Eu
sou Mestre Philippe de Lyon.
Eu
lhes agradeço por seu acolhimento em seu espaço, e eu os acolho no meu.
Eu
venho, hoje, partilhar, com vocês, novamente, sobre a noção do Silêncio.
Mas,
antes disso, eu lhes proponho um espaço de Comunhão.
[Comunhão]
Vocês
já sabem, vocês não têm qualquer meio de fazer cessar o tumulto desse mundo,
como não têm qualquer meio de fazer cessar o tumulto em seu corpo, tumulto dos
sentidos que, sem parar, vêm chamá-los a aderir à noção do tempo e do espaço.
Colocar-se
no Silêncio nada tem, portanto, a ver com algum elemento exterior, como interior.
Colocar-se
no Silêncio convida-os a extrair-se do espaço e do tempo.
Então,
para muitos, isso parece impossível, parece excessivo, parece levá-los a
rejeitar o mundo.
Mas
não é nada disso.
Porque
rejeitar o mundo seria criar um ruído interior para tentar cortar o ruído exterior.
Cada
vez que vocês se deixam aspirar, cada vez que deixam sua atenção vagar no
exterior, vocês aderem à existência desse mundo, tal como ele é.
Não
lhes é solicitado para rejeitá-lo.
Simplesmente,
se vocês o desejam, podem parar de a ele aderir, de a ele colar-se, de ali
situar-se.
Deixem
esse corpo desdobrar-se nesse mundo, tal como o deseja o destino dele, e
permaneçam colocados em sua Verdade.
Isso
foi partilhado por numerosos mestres, notadamente, Sri Nisargadatta.
Vocês
desejam continuar a nutrir o que vocês não são?
Ou
desejam recuperar, conservar, desenvolver sua potência no que vocês são?
Aderir
ao tempo é nutri-lo e é ali cansar-se, porque vocês se perdem sem fim: ao nível
das lembranças, ao nível de histórias pessoais, ao nível de histórias que vocês
superam e que nem mesmo viveram e às quais aderem.
E
vocês desenvolvem todo um monte de procedimentos para colocarem-se o melhor
possível para os tempos a vir.
O
Silêncio encontra-se aí, onde vocês basculam do Aqui e Agora, no espaço fora de
qualquer espaço, fora de qualquer tempo.
Colocar-se
no Aqui e Agora leva-os a parar de dissolver-se nesse mundo.
Passar
além leva-os a viver nesse mundo, mas sem ser desse mundo.
Aí
está a dissolução da ilusão; aí está a dissolução da separação; aí está a
Ascensão, que já se encontra aí.
Então,
vocês devem escolher: manter um desenvolvimento nesse mundo ou renunciar a
qualquer desenvolvimento.
Antes
de prosseguir, eu lhes proponho um tempo de Comunhão, que lhes permite viver o
que eu acabo de desenvolver.
[Comunhão]
Então,
àqueles que esperam que a Luz venha preencher esse mundo para soltar esse
mundo, eu lhes digo: a Luz não virá, porque a Luz já está aí.
Para
aqueles que esperam o retorno de Ki-Ris-Ti à sua porta, eu lhes digo: Ki-Ris-Ti
não virá, Ele já está aí.
Para
aqueles que esperam Maria, eu digo, também: ela não virá, ela já está aí.
Para
aqueles que esperam o desaparecimento da ilusão para vir ao reencontro da Luz,
eu digo isso: cada um viverá sua liberdade, cada um poderá manter a ilusão, se
ele o deseja.
O
que há a aguardar?
O
que há a esperar?
Nada.
Nada
se encontra no futuro, nada emerge do passado e, isso, numerosos, agora, são
aqueles que testemunham isso.
Tendo
soltado tudo, tendo-se juntado à Eternidade, eles vão sobre esse mundo portados
pela Graça, deixando o corpo passar, deixando o Amor revelar-se, sem serem
concernidos nem por um, nem pelo outro.
