, de nada mais ter a
fazer que não amar.
Porque, a partir do instante em que o
Amor serve a algo de lógico (uma filiação, uma relação com um filho, com um
pai, uma relação de casal), esse amor será, sempre, uma projeção.
Ele encontrará, apenas muito
raramente, o equilíbrio.
Então, existem casais que passam o
conjunto da vida neles, mas isso não é o Amor Vibral, é um amor que encontrou
um equilíbrio estável, e vocês sabem, muito bem, que isso está longe de ser o
mais frequente e longe de ser o mais fácil a viver para todo mundo.
E depois, hoje, vocês são capazes de
estabelecer Comunhões, quer seja com outros Irmãos e Irmãs, conosco, Estrelas,
Anciões, Arcanjos, com o Sol e com a Terra.
Tudo isso porta diferentes nomes,
tudo isso lhes foi explicado.
E, quando isso se produz em vocês,
mesmo se não seja permanente, dá-lhes a viver algo de diferente, no qual a
necessidade de projetar um amor, a necessidade de amar (em seu sentido o mais
nobre) não existe mais, porque vocês São Amor.
Sendo Amor, vocês não têm necessidade
de amar na projeção: basta, simplesmente, Ser, deixar sua natureza
manifestar-se.
É, aliás, através desse ato de deixar
manifestar-se sua natureza que se realiza, o mais facilmente, aquilo de que
falamos, incessantemente, há algum tempo, que é o Abandono: Abandono à Luz,
Abandono do Si, ou seja, o momento em que a vontade do Eu não existe mais.
E vocês todos sabem que há pessoas
que procuram o Amor, permanentemente, e, outros, que nada procuraram.
Mas, enquanto há uma busca do Amor,
vocês não podem Ser Amor.
De fato, é como se a marcha
produza-se ao inverso.
A falta induz essa procura, a procura
induz uma projeção, a procura de um ideal (eu repito, seja uma pessoa ou uma
profissão ou o que quer que seja mais) que vai nutri-los.
E o que os nutre e preenche-os vem,
efetivamente, do exterior, nesse caso.
Mesmo se vocês sintam seu coração,
por alguém, por algo, se vocês olham, de maneira objetiva, verão, efetivamente,
que é, sempre, a mesma coisa: qualquer que seja a expressão desse amor,
qualquer que seja o objeto desse amor, há, em definitivo, sempre subjacente,
uma falta, uma necessidade de completar, uma necessidade de interagir, também.
Isso é profundamente diferente do que
se vive quando sua natureza revela-se a vocês, porque, naquele momento, a fonte
de Amor é vocês mesmos.
Não há mais que se colocar a questão a
dar do Amor.
Não há mais que se colocar a questão
de saber se amamos ou não, porque o Amor é sua natureza e não é mais nem uma
projeção, nem uma ocupação, nem um ideal.
Apenas esse Amor que é, se posso
dizer, autêntico, porque ele não depende, justamente, de uma causa exterior: ele
não depende de uma relação, ele não depende de uma pessoa, não depende de
ninguém.
Ele é o que vocês São.
Então, naquele momento, não há mais
esforço a fazer, não há que prestar atenção no que quer que seja: vocês se
tornaram, realmente, o que vocês São, naquele momento; o Amor emana de vocês
como o que ele é, ou seja, sua natureza.
E o que se vive, naquele momento,
através de seres, através de situações, de ocupações não tem mais, de modo
algum, o mesmo sabor, não tem mais, de modo algum, a mesma coloração de algo a
preencher, de algo que falta.
O que vocês vivem, naquele momento, é profundamente diferente.
E, no entanto, apesar disso,
frequentemente, o ser humano tem necessidade de completar, porque o corpo é
assim feito, aqui, sobre esse mundo, que ele é incompleto.
Basta falar de complementaridade, de
olhar a própria constituição dos corpos, para dar-se conta de que um é feito
para o outro, mesmo ao nível da carne, independentemente dos sentimentos,
independentemente, mesmo, da natureza dos sexos.
