Mensagem publicada em 2 de junho, pelo site AUTRES DIMENSIONS.
Irmãos e Irmãs na humanidade, que o Amor preencha-os de suas Graças.
Eu sou Estrela PROFUNDIDADE, aquela que se nomeava, em sua vida, Santa Teresa, chamada assim pelos organismos oficiais.
Hoje, eu venho completar o que lhes dei há algumas semanas, concernente à Vibração de que fui encarregada: a Profundidade.
Profundidade que concorre para estabelecer, em vocês, a Inocência.
A Inocência, aquela da criança, em que todos os argumentos existentes para o adulto calaram-se, a fim de deixar lugar para a espontaneidade, a fim de deixar lugar para a ausência de julgamento.
O que é a Profundidade?
A Profundidade está diretamente religada à qualidade, ou à Vibração da alma, aquela que se exprime quando o silêncio da personalidade chega a fazer-se.
Então, a influência e a importância da alma desvendam-se, concorrendo para estabelecer a Revelação, a Revelação do Espírito, onde se encontra Cristo, onde se encontra a Luz Vibral.
De qualquer forma, pode-se dizer que a Profundidade é uma etapa preliminar, permitindo reencontrar a Inocência da criança e a espontaneidade da criança, as quais vêm revelar, então, a Luz e a Verdade.
Isso necessita, é claro, de certa forma de renúncia, não uma renúncia à vida, é claro, mas uma renúncia à pequena pessoa, à identidade, à sua própria história, uma renúncia a toda vontade, a toda veleidade de monopolizar o que quer que seja.
Dar-se inteiramente a algo que não é conhecido e que, no entanto, progressivamente e à medida que isso é realizado, permite viver o que é esse Abandono, essa doação de Si, permitindo encontrar, para além do nada da personalidade, o Tudo da expressão da alma, conduzindo ao Espírito e à Verdade.
É claro, na hora em que, sobre esta Terra, muitas coisas se produzem e em que muitas coisas se criaram para impedir o ser humano de aproximar-se da Verdade, é preciso, efetivamente, voltar a tornar-se como uma criança.
É preciso, efetivamente, aceitar (não crer, bem ao contrário) nada mais ser nesse mundo, ao mesmo tempo ali estando presente e vivendo, a fim de que se revele, em si, a imensidade da alma e do Espírito.
Somente naquele momento o Coração se abre inteiramente e, então, revela-se e desvenda a Luz Autêntica, preparando, então, o Coração e o Templo para receber o Cristo.
Esses elementos de Profundidade concorrem também para permitir ao humano aproximar-se da Paz e, depois, manifestar a Alegria, quaisquer que sejam as oposições do corpo da pessoa, a fim de não mais ser afetado de maneira alguma.
Isso, é claro, não é uma indiferença nem, ainda menos, uma retirada da vida, mas a descoberta da verdadeira Vida, que se pode fazer apenas quando tudo o que é ligado à pessoa, ela mesma, não existe mais.
Ao meu modo, eu diria que não há mais necessidade de se crer ser tal pessoa.
Isso necessita dessa doação de si mesmo, total, conduzindo, pela Profundidade, a reencontrar o Cristo e o Espírito, e ali viver a Verdade, aquela que não se importa com as circunstâncias do mundo, com as contingências do mundo e que não se importa com as leis desse mundo.
O Espírito, seguramente, não é desse mundo e, no entanto, é nesse mundo que se deve encontrá-lo, é nesse mundo que se deve realizá-lo, permitindo, pelo mecanismo chamado Ascensão, superar e transcender a condição limitada do humano confinado.
Isso vocês foram todos convidados a viver, a manifestar, de diferentes modos.
Toda a humanidade viveu um apelo.
É claro, nem toda a humanidade respondeu do modo adequado.
A preparação, para muitos de vocês, durou longo tempo, estendendo-se para além do tempo dessa vida, permitindo estruturar, pouco a pouco, o veículo tomado e a própria alma, para o reencontro com o Espírito.
Hoje, viver a Profundidade desemboca, portanto, na Clareza do Espírito, mas engajar-se na Profundidade necessita não mais manifestar qualquer superficialidade ou, se preferem, qualquer atração por esse mundo, seus desejos e seus prazeres e, efetivamente, voltar-se, inteiramente, para o Espírito, para o Cristo.
