DO SITE AUTRES DIMENSIONS.
Eu sou Jofiel, Anjo.
Bem-vindos a vocês, nesse espaço.
Esse espaço é um espaço de
comunicação, e eu gostaria, esta noite, de falar-lhes de comunicação.
Assim, pela vibração, eu me abaixo à
sua vibração, para exprimir-me através de palavras.
Palavras que vocês captam e que
integram e interpretam.
A comunicação, em seus espaços
encarnados, passa pelas palavras e pelos sinais.
As palavras e os sinais são vibrações
que sua esfera mental deve decodificar, integrar, para delas traduzir um
significado que lhes é próprio.
Não existe qualquer meio, por esse
método, ou seja, os sinais e as palavras, de estar seguro e certo de que a
pessoa que recebe, de uma maneira ou de outra, esses sinais ou essas palavras,
esteja em comunicação com você.
Em resumo, a comunicação que você
emite não é, necessariamente, a comunicação que chega ao nível do receptor.
Há, portanto, uma distância entre o
emissor e o receptor, em sua dimensão.
A comunicação, nos planos angélicos
ou em espaços multidimensionais liberados da pressão de suas encarnações, não
passa, absolutamente, por esses mesmos métodos.
Há comunicação em nossos espaços a
partir do momento em que há comunhão.
Comunhão quer dizer comungar, quer
dizer estar no mesmo comprimento de ondas e, portanto, nos mesmos significados,
o que está longe de ser o caso pelas palavras e os sinais.
As palavras e os sinais que você
emite não são, jamais, eu digo, efetivamente, jamais, percebidas tais como
foram emitidas, mas percebidas, unicamente, do modo pelo qual você as recebe.
Modo pelo qual você as recebe, que
depende apenas de seu nível de compreensão, apenas do que há em você, em
relação ao que você mesmo pensa, ao que você mesmo sente sobre as palavras e os
sinais que foram emitidos.
Assim, a simples palavra amor.
Quando você diz que ama alguém, e
quando você comunica esse amor, o que há, no outro, que recebe esse amor?
Vocês têm os mesmos valores, ao nível
de definições, ao nível de compreensões, ao nível de ações e ao nível de
sensações?
Absolutamente, não.
Não pode haver, portanto, através de
sua comunicação, comunhão, de espécie alguma.
A única comunicação eficaz seria uma
comunicação que não passaria pelas palavras e os sinais, mas passaria, unicamente,
pela vibração, porque a vibração é conhecimento e comunhão.
Não pode, ali, haver comunicação.
Há, necessariamente, em sua dimensão,
dualidade.
Isso se tem à sua corporeidade e ao
seu mundo, que evolui conforme as leis da dualidade.
A partir do momento em que vocês
penetram esferas dimensionais mais etéreas, mais sutis, a comunicação torna-se
comunhão, ela é, portanto, realmente, comunicação, uma vez que não depende nem
de palavras, é claro, e, ainda menos, de sinais, mas, unicamente, da radiação
e, portanto, da vibração.
Assim, vocês empregam uma comunicação
que não corresponde, absolutamente, ao que vocês desejam comunicar, porque o
que vocês comunicam é apenas o reflexo de seu interior.
E, mesmo na comunicação a duas
pessoas, e não que se dirige a um grupo de pessoas, a coisa pé, também
complexa, porque vocês comunicam um sentimento, uma ideia, uma palavra que não
tem, de modo algum, o mesmo conteúdo para aquele que recebe o que vocês emitem.
Assim, não pode ali haver
comunicação.
Há simpatia, ressonância, em alguns
casos, nos quais as palavras ou os sinais vão corresponder, para ambos, à mesma
vibração.
Tente pronunciar a palavra amor.
O que você sente, em si?
Algo, não é?
Em contrapartida, se você pronuncia a
palavra amor e diz a alguém que você o ama, será que ele vai receber a mesma
coisa?
Certamente não.
Para você, o amor é, talvez, posse,
para o outro, o amor é, talvez, liberdade.
Quando vocês comunicam o amor, pelo
amor e para o amor, o que há em seu conteúdo?
Esse conteúdo é profundamente
diferente, de acordo com seu nível vibratório e seu nível de consciência.
A um nível pessoal, a um nível ligado
ao ego, você vai comunicar algo que é do domínio da posse, da possessividade e
da ausência de liberdade.