Tudo isso representa, em definitivo,
apenas algo que exprime só exprime uma falta.
E, em contrapartida, no momento em
que vocês descobrem ou redescobrem a natureza que vocês São, então, naquele
momento, não existe mais sentimento de incompletude, mesmo se existam relações,
ainda, mesmo se exista uma necessidade de não estar só, mas é profundamente
diferente, porque a fonte do Amor é vocês mesmos e, aí, vocês estão prontos
para Comungar, consigo mesmos e com o outro e, também, para irradiar esse Amor,
sem querê-lo, em tudo o que vocês tocam, tudo o que vocês olham.
Aí, não pode existir qualquer falta,
não pode existir qualquer traição, qualquer incerteza, e vocês apenas podem
dar, lembrem-se, o que vocês encontraram.
Vocês não podem dar o que não adquiriram,
mas não «adquirir», no sentido de possuir, não «adquirir», no sentido de
guardar para si, mas, efetivamente, reconhecer a natureza da Vida, a natureza
da Graça, a natureza do Amor que é, de fato, a única natureza possível.
Naquele momento, vocês vão constatar –
e constatam-no, cada vez mais, nesta época específica na qual vocês estão
encarnados – que, obviamente, as regras do jogo, se se pode dizê-lo, não se
exprimem do mesmo modo em todos os níveis.
Existem muitas coisas que são
chamadas de progresso, que são chamadas de evolução que, sem falar da realidade
delas, traduzem, em todo caso, a modificação do jogo amoroso, e eu entendo por
jogo amoroso não, unicamente, o jogo entre dois seres, mas o jogo amoroso de
toda a vida.
Enquanto o jogo amoroso é baseado no
que eu chamei o medo, o sofrimento, a perda, ele não pode ser saciado.
A partir do instante em que o jogo
amoroso exprime-se no momento em que vocês reconheceram o que vocês São, pelo Fogos
do Coração, pela Coroa Radiante, por inúmeras coisas que lhes foram,
longamente, explicitadas, então, vocês observarão que, naquele momento, as
coisas mudam, porque não existe mais falta.
Existem, é claro, interrogações sobre
o próprio sentido da vida, existe um questionamento que pode concernir a outros
medos, quer concirnam ao trabalho, aí também, o medo da falta, o medo de não
ter o que comer, de não ter teto.
Quando o Amor emana de vocês, que
encontraram sua natureza, tudo se torna diferente, porque leis vão exprimir-se
que os fazem sair da ação/reação permanente, seja o que vocês nomearam a
Fluidez da Unidade, as sincronias, as leis de Atração e de Ressonância.
Quando vocês são Amor, o Amor vem a vocês.
E esse Amor exprime-se, não,
unicamente, através de pessoas ou de situações agradáveis, mas tudo o que é
necessário, para vocês, então, é provido, porque é, exatamente, o que acontece,
se vocês são Amor: nada pode fazer falta, o que quer que aconteça no exterior
ou no Interior, tudo lhes aparecerá e será vivido do modo o mais exato, sem falta
e sem medo.
Isso quer dizer, também, e ilustra o
que nós lhes dizemos: que há apenas duas coisas, o medo ou o Amor.
O medo que traduz, unicamente, a
falta, a insuficiência e os diversos medos.
E o Amor, é claro, que é, não o
oposto do medo, nem mesmo a outra vertente, mas que é, efetivamente, a
expressão de algo que se encontrou.
Tendo encontrado a Vida, a Vida
encontra-os.
E as circunstâncias de sua vida vão
desenrolar-se diferentemente.
É impossível, para aquele que vive o
Amor em seu Coração (no sentido o mais Vibral), que acede ao Samadhi, poder exprimir a mínima falta,
a mínima incompletude e o mínimo medo.
