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20 de jul. de 2012

BIDI – 20 de julho de 2012



Mensagem publicada em 21 de julho, pelo site AUTRES DIMENSIONS.


Áudio da Mensagem em Francês

Link para download: clique aqui



Bem, BIDI está com vocês.
E ele os saúda.
Vamos, então, trocar.

Questão: poderia dar-me a frase a formular para refutar meu apego ao meu marido, do qual estou separada?
Eu sei que é o medo do abandono que eu quero superar.

Não é uma frase que refuta: é o ato.
Qualquer que seja a frase, ela lhe pertence.
Eu não posso, portanto, dar-lhe a frase.
O ato de refutar não se importa com palavras ou a formulação.
Não é uma afirmação, mas, efetivamente, a consciência e o mental que se leva à própria refutação.
As palavras não têm qualquer sentido.
Nenhuma palavra a fará superar o medo do abandono: é a consciência da refutação que agirá.

Questão: qual é esse «Eu» que não tem mais sentido algum, mas que não desaparece no Absoluto?

Mas, na medida em que você é Absoluto com forma, como você quer que o «Eu» desapareça, enquanto esse saco de alimento não está morto?
O «Eu» funde-se no Absoluto: você passa de um ao outro e do outro ao um, sem qualquer problema.
O «Eu» é transmutado, transformado.
Ele é aniquilado.
Ele desaparece no Absoluto e volta, assim que você volta em seu «Eu», ou seja, a esse saco (também, no «Eu sou»).

Enquanto o saco de alimento e de pensamentos está aí, você é Absoluto com forma.
O que quer que lhe seja dado a viver (e o que quer que você se dê a viver), o que resta não é o «Eu», quando você está no Absoluto com forma.
É o observador, imóvel (que sempre esteve aí), que vai traduzir pelo «Eu», porque é o «Eu» que você vive, quando o observador está em um saco, mas ele observa o saco.

Questão: o Absoluto é um mosaico de Êxtases comuns da Essência de todas as Consciências que passaram pela Dissolução?

Não é um mosaico porque, se falta uma peça no mosaico, não é mais um mosaico: é um holograma.
Ou – se prefere – o Centro em cada Centro: o Centro presente por toda a parte e em cada ponto.
Não é uma assembleia, não é uma reunião.
Portanto, não pode ser um mosaico.

Questão: o Absoluto revela-se quando não existe mais qualquer percepção/sensação, ali compreenda a percepção/sensação do coração do Coração?

O Absoluto não conhece qualquer percepção, qualquer Consciência.
Ele apenas conhece o Centro, em todo Centro.
O coração do Coração ali é sobreponível.
Não é mais o que gira em seu peito, mas o que está imóvel em seu peito, pode-se dizê-lo.

Questão: de seu ponto de vista, o que é uma origem estelar?

Uma origem estelar é, simplesmente, o momento em que você começou a experimentar um afastamento consciente (uma saída), no Si (sem rupturas), real.
Essa origem estelar dá, de algum modo, uma coloração à Expansão (uma coloração à experiência), de acordo com a quantidade presente em tal ou tal elemento que se encontra, também, no saco de alimento.
Ela dá uma ressonância.

Essa ressonância é, ainda, no Si, mas para além da forma, para além de todo «Eu», para além de todo Véu, para além de toda percepção, também, se não é, justamente, a coloração e a ressonância específica de uma estrela.
Mais, a própria estrela é Absoluto.
A Passagem faz-se através da estrela e, portanto, toma sua coloração naquele momento.
Mas a própria estrela é Absoluto, religada, de um lado, à FONTE e ao conjunto do que é nomeada estrela.

Questão: eu continuei a desengajar-me dessa identidade, desse falso Centro.
O Abandono está aí, por lufadas, mas o caos volta, por vezes.
Eu aceito, refuto.
Esse é o último caos?

Só você pode dizê-lo.
O caos é uma identificação ao «Eu», à pessoa.
O que quer dizer que, tanto o Si, em sua Última Presença, como o Absoluto não estão, ainda, suficientemente distinguidos no «Eu».
Existem, ainda, apegos.
O fato de vê-los não é o caos, mas é preciso atravessá-los.

Questão: desde que vivi Shantinilaya, tenho a impressão de ser apanhada pelo «mim» (seus pensamentos parasitas, seus pesos).
O que aconteceu?