Isso explica que, muito
frequentemente, as comunicações que vocês emitem pelos sons e os sinais são
fenômenos totalmente distorcidos e, mesmo quando o outro lhes diz que
compreendeu, através de um discurso, cada palavra que você tenha pronunciado é
interpretada em função do próprio filtro da consciência daquele que recebe a
informação.
O exemplo é ainda mais flagrante ao
nível dos sinais: você está na rua, dá uma piscada de olho, o outro pode
receber isso como um convite para juntar-se a ele em espaços privados e
íntimos, enquanto você mesmo emitiu uma piscada apenas para dizer bom dia ou,
então, um cisco entrou em seu olho e você pisca o olho para eliminar o cisco.
Vejam vocês que é muito difícil, em
seu espaço dual, compreender e assimilar a comunicação como um espaço de
trocas.
Trata-se mais de um espaço
monodirecional, no qual um emite e o outro recebe, mas, em caso algum, o que é
emitido corresponde ao que é recebido.
O fenômeno de concordância é
excessivamente raro, mesmo quando há acordo vibratório.
A comunicação deve fazer-se, nesse
caso, de maneira diferente.
Se você quer aceder a espaços de
consciência muito mais expandidos e desembaraçados, de algum modo, dessa
dualidade que o fantasia em seus pesos e suas encarnações, convém passar não
pelas palavras, mas pela vibração.
Vocês me dirão que a vibração pode,
também, enganar-se.
E não.
Eu já intervim sobre a qualidade da
vibração.
Em momento algum a vibração pode
induzi-los a erro e não pode enganá-los.
Não em relação às suas próprias
percepções, mas, sobretudo, em relação ao que é emitido pelo outro.
Imagine que alguém emita a vibração
do amor, que você não conhece essa vibração, em caso algum essa vibração poderá
chocar algo que não seja o amor e fazer ressoar algo que não seja o amor.
Você poderá apenas dizer «eu não
conheço essa vibração, ela nada evoca em mim».
Mas, em caso algum, o amor pode dar
uma vibração de ódio para aquele que a recebe.
A vibração é, portanto, a linguagem
universal.
A vibração, a radiação é algo que
deve tender a substituir, como vocês verão proximamente, em outros estados de
vida ou outros estados dimensionais, em que a palavra não tem mais curso e em
que os sinais são os mesmos para todo mundo.
Não há acordo sobre os sinais, em sua
dualidade, exceto em algumas confrarias nas quais o sinal é meio de
reconhecimento.
Não um meio de comunicação, mas meio
de reconhecimento, de afiliação a uma mesma filiação.
Por exemplo, as saudações
iniciáticas.
Por exemplo, as saudações que existem
em algumas confederações galácticas, que permitem, para além das palavras, o
verdadeiro pertencimento vibratório, pela radiação do sinal, a uma mesma ordem
ou a uma mesma filiação.
Assim, sua comunicação é, portanto,
distorcida.
Inúmeras entidades que vieram a vocês
trocar pelas palavras sempre disseram que o mais importante não eram as
palavras, mas o trabalho vibratório que era empreendido através das palavras e
através da presença.
Vocês devem compreender isso.
Apesar das grandes leis que vocês
apresentaram sobre a comunicação em sua humanidade, vocês têm a impressão de
comunicar-se.
Vocês estão em uma era que se
aproxima, a grandes passos, que é chamada a era da comunicação ou era de
Aquário, e vocês se esquecem de que a comunicação é uma comunhão.
Comunicar-se se torna, para vocês,
exprimir seu interior e apresentar, também, ao outro, o que vocês pensam ser
seus defeitos ou suas qualidades.
Mas, em caso algum, trata-se de
comunicação.
Trata-se de uma forma degradada do
que nós chamamos, nós, Anjos, um julgamento, e um julgamento afasta-os da
vibração.
O julgamento é algo que os faz portar
afirmações que vão afastá-los, totalmente, da vibração que vocês buscam.
Ainda mais quando vocês falam de Amor
e de Luz.
É muito importante assimilar isso ao
nível de suas estruturas mentais e emocionais.
A comunicação é, de qualquer modo,
inteiramente distorcida em seus espaços, porque a comunicação é, unicamente,
função de seus desejos.
