Mensagem importante concernente ao choque da humanidade após o apelo de Maria.
Após o apelo de Maria, todos terão o despertar de quem realmente são; para aqueles que ainda não sentiram o choque, poderão apoiar-se em uma ferramenta para facilitar o abandono do ego.
Trata-se, simplesmente, de terem muita coragem para verem tudo o que passar na consciência e apoiarem unicamente sua mão esquerda sobre o lado esquerdo da nuca, o que facilita o contato com o Canal Mariano, para ali aceitarem tudo o que vier a acontecer e abandonarem-se na estase dos três dias.
Bom abandono a todos!
Cristo.
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26 de out. de 2015
20 de out. de 2015
NO CORAÇÃO DO AMOR
Outubro de 2015
Eu sou Ma Ananda Moyi.
Irmãs e irmãos humanos na carne, eu intervenho junto a
vocês como Estrela AL.
Permitam-me, primeiramente, instalar-me, com vocês, na
Infinita Presença, no Amor.
… Silêncio…
Eu estarei presente com vocês, ao seu lado e em vocês,
assistindo-os com minha Presença e minha vibração, durante este período e até a
irrupção, em sua realidade, dos sons do Céu e da Terra.
Por meu posicionamento na Confederação Intergaláctica,
devido, também, a tudo o que eu pude dizer-lhes, nesses últimos anos,
concernente à reversão da alma, concernente ao Fogo vibral, é perfeitamente
justificado e lógico que eu me apresente a vocês de modo mais palpável, mais
visível, nesses momentos de grande alegria para aquele que se instala, ele
também, definitivamente, em seu coração.
Eu venho apoiá-los, a uns e aos outros, de maneira
diferente para cada um segundo, eu diria, nossas afinidades, segundo o que lhes
pareça existir, ainda, a resolver em sua presença nesse mundo, neste período
tão específico.
Como vocês veem, existem, doravante, ao seu redor e em
vocês, suficientemente sinais, suficientemente manifestações que provam a
realidade concreta, ao mesmo tempo, das outras dimensões, dos outros povos e
habitantes dessa Terra, como alhures.
Nós estamos, todos, aí, porque, lembrem-se: nós somos
Um, aqui e alhures, apesar das aparências, ainda, desse mundo, para alguns.
Vocês sabem que o Amor é o bálsamo que põe fim a todo
sofrimento, a partir do instante em que a alma, ou a pessoa, solte toda vontade
de apreender-se do que quer que seja, e confia na Vida e no Amor, mais do que
qualquer outra coisa e, mesmo, do que si mesma.
Suas diversas vivências, seus diversos reencontros,
seus diversos elementos de sua vida estão, em definitivo, todos aí para
levá-los, conduzi-los ao limiar de si mesmos, e para transpor o limiar, o
grande limiar, aquele que lhes permite perceber, mesmo nessa matéria, a
realidade de sua eternidade, não para um futuro, qualquer que seja esse futuro,
mas, diretamente, aí, agora, no instante presente.
Assim que vocês tenham dito «sim» ao Amor, não,
simplesmente, pelos processos vibratórios, mas, bem mais, pela reversão de sua
consciência ao que continua aí e não ao que ocupa, para muitos, ainda, suas
vidas, hoje.
Então, eu responderei, em um tempo ulterior, sempre nesses
momentos que nós vivemos, a questões.
Mas as minhas respostas não serão, jamais, na ótica do
que foi realizado pelo Comandante dos Anciões, mas, sempre, para mostrar-lhes o
Amor, qualquer que seja o problema, quaisquer que sejam as hesitações, qualquer
que seja sua posição.
Porque o Amor é o mesmo para todos e para cada um,
qualquer que seja sua vivência, quaisquer que sejam suas esperanças e qualquer
que seja sua posição atual.
Haverá, sempre, muito exatamente, em cada consciência,
a mesma presença do Amor e a mesma capacidade para vivê-lo, mesmo – e vocês
sabem – no momento do Apelo de Maria.
Então, hoje, há urgência para despojarem-se do que não
é vocês, para despojarem-se, real e concretamente, do que faz apenas obstruir
seu coração, seus pensamentos e que vem alterar, de uma maneira ou de outra,
ainda, a liberdade interior.
Eu diria, de algum modo que, para isso, basta deixar
florescer e crescer o Amor em seu coração, deixar sua consciência banhar-se
nesse banho de Amor, nesse banho de Luz.
Como nós sempre dissemos, uns e os outros, mas como
vocês constatarão, de maneira mais tangível hoje, o Amor é a resposta para
tudo.
O Amor é, aliás, a única resposta para tudo o que se
apresenta, aqui nesse mundo como alhures, porque tudo tem por base o Amor.
Sem Amor, mesmo aqui, não haveria qualquer consciência
que seria, possivelmente, mantida na vida.
É disso que vocês devem lembrar-se, em cada
circunstância, qualquer que seja a dificuldade, qualquer que seja a evidência
do que vocês vivem em seus reencontros, em seus contatos consigo mesmos:
ponham, sempre, e sem parar, a realidade do Amor.
Quer vocês percebam a essência disso, quer percebam as
vibrações ou nada percebam, pouco importa, finalmente, hoje.
O importante é que sua pessoa, sua alma e seu Espírito
estejam todos juntos, inclinados, de algum modo, para a verdade do Amor.
Inclinados para ele, vocês tocarão o coração do
coração, o meio do coração e seus êxtases, que não são um objetivo hoje, eu os
lembro disso, mas o testemunho de seu estado, tomarão vocês e os animarão, cada
vez mais frequentemente, como para extraí-los de suas preocupações, de seus
problemas, de suas dores, de seus sofrimentos, quaisquer que sejam suas
origens.
Porque o Amor, efetivamente, é um bálsamo, isso foi
dito, mas eu o digo e repito.
É, antes de tudo, a solução para toda sombra, para
todo desequilíbrio.
O Amor é tão intenso nas outras dimensões que, mesmo a
noção de desequilíbrio é-nos desconhecida.
Há apenas o jogo da Vida e do Amor, que se cria e
recria-se em cada espaço e em cada dimensão, além do tempo.
É essa realidade, quaisquer que sejam os sinais e os
sintomas na superfície desse mundo, que vocês veem, atualmente no trabalho, por
toda a parte, e, qualquer que seja a importância desses sinais é, sempre, o
Amor que age.
Então, isso demanda, é claro, além das vibrações, além
de suas percepções, portar outro olhar ao que se desenrola, em vocês e nesse
mundo, hoje.
O olhar, é claro, da liberdade reencontrada, da
liberação e, sobretudo, o olhar do Amor, que vê além das aparências, além dos
conflitos, além das guerras, além dos Cavaleiros em sua ação de dissolução.
Para isso, é preciso entrar no mais profundo de si
mesmo.
É preciso, de algum modo, nesses momentos, esquecer-se
de tudo o que os prende, que os retém, tanto em vocês como em seu exterior, de
ir, livremente, para o que vocês são.
O melhor modo é não projetar isso em um futuro ou
outro momento, mas instalá-lo a partir de agora.
Em cada olhar, em cada palavra que vocês exprimem, em
cada relação que você se envolve, o Amor deve estar à frente.
Isso já lhes havia sido enunciado, há mais de um ano,
por alguns Anciões.
Hoje, a colocação na prática disso não se fará mais,
unicamente, nos momentos privilegiados, mas, bem mais, nos momentos em que isso
é necessário para vocês, como para os irmãos e irmãs que estão na carne.
Retenham, também, que o Amor é, sempre, simples.
Não há, jamais, questões, não há, jamais, respostas,
ele «é», simplesmente.
É isso que é preciso reconhecer e ser.
Nisso, há o estado de Graça, e a Ação de Graça, então,
pode pôr-se no trabalho, dissolvendo, assim, tudo o que pode aparecer como não
iluminado, como resistente, como sofredor, em qualquer circunstância.
A única força, o único poder que estará à sua
disposição, de maneira ilimitada e infinita, é o Amor.
Não o amor condicionado por seus apegos, pela vida
nesse mundo, mas o Amor que não é desse mundo e que, no entanto, instala-se
nesse mundo.
Por sua Presença, por seu Amor, por sua ausência de
julgamento, pelo fato de ver claramente e de estar lúcido sobre o que se
desenrola, vocês realizarão o maior dos serviços e a maior das devoções para
com a humanidade.
Nesse estado, não há lugar para o julgamento.
Nesse estado, não há lugar para o sofrimento.
Nesse estado, não há lugar para outra coisa que não
estar repleto de Amor e de Luz.
Diante dos mecanismos de êxtase profundo, como eu pude
manifestá-los quando de minha passagem na carne entre vocês, hoje, como foi
dito, vocês são, todos, chamados a ser Cristo, Maria, Miguel, Teresa.
Vocês são chamados a tornarem-se vocês mesmos, como
nós nos tornamos vocês mesmos, porque não há mais barreiras, não há mais
espaço, não há mais tempo entre nós.
Vocês têm a evidência disso em seus reencontros, tanto
na natureza como entre irmãos e irmãs encarnados, como entre nós e vocês.
Lembrem-se de que essas relações não são um objetivo,
mas, simplesmente, um meio, eu diria, talvez mais rápido, de viver a certeza
interior do Amor, não como uma certeza ao nível intelectual, mas, bem mais, que
se imprime na carne, em suas células, em seus centros de energia, em suas
estruturas de Existência.
Lembrem-se: o Amor é invencível.
Não há força superior em todas as manifestações da
consciência e em todos os mundos, mesmo nesse.
Simplesmente, vocês se esqueceram, ajudaram-nos a
esquecerem-se disso.
Mas, mesmo isso, é preciso transcender.
Manifestar e irradiar o mesmo Amor, quer seja em face
de um irmão ou de uma irmã amada como para com o mais abjeto dos personagens,
que faz apenas desempenhar um papel.
Vocês, vocês veem claramente, ele não o vê.
Então, elevem-no, ao invés de abaixarem-se.
Elevem-se, a si mesmos, aí, onde canta a Morada de Paz
Suprema, e vocês verão que não há mais inimigos, que não há mais «outros».
Vocês englobarão, então, naquele momento, na realidade
e na totalidade, de maneira visível, a totalidade dos possíveis, a totalidade
dos irmãos e irmãs, a totalidade dos mundos e a totalidade, também, daqueles
que ainda têm medo, no mesmo Amor.
Aí está o sentido do serviço, neste período.
Aí está o sentido do Amor, em sua obra na Terra, da
qual vocês participam, todos, de uma maneira ou de outra, quer vocês tenham
consciência disso ou não.
Portem o mesmo olhar, com lucidez, certamente, mesmo
ao dar sua opinião, mas não se esqueçam de nutrir o Amor no outro e, sobretudo,
naquele que lhes parece faltar ou que lhes parece perder-se.
É apenas a experiência dele, mas não é a verdade,
tampouco; a única verdade é o Amor.
Então, nas circunstâncias, por vezes, difíceis desse
mundo atual, neste período, lembrem-se de que há, unicamente, o Amor.
O que quer que lhes dê a ver sua vida, o que quer que
lhes deem a ver alguns irmãos e irmãs perdidos no medo, o que quer que lhes
deem a ver alguns irmãos e irmãs que estão, ainda, submissos, eu diria, às
energias arcaicas que estão se dissipando, agora, inteiramente.
Ponham o Amor à frente, mas, sobretudo, ponham o Amor
em seus lábios, ponham o Amor em suas palavras, ponham o Amor em seus olhares.
Ponham o Amor quando vocês tocam alguma coisa, quando
tocam alguém.
Deixem sua marca de Amor por toda a parte.
Isso não é uma questão de vontade ou de desejo, é uma
questão, eu diria, de evidência.
Isso é muito concreto.
A Luz adamantina está cada vez mais presente e
atingiu, eu diria, um limiar de saturação que permite, agora, a realidade da
Ascensão mesmo na carne e no conjunto da humanidade.
Permaneçam humildes, também, como disse minha Irmã
Estrela Teresa.
Nada reivindiquem nesse papel, que é o seu, hoje.
Unicamente, o Amor.
O Amor não tem necessidade de qualificativos, de
Mestre, de Pai, de Mãe, de qualquer Estrela que seja ou, ainda, de qualquer
função que seja, mesmo se isso seja real em sua evolução, uma vez a Liberação
concluída.
Desaparecer para si mesmo é desaparecer, também, aos
papéis, às identidades, aos atributos e às funções.
Os Arcanjos significaram-lhes que a única nutrição
possível era, verdadeiramente, o que acontece no interior de vocês, na alquimia
de seu coração, no Coração Ascensional, no coração impessoal ao centro do
centro.
Tudo ali está, a origem dos mundos, a criação infinita
das dimensões e sua própria eternidade.
Ao ter encontrado isso, todo o resto não tem mais
qualquer importância.
Cada vez mais, vocês o viverão e constatarão isso.
O que, ainda hoje, segura-os no coração, em qualquer
lugar ou ação que seja, aparecer-lhes-á, muito rapidamente, bem fútil em
relação ao que se desenrola em seu Templo interior.
Bem antes, mesmo, do Apelo de Maria, a partir de
agora, isso vocês percebem, de maneira mais ou menos direta, sob diferentes
formas, quer seja vibral, quer seja em seus sonhos, quer seja nas próprias
circunstâncias do desenrolar de seus dias, a Luz bate à sua porta, de todos os
modos possíveis.
Veja claramente.
Ver claramente não quer dizer compreender o que se
desenrola.
Ver claramente é ver, em si, a realidade do Amor no
trabalho, em qualquer atividade que possa parecer contrária, na superfície
desse mundo, porque, hoje, na superfície desse mundo, tudo é resolutório, mesmo
o que possa parecer, à primeira vista, completamente oposto à Luz.
Não pode ser de outro modo, uma vez que o Amor está
aí.
Não pode ser de outro modo, uma vez que o que os
confinou não existe mais.
Resta apenas seu próprio confinamento a si mesmo,
inscrito na estrutura biológica e inscrito, também, talvez, nos hábitos que
vocês tomaram na superfície desse mundo.
Lembrem-se de que o essencial não está aí, mas é, unicamente,
a intensidade de seu coração, a intensidade do Amor e a intensidade da Luz que
vocês deixam atravessar e emanar de vocês.
Isso se tornará, cada vez mais, o único método para
passar através do que há a passar.
Não haverá mais qualquer meio de nutrir o mental, de
nutrir as emoções, de nutrir esse corpo, porque ele será nutrido de outro modo,
mesmo estando, ainda, presente na superfície desse mundo.
Aí está o poder do Amor.
Ele não levanta, unicamente, as montanhas, mas ele
provê a todas as carências e a todas as necessidades, mas isso não são vocês
que decidem.
É nesse sentido que é preciso ser humilde e pequeno,
que é preciso, ao mesmo tempo, estar presente na densidade do Amor e estar
ausente, o mais possível, dos jogos de papéis, de confrontação de pessoas, de
confrontação de situações, não para evitá-los, para ter medo deles, mas, sim,
para atravessá-los com a potência do Amor, do que vocês são, em verdade.
A reversão da alma, a dissolução da alma é vivida de
diferentes modos.
Olhem seus irmãos e suas irmãs, o que eles viveram
durante esses anos, o que eles levaram a efeito, o que eles manifestaram.
Hoje, tudo lhes é dado sem restrição.
Tudo lhes é dado, mesmo se vocês recusam vê-lo, mesmo
se vocês têm medo.
O medo não se manterá, jamais, diante do Amor, por
muito tempo.
Reencontrar sua herança é reencontrar o que vocês
sempre foram e o que vocês são, sempre.
É não mais ser limitado a esse mundo, a essa pessoa,
mas englobar, agora e já, o conjunto da criação e, sobretudo, o conjunto desse
mundo, no mesmo Amor, em qualquer irmão ou irmã, em qualquer irmão ou irmã
oposto à Luz, em qualquer país, em qualquer religião ou em qualquer esfera
social que seja.
Vocês constatarão a potência do sorriso, a potência de
seu olhar, a partir do instante em que vocês deixam exprimir-se o Amor, ao
invés do julgamento, ao invés do desafio de reagir, de responder, de cogitar,
de pensar, e o silêncio será, o mais frequentemente, de grande ajuda, bem mais
do que as palavras, bem mais, mesmo, do que os atos, a um dado momento.
Tudo isso corresponde ao estado de Graça, em sua
plenitude do Amor.
Vocês também, vocês serão tocados, não, unicamente,
pelos seres da natureza, não, unicamente, por nossas Presenças, mas pela
realidade que está em vocês, do Amor.
Não, simplesmente, através das vibrações, não,
unicamente, através do Coração Ascensional ou das diferentes estruturas que
vocês conhecem no plano do corpo de Existência, mas, diretamente, pela própria
consciência, que os faz amar tudo o que será visto porque, em definitivo, tudo
isso faz apenas passar.
Qualquer que seja a dureza aparente há, abaixo disso,
a profundidade do Amor.
Mas isso, vocês não podem, talvez, ainda, aceitá-lo
nem vivê-lo, mas eu lhes asseguro de que a resposta está em vocês, na
totalidade.
Não pode ali haver alternativa.
Não pode ali haver outra via, outro caminho ou outra
explicação que não aquela do Amor.
O Amor em Ação, o Amor em manifestação, o Amor em
radiância, o Amor como única Verdade.
Porque o que é contrário ao Amor não poderá mais
manter-se, no sentido da encarnação nesse mundo, no sentido dos conflitos
presentes nesse mundo.
O Amor sozinho preencherá tudo e porá fim a todo
dilema, a toda guerra, mas é preciso, para isso, passar pelo buraco da agulha, despojar-se
de si mesmo, despojar-se de tudo o que não é a Eternidade, não em um ato
voluntário daquele que se privaria ou que se mortificaria do que quer que seja,
mas, bem mais, pelo reconhecimento do Amor que vocês são, realmente,
concretamente agora, e não, unicamente, em outros lugares ou em outros planos
ou em outros corpos sutis, mas em cada minuto de sua vida.
Se, verdadeiramente, vocês reconhecem isso, então, sua
vida será um tapete de rosas, quaisquer que sejam os inconvenientes do fim de
um sistema, do fim de um confinamento no plano concreto e visível.
É isso que vocês devem rememorar, nos momentos em que
lhes parecerá, talvez, estar em um momento mais difícil ou menos luminoso.
Lembrem-se de que o Amor está aí, e que, mesmo se isso
lhes pareça menos luminoso, há, sempre, a oportunidade de manifestar ainda mais
o Amor, de olhar, de sorrir, de superar a compreensão, a explicação, de superar
todas as justificações e de deixar eclodir, inteiramente, o Amor.
Lembrem-se de que nós estamos, também, em vocês,
todos: os Arcanjos, as Estrelas, os Anciões, o próprio conjunto de seres que
lhes são desconhecidos, presentes na natureza ou em embarcações que se tornarão
visíveis em seus céus.
É a mesma realidade, aquela do Amor em ação, aquela do
Amor em verdade.
No Amor nada há, nem necessidade, mesmo, de prender-se
ao que quer que seja da experiência que vocês fazem e que vão realizar, cada
vez mais frequentemente.
Cristo havia dito, à época, que aquele que tivesse a
fé a menor, real, poderia mover montanhas.
Aí, não é questão de mover montanhas, é questão,
simplesmente, de ser você mesmo, inteiramente, sem prejulgar a pessoa que você
é, sem prejulgar seus apegos, sem prejulgar seus sofrimentos passados ou suas
projeções, em qualquer futuro que seja.
A única solução está «aqui», a única solução está «agora»,
aqui mesmo, no corpo que você habita, na vida que você percorre, em tudo o que
se desenrola na tela de sua consciência.
O que quer que se desenrole, vejam, aí, apenas o Amor
e o fogo do Amor em ação.
Porque, lembrem-se de que, no Caminho da Infância, na
simplicidade, na humildade, não é você, como pessoa, que age, mas o Amor que
você é, em verdade, e esse Amor que você é, em verdade, não, unicamente,
eclodiu, mas preencheu todo o espaço desse mundo e, também, todo o espaço de sua
consciência.
Aceite vê-lo tal como ele é e não tal como você pode,
ainda, acreditar, imaginar ou temer.
Deixem livre curso para o Amor.
Sejam, dele, os agentes, que nada pedem, mas cuja
beleza traduz-se, qualquer que seja sua idade, qualquer que seja seu físico, na
potência e na intensidade de seu olhar iluminado, de seus olhos, de sua boca.
É assim que vocês transcenderão tudo o que pode
parecer-lhes resistente ao Amor, tanto em vocês como ao seu redor, isso, em uma
oitava jamais imaginada possível para vocês, para a maior parte de vocês.
Quando eu estava na carne, eu passava por uma santa.
Havia poucos seres que eram capazes de manter, sem o
querer, esse estado de Amor indescritível, ligado ao Mahasamadhi, e, por vezes, durante longos anos.
Será que eu queria manifestar isso?
Não.
Eu me apagava, totalmente, eu estava plenamente
presente, ao apagar-me.
Vocês, hoje, é o mesmo destino que os espera, se se
pode dizer, a mesma manifestação, o que quer que vocês digam disso e qualquer
que seja seu julgamento sobre si mesmos ou sobre as circunstâncias desse mundo,
nenhum de seus pensamentos pode perturbar o que se instala agora.
Ao descobrir o Amor em manifestação total e real na
superfície desse mundo, o que vocês podem temer?
Para você, para seus próximos, para sua situação, para
o que quer que seja.
O Amor nutre-os, verdadeiramente, inteiramente, mas,
para isso, é preciso aceitar o Amor, na totalidade.
Então, é bem mais do que pôr o Amor à frente, é bem
mais do que «ser Amor», é ser a Vida.
Mas não a vida, unicamente, falsificada desse mundo,
mas toda a Vida, em todas as dimensões e de todos os mundos.
Ao manifestar, assim, a Morada de Paz Suprema, você
verá afastar-se de você todas as privações, todas as faltas, todos os medos,
todas as incertezas e, isso, de maneira, aí também, cada vez mais tangível e
cada vez mais evidente.
Você ganhará, então, em certeza, mesmo no que resta da
pessoa, mesmo em sua alma, se ela permanece e persiste.
O Amor é o que você é, então, não há necessidade de
outra coisa que não ser o que ele é.
Você tem apenas que desaparecer.
Desaparecer não quer dizer desviar-se da vida ou do
que a vida propõe a você, mas, sim, viver isso no Amor.
Viver no Amor não é complicado, não é, unicamente, a
Coroa radiante do coração, não é, unicamente, sua atração para a Luz e sua
atenção, é bem mais do que isso.
É o que jamais se moveu, que jamais desapareceu e que
de nada tem necessidade.
Quanto mais você acolher isso, mais você manifestar
isso, mais você será humilde e mais você será grande, não nesse mundo, é claro,
mas grande na Luz, grande na Verdade, e é essa grandeza que o fará desaparecer.
Desaparecer às ilusões, desaparecer aos medos, desaparecer
às identidades, aos papéis, às funções, não por um desejo, não por uma
purificação, mas, sim, pela Graça do Amor.
Antes de prosseguir, permaneçamos em silêncio alguns
instantes, para concluir a primeira parte de minha intervenção.
Eu continuarei em seguida, é claro, evocando outros
elementos.
… Silêncio…
Nesse estado e nessa Graça, você é, ao mesmo tempo, a
fonte, a origem e o fim.
Você é o Alfa e o Ômega, que o nutre, a si mesmo, do
Amor que nasceu no que você é, que o propaga por toda a parte.
Essa é sua natureza.
Quer você o veja ou não, quer você o perceba ou não,
isso nada muda, e essa clareza vai tornar-se cada vez mais evidente.
…Silêncio…
Eu gostaria, agora, de abordar, em uma segunda parte,
algumas considerações mais práticas concernentes às Estrelas, às Portas, às
funções da alma, às funções do Espírito, à reversão da alma, à dissolução da
alma, em suma, a tudo o que se desenrola agora, em cada um de vocês.
Vejamos, então, esses pontos, e vocês constatarão, por
si mesmos, em sua vivência, se já não foi feito.
Primeiramente, o Triângulo de Fogo, o Triângulo
elementar, situado ao nível de sua fronte.
A ponta AL, como vocês sabem, podia ser representada
ponta para cima ou ponta para baixo, na raiz dos cabelos ou na raiz do nariz.
Hoje, a rigidez desse Triângulo, totalmente revertido
e recolocado no bom sentido, faz com que a ponta Al vá ser sentida, cada vez
mais frequentemente, para aqueles que a vivem, ao nível da raiz do nariz, o que
abre o que era chamado o terceiro olho antes, mas que abre a realidades
arquetípicas e transcendentes e não mais a qualquer ilusão ligada ao
confinamento nos mundos «astrais» [sic]
ou dos mundos mentais.
O que se desenrolará para vocês, se vocês têm acesso a
isso, é, aí também, destinado, simplesmente, a iluminar e não a dissecar.
Simplesmente, nutram-se desse espetáculo, se ele lhes
aparece.
Do mesmo modo que alguns de vocês puderam sentir, por
vezes, de maneira dolorosa, as Portas AL e Unidade ou, então, as Portas
Atração/Visão, hoje, vocês vão começar a sentir, cada vez mais, outras Portas e
outros Triângulos em estruturas do corpo de Existência, que se imprimem no
corpo.
Aí também, se possível, contentem-se em vivê-lo sem
procurar a utilização possível disso, porque ela se manifestará a vocês por si
mesma, a partir do instante em que, justamente, vocês não procuram servir-se
dela, para manifestá-las ou compreendê-las.
Estejam disponíveis para as experiências que se
apresentam a vocês interior ou exteriormente, do mesmo modo e com o mesmo Amor.
Ao voltar a tornarem-se como a criança, vocês viverão,
espontaneamente, o instante presente e a realidade do Amor, em qualquer
circunstância que seja.
Não se apropriem de nada.
Deem-se, a si mesmos, ao Amor.
Aí está a doação de si, o sacrifício sagrado da dissolução
da alma.
Como vocês constataram, algumas de suas necessidades
fisiológicas estão, já, ampla e profundamente modificadas, elas se modificarão
ainda mais.
Quer concirna às necessidades fisiológicas alimentares
ou outras, afetivas, quer seja a necessidade de sono, quer seja a necessidade
que vocês consideram como vital, de trabalhar, de ter o dinheiro, de viver
segundo a antiga regra.
Tudo isso lhes aparecerá, em breve, como extremamente
fútil e inútil, quer vocês queiram ou não.
Mas deixem o Amor trabalhar, não tomem a dianteira,
porque o Amor deve estar à frente em tudo.
Ao aceitar que tudo o que se desenrola e que se
produz, doravante, é a obra do Amor em vocês, o Amor crescerá ainda mais em
vocês.
Mesmo se seu mental diga a você que não há Amor aí
dentro, é apenas seu mental que o diz, o coração nada lhe dirá, ele continuará
a crescer.
Ele virá colocar o que é preciso onde for necessário.
O Triângulo de Fogo, ao nível da cabeça, torna-se,
como vocês o sentem, cada vez mais ativo.
Como o conjunto dos outros Triângulos, mas, de maneira
preferencial, vocês sentirão, talvez, a emanação nesse nível da Luz.
É isso, ser marcado na fronte; é isso, ser coroado.
Não há escolhido aí, porque cada um tem a mesma
capacidade de viver isso.
Na condição de não se apreender do que passou, de não
considerar o hábito, ou os hábitos, e as aquisições como algo de eterno, porque
eles concernirão, sempre, em definitivo, apenas à pessoa.
Você não é uma pessoa, você é bem mais do que uma
pessoa.
Você é bem mais do que suas linhagens, bem mais do que
suas origens estelares.
Você é bem mais do que a vibração.
Você é bem mais do que a consciência, qualquer que
seja.
Você é a totalidade do mundo e, quando nós dizemos que
somos todos Um, essa é a verdade.
Não jogue pedra em ninguém, porque o que você faz,
naquele momento, será dirigido apenas contra si mesmo.
Como dizia Cristo: «O que você faz ao menor de mim, de
vocês, é a mim que você o faz e, portanto, a você também».
Você que porta, em qualquer intensidade que seja, a
ardência das Filhas do Sol e dos Filhos do Sol, repouse no Amor, porque ele é
forte, suave e prevê tudo para você.
Repouse no Amor, porque há apenas isso.
Todo o resto é apenas efêmero, todo o resto faz apenas
passar.
Qualquer que seja a realidade das outras dimensões,
qualquer que seja a realidade de nossas Presenças em vocês e em seus céus,
qualquer que seja a realidade dos eventos do Sol e da Terra e do conjunto desse
Sistema Solar, isso nada é em relação à Verdade do Amor.
O Amor basta-se a ele mesmo.
Não há necessidade de planeta, de Sol, de entidades,
de consciências, de seres da natureza, mesmo se, hoje, você tenha a capacidade,
cada vez mais verificável, de entrar em contato com esses povos, como conosco.
Não perca, jamais, de vista, que isso não é um
objetivo nem uma finalidade, mas, sim, um meio de ir para o que você é, na
totalidade.
Não confunda os meios, os objetivos e a realidade do
que você é.
A certeza interior, a fé no Amor, se posso dizer,
será, sempre, mais evidente por si mesma do que pelas relações, quaisquer que
sejam.
Coloque-se a questão, como dizia um interveniente
estrondoso, Bidi: «Quem é você? De onde você vem? O que é que está na origem? O
que é que há antes desse mundo? O que é que há antes de toda vida manifestada
em toda dimensão?».
Você e você mesmo.
Há apenas isso.
Todos os jogos de papéis cessarão um dia; todas as
funções cessarão um dia, tanto aqui como alhures.
Vocês são a Vida, vocês são o suporte da Vida, vocês
são a manifestação do Amor.
Todo o resto é supérfluo, inútil e ilusório agora.
Foi muito bonito pensar ou vivê-lo, por momentos, mas
isso vai tornar-se uma evidência total.
Quer vocês o desejem, quer vocês o temam, isso nada
mudará na realidade do que se revela.
Antes de qualquer coisa procure, em vocês, os sinais
do Amor, mesmo se os sinais da Terra sejam cada vez mais incisivos e visíveis.
Deixem florescer o Amor.
Para procurar seu coração e encontrá-lo, plenamente, é
preciso parar de procurar alhures, o que quer que seja.
Ponham fim, vocês mesmos, hoje, à busca.
Ponham fim ao motor do sofrimento que é ligado ao
tempo e à pessoa, não por um ato heroico, mas, bem mais, por um ato de
rendição, na qual apenas é necessária não a força, mas a humildade de
reconhecê-lo.
A história que vocês vivem não está aí para viver
outra, melhor, mesmo se vocês tenham muitas histórias a viver.
Vocês podem viver todas as histórias que quiserem.
Aí está a Liberdade, a verdadeira Liberdade, que é
aquela de ser tributário apenas do Amor que vocês são e não de qualquer história,
de qualquer carne, nem mesmo, eu diria, de qualquer corpo de Existência, mesmo
se seja, é claro, o veículo indispensável para percorrer as dimensões.
Mas vocês não são, tampouco...
Não mais do que seu corpo físico vocês não são o corpo
de Existência, ele é apenas um veículo multidimensional e perfeito, mas são,
sempre, vocês que estão no interior.
E vocês, vocês não são constituídos de estruturas,
quaisquer que sejam, em qualquer forma que seja, em qualquer experiência que
seja.
Vocês são a essência do Amor, a Essência da Verdade.
Todo o resto são apenas obstáculos a essa realização
real de sua Verdade eterna no instante presente.
Então, Amem, acima de tudo, em qualquer circunstância,
em qualquer elemento que possa ressurgir de vocês e que pertença à pessoa.
Vocês são o Amor, apesar e, sobretudo, graças a ele.
Cristo havia dito e, aliás, o Comandante repetiu,
frequentemente: «Aquele que quiser salvar a vida, perdê-la-á.».
Aquele que aceitar perder a vida, suas posses, o que
ele crê ser, encontrará a Vida Eterna, com certeza, a partir de agora, no
instante presente.
Os mecanismos da alma são apenas experiências tomadas
nos mundos carbonados.
Vocês são, ao mesmo tempo, o Coro dos Anjos, o
Espírito do Sol, Cristo, mas vocês são, também, de algum modo, aquele que foi
nomeado, ou que são nomeados os maus rapazes.
