UM AMIGO – 7 de agosto de 2011
Mensagem publicada em 9 de agosto, pelo site AUTRES DIMENSIONS.
Eu sou UM AMIGO.
De meu Coração ao seu Coração, juntos, comunguemos na Graça do Amor.
Caros Irmãos e Irmãs, eu venho a vocês para falar e exprimir certo número de elementos que, eu o espero, permitir-lhes-ão estabelecer-se mais facilmente na Consciência Unitária, na Morada de Paz Suprema.
Eu não falarei, nesta noite, de yoga.
Eu lhes dei, como eu disse, muitos elementos, até o presente.
Vamos, em contrapartida, evocar certo número de elementos concernentes ao fogo do ego, ao Fogo do Coração, à consciência do ego, à Consciência do Coração.
Vamos, também, dar-lhes certo número de elementos concernentes às diferentes esferas nas quais se manifesta o ego, nas quais convém levar sua Atenção, para permitir, justamente, estabelecer-se na Morada de Paz Suprema.
Primeiramente, alguns princípios.
O ego não pode, jamais, ser resolvido pelo ego.
Em outros termos, se algo, no ego, opõe-se ao ego, isso reforçará o ego naquilo que vocês se opõem, vocês mesmos, ao ego.
A primeira coisa a compreender é, portanto, já, estabelecer certa forma de distância entre o ego e a Consciência.
Isso pode ser perfeitamente realizável se vocês aplicam, em sua vida quotidiana, certo número de elementos simples, mas extremamente eficazes.
O ego, como vocês sabem, é constituído de um conjunto de elementos chamado corpo de desejo, no qual se situam, igualmente, estados de emoções, estados mentais, crenças, sofrimentos também, e todo um conjunto de engrenagens que evoluem, de maneira automática, repetitiva e que são, de algum modo, como obstáculos à Consciência Unificada e como obstáculos para manifestar e viver no Samadhi e na Morada de Paz Suprema.
A primeira coisa a compreender e a aceitar é que vocês nada são do que creem ser.
É enquanto vocês são identificados a esse corpo, aos seus mecanismos de resposta, aos seus mecanismos afetivos, emocionais, mentais, sociais que vocês se sujeitam, obviamente, ao que vocês são identificados e, portanto, ao que vocês deram seu acordo, seu apoio (e mesmo, ao oposto, a negação).
Não é porque vocês vão negar algo que está presente em sua vida que essa coisa vai desaparecer.
Vocês todos experimentaram isso, por um sofrimento, por uma problemática, qualquer que seja.
A primeira coisa a fazer é, portanto, tomar uma forma de distância.
Essa forma de distância não os chama a serem indiferentes ao que manifesta seu corpo, suas emoções, seu mental, suas crenças, seus sofrimentos, seus prazeres, mas, efetivamente, a exercitarem uma forma de lucidez, não na explicação de por que se manifesta isso (porque a explicação fará sempre parte do ego), mas, bem mais, ser um observador silencioso do que se desenrola sob o olho de sua Consciência que observa.
A partir do momento em que vocês adotarem essa atitude de observador, vocês poderão observar não as explicações, mas, sobretudo, as engrenagens que estão em obra.
Então, há engrenagens que são, eu diria, extremamente fáceis de desativar.
Vamos tomar, para isso, a primeira das coisas à qual está submisso o ser humano, que são seus próprios afetos, suas próprias emoções.
A primeira coisa a fazer é tomar distância em relação a uma emoção.
Então, é claro, uma emoção é uma reação, geralmente instantânea, que ocorre em relação a uma estimulação exterior que vem pôr em ressonância uma corda sensível, se podemos dizer assim.
A primeira coisa a fazer, nesse caso, é jogar um jogo que é o de recusar atribuir-lhes um tempo para a emoção.
Toda emoção que fosse negada faria apenas reforçar-se.
Não é questão, aqui, de negar o que quer que seja, nem de repelir o que quer que seja, mas atribuir-se tempo, antes de manifestar qualquer emoção.
Assim, portanto, se vocês conseguem desacoplar essa noção temporal de suas próprias emoções, vocês sairão, inevitavelmente, do estado emocional, porque vocês se aperceberão do quê?
Vocês se aperceberão, com extrema rapidez, que uma emoção é apenas a reação a algo e que, se o tempo escoa-se, bem, vocês constatarão, por si mesmos, que não pode mais ali haver reação.