Eu não falo, mesmo, de possibilidades
conscientes de manipulação, através da comunicação.
Querer fazer crer ou querer fazer
entender ao outro o que ele quer, efetivamente, entender, para fazê-lo aderir a
algo, trata-se, também, do que vocês chamam comunicação.
Essa comunicação consiste em fazer
aderir e não comunicar.
A comunicação pode existir, real e
concretamente, apenas através da vibração ou a radiação emitida pelo coração.
A vibração ou radiação emitida pelos
sons, pela palavra, pelos sinais pode apenas induzir a erro aquele que recebe
essa informação.
Não há comunicação, há informação,
mas a informação distorcida em função da própria vivência daquele que recebe.
Vocês não poderão, jamais, mesmo em
uma relação a duas pessoas, através de seu plano de realidade, experimentar a
comunicação real.
A comunicação, como eu mostrei ao meu
canal, através da comunhão com um animal, é a mesma que a comunhão com um Anjo,
mas essa forma especial de comunicação não pode exprimir-se através de
palavras.
Enquanto eu, que desço à sua
vibração, posso tomar os circuitos do cérebro para exprimir-me em palavras.
Coisa que não pode fazer um animal e,
no entanto, ele se comunica: ele comunica seu estado de ser.
Não há qualquer distorção, porque
isso não passa pelos sons, não passa pelos sinais, mas passa pela radiação e a
vibração.
E a radiação e a vibração da
comunicação podem existir apenas ao nível do coração.
Ora, sua comunicação, em seu mundo
dual e encarnado, hoje e sempre passa, preferencialmente, pelo quê?
Pela zona da garganta, que vocês
chamam Vishuda Chacra.
Essa comunicação não é comunicação,
ela é influência sobre o outro.
A verdadeira comunicação, vocês
compreenderam, pode fazer-se apenas pelo coração.
O que dizer da comunicação sexual,
que é, também, uma forma de comunicação pelo sinal que desencadeia, no estado
humano, fenômenos específicos que podem aparentar-se a fenômenos extremos,
descritos nos fenômenos mais espirituais.
Entretanto, mesmo, ainda, no caso de
acordo entre os parceiros, não se trata de uma comunicação.
Por vezes, isso pode tocar a
comunicação, mas é extremamente raro, concordem.
Aí, ainda, essa comunicação da esfera
sexual é um relacionamento que é destinado a fazê-los experimentar, em caso de
acordo vibratório, fenômenos, por vezes, fusionais, por vezes, entusiásticos,
por vezes, conflituais, mas que, de todo modo, afasta-os da comunicação de
coração a coração.
O problema é que o ser humano, quer
ele se exprima pela garganta ou exprima-se pelos órgãos genitais, tem a impressão
de que isso vem do coração, mas isso não vem, jamais, do coração.
Isso vem, sempre, do ego e, portanto,
do que vocês chamam o terceiro chacra.
Vocês exprimem seus desejos, exprimem
o que têm na cabeça, exprimem suas emoções, através da esfera sexual ou da
expressão verbal, através da manifestação das emoções que, eu repito,
absolutamente nada têm a ver com o que acontece com a radiação do coração.
Dito em outros termos, sua
comunicação é poluída por seus pensamentos, por seus interesses, por seus
desejos, enquanto a verdadeira comunicação, lembrem-se, é comunhão.
A comunhão não se importa com desejos
pessoais.
A comunhão é um ato espontâneo, que
sobrevém nos estados multidimensionais, de maneira espontânea.
Quando duas almas reencontram-se,
desprovidas de corpo, elas comungam, elas são uma relação, elas se
interpenetram em toda liberdade para comungar e comunicar o estado de ser
delas.
Enquanto suas comunhões, que vocês
chamam de comunhões, suas comunicações, que vocês chamam de comunicações, são
apenas meios primários e desviados de entrar em relação, porque a entrada na
relação é algo que é ligado à magia do homem na encarnação.
Eu os engajo a desenvolver diferentes
modos, outros que não aqueles que vocês utilizam, atualmente, para
aproximar-se, ao mais perto, da verdadeira comunicação e da verdadeira
comunhão.
Para isso, vocês devem tentar
comunicar-se com consciências que não têm palavras e sinais.