Eu creio que o Comandante chamava a eles de os
fantoches.
E sim, porque o fantoche não sabe que ele tem um fio
que segura e que o anima.
Ele não o reconheceu.
Ele é tomado em seu jogo, em seu papel e o medo leva-o
a conduzir-se como ele se conduz.
Mas vocês, o que quer que vocês vivam, deixem o Amor
ser.
O Amor-ser não tem necessidade de manifestação, ele
tem necessidade, simplesmente, da transparência, da lucidez, da humildade.
Ele não se coloca, mesmo, mais, a questão da moral, da
ética ou da integridade; tudo isso é transcendido pela potência do Amor agora.
O Amor é a única Verdade, em qualquer dimensão que
seja e em qualquer parcela de seu ser que seja, mesmo nessa carne efêmera.
O Triângulo elementar do Fogo, agora fixado com a
ponta para baixo, abre-os, real e concretamente, ao aprendizado do Amor e à
manifestação do Amor, permanentemente, e de modo indelével.
Há numerosos testemunhos, numerosos marcadores, tanto
em vocês como nesse mundo.
Há os sons, há o Silêncio, há o contentamento.
Tudo o que parece, em vocês, resistir, quer seja ao
nível do corpo ou quando dizem: «Eu não consigo» ou «Eu tenho medo» nada
representa para o Amor.
Então, deixem o Amor ser o que vocês são.
Ele está aí, por toda a parte, à profusão agora.
Não há mais separação, não há mais divisão.
Tudo os remete ao seu coração e tudo os remeterá, cada
vez mais, ao seu coração, em todas as maneiras possíveis.
Quer elas sejam agradáveis, segundo o sentido da
pessoa, ou quer sejam desagradáveis, segundo o sentido da pessoa.
Vejam como evolui, ainda que apenas a sua memória,
nesse mundo e nessa vida.
Vejam como evolui, eu o disse, seu sono, sua
alimentação, seus relacionamentos e suas relações com a natureza, com outros irmãos
e irmãs, com animais, e olhem se o Amor está, verdadeiramente, presente,
inteira e livremente.
Se isso não lhes aparece, então, retirem-se da pessoa,
não como uma retirada do mundo, mas, bem mais, para mergulhar, ainda mais
profundamente, no coração de seu ser, e deixar aparecer e manifestar o que é o
Amor em vocês, que vocês são.
Nada prejulguem.
Coloquem-se, cada vez mais frequentemente, no instante
presente e o Fogo purificará o que há, ainda a purificar, quer seja no corpo,
em seus pensamentos, em suas emoções, em seus afetos, para fazer desaparecer
todas as projeções e todas as feridas.
A liberdade do instante presente e do Amor situa-se
aqui.
Isso não é um esforço, é um relaxamento e é uma grande
satisfação retornar, realmente, ao que vocês são.
Então, mesmo se possa, ainda, existir, em vocês,
sentimentos de apego, em relação à lógica desse mundo, qualquer elemento que
seja concernido por esse apego, não se esqueça de que o outro é você, quer ele
seja um filho, quer ele seja um amigo, quer ele seja um marido.
Veja as coisas sob esse ângulo, porque é a única
verdade e você será confrontado a essa verdade, no momento do Apelo de Maria,
no momento de seu desaparecimento na Fonte das Fontes, bem antes da Fonte, no
Absoluto.
Vocês verão que, em sua «Casa», se já não foi feito,
todas as «Casas» ali estão compreendidas.
Que não há, mesmo, mais diferença de vibração, de
dimensão ou de forma, de tempo, de espaço, de planeta, de Sol.
Tudo isso são apenas jogos do Amor e da consciência.
E vocês não são, simplesmente, a consciência, qualquer
que seja, mesmo se sejam todas as consciências.
Assim é o Amor, ele não conhece limites, ele não
conhece barreiras, ele não conhece restrições.
Ele nada mais conhece do que ele mesmo.
Todo o resto são apenas jogos, certamente, nos quais a
beleza é onipresente, mas o que subjaz nesses jogos, é claro, é o Amor.
A Infinita Presença ser-lhes-á cada vez mais
acessível, se posso dizer, mesmo para aqueles de vocês que nada viveram até o
presente.
Coloquem e depositem o conjunto do que pode restar de
obstrução em vocês no Amor.
A transformação do mundo tornar-se-á cada dia mais
evidente, em seu Templo, em sua vida, em suas relações, mas, também, no
conjunto do planeta e no conjunto do Sistema Solar.
Isso lhes foi enunciado, explicitado em múltiplas
reprises.
Eu penso que vocês o verificaram, suficientemente,
para provar-se, a si mesmos, a realidade do que acontece, do que se desenrola e
que é apenas o retorno do Amor.
Esse Amor é impessoal e incondicionado.
Ele não depende das circunstâncias desse mundo, como
de qualquer outro mundo, ele é a Verdade.
E vocês são, também, essa Verdade.
Acolhamos, juntos, antes que eu comece a terceira
parte, o Espírito do Sol.
… Silêncio…
Eu abordo, agora, se quiserem, a terceira parte de minha
exposição.
Eu responderei, então, em breve, às suas questões,
quaisquer que sejam essas questões.
Minha resposta far-se-á, sempre, no Fogo do Amor, e eu
me dirigirei, diretamente, ao seu coração.
Então, é claro, em um primeiro tempo, quaisquer que
sejam as questões, as respostas poderão aparecer-lhes como não-respostas.
Isso, se seu mental está à frente, mas, a partir do
instante em que vocês deixam o mental e escutam seu coração, a mais perfeita das
respostas ali estará.
Então, não fiquem aturdidos pelo modo que eu terei de
responder-lhes, mas coloquem-se, vocês também, no Amor Um, com o meu Amor Um.
Quer sejam as questões que são colocadas, aqui ou
alhures, e que serão escutadas, ouvidas e lidas, aliás.
Vocês são capazes, hoje, de ir além das palavras e, eu
diria, mesmo, além da vibração, e de tocar a Essência do Coração, a Essência do
Amor e da Verdade, sem dificuldade alguma.
Nós realizaremos juntos, se quiserem, esse
aprendizado.
Isso não será, portanto, simplesmente, um
questionamento, mas, bem mais, um relacionamento no coração do Um, no coração
de Cristo, no coração da Fonte, que lhes dá a viver o Fogo do coração e a
evidência do Amor, sobretudo.
Não fiquem parados por minhas palavras.
Não fiquem parados por minhas ressonâncias ou por suas
questões, mas vivam-no, intrínseca e intimamente, para aquele que coloca a
questão como para aquele que estará interessado em ouvi-la, lê-la e escutá-la,
ou ler a resposta.
Esse modo de proceder, veja-o como um jogo: o jogo do
Amor com ele mesmo, que se descobre, ele mesmo, magnifica-se, ele mesmo, e
regenera-se, permanentemente.
Se vocês jogam esse jogo comigo, então, vocês
entrarão, ainda mais, na confiança do que vocês são, na confiança do Amor e na Verdade
do Amor.
… Silêncio…
No curso de nossas entrevistas a vir, grandes momentos
de paz manifestar-se-ão no silêncio de nossos corações, pela plenitude do Amor.
Aqui mesmo, como para todos aqueles que terão a
oportunidade de interessar-se pelo que será dito e o que será vivido,
sobretudo.
Eu os puxarei, em cada questão, ao essencial, ao
coração, de maneira direta e de maneira evidente.
Aí está o preâmbulo, em três partes, do que eu queria
transmitir-lhes.
Resta-nos, agora, a parte a mais importante, que não
são as minhas palavras nem as questões, mas, simplesmente, o que vai
desenrolar-se agora.
… Silêncio…
De meu coração em seu coração, do Fogo do Amor em seu
Fogo do Amor.
… Silêncio…
Questão: olá Ma Ananda…
Bem amada, eu não pedi questões.
Não é tempo de colocar as questões, é tempo de fazer
silêncio...
… Silêncio…
… e de acolher o beijo do Amor que eu entreguei a cada
um de vocês, no coração.
Aí está a maior das respostas.
Quanto às questões, elas deverão ser cuidadosamente
colocadas e deitadas por escrito, porque elas concernem a vocês, mas elas nos
concernem, a todos, e as respostas igualmente.
Mas elas não terão lugar agora.
… Silêncio…
Do mesmo modo, eu acolho, de cada um de vocês, o beijo
do Amor que vocês me dão.
Agora.
… Silêncio…
Eu sou Ma Ananda Moyi, Estrela AL, Fogo e doçura do
Amor.
Eu lhes digo, então, até já.
Até logo.
… Silêncio…
Eu sou Ma Ananda Moyi.
Vamos, irmãos e irmãs aqui presentes, continuar nossas
entrevistas, no coração do Amor.
Assim, portanto, eu me proponho responder ao conjunto
de suas questões concernentes ao que se desenrola, atualmente.
Minhas respostas situar-se-ão, o mais frequentemente,
além da pessoa, para tocar, em vocês, o coração do Amor.
Permitam-me irradiar, em seu seio, a alegria da
Presença.
… Silêncio…
Após cada uma das respostas que eu aportarei, nós
permaneceremos, todos juntos, no silêncio da Presença, para ir, real e
concretamente, além das palavras da questão e além das palavras da resposta,
para viver o que se pode dizer, então, na alquimia de nosso reencontro.
Dignem-se acolher a alegria de minha Presença e a
alegria de sua Presença.
A maior parte das respostas que eu darei far-se-á a
partir de minha posição de Estrela AL, mas, no curso dessas entrevistas no
coração do Amor, eu serei, também, de algum modo, a embaixadora das doze
Estrelas, aquela que fala à sua alma, aquela que fala ao seu Espírito e que
transcende, pelas palavras e a vibração, o próprio sentido de ser uma pessoa,
mesmo se suas questões sejam de ordem pessoal.
Eu escuto, agora, sua primeira questão.
Questão: em quê, como diz Bidi, o
Absoluto aqui, nesse mundo, é correlacionável ao sono?
Bem amado, quando você desaparece para esse mundo,
quer seja no sono ou no Absoluto, isso não faz qualquer diferença.
Em contrapartida, o retorno é profundamente diferente.
O retorno do sono acompanha-se, quase
instantaneamente, do retorno da pessoa nesse mundo, inscrita em uma história
pessoal, em suas emoções, no que ela é ou, pelo menos, no que ela crê ser.
No retorno do Absoluto não há mais questões.
Não há mais, mesmo, a ideia ou o sentido de ser uma
pessoa, mesmo se a pessoa esteja presente.
Assim, portanto, do ponto de vista no qual você está
na encarnação, não existe diferença entre o sono e o Absoluto.
Como você vê, alguns de vocês desaparecem de modo
inesperado, quando de meditações, quando de orações ou ao escutar-nos, e
voltam.
Mas a diferença, você a constata, você mesmo, em
relação ao seu sono, nos momentos que seguem.
Você está repleto de alegria?
Você está saturado de alegria, no momento de seu
retorno, ou você tem, simplesmente, a impressão de emergir de um sono normal?
E, também, no desenrolar de seus dias, em seguida,
vocês estão perfeitamente aptos, uns e os outros, a constatar se estão mais
leves, se seu coração está mais leve, se sua pessoa, em toda a sua história,
importuna-os menos para viver o instante presente.
Aí está a grande diferença, não no desenrolar do sono
ou do Absoluto, mas, bem mais, no que se produz quando vocês voltam à pessoa
nesse mundo.
Então sim, há uma diferença essencial, mas há, ao
mesmo tempo, uma similitude.
De um ponto de vista exterior, é a mesma coisa; de um
ponto de vista interior, é profundamente diferente.
Então, é claro, no aprendizado que vocês vivem, uns e
os outros, em função do que vocês viveram e vivem, ainda, há, por vezes, uma
mistura de sono e de desaparecimento, uma mistura de sono e de Absoluto.
Acontece-lhes – e nós todos sabemos, quando estamos na
carne – que há manhãs ou dias nos quais nós acordamos perguntando-nos quem nós
somos e onde nós estamos.
Do Absoluto é, exatamente, a mesma coisa.
Acontece-lhes, no retorno de seus desaparecimentos, de
colocar-se o sentido de quem vocês são ou do que vocês fazem, como se a
identidade fosse afogada em uma névoa na qual não há, verdadeiramente,
lembranças, mas que permite trazer, eu diria, fragmentos da Infinita Presença,
no momento em que vocês voltam.
Isso se traduzirá, inexoravelmente, pelo sentimento de
estar bem, pelo sentimento de ser diferente, pelo sentimento de estar mais
pleno mesmo e, sobretudo, se vocês não sabem mais quem são ou em qual história
vocês estão inscritos.
Então, há similitude, para aquele que vê isso do
exterior, mas não pode ali haver confusão ou, então, ela é mínima, para aquele
que o vive, real e concretamente.
Olhe o que se desenrola quando você volta, nos
momentos imediatos, mas, também, mais ou menos longo tempo após esse
desaparecimento.
Será que a alegria é conservada?
Será que a despreocupação e a leveza da criança estão
presentes, mesmo se ela se apague, enquanto você não está estabilizado na
Infinita Presença?
Existe, também, outro elemento.
Ao voltar do desaparecimento, mesmo se você não tenha
a necessidade de afirmá-lo ou demonstrá-lo a quem quer que seja, nem a si
mesmo, quando você desaparece e volta à pessoa permanece, em você, uma certeza
inabalável que se junta à fé, que se junta à infância, de estar conectado e de
ser bem mais do que a história que você vive, mesmo se você esteja inscrito,
ainda, em uma história particular, de problemáticas particulares.
Em conclusão, o Liberado basta-se a ele mesmo.
Ele é sua própria fonte de Luz e sua própria fonte de
vida.
Não mais ao nível do ego, da pessoa, mas, bem mais, em
um sentido universal e, sobretudo, repleto de Amor, saturado de alegria e de
felicidade, quaisquer que sejam os eventos que sobrevenham, por vezes, em sua
vida, que podem levar, por vezes, a tomadas de decisão na pessoa ou, ainda, em
reação a alguns elementos que não têm que ser aceitos nem pela pessoa, nem pelo
Absoluto, se você o é.
Contudo, você não é, jamais, enganado.
Você vê isso como uma necessidade e você não é
implicado nem no plano mental nem no plano afetivo nem no plano das emoções e,
ainda menos, no que são nomeadas as energias ou a vibração.
Assim, portanto, as próprias flutuações do que você
percebe como vibrações, quer elas estejam inscritas na cabeça, no coração ou
alhures, ao nível do Canal Mariano ou da Onda de Vida, não deixam revelar-se,
na tela da consciência, as mesmas coisas.
Em um caso há clareza, no outro caso, há confusão,
porque o mental põe-se em movimento e vem propor-lhe escolhas.
O mental tem, sempre, a escolha, o Absoluto não tem,
jamais, a escolha.
Ele é totalmente livre.
Ele saiu de todo condicionamento e de toda noção,
mesmo, de livre arbítrio, porque ele não considera ter que escolher entre tal
situação, tal coisa, tal pessoa ou tal evento.
O Absoluto deixa chegar a ele o que se desenrola,
enquanto aquele que se afunda no sono e volta à pessoa não notará, jamais,
diferença significativa em sua vivência e no modo de conduzir-se no que se
desenrola ao redor dele e nele.
Aí está a grande diferença, mas, efetivamente, visto
do exterior, é exatamente a mesma coisa.
O desaparecimento para esse mundo faz-se de maneira fisiológica
a cada noite, quando você dorme, mesmo se suas noites sejam povoadas de sonhos.
O Absoluto desaparece por si mesmo, quando ele o
deseja, mesmo continuando a exprimir-se.
Ele é, de algum modo, conectado, permanentemente, ao
que ele é, quaisquer que sejam as circunstâncias de seu corpo, de sua vida, de
suas emoções, de seus afetos ou de qualquer evento que surja, inesperadamente,
em sua consciência.
Ele permanece estável.
É impossível desestabilizar o Absoluto.
Mesmo se ele se põe na raiva, ele não é, jamais,
enganado de sua própria raiva e, sobretudo, não há qualquer repercussão nefasta
para ele, como para o outro.
Porque ele não faz diferença entre ele e o outro.
Ele poderia maltratar-se a si mesmo como ele maltrata
alguém, não para maltratá-lo, mas para quebrar a casca do ego e deixar aparecer
o Amor.
E, isso, não é ele que decide.
É, diretamente, a expressão da Vida livre nesse mundo.
… Silêncio…
Escutemos juntos, se quiserem, a segunda questão.
Questão: você pode iluminar-me
sobre um sonho?
Eu estou em pé em uma praia, na
alegria, e eu vejo uma forma humanoide, muito escura, arrastar o meu cadáver
que está recoberto de pelos dourados.
Bem amado, permita-me, primeiramente, contextualizar o
sonho.
É claro, você sabe que existem diferentes formas de
sonhos.
Há sonhos que correspondem às suas preocupações do
momento.
Há sonhos que são ligados à sua vivência dos dias anteriores.
Há, também, sonhos que são ligados às suas diversas
antecipações e projeções concernentes ao futuro.
Então, é claro, haverá, sempre, uma explicação para a
pessoa e, nesse caso, ela é precisa.
Mas permita-me, primeiramente, ir além do sentido e da
correspondência para a pessoa que teve esse sonho.
Além, mesmo, do significado simbólico, real, projetivo
ou ligado, simplesmente, ao mental, ou profético, trata-se da mesma coisa.
O sonho, qualquer que seja sua intensidade, qualquer
que seja a percepção de sua própria vivência, traduz, sempre, algo que se
desenrola na pessoa.
O Liberado vivo não tem necessidade de sonhar.
Ele não sonha, aliás, jamais.
Ele desaparece totalmente, mesmo em suas noites.
O sonho é, de algum modo, o que o puxa à Infinita Presença,
nos casos os mais elevados, mas, também, à sua pessoa.
Então, é claro, nesse sonho, há certo número de
elementos que são vistos.
A água, em especial, o elemento Água.
A praia é o lugar no qual você se instala no mesmo
nível da água e no qual você aproveita dos movimentos da água e, também, dos
raios do Sol, se há.
A água do mar é a Água Primordial, aquela que o puxa
às suas origens.
E aí, como você diz, você vê e percebe seu cadáver
recoberto de luz dourada, ao nível dos pelos, se bem compreendi.
Isso corresponde, totalmente, para a pessoa, ao
processo que se desenrola, hoje, de maneira coletiva para a humanidade, e que
foi nomeado de Ascensão, que corresponde, portanto, à conclusão de um ciclo e,
sobretudo, ao retorno à sua eternidade, à sua Ressurreição.
Assim, portanto, os sonhos são, frequentemente,
coloridos não desse evento em si, mas das próprias projeções que você mesmo
antecipou em sua própria evolução e, isso, não ao nível da pessoa, mas, sim,
realmente, ao nível da alma.
Aquele que está liberado da alma não tem necessidade
de sonhar e, aliás, ele não sonha, jamais.
Ele não tem mais necessidade disso.
Ele nada tem a confrontar, ele nada tem a confortar,
ele nada tem a elucidar.
Então, o sonho, mesmo em sua dimensão profética, faz
apenas lembrá-lo de que existe algo a solucionar entre a pessoa e a alma e, por
vezes, entre a alma e o Espírito.
Mas, para isso, a alma em dissolução provoca uma
rarefação dos sonhos.
Os sonhos tornam-se, por vezes, muito mais simbólicos
e estão em relação com o que se poderia chamar o inconsciente do humano ou o
inconsciente coletivo, no qual se encontra, como vocês sabem, um reservatório
de formas-pensamentos, um reservatório de potencial dos possíveis, um
reservatório de futuros, também.
Então, eu o engajo, é claro, a ir além do significado
que eu dei, a ir além da pessoa e a ir além da alma.
A não recusar, é claro, essas informações que, por
vezes, são-lhe dadas e que são, efetivamente, por vezes, importantes.
Mas retenha, sobretudo, que todo sonho, qualquer que
seja, mesmo o mais belo, faz apenas traduzir, de algum modo, os basculamentos
iterativos da alma entre a matéria e o Espírito, que escolheu o caminho da
Liberação e de sua dissolução e que, no entanto, não chegou ao seu termo,
porque o momento não chegou para essa alma, e espera, para a maior parte, o
Apelo de Maria, que lhes aportará a certeza inabalável do que vocês são, e a
certeza inabalável de que o que se desenrola é, realmente, o fim de um ciclo.
É outra coisa do que ver o que se desenrola nesse momento,
e é completamente outra coisa imaginar o que será a vida após os eventos
temidos ou aguardados ou esperados.
Mas saibam, efetivamente, que o sonho faz apenas
traduzir a dificuldade, mesmo em seus aspectos os mais luminosos, para
estabelecer-se na Infinita Presença, o que traduz, como eu acabo de dizer, as
oscilações da própria alma entre sua dissolução e sua persistência.
Também, eu os convido, é claro, a apoiar-se em seus
sonhos, mas que esse apoio representa, em definitivo, apenas um apoio indispensável
para sua vida nesse mundo, para alguns de vocês, para provar-lhes, para, por
vezes, elucidar.
Mas, independentemente do que seja elucidado,
independentemente do que eu mesma expliquei, aí também, é preciso superar isso.
Os sonhos são uma ajuda.
Inúmeras pessoas nessa Terra, em todas as tradições,
eu diria, em todos os povos, inclinaram-se sobre os sonhos há tempos
imemoriais.
Assim como eu disse, existem, mesmo, sonhos
proféticos, existem sonhos muito importantes, mas todos esses sonhos decorrem,
em definitivo, apenas da interface e do reencontro entre a alma e a
personalidade.
Nada mais e nada menos.
Quando a alma está não, unicamente, em vias de
dissolução, mas, realmente, dissolvida, não pode mais haver qualquer sonho ou,
então, eles são vistos como elementos que vêm perturbar o sono no Absoluto.
… Silêncio…
Nós podemos escutar, juntos, outra questão.
Questão: Jofiel disse que nosso
posicionamento podia ajudar nossos próximos.
Você poderia desenvolver?
O posicionamento no Amor.
Não do amor para com seus próximos, mas do Amor
incondicionado.
Porque, naquele momento, mesmo se há recusa, é que há,
de algum modo, algo que é visto, mesmo se isso seja recusado e, a priori, não visto.
O posicionamento no Amor incondicionado é, já, e será,
cada vez mais, o elemento indispensável para aportar a Paz e o Amor sem agir na
pessoa.
O Amor incondicionado e impessoal, que se escoa nesses
momentos, através de vocês, quer ele seja visto ou quer ele seja recusado, no
momento, isso não tem qualquer consequência nefasta, bem ao contrário.
É nesse sentido que Jofiel teve que esclarecer isso.
Se seu posicionamento é correto, não na relação, no
apego e no afeto, mas na realiança direta com o que você é, na Eternidade, quer
você seja liberado ou não, então, naquele momento, as implicações e os efeitos
na pessoa com a qual você está em relação, naquele momento, serão profundamente
diferentes.
Porque isso não passará pelo mental.
Mesmo se haja uma rejeição e uma recusa daquele com
quem você está em relação impessoal, mesmo se isso seja pessoal, pelos laços do
sangue, da carne ou dos afetos.
Então, isso não tem qualquer importância porque, de
qualquer modo, mesmo o que não é visto, o que não é percebido por aquele que
recebe seu estado de ser, tem, necessariamente, um efeito.
Lembre-se de que, quando a asa de uma borboleta se
parte, é o conjunto do universo que treme.
É o mesmo, assim que um irmão ou uma irmã humana
encarnada na carne aproxima-se do Si, vive o Si, mesmo de modo não permanente,
há mudança.
Mudança nele, é claro, mas mudança ao redor dele,
qualquer que seja o ritmo que possam tomar essas mudanças.
Quer seja uma recusa do que você emana, mesmo
inconsciente, quer seja um pleno acordo, os resultados são, diferentemente, eu
diria, mais convincentes do que o que se desenrola em toda relação pessoal,
mesmo a mais correta e a mais perfeita em um amor humano, porque o Amor
impessoal transcende todos os limites do amor humano.
O Amor incondicional, como ele mesmo diz nessa
proposição, corresponde apenas a uma ausência de condições, a uma ausência de
reflexão, a uma ausência de algo que está conectado em sua relação, de uma
maneira ou de outra.
Então, é claro, aquele que sai da relação pessoal, por
esse estado de ser, pode provocar reações muito violentas ao seu redor, isso é
normal.
Por medo, por desconhecimento.
Mas não se fiem nessas primeiras reações, não se fiem,
mesmo, no fato de que essa pessoa, esse irmão, essa irmã, que está em relação
com você, esteja zangada, porque você trabalhou na justiça e na Verdade, mesmo
se isso não apareça no sentido da pessoa, tanto a sua como a dela.
Os resultados estarão, inevitavelmente, presentes, no
momento do Apelo de Maria, no momento das Trombetas.
Naquele momento, para esse irmão, essa irmã que estava
em relação com você e que rejeitou seu estado de ser, talvez, haverá uma
reminiscência para ele do que você representou, naquele momento, e que, talvez,
ele tenha rejeitado.
Assim, serão queimados os laços porque, lembre-se de
que um laço é entre duas situações, duas pessoas, dois objetos e que, mesmo se
haja um que quebre o laço pelo Amor incondicionado e incondicional, aquele que
mantém o laço continua prisioneiro de seu próprio ego e desse próprio laço, que
ele mesmo criou.
Então, é claro, quando há uma relação afetiva, quer
seja com um cônjuge, um ex-cônjuge, um amigo, um filho, um pai, é claro que
isso pode ser prejudicial no instante e, de um ponto de vista estritamente
limitado, é o contrário, eu diria, a certa forma de moralidade.
Mas, sinceramente, você pensa, primeiro, na moral, ou
você pensa, primeiro, no Amor?
Toda diferença situa-se aí.
E o que você crê afastar-se de você permitirá a ele,
naquele momento, resolver, de uma maneira ou de outra, o que ele não quis
resolver no momento em que, talvez, afastou-se de você ou aproximou-se de você.
Você não tem que decidir.
Deixe, simplesmente, exprimir-se o que se exprime
porque, a partir do instante em que o que sai de você é espontâneo, nas
palavras, nos olhares, a partir do instante em que você não procura reagir, a
partir do instante em que, como foi dito, você põe o Amor à frente, então,
mesmo se, no momento, isso lhe pareça contrário ao Amor, não é nada disso.
Você deve sair, você também, naquele momento, eu
diria, de uma visão ou de um ponto de vista ou de um posicionamento puramente
linear, ligado a convenções, ligado a afetos ou ligado ao próprio laço, real,
quando se trata de um laço da carne.
Não se preocupe com isso.
Mantenha o Amor incondicionado e você verá, por si
mesmo, qualquer que seja o tempo que é, por vezes, necessário, que há
apaziguamento e solução e, sobretudo, ruptura do laço real, não para não mais
ver essas pessoas, esses irmãos, essas irmãs, esses cônjuges, esses filhos,
mas, sim, para liberá-los, eles mesmos, e não você mesmo.
Então, vá além das aparências, aí também, e não veja,
simplesmente, o que se desenrola no que você vive agora – sem, contudo,
projetar-se amanhã – mas esteja certo de que você mesmo assistirá à dissolução
de todos os laços, no momento vindo, mesmo aqueles que você mesmo rompeu e que,
no entanto, qualquer que seja a raiva, por vezes, do outro lado, não são,
absolutamente, liberados.
É nesse sentido que sua presença aqui, nesse mundo,
para muitos de vocês, mesmo liberados vivos ou que vivem o Si de modo
definitivo,é importante.
Porque, aí, naquele momento, você ajuda, por sua
Presença, por seu posicionamento, pela própria raiva do outro, à Liberação
dele.
É isso que é capital.
Não é a reação imediata, não é o sofrimento imediato,
não é a perda imediata, mas são, verdadeiramente, os efeitos ao nível da
Eternidade, ao nível do Si, ao nível da Presença, do outro também, é claro.
… Silêncio…
Lembrem-se de que, nos momentos de silêncio entre as
questões, há a Presença, intensificação de sua Presença e da minha, para comungar
no coração do Amor e deixar lugar para a escuta do Espírito ou para a escuta da
Alma, se ela ainda está presente.
… Silêncio…
Eu os lembro, também, de que, nesses espaços de
silêncio entre as questões, que há a Presença do Espírito do Sol, que há o Coro
dos Anjos e que nós estamos, doravante, cada vez mais próximos.
Então, é claro, para aqueles que estão na retaguarda,
por uma razão ou por outra, eles podem perceber diferenças.
Para eles, não é a mesma vibração, não é a mesma
consciência, porque nós nos aproximamos do coração do coração, do coração do
Amor.
E, aí, há cada vez menos diferenças entre vocês e nós,
mas, também, entre nós, Estrelas, ou entre os Anciões e as Estrelas e os
Arcanjos.
Porque isso continua sustentado pela mesma Presença do
Espírito do Sol e a Presença Crística, se preferem, tanto em vocês como em nós.
… Silêncio…
Escutemos, juntos, outra questão.
Questão: a totalidade de nossas
linhagens será revelada antes do Apelo de Maria?
Bem amado, por que adicionar um tempo?
Porque você subentende, em sua questão, que o conjunto
de linhagens deve ser revelado à consciência comum ou, mesmo, na
supraconsciência.
Não é nada disso.
Alguns de vocês vivem, efetivamente, linhagens sem,
mesmo, saber do que se trata.
Aliás, têm eles necessidade de identificar, realmente,
o que isso significa?
Aí também, convém atravessar, sem colocar-se questões,
o que se desenrola na tela da consciência.
Não há qualquer obrigação, não há qualquer
necessidade.
Só a pessoa pode concebê-lo assim.
No processo de reversão da alma para a Luz e sua
dissolução, a partir do instante em que a alma não está mais voltada para a
matéria, mas para o Espírito, mesmo se ela se mantém, ainda hoje, algumas das
linhagens ou o conjunto de linhagens pode aparecer.
Elas lhes dão, simplesmente, uma vivência maior, no
instante, do que representam essas linhagens ao nível elementar, por exemplo.
Eu os remeto, para isso, às inumeráveis intervenções
dos Anciões, sobretudo, concernentes a isso.
Mas o mais importante não está aí.
Não é porque suas quatro linhagens são reveladas e
ativadas em você, quer seja no plano vibratório ou no plano direto, no interior
de si mesmo, na consciência, além das vibrações, isso não fará qualquer
diferença no momento do Apelo de Maria.
Como poderia, aliás, haver uma diferença, no momento
em que Maria chama o conjunto de seus filhos, quer eles tenham linhagens,
aliás, ligadas a ela ou não.
Porque vocês são, todos, feitos da carne da Terra.
E a carne da terra possui a vibração de Maria, é
claro, em cada árvore, em cada vegetal, em cada animal e em cada humano, de
onde quer que ele venha e de qualquer parte que ele seja constituído,
concernente aos elementos.
É a carne que se lembra, mesmo se sua alma e seu
Espírito não tenham qualquer ressonância com uma linhagem que venha de Sírius.
Vocês fazem parte do corpo da Terra, pela própria
constituição de seu corpo.
Então, mais do que nunca, hoje, não procure saber, não
procure ver, mas procure ser.
Quanto mais você estiver no ser, mais você estará na alegria
e na indiferença em relação a isso, mais isso se manifestará a você, de modo
espontâneo.
E, sobretudo, não pare no que se desvenda, não pare no
que lhe é revelado, vá, sempre, para o centro.
Eu o lembro de que as quatro linhagens ou os quatro
Triângulos elementares reúnem-se, resolvem-se, se se pode dizer, e se
fragmentam, também, no outro sentido, a partir de um ponto central que é o
ponto ER.
A realiança à Fonte, a realiança à Verdade é a
realidade de sua Eternidade, aqui mesmo.
Então, a revelação das linhagens tem sido, se posso
dizer, para inúmeros de vocês, muletas, elementos que lhes permitiram melhor
situarem-se e melhor posicionarem-se.
Mas, fundamentalmente, quando vocês superam, também,
isso, não o ignorando, mas, verdadeiramente, deixando-o vir a vocês, sem
procurá-lo, então, tudo isso se apaga também.