Vocês não podem estar voltados para a Luz e voltados para a Sombra.
É um ou o outro.
O que se produz, doravante, sobre esta Terra, agora, engaja-os a penetrar nos últimos Tempos de sua própria Revelação e de sua própria Ascensão.
Isso deve ser vivido agora, nessa carne, a cada instante, a cada minuto, a cada sopro, ajudado pelos impulsos Vibratórios da Luz ao nível das Estrelas, revelando, em vocês, sua dimensão de Semente de Estrela e de Ser de Amor, de Filho Ardente do Sol.
Tudo isso, para ser vivido e realizado, tem necessidade, efetivamente, de uma última Reversão.
Essa última Reversão, eu poderia chamá-la renúncia, mas isso, os Arcanjos explicarão muito melhor do que eu.
Viver a Renúncia, eu repito, não é aquilo que foi pedido pelas religiões.
A renúncia de que falo é, antes de tudo, uma renúncia interior e um mecanismo íntimo, onde tudo o que é superficial, tudo o que é acessório, tudo o que não é da Luz é rejeitado à distância, não por uma negação, mas, justamente, por essa íntima convicção profunda que voltar-se para a Luz pode apenas realizar-se, em definitivo, desviando-se inteiramente da Sombra, não para rejeitá-la, mas para mudar de direção.
Ir à Profundidade é isso.
E isso se pode fazer apenas se há Inocência.
Isso se pode fazer apenas se vocês aceitam nada mais ser.
É o único modo de ser tudo, não há outro.
É a porta do Coração, isso vocês sabem, mas resta, ainda, cruzar esse limiar e penetrar, inteiramente, na dimensão do Espírito, a fim de transmutar a carne.
O trabalho, a Revelação, o desvendamento, chamem como quiserem, realiza-se, aqui, para vocês, nesse corpo.
Isso não é por acaso, porque há necessidade desse corpo e dessa carne, que é a sua, para permitir a elevação do corpo da Terra.
Numerosos seres humanos abriram-se para a Verdade do Espírito e da alma.
Isso não se faz sem dificuldade porque existe, como vocês sabem, certo número de apegos extremamente presentes em toda a vida humana, qualquer que seja, cujas causas são múltiplas e são redundantes: elas voltam sem parar, a cada circunstância de suas vidas.
Não é fácil, efetivamente, para um ser humano que se dá à Luz, renunciar: renunciar aos prazeres, renunciar às alegrias ditas habituais desse mundo, às relações, aos apegos, a tudo o que faz a vida comum da pessoa que não está na Luz e que crê ali estar.
A Luz não é desse mundo, então, como vocês podem encontrá-la nesse mundo?
Ela deve, em contrapartida, manifestar-se nesse mundo.
É sua responsabilidade, seu dever e sua capacidade para retornar, inteiramente, para a Luz.
É uma aquiescência.
Essa doação de si se faz pela Profundidade.
A Profundidade é, efetivamente, a porta de entrada que torna maleável a alma e torna-a sensível à influência de sua própria doação à Luz.
Então, pouco a pouco ou brutalmente, desvenda-se o Espírito, acompanhando-se de Cantos, acompanhando-se de Alegria, Alegria de seus reencontros, Alegria da Ressurreição e da Ascensão.
Como nós todos dissemos e como os Anciões, também, disseram: «ninguém pode fazer essa Reversão em seu lugar».
São vocês sozinhos, e unicamente sozinhos que o fazem, quando aceitam renunciar. Renunciar não para deixar o que quer que seja (isso é a personalidade que vai fazê-los crer), mas a renúncia é, de algum modo, uma mudança de olhar, uma mudança de ponto de vista, uma mudança de comportamento.
Não mais estar interessado pelo aspecto superficial e, eu diria, comum da vida, para ali buscar apenas o extraordinário, porque a Luz é extraordinária, de maneira definitiva.
Mas, para isso, é preciso aceitar não mais ser seduzido pelas luzes desse mundo, que são apenas a falsa luz.
É preciso aceitar não mais ser seduzido pelos condicionamentos onipresentes: aqueles da educação, aqueles das religiões, aqueles dos pais, aqueles da sociedade e, no entanto, é nesses diferentes ambientes que convém renunciar.