Quais são os seres ou os reinos, em
sua encarnação, que lhes é permitido aproximar-se, para entrar em comunhão?
O primeiro desses reinos é,
obviamente, o reino vegetal e, em especial, as árvores, porque elas não podem
comunicar-se por sinais, se não são os sinais ligados às estações.
Mas os sinais diretos de comunicação
com vocês não podem recorrer aos movimentos.
Do mesmo modo que essa comunicação
não pode passar por palavras, ela pode, portanto, estabelecer-se apenas pela
vibração e pela radiação.
A irradiação elétrica e magnética da
árvore, a partir do momento em que vocês portam seu olhar sobre a árvore, a
partir do momento em que, vocês exercem sua concentração sobre a árvore, vai
mostrar-lhes que a árvore reage a esse efeito de entrar em comunicação.
A vibração que será, então, emitida
pela árvore, é uma vibração real de comunicação e de radiação e, portanto, de
comunhão.
É o mesmo para o reino animal, em uma
menor medida, porque ele tem, à disposição, os sinais, mesmo se não tenha a
palavra.
Uma atitude pode ser agressiva ou, ao
contrário, acolhedora para um animal doméstico.
Mas, de todo modo, para além desses
sinais ligados à emoção do animal, é importante compreender que ele pode
comunicar-se além das palavras que vocês emitem, pela vibração.
É preciso, portanto, compreender, por
isso, que, sendo o reino o mais evoluído da criação na dualidade, nesse mundo
vibratório de terceira dimensão, como vocês o chamam, é-lhes possível usar da
comunicação, tal como vocês a chamam, para entrar em relação com seus
semelhantes pelos sinais, pelas palavras, pela escrita.
Mas isso é uma traição, de algum
modo, em relação à vibração e à radiação do coração, que é a verdadeira
comunicação.
Então, é o mesmo em todas as suas
relações.
E o que dizer, mais, de relações de
casal?
Então, obviamente, isso explica que,
sendo distorcida a comunicação, desde a partida, porque inexistente, é óbvio
que todo relacionamento de dois indivíduos, exceto caso excepcional, terminará,
sempre, por uma ruptura dessa relação porque, a um dado momento ou outro, vocês
não podem mais compreender ou aceitar o que o outro disse ou o que ele supôs
comunicar.
Há, portanto, uma ruptura, porque não
houve comunicação e não houve amor.
Quando há amor e comunhão não pode
haver ruptura.
Ora, todas as coisas, vocês sabem, de
modo formal, terminam, sempre, por rupturas nesse mundo, quaisquer que sejam
elas.
Vocês devem compreender e admitir que
a comunicação real, aquela que é eterna, apenas pode passar pelo coração e,
para passar pelo coração, é preciso abster-se de palavras, de sinais e de
escrituras.
É preciso, também, obrigar-se a
limitar os modos de comunicação de natureza privilegiada, que se tornariam
extensivos, como a sexualidade porque, naquele momento, vocês se afastam da
verdadeira comunhão e da verdadeira comunicação.
Aí estão as algumas palavras que eu
tinha vontade de dizer-lhes, em relação a essa vibração, esse conhecimento e, sobretudo,
em relação à comunicação.
Agora, vocês podem falar e exprimir,
vocês também, o que vocês entendem com isso ou se desejam mais esclarecimentos
em relação a essa vibração que é a comunicação do coração.
Questão: a criatividade artística é
uma forma de comunicação, na qual a cor, em especial, permite comunicar...
Pode permitir exprimir e não
comunicar ou comunicar consigo mesmo a arte, sob a forma de cores.
Um artista, o que vocês chamam um
artista, que trabalha nos ateliês da criação do universo e que é religado a
essa fonte de criação do universo, que exprime uma cor através de um quadro,
tanto figurando um objeto como estando em uma cor abstrata não ligada a uma
forma, por exemplo, vai exprimir um conteúdo.
Esse conteúdo passou, já, pela mão do
artista e por suas próprias concepções da criatividade da cor, da forma e do
movimento.
Ele exprime, ele torna visível o que
é seu interior e seu pensamento ou sua emoção [do artista].
Ele adere, portanto, a um suporte, e
isso é a mesma coisa para todas as artes (exceto para a música, que é
profundamente diferente, quanto à origem).
Quando você põe uma cor sobre uma
folha, para você, isso vai representar algumas coisas.