É nesse sentido que nós lhes dizemos,
sempre: medo ou Amor, porque, frequentemente, vocês têm a impressão de que os
dois coexistem: um dia, há o Amor, outro dia, há o medo.
Mas, quando o Amor está aí, não pode
existir o medo.
Não pode existir o sofrimento,
qualquer que seja, no psiquismo ou no corpo, porque o que quer que se produza na
cabeça, no corpo, nas relações, o Amor está aí.
Em vocês, mesmo se algo termina em
uma relação, no que quer que seja, se vocês se reconheceram no Amor, nada pode
faltar.
Se algo falta, então, isso os remete
às suas próprias faltas, e ao que vocês projetaram dela, através de um ideal,
através de uma necessidade ou de uma falta.
Seja uma necessidade, uma falta, um
desejo ou um ideal, nada, estritamente, muda no que isso é.
Enquanto o Amor permanece, para
vocês, uma investigação, ele fará apenas traduzir uma falta.
Enquanto, para vocês, o Amor está em outro
lugar que não Aqui e Agora, mesmo através de uma busca espiritual, vocês se
afastam de si mesmos.
O Amor, como foi dito de diferentes
modos, não tem que ser procurado, uma vez que é o que nós Somos.
De fato, é preciso, simplesmente,
perceber o que nós Somos.
E, quando percebemos o que Somos,
mais nenhuma falta pode sobrevir.
Nós estamos bem longe, eu lhes
garanto, da abordagem comum, no Ocidente como no Oriente, da evolução de
relações entre os homens e as mulheres, entre os homens e as mulheres e a
sociedade, ou, mesmo, nas relações supostas de serem as mais duradouras, como
as relações ligadas ao sangue, ao DNA, à família.
Existe, portanto, um mal-estar: é
que, enquanto o humano não estiver voltado para si mesmo, não para procurar-se,
mas, efetivamente, para manifestar o que ele é, tudo o que for manifestado no
exterior será insuficiente, deficiente.
É normal.
Outros disseram: «busquem o reino dos
céus, e todo o resto ser-lhes-á dado».
O reino dos céus está dentro de
vocês, são, portanto, efetivamente, vocês que precisam procurá-lo, não como uma
busca no exterior, em um conhecimento qualquer, uma relação qualquer, mas, sim,
encontrando a natureza que nos anima e que nós somos.
Realizando isso, todas as
contrariedades desse mundo nada representarão porque, progressivamente e à
medida que esse reconhecimento faz-se, o conjunto de circunstâncias da vida vão
estar em harmonia com isso.
E isso concerne, absolutamente, a
todos os setores, porque o Amor é Abundância, ele não pode, jamais, ser
privação.
Então, é claro, existem situações nas
quais um grande sofrimento pode fazer aparecer o Amor.
Mas, justamente, o Amor aparece
nesses casos de sofrimento, porque há um vazio tão intolerável que o Irmão, a
Irmã para quem isso acontece pode apenas encontrar, em si, o recurso.
E, este, não se encontra, ele emerge,
a partir do instante em que vocês não procuram mais.
Geralmente, quando eu falo de eventos
traumáticos, pode tratar-se da perda de um próximo, de um trabalho ou de algo que
seja julgado como importante, que tem valor para aquele que o vive, e que
desapareceu.
Como o diz um interveniente, muito
frequentemente, mudem de olhar, aceitem que vocês são Amor, porque essa
aceitação, não essa crença, vai traduzir-se pela plenitude (ndr: BIDI).
E, nessa plenitude, há lugar para
todos, uma vez que essa plenitude não pode, jamais, esgotar-se.
Ela não depende de circunstâncias
exteriores, ela não depende do sentimento de gratificação que vocês possam
obter, mas depende apenas de vocês mesmos, não em um confinamento, mas em uma
verdadeira abertura, que não é mais a projeção de uma falta ou de uma
insuficiência.
Então, naquele momento, vocês
descobrem a Liberdade.