De fato, é muito fácil renunciar tornando-se o que as religiões chamaram um abnegado [o que renuncia]: aquele que vai fechar-se em algum lugar para não ver e não ser confrontado às ilusões desse mundo.
E, no entanto, é sendo confrontado às ilusões desse mundo que vocês têm as melhores chances, hoje, de renunciar.
Esse ato de Abandono é um mecanismo íntimo e profundo.
Vocês não podem realizar a Profundidade sem isso.
A Profundidade é a revelação da alma, é escutar a voz da alma, perceber, para além da algazarra do mundo, para além dos desejos da personalidade, da pessoa, sentir o que a alma impulsiona e o que ela lhes pede.
Então, naquele momento, o impulso espiritual surge, ele lhes propicia momentos e instantes de Paz, momentos de plenitude, que não são função de qualquer satisfação da pessoa, bem ao contrário.
É claro, isso foi frequentemente mal compreendido e mal aplicado, como uma busca de um sofrimento, como uma busca de uma renúncia artificial.
A renúncia de que falo é uma renúncia, é claro, da Consciência, antes de qualquer coisa.
E isso não se encontra numa caverna, mas na vida de todos os dias, quaisquer que sejam suas atividades, quaisquer que sejam suas idades, quaisquer que sejam os próprios fundamentos de suas vidas.
É através disso que vocês poderão dirigir-se para sua Profundidade e para sua Verdade.
E, então, perceber o Canto da alma chamando-os para o Espírito e para a Verdade.
É também compreender que nada há a empreender no exterior de si, que nada há a dizer, que nada há a escutar, que nada há a fazer porque, justamente, é preciso ser capaz de fazer qualquer tarefa, habitual e quotidiana, ao mesmo tempo tendo a lucidez de nela compreender a ilusão.
Naquele momento, o Fazer torna-se o Ser, porque o que se torna importante é a Profundidade, que desemboca no Ser, mesmo no Fazer.
Ser não quer dizer nada fazer.
Ser não quer dizer não mais frequentar, não mais sair, não mais amar, bem ao contrário, é exatamente o inverso.
Mas, simplesmente, ser lúcido sobre o objetivo.
O objetivo é a alma?
O objetivo é a pessoa?
Então, uma vez que, de diferentes modos possíveis (pelo pensamento, pela intuição, pelo instinto, pelo reflexo) apreendeu-se isso, então, a Profundidade pode revelar-se.
Ela torna, de algum modo, a alma e a pessoa maleáveis à influência do Espírito.
Mesmo o que é vivido de modo intenso permite, naquele momento, não mais ser identificado ao que é vivido (seja um traumatismo, um choque, uma alegria).
Pouco a pouco, a alma, revelando-se, chama a compreender e a viver que não se é esse choque, que não se é essa alegria, mas que se é outra coisa, mesmo se essa outra coisa não foi ainda acedida.
Mas essa outra coisa torna-se uma certeza.
Daí nasce a Profundidade e também a necessidade de viver o Caminho da Inocência, da infância, que permite não mais tomar-se por um adulto condicionado pelos quadros, condicionado pelas regras, sejam elas as mais elevadas ao nível da moralidade.
O impulso da alma, então, revela-se e vai permitir experimentar a Paz, que vai conduzir ao Espírito, de maneira segura e certa.
Pode-se dizer, esquematicamente, que o conjunto da humanidade, hoje, vai, de algum modo, viver, de maneira global, o impulso da alma.
Esse impulso da alma, cada um a ele responderá, é claro, em função de seu ponto de vista, de sua Vibração, mas também de seu objetivo, e ele será profundamente diferente para cada um.
E, aí também, aqueles que se dirigem para a própria Profundidade e o Espírito deverão não fazer um esforço, mas tomar consciência de que nada pode mudar o destino e o caminho de ninguém.
É claro, haverá tentativas (tentativas lógicas e normais) da fraternidade humana para querer ajudar, para querer conduzir os parentes ou aqueles que reencontramos no mesmo caminho que nós.
Mas isso é impossível.
Vocês não podem levar ninguém.
Vocês não podem nem mesmo levar-se como pessoa.