Assim, se alguém os feriu, também, se alguém provoca em vocês uma emoção de tipo tristeza, de cólera ou outra, se vocês aceitam não repelir a cólera ou a tristeza, não manifestá-la sem nada fazer, mas, mais, dizer: «eu sinto isso, mas eu o exprimirei ou eu o exteriorizarei em alguns instantes» (esses instantes que podem ser, simplesmente, alguns minutos ou algumas horas), então, quando vocês decidirem deixar exprimir-se essa cólera ou essa tristeza, vocês observarão, muito rapidamente, algo de essencial: que a tristeza ou a cólera (ou qualquer outra emoção) desapareceu, totalmente.
Vocês tomarão, portanto, uma forma de distância em relação às suas próprias reações.
Reação emocional que pode ser considerada, num primeiro tempo, como uma reação de defesa que visa proteger um território, e é exatamente o que é.
É um sinal de reconhecimento entre mamíferos, nada mais e nada menos.
Existe, é claro, quando eu falo de reações, não unicamente uma noção verbal, mas, também, o conjunto do que vai traduzir seu corpo.
Vocês podem muito bem manifestar uma cólera por um olhar, sem qualquer palavra.
Vocês podem manifestar uma tristeza pela modificação de seu comportamento.
Tentem, simplesmente, tomar distância em relação a isso, ou seja, não negar o que se apresenta, não estar na recusa, mas, efetivamente, simplesmente, exercitar seu Espírito, sua Consciência, para não manifestar, de maneira alguma, a reação, no momento em que ela se produz.
Mas não se esqueçam de que vocês não podem repelir o que se manifesta.
Vocês podem apenas, simplesmente, adotar uma estratégia de comportamento (uma forma de Yoga do Espírito, se se pode chamar assim) que lhes permitirá retardar, no tempo, essa reação imediata.
Mas vocês constatarão, com extrema rapidez, que tudo o que lhes parecia importante manifestar no instante, não existirá no instante seguinte que vocês se atribuíram.
Esse é um modo extremamente rápido de desacoplar, de algum modo, a consciência comum de suas próprias emoções.
Isso fortificará, também, o sentimento de Paz Interior.
Essa Paz que nada tem a ver, é claro, com uma emoção, qualquer que seja, fosse ela a mais agradável que se manifesta no ser humano, qualquer que seja a relação que é estabelecida consigo mesmo ou com quem quer que seja outro.
Isso será, já, uma etapa importante.
A segunda etapa, um pouco mais difícil, estruturalmente, eu diria, concerne ao seu próprio mental.
O mental é, em definitivo, apenas o reflexo do conjunto de condicionamentos, do conjunto de adesões condicionantes, do conjunto de reações aos seus próprios sofrimentos, de estratégias elaboradas pelo ego, para permitir, a ele, não perder capacidade, não perder a fachada e sair de uma situação, qualquer que seja.
Aí também, a situação e a posição do observador permitir-lhes-á ver as engrenagens em obra.
Para além de qualquer explicação, para além de qualquer justificação, vocês serão capazes de observar, com o olho da Consciência, como evolui e age o mental, geralmente, de maneira autônoma, totalmente desacoplado da Consciência.
E se vocês aceitam, também, que seu mental referencia-se, sempre, apenas a uma noção de confinamento (ligada ao bem e ao mal) e que o mental vai, sempre, colocar atos, palavra, ações que procedem, finalmente, apenas de condicionamentos Interiores e apenas de repetições de anterioridades.
O mental não sabe jamais inovar, ele faz apenas reproduzir.
Mesmo se o intelecto lhes dê, por vezes, o sentimento de elaborar grandes teorias ou grandes reflexões, estas serão, sempre, condicionadas pela experiência.
Vocês não podem escapar disso.
Assim, portanto, se vocês desacoplam, já, o emocional, se vocês passam, primeiro, por essa etapa das emoções, vocês vão aperceber-se de que poderão realizar a mesma proeza em relação à sua própria atividade mental e que lhes será muito mais fácil entrar em seus estados de meditação, de alinhamento ou de Consciência Unificada.
Vocês tomarão, aí também, uma forma de distância ou de despersonalização, de algum modo, de sua própria atividade mental.
Isso, é claro, virá em acréscimo das percepções que vocês têm, atualmente, de não mais funcionar, a maior parte de vocês, com a totalidade de suas capacidades mentais e que decorre, justamente e muito a propósito, da instalação e do aparecimento da Luz do Supramental.
Simplesmente, não é necessário que o mental consiga nutrir-se da Luz do Supramental.