Vocês não têm mais necessidade de
amar ou de não amar.
Vocês descobrem que o Amor é sua
natureza, tudo se torna profundamente diferente.
É isso, a Liberdade que conduz à
Liberação.
Essa independência, essa autonomia
está em ressonância direta com a Liberdade e com o Amor.
É isso que vocês devem realizar, não
procurar, não compreender, mas viver, uns e os outros.
Nós lhes dizemos que a compreensão
para nada serve, ela é apenas justificação para o mental, ela é apenas cálculo,
ela é apenas lógica.
O Amor não tem que ser lógico: ele É,
simplesmente.
Enquanto vocês põem a lógica à
frente, isso corresponde a uma falta.
Enquanto vocês põem uma organização à
frente, isso, também, corresponde a uma falta, porque o Amor, em sua
espontaneidade, não tem que estar em uma lógica ou em uma razão.
Ele é o que se exprime o mais
naturalmente do mundo, porque, eu repito, é o que nós Somos.
Mesmo a guerra não aniquila o que nós
Somos.
Mesmo a morte não pode aniquilar o
que nós Somos.
E é, justamente, o que nós somos, que
é Amor.
Enquanto vocês projetam ao exterior
(através, mesmo, de uma busca, qualquer que seja), vocês manterão a falta,
vocês não a preencherão, jamais.
E isso, sua vida, e tudo o que é
humano, representa isso.
Enquanto o humano não é humano,
enquanto ele não reencontra sua natureza, toda sua vida será submetida ao que é
nomeado ação/reação, e a ação/reação mantém a perpetuação.
A ação/reação mantém o que vocês
nomeiam o livre arbítrio, que não é a Liberdade.
E, assim, de reação em reação, de
busca em busca, o ser humano afasta-se, cada vez mais, de sua natureza.
É essa exteriorização da consciência,
através dessa busca, que cria a aparência da falta do amor, que cria as
guerras, que cria as insuficiências, as rupturas, as chantagens.
Não há alternativa que não a de
encontrar-se a si mesmo.
Então, é claro, a época que há a
viver, e que vocês vivem, é, nessa diferença que o Amor veio a vocês, ele veio
despertá-los.
Muitos despertam, hoje, e descobrem –
um pouco como ao acordar, pela manhã – que eles despertam de um pesadelo no
qual tudo era falso, no qual o sentido de valores é completamente
redistribuído.
Mesmo se isso não seja chamado Amor,
é o Amor que age.
Enquanto o Amor está ausente, haverá,
sempre, competição, haverá, sempre, comparação, haverá, sempre, falta e
insuficiência, e haverá, sempre, medo.
Quando o Amor está aí, tudo se
transforma, tudo se torna diferente.
A Liberdade torna-se real.
A Autonomia torna-se real.
Não pode existir insuficiência.
E, naquele momento, o conjunto de
medos que esteja presente, quaisquer que sejam, desaparece, inteiramente,
porque nada há a preservar.
Quando a natureza do Amor é
reencontrada, a Vida flui dela mesma.
Quaisquer que sejam as circunstâncias,
não podem existir privações no Amor, mesmo se vocês não tenham o que comer,
mesmo se não tenham teto.
É a ausência de Amor que os faz
buscar, ativamente, preservar-se dessas desventuras.
Mas, quando o Amor é encontrado, como
dizia o CRISTO: «será que o pássaro preocupa-se com o que ele vai comer amanhã?».
O Amor não se preocupa com nada.
Ele é Vida.
Ele é a Verdade e, quando vocês estão
sob essa Verdade, a ação/reação desaparece, é substituída pela Graça, e a Graça
é atuante, ela fará tudo para que sua vida seja a Vida.
A abordagem é profundamente
diferente.
Em um caso, há projeção.
No outro caso, há Acolhimento e
Doação.
É um ou o outro.