Em contrapartida, aquele a quem vocês
dão a ver essa cor não vai sentir a mesma coisa.
Ele pode sentir, eventualmente, a
alegria, a tristeza que você colocou para aplicar essa cor.
Mas, em caso algum, o que você vai
gerar naquele que olha é a mesma coisa que o que você emitiu.
Aí também, a comunicação é
falsificada, porque ela não corresponde a uma comunicação, mas a uma expressão
que é dada a ver, dada a sentir, mas que não corresponde, absolutamente, a uma
comunicação.
Questão: você pode falar-nos do que
exprime, portanto, cada cor?
Cada uma das cores, isso seria muito longo.
A cor é o quê?
A cor é uma especificação do
movimento da luz.
A cor é uma orientação da luz.
A cor remete a uma aplicação, a um
movimento preciso.
Uma cor é o que é dado a ver, mas,
também, para além do que é dado a ver e dado a sentir.
Eu não falo, aí, da cor de uma
pintura, mas da cor a mais autêntica, perfeitamente definida, monocromática.
A cor é um elemento vibratório que
será captado, mas, antes de ser captado por sua consciência, reconhecido,
diretamente, por seu corpo e, portanto, suas células vivas de terceira
dimensão.
Uma determinada cor, mesmo no escuro
o mais absoluto, possui um efeito sobre a célula.
E, aí, eu não falo de luz de cor, mas
de uma cor precisa, uma cor material.
Mas, mesmo essa cor material é a
encarnação de uma especificidade da luz.
Isso é muito importante a assimilar.
A linguagem das cores é a linguagem
da luz.
Toda vibração em nossas dimensões é
uma cor, antes de ser um sentir, antes de ser, mesmo, uma vibração, ela é uma
cor que não é vista pelos olhos, mas uma cor que é vista pela alma.
Cada cor exprime e comunica-se.
A comunicação pela cor, nos mundos
multidimensionais, é a regra, a partir de dimensões que vocês chamariam
bastante baixas, como as dimensões as mais etéreas, nas dimensões extremamente
elevadas.
A cor é a própria base da Luz e da
comunicação.
Então, alguns artistas ligados aos
ateliês da criação, obviamente, vão exprimir, pela cor, certo número de coisas
oriundas de mundos superiores, mas, sempre, filtradas pela própria pessoa, se ela
é, como vocês dizem, transparente.
E aquele que recebe a informação
depositada sobre um quadro ou qualquer outra coisa dessa cor vai, também,
filtrar, por sua vez, a cor.
Há, portanto, dois filtros e,
portanto, uma distorção, de todo modo.
Só a Luz não pode ser distorcida, mas
a percepção da Luz é distorcida.
Mas há uma ligação surpreendente, eu
diria, entre a Luz, no sentido o mais absoluto, e a cor.
Essa ligação é ligada à intenção da
Luz em sua especificação de cor.
Questão: poderia ilustrar isso,
tomando uma cor no exemplo, o azul?
O azul exprime a paz, mas o azul não é único.
Existe uma multidão de azuis, dos
quais, alguns, vocês não podem perceber visual ou vibratoriamente.
Existem azuis de dimensões superiores
que são harmônicas de seu azul o mais puro, que seu olho não pode perceber e
que seu coração não pode sentir.
A vibração do azul monocromático
exprime-se em certa gama vibratória.
O azul é pacificador, ou seja, ao
nível celular, uma célula que capta o azul permanece em equilíbrio.
O coração desacelera, suas emoções
acalmam-se.
O azul é pacificador.
Isso, é a ação geral.
Mas alguém que fosse colocado na
vibração da cor azul poderia sentir qualquer outra coisa que não a calma,
poderia sentir-se agredido ou agressivo com o azul.
Assim, a ação do azul, que é
perfeitamente definida através de seu lado pacificador, pode exercer uma
atividade inversa em alguns seres humanos.
Isso é ligado à distorção do sentir
do azul, porque não há comunicação, porque vocês observam a cor pelo olho.
A célula recebe a vibração da cor sem
intervenção consciente de sua parte.
Em contrapartida, sua personalidade,
também, capta a cor e a interpretação que ela vai fazer disso, em termos de
comportamento, em termos de emoções, em termos de ações é profundamente
diferente, conforme a alma que é atravessada pela cor e a personalidade, ainda
mais.