Para isso, vocês devem colocar-se como observador que vai, não procurar explicar o que se vive, mas, bem mais (antes de manifestar, aí também, um comportamento ou uma ação que pareça justificada pelas regras morais, sociais, afetivas que vocês adotaram, vindas, eu os lembro, de seus próprios condicionamentos, de suas próprias experiências, de seu próprio sofrimento, de sua própria história), progressivamente, aí também, distanciar-se em relação à sua própria história.
Não para aniquilá-la, não para negá-la, não para denegá-la, aí tampouco, mas, efetivamente, para aceder a outro campo de percepção.
Vocês vão, dessa maneira, como dizia Irmão K, pouco a pouco, habituar-se a sair do conhecido para penetrar o Desconhecido.
Vocês se aperceberão, progressivamente, que o Desconhecido não pode, em caso algum, ser condicionante, não pode, em caso algum, reproduzir algo de estereotipado, não pode, em caso algum, levá-los para emoções, não pode, em caso algum, fechá-los em qualquer modo de funcionamento, ao nível de seu mental.
Pouco a pouco, assim, vocês conseguirão fazer de modo, sem denegar o que quer que seja e sem forçar o que quer que seja, a distanciar-se de seu próprio mental e a compreender (e viver) que vocês não são apenas esse mental.
É necessário, também, compreender que a Consciência Unitária não é a negação ou a recusa da consciência do ego.
A Consciência da Unidade, o Fogo do Espírito, a Luz Vibral vai, simplesmente, permitir-lhes exercitar uma lucidez nova, na qual vocês vão, realmente, ver-se agir, sem, no entanto, condenar-se, sem, no entanto, julgar-se, mas, efetivamente, ver agir, em vocês, eu diria, o macaco ou o autômato e desidentificar-se, totalmente, desse macaco e desse autômato.
Quando, nos ensinamentos orientais, foi dito que vocês não eram seu mental, que vocês não eram todo um conjunto de coisas, é a estrita verdade.
Na condição, é claro, de não fazer, disso, um conceito; de não fazer, disso, uma ideia ou uma adesão, mas, efetivamente, de prová-lo a si mesmos.
Naquele momento, vocês começarão a experimentar, já, um destacamento e, sobretudo, um mecanismo que precede o Abandono à Luz, porque há uma clareza cada vez maior que se fará, entre o momento em que vocês agem, em que vocês manifestam o ego e o momento em que vocês agem e em que vocês manifestam algo que não é mais da ordem do ego.
Esse fenômeno, chamado sobreposição de duas consciências, vai conduzi-los, pouco a pouco, a experimentar, por si mesmos (e mesmo fora de seus espaços ditos Interiores de meditação, de alinhamento ou de práticas, quaisquer que sejam), ver sua vida e viver sua vida com completamente outro olhar e completamente outra atitude, na qual não existe, então, mais qualquer estresse, mais qualquer emoção e mais qualquer manifestação que possa exteriorizar-se sem o acordo de sua própria Consciência.
Retenham, efetivamente (e a diferença é importante), que não se trata de controlar, que não se trata de explicar, que não se trata de querer dominar o que quer que seja, mas é por esse mecanismo, muito precisamente, que vocês manifestarão seu estado de Abandono à Luz.
Agindo, simplesmente, por esses pequenos exercícios, em todos os setores de sua vida (seja social, afetivo, sensual, sexual mesmo, ou, ainda, afetivo interpessoal, em seu ambiente ou com amigos), vocês poderão, pouco a pouco, não mais estar, de modo algum, num estado emocional ou mental exacerbado e vão, real e concretamente, desidentificar-se de tudo o que aparecia à consciência e que não é a Consciência.
Paralelamente a isso, vocês constatarão, e muito facilmente, devido à abertura do último Caminho da Luz, que, em vocês, vai manifestar-se um estado de equanimidade e de Paz, cada vez mais importante, que será, sobretudo, totalmente independente de seus estados Interiores de alinhamento e independente de qualquer circunstância exterior.
Progressivamente e à medida que vocês reconhecerem esse estado da Consciência, vocês entrarão, efetiva e concretamente, cada vez mais, no estado chamado Sat Chit Ananda que é, de fato, a primeira etapa da realização da Alegria Interior.
A Alegria de que nós, longamente, falamos não é o fato de sorrir, estupidamente, todo o tempo, mas, simplesmente, um sorriso Interior que vai traduzir sua capacidade para não mais ser um macaco, para não mais ser um autômato, mas, efetivamente, para ser consciente de sua própria Consciência.