Nada aconteceu.
O que se vive, agora, para além da noção de último caos, é a travessia do que deve ser atravessado.
Isso é destinado a mostrar-lhe onde você mesma situa-se.

Enquanto você procura uma causa exterior, você se engana.
É você e seu «Eu» que saíram do Manto.
Isso dito, é preciso atravessá-lo.

Você não pode julgar, de modo algum, o que você vive deixa afastar-se (se você o faz), ainda mais, do que você É.
O efeito não é perceptível no instante.
O que você viveu é uma experiência.
O Manto Azul da Graça concorre para estabelecer o Absoluto.
Mas você não desapareceu: a prova.

Nada é definitivo enquanto vocês não estão estabelecidos no Absoluto.
Apenas o ego é que chama de recaídas, porque ele quereria manter, sem parar, o Manto (etc, etc): a prova.
Há, portanto, um apego à experiência vivida, que é um obstáculo.

Enquanto você crê e espera que o Manto Azul da Graça vá instalar-se, definitivamente, você se afasta de você.

Não sejam apegados às suas experiências: vivam-nas, sem apegos.
E atravessem o que há a atravessar.
Dito em outros termos, não se ocupem com suas experiências: vivam-nas.
Não as julguem.
Não as interroguem.

Questão: eu não posso responder à questão: «quem é você?», mesmo se, cada vez mais, aconteçam coisas engraçadas no saco.

É, efetivamente, muito engraçado.
E será cada vez mais engraçado.

Portanto, o que é engraçado – no sentido de bizarro ou de humorístico – mostra-lhe que algo acontece.
Mas esse algo que acontece, observe-o: não se identifique a ele.

Quanto a saber se você é cada vez menos uma pessoa, há graus.
Quem disse isso?
Você será uma pessoa enquanto esse saco está aí.
Eu repito: é o olhar.

Você não pode suprimir sua pessoa enquanto esse saco está aí.
E, se você a suprime, o que é que a suprime, se não é a própria pessoa?
Mudar de olhar dá-lhe a ver que não é cada vez menos, mas que é radical.
Vá mais longe.
Ou mais perto.

Questão: como compreender a vastidão do Desconhecido com a ajuda do mental redutor?

Mas quem quer compreender, fora o mental?
Ele não pode compreender.
Tudo o que eu disse é, justamente, para parar de compreender.
Enquanto vocês estão no processo de compreender o que quer que seja, vocês nada compreenderão.
É, justamente, quando não há mais compreensão, que tudo está aí.

É, muito exatamente, o que eu disse, todas as vezes que eu vim: vocês não podem compreender.
O que compreende é o «Eu».
E o «Eu» não pode compreender o que ele não conhece.
Portanto, querer colocar-se, ainda, do ponto de vista do «Eu», para compreender o que vocês não conhecem – e não podem conhecer – mostra o quê?
Um mau ponto de vista.
Um mau lugar.

O Absoluto não pode ser compreendido: ele apenas pode ser vivido.
Nenhuma compreensão, nenhum livro pode realizar isso: é a partir do instante em que você para de compreender – ou de querer compreender – que o que sempre esteve aí se revela a você.

Questão: por que é preciso, ainda, arrastar esse cadáver?

Onde está o cadáver?
Esse saco de alimento vive.
Então, deixe-o viver.
Ele não é, jamais, um obstáculo.
Não é esse saco que é um obstáculo: é você, quando você se coloca no «Eu», naquele que quer compreender, que quer apreender, que quer apropriar-se, que procura, em algum lugar, o que já está aí, que quer a Luz, que procura a Luz.

Mas você não pode procurar o que você É.
Portanto, não há cadáver.
É uma má perspectiva.

Não temos mais perguntas. Agradecemos.

Então, eu diria, para terminar (e é o que eu já disse, não sei quantas vezes): não é um problema de compreensão, não é um problema de busca, não é um problema de encontrar, não é um problema de ver cadáveres ou livros.
Não é um problema de separar-se amigos.
O problema é vocês.

Mudem de ponto de vista.
Soltem aquilo que vocês creem ter: todas as suas aquisições, todos os seus esforços.
O Absoluto não é um esforço: é um Abandono.

Façam cessar toda vontade.
Façam cessar toda diligência que consista em querer apropriar-se e compreender.
Rendam tudo.
E o saco, deixem-no viver.

A partir do instante em que você se opõe a esse saco, chamando-o de cadáver, você, verdadeiramente, não viveu o Abandono.
Não é um cadáver, é um saco de alimento.
Um cadáver retorna à terra: não há mais vida dentro.

