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21 de mai. de 2012

BIDI – 21 de maio de 2012

Mensagem publicada em 23 de maio, pelo site Autres Dimensions.


PRIMEIRA PARTE
Áudio da Mensagem em Francês

Link para download: clique aqui

SEGUNDA PARTE


Áudio da Mensagem em Francês

Link para download: clique aqui






Questão: refutar e dizer: «Pai, eu entrego meu Espírito entre suas mãos, porque tudo está consumado», facilita a Dissolução?

Desde quando o Pai tem mãos?
Desde quando você tem algo a entregar a quem quer que seja?
Através da pronunciação dessa frase, você se afasta de sua própria Dissolução no Absoluto, uma vez que considera que existe um Pai (onde quer que ele esteja situado).
Você mantém, portanto, o Si.

O Abandono do Si não é entregar o que quer que seja ao Pai, mas entregar-se a outra coisa (para além de toda forma, de toda denominação ou de toda definição).

Nada há a fazer: ficar tranquilo, calmo.
Tudo se desenrola sem qualquer intenção, sem qualquer oração, porque a oração considera que há algo de exterior.
É o próprio princípio e o fundamento de todas as religiões que os levaram a criar, a conceituar, algo de inacessível.

O Pai é a Fonte.
A Fonte não é o Absoluto.
Agora, faça como você quiser.

Questão: foi o Arcanjo ANAEL que nos falou para dizer essa frase no momento final.

Para viver o Si, para estabelecer o Si, mas não o não Si.
Para criar uma identificação, chamada Comunhão.
Mas a Comunhão não é a Dissolução.
Fusionar não é estar fundido.
Há uma diferença.
O próprio apelo que você cria, cria um pedido e uma falta.

O Absoluto não pode ser qualquer falta.

Questão: você disse: «nada pode durar do que é inscrito no tempo desse mundo, exceto o que não se move, que é imóvel». E isso se revelará, então, unicamente pela refutação e o interrogatório do «quem sou eu»?

Encontre-me uma coisa que não se mova nesse mundo, que gire ao redor de qualquer outra coisa.
É uma visão do espírito.
O Centro não pode estar nesse mundo.
Ele está por toda a parte, mas além do Tudo.

O tempo é o espaço.
Assim que você saiu do tempo, a ilusão é fazer crer que há um tempo separado de um espaço e um espaço separado de um tempo, que cria a distância.
Isso não existe.

O Centro não é tempo algum.
Ou, então, ele é todos os tempos, mas no espaço (que é o tempo).
A separação do tempo e do espaço participa da ilusão.
Quando você é Absoluto, o tempo não existe.
Ele é o espaço e, nesse espaço, no qual você não tem mais pessoas, no qual você não é mais uma pessoa, no qual você não é um indivíduo e no qual você não é mais um indivíduo: você é o Centro, o Absoluto.
E, aí, é-lhe dado a perceber – para além de toda percepção, porque você se fundiu dentro – o azul escuro e bilhões de estrelas.
Aí, você não se move.
E você está em lugar algum e por toda a parte.
Você não pode ser limitado a qualquer tempo ou qualquer espaço.
Só o ego mantém o tempo, porque o que se move, o que é efêmero, é inscrito no tempo, sempre (seja esse saco de alimento, seus pensamentos, suas emoções, quaisquer que sejam).

Questão: é desejável passar pela Fusão com meu Pai e a Dissolução nele mesmo para tornar-se Um e, unicamente após isso, considerar o Absoluto?

Considerar o Absoluto não permite ser Absoluto.
Apenas depois que você solta tudo o que crê ser – e mesmo o Si – é que você penetra na não consciência (ou a-consciência).

Os mecanismos de Dissolução são, antes de tudo, o Abandono do Si, o Abandono do Eu Sou.
A partir desse instante, aparece um Duplo.
Quem quer que ele seja, não o personifique – mesmo se ele seja personificado – porque o reencontro permite o Absoluto.

Se você fosse capaz de fusionar com um fio de erva, você viveria, exatamente, a mesma coisa.
Mas, por razões de comodidade, você escolhe, em geral, um deus (qualquer que seja), um modelo ou outro Ser.
De fato, você não o escolhe: é aquele que aparece à sua própria ressonância, como uma imagem no espelho.

Enquanto você não realizou o Si (se fosse o caso), é preferível escolher uma imagem.
Mas vem um momento em que a própria imagem deve fundir-se (como você se funde).
Não há necessidade de entidade, nem de você, aliás.

É preciso sair da visão que puxa tudo para si.
O pensamento é assim feito – o mental, também – para que vocês tenham necessidade de ver-se.
Mas, enquanto vocês creem ver-se, através de algo de exterior a vocês, vocês não se veem.
E por uma razão: nada é necessário puxar para si, é preciso dar o Si.