Naquele momento, o mental não poderá mais, jamais, dirigi-los; naquele momento, as emoções não poderão mais, jamais, conduzir sua vida e, naquele momento, vocês não serão mais submissos aos seus desejos, vocês os verão pelo que eles são.
E são vocês, em Consciência, que decidirão, com essa distância temporal de alguns instantes, a ali submeter-se ou não, qualquer que seja, eu repito, esse desejo.
É outra coisa, efetivamente, do que sucumbir a um desejo sem dele conhecer os prós e os contras (geralmente vindos, como eu disse, de seus sofrimentos, de seus condicionamentos ou do sistema de controle do mental humano), que aceitar que o macaco exprima-se e que, naquele momento, ele possa levar a efeito uma satisfação, qualquer que seja, sem, no entanto, cair sob a dependência dessa satisfação.
E isso concerne ao conjunto dos setores de sua vida.
Assim, portanto, a Consciência da Unidade não vai estabelecer-se na concorrência, nessa sobreposição de Consciência, com a consciência do fogo do ego, mas vai, efetivamente, ali, haver uma lucidez, uma separação, bem real, do fogo do ego e do Fogo do Espírito.
Num tempo relativamente curto, após ter experimentado o que acabo de dizer, vocês poderão, pouco a pouco, ver por si mesmos e viver por si mesmos, para além de qualquer dogma, para além de qualquer ensinamento, para além de qualquer adesão a qualquer crença, qualquer que seja (religiosa, filosófica, espiritual), que vocês são estabelecidos, de maneira cada vez mais firme, eu diria, numa Consciência na qual predomina a Paz, que prefigura, portanto, e que antecipa, de algum modo, um estabelecimento na Alegria Interior.
Apreendam, também, que é desse modo que, progressivamente, vocês vão extrair-se, sem o querer e sem o decidir.
Porque, a partir do instante em que vocês o queiram, a partir do instante em que vocês o decidam, reflitam: nesse instante, quem o decide, se não é o ego?
E, obviamente, naquele momento, vocês reforçarão o ego ao invés de suavizá-lo.
Assim, portanto, é o estabelecimento, realmente, da Consciência da Unidade que estabelece, por si, Sat Chit Ananda, que os estabelece, cada vez mais progressiva e profundamente, no Turiya, às expensas da consciência de vigília comum.
Assim, portanto, através desses momentos (e se vocês ali acrescentam o que o bem amado Sri Aurobindo disse, concernente aos pontos de Vibração da Consciência), vocês têm, à mão e em sua consciência, a maior parte dos elementos que, durante essa revelação final da Luz, vão permitir-lhes, pouco a pouco, distanciarem-se, sem vontade alguma e sem qualquer interferência do ego, desse dito ego que, entretanto, permite-lhes manter esse corpo em atividade.
A um dado momento (que não depende de vocês, mas, é claro, do calendário astronômico e da libertação da própria Terra), vocês estarão, naquele momento, cada vez mais livres da interferência do ego.
Vocês estarão não unicamente na distância desse ego, desse fogo do ego, mas o corpo da personalidade, o corpo de desejo apagar-se-á por si.
Apagar-se por si não quer dizer que vocês vão desaparecer, como por mágica, mas, simplesmente, que, no momento da libertação final, vocês passarão, sem problema algum, a essa Consciência Turiya e a esse Corpo de Existência.
Esse processo e esses mecanismos que estarão em obra, através de vocês, vão fazer-se de maneira cada vez mais evidente, a partir do instante em que vocês aceitam o jogo e o princípio.
Aceitar o princípio é, também, é claro, pôr em prática o que eu acabo de dizer e, portanto, pôr em prática esse jogo da Consciência (porque é um) que vai permitir-lhes, pouco a pouco, não sufocar seu ego (que não se deixaria, jamais, sufocar), mas, efetivamente, de algum modo, domá-lo e substituir o fogo do ego pelo Fogo do Espírito.
Naquele momento, a Passagem da Porta e sua Ressurreição serão extremamente facilitadas, no momento vindo.
Aí está o objetivo de minha intervenção desta noite, que chama, eu o espero, certo número de questões, que eu escuto com Alegria, ao mesmo tempo permanecendo com vocês, no plano Vibratório e em sua Consciência.
Como vocês constatarão, as barreiras, entre nós, da Ilusão, desaparecem agora, de hora em hora, de dia em dia.