Então, portanto, é agradável definir
algumas propriedades ou cores, porque elas são reais em seu mundo, mas
lembrem-se de que toda cor, por mais bela que seja, é apenas uma parcela da Luz
e reflete apenas a intenção da Luz nessa orientação precisa.
Em resumo, nós podemos dizer que a
cor afasta-nos da Luz.
A cor os faz sentir.
A cor tem efeitos ao nível celular,
que não é de responsabilidade da Luz.
Isso é profundamente diferente.
A cor vai, portanto, orientar sua
célula, seu mental, suas coesões, sua visão para uma especificidade da qual
vocês tiraram regras gerais que são as leis da cor.
Há muito grandes seres que escreveram
sobre a cor, nos séculos passados.
Eu os remeto, se quiserem aprofundar isso
de maneira autêntica, antes mesmo do aparecimento das leis físicas da Luz, a um
livro magistral, que foi escrito há dois séculos, que se chama «o tratado das
cores» de um certo senhor Goethe, que exprime, perfeitamente, a diferença entre
a luz e a cor.
Essa obra magistral, que foi ditada
por outro anjo, corresponde, totalmente, à realidade da luz em todas as
dimensões e da cor, também.
Questão: por que se pode ser atraído
ou afastado por uma determinada cor?
Vocês são atraídos ou afastados por uma cor em função daquelas que faltam ou daquelas que são necessárias à sua evolução.
Por vezes, vocês são, também,
atraídos por algo que os magos, do mesmo modo que vocês comem alimentos que os
prejudicam.
Isso é um domínio extremamente
difícil.
A cor, lembrem-se, é uma
especificidade precisa da Luz, mas ela não é a Luz.
É melhor ser atraído pela Luz.
É melhor ver a Luz como desprovida de
cor, ou seja, que integra todas as cores.
A Luz é, de fato, a integração de
todos os possíveis da Luz e, portanto, a integração de todas as cores.
Questão: é por isso que o arco-íris fascina
tanto o ser humano?
Há a refração da Luz, através do prisma da água, da realidade do espectro que vocês chamam arco-íris.
Ele representa a decomposição da Luz
primordial, conforme o espectro colorido que lhes é acessível nessa dimensão.
Ele é, portanto, o reflexo, tal como seu
nome indica, de cores que os religam à Luz.
O arco-íris, além da cor material, é
uma cor imaterial.
É, portanto, uma cor de natureza
luminosa.
Ele não é encarnado; está, portanto,
ao mais próximo da Luz autêntica.
O arco-íris que lhes é dado a ver é
uma decomposição da Luz que vocês chamam monocromática e, portanto, uma
decomposição, em sua dimensão, da Luz original.
Não estando encarnado em uma forma ou
um objeto ou um ser, está ao mais próximo da autenticidade da Luz.
Questão: poderia explicar por que,
conforme seus dizeres, «a cor remete a um movimento preciso»?
Movimentos foram definidos há vários séculos, ou mesmo vários milênios, através dos movimentos da energia, dos movimentos da vida.
Assim, por exemplo, o vermelho é para
o nascimento da vida.
O laranja, a segunda cor do
arco-íris, é o desenvolvimento da vida.
O amarelo é a revelação e a
superficialidade da vida.
O verde é o equilíbrio.
O azul é a paz.
O violeta é a espiritualidade.
E o branco é o reflexo da Luz total.
O negro é definido como a ausência
dessa Luz.
Questão: você tem informações sobre o
universo da cor em relação com o cristal?
O mundo do cristal é a densificação extrema dos mundos de Luz.
Ele está ao mais baixo da escala,
entretanto, porta, em si, a semente de todos os possíveis.
O cristal é a concretização, a
concreção da Luz.
Ele é, certamente, de uma cor
matéria, encarnada, mas porta, em si, o arquétipo da cor ligada à Luz, traduz
nos fatos em seu mundo.
Assim, as cores de que eu falava eram
cores interiores, e não exteriores, vocês compreenderam, que têm densificação
que se faz em seu mundo, em sua dimensão, através das cores diferentes que não
são mais cores luz, mas cores encarnadas.
Assim, eu darei apenas esse exemplo,
porque existem milhares deles: o vermelho, a luz vermelha, que é o impulso da
vida, vai dar, na matéria, o sangue (o que anima a vida).