Não há alternativa e vocês vão
vivê-lo, se já não o vivem, porque as circunstâncias desse mundo vão fazer com
que esse mundo reencontre-se em face do que ele construiu, em relação às suas
faltas.
Tudo o que é o progresso moderno,
tudo o que foi desenvolvido e construído – tanto na matéria como na cabeça – tinha
por função apenas evitar a falta, conferir o que vocês chamam o conforto.
Conforto que vocês obtiveram no
Ocidente (ou, em todo caso, nos países ricos).
Mas de que vale esse conforto se há a
falta?
De que vale esse conforto se há não
reconhecimento do Amor?
Estritamente, nada vale, porque ele
os apaga, ele os entorpece, ele os anestesia, e afasta-os do que vocês São.
E isso cria uma avidez, e isso faz
com que a alma vá buscar experiências que possam satisfazê-la, através de
outro, através de um filho, através de uma profissão, através de uma atividade,
qualquer que seja.
Quanto mais o Amor cresce e mais o
Amor emana e irradia de vocês, menos isso pode preocupá-los.
E, quando vocês chegam ao Final,
vocês continuarão Amor, e todo o resto desaparece.
Foi o que eu manifestei, em alguns
momentos, em minha vida e, no entanto, talvez vocês o saibam, eu fui casada, eu
tinha muitas pessoas ao redor de mim.
Todas essas pessoas que vinham
nutrir-se, não de mim, mas do Amor, porque havia uma ressonância que se criava.
É claro, nem todos tiveram a
ressonância suficiente para reencontrar o que eram, porque as faltas e as
projeções criam, de algum modo, uma barreira que se torna cada vez mais rígida,
porque ela é construída sobre o medo e o medo rigidifica.
Ela impede o Amor que nós Somos de
exprimir-se.
Então, é claro, enquanto vocês olham
a falta, vocês procuram preenchê-la.
Enquanto vocês olham o objeto de seu
desejo, procuram possuí-lo.
Mas, se vocês fazem cessar tudo isso,
então, o Amor está aí.
Não aquele que vocês querem, não
aquele que vocês esperam, mas aquele que sempre esteve aí, no meio de seu
peito.
Hoje, ele se descobre, cada vez mais
facilmente, porque as circunstâncias querem isso, vocês sabem.
Então, eu apenas posso convidá-los a
viver, não conforme seus desejos, não conforme suas faltas, mas conforme o Amor
e conforme a Graça porque, na Graça, há a Vida, e a Vida não lhes causará,
jamais falta, o que quer que vocês tenham a viver.
É, sempre, o mental, a falta que vai
induzir ações de preservação da ilusão, através da segurança, através de laços
que vocês criam, através de invenções, através de criações.
Tudo isso, de fato, é destinado
apenas a projetar seu próprio amor e mascarar a falta da natureza que nós todos
Somos.
Assim há, portanto, também, nesse
nível, uma espécie de Reversão e de inversão.
O apelo da Luz, hoje, é de fazê-los
viver isso.
Então, quaisquer que sejam as
circunstâncias de sua vida, não se queixem, não as rejeitem, porque sua visão
inscreve-se, geralmente, apenas na emoção do momento ou na compreensão
intelectual e lógica do que vocês tinham e do que não têm mais.
Se o tempo escoa-se, vocês
constatarão, por si mesmos, e todos vocês fizeram essa experiência, de que o
que lhes faltou, um dia, através de uma perda e de um luto, termina sempre,
sempre, por desaparecer.
E qual é o agente que o faz
desaparecer?
O tempo.
Porque a falta é, sempre, inscrita no
tempo.
O Amor não é inscrito em qualquer
tempo.
Ele os faz escapar das consequências
do tempo.
O amor Vibral: o Amor que se dá.
Reflitam nisso, porque esses
mecanismos estão trabalhando, absolutamente, para tudo.