É nessa Consciência Unificada que vamos, juntos, agora, continuar a evoluir, cada dia, de maneira cada vez mais próxima, com uma distância e a ilusão da distância que vai desaparecer, progressivamente.
Eu os escuto, portanto, agora.
Questão: que fazer no caso de dificuldade para distanciar-se de uma emoção que sobrevém rapidamente?
Meu caro Irmão, é necessário diferenciar, efetivamente, dois tipos de emoções.
Há a emoção rotineira, que corresponde à sua história, à sua vivência, aos seus sofrimentos, aos seus prazeres.
E há a emoção fulminante, que é aquela que sai, justamente, do comum das emoções.
Esta é, efetivamente, difícil, num primeiro tempo, a pôr em prática, em relação ao que eu disse.
As emoções de que falo são, obviamente, as emoções que lhes são habituais e quotidianas.
No que concerne a esse tipo de emoção (extremamente fulminante, como um medo súbito) é, obviamente, muito mais difícil, nesse caso, escapar.
Assim, eu os aconselho, portanto, a começar pelas emoções comuns que qualquer ser humano prova a cada dia, dezenas de vezes.
Estas são as mais fáceis, porque são, de algum modo, automatizadas em vocês.
Enquanto a emoção fulminante é mais ligada a estratégias de adaptação e de sobrevivência, muito mais imediatas, sobre as quais, efetivamente, num primeiro tempo, não será fácil pôr em prática o que eu disse.
Mas, num segundo tempo, esse princípio e essa prática que eu lhes desenvolvi tornar-se-ão, também, fáceis a implementar.
Questão: como fazer quando as emoções voltam durante o sono?
Caro Irmão, se existe uma emoção que volta durante o sono, isso quer dizer que não há sono.
A consciência do sono é uma consciência, justamente, que não existe.
A consciência do sonho é outra coisa.
Então, se uma emoção desperta, ou ali houve um sonho e uma consciência de sonho, ou ali houve uma lembrança que volta a surgir, pela atividade cerebral, simplesmente, e não pela consciência de vigília.
Naquele momento, o processo é exatamente o mesmo.
Mas, em relação ao sono em si, realmente, tratam-se de mecanismos sobrevindos durante o sono ou durante um sonho; é muito simples agir nesse nível.
Basta, simplesmente, que a consciência de vigília comum dirija-se, conscientemente, à consciência do sono e do sonho, entes de dormir, pedindo a ela para não interferir pelos véus emocionais.
A injunção desse momento não é um constrangimento do ego, uma vez que a consciência do sonho e a consciência do sono não são a consciência do ego.
Questão: qual diferença você faz entre consciência de sonho e consciência de sono?
A consciência de sono é, simplesmente, a inconsciência total, dado que, quando vocês dormem sem sonho, vocês não têm, é claro, qualquer lembrança.
E, portanto, é inconsciente.
Questão: o que se vive quando se dorme sem ter qualquer lembrança de sonhar?
Naquele momento pode-se, simplesmente dizer, que a consciência do sono (ou inconsciente) é mais forte do que a consciência de sonho.
Existe, também, o que são chamados ritmos fisiológicos.
Conforme o momento do acordar, o sonho pode ser impresso na consciência de vigília ou, então, não ser impresso na consciência de vigília.
Assim, portanto, o sonhador não se lembrará de seus sonhos.
De fato, a consciência do sonho está à parte e eu disse que ela não pertencia à consciência do ego.
É assim que, nos ensinamentos orientais, nós falamos de quatro Consciências diferentes num mesmo ser humano.
Não é por acaso.
Assim, portanto, durante o sonho, pode-se manifestar o ego, mas que não está na consciência de vigília.
O sonho pode, também, tocar esferas bem mais altas do que a consciência do ego e estar em relação (ou, em todo caso, em ressonância) com a Consciência Turiya.
Obviamente, não é meu propósito desenvolver o conjunto de sonhos possíveis para um ser humano, mas, simplesmente, compreender que a consciência de vigília pode, efetivamente, programar, em certa medida, o que é chamada a própria inconsciência ou a consciência do sonho.
Questão: é necessário tomar a mesma distância em relação às emoções pela beleza, pela música, pela estética?
Cara Irmã, o que é chamada a estética e a beleza participam, de maneira irremediável, à vida da alma, mas não pode corresponder à vida do Espírito.
A emoção ligada à estética, à beleza ou à atração corresponde, de maneira indissolúvel, à vida da personalidade e não à vida do Espírito.
Obviamente, algumas personalidades, algumas almas artistas foram capazes, de algum modo, de serem médiuns entre os mundos os mais elevados da alma e ver os mundos do Espírito.