Vocês podem apenas acolher a Luz, seguir o impulso de sua alma, o Canto da alma e, então, ir, num passo resolvido, para o Espírito que está aí, de toda a eternidade, mas que, hoje, vai revelar-se, dentro de algumas horas, nessa humanidade.
Muita lucidez vai surgir, muitas tomadas de consciência terão lugar, mas essas tomadas de consciência podem concernir à pessoa, como à alma ou ao Espírito.
O resultado não será, de modo algum, o mesmo, porque a tomada de consciência da pessoa traduzir-se-á sempre por reações sem fim, conduzindo a formas de revolta, a formas de revolução e de rebelião.
E isso afastará, então, essas pessoas da própria Profundidade.
Aí também nada haverá a julgar, nada a criticar, porque cada coisa estará muito exatamente em seu lugar.
Tudo isso vai revelar-se em vocês, é claro, como no exterior de vocês.
O ponto Profundidade, vocês compreenderam (e a Vibração de que sou encarregada), é diretamente religado à Vibração da alma, à Vibração desse centro de energia presente em seu peito, que concorre para acender o ponto chamado ER, a Alegria Interior, o Samadhi.
Vocês não podem viver isso sem Profundidade.
Essa Profundidade é também um movimento da Consciência e da energia da Luz, chamando-os a absorver essa Luz, para fazê-la sua, para deixá-la agir, em sua Inteligência e em sua revelação.
Isso consiste, também, em compreender e viver a humildade a mais nobre, aquela que os faz aceitar que, quaisquer que sejam seus saberes, quaisquer que sejam suas experiências, tudo isso nada é em relação à experiência e ao saber da própria Luz.
É também depor as armas da pessoa, é tornar-se doce e humilde como uma criança, voltar a tornar-se a Inocência, encarná-la, inteiramente.
Então, naquele momento, o Caminho do Espírito é-lhes aberto, o Caminho do Coração revela-se, permitindo viver o que vocês chamam o Fogo do Coração, a Revelação do Espírito em vocês.
É para isso que os chama o Céu, é para isso que os chama o conjunto das Confederações Intergalácticas dos Mundos Livres, de seus habitantes, em todas as Dimensões.
Mas eu repito: apenas vocês, e vocês sozinhos é que podem decidir responder a esse último apelo.
O Caminho da Inocência, a última Reversão, é verdadeiramente a chance final de juntar-se à Unidade, em perfeita lucidez e em perfeita Consciência e em perfeita liberdade.
Disso vocês vão conscientizar-se, bem além das palavras que eu pronuncio.
Vocês vão perceber, em vocês, esse apelo, claramente.
Ele se manifesta, como lhes foi dito, tanto pelos impulsos rápidos, que ocorrem pela manhã, ou de modo imprevisto, de algum modo, em seus dias.
Então, coloquem-se calmamente, entrem na Profundidade e nesse Caminho da Inocência e percebam nele, então, a Clareza.
Naquele momento, o apelo tornar-se-á, para vocês, um apelo potente da Luz, traduzindo-se por uma facilitação do conjunto de circunstâncias de suas vidas; então, nada mais virá aflorar à sua Consciência; mais nenhuma dúvida poderá existir; a certeza interior vai aparecer e revelar-se, permitindo-lhes entrar, cada vez mais profundamente, na Paz.
E conduzir à Alegria, transcendendo e apagando todas as feridas, todas as suas vivências, todos os seus afetos e tornando-os livres.
Tornando-os livres e vivendo, portanto, as relações, os laços (se existem), de modo lúcido e consciente, e não ser determinado e sujeito a esses afetos, a esses laços, a essas obrigações (sejam elas morais, sociais ou familiares).
Tudo isso pode ser vivido.
Não existe qualquer obstáculo exterior para o Caminho da Profundidade, da Inocência e da Infância.
É um olhar diferente, um olhar no qual predomina a simplicidade, um olhar no qual predomina o que é simples e o que é evidente.
A Luz será sempre simples, bem mais simples do que a pessoa.
O Caminho da Luz é um Caminho de evidência e de simplicidade, na condição de que a pessoa não se atrapalhe.
Isso participa da doação de si e do Abandono à Luz, permitindo, então, abrir o Coração num ato de fé absoluta no Espírito, mesmo se vocês não tenham tido ainda essa chance de penetrar o Espírito inteiramente.