Naquele momento, vocês não sentirão mais os Triângulos
elementares, vocês não terão mais interesse para isso, mesmo se os tenham
reconhecido, mesmo se os vivam ainda.
Vocês não estarão em uma projeção da consciência que
vise identificar suas linhagens ou, mesmo, ver, de modo espontâneo, as
linhagens dos outros.
Vocês não verão mais do que a Chama eterna de cada um,
quaisquer que sejam suas linhagens.
Assim, portanto, existe, aí também, eu diria, uma
forma de gradação que lhes permite superar também isso.
E, por vezes, para superá-lo, não é indispensável
vê-lo.
Para algumas outras irmãs e irmãos sim, é preciso
vê-lo.
Mas não é seu mental que comanda e que dirige.
Lembre-se de que as linhagens são inscritas nas
experiências multidimensionais, ao nível do Espírito e, é claro, na encarnação,
ao nível da alma, em relação à sua origem estelar.
Mas tudo isso nada representa em relação à alegria da
Presença.
Então, se você sente que perceber suas linhagens ou
colocar-se a questão de suas linhagens afasta-o dessa reconexão às suas
linhagens, abandone essa ideia.
Deixe vir a você o que se desenrola e contente-se, se
posso dizer, com o essencial, ou seja, a alegria do coração, na qual não há mais
qualquer lugar para qualquer questão.
Porque as questões, mesmo se elas sejam demandadas
hoje, são iluminadoras para muitos.
Mas lembre-se de que eu não me dirijo, unicamente, à
sua pessoa, mas eu me dirijo ao que está dentro de você, no coração do Amor.
As linhagens permitiram-lhe certo número de coisas.
Aliás, você sabe bem que essa carne, nesse mundo, é
constituída do que vocês nomeiam carbono, essencialmente, do DNA e de todo um
conjunto de moléculas químicas que constituem o conjunto do corpo.
É aí, é claro, que ressoa a consciência, mas isso não
é a consciência.
A consciência corporal, a consciência da pessoa, a
própria consciência da consciência, que eu qualificaria de desperta, nada é em
relação à verdade do Absoluto e da Infinita Presença.
E crer que você vai tocar ou viver a Infinita Presença
preocupando-se com suas linhagens seria um erro funesto.
Ela se apresenta a você ou ela não se apresenta a
você.
Mas qual diferença isso faz para sua capacidade de
estar na alegria e de estar na paz?
Não se prenda às suas linhagens como a uma boia de
salvação, não é nada disso.
Porque há apenas o coração que salva, seu coração.
Todo o resto foram apenas elementos que lhe permitiram
construir sua eternidade, reconstruí-la, se posso dizer, mesmo nesse mundo, através
do corpo de Existência, através do supramental, através de suas experiências.
Mas essas experiências, quaisquer que sejam, qualquer
que seja a beleza delas, qualquer que seja sua intensidade, nada têm a ver com
a Eternidade.
Elas são apenas elementos, um pouco como uma bengala
por um cego, um pouco como uma ponte suspensa na qual vocês seguram,
firmemente, a mão na corda.
Mas não se esqueça de que você vai ao outro lado.
Não pare sobre a ponte, e não recue, tampouco.
No coração do Amor, ao centro do centro, estritamente,
nada mais há que não a felicidade eterna.
Não há mais forma, mesmo se a pessoa esteja presente;
não há mais emoção, não há mais mental, nada mais há que não o Amor e,
verdadeiramente, nada mais.
Porque o Amor basta-se a ele mesmo e preenche todos os
interstícios de sua consciência.
A pessoa não pode mais dirigir o que quer que seja.
Eu diria que, do ponto de vista da pessoa, ela sofre,
mesmo, a energia do Espírito, a consciência do Espírito e a consciência da
alma, se ela está presente.
… Silêncio…
Escutemos outra questão.
Questão: o que você pode
dizer-nos sobre o que vive o conjunto da Terra, nesse momento?
A Terra vive a liberação do sofrimento, não,
unicamente, o seu, não, unicamente, aquele dos irmãos e das irmãs humanos, mas
o conjunto desses sofrimentos.
Ela se agita, ela exulta de alegria, ela sobe em
frequência vibratória.
Ela desperta, ela se purifica por si mesma, pelos
elementos, assim como vocês podem observar na superfície desse planeta.
Inúmeras de minhas irmãs exprimiram-se sobre isso,
concernente aos Cavaleiros e às forças Elementares.
O que vive a Terra, neste momento, é, exatamente, a
mesma coisa que vocês vivem, uns e os outros, com mais ou menos atritos, mais
ou menos resistências, mais ou menos incompreensão, mais ou menos alegria.
O nascimento de uma criança é, sempre, uma passagem,
por vezes, difícil e, no entanto, é uma grande felicidade para uma mãe ter um
filho.
Mas há uma dificuldade, porque há passagem de um
estado a outro, sem solução de continuidade.
Então, é claro, inconscientemente, muitas irmãs e
irmãos ainda presentes na superfície dessa Terra estão na negação total.
Eles não entraram, ainda, na raiva ou na negociação,
tal como havia sido apresentado, ao nível coletivo, por Sri Aurobindo.
E, entretanto, é exatamente o que se desenrola, até o
momento em que o sinal comum à humanidade será visível no céu, mas, também, em
seu coração.
Então, naquele momento, as coisas mudarão
profundamente.
Haverá, naquele momento, um espaço resolutório para o
sofrimento da Terra, na totalidade, mesmo se ela passe pelo que foi nomeado de
a dissolução, o desaparecimento das ilusões e de todo elemento efêmero a que se
agarrar e abster-se.
Não haverá mais qualquer certeza na pessoa.
Igualmente, será o mesmo ao nível do manto da Terra,
do manto do céu, do conjunto de atividades dos Elementos.
Mas lembrem-se do que dizia o Comandante: «O que a
lagarta chama a morte, a borboleta chama o nascimento.».
E, aí também, tudo depende, é claro, de seu
posicionamento de consciência, mas, também, em certa medida, do posicionamento
de sua própria pessoa em sua vida.
Assim, portanto, o que vive a Terra, nesse momento, é
sua reunificação à sua dimensão de Eternidade, como vocês.
Isso passa, como vocês veem, por mecanismos, por
vezes, violentos que, vocês também, talvez, tenham vivido ou vivam, ainda.
Mas não se atrasem nisso.
Mesmo se vocês não vejam o futuro da Terra ou seu
próprio futuro, permaneçam na alegria do coração, qualquer que seja o
sofrimento da Terra, da sua ou dos diferentes reinos.
Vão além do sofrimento, aí também, porque por trás
desse sofrimento ligado a rupturas múltiplas há a joia que será posta a nu, o
diamante que vocês são.
Mesmo se, de momento, vocês não o aceitem, não o vejam,
não o vivam, é uma certeza inevitável e inexorável para muito curto prazo.
Então, aí também, isso lhes demanda muita humildade,
muita simplicidade, partilhar e adotar o Caminho da Infância que, quaisquer que
sejam as circunstâncias de sua vida, de seu próprio mundo, dessa própria Terra,
peregrina para aproximar-se, sempre, cada vez mais, de seu coração, do coração
do Amor.
Cada vez mais, as circunstâncias de suas vidas, as
circunstâncias de sua consciência, como as circunstâncias desse mundo não lhes
deixarão outra escolha que não a de voltarem-se para si mesmos, porque é aí que
vocês serão mais úteis, para si mesmos, é claro, mas, também, para a Terra.
Lembrem-se de que há bem mais do que uma mudança ou,
mesmo, bem mais do que uma passagem de um estado a outro, há uma transubstanciação,
há uma metamorfose específica, na qual nada mais do que era anterior poderá
subsistir.
E isso concerne, igualmente, às suas propriedades,
isso concerne, igualmente, às suas relações, todos os laços que vocês ainda têm
nesse mundo, que estão se afrouxando e dissolvendo-se, até o momento em que
ninguém poderá negar que nada mais há a que se agarrar, exceto o Amor.
… Silêncio…
Antes que escutemos a próxima questão, eu tenho a
dizer-lhes, para aqueles que escutarão, aqueles que lerão nossas entrevistas no
coração do Amor: tentem respeitar a mesma digestão da questão e da resposta, e
não ler tudo com avidez ou escutar com avidez o que nós dissemos, mas, bem
mais, deixar penetrá-los, sem interferir, porque aí estará o milagre e não na
compreensão de suas questões ou de minhas respostas.
Escutemos a questão que segue.
Questão: em que o estado de Graça
é diferente da Ação de Graça?
Havia sido explicado, por diferentes vozes, há
numerosos anos, a diferença entre a Ação de Graça e a ação/reação.
A ação/reação é a constante nesse mundo.
Ela compreende, igualmente, as leis psicológicas, as
leis sociais, as leis morais como as leis espirituais desse mundo, através do
carma, por exemplo, mas não unicamente.
Então, já, foi necessário evoluir da ação/reação, que
lhes parecia, para alguns, inevitável, mesmo ao nível da alma, ao nível da
causalidade, e chegar à Ação de Graça.
A Ação de Graça é deixar apagar-se de si mesmo a
ação/reação, quer ela concirna ao plano psicológico ou ao plano espiritual,
nomeado reencarnação.
Porque o que se reencarna será, sempre, apenas a parte
limitada de seu ser, ou seja, a alma e, em caso algum, o Espírito, é claro.
Então, pode-se dizer, também, que a Ação de Graça foi
uma preliminar ao estado de Graça.
A Ação de Graça é o que lhes dá a ver, eu diria, a
futilidade da ação/reação.
A Ação de Graça desvenda-se, é claro, a partir do
instante em que você mesmo vive a alegria, a partir do instante em que as
vibrações percorrem uma de suas Coroas ou, ainda, a Onda de Vida ou o Canal
Mariano.
Aí, há a possibilidade, por momentos, por lufadas, eu
diria, de escapar dos condicionamentos e das leis desse mundo pela Ação de
Graça.
E depois, agora, já há algum tempo, nós lhes falamos
de estado de Graça e não mais de Ação de Graça, porque a Ação de Graça
corresponde a uma ação nesse mundo, que você recebe ou que você dá.
O estado de Graça nada tem a ver com esse mundo.
O que quer que ele viva, o que quer que ele diga, isso
leva você, diretamente, a Shantinilaya,
a Morada de Paz Suprema, na qual nada mais pode afetá-lo.
Você está totalmente presente, mas não mais na pessoa,
mesmo se a pessoa esteja aí, mas você está plenamente presente à Vida, porque
você se tornou a Vida.
Então, naquele momento, há estado de Graça e não mais
Ação de Graça.
A Ação de Graça nasce ao nível, eu diria, da pessoa ou
da alma.
O estado de Graça nasce no Espírito e pelo Espírito, e
em nenhum outro lugar.
E o Espírito é perfeito, de toda eternidade.
Então, ao manifestar o Espírito nesse mundo, você não
está mais na Ação de Graça, mas no estado de Graça.
Isso se traduz pelo contentamento, os Samadhi os mais extremos, a capacidade
para não mais ser afetado, de maneira alguma, mesmo pela fisiologia desse
corpo.
Assim, portanto, a Ação de Graça inscreve-o, ainda e
apesar de tudo, na realidade desse mundo.
O estado de Graça mostra-lhe a ilusão desse mundo, na
totalidade.
Não por cogitação, não por experiência, mas pela
realidade da consciência final.
É claro, a Ação de Graça é uma forma de validação para
a pessoa ou para a alma, que pode provocar, ela sozinha, o basculamento da alma
e a reversão da alma para o Espírito.
Enquanto o estado de Graça não depende de qualquer
ação nem da ação/reação nem de uma ação para a Graça.
É um estado natural e espontâneo daquele que é liberado,
qualquer que seja seu estado na pessoa, quer ele durma, quer ele fale ou que
esteja morrendo.
Não há diferença alguma.
Há, portanto, realmente, naquele momento, primazia do
Espírito, não negligência do corpo, não negligência da pessoa, mas desaparecimento,
real e concreto, de toda interação nesse mundo, quer seja na ação/reação ou na
Ação de Graça.
Não há mais polaridade de alma voltada para a matéria,
há uma alma dissolvida ou em vias de dissolução total na alegria do Espírito,
na verdade do Amor que nada tem a ver, como você sabe, com as circunstâncias
desse mundo e, mesmo, com os ciclos desse mundo.
Mesmo se, efetivamente, esse ciclo que vocês vivem
dê-lhes uma oportunidade, a nenhuma outra similar, de ser liberado de si mesmo
como pessoa, ser liberado das leis desse mundo, ser libertado de toda noção de
reencarnação ou de crer em qualquer preeminência da alma ou que uma alma seja
algo a melhorar.
O Espírito é perfeito, de toda Eternidade; se ele se
revela em você, como você quer que a imperfeição manifeste-se ainda?
Ou você é o Espírito, ou você está inscrito alhures
que não no Espírito.
Isso não é você que decide.
São as circunstâncias do que você é que fazem com que
as coisas desenrolem-se, independentemente de qualquer vontade,
independentemente de qualquer ação, independentemente de qualquer desejo ou de
qualquer cognição.
Apreenda bem a diferença que há nas palavras que eu
acabo de pronunciar, porque é essencial.
Mas, eu repito, não veja, aí, uma noção de objetivo a
atingir e não culpe, tampouco, se você vive, plenamente, as memórias da alma,
as memórias cármicas e que lhe parece estar apegado às circunstâncias desse
mundo.
É, simplesmente, que, de momento, e, mesmo após o
Apelo de Maria, você tem necessidade, como alma, de experimentar, ainda e
sempre, a consciência em manifestação, em outras formas, em outros lugares e de
modo livre.
O que se nomeia o Jnani,
aquele que vive na Infinita Presença, permanentemente, e, portanto, no estado
de Graça, nada tem a ver com qualquer experiência da consciência, porque ele
encontrou, real e concretamente, o que ele é, e não o que ele crê que é,
através da alma, através da pessoa.
Ele não tem necessidade no Espírito, ele não tem
vontade no Espírito, há apenas o Amor e a Alegria, e é tudo.
… Silêncio…
Escutemos a próxima questão.
Questão: por vezes, as Portas do
corpo estão muito sensíveis ou, mesmo, dolorosas.
Por quê?
Bem amado, quando as Portas ativam-se, não há,
unicamente, a vibração que passa por ali, a Luz supramental.
Há, também, e, sobretudo, lembre-se, o reencontro
entre o efêmero e o Eterno nesses pontos precisos e, em alguns casos, dor viva
e nitidamente localizada no corpo, porque eles se tornam dolorosos.
Essas Portas foram-lhes nomeadas; elas têm funções, eu
havia desenvolvido algumas delas.
Então, se você sente algumas Portas, isso traduz o
trabalho e a alquimia que se realizam nessas Portas, que são lugares de
reencontro entre o efêmero e o Eterno, o que permite a realização, nesse mundo,
do corpo de Existência.
Então, os sentires são, eu diria, o marcador desse
reencontro, mesmo se ele possa, por vezes, existir além dos mecanismos
dolorosos, ataques reais, ligados às Portas, qualquer que seja a natureza
delas.
Tanto em um caso como no outro, isso nada muda.
O que se traduz, naquele momento, é apenas a
manifestação, ao mesmo tempo, de uma resistência e, ao mesmo tempo, de uma
solução; ambas são conjuntas.
Porque, a partir do instante em que a Luz adamantina
ressoa ao nível das Portas, o efêmero comandado por esses centros de energia
desaparece.
Esse desaparecimento pode fazer-se pela transcendência
e a alegria, como fazer-se, diretamente, ao nível do corpo e, portanto,
traduzir-se por dores ou, mesmo, ataques orgânicos ligados a essas próprias
Portas, mas pelo afluxo da Luz.
A Luz não faz qualquer diferença entre o que se
desenrola, nesse nível, por uma eliminação, uma transcendência direta ou,
ainda, pelo que vocês poderiam nomear uma cristalização, que é, ela também, uma
eliminação.
Para o Espírito, o corpo é respeitado, mas ele é visto
como o que ele é, algo que é, de qualquer modo, perecível.
Então, é claro, conforme a Porta que está dolorosa ou
sensível, isso traduzirá, diretamente, o nível da alquimia que se desenrola em
você, entre o Eterno e o efêmero.
Há apenas que observar, atravessá-lo, como lhe foi
dito, porque, lembre-se de que o que se desenrola como dores, como sensações
concerne, em definitivo, apenas ao corpo e ao efêmero, mesmo se seja o
marcador, para esse corpo e, mesmo, para a alma, da alquimia que está em curso.
Mas vocês não são, tampouco, essa alquimia que se
desenrola, vocês são a joia da Eternidade, a joia do Amor, que não leva em
conta qualquer vibração, qualquer consciência, qualquer que seja, mesmo a mais
livre e a mais vasta.
No processo da reversão da alma, por exemplo, ou de
liberação da alma há, efetivamente, dores muito fortes na Porta correspondente
à minha Estrela AL.
Vocês sabem, esse ponto é o chacra de enraizamento da
alma.
Então, se a alma está revertida e dirige-se para o
Espírito, há dor, há sofrimento, há incômodo.
Mas esse incômodo, essa dor, esse sofrimento e, mesmo,
a eventual doença que pode sobrevir, nada mais é do que a resolução de todos os
conflitos.
Se isso se desenrola em pontos diferentes, e nós não
vamos revisá-los, uns após os outros, mas saibam, simplesmente, que é essa
função, esse arquétipo que está sendo transmutado e passando à liberdade
concernente aos engramas presentes nesse nível.
Ao nível do que é nomeada a Porta Visão ou chacra do
fígado, há, é claro, as emoções, que são metabolizadas pelo fígado.
Os sonhos, também, aliás, em parte, uma vez que nós
falamos deles anteriormente.
Assim, portanto, a ação da Luz, nesse nível, quaisquer
que sejam a percepção e os incômodos, ou as felicidades, nada mais é do que o
que os conduz à Eternidade, de maneira confiável e definitiva.
É claro, a pessoa vai tentar apreender-se desses
processos dolorosos para tranquilizar-se, a ela mesma ou, então, a própria alma
procura tranquilizar-se em relação a isso.
Mas, em todo caso, algumas Portas e, mesmo, as Portas
das costas fazem apenas traduzir não suas resistências ou suas insuficiências,
mas, sim, a penetração maior da Luz nesse nível.
Isso não quer dizer que haja uma dificuldade a
encontrar nesse nível, bem ao contrário.
É uma incitação para ir para a alegria, desprovida de
qualquer causa, para manter o estado de Graça, para manter a paz, a serenidade,
quaisquer que sejam as circunstâncias de sua vida ou desse mundo.
… Silêncio…
Escutemos, juntos, a questão que segue.
Questão: quando eu examino o que
acontece ao nível de meu peito e de meu coração, eu distingo diferenças:
chacra, Coroa, Fogo, vibração, Triângulo.
Por quê?
Bem amado, isso lhe mostra, simplesmente, as
diferentes camadas que o levam à joia, e que se manifestam conforme os seus
humores, conforme o que se produz na Terra ou no Céu, no Sol, também, e em
função, também, de seu ambiente.
Então, por vezes é, simplesmente, o chacra do coração,
por vezes, é o Coração Ascensional, por vezes, é o Triângulo que foi a Nova
Eucaristia e, por vezes, ainda, há o que foi nomeado de hexaedro tetrakis do coração.
Tudo isso são apenas estratos que o conduzem,
efetivamente, assim que você o tenha identificado, a manter você à vontade na
Infinita Presença ou na Última Presença sem, contudo, ali parar, e que lhe dá o
livre acesso ao que você é, ou seja, o Absoluto.
Assim, portanto, existem vários estratos e várias
camadas que correspondem, cada uma, eu diria, a um nível específico de
manifestação do coração.
Sentir o chacra do coração é, simplesmente, o que eu
nomearia o coração etéreo, que nada tem a ver com o verdadeiro coração, é
claro.
Quando nós falamos do coração, há, é claro, várias
acepções possíveis, e cada um vai traduzi-lo em função de sua própria vivência.
Então, é claro, há o que foi nomeada a Coroa radiante
do coração, que corresponde, de algum modo, à periferia, muito mais expandida
do que o chacra do coração, e que vem ligar, diretamente, o amor pessoal e o
Amor impessoal.
Há a percepção do Triângulo da Nova Eucaristia, que
assinala, naquele momento, que sua alma, o que quer que ela tenha se tornado ou
que ela continue, ainda, ou que ela tenha desaparecido, foi contatada pelo
Espírito Santo, pela descida da Luz que vem, eu os lembro, de Sírius, já há
mais de uma geração.
Há, também, o hexaedro
tetrakis, que lhe dá acesso à estrutura do corpo de Existência.
Tudo isso, portanto, refere a um nível de
funcionamento, mas, para ver os diferentes níveis, é preciso ser capaz de
manter, sem o querer, é claro, a Infinita Presença, que dá acesso a todos os
possíveis.
E, simplesmente, quando você atravessa algumas camadas
de sua própria existência nesse mundo, e conforme o que você atravessa como
camada, manifestam-se aspectos do que é nomeado o coração.
Todos esses aspectos são função apenas do comprimento
da onda, se posso dizer, que é experimentada naquele momento.
Mas tudo isso, você sabe e duvida, pela joia, tudo
isso é sustentado pela alegria do Amor e o amor da Alegria, que nada tem a ver
com qualquer pessoa ou, mesmo, com qualquer mundo.
Contudo, ao explorar e viver nesse mundo e em mundos
sutis, você percebe, por si mesmo, que há diferenças significativas, conforme o
que vibra, conforme o que é percebido e conforme o que você sente.
Eu o lembro de que, a partir do instante em que a Infinita
Presença esteja estabelecida, mesmo se haja percepção dos possíveis, tudo se
apaga na tela da consciência para penetrar, enfim, sua Morada de Eternidade, na
qual não há mais questão de qualquer coração que seja, de qualquer pessoa que
seja, de qualquer vibração que seja.
O que não impede, no momento das idas e vindas nessa
encarnação, de experimentar os diferentes aspectos vibratórios e as diferentes
consciências que correspondem a esses diferentes aspectos vibratórios.
Pode-se dizer, em resumo, que há, primeiramente, e
isso não é indispensável para cada uma das etapas, mas, esquematizando, isso
lhe daria: há, primeiramente, o impulso do coração, que é mais ligado à
compaixão e ao carisma e que não se traduz, necessariamente, por aspectos
energéticos, mas, por vezes, por um desprendimento do coração, um sentimento de
vazio ou de pleno ao nível do peito, uma mudança do ritmo cardíaco, vocês
conhecem tudo isso.
A um dado momento, quando a emoção é muito importante
e o mental muito potente, mesmo claro, a vibração do chacra do coração pode
aparecer.
Nada há a ver, na amplitude e na superfície, no espaço
que é o que é chamado o Coração Ascensional ou a Coroa radiante.
Há, em seguida, além do coração energético, há,
efetivamente, os pontos sensíveis ao nível da Nova Eucaristia.
Isso se produz quando a alma é tocada pela Luz.
Há, em seguida, os mecanismos diretamente ligados à
Ascensão: a Coroa radiante do coração, o Coração Ascensional, o Fogo do
coração, mesmo se esse Fogo do coração possa ser de natureza vital ou vibral.
Mas as consequências, é claro, não são as mesmas.
Mas, a um dado momento, mesmo o que é percebido no
coração, mesmo em sua parte a mais elevada vibratoriamente, quer vocês nomeiem
o Fogo do coração, a Coroa radiante do coração ou o Coração Ascensional,
apaga-se, ele também.
Os veículos intermediários não são mais necessários,
vocês saíram da ilusão, inteiramente, mesmo se ela possa, ainda, manifestar-se
através da diferente percepção do hexaedro
tetrakis, da nova Trindade, da Coroa radiante ou, mesmo, do chacra do
coração.
Mas vocês sabem que vocês nada são, naquele momento,
de tudo isso, e isso se produz, simplesmente, como um marcador de seus
diferentes movimentos entre o Eterno e o efêmero.
O Comandante falou-lhes, há mais de um ano, da resposta
do coração e de suas diferentes potencialidades.
Isso concernirá, sempre, à pessoa, mas, agora, quando
a joia é encontrada, descoberta e manifestada, há apenas o Amor.
Não há, mesmo, mais necessidade do que vocês nomeiam
supramental ou vibração da consciência, porque o Amor, em definitivo, está além
de toda consciência manifestada, mesmo se ela esteja presente em cada mundo.
Vocês encontram, naquele momento, realmente, a
essência do que vocês são, e todo o resto participa apenas do efêmero que vocês
realizam com a mesma graça, quaisquer que sejam os eventos.
… Silêncio…
Escutemos, se quiserem, a próxima questão.
Questão: você pode desenvolver
sobre as diferenças entre o fogo do ego e o Fogo do Amor?
O fogo do ego puxa tudo para si, para suas próprias
experiências, para seus próprios papéis, para suas próprias funções, ao nível,
é claro, espiritual, que são acreditadas como algo de real.
O Fogo do Amor nada tem a ver com os jogos afetivos,
relacionais.
Eles são vividos com a mesma graça e, sobretudo, sem o
menor interesse, mesmo se seja real para aquele que o vive.
O Fogo do Amor libera-os de todos os fogos.
O fogo do ego reforça-os nos jogos de papéis, nos
funcionamentos nesse mundo ou nas projeções da alma através de um futuro,
qualquer que seja.
O Fogo do Amor não é concernido por qualquer futuro,
ele é o que é e o que vocês são.
O fogo do ego vai levá-los a recair na dualidade, a
ver o bem, a ver o mal, a ver o inimigo, a ver o amigo.
Aquele que está no Fogo do Amor não tem amigo nem inimigo,
porque ele vê, em ambos, a mesma coisa: o que ele é.
O fogo do ego tem necessidade de apropriar-se, tem
necessidade de demonstrar, de mostrar o que ele crê ser.
O Fogo do Amor não tem, de modo algum, necessidade
desses jogos, ele «é» o Amor.
Ele não tem necessidade de dirigir, de controlar o que
quer que seja em sua vida, como na do outro, ele deixa manifestar-se,
simplesmente, esse Amor.
E esse Amor pode, por vezes, efetivamente, reencontrar
resistências.
Então, isso pode ir contra a pessoa, ferir a pessoa
que você ainda é.
No caso do fogo do ego haverá, sempre, reações,
justificações, necessidades de explicar, necessidades de confrontar,
necessidades de provar-se, ao outro, sobretudo, e a si mesmo, que se está na
verdade.
O Fogo do Amor não se coloca, mesmo, a questão da
verdade.
Ele não se coloca a questão da pessoa.
Ele não se coloca a questão do que é vivido ao nível
das vibrações.
Ele é, realmente, o Amor.
O Fogo do Amor dissolve o fogo do ego.
O Fogo do Amor é o estado de Graça.
O fogo do ego afasta-os da Graça e leva-os, sem parar,
a justificar-se, sem parar, a explicar, sem parar, a confrontar o bem e o mal
em si e, sobretudo, no outro, se possível.
Enquanto o Fogo do Amor não joga qualquer jogo e,
sobretudo, não esse jogo.
O Fogo do Amor basta-se a ele mesmo, ele não provoca
nem justificação nem necessidade de palavra nem necessidade de demonstrar, ele «é»,
simplesmente.
O Fogo do Amor estará, sempre, em movimento.
Ele estará, sempre, na liberdade do movimento.
O fogo do ego não estará no movimento, mas na
agitação.
Ele fará o que o Comandante havia chamado de tournicoti-tournicota, um dia uma coisa,
outro dia outra coisa.
O Fogo do Amor atravessa uma experiência, qualquer que
seja, sem procurar orientá-las ou dirigi-las em função de uma apropriação ou de
uma necessidade de justificação.
O Fogo do Amor é livre de qualquer apego nesse mundo.
O Fogo do Amor em nada crê, nada espera, nada teme.
Ele é, sobretudo, a manifestação do Absoluto.
Ele não está mais focado na vibração, ele não está mais
focado na elevação da consciência, ele transcendeu todos os jogos, pela
instalação da Verdade.
O fogo do ego está em perpétua busca, ele está em
perpétua representação.
O Fogo do Amor nada tem a representar nem a
apresentar, ele é o que ele é e não depende de qualquer circunstância nem de
qualquer situação.
Ele é equânime.
Ele é o mesmo em face da alegria, em face do
sofrimento, em face da morte como em face da vida, tanto de si como do outro.
É claro, as consequências não são as mesmas.
No fogo do ego há desperdício do Amor.
No Fogo do Amor há crescimento do Amor, sempre mais,
sempre mais vasto, sempre maior, sempre mais ínfimo nesse mundo, na
apresentação da pessoa.
O fogo do ego reforça a pessoa e reforça a alma na
necessidade de mostrar e demonstrar-se nesse mundo.
O Fogo do Amor os faz desaparecer, inteiramente, a
esse mundo, como eu manifestei, em minha vida.
Vejam, não é, absolutamente, a mesma consequência.
No fogo do ego há uma pessoa que gesticula, que
reivindica um papel, uma função, atributos.
No Fogo do Amor nada há de tudo isso.
Há a inocência e a simplicidade do Amor, mesmo se a
pessoa, ainda presente, tenha necessidade de dirigir, por exemplo, em suas
funções familiares ou profissionais, mas isso é, verdadeiramente, sem
importância, porque o Fogo do Amor toma todo o lugar, mesmo no que é necessário
dirigir.
É assim que se instala não, simplesmente, a Fluidez da
Unidade, mas, realmente, a Fluidez do Amor.
Isso vocês veem em suas próprias vidas, conforme o que
se desenrola, e na vida de suas irmãs e irmãos que vocês reencontram.
Há agitação?
Há movimento que parte em todos os sentidos ou há essa
estabilidade inabalável do Amor, que nada pode afetar?
… Silêncio…
Acolhamos, juntos, a questão que segue.
Questão: porque se desaparece, quando
se apresenta um estado de Amor total e incondicionado?
Eu já respondi, em parte, a essa questão, através do
que eu disse, desde que começamos, mas vou prosseguir as explicações.
Quando o Amor incondicionado está aí, vocês estão,
efetivamente, animados e em êxtase.
Vocês vivem a verdadeira morte do ego, da pessoa,
mesmo se a pessoa permaneça na vida.
Então, naquele momento, nada há de melhor a ser do que
desaparecer para a ilusão, inteiramente.
Como eu o exprimi, é no retorno que a mudança é importante.
Aquele que desaparece no sono não puxará, jamais, com
ele, a Alegria, a Paz e o Amor.
Aquele que desapareceu no Absoluto, pelo Amor
incondicionado, volta ainda mais repleto de Alegria e de Amor, quer seja para
seus irmãos e irmãs, para esse mundo e para a vida, quaisquer que sejam as
ilusões que estejam presentes e qualquer que seja o ciclo que vocês atravessem.
Então, o Amor incondicionado sim, faz você
desaparecer.
Não há qualquer razão para permanecer o que quer que
seja de você quando o Amor incondicionado tomar todo o lugar e todo o espaço
possível de sua consciência.
Não há, aliás, mais consciência, vocês sabem, ela foi
nomeada a a-consciência.
A consciência é apenas a manifestação de alguma coisa,
enquanto o Absoluto não é, jamais, manifestado.
Ele é a certeza e a verdade do que você é.
Ele não tem necessidade de prova, ele não tem
necessidade de justificação, ele não tem necessidade de ser controlado pela
pessoa, nem vivência, mesmo, pela pessoa.
Ele não poderá, jamais, vivê-lo nem aproximar-se dele,
porque aquele que se exprime a partir do Absoluto não exprime o ponto de vista
de uma pessoa ou de uma alma, nem mesmo suas experiências.
Ele exprime, simplesmente, a realidade do Amor, a
propósito do que quer que seja evocado nas palavras e nos discursos.
Há o mesmo Amor que emana, quer seja em uma raiva,
quer seja em uma tristeza que passa, quer seja em uma explicação do que quer
que seja concernente, tanto ao que vocês nomeiam o Espírito ou, ainda, mesmo, o
funcionamento desse mundo no qual vocês estão.
Então sim, o Amor incondicionado os faz desaparecer.