Mas a tradução, qualquer que seja o apoio, mesmo se comove (e é, aliás, assim que se chama, parece-me: uma música que os comove) vai transportar a alma.
Mas jamais foi dito que uma música podia transportar o Espírito.
A alma, devido ao princípio Luciferiano, não os conduzirá, jamais, ao Espírito.
Ela os conduzirá, sempre e irremediavelmente, à personalidade.
Então, é claro, existe certa forma de expansão, através da escuta de um música, através de técnicas ou através de um reencontro que vai comover a alma e dar a impressão de uma dilatação da consciência.
Mas isso será, sempre, apenas temporário.
De fato, vocês são capazes de reproduzir a emoção de uma música escutada, sem escutá-la?
Vocês são capazes, com outro ser humano?
No início, a simples lembrança do ser amado basta para desencadear a emoção.
Mas tentem reproduzir essa mesma emoção ao final de um período de aprendizado.
Tentem, mesmo, lembrar-se de suas primeiras palpitações amorosas, após dez anos do que vocês chamam casamento.
Será que isso é possível?
Questão: ser comovido às lágrimas quando se ativa o ponto KI-RIS-TI é também uma emoção?
Cara Irmã, se você chama emoção, o que você quer que isso seja mais?
Se as lágrimas sobem, é uma emoção.
Mas eu esclareço que existe, efetivamente, nos momentos que precedem o acesso ao Si ou ao Cristo, uma emoção que eu qualificaria de final, que é essa tensão de Abandono para Cristo, para a Luz Branca.
Mas, mesmo para esta, se há a possibilidade de adiá-la, de observá-la, então, você constatará que a Paz é muito maior.
Questão: eu associei isso a uma sensação de sagrado.
A alma, também, ama o sagrado.
Como uma música ou como uma relação ou como um ritual religioso pode fazê-los chorar ou comovê-los.
Mas isso não será o Espírito.
O Espírito não pode conter a mínima emoção.
Questão: poderia desenvolver sobre a sobreposição dos dois estados de consciência?
Meu Irmão, isso foi desenvolvido nem há 24 horas.
A sobreposição da Consciência é o fato de viver, efetivamente, um sentimento de desdobramento, que se traduz, ao mesmo tempo, pela possibilidade de efetuar atividades correntes e comuns, quaisquer que sejam e viver, ao mesmo tempo, pontos de Vibração.
Se vocês estão atentos, vocês podem, de modo extremamente simples, observar que há ainda algum tempo (ao menos para aqueles que seguiram esse processo de Casamentos Celestes ou de Revelação progressiva da Luz), vocês deviam entrar na interioridade para perceber algumas Vibrações.
Hoje, vocês constatam que essas Vibrações permanecem e prosseguem, mesmo se vocês fazem qualquer outra coisa.
Isso se chama uma sobreposição.
Questão: diante de uma emoção forte, fechar os olhos, ter uma respiração profunda e bater no Coração para ali levar a Consciência continua atualidade?
Sim, a não ser que (como eu dizia, na resposta à questão anterior que me foi colocada) hoje, a Vibração está mais presente.
A respiração, efetivamente, presente na maior parte dos ensinamentos da Índia, e mesmo no Ocidente, é um meio simples de liberar tensões, emoções e o mental.
Isso foi, aliás, utilizado em inúmeras técnicas.
Hoje, pode ser mais simples, também (mesmo se aquilo permanece válido), pôr em prática o que eu dei como indicações.
Mas não há qualquer objeção, é claro, a realizar os dois, ou mais o primeiro do que o segundo.
Vocês são únicos juízes do que lhes corresponde melhor.
Mas saibam que, se a técnica que vocês empregam é eficaz, vocês constatarão (doravante, muito rapidamente) o aparecimento dessa Paz.
Isso conduzirá, também, a um dado momento, além do Sat Chit Ananda, à capacidade, real e concreta, de não mais perceber a mínima distância entre vocês e o outro.
E, naquele momento, vocês apreenderão, porque é a precisão da Consciência, que o outro é apenas uma parcela de vocês mesmos.
Mesmo aquele que viria chocá-los, de maneira a mais violenta, é apenas uma parcela de você mesmo.
Pode ser muito difícil, ainda hoje, para muitos de vocês, aceitar, e ainda mais difícil viver isso.
Se vocês praticam o que eu lhes dei, vocês constatarão que isso não é um ponto de vista, mas a realidade estrita da Consciência.