Ora, hoje, o que acontece e o que
acontecerá, cada vez mais, é que vocês são regados à Fonte e à Natureza do que
vocês São, quer vocês nomeiem isso de Supramental, Onda de Vida, Êxtase, Samadhi, Shantinilaya e suas múltiplas declinações, isso não tem qualquer
espécie de importância.
Tudo isso é apenas um convite para
darem-se, vocês mesmos, ao que vocês São, para nada esperarem porque, quando
nada se espera, tudo está aí, não há falta.
Nós somos, todos, o Amor, a Vida e a
Graça, o Caminho, a Verdade e a Vida.
Sem qualquer exceção.
Somente os filtros e os Véus, as
experiências do passado, os traumatismos, a falta, o medo afasta-nos disso.
Então, há apenas o Amor para
preencher.
Há apenas o Amor para ser o que nós
Somos, de maneira infinita, para além desse tempo, como de todo tempo.
Esse Amor, quando é encontrado, não
pode ser limitado, não pode ser amputado e não desaparece com a morte.
Porque vocês encontraram o que vocês
São: vocês são Eternidade.
Antes, em momento algum vocês podem
viver, vocês podem apenas supor ou imaginar.
Mas, a partir do instante em que o
Amor está, realmente, aí, vocês são a Totalidade, vocês são o Tudo.
Aí estão os elementos que eu desejava
aportar-lhes e que decorreriam, talvez, do que acontece agora, mas do que eu,
realmente, vivi, em minha encarnação passada.
Aí está o essencial porque, se vocês
aceitam olhar, objetivamente, vocês se aperceberão que, realmente, é a única
Verdade.
Ela não é relativa, ela traduz o
Absoluto de todas as relações, e tudo o que pode existir sobre esse mundo e
alhures.
O que é diferente nos outros mundos,
nos mundos que nós nomeamos unificados ou multidimensionais, é que a expressão
do Amor não é contaminada por nada, freada por nada: não há nem opacidade, nem
cálculo, nem lógica, nem razão, nem apego.
Há Liberdade total de movimento, de
ressonância, de Comunhão.
Não há qualquer confinamento
possível, enquanto tudo o que foi construído sobre esse mundo, desde muito
tempo, obriga a separar, a confinar.
Isso é visível, mesmo, nos modos de
vida.
Isso é visível em tudo o que é dado a
ver, em tudo o que lhes é dado a experimentar nesse mundo.
Olhem, claramente, e compreenderão,
naquele momento, vocês apreenderão que o Amor não é algo que se tome, nem que
se troque.
O Amor é Doação, porque a Vida é
Doação e porque a Vida é a Graça.
Reencontrar a Graça, viver a Graça e
o Êxtase é a essência de sua Natureza, ou seja, que vocês se encontraram.
Encontrando-se, vocês encontraram o
resto do mundo, encontraram o Amor.
Terminei minha intervenção.
Estabeleçamo-nos, se quiserem, todos
juntos, nessa Doação, nesse acolhimento, no Amor que nós Somos, para além de
toda consideração, para além de toda expectativa, de toda projeção, de toda
esperança, mesmo, simplesmente, instalando-nos nesse tempo presente, que não
depende de qualquer tempo e que, portanto, escapa do tempo.
Assim é o Amor, assim é a Verdade.
MA ANANDA MOYI ama-os, porque é a
Natureza dela.
Vocês me amam, porque é sua Natureza,
sem cálculo e sem condição, sem suposição.
Eu os amo.
Até breve.
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Compartilhamos estas informações em toda transparência. Obrigado
por fazer do mesmo modo. Se você deseja divulgá-las, reproduza a integralidade
do texto e cite sua fonte: http://www.autresdimensions.com/.