Lembrem-se de que a primeira experiência, qualquer que seja sua duração, bastará para fazê-los aderir ao Espírito e a vivê-lo.
Mas, é claro, o ego vai tudo fazer para dizer-lhes que isso está distante, para dizer-lhes que isso é impossível, que existem obstáculos, que existem feridas, que existem impossibilidades.
É falso, nada é mais falso.
A Luz pode tudo, na condição de que vocês a aceitem.
Ir à Profundidade é despertar o Caminho da Inocência, da Infância, que desemboca na Clareza e que desemboca, portanto, na Profundidade do Espírito, ele mesmo, onde tudo se esclarece então.
Mas eu deixarei, então, minha irmã Snow explicar-se sobre isso.
Aí está, quanto a mim, as algumas palavras complementares que tinha a dar-lhes, que prefiguram, de algum modo, o período que se abre a vocês, em algumas horas.
Se existem em vocês, meus Irmãos e minhas Irmãs, questionamentos em relação ao que acabo de dizer, e unicamente ao que acabo de dizer, então, se temos tempo, vamos interagir juntos.
Questão: como seguir o impulso da alma, se a alma é uma criação da matriz?
Meu Irmão, inteiramente, a alma é uma criação da matriz.
Mas a alma é, antes de tudo, e, sobretudo, uma ponte entre o corpo e o Espírito.
Como tal, a alma é, portanto, a intermediária que o conduz ao Espírito.
Não é preciso parar na alma, é claro.
Mas você não pode aceder ao Espírito sem passar pela alma.
Questão: que se entende por escolha da alma e qual é a relação com essa Passagem?
A escolha da alma é condicionante, na medida em que, se a alma está voltada para a matriz ou para a matéria ou para a pessoa, então, não há acesso ao Espírito ou o acesso ao Espírito é incompleto, não total.
Naquele momento, a alma terá necessidade de reencarnar-se nos mundos liberados, certamente, mas haverá uma forma de reaprendizado ou de re-semeamento do Espírito, permitindo pôr fim à alma assim que o Espírito seja revelado inteiramente.
A escolha da alma é muito simples, ela se resume em duas opções: a pessoa ou o Espírito, e não pode ser ambos.
Questão: onde nos situamos em relação à alma e ao Espírito, se a alma é uma Ponte para o Espírito?
Meu irmão, você se situa, indiscutivelmente, na pessoa, uma vez que está na carne.
A alma, quando ela se revela, e o Espírito, quando se revela, vão produzir certo número de efeitos dos quais eu falei, mas são também caracterizados por certo número de sinais.
Esses sinais foram-lhes dados: a Coroa Radiante da cabeça, a Coroa Radiante do Coração, as Estrelas, mas, o mais frequentemente, é a pessoa que se exprime.
Para isso, é preciso que a pessoa desapareça, para deixar florescer a alma e essa alma que floresce abre a ponte para o Espírito.
O Som da alma é disso o testemunho, o Som do Espírito é disso outro testemunho.
A Paz é o testemunho da alma.
A Alegria é o testemunho do Espírito.
O Espírito não conhece o sofrimento, porque ele não conhece a encarnação.
A alma conhece o sofrimento, ela é sensível, porque conhece a encarnação, através do que lhe dizem o corpo e a pessoa.
Questão: qual é a relação entre o contrato de alma (o que já está inscrito em nós) e a escolha de alma (o que se pode fazer agora)?
Meu Irmão, nada está inscrito.
É a pessoa que crê nisso, e a própria alma.
Enquanto a alma está sujeita à pessoa, ela fala de contrato de alma ou de escolha de alma.
Isso se chama o livre arbítrio.
Agora, assim que a alma se revela e está voltada para o Espírito, o livre arbítrio não existe mais.
Existirá apenas a Liberdade e a Graça.
São dois mundos diferentes e duas leis diferentes, não evoluindo segundo as mesmas regras e nas mesmas Dimensões.
Assim, crer-se sujeito a um contrato de alma ou a uma escolha de alma traduz a adesão ao livre arbítrio e absolutamente não à Graça nem à Liberdade.