A separação existe apenas no ego.
Questão: qual é a diferença entre o coração emoção e o coração Vibração?
O coração emoção é uma emoção.
O sentido do sagrado, a emoção sagrada, a emoção amorosa, interesse do coração.
Mas o que acontece, naquele momento, ao nível físico do coração?
Uma ampliação aumentada da respiração, um batimento cardíaco mais forte, uma modificação do ritmo cardíaco.
No Coração Vibral nada há de tudo isso.
Há, simplesmente, a Paz.
Há o calor e o Fogo do Coração: Vibração intensa, em suas diferentes fases, que eu já desenvolvi, concernente à pressão que ocorre entre os pontos AL e UNIDADE e, em seguida, substituída por uma Vibração que ultrapassa, amplamente, o chacra do Coração e perfaz todo o peito.
Essa Vibração torna-se um Fogo, que permite sentir os pontos Vibrações da Tri-Unidade e, desde hoje (para alguns, já desde antes), sentir-se perfurar, de trás para frente, ou da frente para trás.
Isso é o Coração Vibral e não é o coração emoção.
O coração emoção é um abuso de linguagem, uma vez que o Coração não será, jamais, uma emoção.
A empatia, por exemplo, classicamente atribuída ao coração é, eu diria, a última fase Vibratória da emoção que conduz ao Coração; não é o Coração.
A compaixão é uma capacidade Vibratória de identificação ao sofrimento do outro, mas não é tornar-se o outro.
A compaixão recorre à alma e não ao Espírito.
O conjunto da humanidade, eu os tranquilizo, confundiu isso muito amplamente.
Apenas quando se vive a Vibração do chacra do Coração, a abertura, real e concreta, do Coração, é que se consegue, realmente, compreender o que isso quer dizer.
Aliás, a Consciência não pode ser enganada; ela é, antes, devido mesmo ao confinamento da consciência do ego pelos princípios Ahrimanianos e Luciferianos, quem os confina, literalmente, no corpo de desejo e no corpo de personalidade.
Esse corpo de desejo e esse corpo de personalidade podem ter uma vida espiritual.
Existem mesmo mecanismos extremamente precisos, chamados os ensinamentos da alma, que evocam, aliás, essa vida da alma nos mundos ditos espirituais, mas que são apenas o reflexo da verdadeira espiritualidade, uma vez que concernem apenas ao mundo astral e não às esferas situadas além do mental, ou seja, as esferas Unitárias.
O ser humano foi enganado, desde milênios, por isso, tomando a vida da alma pela vida do Espírito.
Questão: que significa a aceleração dos batimentos cardíacos quando de uma subida Vibratória?
Isso prova, simplesmente, que a personalidade está ainda presente.
Isso é constante em muitos seres na fase de despertar, mas, a um dado momento, quando a Paz estabelece-se, não pode mais haver aceleração do ritmo cardíaco.
A respiração, como foi dito, não está mais nos pulmões, mas no Coração.
O ritmo cardíaco torna-se respiração (nem aceleração nem aumento de amplitude), ou um mecanismo de desaparecimento mesmo do batimento cardíaco.
A subida Vibratória, em outros termos, bem real, traduz, simplesmente, que, nos mecanismos íntimos do corpo, da alma e do Espírito, a alma apreende-se da Luz para descê-la ao nível da personalidade.
Foi assim que nasceu a ilusão Luciferiana: querer tomar a Luz para o ego, o que corresponde às frases perfeitamente conhecidas, pronunciadas por Buda: «quando você encontra os poderes da alma, salve-se, rapidamente».
O processo de apropriação é ligado, em si, ao princípio de falsificação Luciferiana, que faz com que tudo queira ser guardado para si e para a consciência do ego.
O conjunto da humanidade, exceto os seres que realizaram o Si, está sujeito a esse princípio Luciferiano.
A maior parte dos ensinamentos espirituais fechou-se, ele mesmo, nessa ilusão Luciferiana, crendo que compreender a alma daria acesso ao Espírito.
Isso é impossível.
Questão: viver a abertura do Coração e tornar-se o outro significa que se vive, igualmente, os sofrimentos, as emoções dele?
Absolutamente não.
É toda a diferença com a compaixão.
Vocês vivem o outro, em Espírito, e não em alma.
Daí toda a confusão de uma multidão de ensinamentos que falaram de raios da alma, de almas irmãs, de chamas gêmeas, que, estritamente, não integraram a noção do Espírito.
Questão: poderia falar de uma emoção específica: o medo final, aquele da morte?