O que eu quero dizer com isso é que, se a essência do Amor estivesse presente, em cada um de nós, na encarnação, não haveria mais qualquer problema de relação, qualquer problema de guerra, de competição, de predação ou de incompreensão <> Enquanto vocês não encontraram a si mesmos em sua natureza de Amor, farão apenas reproduzir situações de falta que, inexoravelmente, traduzir-se-ão por desequilíbrio <> É importante aceitar, antes de poder irradiar, que o único Amor possível situa-se no Interior de Si, e que, quanto mais a pessoa que vocês creem apagar-se (através de um choque, através de uma diligência), mais esse Amor pode manifestar-se <> Quando vocês são Amor, o Amor vem a vocês. E esse Amor exprime-se, não, unicamente, através de pessoas ou de situações agradáveis, mas tudo o que é necessário, para vocês, então, é provido, porque é, exatamente, o que acontece, se vocês são Amor <> Quando a natureza do Amor é reencontrada, a Vida flui dela mesma. Quaisquer que sejam as circunstâncias, não podem existir privações no Amor, mesmo se vocês não tenham o que comer, mesmo se não tenham teto. É a ausência de Amor que os faz buscar, ativamente, preservar-se dessas desventuras <> O Amor não se preocupa com nada. Ele é Vida. Ele é a Verdade e, quando vocês estão sob essa Verdade, a ação/reação desaparece, é substituída pela Graça, e a Graça é atuante, ela fará tudo para que sua vida seja a Vida <> Vocês vão viver o Amor, se já não o vivem, porque as circunstâncias desse mundo vão fazer com que esse mundo reencontre-se em face do que ele construiu, em relação às suas faltas <> Tudo o que é o progresso moderno, tudo o que foi desenvolvido e construído – tanto na matéria como na cabeça – tinha por função apenas evitar a falta, conferir o que vocês chamam o conforto. Conforto que vocês obtiveram no Ocidente (ou, em todo caso, nos países ricos). Mas de que vale esse conforto se há a falta? De que vale esse conforto se há não reconhecimento do Amor?
ResponderExcluirMA ANANDA MOYI: é, 'A MENSAGEM', sobre o AMOR.
ResponderExcluir"Não poderia existir a mínima vida sem Amor e, no entanto, na superfície desta Terra, o que é dado a ver é tudo, exceto o Amor, pelo menos em uma aparência.
A partir do instante em que você se encontrou a si mesmo, o Amor escoa e flui de você mesmo, o que lhe dá a viver.
A partir do instante em que um ser humano, um Irmão, uma Irmã, encontra-se a si mesmo, ele irradia, manifestamente, esse Amor, sem ter necessidade de procurar outro amor,...
A partir do instante em que vocês são preenchidos do Amor de si mesmos, e não nessa pessoa, mas no sentido o mais autêntico, não pode existir a mínima projeção de expectativa, a mínima projeção de falta, a mínima interrogação, porque, de algum modo, vocês substituíram a relação pela Comunhão.
Como vocês podem esperar encontrar, em outro lugar que não em si mesmos algo que os satisfaça, enquanto não realizaram o que vocês São...
O amor é, portanto, no sentido o mais humano, a tradução de uma falta, a tradução de um medo, de uma insuficiência.
Quando o Amor o mais autêntico está aí, ele se basta por si mesmo.
E esse Amor é chamado incondicional.
Então, o humano procura – frequentemente, no outro, ou alhures, em outras Dimensões – o Amor que é ele mesmo.
...que eclode o verdadeiro Amor, aquele que não depende de qualquer circunstância, nem exterior nem relacional.
Existe, contudo, a possibilidade, hoje, de não mais ser afetado pelo que quer que seja desse mundo, sem, contudo,...
Mas, enquanto há uma busca do Amor, vocês não podem Ser Amor.
Quando vocês são Amor, o Amor vem a vocês.
...nós lhes dizemos: que há apenas duas coisas, o medo ou o Amor.
...porque o Amor é Abundância, ele não pode, jamais, ser privação.
...o livre arbítrio, que não é a Liberdade."
Amada, ANANDA, só uma poetisa do 'Verdadeiro Amor', pode exprimir-se assim.Contaminante.
Noemia