A
Graça permite a revelação do Amor.
A
Graça não vem curar a Ilusão, ela não é concernida por isso.
Ela
provê a tudo pelo Amor, e preocupa-se apenas com uma coisa: permitir a
revelação do Amor.
Aí
está, Semeadores de Luz, onde cresce e colhe-se o Amor.
A
abundância vem, simplesmente, permitir-lhes colocar-se de maneira ideal para
revelar o Amor ou, mais, viver o Amor, revelado pelo Um, recebido pelo Um,
recebido pelo Um no Coração do Um.
Aí
cresce a Dança do Espírito e da matéria.
[Silêncio]
Então,
é claro, para aqueles que desejam conservar uma segurança, para aqueles que se
sentem portadores de uma responsabilidade, o mental virá, sempre, dizer-lhes
que é melhor esperar um pouco, para assegurar o futuro.
Mas
os testemunhos vêm contradizer tudo isso, porque vocês nada têm a abandonar,
nem trabalho, nem as responsabilidades familiares, nem mesmo seu corpo.
Não
mais aderir à ilusão, colocar-se Aqui e Agora e ver, maravilhado, revelar-se o
mundo a cada instante.
Aí
está o que eu desejava partilhar com vocês hoje.
Se
existem questões em relação ao que eu acabo de desenvolver, posso tentar
respondê-las.
Q:
Se eu estivesse em um país de guerra, de violência física da Terceira Dimensão,
como poderia ficar maravilhado?
Quem
lhe pede para ficar maravilhado pela ilusão?
Viver
em um país de guerra é colocar-se nesse país, é colocar-se na guerra.
Essência
da ilusão, não há país de guerra.
A
guerra pode manifestar-se na ilusão, mas você não é concernido.
Então,
é claro, as circunstâncias exteriores podem parecer-lhes mais fáceis aqui ou
ali.
Mas
você está em um país de guerra?
E,
se esse não é o caso, você aceitou soltar a ilusão?
Se
você encontra pessoas que vivem uma situação de guerra, poderia ficar surpreso,
surpreso pelo fato de, colocando-se no Aqui e Agora, há algo de vivo aí, que
você não vê, forçosamente, aí, onde tudo parece segurado.
Então,
eu não digo que seja preciso ir a um país em guerra.
Cada
um está em seu lugar.
Nenhuma
circunstância exterior pode favorecer o desenvolvimento da ilusão ou seu
desaparecimento.
É
seu posicionamento em sua Eternidade que realizará isso.
Eu
atraio, igualmente, sua atenção ao fato de que seu mental, ao colocar-se assim,
em circunstâncias imaginárias nas quais você não se encontra, leva-o a
desenvolver-se na ilusão, em um espaço no qual você não está, em um espaço que
você não vive, em um espaço no qual você se imagina sofrendo.
Mas
o que é isso, verdadeiramente?
Você
pode compreender o que vive seu companheiro de vida?
Você
pode compreender o que vive seu vizinho?
Você
pode senti-lo, de outro modo que não em sua imaginação, que tenta comparar com
o que você vive, dizendo-lhe que isso se assemelha a tal ou tal coisa que você
tenha vivido?
Então,
se você não pode fazê-lo com as pessoas com as quais você se acotovela
quotidianamente, como fazê-lo onde você não vive, em espaços que você não
conhece?
Cada
um vive sua Verdade.
A
paz exterior, na Ilusão é, finalmente, bem efêmera.
Pois
quem pode encontrar a Paz no mental?
Então,
é claro, é mais fácil fazer cessar a ilusão tendo a barriga cheia, para a maior
parte de vocês.
É
mais fácil, para alguns, liberar-se, tendo um teto sobre a cabeça.
Mas
numerosos são aqueles, igualmente, que fazem a escolha de voltar a uma
fragilidade completa, indo viver solitários, na natureza, para ali
reencontrarem a vida, a espontaneidade, o instante.