O medo da morte é, efetivamente, a Passagem da última Porta: a última Passagem ou a última Reversão, assim como foi nomeada por outros Anciões.
Obviamente, esse medo faz parte da estruturação do ego, da estruturação do cérebro.
Apenas pelo estabelecimento da Paz, pelo estabelecimento da Alegria é que o medo da morte desaparece.
Foi-lhes comunicado certo número de elementos, que lhes permitem limitar, de algum modo, esse medo da morte.
Mas o medo da morte faz parte da herança biológica do ser humano.
Ele está ligado a certo número de elementos chamados de perpetuação da espécie, inscrita ao nível dos cérebros os mais antigos.
São mecanismos de sobrevivência, também.
Assim, portanto, vocês não podem lutar contra o medo da morte.
Vocês podem apenas Abandonar-se à Luz e é esse Abandono à Luz que realizará, para vocês, a continuidade da Consciência e, portanto, a compreensão e a vivência de que a morte é o Nascimento.
De fato, vocês podem apenas mudar de ponto de vista.
Vocês estão sujeitos ao medo da morte enquanto sua consciência não passou a certa proporção de Consciência Unitária.
O impulso, a abertura do último portal, realizado por METATRON, vai fazê-los viver, concretizar e perceber que a morte é o Nascimento.
Isso deveria pôr fim, de modo extremamente lógico, para aqueles que aceitaram o Espírito e que vivem o Espírito, ao medo.
Lembrem-se de que, além do medo há, também, a recusa.
A recusa da morte é ainda mais inscrita na estrutura biológica e na personalidade, dado que a primeira etapa, aliás, de uma personalidade que vive a morte (ou vai viver sua morte, proximamente) é renegar ou denegar esse processo de morte, porque o ego não pode conceber seu próprio fim.
E é assim feito.
Vocês não podem lutar por si mesmos, eu repito, contra isso.
Apenas estabelecendo-se na Consciência Unificada, cada vez mais frequentemente, é que essa Consciência Unificada e a Luz Vibral que penetra em vocês poderão, pela presença do Si e do Cristo, liberá-los, totalmente, desse medo do Desconhecido, porque a vida do Espírito será, então, em parte ou na totalidade, Revelada, e esse Desconhecido terá se tornado, portanto, conhecido.
Só o Desconhecido dá medo, exceto, é claro, as situações em que o conhecido acompanha-se de reações emocionais violentas, que vocês todos conhecem, no mínimo, por terem ouvido delas falar.
O melhor dos exemplos é o medo que volta a manifestar-se, sistematicamente, nas mesmas circunstâncias.
E, no entanto, ele é conhecido.
Mas esse medo fundamental do Desconhecido e da morte desaparece assim que o Espírito toma o passo, como eu o disse, sobre a personalidade.
Não temos mais perguntas. Agradecemos.
Caros Irmãos e Irmãs, de meu Coração ao seu Coração.
Que o Amor esteja em nós todos.
Eu acompanharei seu primeiro espaço de alinhamento de 19 horas com a abertura da porta KIRISTI.
Com Amor.
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Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com
Primeiramente, sou levado a confessar que tem havido em mim, já em nível de consolidação, um crescendo enorme de ressonância com estas Mensagens. No caso desta, por exemplo, foram demasiados os pontos que considerei como relevantes, capazes mesmo, de fazer a diferença e impulsionar o processo do Despertar; o que é algo realmente raro de se ver, não obstante a infinidade de discussões a respeito. Como exemplos destes pontos fundamentais, a MSG menciona alguns princípios básicos, tais como: "O ego não pode, jamais, ser resolvido pelo ego <> Compreender e aceitar que vocês nada são do que creem ser <> O mental não sabe jamais inovar, ele faz apenas reproduzir <> O Espírito não pode conter a mínima emoção <> A separação existe apenas no ego <> O ser humano foi enganado, desde milênios, tomando a vida da alma pela vida do Espírito". Contudo, o que a MSG mais se propôs a discorrer foi sobre a possibilidade de se conseguir alguns instantes antes de reagir, significando com isso, uma forma de distância em relação às próprias reações. Com este distanciamento, obtem-se o não negar o que se apresenta, não estar na recusa, mas, exercitar a Consciência, para não manifestar, de maneira alguma, a reação, no momento em que ela se produz. No caso desta MSG, ainda sinto que preciso dizer que ela foi bem mais que um presente de Um Amigo, e que não haveria palavras suficientes para agradecer!!!
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