Dado que não há mais condições, que nada há a provar,
você não tem mais razão alguma para estar inscrito na ilusão e, é claro, é
preciso deixar o corpo viver sua vida.
Não é questão de pôr fim à vida, mesmo na ilusão, por
si mesmo e em si mesmo, mas o que você puxa é profundamente diferente, quer
você tenha consciência disso ou não.
Ao viver o Absoluto, quando do desaparecimento, mesmo
se você, estritamente, nada tenha puxado ao nível da vivência desse momento,
que dura um minuto ou milhares de horas seguidas, você fica profundamente
diferente.
Através do que é visto, através, mesmo, das vibrações
que voltam, naquele momento, e, sobretudo, ao nível do desenrolar de sua vida,
em todos os seus aspectos.
Você é, ao mesmo tempo, tocado por tudo, mas, ao mesmo
tempo, atingido por nada.
É bem mais do que a indiferença, é bem mais do que a
negação ou a recusa da realidade, é a verdadeira transcendência da realidade e,
sobretudo, da ilusão desse mundo.
… Silêncio…
Escutemos a questão que vem.
Questão: fiquei desacreditada
junto aos meus filhos em 2012 e, depois, observei o silêncio sobre os eventos a
vir.
Gostaria, no entanto, de
preveni-los por uma carta a ser aberta apenas no momento em que os sons do Céu
e da Terra fizerem-se ouvir.
Isso é útil?
Bem amada, para a pessoa, isso é útil, tanto para você
como para o outro que está no outro extremo.
Mas, em definitivo, você não tem que se inquietar,
porque aquele que ouvir os sons – e é o caso para todo mundo, naquele momento –
não poderá duvidar, em instante algum, que há uma mudança de paradigma,
qualquer que seja a raiva.
Nós não estaremos mais, naquele momento, em situações
de negação, mas em situações de raiva e de confrontação, que serão apenas o
resultado, para cada um, da possibilidade de estar no coração ou não.
Então, prevenir, para nada serve, no sentido da alma e
no sentido do Espírito.
Como dizia Cristo: «Que aquele que tem ouvidos para
ouvir e olhos para ver, veja.».
Aquele que não quer ver e não quer ouvir será obrigado
a ver, naquele momento.
Então, para nada serve antecipar.
Porque, naquele momento, você arriscaria restabelecer
um laço que se dissolveu por si só, em relação não a erros ou a projeções, mas,
realmente, à realidade do que isso devia ser para você, para viver o que havia
a viver, desapegada de todo laço e chegar à sua própria Liberação.
Você entende porque a maior parte dos grandes
místicos, no antigo tempo, antes da descida do Espírito Santo – mesmo se, em
meu caso, eu tenha sido casada – não tinha necessidade nem de filhos nem de
marido nem de mulher nem de pais, mesmo se eles os respeitassem?
Isso participou do ponto de vista do Amor, para você,
apesar desse evento que você pode considerar, ainda, quando você está na
pessoa, de modo nefasto e funesto, como uma liberação e uma liberdade para
você, mas, também, para o outro.
Você permitiu a eles tornarem-se autônomos, mesmo que
através da recusa.
Vá além do olhar e da primeira explicação que eu dei,
correspondente à pessoa.
Faça o que seu coração diz a você, faça o que você diz
a si mesma e não o que eu lhe digo, porque isso concerne à pessoa.
Em caso algum o Amor pode ser afetado por isso, tanto
o seu como o deles.
Em caso algum isso pode afetar a realidade do que são,
ainda, essas pessoas que estão na negação.
Lembre-se de que elas devem viver a raiva, a
negociação, antes de chegarem à aceitação.
As Trombetas representam, muito exatamente, com a
consumação delas e o Apelo de Maria, a aceitação diante do inevitável do que se
desenrola.
Do mesmo modo que, quando se morre, quando se está
encarnado, será que se preocupa, no momento em que a pessoa apaga-se, com o que
vai tornar-se o que existe nesse mundo?
É claro, ao nível dos mundos ilusórios do astral, você
está capturada e agarrada, eu diria, pelos afetos, pelas emoções, pelos laços
que você não soube desfazer.
Mas o que se desenrola, hoje, é bem mais do que a
morte, é a Ressurreição.
Isso nada tem a ver com a morte.
Aí também, deixe trabalhar a Inteligência da Luz,
deixe trabalhar o Amor, que está no fundo de você e faça, naquele momento, o
que lhe diz seu coração e não o que eu lhe digo.
Eu lhe dou as duas vertentes da explicação.
Cabe a você escolher e ver se é a pessoa que age ou se
é o estado de Graça que age, e se você está colocada em seu coração, naquele
momento.
Porque prevenir e reforçar a realidade do que é
negado, mesmo no momento em que isso se produzir, pode, igualmente, dissolver
os laços do lado da pessoa que está, ainda, apegada, mesmo se ela esteja na
recusa, porque, justamente, a recusa é um apego.
Ou, então, será que você deixa trabalhar o Amor, que
põe fim a todo laço nesse mundo?
Mesmo o sentido da responsabilidade em sua vida será,
a um dado momento, será ignorado, o sentido de suas responsabilidades em
relação aos seus filhos, que dependem, em definitivo, apenas da pessoa e da
alma através dos jogos da ação e da reação.
Em definitivo, o que você quer?
O que você decide?
Deixe falar seu coração e não me deixe mais falar em
relação a isso, decida-se, você mesma, e veja de onde vem a decisão.
Ela vem da pessoa?
Ela vem do Absoluto?
Ela vem do Si?
Ela vem da necessidade de jogar a tríade infernal que
vocês haviam nomeado o algoz, a vítima e o salvador?
Nada há a salvar, mesmo para aquele que crê que há
algo a salvar.
Aquele que acreditaria salvar algo poderá salvar
apenas as ilusões, quaisquer que sejam, de seu corpo, de sua pessoa, de sua
vida, de seus afetos, de suas emoções, mas tudo isso não tem qualquer sentido
para o Absoluto.
Bidi martelou-lhes isso, frequentemente, com sua
força, com sua potência, mas ele fez apenas dizer a estrita verdade.
Aliás, seus cientistas sabem, pertinentemente, hoje,
que esse mundo é uma construção quimérica, que não tem existência e que não é
real.
Qualquer que seja a intensidade do sofrimento, da
emoção ou do amor condicionado que é vivida, esse mundo não tem existência
alguma.
É, efetivamente, isso que será preciso perceber, não
pelo mental, mas, sim, pela joia do coração, e é o que confere, aliás, o
coração do coração.
Ele a faz desaparecer a esse mundo, ele a faz
desaparecer a toda causalidade.
Você deve desaparecer para todo jogo pessoal e ele a
faz desaparecer, real e completamente, à ilusão desse mundo, qualquer que seja
sua materialidade.
Do ponto de vista do Absoluto, como do ponto de vista
de seus cientistas, esse mundo é um holograma.
Nem mesmo é uma matriz, é apenas um sonho, um mau
sonho ou um bom sonho, mas um sonho, de qualquer modo.
Então, cabe a você saber qual jogo você quer jogar.
A Luz, de qualquer modo, empurrará você, através da
atribuição vibral e através das Trombetas e do Apelo de Maria, para ver,
realmente, os prós e os contras da ilusão.
Então, o que você aceita nutrir, o que você aceita
ser, quaisquer que sejam suas obrigações, hoje, quaisquer que sejam suas
filiações?
Você é livre, realmente, ou não?
Se você é livre, então, a alegria instala-se, cada vez
mais, o que quer que aconteça.
Se você recusa a Liberdade, então, há raiva, há
negação, há emoção, há mental, mas isso não é uma punição.
Isso traduz, simplesmente, sua necessidade de alma de
experimentar e de explorar a consciência, em toda liberdade, e não mais
confinada, de qualquer modo.
Mas nada subsistirá, de tudo o que você conhece.
Durante os «três dias», isso lhes foi explicado, vocês
não poderão prender-se a nada, porque nada mais existirá.
Nem mestre, nem embarcação, nem Maria, nem vocês.
Restará o Amor, e apenas isso, sem personificação, sem
marcadores de cor, sem marcadores de forma, sem marcadores de dimensão.
O que você poderia chamar, do ponto de vista da
pessoa, o neant, o vazio.
E, no entanto, se você soubesse e se vivesse isso,
inteiramente, você estaria em êxtase, como eu estive, tão longo tempo.
Não haverá mais qualquer jogo de papel possível,
naquele momento.
Haverá apenas o Amor que você é.
Então, se você está ocupada, naquele momento, a
prender-se no que quer que seja, aos seus filhos, aos seus pais, às suas propriedades,
como você quer ser Amor?
Mas, eu repito, mesmo se esse não é o seu caso, não há
qualquer culpa a ter.
Aceite, simplesmente, que sua alma tem necessidade de
manifestar-se, de explorar as dimensões e de viver a consciência, mas você
passará, obviamente, por esse momento.
Isso foi chamado, parece-me, o Juramento e a Promessa;
isso foi cantado pelo Arcanjo Uriel; isso foi explicado pelos Anciões e pelas
Estrelas, de maneira muito documentada, se posso dizer.
… Silêncio…
Nós acolhemos, juntos, a questão que vem.
Questão: os movimentos de Li Shen
continuam úteis neste período?
Bem amada, eu lhe responderei que é útil para aquele
que tem necessidade deles e que experimenta a necessidade deles.
Como determinar se a necessidade está aí?
Bem, simplesmente, se você está na alegria,
simplesmente, se você está no Amor, não há necessidade de nada.
Contudo, é, por vezes, necessário estabilizar a Ação
de Graça para estar no estado de Graça.
Então, naquele momento, a dança do Silêncio que lhes
foi comunicada, ou tudo o que você tem praticado, para alguns, há numerosos
anos, pode ser praticado à vontade.
Mas eu os encorajo, de qualquer forma, a praticar o
Caminho do Amor, da Humildade e da Simplicidade, e deixar emanar de vocês o que
vocês são, em verdade, e isso se faz sem esforço.
É a alma e a pessoa que têm necessidade, por vezes, de
estruturar-se antes de dissolver-se.
Não se esqueça, jamais, como foi, aí também, repetido
em inumeráveis reprises, de que apenas você mesmo é que pode dar o último passo,
e ninguém mais, não sua pessoa, uma vez que é, justamente, ela que desaparece.
É preciso, se for possível para você, abandonar-se,
integralmente, à Luz, no instante do sacrifício de sua pessoa, de suas emoções,
de suas posses.
Mas retenha, efetivamente, que é um mecanismo que
surge na consciência.
Você não tem necessidade de vender seus bens, de dar
seus bens, de separar-se de mulher e filhos.
Então, se lhe parece emergir na alegria ao praticar a
dança do Silêncio, então, faça-o.
Mas não se esqueça de que isso será, como sempre e
como nossas Presenças, também, o fizeram, apenas muletas, que a leva sempre
mais próximo do que você é.
Mas só você mesma pode descobrir o que você é.
Nenhum mestre, nenhum Cristo, nenhuma vibração e
nenhuma Luz poderá fazê-la viver isso.
Jamais.
Apenas você é que pode vivê-lo, por si mesma,
sacrificando-se.
O sacrifício de que falo não é o sacrifício de seu
corpo, o que seria uma recusa da vida, mas um sacrifício mais no sentido
psicológico e espiritual.
Abandone tudo o que você crê saber ao nível
espiritual.
Abandone o que você crê viver, mesmo na pessoa, e
desapareça.
E, aí, não haverá mais, jamais, o menor problema, a
mínima dúvida, porque a evidência do Amor será tal, que nada poderá alterá-la,
mesmo a morte desse corpo, mesmo o sofrimento desse corpo, mesmo o pior dos
eventos que sobrevenham à pessoa, porque a alma desapareceu e o Espírito está
aí, presente, inteiramente, e é o Amor em manifestação, ainda, como Liberado
Vivo.
Então sim, se você sente que há necessidade de subir
suas vibrações, se você sente que há necessidade de perceber a Onda de Vida, o
Canal Mariano, então sim, é claro, faça o que você sente bom naquele momento.
Mas não se esqueça, jamais, que são jogos que duram
apenas um tempo e que a finalidade não é fazer isso ou aquilo, mas, justamente,
deixar cair isso e aquilo, mesmo nós, mesmo nossas Presenças, que apenas estão
em você, você sabe.
Instalemo-nos um pouco mais no coração do coração, no
coração do Amor.
… Silêncio…
Escutemos a seguinte, se quiserem.
Questão: o que é que pode
facilitar a reversão definitiva da alma para o Espírito?
Bem amada, isso se junta, em parte, ao que eu já
disse, mas vou prosseguir.
O sacrifício da alma, não por um ato de vontade ou um
ato da pessoa, mas, sim, por um relaxamento total de todos os objetivos, de
todas as esperanças, de todos os sofrimentos, não uma rejeição, que seria uma
luta, mas, bem mais, o que eu nomearia uma aceitação total e incondicional,
tanto do efêmero como da ilusão, porque você sabe, naquele momento, que isso
dura apenas um tempo.
Liberar-se, no instante presente, é não ser poluído
por seu próprio passado, por seu próprio futuro, pelo que diz o corpo, pelo que
dizem suas emoções, suas afeições, o que dizem seus papéis e suas funções nesse
mundo.
É ficar neutro e virgem de todo desejo, de todo
pensamento, não como algo que seria preciso obter de disputada luta, mas como a
Evidência que se instala.
A partir do instante em que sua consciência
manifesta-se, mesmo no amor condicionado, mesmo no Si, há manifestação da
consciência, mesmo em seus aspectos ilimitados, mas lembre-se de que você não
é, unicamente, isso, e que, ao mesmo tempo, você nada é de tudo isso.
Todas as experiências, mesmo em universos ditos livres
e em dimensões as mais elevadas, são inscritas em outro tempo, certamente, que
não conhece nem o tempo nem o espaço, mas são inscritas, de algum modo, em uma
duração.
Ora, você não tem qualquer duração.
Eu diria, também, não seja enganado, de qualquer
forma, pelo que nós dizemos, pelo que nós trocamos.
Lembre-se de que nós fazemos apenas aproximá-la de si
mesma.
Então, é claro, haverá múltiplas intervenções nesse
mundo e, aliás, você percebe, por vezes, os contornos disso, se posso dizer,
quer seja nos seres da natureza, quer seja nas formas de nuvem, quer seja em
embarcações que são vistas por seus olhos ou por seus meios de observação
modernos, mas tudo isso é um jogo.
Você acredita, realmente, que haja algo a salvar?
Você acredita que haja, realmente, uma vida a
prosseguir?
Você acredita, realmente, que você vai reencontrar
seus filhos, seus pais?
Você está, realmente, ainda apegada a tudo isso?
Você é dependente de tudo isso ou você é, realmente,
livre?
É uma atitude interior, o que foi nomeado um
posicionamento, um ponto de vista, mas não é um ponto de vista ao nível mental,
é, realmente, onde você se tem.
Será que você se tem na consciência manifestada, aqui
como alhures, ou será que você está além, realmente, de todos os jogos da
consciência, além, mesmo, de suas linhagens, além, mesmo, de sua origem
estelar, além, mesmo, da Fonte, uma vez que você é tudo isso reunido?
Mas você o vê?
Você já o aceitou, unicamente?
Mesmo ao nível fragmentário da pessoa, o Amor não se
obstrui com suporte algum, de pessoa alguma, de qualquer mundo, mesmo se os
mundos, é claro, sejam lugares de manifestação da consciência absolutamente
repleta de beleza, repleta de alegria, repleta de amor, também, mas são os
jogos da consciência.
Você não é qualquer jogo da consciência.
Apreenda isso.
Não para apreender-se disso, mas para preparar-se para
vivê-lo, experimentá-lo.
Foi dito, frequentemente, que aquilo a que você se
segura, segura você.
Essa é a estrita verdade.
Não segure em nada, e seja livre.
Quer você seja rico, quer seja pobre, quer seja casado,
quer seja só, quer seja jovem, quer seja velho, a que você se segura?
Você pode ser, enfim, vivo, sem depender do que quer
que seja, de um alimento, de um exercício, do que quer que seja desse mundo?
Sem rejeitar, contudo, esse mundo, é claro.
Veja, realmente, com amor, com perdão, também, onde
você está.
Respeite o que você é aqui, mesmo na ilusão, mas saiba
que você nada é de tudo isso.
Tudo isso são apenas jogos, tudo isso são apenas
posturas, se posso dizer, estratégias, adaptações, quer elas estejam ao nível
da alma ou ao nível do corpo.
Se quiser, é a mesma analogia, eu poderia tomar o
exemplo seguinte: você conduz um automóvel que o leva de um ponto a outro, é
seu automóvel, é você que o conduz, mas, jamais, virá ao seu espírito
identificar-se ao automóvel.
Do mesmo modo, por que você quer manter a
identificação a um corpo, a uma consciência, a afetos?
Você é bem mais do que o que você pensa viver hoje,
qualquer que seja o estado de sua consciência.
… Silêncio…
E eu prossigo.
Então, é claro, há jogos úteis e há jogos fúteis.
Úteis para quem?
Para a pessoa, para a alma, mas não perca, jamais, de
vista que nenhum jogo, mesmo útil, lhe servirá para nada, no momento vindo.
Ele apenas permitiu a você aproximar-se de sua
essência, e apenas você é que pode reconhecer-se.
Apenas você é que pode amar-se, porque você é o Amor.
… Silêncio…
Acolhamos o que segue.
Questão: o fato de muito comer é
contraditório com a reversão da alma, isso pode impedi-la?
Bem amada, o corpo tem suas necessidades, a alma tem
suas necessidades e o Espírito tem sua evidência.
Então, é claro, isso depende da pessoa.
Você constatou, alguns de vocês comem mais e, outros,
comem menos.
É uma crença acreditar que o excesso de alimentos ou a
insuficiência de alimentos vá mudar o que quer que seja no Espírito, mesmo se
seja evidente que o alimento e, conforme a natureza dele, porque você sabe que
existe – e isso é extremamente verdadeiro, tanto nas filosofias orientais como
na Índia – existem alimentos pesados e alimentos refinados.
Existem três classes de alimentos, então, cabe a você
ver o que você come.
Se você come muitos alimentos tamásicos, você vai
ficar mais pesada, se você come muitos alimentos rajásicos, você vai afinar,
mas isso nada tem a ver com o Espírito.
É evidente, e você sabe, por tê-lo vivido que, quando
você jejua ou quando você come menos, você percebe, mais facilmente, as
vibrações.
Mas o que você é não mudou uma vírgula, você continua
o Espírito.
Simplesmente, a alma exprime-se de modo diferente,
naquele momento.
Então sim, é claro, do ponto de vista da pessoa, é
desejável comer alimentos refinados, no sentido «que elevam a vibração e a
consciência».
Efetivamente, para elevar as vibrações, é preferível
não comer produtos mortos, animais, mas o Absoluto não se importa com tudo
isso.
Então, atenção para não cair no excesso do quadro e no
excesso de rigor ao nível da própria alma, porque o Espírito livre nada tem a
ver com o que entra nem com o que sai, ele não é concernido com isso.
Como diria Bidi, é o saco de carne que é concernido,
com suas necessidades.
Mas crer que, pela alimentação, pelo jejum, pela
oração, você será liberada, é um insulto ao Espírito.
Contudo, pode ser, por vezes, útil aproximar-se da
verdade.
Então sim, nesses casos, como para os exercícios, como
para os yogas, como para os cristais, como nossas ajudas, viva-a, mas não seja
enganada, tampouco.
Aí, tampouco, não seja tributária de um alimento.
Não seja tributária de uma pessoa.
Não seja tributária de nada nessa ilusão.
Então, é claro, a pessoa responderá que ela tem
necessidade de dinheiro, que ela tem necessidade de comer, mas, novamente, são
crenças.
Você, realmente, parou de comer?
Você, realmente, parou de ter dinheiro para ver o que
ele significava?
Você verificou, por si mesma, que você era livre,
talvez, mais naquele momento do que anteriormente?
Não, portanto, são apenas projeções.
Então, é claro, há uma necessidade de refinamento na
consciência humana, há uma necessidade de elevação vibratória para ao menos
tocar, se posso dizer, alguns níveis, e vivê-los.
Mas, depois, por que obstruir-se com tudo isso?
Se você tem a impressão de que o que você come, a
partir do momento em que você vive o Si influencia na qualidade vibratória,
isso é verdadeiro para a pessoa, e verdadeiro, mas isso concerne, aí também,
ainda uma vez, à ilusão.
Em minha vida na carne, eu podia passar anos sem comer
ou contentar-me, para dar prazer aos meus próximos, com uma tigela de arroz por
semana e, no entanto, eu jamais emagreci.
Foi, mesmo, o inverso.
Então, de onde vinha esse peso que me vinha?
Qual importância isso tinha?
Você vê, tudo depende de onde você está, em suas
crenças, no que você segue, no que você adere.
Mas eu a lembro de que a alma, nos Mundos Livres ou o
Espírito nada têm a ver com essa noção de alimento.
Isso pertence a esse mundo e ao seu confinamento, ou
seja, o que vocês nomeiam a predação.
Eu a lembro de que, mesmo os povos que estavam no
Intraterra, e, em especial, Ramatan e seu povo, faziam uma cerimônia por
semana, com uma refeição ritual, mais do que nutricional, simplesmente, pelo
prazer de fazer a festa juntos e de lembrar-se da matéria.
Mas, em momento algum, isso era vital.
Então, com qual objetivo você come?
Com qual objetivo você não come mais?
Você tem a impressão de que há, ainda, algo a refinar
em você?
A elevar em você?
Ou você aceita, realmente, que você é perfeita, agora,
de toda a Eternidade?
Isso é muito mais fácil agora do que anteriormente.
… Silêncio…
Escutemos, juntos, a questão.
Questão: após um transplante
cardíaco, acontece que o receptor toma uma parte da personalidade do doador.
Essa permuta acontece ao nível da
alma?
Bem amada, a resposta está no intitulado de sua
questão: trata-se de personalidade e não de alma, mesmo se, efetivamente, tenha
sido dito que a sede da alma situa-se no coração, ao mais próximo do coração.
Existe, efetivamente, um átomo embrião, a Gota vermelha
e a Gota branca, que estão no coração.
Mas eu a lembro de que, se há transplante cardíaco, é
que aquele que doou seu coração está morto e sua alma não está mais ali.
O que se manifesta, naquele momento, é apenas a
personalidade e nada mais, fragmentos de personalidade daquele que doou o coração,
em caso algum, a alma.
O único caso em que há troca de almas é o processo que
foi nomeado «walk-in», qualquer que
seja sua natureza.
Aqui, o que é concernido é, simplesmente, as memórias
pessoais inscritas na célula, na carne, mas, em caso algum, a alma, e, ainda
menos, o Espírito.
… Silêncio…
Acolhamos a questão seguinte.
Questão: se não se sente o
Triângulo de Fogo ou o ponto AL, como saber se a alma fez sua reversão para o
Espírito?
Quando a alma está revertida para o Espírito, mesmo se
ela não esteja dissolvida, há alívio.
Esse alívio produz-se em todos os sentidos do termo, e
em tudo o que existe na consciência, quer concirna aos laços, quer sejam os
medos, quer seja o modo de apresentar-se ao mundo em seus olhos, em seus
sorrisos, em seus gestos.
Aquele cuja alma está revertida para o Espírito não é
mais atraído, eu diria, pelas vicissitudes desse mundo: a propriedade, o
sentido da posse, o sentido da apropriação, o sentido de desempenhar um papel,
no sentido espiritual, é claro.
Aquele cuja alma está revertida para o Espírito não
tem mais as mesmas necessidades, tanto ao nível fisiológico como afetivo, como
relacional.
Aquele cuja alma está revertida para o Espírito
descobre e entrevê espaços de Liberdade a nenhum outro similar.
As meditações fazem-se mais leves e menos obstruídas
de pensamentos, de ideias, de imagens.
O sono, quaisquer que sejam sua dureza e sua
modificação, não é afetado pelo que quer que seja mais que não o fato de
dormir.
As necessidades, é claro, vitais, não são mais as
mesmas.
Há um desinteresse real e total da necessidade de
comparar-se ou medir-se.
Há cada vez menos reivindicações nesse mundo e em
qualquer domínio que seja.
A alma voltada para o Espírito interessa-se pelo Espírito,
sem, contudo, renegar a matéria, e encontra o Espírito tanto no fato de criar o
que quer que seja como manter um jardim ou como interagir com o desconhecido
que passa.
Há uma revolução interior na pessoa que, eu a lembro,
não a fará sair da pessoa, mas aliviará, verdadeira e concretamente, a pessoa.
Os questionamentos concernirão, cada vez menos, a
pessoa, mas, cada vez mais, o domínio do Espírito, os questionamentos, tanto
interiores como exteriores.
Na reversão da alma, efetiva e definitiva, não pode
haver não percepção, no mínimo, eu diria, da Porta AL, mesmo se as Coroas
radiantes não tenham sido vividas, mesmo se a Onda de Vida não seja vivida.
Haverá, necessariamente, uma zona dolorosa, se posso
dizer, ou sensível, acima do seio direito e, por vezes, alhures, nos
alojamentos antigos da alma, ou seja, ao nível do que vocês nomeiam o chacra do
fígado, que corresponde ao fígado e à vesícula e, portanto, ao alojamento da
alma voltada para a matéria.
As emoções podem ser exacerbadas, em um primeiro tempo
e, depois, elas desaparecem por si mesmas.
Você é menos afetada por suas próprias reações e por
suas próprias emoções, quaisquer que sejam.
Você permanece, então, cada vez mais frequentemente,
centrada e alinhada, sem o querer, sem o decidir.
É claro, as necessidades fisiológicas, elas também,
tornam-se diferentes, mas isso eu já disse.
Você não está mais apegada e, sobretudo, não a si
mesma, mas você respeita esse Templo e esse corpo, essa carne que lhe permite
manifestar-se.
Mas você é cada vez menos tributária dele.
Quer seja através das alegrias ou dos sofrimentos,
eles não podem mais afetar, e cada vez menos, o que você é, realmente, mesmo no
Si.
Em resumo, eu poderia dizer que a própria pessoa não
pode ver-se do mesmo modo que antes de sua reversão da alma.
Há, como eu disse, mudança de paradigma, mudança de
prioridades.
O outro torna-se mais importante do que si, aí está o
sentido do sacrifício de si.
Quer você queira ou não, você não é mais sensível ao
outro, mas, na sede de sua consciência, ou outro já é percebido como uma parte
de você mesma, mesmo em sua rejeição, mesmo em sua confrontação, se posso
dizer.
… Silêncio…
Acolhamos, ainda, uma questão.
Questão: as últimas chaves
Metatrônicas reveladas, E-LO-HIM NE-PHI-LIM, correspondem a pontos precisos no
corpo físico?
Sim, é claro.
Mas lembre-se de que nós demos o nome das Estrelas,
aqueles que nós portamos.
Algumas Estrelas portam nomes muito ocidentais, não é?
Clareza, Precisão, por exemplo.
Algumas Estrelas foram identificadas e comunicaram o
nome delas e, para outras, vocês não sabem.
É claro, você pode fazer a relação entre o conjunto de
chaves Metatrônicas e as doze Estrelas, as doze Portas e, também, os vinte e
quatro Anciões, é a mesma coisa.
Mas não é necessário obstruir-se com a explicação,
porque ela concerne à pessoa, mesmo não à alma.
A alma as conhece intrinsecamente.
Você tem apenas que viver isso.
Você pode, é claro, cantá-las.
Você pode recitá-las, tal um mantra, mas você não tem
necessidade de saber onde ela se situa, porque ela trabalha, nesse momento
mesmo, sem qualquer intervenção de sua parte.
Ela não é a mesma coisa que a ativação dos novos
corpos que lhes foram explicados e ensinados pelos yogas diferentes,
transmitidos por Um Amigo e, mesmo, para as técnicas respiratórias, por Mestre
Ram.
Hoje, tudo isso se encontra na espontaneidade, no
abandono, no sacrifício de si.
Você nada poderá reter nesse nível, você poderá apenas
vivê-la.
Você não tem mais necessidade de sistematizar, assim
como conhecer os lugares do corpo, uma vez que eles são, também, chamados a
desaparecer, como eu disse anteriormente.
Então, talvez, em algum tempo, um dos Anciões, se ele
tiver a oportunidade, aceitará desvendar-lhes isso, mas não haverá nem
protocolos nem yoga que serão ligados a essas novas chaves.
Elas estão totalmente ativas em vocês, devido às
circunstâncias da Terra, mesmo se você não o perceba ao nível vibratório, o que
conduz, eu a lembro, às Trombetas, e ao Apelo de Maria.
Existem muito numerosos pontos que lhes foram dados.
Olhemos, por exemplo, o que foram nomeadas as Portas.
Existem, também, circuitos, se posso dizer, de linhas
que religam essas Portas, que constituem, mesmo, os vinte e quatro triângulos
de seu corpo de Existência, que se imprimem nesse corpo efêmero.
Mas, do mesmo modo que vocês não têm necessidade de
conhecer o nome de tal músculo de seu corpo de carne para que ele aja, é,
exatamente, o mesmo, doravante.
É claro, nós temos solicitado sua atenção e sua
consciência a certo número de pontos, de Estrelas, porque isso era necessário,
a um dado momento, para a escala coletiva da humanidade, poder experimentar e
ancorar, de algum modo, nesses pontos, nessas Portas, nessas Estrelas, os novos
corpos.
Mas o Espírito não tem necessidade disso.
Ora, eu os lembro de que é o Espírito de Verdade que
chega, agora, inteiramente.
… Silêncio…
Bem amadas irmãs e irmãos, vamos prosseguir nossa
entrevista no coração do Amor, e escutemos, então, a questão seguinte.
Questão: você pode falar de sua
vida na carne e aportar iluminações sobre nossa vivência de hoje?
… Silêncio…
Minha vida na carne, como vocês, talvez, leram, ou
viram, desenrolou-se na maior das simplicidades.
A vida permitiu-me ser cercada de almas muito
queridas.
Essas almas muito queridas permitiram-me manifestar a
Alegria, sem depender de circunstâncias desse mundo, mesmo ali estando.
É evidente que as condições da Terra, em minha vida, e
as condições da Terra, hoje, nada mais têm a ver.
Hoje, eu posso dizer que vocês têm maiores facilidades
para viver o que eu vivi: os êxtases, a Alegria e o Amor que emanavam,
espontaneamente, sem qualquer vontade de minha parte é, hoje, acessível a vocês
todos.
Os momentos de êxtase, mesmo se suas circunstâncias,
no Ocidente, e em suas vidas ocidentais, não sejam as mesmas, permitem,
perfeitamente, viver, exatamente, a mesma coisa.
Então, você vai dizer-me: o que é que o impede?
Simplesmente, os últimos apegos à ilusão, mesmo
vivendo o Si: o sentido da responsabilidade, o sentido de ter necessidade de
ocupar-se, o sentido de ter necessidade de ter atividades, obrigações morais,
obrigações sociais que o mantém, quer você queira ou não, em todo caso, no
Ocidente, prisioneiros, de algum modo, de um sistema de organização da vida que
nada tem a ver com a Liberdade.
Mesmo se ela lhes seja apresentada assim.
Então, em minha vida, eu não tinha que me preocupar
com o que quer que fosse, é a verdade.
Mas, hoje, se você cai no êxtase, no Amor, aí também,
você nada terá com que ocupar-se.
Porque a vida, em sua Inteligência da Luz e no Amor,
fornecerá a você tudo o que é útil para manter esse estado.
Então, não é uma questão de escolha ou de decisão, é
uma questão de relaxamento.
A partir do instante em que você sente que não tem
mais a escolha que não a de ser o que você é, o conjunto de circunstâncias da
vida, quaisquer que sejam os incômodos desse mundo Ocidental, nada podem contra
o que você é.
Então, é claro, você sabe que há um momento preciso,
que será o Apelo de Maria, que os porá, a todos, se o acolhem, nesse mesmo
estado.
Eu tive numerosas experiências de Samadhi, nas quais meu corpo não pesava seu peso habitual; era
impossível deslocá-lo.