Quer
seja em sua morada de pedras, quer seja na natureza, quer seja em tal ou tal
país, em definitivo, a questão continua a mesma: Quem é você? O que você suporta?
Eu
lhe agradeço por sua questão.
E
eu espero ter respondido.
Há
outra questão?
Sem
outras perguntas.
Então,
ainda uma vez, eu lhes agradeço por seu acolhimento.
Na
Graça, no Amor do Um para o Um, até breve.
----------------------------
Transmitido
por Air.
Vocês já sabem, vocês não têm qualquer meio de fazer cessar o tumulto desse mundo, como não têm qualquer meio de fazer cessar o tumulto em seu corpo, tumulto dos sentidos que, sem parar, vêm chamá-los a aderir à noção do tempo e do espaço.
ResponderExcluirAderir ao tempo é nutri-lo e é ali cansar-se, porque vocês se perdem sem fim: ao nível das lembranças, ao nível de histórias pessoais, ao nível de histórias que vocês superam e que nem mesmo viveram e às quais aderem. E vocês desenvolvem todo um monte de procedimentos para colocarem-se o melhor possível para os tempos a vir.
Então, vocês devem escolher: manter um desenvolvimento nesse mundo ou renunciar a qualquer desenvolvimento.
Nada se encontra no futuro, nada emerge do passado e, isso, numerosos, agora, são aqueles que testemunham isso. Tendo soltado tudo, tendo-se juntado à Eternidade, eles vão sobre esse mundo portados pela Graça, deixando o corpo passar, deixando o Amor revelar-se, sem serem concernidos nem por um, nem pelo outro.
Nenhuma circunstância exterior pode favorecer o desenvolvimento da ilusão ou seu desaparecimento. É seu posicionamento em sua Eternidade que realizará isso.
"Colocar-se no Silêncio convida-os a extrair-se do Espaço e do Tempo.
ResponderExcluir"Aderir ao tempo é nutri-lo e é ali cansar-se, porque vocês se perdem sem fim: ao nível das lembranças, ao nível de histórias pessoais, ao nível de histórias que vocês superam e que nem mesmo viveram e às quais aderem.
"O Silêncio encontra-se aí, onde vocês basculam do Aqui e Agora, no espaço fora de qualquer espaço, fora de qualquer tempo.
"Colocar-se no Aqui e Agora leva-os a parar de dissolver-se nesse mundo.
"Nenhuma circunstância exterior pode favorecer o desenvolvimento da ilusão ou seu desaparecimento.
É seu posicionamento em sua Eternidade que realizará isso.
"Não mais aderir à ilusão, colocar-se Aqui e Agora
e ver, maravilhado, Revelar-se o mundo a cada Instante."
"Colocar-se no Silêncio convida-os a extrair-se do espaço e do tempo."
ResponderExcluirPodemos considerar, que foi uma longa 'caminhada'. Primeiro toda a atenção dada ao euzinho, milhares de anos, e a insatisfação, apenas crescia ... Depois uma mistura de um 'deus criado, pelo mental', mas também não resolveu... Hoje atordoados, pagamos qualquer preço, para sairmos da ilusão, que é a nossa desistência, da 'Torre de Babel', que criamos .... Então diante da adesão dos "Quatros Pilares do Coração', tudo simplifica e assim a Luz age ...
"Foi-lhes dito: quando você der um passo para a Luz, a Luz dará dez para você.
Alguns disseram, mesmo, que a Luz faria o resto.
E eu lhes digo: a Luz já fez o resto." Ma Ananda
"Anael disse-lhes: a Graça revela-se com ou sem vocês, mas, de preferência, sem vocês."
Ih!!!! ih então? Não tem ih, e então ... O que temos é o famoso, mas nem sempre vivido: 'Aqui e Agora', o 'Eterno Presente'.
Deixemos, a 'Vida nos levar ...'