A Liberdade do Espírito, a Graça do Espírito não se importa com o contrato de alma ou com a escolha de alma, uma vez que o contrato de alma é um contrato que pertence, de maneira irremediável, à matriz e à ilusão.
A alma de que falo é o desenvolvimento, como ponte, para o Espírito e não um objetivo.
Agora, a alma pode conduzir ao Espírito, já quando ela é ouvida e percebida de diferentes modos.
Mas não se deve parar na alma.
A alma está sujeita às leis da matriz, ao que é chamada a encarnação, à lei de Carma, que absolutamente não existe nos mundos do Espírito, onde tudo é Graça e Liberdade.
É a pessoa que tem tendência a querer tudo reconduzir para si mesma, nas leis gerais observáveis nesse mundo, que crê que em outros lugares isso acontece do mesmo modo.
Nada há de mais falso.
Questão: poderia precisar a dimensão do Ser no Fazer?
A Dimensão do Ser no Fazer traduz-se por ser capaz de fazer o que quer que seja, mesmo a atividade a mais detestável, na Alegria.
Enquanto vocês não são capazes disso, vocês não estão na Alegria.
É preciso, de algum modo, uma dissociação entre a pessoa e o Espírito, ao mesmo tempo tendo consciência do Espírito.
A pessoa pode estar ocupada em fazer uma tarefa ingrata (e eu o fiz, em minha curta vida) e, ao mesmo tempo, estando nessa tarefa ingrata, considerar e viver o fato de que não se é essa tarefa que se faz, ainda menos esse sofrimento que se vive quando o corpo é tocado e, naquele momento, manter-se na Paz e na Alegria, independentemente do que faça a pessoa.
Naquele momento pode-se Fazer, ao mesmo tempo estando no Ser.
Questão: como distinguir a Alegria profunda ligada ao Ser da Alegria ligada à pessoa?
A diferença é muito simples: a Alegria da pessoa é sempre efêmera, ela depende sempre de uma circunstância exterior e é ligada ao prazer, em vez da Alegria.
Qualquer Alegria vivida na pessoa apaga-se após ter sido exaltada.
A Alegria do Espírito é permanente e não é afetada por nada vindo da pessoa, quaisquer que sejam as circunstâncias (agradáveis ou desagradáveis) que vive a pessoa.
O Espírito que toca a Alegria e a Paz, que vive o Samadhi, sabe-o instantaneamente.
Não há, portanto, questão que se possa colocar em relação a diferenciar as duas.
Porque são duas coisas totalmente diferentes: uma, pertencente à pessoa, é uma emoção que nasce, em reação a algo que permanece em um tempo muito curto e que desaparece.
Toda satisfação da pessoa está ligada a isso, seja alimentar, sexual, social, afetiva.
Ela não pode ser estabelecida na durabilidade, porque é função de circunstâncias, justamente, da pessoa.
Enquanto a Alegria é totalmente independente da pessoa e, sobretudo, totalmente independente das circunstâncias, quaisquer que sejam.
A Alegria, a Paz, o Samadhi acompanham-se de Vibrações específicas, vividas no peito.
O que não é absolutamente o caso do prazer ou da Alegria da pessoa, se se pode chamar assim, que traduz sempre uma satisfação do ego, chamando a outras satisfações.
Nós todos conhecemos isso na encarnação, seja através de vícios (chamados álcool, tabaco, outros), mas também, mesmo, em relação a prazeres, mesmo espirituais.
Assim, quando eu era jovem, eu esperava com impaciência o domingo, para reencontrar-me em meu lugar preferido: numa igreja.
Isso não era a Alegria e, no entanto, permitiu, talvez, mais tarde, compreender a diferença entre a Alegria, a Felicidade e a Alegria da pessoa que é feita apenas de esperanças e de necessidade de satisfação.
O que não é absolutamente o caso da Alegria Interior ou da Alegria do Coração, que é a mesma, que se estabelece espontaneamente, que não tem necessidade de esperar o que quer que seja do exterior (seja o dia da missa, seja um parceiro, seja o retorno do marido ou da esposa), mas que se estabelece por si.
Não temos mais perguntas, agradecemos.
Irmãos e Irmãs na carne, eu rendo Graças por seu acolhimento.
Que o Amor e a Graça os acompanhem.
Eu lhes digo, talvez até um próximo dia, com todo o amor possível.
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