Houve momentos e períodos nos quais o arrebatamento em
meu êxtase impedia-me, mesmo, de falar, de alimentar-me, de exprimir o que eu
tinha a dizer.
Muitas pessoas inquietaram-se ao meu redor, apesar de
seu conhecimento do que eu era.
Hoje, cada um de vocês tem a possibilidade de viver
isso.
Não o desejando, não o aspirando, mas deixando,
realmente, trabalhar, eu diria, inteiramente, a Luz em seu interior.
Mas, para isso, você sabe, é preciso desaparecer para
a pessoa, desaparecer para todos os apegos, desaparecer para todas as crenças,
desaparecer para todas as suposições e as projeções do que quer que seja
concernente ao futuro.
Em suma, é preciso estar completamente imerso no aqui
e agora.
O aqui e agora não se embaraça com palavras, com o
mental, com a história, qualquer que seja.
A atenção da consciência, naquele momento, no sentido
em que minha irmã Gemma Galgani havia expressado, há alguns anos, concernente à
Unidade, assim como Hildegarde de Bingen, deve tomar, eu diria, todo o campo de
sua consciência.
Tudo o que aparece aos seus sentidos, tudo o que
aparece em seu coração, tudo o que aparece em seu pensamento, qualquer que
seja, é apenas o Amor e nada mais.
Não há lugar, no Amor, para outra coisa.
Não há lugar para esse mundo; não há lugar para um
papel ou uma função nesse mundo.
Mas, é claro, vocês não são, todos, destinados a viver
isso.
Obviamente, isso se junta aos questionamentos sobre a
sobrevida da alma, a dissolução da alma ou a reversão da alma, então, é a você
que cabe ver.
Mas conscientize-se, efetivamente, de que, quando o
êxtase tomar você, quando você está encantado no êxtase, não sou eu nem você quem
decide realizar isso.
São as circunstâncias da vida que desencadeiam isso em
você.
E, naquele momento, ou você resiste ou você deixa a
alegria amplificar-se até a desmesurada, até o desconhecido total do que pode
acontecer-lhe.
Aí está a verdadeira confiança, aí está a única fé
possível para viver o que eu vivi.
É a você, doravante, que convém ver as cadeias que
podem restar nesse mundo.
Os apegos, os deveres, os sentidos morais, os sentidos
da religião, o sentido da sociedade, o que é que isso quer dizer para você?
Não pode, ali, haver meia medida.
Quanto mais você se aproximar do Apelo de Maria e das
Trombetas, mais você constatará, por si mesmo, que é impossível manter ambas
realidades, como o exprimiu, em sua linguagem metafórica, o Comandante dos
Anciões.
Antes, como ele dizia, você havia, por vezes, sentado
de um lado, por vezes, sentado do outro, por vezes, como ele dizia, não sem
humor, com as nádegas entre duas cadeiras.
Depois, há uma cadeira, até você se aperceber de que
não havia, nem cadeira nem encosto.
Aí está a verdade.
É o momento no qual você não tem mais a escolha.
Enquanto você acredita ter a escolha de manifestar
isso ou aquilo, na realidade, você não está livre.
Você está condicionado pela sede de experiência, mesmo
aquela da alma a mais elevada.
Então, isso não é algo que há a procurar.
Vocês não são todos destinados a viver a mesma coisa,
apesar do mesmo evento comum.
Vocês têm, cada um, uma Morada diferente, o que
ilustra, assim, as proposições de Cristo: «Há numerosas Moradas na Casa do Pai.».
E nenhuma morada é mais digna ou mais elevada do que
outra, em qualquer dimensão que seja, em qualquer esfera que seja.
O Amor é mais importante do que qualquer
posicionamento em uma dimensão ou em um sistema solar, do que qualquer função
ou qualquer atribuição, mesmo como um Arcanjo, nesse mundo em Liberação.
É claro, esses jogos devem ser levados ao seu termo.
Então, vocês não tocam, todos, a mesma partitura, nem
a mesma melodia, é preciso, também, aceitar isso.
Apreenda, efetivamente, que você nada tem a procurar
para ser livre, porque você já o é.
É, simplesmente, a consciência disso que é preciso
ver, para superar todo aspecto de consciência limitada e todo aspecto, mesmo,
de consciência ilimitada.
Estabelecer-se na Presença total e absoluta de si
mesmo para si mesmo conduz você, inexoravelmente, à realidade de seu ser
eterno, para além dos jogos da consciência.
Mas você não tem que procurá-lo porque, a partir do
instante em que você pronuncia essa palavra, você se afasta, você mesmo, do que
você é.
Você deve re-conhecer, em si mesmo, no que você era,
como dizia Bidi, antes, mesmo, de aparecer nesse mundo, nessa vida, sem
colocar-se a questão de qualquer reencarnação que seja, que são apenas jogos de
pessoa, aí também.
Mesmo se exista uma moral e uma noção de ação/reação.
Jamais, a ação/reação fará você sair da ação/reação,
porque a ação/reação é sem fim, enquanto a Ação de Graça deu-lhe o impulso.
Alguns de vocês permanecerão aí e, outros, irão até o
estado de Graça, até manifestarem êxtases cada vez mais intensos.
Mas não são vocês que escolhem.
Nem na pessoa, nem na alma.
É a Vida que o decide, em função do que pode restar de
resistências ou de forças de predação, em relação a você mesmo ou em relação de
quem quer que seja na superfície desse planeta.
Então, em minha vivência, eu estava, como pôde ser
escrito: «saturada de Alegria».
Não havia o mínimo espaço ou interstício para outra
coisa que não a Alegria.
Eu não tinha que me forçar, eu não tinha que meditar,
eu não tinha que ler textos, eu não tinha que evoluir, eu tinha apenas que ser
o que a Vida me dava a viver nesse mundo, apenas ser o que eu era, e o que eu
sou, ainda hoje.
Apreendam bem a nuance.
Nós temos sido levados, uns e os outros, Estrelas,
Anciões e Arcanjos, a conduzi-los em um caminho, para que vocês descubram, por
si mesmos, que não há caminho algum.
Mas nós os temos aproximado desse objetivo.
E aí, vocês estão sozinhos, no limiar, mesmo se nossas
Presenças continuem a ajudá-los até o último momento, mesmo se seus contatos
com as outras dimensões, mesmo na natureza, ou em outros estados de sê-lo, no
corpo de Existência, tudo isso tem apenas um tempo e é destinado apenas a
aproximá-los ao mais próximo da realidade final, que é a única Verdade.
Então, é claro, cada Estrela deu-lhes, para alguns, em
todo caso, seu próprio caminho de vida; elas explicaram como elas se inclinaram
para um único objetivo, quer seja pelo Caminho da Infância de Teresa, quer seja
pelos conhecimentos de Hildegarde de Bingen, em sua época, isso não faz
qualquer diferença.
O motor, é claro, era a sede de Cristo, do que
representa Cristo, bem além do personagem histórico.
Se eu devesse exprimir-me diante dos orientais, eu
falaria de Krishna.
Em outras tradições, eu empregaria outras palavras.
Mas as palavras, aí também, são apenas ornamentos,
apenas meios de representar-se alguma coisa na consciência.
São todos esses condicionamentos ligados às formas,
ligados ao tempo, ligados ao espaço, ligados ao passado ou ao futuro que devem
apagar-se em vocês, para deixar eclodir a Alegria, sem restrição, de modo
algum, e de maneira alguma.
Se vocês apreendem isso, então, o caminho é-lhes mais
do que aberto, vocês já o são.
Se isso não se produz, a partir do instante em que
isso não se produz, a consciência limitada, como ilimitada, no Si, vai tentar
aproximar-se desse estado e, aí, seria o erro.
Porque, a partir desse instante, você faz intervir a
vontade, o desejo, mesmo se esse desejo não esteja situado ao nível do corpo
astral, mas a um nível mais sublimado, como aquele da alma; eles fazem apenas
afastá-lo da Verdade do ser.
É nesse sentido que o aqui e agora é um bom critério,
e um bom estado.
Mas, além de Hic
e Nunc, além do instante presente,
há, é claro, eu diria, a última polaridade da consciência que quer conhecer o
Mistério, o Mistério dela mesma, e, para isso, ela deve desaparecer.
Ao nível da alma, é a mesma coisa que ao nível da
pessoa; a resposta não está ao nível da pessoa, a resposta não está, mesmo, ao
nível da alma, ela está no espírito de Verdade, no Espírito do Sol, no Coro dos
Anjos, mas além de todas essas personificações, além de todas essas energias,
essas vibrações.
Quem os ajudou, a um dado momento, ou quem os ajuda,
ainda, talvez.
O que você deseja?
Quem é você?
Aí se situa a chave do problema.
Lembre-se: você não é nem esse corpo nem essa
consciência, nem mesmo o Si.
Você não é qualquer de suas vidas passadas, você não é
qualquer de suas vidas futuras, você nada é do que viaja de dimensão em
dimensão.
Você não é, mesmo, o corpo de Existência, que é, ele
também, um veículo, que o constitui nas dimensões, mas você não é constituído
dele.
Você é a joia.
Perceber isso é, já, aceitá-lo, em sua carne, em suas
emoções, em seus pensamentos, em seus afetos, mesmo, da sociedade, mesmo se ela
lhe dê a ver exatamente o inverso.
É preciso manter o rumo, se posso dizer, mas não
procurá-lo.
Uma vez que isso esteja colocado, esqueça-se e viva
sua vida, seja o mais simples e o mais humilde possível, nada procure, em todo
caso, no que concerne a um objetivo qualquer que você poderia nomear
espiritual; não é nada disso.
Tudo isso são apenas jogos.
Alguns jogos podem aproximá-lo, e nós temos tentado
realizar esse jogo com vocês.
Muitos de vocês ali chegaram, outros, não.
Não há julgamento, há apenas a realidade da Luz, em
suas diferentes Moradas, em suas diferentes Casas.
A capacidade do homem é, sempre, de tomar e de
apreender o que aparece sob os sentidos, o que aparece sob o intelecto, o que
aparece segundo seus desejos e suas emoções.
Tudo isso são apenas jogos de pessoa ou jogos de alma,
mas não são a vontade do Espírito.
A vontade do Espírito é, justamente, de ser, sem
vontade, apenas estar aí, quer você esteja consciente disso ou não, quer você
tenha consciência disso, quer você o aceite, quer você o recuse, isso nada
mudará.
Só a pessoa crê que ela pode desviar-se do que ela é,
em verdade; só a alma crê que há uma evolução, uma melhoria de alguma coisa.
Mas o caminho delas, o verdadeiro princípio, sempre
esteve aí.
É nisso, aliás, que se reconhece não um sábio, mas um
Liberado.
Ele não se importa com etiquetas, ele não se importa
com palavras, ele não se importa com definições, ele não se importa com a
evolução, ele não se importa com o que ele foi ou com o que ele será, uma vez
que ele é, de toda a Eternidade, com ou sem o corpo.
Não há mais franjas de interferência, não há mais
resistência, em qualquer plano que seja.
O mais difícil, efetivamente, é aceitar desfazer-se de
tudo o que você crê segurar e, sobretudo, ao nível do que você nomeia a
espiritualidade.
É claro que é mais agradável estar na alegria do que
estar na tristeza, nós estamos de acordo.
Mas a busca da alegria induz, já, à tristeza.
A Alegria é o que você é, não é o que você tem a
encontrar.
O Amor é o que você é, não é o que você tem a
procurar.
Aí também, o fato de procurar algo que já está aí põe
ainda mais distância entre a Verdade e você.
Não se esqueça de que a pessoa está aí apenas para
mascarar essa Eternidade, devido a circunstâncias específicas desse mundo.
E a alma, também, crê-se encarregada de uma missão.
A alma crê-se portada pela matéria ou pelo Espírito,
ela se crê alguma coisa, enquanto ela é apenas um médio, como seu corpo é
apenas um veículo e um médium.
Mas não se esqueça de que, em relação ao que eu digo,
não é preciso desenvolver qualquer culpa, qualquer que seja seu ponto de vista
e qualquer que seja o posicionamento de sua consciência nesse mundo ou alhures.
Há apenas que dar-se conta disso porque, se você põe,
aí também, um julgamento, dizendo-se que você ali não está ou que você ali não
chegará, ou que isso parece difícil, isso parece complicado, esteja certo de
que isso o será.
Bem mais do que você enuncia e afirma.
A dificuldade é a de não entrar, de alguma forma, na
recusa da vida aqui embaixo, ou esperar uma melhoria ou uma mudança que virá do
exterior, mesmo se é um fim de ciclo real e concreto, o que nós nomeamos, na
Índia, o fim do Kali Yuga, da Idade
sombria.
Mas, mesmo isso, não deve preocupá-lo, e deve sair do
campo de sua consciência, se você quer que a consciência apague-se sem
dificuldade, para ser o que você é.
A a-consciência, como disse Bidi, não será, jamais,
uma busca.
Nem mesmo é uma revelação, propriamente dita, é o
momento em que nada mais existe, simplesmente, que não ela.
Ora, você não pode servir-se e utilizar todo o resto
para encontrar o que você é.
O conhecido não o levará, jamais, ao desconhecido,
qualquer que seja.
Mesmo o conhecimento das leis da alma, mesmo o
conhecimento do carma, mesmo o conhecimento de qualquer elemento que seja;
Jofiel, aliás, voltou a esclarecer-lhes isso, parece-me.
Então, você tem, sobretudo, simplesmente, que ser e
despojar-se, o mais possível, de tudo o que possa interferir.
Mas, mesmo esse despojamento, não é uma ação de
vontade.
Ele é, simplesmente, um estado de ser que faz com que
nada mais possa interferir.
Mas isso, eu repito, não é você que pode decidi-lo,
construí-lo ou criá-lo.
É, justamente, uma desconstrução total do que faz o
sentido de ser uma identidade ou ser uma alma nesse mundo.
Você vê bem a diferença.
Se você o vive, aliás, em parte, basta ter tocado,
você sabe, uma vez, o Si, para viver o estado de Si permanente e não mais
oscilar de um ao outro.
Mas, para isso, nada é preciso implorar, nada é
preciso querer, nada é preciso procurar, sobretudo, em relação ao que vocês
nomeiam a espiritualidade.
O que não o impede de procurar, na vida comum, o que é
necessário para essa vida comum.
Mas, mesmo isso, você verá, não lhe interessa mais.
Você não estará mais condicionado pela necessidade de
ganhar sua vida, de ganhar a afeição de quem quer que seja, uma vez que você
vive, naquele momento, que nada mais há que não você, e você sozinho, que
contém todo o resto que aparece na tela de sua consciência, tanto amigo como
inimigo, tanto Arconte como Fonte.
Tudo isso é apenas um nível de realidade.
Seria preciso sair da ilusão, não pela vontade, mas
propondo-se modelos de Luz, elementos de reflexão que, de algum modo, podiam
desprendê-lo das ilusões tenazes da vida nesse mundo.
Depois, cada um de vocês terá ido para onde devia ir,
ou para onde ele acreditava ir.
Mas apreenda que não é, jamais, você, em qualquer
nível que seja, que pode controlar o que quer que seja mais que não sua pessoa,
suas emoções, seus pensamentos.
Mas, para o coração, você nada pode controlar.
Você o é, ou você não o é.
… Silêncio…
Você pode enunciar-me outra questão?
Questão: há, sempre, a presença
do Espírito na Luz Negra?
Sim, uma vez que a Luz Negra é a própria fonte do
Espírito.
O Espírito está presente por toda a parte, a Luz está
presente por toda a parte, não há exceção alguma.
Mesmo na sombra a mais densa, apenas pode ali haver
Luz, mesmo se ela não seja vista.
A Luz Negra, como Bidi o exprimiu, corresponde ao que
está além da Luz, o que Bidi nomeia o Parabrahman.
O Parabrahman não
pode conhecer-se a ele mesmo, ele se conhece apenas através da consciência.
Simplesmente, aquele que vive o Absoluto final sabe
que ele é o Parabrahman.
Não há necessidade de confirmação na consciência,
mesmo aceitando, se ele é liberado vivo, jogar o jogo da consciência.
Mas ele não é enganado, ele não é prisioneiro da consciência,
ele tampouco, mesmo se ela seja ilimitada, mesmo se o Si seja instalado à
vontade, se posso dizer.
O Espírito está além de toda forma, ele está além,
mesmo, de toda dimensão, ele banha tudo.
Ele manifesta tudo.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão que segue.
Questão: quando duas irmãs
biológicas romperam seus laços após oposições de sua unidade, é importante
renová-los, para a evolução espiritual delas?
A simples palavra «renovar» significa a
incompatibilidade.
Nada há a renovar, uma vez que tudo é para desfazer.
Desfazer não quer dizer opor-se, não estar na relação.
Desfazer quer dizer não ser enganado pelos laços da
carne, quaisquer que sejam e qualquer que seja sua intensidade, mesmo no que
vocês nomeariam de gêmeos.
Porque os gêmeos não têm a mesma alma, eles têm a
mesma personalidade, mas uma alma não se dicotomiza, contrariamente ao
Espírito, que pode dar nascimento, vocês sabem, ao que foi nomeado de Chamas
gêmeas.
Uma alma pode-se trocar, nos processos de «walk-in», uma
alma pode transformar-se, também, mas não pode haver duas almas em uma mesma
pessoa.
Mesmo nos casos que vocês nomeariam «possessão», pode
haver possessão, mas não coabitação permanente, isso é impossível.
Então, a palavra renovar é, verdadeiramente, muito mal
escolhida.
Porque, lembre-se, hoje, alguns de vocês reencontram
pessoas que não têm sido vistas há muito tempo, não importa em qual círculo
familiar, profissional, afetivo, não para renovar, mas, sim, para permitir, por
sua Presença, a Liberdade e a Liberação, justamente.
Isso não é um problema de pessoa, não é um problema de
laços hereditários ou de filiação.
Nada há a renovar, há apenas que ser.
E, naquele momento, se a vida propõe a você
reencontrar-se, não é, certamente, para renovar o que quer que seja, mas para
liberá-los, mutuamente, quer o outro esteja consciente disso ou não.
Então, nada procure, aí tampouco, a Inteligência da
Luz sobrepor-se-á à sua inteligência limitada, em qualquer circunstância que
seja.
Aí também, há um problema de fé e de confiança, na
Vida e na Inteligência da Luz.
O Liberado Vivo nada procura.
Se ele deve ver sua família, ele a verá.
E, se ele a vê, não é porque ele o tenha decidido, é
porque algo, na Luz, deve resolver justamente, esse laço, não para renovar, mas,
justamente, para liberar.
Talvez, não aquele que é liberado, mas aquele que
espera alguma coisa em uma relação afetiva, qualquer que seja.
Apreenda bem a nuance entre os dois, porque ela é
importante.
Hoje, muitos de vocês colocam-se a questão de sua família,
de seus filhos, de seus parentes, de seus pais.
Se isso emerge em você, o que é que isso significa?
Se você aceita, realmente, ver claramente, isso quer
dizer que você é, ainda, dependente das circunstâncias desse mundo, de uma
maneira ou de outra.
Eu não disse, com isso, que seja preciso rejeitar
todos os laços, mas é preciso iluminar e liberar todos os laços.
Não por uma ação da vontade da alma ou da vontade da
pessoa, mas, aí também, pela Inteligência da Luz.
Ser fluido é aceitar o que a vida propõe a você, quer
seja um presente, quer seja uma dádiva, quer seja a morte, quer seja o
sofrimento, no mesmo estado.
Se seu corpo sofre e você sofre, isso quer dizer que
você está apegado ao seu corpo.
Veja-o, claramente.
Não para julgar-se, não para condenar-se, mas aceitar
a realidade do que é evidente é, também, assumir a humildade, assumir a simplicidade.
Todos os irmãos e irmãs humanos na carne não são
iguais diante da privação, do sofrimento, da abundância ou da privação.
Porque cada um é constituído, na pessoa e na alma, de
coisas diferentes.
A melhor das condutas não é querer resolver alguma
coisa, mas, sim, deixar a Luz agir, real e concretamente.
E a Luz não agirá, real e concretamente, se você ali
põe seu parecer, sua opinião, seu desejo.
O Abandono à Luz é bem mais do que, simplesmente, ver
a Luz, é agir no mesmo abandono, sobretudo, nas circunstâncias como essa.
Apreender que não é você que decide.
Você decide, nesse mundo, comer tal coisa ou tal
coisa, ir a tal lugar ou ali não ir, mas isso em nada concerne ao que você é.
Uma vez que o que você é jamais se moveu, sempre
esteve aí.
Então, por que forçar o que sempre esteve aí?
Por que querer orientá-lo segundo os seus desejos
pessoais, segundo convenções sociais, morais, segundo os hábitos ou segundo os
medos?
Foi dito, também: o medo ou o Amor.
O Amor basta-se a ele mesmo.
Se há medo, em qualquer circunstância que seja, é que
o Amor ainda não tomou todo o lugar, é tão simples assim.
Você pode, ali, encontrar todas as justificações que
quiser, para dizer que você não está pronto, que esse não é o momento, mas tudo
isso são apenas pretextos, porque não haverá, jamais, melhor momento do que
agora.
Jamais.
Mesmo em final de ciclo.
Havia sido dito por Cristo: «Procure o reino dos Céus,
que está dentro de você, e todo o resto ser-lhe-á dado em acréscimo.».
A palavra procure não é adequada, identifique o que
você é, realmente, vá à causa primeira.
Quem você era, como dizia Bidi, antes de nascer nesse
mundo, revestido de leis da ignorância da carne?
Se você encontra isso, sem procurá-lo, mas,
simplesmente, colocando a questão, a resposta chegará, de uma maneira ou de
outra.
Não procure, simplesmente, os sinais, não procure,
simplesmente, a Fluidez da Unidade, as sincronias, mas vá, também, além.
Deixar exprimir-se o Amor não é procurar o Amor.
Deixar exprimir-se o Amor é deixar apagar-se tudo o
que não é ele.
Sem condições e sem restrição.
Isso não pode ser uma decisão pessoal, mas,
verdadeiramente, o momento no qual você diz, como Cristo: «Pai, que sua vontade
seja feita, e não a minha», tanto no maior dos sofrimentos como na maior das
alegrias.
Saber que você nada é, você é apenas o pó na
superfície desse mundo, mas que você é, ao mesmo tempo, bem mais do que o Tudo
e o Nada.
É preciso aderir a essa ideia, mas não procurar meios
para levar ao seu termo essa ideia, porque essa ideia impor-se-á por si mesma,
a partir do instante em que você nada segure em suas mãos, entre sua pessoa.
E isso é perfeitamente realizável, mesmo em sua vida
ocidental, sem qualquer dificuldade.
Há apenas os hábitos, há apenas os comportamentos
adquiridos, as feridas vividas, que o impedem de realizá-lo.
Para nada serve, tampouco, sobretudo agora, ir procurar
a causa das feridas ou as explicações das feridas, quaisquer que sejam.
Ponha o Amor à frente, aí também.
E, se isso não funciona, não há que incriminar o Amor
que você é, nada há a incriminar.
Simplesmente, há, ainda, véus que lhe mascaram essa
Verdade essencial e única.
Aceite-o, com benevolência, sem julgamento algum,
simplesmente, como uma evidência que está aí.
E, se você o aceita, então, total e inteiramente, você
verá que perceberá, muito rapidamente, o que você é.
Sobretudo agora.
E eu diria, ainda mais agora.
Eu disse, anteriormente, que as circunstâncias de seu
mundo ocidental de hoje nada têm a ver, é claro, com as circunstâncias da Índia
de minha época.
Em minha época, nós ainda não estávamos «afundados»,
inteiramente, no Kali Yuga, ou na
Idade sombria.
A Idade sombria, você a tem sob os seus olhos: é o
sofrimento da humanidade, é seu sofrimento, são as regras e as leis desse
mundo, que nada têm a ver com a regra e a lei do Amor, e que são, mesmo, eu
diria, a antítese e o oposto dele.
Você entende isso?
Criar leis, criar moralidades, criar obrigações, criar
o fato de ganhar sua vida, para alguém que está na vida, realmente, na vida,
estritamente, nada quer dizer.
Cristo dizia: «Vocês estão nesse mundo, mas vocês não
são desse mundo.».
Então, o que você prefere?
O que você escolhe, em definitivo?
Considerar que, realmente, você está nesse mundo,
mesmo se você pense nada ter a fazer, ao invés de participar desse mundo?
Entenda, efetivamente, que isso não é uma necessidade
ou uma injunção para deixar esse mundo, mas para vê-lo tal como ele é, porque o
Amor ali está, tanto quanto em outros lugares.
Você tem, mesmo, a oportunidade única, nesse final de
ciclo, de realizar isso, eu diria, mesmo que isso possa cair-lhe em cima, mesmo
para aquele que jamais teve busca dita espiritual, sobretudo no momento do
Apelo de Maria.
Lembre-se de que a principal resistência, hoje, é,
simplesmente, sua busca.
Não é mais o carma.
São as resistências desse mundo ao Espírito, o que dá
a ver os conflitos que você vê entre vocês, ao seu redor e no mundo.
Você está preocupado com isso?
Você é tocado por isso?
Então, se sim, é que você não está na joia do coração.
Porque isso você verá, você não será afetado, se a
joia do coração está repleta, em todos os interstícios, do Amor.
Não há lugar para outra coisa no Amor que não o
próprio Amor.
Não o Amor traduzido, expressado, manifestado, mas o
Amor que emana, espontaneamente, dele mesmo, que o nutre, na totalidade.
… Silêncio…
Você poderia enunciar outra questão?
Questão: por que tanta aflição
pelo desaparecimento de uma pessoa que não se via mais há muito tempo, enquanto
amigos partiram sem causar a mínima dor?
A angústia, pelo desaparecimento de um irmão ou de uma
irmã, não é função, unicamente, dos laços de sangue, assim como você o exprime,
mas, também, dos apegos, mesmo quando não se vê mais, que foram criados em toda
relação humana, qualquer que seja.
Não creia que, ao não ver mais as pessoas, que você
está desembaraçado, contudo, dos laços que são mantidos, mesmo pela desarmonia.
O Amor queima os laços, mas o conflito mantém os
laços, mesmo se o ser humano tenha tendência a crer que basta afastar-se,
perder-se de vista.
Isso não é verdade.
E você tem a prova disso.
Isso dito, significa que havia restado um laço, que
esse laço queimou-se, por si mesmo, a partir do instante em que essa pessoa
desapareceu.
Essa não é a tristeza da perda, é a tristeza do que
restava como laço, simplesmente.
O laço queimou, definitivamente, naquela ocasião,
então, pode exprimir-se a tristeza, não da perda da pessoa, mas desse laço em
si mesmo, que extrai, de suas emoções, no caso, aqui, a tristeza.
Você pode, por vezes, aceitar perder parentes, efetivamente,
sem sentimento de perda e sem tristeza.
Do mesmo modo que um ser humano pode morrer, no outro
extremo do planeta em por exemplo, você cai em um artigo que você lê, e você
experimenta a compaixão e a tristeza.
No entanto, essa pessoa você não conhece, ela estava
no outro lado do planeta.
Havia, necessariamente, laços e ressonâncias comuns,
mesmo em relação a um total desconhecido.
Então, você pode imaginar, se é uma relação passada,
de qualquer natureza que seja, tudo o que pôde ser mantido, apesar do fato que
você não pensava nisso, apesar do fato que você não via mais.
Tudo o que não foi iluminado pelo Amor manifesta-se
por uma emoção.
O Amor não será, jamais, uma emoção.
O amor sentimento sim, mas o Amor é um estado de
alegria, que não conhece as emoções.
A Alegria não é uma emoção, caso contrário, ela se
chamaria prazer ou desejo.
Mas a Alegria é algo que nasce espontaneamente, que
não é procurada, que não depende, efetivamente, de qualquer circunstância
exterior, que é independente desse mundo e, no entanto, manifestada nesse
mundo.
É o mesmo para toda perda, é o mesmo para todo apego.
Olhem suas vidas, quaisquer que sejam suas idades,
vocês todos conheceram relações humanas, em qualquer setor que seja.
Vocês estão na alegria?
Quando vocês pensam nesse passado, quer ele tenha sido
feliz ou infeliz, se vocês estão na alegria, então, isso quer dizer, e isso
significa que o Amor foi colocado à frente.
Não por uma vontade qualquer, mas pela Inteligência da
Luz.
Se existe, em você, em relação a um relacionamento
passado ou presente, o sentimento de dever manter algo, o sentimento de dever
cortar algo, o sentimento de fazer um esforço, o sentimento de forçar-se, é
claro, naquele momento, você sofrerá.
De uma maneira ou de outra.
Quer seja pela separação, pela ruptura, quer seja pela
perda do ser amado, ou de um filho ou de um dos pais, ou de um parente.
Se você está, realmente, na Alegria, nem a partida nem
a morte nem os insultos nem os golpes poderão alterar a Alegria que você é.
E se, além disso, você é, realmente, o Amor e a
Alegria, nada disso pode aparecer na tela de sua consciência, e nada pode
distraí-lo da Alegria e do Amor quando você é a Alegria e o Amor.
Esteja consciente, aí também, do que você quer mudar,
do que você quer melhorar, e lembre-se de que o Amor e a Alegria são perfeitos,
em toda circunstância e em qualquer relação que seja, a partir do instante em
que você desaparece do desejo da pessoa, qualquer que seja esse desejo.
O Amor torna livre, ele não prende.
O Amor não pode ser apegado a nada.
Nem a uma pessoa nem a uma situação nem a qualquer
passado e a qualquer futuro.
O Amor apenas pode estar no instante presente e em
nenhum outro lugar.
E, no instante presente, não se preocupa com qualquer
instante passado nem com qualquer relação.
Quer seja entre vocês ou conosco.
É claro, você se apoiou nisso em sua vida afetiva e em
nossa relação com você, é feita para isso.
Mas, como diria Irmão K, hoje, é preciso ser autônomo
e livre.
Você o deseja, realmente?
Você o quer, realmente?
Não como o sentido de uma vontade, mas como uma
aspiração final para ser isso.
Lembre-se de que é o que você é, você não tem que
procurá-lo.
É tempo, hoje, de ver o que pode restar, em você, de
apegos a si mesmo, de apegos ao outro ou de apego a nós.
Isso não quer dizer recusar reencontrar-se ou ver-se,
isso quer dizer proclamar e declamar sua Autonomia e sua Liberdade.
A Autonomia e a Liberdade não se privam de
reencontros, não se privam de relações, mas aquele que está na Alegria e no
Amor não pode estar sujeito às condições da relação e, de maneira alguma,
qualquer que seja a relação.
Quer seja com um filho, com o ser amado ou com não
importa quem mais, porque o outro é apenas você mesmo, e você sabe disso, e
você o vive.
Coloque-se, sempre, a questão de sua simplicidade.
Deixe-se ser a Luz, ou você quer ser a Luz?
Você, realmente, pôs fim à noção de busca ou de
procura do Amor?
Lembre-se, também, de que, enquanto o Amor é projetado
ao exterior, antes de ser vivido em si mesmo, esse Amor será, sempre,
incompleto, e, sempre, sujeito à falta, à frustração, à alegria.
Ele será, sempre, manifestado à mercê dos humores de
uns e dos outros.
Estará aí o Amor?
Não.
O Amor nada conhece de tudo isso.
Ele é independente das circunstâncias, ele é
independente, mesmo, das pessoas.
Ele é o mesmo, em toda circunstância, em toda relação.
Não é algo que você tenha que forçar, é algo que você
deve ver, porque ele está aí.
Em definitivo, nada há a renovar, nem nada a desfazer,
é o jogo da pessoa, é o jogo da alma, não é a verdade do Espírito.
Isso faz apenas traduzir, de algum modo, a existência,
ainda, de alguns medos, ou seja, que o Amor não tomou todo o lugar dele.
E a Alegria, mesmo se ela esteja presente no estado de
Graça, por momentos, ou pela ação da Graça, não é constante.
E isso quer dizer, simplesmente, que, naquele momento,
é você que não é constante em sua Presença.
Não se julgue, aí tampouco, mas veja-o.
Tanto para a pessoa é muito difícil sair do jogo dos
sentidos e das paixões, tanto para a alma é difícil sair dos jogos da
causalidade e dos jogos de Luz e de sombra.