Ao nível das pedras, as pedras
vermelhas não estão no retorno à luz de cor vermelha.
O que vocês veem em vermelho, ma
matéria, através não da cor luz vermelha, mas em sua encarnação, a cor matéria
vermelha é o reflexo do verde.
Não há correspondência nem
equivalência entre a luz de cor e a matéria de cor.
Há difração, há permutação entre a
luz original e a cor da matéria.
Em resumo, a cor matéria tem um
efeito, obviamente, sobre vocês, mas muito menos intenso do que a luz interior
colorida que vocês podem gerar.
Mas, também, é preciso compreender,
por isso que uma matéria vermelha, que alguns veem sob a forma do mineral ou do
sangue, esconde-lhes uma cor que é, no caso, aqui, o verde.
É o mesmo para todas as matérias de
cor.
Isso quer dizer que, quando da
passagem em encarnação, as luzes de cor são transformadas.
Tudo é resumido nessa frase: a cor da
luz, encarnando-se, vai mascarar-lhes a origem dela e desvendar aos seus olhos
e aos seus sentidos através de outra cor.
Isso é ligado ao princípio de
reversão, que corresponde à encarnação e à passagem de uma dimensão a outra.
Quando dessa reversão, há uma
reversão da gama colorida.
Essa reversão faz-se a partir do eixo
central, que é o espectro médio que vocês chamam o verde.
Retornando, há uma modificação
essencial de cores quando passam na encarnação.
Questão: a que é devida essa
modificação?
A reversão faz-se nos dois sentidos.
A reversão não é, simplesmente, uma
reversão alto/baixo.
É, antes de tudo, uma reversão ligada
à especificidade de sua encarnação, que é a dualidade, não entre o alto e o
baixo, mas entre a esquerda e a direita.
Há, portanto, uma dupla reversão: alto/baixo
e direita/esquerda.
Mas, também, o que é mais difícil a
compreender, entre a frente e atrás, no sentido do desenrolar do tempo.
Mas isso é muito, demasiado complexo
a assimilar em sua dimensão.
Retenham, simplesmente, que a cor,
encarnando-se, reverte-se, mas essa reversão não se faz, unicamente, nesse
sentido, mas no outro sentido.
O que vai provocar não uma permuta de
cores, mas uma alquimia de cores.
Questão: há uma cor que favoreça a
comunicação pelo coração?
O verde e o rosa.
Por quê?
O verde, matéria, é cor do
equilíbrio.
O rosa, nós vimos, é a cor da
inspiração e da criatividade.
O eixo central de reversão é o verde
na luz e o vermelho na matéria.
A mistura das duas cores restitui-os
ao eixo central de sua própria reversão ligada à sua encarnação.
Assim, visualizar, pensar e imaginar
uma luz de cor verde, cercando uma cor rosa, é o meio de privilegiar,
desenvolver a comunicação real.
Questão: portar sobre si vestes dessa
cor, ou ter sob os olhos objetos dessa cor pode ajudar a aceder a essa
comunicação real?
Não.
Seria preciso que as duas cores
estivessem em uma apresentação especial, com o verde no exterior e o rosa no
interior.
Isso pode ser, por exemplo, uma
camisa de cor verde, com uma roupa de baixo de cor rosa.
Isso é dificilmente realizável.
Há, entretanto, minerais, o que não é
de meu domínio, que correspondem a esse agenciamento.
Mas vocês podem visualizar, primeiro,
o rosa e, quando o rosa estiver estabelecido atrás de sua tela mental, vocês
fazem aparecer o verde, no exterior.
Minha vibração, eu mesmo, é aquela do
dourado, que é a especificidade de minha radiação de alma, se é que eu tenha
uma alma.
Eu traduzi isso em palavras para
vocês.
A vibração de minha luminescência
está no dourado.
Questão: poderia dar-nos, a cada um
de nós, a vibração de nossa própria luminescência?
Nenhuma importância.
Isso não permitiria, absolutamente,
ter qualquer utilidade.
Não temos mais perguntas.
Agradecemos.
Para terminar minha intervenção em seu espaço, eu lhes proponho fechar os olhos e acolher minha vibração e meu amarelo dourado.
... (Efusão de energia)...
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