O que vocês podem tentar compreender, vivendo-o, é o que quer dizer mudar de ponto de vista.
O que é que muda de ponto de vista?
A consciência, o observador.

Eu lhes repeti – não sei quantas vezes – o exemplo do teatro.
Vocês estão na cena e perguntam-se como ser aquele que está sentado como espectador: mudem de ponto de vista.
Enquanto vocês estão centrados em sua pessoa, em sua Luz, em seus amigos, em seus cadáveres, em seus medos, o que isso quer dizer?
Que vocês se apropriam.
É exatamente o inverso do Abandono.

A necessidade de possuir possui-os.
Tudo está invertido.

Portanto, retornem ao bom sentido.
Nada procurem, porque nada há a procurar.
Nada eliminem: nada há a eliminar.

Enquanto vocês procedem assim, tudo é obstáculo.
Quem cria o obstáculo?
Quem comprou os livros?
Quem tem um cadáver junto a ele?
Reflitam e refutem.
Não eliminem.

Os princípios da refutação foram enunciados.
Eu expliquei a que isso devia conduzir, e muito facilmente.
E vocês olham, ainda, o que possuem: o passado, os livros.
Reflitam nisso.

Eu não disse compreender.
Vocês não podem compreender enquanto estão nesse corpo limitado.
Mas vocês não são esse corpo limitado.
Mas esse corpo limitado, deixe-o viver a vida dele.

Deem-se conta de que a maior parte dos questionamentos tem-se, sempre, na mesma coisa: o medo do abandono.
E, justamente, o problema é o de Abandonar-se.
E vocês falam do medo do abandono, de um marido, de um cadáver, de um livro ou de um amigo.
Não são eles que vocês devem abandonar.
Eles são efêmeros.
Eles desaparecerão como vieram: como vocês, como nós todos, quando estamos aí.

Mudem de olhar e de ponto de vista.
Eu lhes peço para olhar o Cento, e vocês me falam da periferia.
Eu lhes peço o ponto de vista daquele que não se move – o observador e o Absoluto – e vocês falam da pessoa.

Apreendam isso: nada há a compreender.
É simples: revertam seu ponto de vista e constatarão, vocês mesmos, os efeitos.
É a mesma coisa para a Onda de Vida, para o Manto, para o Canal, para tudo isso: deixem fazê-los, mas nada façam.

Trabalhar nas Vibrações, isso ocupa, isso desenvolve o Si, para permitir a ele tocar o Último Si (ou Presença).
E, depois, de nada mais se ocupem.

Então, se não há mais questões, BIDI saúda-os e Ama-os, vocês, o Absoluto.
Vocês são ele.
Todo o resto não existe, é efêmero.
Isso não quer dizer que seja preciso fazê-lo desaparecer ou considerá-lo por outra coisa que o que ele é.
É, verdadeiramente, o ponto de vista.

BIDI saúda-os.
Até mais tarde.
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2 comentários:

  1. O caos é uma identificação ao «Eu», à pessoa <> Não se ocupem com suas experiências: vivam-nas. Não as julguem. Não as interroguem <> Enquanto vocês estão no processo de compreender o que quer que seja, vocês nada compreenderão <> Não é esse saco que é um obstáculo: é você, quando você se coloca no «Eu», naquele que quer compreender, que quer apreender, que quer apropriar-se, que procura, em algum lugar, o que já está aí, que quer a Luz, que procura a Luz <> Soltem aquilo que vocês creem ter: todas as suas aquisições, todos os seus esforços. O Absoluto não é um esforço: é um Abandono <> A necessidade de possuir possui-os. Tudo está invertido.

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  2. Uma doçura de mensagem, muito necessária, encaixando-se a todo momento:

    "O «Eu» funde-se no Absoluto: você passa de um ao outro e do outro ao um, sem qualquer problema.
    É você e seu «Eu» que saíram do Manto.
    E atravessem o que há a atravessar.
    O Absoluto não pode ser compreendido: ele apenas pode ser vivido.
    Mudem de ponto de vista.
    Soltem aquilo que vocês creem ter: todas as suas aquisições, todos os seus esforços.
    O Absoluto não é um esforço: é um Abandono.
    Nada procurem, porque nada há a procurar.
    Nada eliminem: nada há a eliminar."

    Tão simples, mas como complicamos...
    Noemia

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