O Espírito não conhece qualquer desses jogos.
O Amor, ainda menos.
Então, acolha a alegria que você é.
A verdadeira Alegria não pode vir de qualquer
circunstância exterior, porque ela será, sempre, efêmera, nesse caso.
Na Alegria não há causalidade.
No Amor tampouco.
Porque você é livre, na Alegria e no Amor.
… Silêncio…
Outra questão.
Questão: você pode dar uma
iluminação sobre esse sonho: eu estava em um cavalo, houve como que uma fusão
entre esse cavalo e eu, eu me inclinei sobre ele e havia muito Amor entre nós.
Isso se tem em muito poucas palavras: você passou da
distância à coincidência.
Você passou da noção de cavalo e da noção de humano
sobre o cavalo, fazendo não mais que Um.
Isso pode, também, evocar, é claro, algumas linhagens,
mas, também, a liberdade e a potência na Terra, que representa esse cavalo.
É um momento especial.
Assim como eu disse no início de nossa entrevista no
coração do Amor, os sonhos podem ser tomados em diferentes níveis.
O que é importante não é, mesmo, o que eu acabo de
dizer em relação ao cavalo e às linhagens, é esse Amor tão intenso que você
descreve.
Todas as ocasiões são boas para o Amor, para
lembrar-se a você.
Ele era um, e aí está o essencial.
O resto é, simplesmente, uma justificação, uma
explicação.
Do mesmo modo que as relações e contatos que vocês
vivem entre vocês, como com os seres da natureza ou conosco, o que é importante
não são as palavras, não são as explicações, e vocês sabem disso, para vocês,
que estão aí ou que lerão ou que escutarão, é o que é transmitido, bem além das
palavras: o Amor.
O resto, de algum modo, serve apenas como álibi ao
Amor e à Alegria.
Jogue todos os jogos que a Vida propõe a você, mas não
seja enganado pela noção de jogo.
Porque os jogos, em definitivo, quer sejam através de
um drama da vida, quer sejam através de um sonho, são apenas oportunidades para
viver e para aproximar-se, ao mais perto, do que você é, até o momento em que
você poderá soltar a noção e o sentido de ser uma pessoa, de ser esse corpo, de
ser essa vida ou de estar, mesmo, nesse mundo.
Vão atrás, eu diria, de todas as formas de
manifestação, quaisquer que sejam, vão além das explicações, entrem na
simplicidade e na humildade.
Porque todas as experiências que se desenrolam, nesse
momento, em suas vidas, como na Terra, são, em definitivo, apenas a
oportunidade de deixar eclodir, inteiramente, o Amor, e deixá-lo tomar todo o
lugar.
Lembre-se: o Amor basta-se a ele mesmo, quaisquer que
sejam as manifestações, qualquer que seja o mundo, eu diria.
… Silêncio…
Mas, primeiro, instalemo-nos no silêncio da Presença.
… Silêncio…
Podemos, agora, escutar a questão.
Questão: a alma e o ego são ligados
ao plano causal?
De onde emana o Sopro do
Espírito?
O Sopro do Espírito, bem amado, não emana do corpo
causal.
O corpo nomeado causal é parte da ilusão desse mundo.
O corpo causal é aquele que é responsável, se posso
dizer, pelo nascimento da alma nela mesma.
A Liberação corresponde, inteiramente, à destruição,
pelo Fogo do Amor, à dissolução do corpo causal e do plano causal, que deixa
livre o plano nomeado átmico e, por vezes, búdico.
Assim, portanto, o ego não é a alma e a alma não é o
Espírito.
O corpo causal não é, ele tampouco, o Espírito.
Na tradição indiana ayurvédica, nós somos, todos, na
carne, constituídos, até recentemente, de sete corpos que vocês todos conhecem:
o corpo físico, o corpo etéreo, o corpo astral, o corpo mental e o corpo causal.
O corpo nomeado búdico ou o corpo de budidade, assim
como o corpo átmico nada têm a ver com o que está situado nos cinco primeiros
envelopes ou os cinco primeiros corpos que eu acabo de enumerar.
O Espírito, inegavelmente, é ligado a Atman ou, se
prefere, a Brahman.
Nada de tudo isso está em relação com o Absoluto.
Eu repito, o Absoluto não conhece qualquer corpo nem
qualquer causalidade.
A causalidade nesse mundo é apenas a tradução da lei
de carma ou de ação/reação, em ressonância direta com o próprio princípio do
confinamento na ilusão desse mundo.
Assim, portanto, o Espírito não vem do corpo causal,
mesmo se ele esteja presente, efetivamente, até na mínima parcela dessa ilusão
presente nesse mundo, em cada célula do corpo, em cada partícula que circula no
que é nomeado o prana, como no que existe nos diferentes ovos áuricos presentes
na periferia de seu corpo, mas que é apenas a ressonância do que se desenrola
no interior de vocês.
Assim, portanto, não se pode assimilar o Espírito ao
corpo causal, mesmo se ali ele esteja presente.
O Espírito ou a Centelha Divina é a primeira chama de
manifestação na Presença e nos Mundos Livres.
É isso que foi nomeado de Chama eterna, se preferem,
também, a Joia que veicula o Amor, ele também, mas que ainda não é o Amor, nem
o Absoluto.
… Silêncio…
Escutemos, juntos, a próxima questão.
Questão: você pode falar-nos da
vida em Sírius?
Bem amado, existe uma infinidade de vidas e um número
importante de dimensões existentes no conjunto nomeado Sírius.
Sírius não é uma estrela, mas uma tripla estrela.
A vida evolui, ali embaixo, em diferentes dimensões,
em diferentes formas, em diferentes dimensões, portanto, mas, também, em
diferentes projetos, se posso dizer, de manifestação da consciência.
É-me, portanto, impossível descrever os modos de vida,
qualquer que seja a dimensão deles, porque isso não pode ser descrito em
palavras e é bem distante do que nós todos conhecemos nesse mundo.
Não há corpo, no sentido em que vocês o entendem; não
há tempo e espaço, no sentido em que vocês o entendem e vivem; há formas de
vida múltiplas.
Algumas lhes são conhecidas por sua manifestação nesse
mundo e, outras, são-lhes estritamente desconhecidas.
Não é, portanto, possível, para esse Sistema Solar em
especial, descrever-lhes, mesmo tomando muito tempo, o conjunto do que pode
existir e ser manifestado no conjunto de dimensões presente e no conjunto de
corpos presente.
Isso seria um grande desafio e nada lhes aportaria, em
termos de Joia de Amor e em termos de coração.
Saibam, simplesmente, que a vida, em qualquer sistema
solar que seja, em qualquer lugar que seja e em qualquer dimensão que seja, toma
aspectos, por vezes, surpreendentes e aspectos, por vezes, desconcertantes.
Eu não falo, mesmo, do que pode ser visto a partir do
ponto de vista da encarnação, mas, mesmo, de nosso ponto de vista.
Existem inumeráveis vibrações, inumeráveis gamas de
frequências de vida.
É, portanto, impossível entrar nos detalhes disso.
Tanto mais que, do mesmo modo, na Terra, vocês têm
vivido sem tomar consciência, diferentemente do que nos contos e lendas, do que
existe ao nível dos seres da natureza, do mesmo modo, vocês os descobrem hoje.
E, ainda, vocês veem apenas alguns aspectos, em suas
relações e contatos com esses seres da natureza, quando vocês os vivem.
Eu repito, não é a descrição da vida que é importante,
mas a vivência da relação, quando ela se produz, com qualquer ser que seja.
Quer seja com um grão de areia, quer seja com o
oceano, quer seja com o conjunto da consciência da Terra, Gaia, quer seja com a
Lua, com o Sol, nada há a reter ao nível das formas, nada há a reter ao nível
do agenciamento da vida, mas, bem mais, viver a relação nela mesma, porque ela
nutre e faz crescer o que vocês são, em verdade.
O essencial está aí.
Tanto mais, eu os lembro, que, em outras dimensões,
não existem, propriamente ditas, organizações no sentido em que vocês entendem
na Terra, tais como as sociedades, as famílias, os sistemas políticos, econômicos,
financeiros ou sociais.
Quando nós dizemos que, em outras dimensões, para além
da falsificação, tudo é livre, tudo é, real e absolutamente livre.
É claro, existem sistemas solares que são especializados
em tal ou tal característica, que corresponde à exploração da beleza, à
exploração da arte, à exploração do que vocês poderiam nomear, ainda, silêncio,
do agenciamento da própria vida, por vezes.
Mas nada de tudo isso é tributário de critérios que
lhes são apreensíveis, compreensíveis.
Não é, portanto, possível satisfazer sua pergunta e ir
mais adiante, para além das generalidades que eu disse.
Não por falta de conhecimento, é claro, mas,
simplesmente, porque isso, estritamente, para nada serviria no que vocês são,
nesse instante, e isso nos levaria a outro lugar, muito mais longe, em
descrições que não serviriam para grande coisa.
... Silêncio…
Escutemos a questão que vem.
Questão: o Apelo de Maria é
diferente, se não existe linhagem de Sírius em nós?
O Apelo de Maria é o mesmo, para cada consciência na
superfície dessa Terra, quer você tenha uma linhagem ou uma origem estelar de
Sírius ou não.
Assim como foi dito, sua carne dessa Terra é
constituída pela semeadura de Maria ao nível de seu DNA, mesmo se não exista,
propriamente dita, para alguns de vocês, linhagem em ressonância com Sírius.
Vocês todos são constituídos do sangue da Terra e,
portanto, do sangue de Maria, independentemente de sua origem estelar e
independentemente de suas linhagens estelares.
O Apelo de Maria concerne, portanto, à totalidade
desse Sistema Solar e não, unicamente, a vocês humanos, e não, unicamente, a
nós, aliás, também, mas, sim, ao conjunto de consciências, mesmo livres,
presentes, ainda, na superfície desse mundo.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão seguinte.
Questão: como reconhecer um
Liberado Vivo?
Bem amado, embora eu já tenha, em parte, respondido a
essa questão, vou, então, completá-la.
Você não pode servir-se de qualquer das ferramentas
conceituais ou perceptuais ligadas ao reconhecimento eventual de um Liberado
Vivo.
O Liberado Vivo não tem discípulos, o Liberado Vivo
não tem organização.
Ele não se sente responsável pelo que quer que seja ou
quem quer que seja.
Ele é o que ele é, ele fala ou faz silêncio.
Em todo caso, ele não leva a lugar algum, ele não leva
a lugar algum quem quer que seja.
Ele está aí, simplesmente, no silêncio ou nas
palavras, ele transmite o que sai dele, sem refletir, sem pensar.
Ele é, ele mesmo, liberado, verdadeiramente, de toda
imposição, se não são as imposições desse corpo que ele habita, ainda.
Ele em nada crê, ele nada impõe, ele nada demonstra.
Ele é liberado de todo discurso organizado.
Ele é liberado da maior parte das referências que
vocês encontram nas religiões, quaisquer que sejam, mesmo se ele possa
apoiar-se em elementos presentes em algumas.
O reconhecimento do Liberado Vivo para nada lhe
serviria porque, se você mesmo não é liberado, como você pode pretender, mesmo,
reconhecê-lo?
O Liberado Vivo não é mais desse mundo e, no entanto,
ele ainda está nesse mundo.
Ele não conhece mundo algum.
Ele a nada mais aspira do que ser o que ele é, com
esse corpo ou sem esse corpo.
Ele tem, sobretudo, o espírito de uma criança, ele não
se leva a sério, porque esse mundo não é sério.
É claro, ele nada procura, nem a gratidão nem as
recompensas nem a satisfação de que quer que seja em relação com esse mundo.
Ele pode, mesmo, ter atividades absolutamente comuns e
banais, ou, mesmo, muito simples, quer seja ao nível de uma vida familiar, se
ele tem uma, quer seja ao nível de uma atividade profissional, qualquer que
seja.
Isso nada muda no que seu corpo realiza nesse mundo,
em função do que a vida propõe a ele.
E, sobretudo, ele nada espera, ele nada anseia, ele
permanece impertubável, o que quer que se desenrole na tela da consciência
limitada, tanto para ele como para cada outro.
O Liberado vivo pode deixar traços ou não de sua vida.
Lembre-se de que, mesmo a Fonte, quando ela sintetizou
um corpo, há cem anos, pela última vez, era muito pouco conhecida em sua vida.
Nada escrito, nada organizado, ela não curou ninguém.
Ela estava, simplesmente, ali, simplesmente, presente,
mesmo nessa ilusão.
Ela nada pediu e nada fez, no sentido em que você
poderia entender.
Ela, simplesmente, esteve aí, durante um lapso de
tempo.
Ele não reivindica qualquer filiação a qualquer
corrente que seja.
Ele nada reivindica nem para si nem para o outro, nem
para esse mundo.
Ele não é, no entanto, indiferente, mesmo se, ao olhar
da pessoa, esse possa ser o caso.
Ele é, totalmente, ele mesmo e é, também, você, mesmo
se você não o veja.
Você não pode, portanto, reconhecê-lo através de algo
que você tenha vivido ou através de sinais ou de sintomas, ou através de uma
manifestação qualquer.
Simplesmente, o que se solta dele nada tem a ver com
um aspecto físico ou com um elemento de natureza emocional.
Ele está, no entanto, aí; ele continua, no entanto,
aí.
Ele pode brincar com uma criança.
Ele pode tudo fazer, mas antes de tudo, ele é «Tudo».
Um Liberado Vivo nada procura, nem para ele nem para o
outro.
Mesmo se ele utilize palavras, suas palavras nada são
sem sua Presença.
O Liberado Vivo deixa-se – para a pessoa, aquele que o
olha como pessoa – portar pela Vida, ele se deixa conduzir pela própria Vida.
Ele não é mais uma pessoa, mesmo se ele esteja em uma
pessoa, sujeito, aliás, às condições dessa pessoa ao nível da evolução desse
corpo, ou seja, seu lado efêmero.
Mas ele não o é.
Ele não joga mais em qualquer campo de experimentação
da consciência.
Não é, mesmo, necessário, para ele, jogar com os poderes
místicos, aliás, ele foge disso, como da peste.
Tudo o que seria evocado diante dele de noções de
causalidade, de explicações para a pessoa nada quer dizer e nada representa.
Sua Presença é bem mais importante do que suas
palavras, porque ele é o Liberado Vivo.
Ele é ignorante de todos os conhecimentos, mesmo se
ele os tenha percorrido anteriormente.
Ele sabe muito bem o valor relativo de todos esses
ensinamentos, que nada valem em relação à Verdade e que não conduzirão a lugar
algum, e, sobretudo, não à Liberação.
Lembre-se de que o Liberado Vivo, a um dado momento,
aceitou tudo perder e tudo soltar, em qualquer circunstância que fosse,
material ou espiritual.
É sua rendição sem condição ao que ele é, na
eternidade, que fez dele o que ele percebeu e o que o identifica como Liberado
Vivo.
Ele nada planeja.
Ele nada promete.
Ele não tem necessidade de manifestar qualquer
energia, ele é, ele mesmo, a Vida.
Quaisquer que sejam as ocupações de sua pessoa na
sociedade ou no mundo, ele não é isso e ele sabe.
Ele é, portanto, liberado de todo medo de julgamento.
Ele é liberado do bem fazer ou do mal fazer.
Ele faz, simplesmente, o que ele deve fazer, não
porque ele tenha decidido fazê-lo, mas porque a Vida propõe a ele.
Ele nada procura, nem explicações, nem justificações.
As experiências, mesmo as mais místicas,
transcendentais e reais, não têm, para ele, qualquer interesse, o que não quer
dizer que ele não tenha passado por ali, mas, simplesmente, que ele superou e
transcendeu tudo isso.
Ele está pronto a perder sua vida, sem dificuldade
alguma.
Ele aceita sua morte com uma grande alegria.
Ele não depende de qualquer olhar, de qualquer
sistema.
Ele come se tem vontade, ele não come se não tem
vontade.
Não ele, como Liberado Vivo, mas ele escuta, simplesmente,
o que demanda o corpo e o que lhe demanda a Vida, em qualquer circunstância.
Ele não faz, jamais, escolha, e ele é, no entanto,
alguém muito decidido.
Ele deixa a Vida escolher para ele.
Ele abandonou toda vaidade de dominar e de controlar o
que quer que fosse.
Porque a bondade emana, naturalmente, dele, ele não
tem necessidade de impor-se o que quer que seja.
Se ele está no êxtase, ele estará no êxtase; se ele
tem necessidade de comer, ele comerá; se ele tem necessidade de gritar, ele
gritará.
Mas não é a pessoa que o manifesta e o diz. É bem além
de tudo o que você pode compreender e conhecer e apreender disso.
Como dizia Bidi, viva-o, você mesmo, e você saberá.
Como dizia Irmão K: atravesse o rio do conhecido para
ir ao desconhecido.
Nada há a dizer disso, porque cada palavra que você
poderá explicar em relação ao Absoluto nada quer dizer para aquele que está na
pessoa.
Quaisquer que sejam os discursos, qualquer que seja a
tradição de que ele é oriundo, isso tem apenas pouca importância.
Mesmo se ele tenha necessidade de vestir suas palavras
do meio no qual ele se exprime, ele não é enganado, tampouco, pelas palavras
que ele emprega.
Portanto, você não pode reconhecê-lo a partir do ponto
de vista da pessoa.
E, eu diria, mesmo, que é ainda mais difícil
reconhecê-lo a partir do ponto de vista do Si, porque o Si tem a ele, tem à
Unidade, tem à Luz Branca e deseja permanecer nessa paz suprema sem ir mais
longe.
O Liberado Vivo sabe que, mesmo a Morada de Paz
Suprema, quaisquer que sejam as vantagens, os trunfos e as manifestações, nada
mais representa para ele.
Mesmo se ele possa ser chamado pela vida a revivê-la,
a manifestá-la, isso não representa para ele, real e concretamente, qualquer
interesse.
Ele não é, no entanto, indiferente ao homem, ele não é
indiferente ao que acontece na Terra, mas esses elementos não têm qualquer
impacto sobre ele e não podem fazê-lo desviar um milímetro do que ele é.
Você não pode, portanto, ter qualquer reconhecimento
energético, você não pode ter qualquer reconhecimento do Liberado Vivo através
de conceitos, de ideias ou de pensamentos, mesmo não, eu diria, através da
percepção da energia que emana dele.
Simplesmente, por sua Presença, ele é capaz de levá-lo
não para onde ele está, porque apenas você é que pode realizá-lo, mas ele pode,
contudo, levá-lo à porta, de maneira mais direta, eu diria, sem perdê-lo nos
meandros dos conhecimentos, quaisquer que sejam, tanto desse mundo como
conhecimentos energéticos ou espirituais.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão seguinte.
Questão: várias vezes, em sonho,
eu vi minhas mãos que se tornavam ardentes e, pela palma, saía uma luz azul,
que emanava não para o exterior, mas para o interior.
Nesse sonho, bem amado, é-lhe mostrado,
explicitamente, que existe, em suas mãos, algumas virtudes.
Isso concerne, é claro, à pessoa, ligada a influências
espirituais, se você quiser nomeá-las assim, que vêm da alma ou do Espírito,
que se revelam, assim, a você.
Isso lhe dá a coloração de sua alma.
Isso lhe dá, também, o próprio sentido de uma missão
de alma nesse mundo, que é de aportar, por suas mãos, mas, também, pelo que
você é, uma noção espiritual de Espírito.
É um engajamento, também, para ver-se a si mesmo, para
ver-se na manifestação nesse mundo, para ver-se, realmente.
E, como todo sonho, eu repito, ele está aí apenas para
iluminar seu caminho como pessoa ou como alma.
Ele assinala, para você, um potencial que eu nomeei «espiritual»,
que é desenvolvido ou que há a desenvolver.
Se esse sonho reproduz-se várias vezes, isso quer
dizer que há uma iteração da alma, que se manifesta a você desse modo.
Mas lembre-se de que toda explicação que eu lhe dou
corresponde a um nível ou, mesmo, a dois níveis, e não será, jamais, a Verdade.
Por exemplo, você não pode, jamais, sonhar do Absoluto,
porque é incognoscível, mesmo em sonho.
A consciência de sonho, como havia sido explicado por
Bidi e por outros Anciões, é uma consciência específica.
O sonho pode ter mais substância, eu diria, do que a
realidade densa desse mundo e, no entanto, ele não permanece menos, ele também,
algo que passa, não é?, mesmo se ele repasse em várias reprises.
Ele atrai a atenção, ele atrai a consciência, bem além
da simples explicação, ao nível de algo que se desenrola no interior da pessoa
ou da alma, que entra, eu diria, portanto, em manifestação, em percepção, quer
seja reconhecido ou não.
Lembre-se do que eu disse: o Absoluto não tem
necessidade de sonhar com o que quer que seja.
Aliás, quando ele dorme, ele desaparece, ele nada
puxa.
Mesmo se ele seja capaz de manter-se no limiar da
Infinita Presença e puxar certo número de visões, de experiências, elas não
vêm, de modo algum, contaminar ou exaltar seu sono.
Ele permanece livre de toda informação durante seu
sono.
Ele não tem necessidade de memorizar alguma coisa que
já passou ao despertar, uma vez que o sonho, efetivamente, não existe mais, a
partir do instante em que você acorda.
Não há, portanto, que se inclinar na interpretação ou
na explicação.
Isso é válido, é claro, para o Liberado Vivo, mas não
é válido para aquele cuja alma ainda está presente e que efetuou certo número
de reversões, ou que iniciou o caminho de retorno para o Espírito e, portanto,
da dissolução da alma, na qual, efetivamente, certo número de informações pode
ser revelado.
Mas lembre-se de que o sonho, no momento em que você
se lembra desse sonho, é, já, passado, e já não existe mais.
Ele é apenas uma espécie de informação, de boia, à
qual você pode fazer jogar sua experiência psicológica, suas concepções de vida
ou, mesmo dele fazer uma abordagem simbólica.
Lembre-se de que alguns sonhos são, mesmo, proféticos
ou premonitórios.
Mas, eu repito, quando o sonho é vivido, quaisquer que
sejam os efeitos, ele desaparece.
O sonho não está, jamais, portanto, em relação com a
Eternidade porque, na Eternidade, não há sonho.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão que segue.
Questão: qual foi o
desencadeamento de nossa primeira encarnação na Terra?
Bem amado, eu não posso dar resposta comum, porque
cada caso é diferente, no que concerne à primeira encarnação.
Alguns Espíritos sacrificaram-se, eles mesmos, para
revestir um corpo de carne efêmero para acompanhar, se posso dizer, esse mundo,
durante certo tempo.
Outros foram presos pela própria matriz.
Outros vieram, voluntariamente, experimentar as
condições de confinamento e, é claro, eles permaneceram confinados.
Assim, portanto, a primeira encarnação na matriz
falsificada pode ter ocorrido há pouco tempo ou há muito tempo, nesse ciclo ou
em outros ciclos.
Eu devo dizer que, hoje, muitos Espíritos tomam uma
alma para virem a esse mundo, nesse fim de ciclo, porque eles conheceram a
Terra bem antes de seu confinamento, no momento em que ela era livre, e querem
reencontrar, hoje, em um corpo, a sensação de liberação e a realidade da
Liberação.
Há, também, é claro, consciências que nada têm a ver
com a humanidade encarnada atualmente.
Eu diria que elas nada têm de humano, mesmo se
revistam um corpo humano.
Vocês foram informados do que são nomeados os portais
orgânicos ou os sem alma.
Mas há, também, inumeráveis povos de estrelas que
evoluem ou na 3D unificada ou bem mais alto, na esfera dimensional que é a
delas,e que vem, neste período específico da Terra, para viver o que há a
viver, mesmo no confinamento.
Os desafios, é claro, não são os mesmos, e o destino,
tampouco.
Do mesmo modo que existem numerosas Moradas na Casa do
Pai, existem numerosas origens de almas e consciências presentes nessa Terra.
Bem além do que vocês nomeiam linhagens, bem além do
que vocês nomeiam sua origem estelar.
Você sabe que tudo isso foi traduzido pelo que foi
chamada «a Queda». Mas não há queda, não há falta, há, simplesmente,
experiências que foram vividas.
Para algumas, algo correu mal, devido, mesmo, às leis
de confinamento, para outras, algo correu bem, e permitiram a alguns seres
extrair-se, eles mesmos, da ilusão, bem antes do final desse ciclo.
Não veja, aí tampouco, mesmo se haja uma alma, uma
causalidade qualquer em ressonância com qualquer erro ou qualquer punição, se posso
dizer.
Existe, talvez, como você sabe, o que se nomeia de
ondas de almas, que vêm de um lugar preciso dimensional ou de um lugar preciso
ao nível dos sistemas solares, que se encarnam, aí também, em grupo, mesmo
sendo individualizadas, é claro.
São correntes, linhas que são seguidas e que permitem
a alguns povos, a algumas dimensões, a algumas origens estelares virem tomar
corpo nesse mundo e ali viver o que eles têm a viver como experiência.
Lembre-se de que a experiência desse mundo não tem
mais realidade do que os outros mundos.
Mesmo se a consciência seja livre de manifestar e
criar, ao infinito, tudo o que é possível e impossível, a regra, se quiser,
essencial, é a lei de Amor, que não pode ser expurgada de toda manifestação da
consciência.
Essa manifestação do Amor pode ser limitada, de algum
modo, restringida pelo confinamento, como nesse mundo, mas se não houvesse o
mínimo grama de Amor nesse mundo, esse mundo não poderia existir ou manifestar
o que quer que fosse, em qualquer consciência que fosse.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão seguinte.
Questão: os chacras de
enraizamento da alma e do Espírito estão dolorosos, com a sensação de que isso
atravessa as Portas, para sair nas costas, ao nível das omoplatas.
Por quê?
Essa percepção é, muito diretamente, ligada à Ascensão
em curso, que vocês vivem, há a dissolução da alma.
Lembre-se de que as Portas são os lugares de
resistência do efêmero e do Eterno nessa estrutura desse mundo, que vocês
nomeiam corpo físico.
Assim, portanto, os pesos, as dores sentidas nesse
nível e, por vezes, efetivamente, transfixiantes, atravessam o corpo de trás
para frente, o que conduz aos diferentes lugares, mas, o mais frequentemente,
ou ao nível do que vocês nomearam a Porta Ki-Ris-Ti ou ao nível das omoplatas,
faz apenas traduzir a dissolução da alma e a emergência do Espírito.
Essas dores podem, mesmo, existir, para alguns de
vocês, há mais tempo, uma vez que, a partir da Liberação da Terra e a partir do
fim do ano que vocês nomeiam 2012, isso se tornou possível, para muitos de
vocês.
Assim, portanto, sentir dores, incômodos ao nível
dessas duas Portas é o sinal indubitável de sua Ascensão, sem prejuízo de sua
Morada na experiência da consciência ou em seu desaparecimento total, mas
assinala, para esse corpo, o fim do efêmero e o fim da ilusão.
Lembre-se, simplesmente, de que pode haver dores do
lado da alma, do lado de minha Porta, se prefere, ou do outro lado, do lado de
minha irmã Gemma, ao nível das Estrelas, mas que correspondem, como você sabe,
também, às Portas.
As Portas AL e Unidade são os testemunhos e os
marcadores do reencontro do Eterno com o efêmero.
A intensidade da dor não assinala, necessariamente,
nem obrigatoriamente, a presença de resistências, mas assinala, bem mais, a
intensidade do reencontro e a intensidade da dissolução que está em curso.
Do mesmo modo que alguns de vocês perceberam dores nas
Portas Atração/Visão, em alguns momentos ou ainda hoje, fazem elas apenas
traduzir a reversão da alma.
Em contrapartida, se você percebe esses incômodos e
essas dores ao nível de AL e Unidade, isso quer dizer, simplesmente, que seu
processo, ligado ao corpo ascensional e ao Coração Ascensional, pela Lemniscata nomeada sagrada, está a
caminho, nesse momento mesmo, quaisquer que sejam as condições de seu efêmero
ao nível da idade, ao nível das dificuldades ou das facilidades.
Isso não concerne, em nada, ao que se vive nesse
mundo, mesmo se seja vivido nesse mundo.
Nós sempre dissemos que havia apenas uma porta de
saída: o coração.
Essas duas Portas estão em ligação direta com a Nova
Eucaristia ou a Nova Trindade, se prefere, que é uma estrutura intermediária
que é profundamente conectada ao Canal Mariano e à Lemniscata sagrada e à Fonte de Cristal, ou seja, ao que vocês
chamaram a Merkabah interdimensional.
Isso assinala a ignição da Liberação em vocês.
Eu repito, quaisquer que sejam as dificuldades
aparentes no efêmero, elas se apagarão sozinhas, quando do Apelo de Maria.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão seguinte.
Questão: você pode desenvolver a
frase: «Pôr o Amor à frente.»?
Bem amado, pôr o Amor à frente é desaparecer para si
mesmo e desaparecer para a pessoa.
É ver apenas o Amor, em toda circunstância, qualquer
que seja, mesmo a mais detestável.
Pôr o Amor à frente não traduz uma necessidade de
proteção do que quer que seja.
É ter a lucidez de pensar, antes de qualquer coisa, em
qualquer circunstância que seja, no Amor, que é preliminar, eu o lembro, a toda
manifestação, mesmo nesse mundo.
Pôr o Amor à frente não é um ato de vontade, mas é, simplesmente,
ter a lucidez, na consciência, dessa presença do Amor em tudo, mesmo, eu
repito, se isso não é percebido.
É, no entanto, a única evidência e a única Verdade.
Fazer isso não é destinado a proteger-se do que quer
que seja, mas, sim, tomar, como foi dito, parece-me, há alguns meses, a nova
Matriz Crística de Vida, reencontrar sua dimensão integral de Filho Ardente do
Sol, ser revestido, de algum modo, do que foi nomeado, por São João, eu creio, em
sua Bíblia, como o Corpo sem costura, o Corpo de Glória ou o Corpo imortal.
Pôr o Amor à frente é não sacrificar-se em relação à
outra pessoa, é opor-lhe e mostrar-lhe o Amor, antes de mostrar-lhe sua pessoa
e de entrar em sua história ou na história dele.
Pôr o Amor à frente é liberar-se dos apegos, quaisquer
que sejam, é desfazer o que tem necessidade de ser desfeito, sem fazê-lo, você
mesmo, mas pela Graça do Amor e pelo estado de Graça ou a Ação de Graça.
Pôr o Amor à frente é conscientizar-se do Amor,
torná-lo real na manifestação desse mundo.
Ter apenas essa palavra na boca, ter apenas essa
palavra na consciência permite, aí também, entrar, ainda mais, na humildade e
na simplicidade.
O Amor é humilde e tolerante e suave.
E, portanto, se você põe o Amor à frente, antes,
mesmo, de pronunciar uma palavra, antes, mesmo, de olhar quem quer que seja ou
de entrar em relação, em qualquer situação que seja, então, a Graça do Amor,
devido às circunstâncias da Terra, revelar-se-á naturalmente, o que lhe dá a ver,
a experimentar a realidade e a verdade do Amor, em qualquer circunstância que
seja.
Pôr o Amor à frente põe, também, fim ao sofrimento,
põe, também, fim à interrogação, tanto em si como no outro, como em qualquer
situação difícil.
Pôr o Amor à frente é iluminar você e o outro, você e
a situação na luz do Amor.
É amplificar a clareza, a precisão, é dar a
profundidade real na troca e na relação.
Poder-se-ia dizer, também, que pôr o Amor à frente é
uma ginástica intelectual ou mental, mas cujos frutos nada têm a ver com o
intelecto e o mental.
Porque ele o aproxima da Alegria, e ele o aproxima da
Evidência, e ele o aproxima de Cristo.
Cristo não nos disse em vão, e isso foi dito há pouco
tempo: «O que você faz ao menor de vocês, é a mim que você o faz».
Porque o Princípio Crístico, o que eu nomeei a Gota
branca ou o corpo átmico, o Espírito está presente em toda consciência presente
na superfície desse mundo, presente em toda situação, mesmo se o olhar da
pessoa ou o olhar social de um grupo de indivíduos não corresponda às regras
estabelecidas, se posso dizer.
Pôr o Amor à frente, enfim, permite aplainar o que
pode resistir e iluminá-lo, ao mesmo tempo.
Isso lhe demonstra, a si mesmo, mais do que ao outro,
aliás, que, antes de considerar o que quer que seja, o Amor está, sempre, à
frente, à frente de você, à frente do outro, à frente da situação.
Isso lhe permite aproximar-se do coração do coração e
prepará-lo para a instalação total do Amor nesse mundo.
A instalação total do Amor nesse mundo, é claro,
representa, para o ego, o neant, o
pior dos castigos, o fim da vida.
Ora, não é isso, é apenas a Ressurreição.
Mas muitos irmãos e irmãs na Terra não querem essa
Ressurreição.
Eles querem segurar-se à vida, segurar-se em suas
aquisições, segurar-se às suas ilusões, segurar-se no que é efêmero.
Pôr o Amor à frente é, de algum modo, prepará-lo, de
maneira ativa, se posso dizer, sem nada a fazer, no entanto, à vinda total do
Amor.
Eu não falo, aí, do Apelo de Maria ou da estase, mas
do elemento final nomeado, pelo Comandante dos Anciões, o planeta grelha, há
muito tempo, e que corresponde ao aparecimento do que foi descrito como o sexto
Sol, que nada mais tem a ver com o Sol atual, nessa dimensão,
E que nada mais tem a ver, também, com os mecanismos
de vida que valerão e prevalecerão, naquele momento, ao nível do Intraterra.
Pôr o Amor à frente, enfim, é libertar-se da
dependência ligada à pessoa, ligada às situações, é libertar-se do sofrimento,
também.
Pôr o Amor à frente, por exemplo, em uma de suas
dores, consiste em sair da ação/reação e da causalidade.
Pôr o Amor à frente, nesse caso, requer,
irresistivelmente, o Amor, qualquer que seja seu posicionamento.
Pôr o Amor à frente não é um ato intelectual nem
refletido.
Isso deve tornar-se algo de espontâneo e de natural.
O treinamento disso é muito rápido, e os frutos são
visíveis muito rapidamente, também.
Pôr o Amor à frente é, de algum modo, antecipar o
Apelo de Maria e a Liberação, se ela não lhe é adquirida.
Pôr o Amor à frente, enfim, é não mais apropriar-se do
que quer que seja.
Não mais pôr a pessoa à frente,
É apagar-se, pelo Caminho da Infância e da Humildade.
É essa fé total e absoluta da qual lhes falou Teresa.
… Silêncio…
Nós escutamos, juntos, a questão seguinte.
Questão: qual papel desempenham
os seres da natureza, no que nós vivemos, nesse momento?
A grande maioria dos seres da natureza são seres que
não pertencem à sua dimensão.
Eles se tornam visíveis para vocês – e perceptíveis –
devido, mesmo, à aproximação do efêmero e do Eterno.
O papel deles não é conversar, mesmo se eles possam
dizer-lhe coisas, é viver, aí também, a relação, porque essa relação apenas é
possível pelo Amor e para o Amor e no Amor.
Assim, portanto, qualquer que seja o modo de
percepção, de visão ou de informação que vocês retirem disso, o importante não
está aí.
Eu esclareço, contudo, que isso não é indispensável, é
claro, para todo mundo, mas é uma evolução lógica, para aqueles que ressoaram
com os Elementos, com as linhagens, com os Triângulos elementares da cabeça e
do corpo.
Tudo isso é apenas a consequência e o resultado da
revelação de suas linhagens, mas, também, dos elementos não falsificados na
superfície desse mundo, nomeados Cavaleiros do Apocalipse.
Trata-se, aí também, simplesmente, de uma revelação.
Isso não tem por objetivo satisfazer uma curiosidade,
nem mesmo viver, simplesmente, a experiência da relação, mas aporta,
verdadeiramente, eu diria, um vento de liberdade, preliminar ao Apelo de Maria.
Se isso, para você, é acessível, então, renda graças,
porque o Amor, necessariamente, está à frente, nesse caso.
Não há, ali, esforço a fazer, isso se produz ou isso
não se produz.
Aí, tampouco, você não tem, especificamente, que
procurá-lo.
Você não tem que extrair qualquer vantagem disso, ao
nível da pessoa, mas, sim, imergir nesse contato e nessa relação para, de algum
modo, fortificar o que você é, em verdade, ou deixá-lo aparecer, se, contudo,
isso não apareceu.
É claro, eu não falo de papéis dos seres da natureza,
que são específicos e, eu creio, aliás, que alguns deles comunicaram-lhes
elementos.
Eles teriam podido desenvolver bem mais amplamente,
mas isso nada aportaria a mais em relação ao relacionamento, ele mesmo e nele
mesmo.
Do mesmo modo, há alguns anos, alguns de vocês viveram
processos que haviam sido nomeados de comunhão, fusão, dissolução entre duas
consciências.
É exatamente a mesma coisa.
Mas, desta vez, não mais entre humanos, mas com seres
que nada têm a ver com a humanidade e que, no entanto, são seres de Amor, e
que, de algum modo, sacrificaram-se, eles também, depois do confinamento da
Terra.
Então, renda graças à Presença deles e renda graças à
sua Presença e, sobretudo, à sua relação.
Eu repito, é claro, informações podem ser
transmitidas, mas o objetivo não está aí.
O objetivo de viver essa experiência, se ela lhe é
proposta, ou se, em todo caso, você ali é atraído.
Mas isso não é indispensável nem obrigatório.
Isso corresponde, simplesmente, a um dos novos
potenciais que se abrem a vocês, antes, mesmo, do Apelo de Maria.
Para terminar com essa questão, eu diria que o
reencontro com os povos da natureza não é uma finalidade em si.
É, uma vez mais, uma ferramenta, um meio que lhe é
oferecido por si mesmo e pelos seres da natureza e pelas circunstâncias atuais
da Terra, para aproximá-los da última porta da Infinita Presença e do Absoluto.
Tudo o que se apresenta na superfície dessa Terra,
desde os eventos os mais felizes e os mais fantásticos, para alguns, como os
reencontros com os seres da natureza, como os elementos que lhe aparecem como
violentos, na superfície desse mundo, e que vão, por vezes, até a guerra, são
apenas a expressão da Liberação da Terra, para que cada um viva o que ele tem a
viver como pessoa, antes do Apelo de Maria e, mesmo, para alguns, após o Apelo
de Maria.
Trata-se de uma iluminação.
Trata-se de uma iluminação, por vezes, muito violenta,
é claro.
Mas não se atrase nas circunstâncias, aí tampouco, ou
a procurar uma responsabilidade qualquer, porque isso decorre, em definitivo,
apenas da ação completa dos Elementos, tanto em você como ao seu redor, no
ambiente, nos povos, nas religiões, nas sociedades.
Isso havia sido chamado, eu creio, em suas escrituras,
como nas nossas, «a guerra de todos contra todos».
Eu diria que o interesse é quase pedagógico, em certa
medida, uma vez que, quaisquer que sejam as guerras, quer sejam aquelas que se
desenrolaram no século passado, nesse século e bem antes, todas lhe mostram, de
algum modo, a vaidade da organização desse mundo e a impossibilidade de
controlar, de qualquer maneira que seja, a vida desse mundo, pela imposição
mental, pelo medo, pela guerra.
Essa é a resultante da consciência das forças
resistentes à Luz e das forças em acordo com a Luz.
Aquele que é liberado vivo não participa de qualquer
guerra e não é tributário de qualquer guerra, tanto nele como ao redor dele.
Assim, eu posso dizer, também, que seus reencontros
com os seres da natureza equilibram-no e estabilizam-no em seus constituintes
elementares, em suas linhagens, se prefere, ou nos Triângulos elementares da
cabeça, mas, também, no corpo de Existência.
Eles preparam, de algum modo, para os mais próximos de
vocês, a verdade infinita do Amor, a Ressurreição.
… Silêncio…
Bem amada, enunciado da questão seguinte, por favor.
Questão: em que o amor humano é limitante para viver o Amor
incondicional?
Bem amado, procure o Reino dos Céus, e o resto
ser-lhe-á dado em acréscimo.
O amor humano, qualquer que seja, não é um obstáculo
ao Amor incondicional, ele é, simplesmente, um elemento de disputa, de algum
modo.
O Amor é algo que nasceu livre.
O amor humano nada tem a ver, qualquer que seja, com o
Amor incondicionado.
O Amor incondicionado é incondicional, impessoal, não conhece
ninguém e não pode estar, em caso algum, em aliança com uma pessoa.
Aliás, aquele que vive o Amor incondicional, pelo
Coração Ascensional, por exemplo, ou pela Nova Eucaristia ou, ainda, pela Coroa
radiante do coração sabe, muito bem, diferenciar o amor humano e esse Amor.
Em contrapartida, quando o Amor incondicional é
vivido, então, ele vem completar, agradavelmente, desta vez, o amor entre dois
seres, qualquer que seja o tipo de relação.
Mas, se ele não é vivido antes, então, de qualquer
modo, esse amor humano será limitante.
Não pode ser de outro modo, devido, mesmo, ao
princípio de confinamento, ao próprio princípio da causalidade, através do que
é nomeado o carma.
Quando você mistura seus DNA através de um filho,
quando você entra na relação, mesmo se não tenha em vista uma descendência ou
ter filhos, você mistura, realmente, sentimentos, mesmo se eles sejam muito
puros, mesmo se eles o equilibram na vida e sejam muito gratificantes, mas eles
não lhe permitirão, jamais, viver o Amor incondicional.
Vivam, primeiro, o Amor incondicional, qualquer que
seja o tipo de relação perfeita que você tenha com quem quer que seja, e essa
relação pessoal tornar-se-á iluminada pelo Amor.
O amor humano, limitado em sua manifestação, não pode,
se posso dizer, rivalizar, de maneira alguma, com o Amor incondicional.
O amor humano dependerá, sempre, de uma circunstância
do amor que você tenha portado a uma pessoa, do amor que você dá a um filho, a
um pai, a um parente.
Mas esse amor, quer você queira ou não, é, sempre,
condicionado, e será, sempre, condicionado e, como tal é, efetivamente, um
limite, que frustra, de algum modo, a revelação do Amor incondicionado.
Assim, portanto, não é, verdadeiramente, um
antagonismo nem uma antinomia, mas é, simplesmente, uma questão de identificação.
Você pode amar Cristo ao infinito, como o mostraram
algumas de minhas irmãs Estrelas ocidentais, e esse Amor tomou todo o lugar.
Não havia outro lugar para o amor condicionado,
qualquer que fosse.
Então, coloque-se a boa questão.
O que é afirmado aí prova, justamente, que o Amor
incondicionado não é vivido, tal como isso é formulado.
Enquanto o amor encontra sua fonte nesse mundo, ele
mantém a pessoa na ilusão, mesmo o amor o mais puro.
Você crê, sinceramente, que uma alma, como Gemma
Galgani, um Espírito tão iluminado como Teresa, se Cristo estivesse vivo na
Terra, elas teriam podido manifestar seu Amor desse modo?
Absolutamente não.
Ele teria sido condicionado pela presença de uma
pessoa na Terra, mesmo Cristo.
Mesmo a esposa de Cristo – porque Cristo foi casado, é
claro – mesmo seu alto grau iniciático, pode-se dizer, era, necessariamente,
condicionado porque, assim que há carne, assim que há o laço de sangue, há
condição.
Isso não quer dizer, é claro, que seja preciso renegar
os laços de sangue, mas é preciso vê-los pelo que eles são: um condicionamento
a mais, uma responsabilidade a mais.
Agora, bem amado, através dessa questão, se sua
escolha é a de prosseguir o caminho da encarnação, o caminho da experiência
humana em Mundos Livres, isso não coloca problema algum, não há qualquer
julgamento de valor através disso.
O Amor incondicionado não pode, em caso algum, ser
tributário de um amor condicionado e condicional que, de qualquer modo, apagar-se-á
no fim do efêmero, ou seja, no fim dessa vida, na morte dos pais, na morte dos
filhos, eventualmente.
Restará apenas a lembrança passada do amor, e isso
nada tem a ver com o Amor incondicional.
Existem muito poucos casos, se tomamos o exemplo de um
casal, nos quais o Amor incondicionado pode exprimir-se e manifestar-se.
Esse é o caso, por exemplo, para as Chamas gêmeas, as
mônadas.
Mas, em caso algum, em uma relação humana, mesmo a
mais harmoniosa.
O fato de levar a efeito uma relação social, afetiva,
familiar é, certamente, enriquecedor e, certamente, muito estimulante, mas nada
tem a ver com o Amor incondicionado.
E, eu repito, eles não são a antítese ou antinômicos
um do outro, mas é, simplesmente, se posso exprimir-me assim, um que se
inscreve em um quadro de referência limitado pelo nascimento e a morte, o outro
se inscreve na Eternidade e nada tem a ver com a pessoa.
Se eu quiser tomar um exemplo próximo de vocês, aquele
que se nomeia, hoje, Bidi, entre vocês, que eu conheci, é claro, perdeu sua
mulher.
Você acredita que ele ficou triste?
Não.
Ele cantou e dançou, porque sua mulher estava morta.
Você acredita que ele a amava?
É claro que ele a amava, mas de maneira
incondicionada.
E o que de mais agradável, para o Liberado Vivo, do
que ver sua companheira liberada, ela também, mesmo passando pela morte?
Isso, o amor condicionado não poderá, jamais,
compreender, porque ele é afetado pela perda e pelo desaparecimento.
O que não é o caso para aquele que é liberado vivo.
Quer você aceite ou não, quer você compreenda ou não,
isso nada muda na realidade do que eu acabo de enunciar.
Mas, se você não o vive, é claro, então, você não pode
nem compreendê-lo nem aceitá-lo.
É preciso vivê-lo para, enfim, aceitá-lo e
compreendê-lo.
E isso não contradiz, é claro, depois, viver uma
relação normal de casal ou de pai e filho.
Mas essa relação, mesmo para aquele que vive o Amor
incondicionado e que é liberado vivo, não terá, jamais, a mesma intensidade e a
mesma qualidade que o Amor incondicionado.
Porque há os limites da carne, porque há os limites do
nascimento e da morte, porque os laços da carne e os laços do sangue nada têm a
ver com a liberdade espiritual, bem ao contrário.
Agora, não creia encontrar o Amor incondicionado
deixando mulher, filhos, cônjuge; isso seria um erro.
Mas, simplesmente, remeta cada coisa ao seu exato
lugar.
O que representa o mais belo amor romântico e o mais equilibrante
entre duas pessoas, em relação à Eternidade?
Coloque-se essa questão.
E lembre-se de que, mesmo nessa relação de amor ligado
pela carne ou pela afeição, há barreira dos corpos, mesmo se haja fusão dos corpos.
Há atração, há visão, mas não há liberdade.
Você permanece, naquele momento, ao nível do eixo
Atração/Visão.
Isso é inscrito, é claro, no DNA, na carne e no
próprio princípio da falsificação.
… Silêncio…
Escutemos a questão seguinte.
Questão: você disse: «para o
coração, você nada pode controlar, você o é ou você não o é».
No entanto, os diversos
intervenientes sempre disseram que só nós, sozinhos, podíamos dar o último
passo.
Você pode desenvolver sobre essa
contradição?
A contradição é aparente apenas para a pessoa, bem
amado.
Quando nós nos dirigimos a vocês, dizendo que apenas
você é que pode dar o passo, será que nós nos dirigimos à sua pessoa?
Absolutamente não.
Se é a pessoa que ouve, ela não compreendeu.
Há contradição apenas para a pessoa que se segura à
sua pessoa e que, ao mesmo tempo, quereria, sim, soltar, mas que não solta.
Quando nós dizemos que apenas você é que pode dar o
primeiro passo, é a verdade, o último passo é a estrita verdade.
Mas não é a pessoa que deve dar o último passo.
Ela pode dar o primeiro, ela pode dar os seguintes,
mas, em caso algum, a pessoa pode dar o último passo, uma vez que, justamente,
esse último passo realiza-se quando não há mais pessoa, quando a pessoa
compreendeu que nada há a soltar, quando a pessoa compreendeu que ela não
existe em sua história, mesmo no Si.
Não há, portanto, mais qualquer apego que permaneça.
Naquele momento, você é liberado da pessoa, não é a
pessoa que é liberada.
Há uma inversão de compreensão, típica, eu diria,
daquele que permanece preso à sua própria pessoa, por qualquer razão que seja.
Isso não é um julgamento, mas, sim, um déficit de compreensão,
que supera, amplamente, o âmbito da pessoa.
Você pode, contudo, reler a questão, por favor?
Questão: você disse: «para o
coração, você nada pode controlar, você o é ou você não o é».
No entanto, os diversos
intervenientes sempre disseram que só nós, sozinhos, podíamos dar o último
passo.
Você pode desenvolver sobre essa
contradição?
Não há aparente contradição, se não é para a pessoa,
porque o ponto de vista, nesse caso, através do que é expresso, mostra que ela
não se moveu um milímetro.
É muito fácil falar de Amor, é diferentemente mais
árduo vivê-lo, permanecendo uma pessoa.
Enquanto você não tenha aquiescido a isso,
efetivamente, você não se moverá um milímetro.
Qualquer que seja sua vontade, qualquer que seja seu
controle e quaisquer que sejam seus exercícios.
É apenas no Abandono total e irrevogável à Luz, de si
mesmo como pessoa, na crença de ser uma pessoa, que realiza uma história na
superfície desse mundo.
É isso o último passo.
Mas não é a pessoa que dá esse último passo.
Ele se dá, justamente, quando a pessoa desaparece.
Se a pessoa não desaparece, não pode ali haver
desaparecimento da pessoa.
Não é a pessoa que decide desaparecer.
Como você quer que uma pessoa, inscrita em uma
história, inscrita em um início e um fim, possa aceitar desaparecer, já que,
mesmo no momento da morte, devido, mesmo, às circunstâncias do confinamento,
quantos de nós conseguiram extrair-se da matriz, inteiramente?
Ou seja, transpor as portas do astral, as portas do
causal, ir ao outro lado do Sol e dar-se conta da inépcia desse mundo.
Eles são muito pouco numerosos, ainda hoje.
Mas vocês não estão, todos, na rota para isso.
Isso corresponde, muito precisamente, não ao Apelo de
Maria, mas à estase.
A aparente contradição é ligada apenas ao
posicionamento na pessoa.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão seguinte.
Questão: só o retorno ao Absoluto,
à a-consciência torna livre e é nossa última Morada, uma vez que é o que nós
somos.
Então, por que tantas Moradas na
Casa do Pai?
Mas será que o Absoluto contradiz qualquer experiência
que seja, em qualquer dimensão que seja?
Por que você quer separar, bem amado, o Absoluto de
todas as manifestações de consciência?
O Absoluto compreende, é claro, todas as manifestações
de consciência.
O Absoluto está presente em cada consciência;
simplesmente, devido ao confinamento nesse mundo, você se esqueceu.
Mas o Absoluto não pode, em caso algum, ser uma busca.
A partir do instante – e isso havia sido declarado com
força, por Bidi – a partir do instante em que você considera que há uma busca
ou uma procura do Absoluto, ele escapará de você, indefinidamente, em todo
caso, nesse mundo.
Nós sempre dissemos, também, que o conjunto da
humanidade seria liberado, Ascensão ou não Ascensão.
Você vê o contrassenso que se desenrola em sua
consciência limitada?
Você faz do Absoluto uma busca, você faz do Absoluto
uma procura, você opõe o Absoluto com a consciência livre.
Quem pôde dizer-lhe isso?
Como você pôde compreender isso?
Aí, trata-se, realmente, de um contrassenso formal.
O Absoluto reconhece-se em toda fonte, em toda
consciência, em toda dimensão, em toda esfera planetária e em todo Sol.
O Parabrahman,
Absoluto, Último, não é a última busca, é a totalidade do Criado e do Incriado.
É o que nós somos, todos, quer você o perceba ou não,
estando na carne.
Qual é o elemento, em você, que lhe permitiu fazer do
Absoluto o que ele não é?
Em que isso se traduz e o que isso significa?
Isso significa que você continua a buscar e a procurar
o que não pode ser buscado nem, mesmo, conhecido no conhecido.
Eu repito, não é a pessoa que é liberada, mas é você
que é liberado da pessoa.
O Absoluto não o impede de recuperar sua origem
estelar, uma vez que o Absoluto não está localizado em lugar algum.
Nem em uma consciência, ainda menos em uma dimensão,
ainda menos em uma forma e ainda menos no que quer que seja.
Quando Bidi declara para esquecer-se de si mesmo, isso
não quer dizer que seja preciso procurar o que quer que seja.
É preciso, justamente, posicionar-se fora de toda
busca e de toda procura.
Os aspectos da consciência, através da
supraconsciência, o supramental e as vibrações eram destinados a levá-los a
esse limiar.
E a fazer um trabalho coletivo ao nível da Terra, que
foi consumado e que se traduziu pela Liberação da Terra, mas, também, por sua
Liberação final, total, da ilusão desse mundo.
E vocês passam, todos, naquele momento, eu os lembro,
durante a estase, pelo Absoluto.
Sem o querer, sem desejá-lo, sem procurá-lo, quer você
o aceite ou não.
Em que o fato de ser Absoluto, liberado, além disso,
da forma nesse mundo, priva-os de qualquer experiência de consciência, uma vez
que vocês são a soma de todas as experiências de consciência, não em sua pessoa
limitada, mas no que vocês são, realmente?
Aquele que se nomeia Bidi, em sua vida, efetivamente
disse que suas palavras não ecoariam, jamais, porque ele exprimia a única
Verdade absoluta, o que vocês são e o que nós somos, todos, individual e
coletivamente, tanto aqui como por toda parte alhures, em qualquer experiência
de consciência e qualquer experiência dimensional que seja.
O Absoluto nada tem a ver com esse mundo, mas, em
momento algum, ele o recusa.
Ele deixa a Vida fluir, livremente.
… Silêncio…
Além de toda palavra, além de toda explicação, de todo
raciocínio, eu lhes proponho, agora, repousar-nos, cada um, no coração,
esquecendo-se de todas as palavras, as respostas como as questões, para que
permaneça, efetivamente, apenas o Amor.
… Silêncio…
Irmãs e irmãos na carne, vamos, se quiserem,
prosseguir e terminar nossas entrevistas no coração do Amor.
Mas, primeiro, façamos, juntos, o silêncio e acolhamos
o Espírito do Sol, no Fogo do Amor.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão.
Questão: eu tive cinco crises de
cólica biliar, das quais duas muito próximas; a última foi muito dolorosa.
Minha vesícula biliar está
repleta de cálculos, eu penso fazê-los retirar.
A crise fez-me ver onde eu estava
em relação ao desapego, e eu estava consciente de que isso devia ser
atravessado.
Eu desejava apenas uma coisa: a
paz, desaparecer, mas a dor era demasiado forte e eu tive muita dificuldade
para portar minha atenção alhures.
Teresa fez-me sentir a qual ponto
eu era pequeno e estava na matéria e quanto ela é grande por seu Amor.
Todos os pontos das Estrelas e as
Portas estão sobre o meridiano da vesícula biliar.
Você poderia iluminar-me sobre
essa vivência?
Há consequências, ao retirar a
vesícula biliar?
Qual sentido dar a tudo isso?
Bem amado, assim como você o estipula, a vesícula
biliar, assim como seu meridiano estão, diretamente, em ressonância com,
sobretudo, o que é nomeada, nesse nível, a Porta Visão.
Assim, portanto, e como cada um na superfície desse
mundo na carne, você atravessa, com mais ou menos facilidade, essas passagens
do efêmero ao Eterno.
Eu o lembro de que o pouso e a ancoragem do corpo de
Existência fazem-se, antes de tudo, pelas Portas e as Estrelas.
Assim, portanto, ter uma Porta tocada, se posso dizer,
desse modo, ao nível físico, não significa nem algo de bom nem algo de mau, e
não têm, além disso, qualquer influência, é claro, na Luz e na Existência.
Em contrapartida, e assim como você o diz, isso lhe
permitiu ver, por si mesmo, as zonas de resistência.
Então, uma vez que você pede uma explicação, além das
Portas, Estrelas, e do reencontro entre o Eterno e o efêmero, basta apreender
que a vesícula biliar intervém, é claro, em funções que são conhecidas de longa
data, ao nível da digestão.
Mas, em um plano mais invisível, eu diria, a vesícula
biliar é nomeada «as entranhas da intuição mediana».
Ela é, certamente, aquela que permite a escolha.
Ora, quando a alma está revertida, quando a alma está
em vias de dissolução no Espírito, não há mais possibilidade de marcha-ré ou de
retorno.
O pouso do corpo de Existência ao nível dessa Porta
vem, muito naturalmente, independentemente de suas resistências conscientes e
de suas observações quanto ao seu posicionamento na Eternidade, vem pôr fim, de
modo, certamente, brutal, à noção de escolha, à indecisão.
A vesícula biliar é, também, ligada ao que é nomeado o
fogo vital.
Assim, portanto, isso traduz, para você, a dissolução
do fogo vital no Fogo vibral.
Essa alquimia traduz-se, para você, pela precipitação
das energias materiais da vesícula biliar no interior dela.
Cabe a você, portanto, escolher a solução a mais
radical e a mais eficaz para você, concernente ao que foi, real e efetivamente,
atravessado nessa ocasião, o que lhe dá a ver, assim como você mesmo diz, o que
resistia na alma, no entanto, voltada para sua própria autodissolução.
Assim, portanto, o órgão, em si mesmo, qualquer que
seja o estado dele e, mesmo, quando há ausência dele, é óbvio que isso não
atua, de modo algum, nas funções vitais e vibrais desse órgão, assim como dessa
Porta.
É, portanto, a você que cabe decidir o que convém
fazer para eliminar, eu diria, esse resíduo ligado ao seu próprio fogo vital
que, nesses tempos, teve que resistir, qualquer que seja a razão, ao Fogo
vibral.
Nada mais há a compreender, se não é fazer
desaparecer, efetivamente, essas dores ou essas patologias, qualquer que seja a
técnica empregada, uma vez que, em especial no fenômeno de cálculos ou de
concreções, é a ilustração, no plano físico, da cristalização, não no sentido
de um bloqueio, mas, bem mais, de uma precipitação, na matéria, do que se
evacua.
Há, portanto, que agir do modo que você o deseja, no
que é, agora, passado e superado.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão que segue.
Questão: foi-me dado a ver que eu
seria transportado a um Círculo de Fogo em embarcação Vegaliana, com meu corpo
de carne.
Você poderia lembrar por que
alguns conservarão o corpo de carne nesses Círculos, exceto o fato que os
Arcturianos recuperam as memórias?
É esse o sinal de uma passagem na
3D unificada ou poder-se-á liberar desse corpo no final dos cento e trinta e
dois dias?
Bem amado, quer haja o corpo físico ou quer não haja o
corpo físico no Círculo de Fogo, isso não significa, de modo algum, e de
maneira alguma que há acesso a uma 3D unificada, mas, bem mais, a uma liberação
total e incondicional de sua consciência que se coloca, portanto, segundo o que
ela é, mas, em caso algum, a terceira dimensão unificada.
Quanto ao que concerne ao que você nomeia memórias
nesse mundo, úteis nos mundos unificados, em caso algum esses seres permanecerão
nos Círculos de Fogo.
Eles serão transportados, se posso dizer, com o corpo,
para recuperar essas memórias não, unicamente junto àqueles que vocês nomeiam
os Arcturianos, mas em muitas outras civilizações de terceira dimensão
unificada, vivendo, então, tranquilamente, sua vida, até a extinção daquela e
reencontrando, então, eles também, a Liberdade incondicional da consciência.
Não existe qualquer diferença, após o Apelo de Maria,
entre aqueles de vocês que possuirão um corpo de carne e aqueles que não o
possuirão mais.
A presença de sua consciência nos Círculos de Fogo é
apenas, eu diria, um refinamento de suas possibilidades multidimensionais que
permitem, também, com a ajuda dos Anciões, dos Arcanjos e das Estrelas,
permitir a finalização da Ascensão da Terra por seu posicionamento na
consciência nesses Círculos de Fogo.
Isso nada tem a ver, quer seja Círculo de Fogo ou não,
com a evolução de sua consciência.
Alguns de vocês estarão aptos, espontaneamente, a
partir do Apelo de Maria, para reencontrar a Liberdade, e não terão utilidade,
tanto nos Círculos de Fogo como fora dos Círculos de Fogo.
Eles nada mais terão, portanto, a fazer nesse Sistema
Solar, qualquer que seja sua Morada então.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão seguinte.
Questão: para os seres que ainda
não ouviram o Apelo de Maria e que percebem as Portas, as Coroas, as vibrações,
será uma escolha da alma ou do Espírito ouvir o Apelo de Maria, no momento
coletivo e não antes?
Bem amado, o fato de ter ouvido o Apelo de Maria, de
maneira individual, já há alguns anos ou mais recentemente, ou esperar o
momento coletivo, estritamente, não faz qualquer diferença.
Alguns de vocês, devido às suas estruturas vibrais e,
sobretudo, devido ao agenciamento de suas linhagens e origem estelar, têm sido
mais aptos a captar esse Apelo, eu diria, de maneira antecipada.
Isso em nada traduz uma atribuição vibral, em nada
traduz sua Morada de Eternidade.
Era apenas uma questão de afinidade, em ressonância
com a permeabilidade de seu Canal Mariano, durante esses anos passados, ela
mesma ligada às suas linhagens e à sua origem.
Isso em nada prejudica o que quer que seja mais do que
isso.
Há outros elementos nessa questão?
… Silêncio…
Eu o lembro de que o Apelo de Maria, além de ser
concomitante ao processo nomeado estase ou Mahasamadhi,
estritamente, nada tem a ver com os elementos que se desenrolam em seguida.
Eles são justapostos, se posso dizer, de modo a que a
filiação de Sírius, mesmo se você não tenha linhagem, o que é raro, mesmo se
você não tenha origem, simplesmente, porque o corpo dessa Terra na qual você
está é, de qualquer modo, religado a Sírius, mesmo se você não porte uma
linhagem.
… Silêncio…
Escutemos a questão que segue.
Questão: você pode desenvolver
sobre as Amasutum, virgens negras?
Bem amada, estabelecer uma equivalência no que são
nomeadas as Amasutum e as virgens
negras é uma projeção, mesmo se existam ressonâncias comuns.
Uma e a outra, estritamente, nada têm a ver.
As Amasutum foram
designadas assim na linguagem Suméria original, como as Mães criadoras como
Mães geneticistas desse mundo.
As virgens negras são, portanto, apenas uma antiga
ressonância, afetada pelo tempo, do que foram as Amasutum.
Não há, portanto, relação possível outra que não
aquela que consiste em nomear uma consciência «Mãe», que porta, com isso, a
vibração essencial do Feminino Sagrado.
Nada mais há ao nível histórico.
As Amasutum intervieram
em diferentes momentos da história da humanidade, quer seja há milhões de anos
ou mais recentemente, quando de conflitos do final de cada ciclo de
confinamento.
«As virgens negras» é uma denominação que sobreveio
bem mais tarde, que remete, efetivamente, por sua cor negra, ao que se
desenrolava, bem depois da presença das Amasutum,
com o povo africano.
Há, obviamente, e vocês entenderam, uma relação entre
as Estrelas, mesmo se elas não venham de Sírius, as virgens negras, as Amasutum, uma «Mãe», no sentido o mais
amplo.
A característica de uma Mãe é a de poder acolher, em
seu seio, a Vida, permitir-lhe levar ao seu termo, tanto em sua gestação como
em seu parto.
E, diretamente, ligado ao que eu nomeei o Feminino
Sagrado, ativo e presente em todas as Estrelas ou em toda consciência
atualmente, na superfície dessa Terra, que realizou a Androginia Primordial, ou
seja, que fundiu suas próprias duas polaridades interiores nomeadas de
masculino e feminino.
Há, portanto, uma ressonância comum entre aquela que
aparece na história do Egito, nomeada Isis, Maria, e muitos outros exemplos
não, unicamente, nesses tempos passados e históricos, mas ainda que apenas para
as Estrelas, de uma maneira geral.
Hildegarde de Bingen, que foi superior em uma ordem
monástica, era, também, uma Mãe.
Teresa, apesar de sua jovem idade, era, também, uma
Mãe.
Não é por isso, mesmo tendo essa afinidade vibratória,
que você pode sobrepor as Amasutum e
Isis, as Amasutum e minha Presença.
Mesmo se haja características comuns, não é, em caso
algum, uma filiação direta, mas, sim, o princípio do Feminino Sagrado
encarnado, na totalidade.
… Silêncio…
Escutemos a questão seguinte.
Questão: eu sonho com um bebê.
Uma vespa entra na narina
esquerda e põe ovos.
Quando as larvas eclodem, elas
comem o cérebro do bebê.
Eu me interrogo sobre o
significado desse sonho.
Bem amada, como todo sonho, eu posso apenas orientá-la,
porque a explicação concerne à pessoa, mesmo se eu a dê a você e, em caso
algum, o que você é, em verdade, para além do jogo desse mundo.
O bebê pode representar a criança interior.
Ela é parasitada.
Uma vespa, que é, ela também, um predador, põe ovos
que vêm comer o cérebro da criança.
Assim, portanto, isso traduz que você encontrou sua
criança interior, mas que ela é, ainda, parasitada por certo número de
pensamentos recorrentes, ligados à sua história pessoal.
Há, portanto, através desse sonho, para a pessoa, a
necessidade de deixar trabalhar, para além de todo parasitismo de si mesma, sua
criança interior.
… Silêncio…
Nós poderíamos, é claro, ir mais longe na interpretação
– para a pessoa – desse sonho.
Eu a engajo, simplesmente, a refletir sobre o que é o
nariz e, em especial, as narinas.
Aí, onde passa o ar e, aí também, onde se produz o
testemunho da ativação da Coroa radiante da cabeça, através da respiração craniana
que passa pelo nariz.
Há, é claro, outros elementos no simbolismo da vespa,
mas eu a aconselho, de qualquer forma, a permanecer, simplesmente, no
significado geral que eu lhe dei.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão que segue.
Questão: durante suas
intervenções, a Onda de Vida manifestou-se no chacra raiz, em seguida,
desapareceu, e um ponto ativou-se sob cada uma das axilas.
O que é isso?
O que é isso de quê?
Questão: qual é a relação entre o
chacra raiz e a ativação sob as axilas?
A zona das axilas corresponde ao que é nomeado...
E, tal como você vê, há o tronco e há os membros.
Os membros são a periferia, o tronco é, ele também,
já, um centro, na sua totalidade.
As funções dos membros e as funções do tronco nada têm
a ver.
A junção entre os membros e o tronco, quer seja na
parte inferior ou na parte superior, corresponde às Portas.
Aquelas que estão situadas na parte inferior são
aquelas que estão nas pregas da virilha e atrás, ao nível do sacrum e ao redor do sacrum, e correspondem, efetivamente, a
uma ressonância com o primeiro chacra.
A Onda de Vida sobe e libera, como lhes foi explicado
longamente, o que vocês nomeiam as linhas de predação, e vem fundir-se com o
coração.
Quando o coração fundiu-se com a Onda de Vida, há ressonância
ao nível das Portas AL e Unidade, que visa a dissolução da alma e a
redescoberta, se posso dizer, do Espírito.
O que acontece sob as axilas é, simplesmente, o
testemunho, para essa pessoa, da aplicação desse mecanismo.
É a passagem do estágio, ao nível do tronco,
subdiafragmático, ao estágio supradiafragmático.
Você pode, também, chamar de passagem da Porta
Estreita, do ego ao coração.
… Silêncio…
Permita-me completar minha resposta pelos elementos
que me foram comunicados por uma das Estrelas que conhece bem a energética,
como vocês a nomeiam, do corpo.
Os pontos sob as axilas, como eu disse, são ligados às
portas superiores AL, Unidade e KI-RIS-TI, e, também, o nono corpo.
Há, aliás, sob as axilas, uma função energética
importante, que é a de mobilizar o sangue e de fazer circular o sangue.
O sangue é o que veicula a alma.
Quando a alma circula em territórios desconhecidos,
situados ao nível do peito e não mais, unicamente, no estágio subdiafragmático,
há desaparecimento da atração da alma para a matéria, o que se traduz por uma
circulação do sangue e da energia profundamente diferente ao nível do estágio
aéreo supradiafragmático.
Aí está o que me foi pedido acrescentar.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão seguinte.
Questão: em minha sala, eu vi uma
chama branca de um metro de altura, aproximadamente.
Depois, ela desapareceu, e um
fino tubo de Luz violeta apareceu.
A que isso corresponde?
Bem amado, isso corresponde, unicamente, ao
desvendamento dos mundos unitários, mesmo em seu mundo.
É-me impossível, é claro, dizer-lhe qual presença ou
qual consciência manifestou-se a você por esse mecanismo visual, quer seja a
chama, quer seja o tubo de cor violeta.
Mas eles traduzem, tanto um como o outro, seguramente,
a irrupção da multidimensionalidade, mesmo em seu confinamento residual, o que
lhe dá a ver e propicia a você, cada vez mais mecanismos nomeados de relação e
ressonância, quer seja em sua casa, na natureza, em seus sonhos ou em suas
viagens.
Tudo isso participa do mesmo processo ligado e já
vivido há vários meses, para alguns de vocês, ligado aos processos nomeados
Ascensão e Liberação.
A irrupção do que lhe era invisível, quer seja através
de manifestações tais como você descreve ou de Presenças mais organizadas,
segundo formas, como os seres da natureza, apenas refere-se, simplesmente, à
sua Liberação em curso.
Não procure explicações no mental para poder
categorizar e seriar e classificar isso em sua cabeça.
Isso, estritamente, para nada serve, e afasta-o, a
cada vez, do que há a viver naquele momento.
É o mental que lhe pedirá, sempre, uma compreensão,
enquanto nós sempre dissemos, umas e as outras e, também, os Anciões e os
Arcanjos, que o importante era viver o que se apresentava e não compreendê-lo
no sentido do mental, para classificá-lo, de algum modo.
É a própria experiência que é o testemunho de sua
Ascensão e não a explicação.
… Silêncio…
Escutemos, juntos, a questão seguinte.
Questão: quais são as qualidades
ou especificidades dos seres de Altair?
Quer seja uma origem estelar ou uma linhagem estelar,
a ressonância inscrita aqui, na alma, na consciência e no Espírito, e no corpo,
traduz-se por potenciais.
Esses potenciais, em uma definição muito ampla, são a
capacidade de uma visão expandida, bem além da simples compreensão, o que eu
poderia nomear uma visão panorâmica concernente, tanto ao que se desenrola na
tela da consciência pessoal, como nesse mundo, como no que poderíamos nomear os
mundos espirituais.
Há, portanto, uma capacidade manifestada e expressa,
por vezes, em todos os planos que eu nomeei ou, em alguns casos, unicamente, em
alguns planos espirituais, no plano da inteligência, no plano das emoções ou
qualquer outra função ligada ao corpo, à alma ou ao espírito, que se traduz por
uma capacidade de síntese e uma capacidade de transcendência, uma capacidade,
também, para elevar-se, ou seja, não fugir, mas escapar dos condicionamentos
ligados às emoções, às histórias e aos laços existentes nessa encarnação, quer
sejam familiares, quer sejam com suas próprias emoções ou quer sejam com seu
próprio mental.
A visão panorâmica e a capacidade para ver, aliás, é a
característica daqueles que têm uma linhagem ou uma origem em ressonância com
Altair.
Há, também, uma capacidade para federar, para reunir e
para unir, ligada, diretamente, a essa ressonância cósmica nomeada Altair.
… Silêncio…
Escutemos a questão que segue.
Questão: foi dito que tudo o que
passava no exterior de nós passava no interior.
Você poderia iluminar-nos sobre
as colunas de Luz e as dolinas (buracos, sinkholes) que se sente no interior?
Bem amado, toda proporção guardada, as dolinas
representam apenas as portas de acesso da Luz vibral ao núcleo cristalino da
Terra, não mais, unicamente, ao nível dos Círculos de Fogo, mas, diretamente,
através do que lhes aparece como buracos, mais ou menos perfeitamente
constituídos, que permitem à Luz nutrir, sempre mais, o núcleo cristalino da
Terra.
Como você sabe, há uma origem comum ao núcleo
cristalino da Terra em relação com Sírius.
A tripla irradiação que veio a partir das Núpcias
Celestes permitiu, progressivamente, por sua ação, também, conjunta, liberar
esse núcleo cristalino da Terra, o que restabeleceu, de algum modo, uma conexão
com Sírius e que restabelece, agora, uma atratividade da Terra por essas
irradiações de Luz vistas em diferentes lugares da Terra, que permitem guiar,
de algum modo, a Ascensão da Terra, mas, também, do conjunto desse Sistema
Solar, porque os mesmos mecanismos produzem-se na superfície do Sol – vocês
nomeiam a isso de buracos coronais – mas, também, em todos os planetas desse
Sistema Solar, o que prepara a mudança dimensional do Sistema Solar que está em
curso.
O que se produz em você, uma vez que o mundo está em
você, vê-se – na tela da consciência – no que nós nomeamos e que vocês nomeiam
o exterior, mostra-lhe, com isso, que, em definitivo, não há nem interior nem
exterior, porque há sobreposição de dois pontos de vista: aquele que é limitado
e apegado à pessoa e ao corpo de Existência, e aquele que é universal.
Se eu tomo outro exemplo, talvez, mais próximo dos
escritos proféticos antigos, é dito que, no fim do Kali Yuga –, mas, também, observado, de modo diferente, no
Apocalipse de São João – que, no fim dos tempos, mil demônios rugirão na superfície
da Terra.
É claro, trata-se, igualmente, de forças infernais e
inconscientes liberadas pela reconexão a Sírius e sua atração por Sírius, da
Terra, mas, também, em vocês, o que lhes dá a ver o que pode restar de residual
em seus apegos, quaisquer que sejam, nomeados, aí também, de demônios
interiores.
Os demônios interiores não são, simplesmente, o que
vocês poderiam nomear de Asuras ou de
entidades negativas, ou de diabos, mas são, antes de tudo, tudo o que faz
sombra em vocês.
É, exatamente, a mesma coisa, quer vocês a vivam no
interior ou no exterior.
São apenas reajustes finais da Luz em vocês e da
consciência que vocês são.
Estritamente, não há qualquer diferença entre o que se
desenrola na superfície desse mundo e na superfície de seu corpo.
Sendo constituído da Terra nesse corpo, é normal que
esse corpo viva, exatamente, a mesma coisa que o que se desenrola na Terra.
Outro exemplo: o despertar, nomeado do Kundalini, a descida do Espírito Santo,
a eclosão do Fogo do Amor traduz-se, é claro, ao nível do manto terrestre, pelo
despertar dos vulcões.
E tudo pode ser sobreponível desse modo, sem qualquer
exceção.
Não se esqueça de que o Comandante, de modo, talvez,
humorístico, disse-lhes, em numerosas reprises, durante este ano, que aquele
que disse, ali era ele, também.
O que vocês veem na tela de sua consciência, quer seja
através de um ressentimento, uma alegria, um amor amado ou um amor detestado é,
exatamente, a mesma coisa no exterior, nesse mundo, como em sua intimidade.
O que é visto no exterior será visto, se ainda não foi
visto, no interior.
… Silêncio…
Nós escutamos a seguinte.
Questão: eu me senti leão,
depois, golfinho.
Fala-se de linhagens estelares, a
que isso corresponde?
Bem amada, bem antes do desvendamento, em vocês, ou de
modo intelectual, do que são nomeadas as linhagens, vocês têm, certamente,
todos, sonho com animais, vocês têm, todos, afinidades com alguns animais e
nenhuma com outros.
Aí também, há ressonância com o que é nomeada
linhagem.
As linhagens são as partes Elementares que os
constituem na alma, mas, também, nessa matéria.
Assim, portanto, sonhar com alguns animais está em
ressonância direta com as linhagens.
O que vocês nomeiam, nessa Terra – como havia sido
explicitado há muito tempo – animais, é apenas uma paródia do que são os povos
ditos extraterrestres, que não estão sob a forma humana, ao nível do rosto, mas
que têm, realmente, a forma de animais, tais como eles estão presentes – ao
nível do rosto – na superfície desse mundo.
Assim, portanto, quer seja em sonho, quer seja por
afinidade, quer seja por atração com alguns animais, quer seja pela revelação
vibral, é exatamente o mesmo processo que lhe dá a ver sua constituição
Elementar.
Eu não voltarei ao que foi tão explicitado sobre as
linhagens, porque, aí também, isso nos levaria demasiado longe, mas a quase
totalidade do que devia ser dito disso já foi dito e escrito.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão seguinte.
Questão: na presença de quatro
povos da natureza, foi-me dito que a chama do Espírito Santo estava, agora,
ancorada em minha fronte, que eu me tornava uma coluna de Luz e que cada pessoa
que se aproximasse com Amor via sua vida transformada pela Graça do Amor, a nova
tri-Unidade.
Você pode iluminar-me?
Bem amada, o que você mesma disse, através dessa
questão, e o que você vive e viverá, é suficientemente claro.
Qual iluminação mais ou qual confirmação mais é
necessária?
Porque o que você descreve é o que você viveu.
Em que você tem necessidade de uma informação, outra
que não aquela que lhe foi dada?
Qual é a hesitação ou a necessidade de ser
tranquilizada, que emerge através dessa questão?
Isso é válido e isso foi explicado para inúmeros de
vocês.
A partir do instante em que as Coroas radiantes são
ativadas, a partir do instante em que a Merkabah
interdimensional foi posta em ação e no serviço, cada um de vocês desempenha,
real e concretamente, esse papel e essa função, que não é uma função futura,
mas que é uma das engrenagens do mecanismo de Liberação coletiva.
O que você quer mais, através dessa questão?
E eu a convido a olhar em si.
Qual é o elemento que pode duvidar?
Qual é o elemento que tem necessidade de mostrar ou de
demonstrar outra coisa ou mais do que foi dito e vivido?
… Silêncio…
Nós escutamos a questão seguinte.
Questão: os Elementais podem
fazer parte de nossas linhagens ou origens estelares?
Bem amada, em caso nenhum.
Qualquer que seja sua afinidade com um desses reinos
da natureza, mesmo se seja muito perturbador para você, faz apenas traduzir,
simplesmente, seu contato com o Elemento dominante junto a você, que pode ser
tanto sua origem estelar como não ser.
Assim, portanto, você observou, e observará, que você
estabiliza ressonâncias, experiências, muito mais facilmente em alguns
elementos da natureza como em alguns povos da natureza.
Não veja, aí, origem nem retorno.
Mesmo se inúmeros de vocês possam reencontrar-se,
efetivamente, com tal ressonância com os Elfos, que pode ser-lhes sugerido,
interiormente, que vocês têm uma origem Élfica.
Não é isso.
Trata-se, simplesmente, do Elemento e do arquétipo
correspondente, que lhe dá a viver, por vezes, essa afinidade muito forte.
… Silêncio…
Escutemos a questão seguinte.
Questão: os Elementais da
natureza são Absolutos que tomaram forma?
Bem amada, toda forma que evolui além da encarnação
desse mundo é, necessariamente, Absoluto, qualquer que seja a forma, qualquer
que seja a consciência.
Eu vejo que vocês continuam a pôr uma distância entre
o Absoluto e o resto.
Eu repito o que eu pude dizer, em momentos anteriores:
o Absoluto não pode ser uma busca, porque os múltiplos jogos da consciência em
Mundos Livres, qualquer que seja a atribuição, qualquer que seja a forma, em
qualquer consciência que seja, em qualquer dimensão que seja, é, por definição,
Absoluto.
Só sua visão fragmentada atribui uma consciência a uma
forma delimitada e fixa, e os faz colocar a questão de seu Último ou de seu
lado Absoluto.
Isso faz apenas traduzir sua dificuldade e, eu diria,
mesmo, como eu o disse, a impossibilidade de apreender-se do Absoluto.
Toda forma, toda consciência, em todo mundo e toda
dimensão, mesmo no que vocês nomeiam terceira dimensão unificada, é Absoluto.
Nada é separado, nada é atribuído em uma forma, em um
tempo, em um espaço ou em uma determinada dimensão.
É seu aspecto fragmentado que os faz considerar que há
uma diferença.
Há uma diferença, para o ponto de vista daquele que
está confinado, não há nenhuma, na verdadeira realidade.
O confinamento nesse mundo, e nesse Sistema Solar
concerniu, é claro, ao Sol, à Terra e, sobretudo, às consciências da Terra,
humanas, e não o povo da natureza.
Os Elfos e outros povos da natureza estavam presentes
antes, mesmo, do depósito das matrizes cristalinas pelas Mães geneticistas de
Sírius.
Essas formas não conhecem qualquer forma, qualquer
limite, quaisquer que sejam suas atribuições, qualquer que seja o elemento
dominante nelas e quaisquer que sejam suas manifestações, sensíveis ou visíveis
para vocês.
Isso vocês não podem nem entender nem compreendê-lo
nem apreendê-lo nem representá-lo.
Vocês podem apenas soltar todos os conhecimentos, para
aceder a esse desconhecido, aqui mesmo, aí, onde vocês estão, mas, jamais, o
mental e, mesmo, a experiência que vocês fazem da relação os conduzirá a essa
realidade final.
Ela faz apenas aproximá-los, como eu disse, em
inúmeras questões colocadas nessas «Entrevistas no coração do Amor».
… Silêncio…
Nós escutamos a questão que segue.
Questão: antes do confinamento
nessa dimensão, nós pudemos ser seres da natureza, um Dragão, por exemplo?
Eu creio que já respondi a essa questão, tomada em
outro sentido.
Simplesmente, existem afinidades vibratórias entre o
que vocês nomeiam os Dragões, povo da natureza, e algumas origens reptilianas
Dracos, redimidos ou não, aliás, que estão implicados na falsificação ou não.
Aí sim, há uma ressonância.
Mas, em caso algum, vocês puderam ser um Gnomo, um
Elfo ou uma Ondina ou um Dragão.
Mas há, efetivamente, uma ressonância, por exemplo,
entre os Elfos e Altair, porque são, sensivelmente, os mesmos mecanismos no
trabalho, qualquer que seja a forma da consciência e em qualquer dimensão que
seja.
Assim, portanto, eu completo minha resposta anterior.
Nem vocês vão para os povos da natureza, de outro modo
que não na relação…
Vocês não estarão, jamais, quaisquer que sejam sua
Liberdade e seu Absoluto, encarnado, se posso dizer, em uma determinada
dimensão em um desses povos, que são específicos dos mundos que eu qualificaria
de originais, anteriores ao desenvolvimento do que eu nomearia a co-criação
consciente do Feminino Sagrado.
Exceto o que vocês nomeiam, aqui mesmo, na Terra, os
povos da natureza, vocês podem ser, efetivamente, em consciência, não importa
qual ser da natureza, em qualquer mundo que seja, mas isso, aí também, não lhes
é compreensível nem acessível.
Porque, de um extremo ao outro das dimensões, de um
extremo ao outro das formas nos Mundos Livres, o Absoluto é tudo isso.
O Absoluto é, também, anterior à consciência, mas é,
também, a totalidade das consciências, em cada uma de suas partes.
Isso se nomeia, parece-me, o holograma.
Se você quer representar-se esse conceito, informe-se
sobre o princípio do holograma de Luz e, talvez, então, seu mental poderá aproximar-se
disso.
Mas, em todo caso, é a relação que há a viver e, como
tal, ela os conduz a viver o holograma.
Mas sua consciência limitada tem, sempre, necessidade,
enquanto você não é, realmente, liberado vivo ou liberado, in fine, de atribuir-lhe uma forma e uma função, em um aspecto
limitador.
Isso é próprio da consciência que foi separada do que
ela é há muito tempo.
Vocês não têm qualquer meio de representar-se isso, eu
repito, vocês podem apenas viver, disso, a experiência, em toda liberdade, o que
os prepara, eu os lembro, a, simplesmente, estabilizar suas linhagens quando do
Apelo de Maria, para serem livres.
Não projetem, através de seus reencontros, quer seja
entre vocês, quer seja entre vocês e nós, quer seja com os seres da natureza.
Lembrem-se de que o que é importante não é classificar
ou reportar isso à sua consciência limitada, mas deixar expandir-se a
consciência ilimitada, através desses reencontros.
Caso contrário, quaisquer que sejam a realidade e a
intensidade do que é vivido, vocês bloqueiam o processo, apropriando-se dele.
Mas, se isso se produz, porque tudo é perfeito, isso
quer dizer que, para você, isso é correto.
Mas seja lúcido, sobretudo, nessa sobreposição do
Eterno e do efêmero, seja lúcido do que você co-cria, do que você deixa emergir
e do que se desenrola.
Novamente, não para classificar a experiência, não
para satisfazer seu mental ou o que quer que seja mais, mas, sim, para vivê-lo,
inteiramente, de maneira livre.
E você não é mais livre, a partir do instante em que,
nessa relação ou após ter vivido a experiência, você tenta reatá-la ao que quer
que seja em sua consciência limitada e no conhecido.
Essas experiências são destinadas apenas a viver a
Liberdade e não para colocar-lhe, em si mesmo, ainda mais rótulos ou ainda mais
atribuições nesse mundo.
Se é que se possa falar de objetivo, o único objetivo
é aproximá-lo do que você é e não reatá-lo a um conhecimento tido através de
uma experiência nova.
Do mesmo modo que você vai ver cada vez mais coisas,
em sua casa, na rua, no céu, nas cidades, é, simplesmente, o resultado da
sobreposição e da fusão do efêmero e do Eterno.
É como se você me perguntasse, nesse plano onde você
está, eu tomo um exemplo: «Eu vi um gato branco, com manchas amarelas. O que é
que isso quer dizer para mim?».
É, exatamente, a mesma coisa.
De onde se apreende, portanto, que há questões que
fazem apenas remetê-los a si mesmos, em seu modo de proceder, qualquer que seja
a intensidade da relação que vocês tenham vivido.
Não se aproprie de nada e, sobretudo, com os seres da
natureza.
O que há a atravessar, aí, não necessita de explicação
nem justificação.
E lembre-se: é a mesma coisa que se produz quando, por
exemplo, há irrupção dessa Eternidade, sob qualquer forma que seja, como quando
de uma questão anterior concernente à visão de uma chama branca e de uma coluna
de Luz violeta.
A partir do instante em que você apreende, ou seja, a
partir do instante em que você se apropria do que é vivido, o processo para.
Você pode apenas ser um observador silencioso, para
viver, completamente, a relação.
Quer ela concirna tanto aos seres que vêm visitá-lo à
noite, quer nossos contatos entre nós, quer seus contatos entre vocês, retenha
que o que permanece limitado de sua consciência tem, sempre, necessidade de
regular, de enquadrar, de julgar e de interpretar.
Se você aceita esse simples fato, no entanto,
evidente, você evitará criar laços inúteis, ou, mesmo, supérfluos, ou, mesmo, atraentes
para você, ao nível limitado.
Não se apreenda de nada do que se desenrola quando
desses contatos entre o efêmero e o Eterno.
Viva-o, plena e inteiramente, no instante presente,
mas não se coloque questões em seguida.
Aí também, convém atravessar isso em toda liberdade.
Lembre-se de que esses reencontros fazem parte do
processo normal de Liberação e dessa Ascensão coletiva, mesmo se ela não
corresponda, para cada um, à mesma realidade de Ascensão, mas, sim, à mesma
realidade única da Liberação, ou seja, viver o Absoluto.
Isso lhe permite, além disso, observar seu próprio
comportamento e concluir, por si mesmo, qual é seu nível global de apego, eu
diria, à manifestação, qualquer que seja, tanto nesse mundo como em qualquer
mundo.
… Silêncio…
Nós escutamos a questão que segue.
Questão: o que vão tornar-se
nossas florestas, no final dos tempos?
Mas as florestas são liberadas, como vocês.
Elas evoluem em outro quadro matricial Crístico, ou
seja – em um plano puramente científico – o que é chamado carbono, hoje, será
transformado em sílica.
A menos que eu não tenha compreendido essa questão ou
o que está subentendido.
Questão: não há outras precisões:
o que vão tornar-se nossas florestas, no final dos tempos?
Elas se tornam livres.
E, sobretudo, mudam de modelo vibratório e de modelo
atômico.
… Silêncio…
Escutemos a questão seguinte.
Questão: você falou de parar de
estar no fazer.
Como fazer para organizar o dia e
para passar o tempo, quando não se trabalha mais, fora dos momentos de Apelo da
Luz?
Eu jamais disse isso, é, ainda, uma interpretação.
Se a Luz chama você, você não poderá mais «fazer».
Mas eu não disse, jamais, para não fazer o que você
tem a fazer.
De outro lado, não conte comigo para dizer-lhe o que
fazer de seu tempo.
Ou, então, eu continuo a não compreender esse gênero
de questão.
Questão: você falou de parar de
estar no fazer...
Não, na ação/reação.
Ninguém lhe dirá para parar de fazer o que sua vida
pede-lhe para fazer.
É, efetivamente, por isso que eu digo: é uma má
interpretação ou uma transformação.
Ninguém, entre os Anciões, as Estrelas, os Arcanjos
pediu-lhes para parar o que quer que fosse, se não é obedecer, de maneira cada
vez mais tangível, às injunções da Luz.
Se não há injunção da Luz, ame e faça o que quiser.
Foi dito, em contrapartida, que vocês não podiam «fazer»
e «ser».
Sim, mas não atribua isso à sua vida quotidiana.
Se a Luz impede-o de fazer, como eu o expliquei,
através de minha vivência, então, naquele momento, aceite não fazer.
Mas, se nem a Luz nem sua Existência nem o que quer
que seja desse mundo dizem-lhe para não fazer, por que você quer não fazer?
Qualquer atividade que seja.
Havia outros elementos nessa questão, na segunda
parte?
Questão:… então, como fazer, pela
manhã, para organizar o dia, por exemplo, e para passar o tempo, quando não se
trabalha mais, fora dos momentos de Apelo da Luz?
Bem amada, se há necessidade de «passar o tempo», é
que o tempo não está morto em você, nem em sua consciência.
Aquele que está imerso no Si, sem, mesmo, desaparecer
para esse mundo, não se coloca, jamais, a questão do tempo.
O tempo, inscrito nesse mundo, faz parte do
confinamento.
Se você acha que o tempo é longo, se você não sabe o
que fazer, você não pode contar comigo nem com qualquer outra ajuda de nosso
plano para dizer-lhe o que fazer ou como substituir esse «fazer».
Você é livre, de seu tempo, qualquer que seja o modo
pelo qual esse templo flui para você.
Isso depende apenas de você.
Faça o que lhe agrada, e ame.
Ou essa questão traduz uma necessidade de ação nesse
mundo.
Se a vida não lhe propôs um trabalho, em função de sua
idade ou de sua condição, se você não tem ascendentes ou descendentes para
ocupar-se, se não há animais, se não há jardim, então, talvez, sua vida, tal
como ela é vivida, atualmente, é apenas a injunção para, justamente, nada fazer.
Então, não me pergunte o que fazer.
Isso é válido, bem amada, para cada um de vocês.
Se você acha que o tempo é longo, coloque-se a questão
do que é que acha que o tempo é longo, se não é a pessoa que não desapareceu.
Aliás, de diferentes modos – e isso havia sido evocado
– muitas anomalias da matriz em dissolução remetem-nos a horas precisas, a
mecanismos concernentes aos seus relógios e marcadores do tempo.
Quer seja em mecanismos precisos desse mundo como dos
relógios, como dos computadores, mas, também, através de sua própria
consciência que, mesmo se ela não está liberada, apreende o tempo e vive o
tempo de modo, eu diria, desconexo e não mais organizado como anteriormente.
Então, talvez, naquele momento, sua questão pode
traduzir isso, ou seja, estar confusa pelos momentos de desaparecimento, por
outros momentos nos quais o tempo parece esticar e outros momentos nos quais
ele parece não mais existir.
Mas isso, então, faz parte do processo normal do
reencontro entre o efêmero e o Eterno, que você vive.
… Silêncio…
Escutemos a questão seguinte.
Questão: a partir de sua
intervenção, eu tive a impressão da persistência de uma irradiação permanente
entre a natureza e meu corpo.
Qual é sua interpretação?
Nenhuma interpretação, bem amada, você descreve a
realidade objetiva do que se desenrola em seu plano.
Vocês não estão mais separados, vocês não estão mais
cortados, mesmo se existam, ainda, alguns fragmentos ou algumas divisões no
interior de sua consciência.
E vocês tomam, realmente, consciência dessa relação de
Liberdade e de Amor entre vocês, entre vocês e nós, e entre vocês e a natureza.
Nada há a interpretar, essa é, simplesmente, a
realidade de sua conexão e de sua Liberdade que a leva, quer seja com os seres
da natureza, quer seja com a ação dos Elementos em você, através dos
Cavaleiros, quer seja através de suas linhagens, quer seja através da Onda de
Vida, quer seja entre nós e você, tudo isso participa do mesmo processo,
nomeado Liberação.
Nada há, portanto, a interpretar, nada a classificar,
nada a cogitar e, simplesmente, instalar-se, cada vez mais frequentemente,
nesse instante presente, quer você esteja no fazer ou no ser de sua vida
quotidiana.
Nada mais há a fazer.
Para o resto, continue a viver sua vida segundo o que
a Luz pede a você e segundo o que a Inteligência da Luz pede a você,
independentemente de qualquer projeção, independentemente de qualquer
interpretação, independentemente de qualquer necessidade, eu diria, compulsiva
da consciência limitada para atribuir papéis, funções e formas em qualquer ser
que seja.
Porque isso a afasta do instante presente e,
sobretudo, reinscreve-a em uma história desse mundo.
Esteja disponível para tudo o que há a viver,
disponível, integralmente, no aqui e agora.
Não se coloque a questão de resultados, não se coloque
a questão de se isso é útil ou inútil, viva, simplesmente, o que a vida propõe
a você e tenha a humildade, mesmo se nós tenhamos jogado nesse jogo importante
para vocês todos, aqui e alhures, não perca, jamais, de vista que o mais
importante é a vivência da consciência, em qualquer dimensão que seja, em
qualquer experiência que seja.
Não se esqueça de que as ferramentas de que você se
serve, ainda hoje, o que vocês nomeiam os sentidos, o que nomeiam o intelecto,
não terão mais curso no momento da estase e, ainda menos, depois.
Você funcionará, diretamente, no instante presente, ou
seja, no coração, no qual a cogitação, a explicação, a interpretação não terão
mais lugar de ser.
Participar, já, dessa Liberdade é aceitar viver seus
reencontros entre vocês, entre vocês e nós e com a natureza ou com as
circunstâncias da vida tais como eles chegam a vocês, com o mesmo estado e a
mesma Graça.
Do mesmo modo que eu evoquei Ação e estado de Graça,
do mesmo modo você vê, no que a vida lhe propõe a viver, a capacidade para
instalar-se, pela Ação de Graça, no estado de Graça.
E, quanto mais você viver essas experiências sem se
colocar questões, e mais você não procurar qualquer interpretação e qualquer
projeção, mais você será livre para a experiência e mais sua consciência
estará, de algum modo, livre, mesmo nesse mundo.
Antes de terminar nossas entrevistas no coração do
Amor, permitam-me transmitir-lhes o que a totalidade de minhas Estrelas
pediu-me para transmitir-lhes.
Pela Graça do Fogo do Amor, pela Graça do Espírito do
Sol e do Espírito de Verdade, acompanhadas pelo Coro dos Anjos, nós vamos ficar
juntos, sem fazer o que quer que seja mais do que estar aí.
Nós começamos.
… Silêncio…
Eu sou Ma Ananda Moyi.
Eu rendo graças à sua Presença, eu rendo graças à sua
atenção, eu rendo graças aos seus questionamentos que servirão, é claro, a
inumeráveis irmãs e irmãos, e eu rendo graças, antes de tudo, ao Amor que vocês
são.
E eu saúdo e abençôo sua Eternidade.
… Silêncio…
Até logo.
…
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