Enquanto existe uma experiência, enquanto existe uma sede de experiência, enquanto existe uma contemplação do Si, do Eu Sou, o Absoluto não é revelado.
Mas, para muitos, isso é muito difícil.
Portanto, nesse caso, fique no Si.
Mas, de qualquer modo, tenha-se tranquilo.
Porque, quem joga o jogo de querer jogar algo?
Seja o espectador, se você não pode sair do teatro.
Mas não seja aquele que desempenha o papel.
Esqueça-se, totalmente.
O que quer que lhe diga seu ego (que é o neant, que é assustador), isso não é verdade.

Questão: se, no Si, há, ainda, modelos, crenças, é preciso fazer uma introspecção, a fim de descobri-los, quando eles se escondem no inconsciente, a fim de refutá-los? Ou esperar que apareçam, no curso da vivência?

A refutação não deve concernir ao que você procura.
Se você procura, no Mim, o que está inconsciente, o que é que acontece?
Você dá a ele um peso, uma verdade que não existe.

O que aflora, o que sobe como pensamento deve ser refutado, mas não vá procurar o que não aparece.
Se não, você recai do Si ao Eu, você mantém a personalidade.

Nenhuma ação na personalidade permite sair da personalidade.
É o ego que crê nisso.

A refutação é interessar-se pelo que se manifesta no Si ou, eventualmente, no eu, mas não vale a pena entrar no eu.
Se não, você atribui crédito a ele, você o revaloriza, você joga o jogo da dualidade, considerando que você é uma sombra.
Mas você não é a sombra de si mesmo: você é Luz e Amor.
Nada mais.

Tudo o que aparece na consciência é uma sombra.
Por que ir revelar o que dorme e que não existe?
Para torná-lo consciente?
E manter o eu?

Questão: minhas atividades, meu trabalho são incompatíveis com o desenvolvimento do Absoluto, se nutrem a dualidade, a ilusão, ou mesmo o confinamento?

Você se dá conta do número de eu que você pronunciou (meu trabalho, minha atividade)?
Quem lhe disse para deixar o que quer que fosse?
Quem lhe pede isso?

Comece, já, por suprimir os eu e os meu.
Você está identificada.
Além do corpo, você se identifica às suas ações, à sua vida.
Você não pode pôr fim à sua vida, uma vez que você não é sua vida.
Não é, tampouco, suprimindo o que é aparente, desse modo, que você vai podar, que você vai encontrar o que quer que seja.

Eu a convido a voltar a escutar sua questão, para ver quantas vezes há minha vida, mim, meu, eu.
Há apenas isso.
Refuta isso, e não se ocupe disso.

Você não é o que se desenrola.
Deixe viver a vida que se vive.
Deixe o trabalho fazer-se.
Você não é o trabalho que se faz.
É isso o que eu digo.
Eu não disse que era preciso deixar o que quer que fosse.
Não há qualquer obstáculo ao Absoluto, a não ser você mesma.

Questão: poderia falar-nos da linguagem e do silêncio, na ligação deles com o Absoluto?
A linguagem é própria desse saco de alimento.
A consciência é uma secreção desse saco, tal como vocês nomeiam.
Mesmo o eu Sou: o que é que ele se torna, quando esse saco não está mais aí?
Você acredita que vai poder proclamar «Eu Sou», do outro lado, sem corpo?
É uma ilusão.

Em seguida, o silêncio e a linguagem.
O que é a linguagem?
O espaço entre dois silêncios.
Não há silêncio.
Há apenas o fato de ficar tranquilo porque, quem pode dizer que está no silêncio?
Você pode fazer o silêncio das palavras.
Você pode fazer o silêncio dos sentidos.
Mas o corpo continua aí, e você continua dentro dele.

Essa é apenas uma primeira fase da introspecção, que vai fazê-la viver o Si ou uma aproximação do Si.
O Absoluto não se importa com a linguagem.
Há apenas que fazer silêncio.
Porque, mesmo o Eu Sou é um som.
Um som primordial, aquele que aparece, também, no Absoluto, nesse azul escuro e nessas estrelas (que não o são).

É claro que você pode trabalhar no Si, reforçá-lo, pela meditação, pelo silêncio.
Mas todos eles são apenas jogos.
A linguagem é um obstáculo.
O mais importante é ficar tranquila.

Se você se esquece de si mesma, o Absoluto está aí: sem nada procurar, sem nada pedir, sem procurar zonas de Sombra, sem procurar uma Fusão (ela se produz por si mesma).
Deixe esse corpo viver sua vida.
Deixe-o falar, se ele quiser.
Deixe-o fazer o silêncio, se ele quiser.
Mas você não é nem a linguagem, nem o silêncio.
Isso pertence à ilusão.

A linguagem é criada pelo saco de alimento: é uma interface da consciência.
O silêncio também.

Questão: uma expansão do vazio, uma paz, um êxtase permite ao Absoluto revelar-se, se se apaga, completamente, desse estado?
Sim.
A partir do instante em que você considera que não é a experiência que você vive, a partir do instante em que você refuta essa experiência (sem querer extrair-se dela, mas constatando-o), então, o Absoluto está aí.
E você não poderá mais falar de uma experiência.

A experiência pertence, sempre, ao Si, ou à Presença, ou ao Eu Sou porque, se não houvesse observador que vive a experiência, o que restaria como experiência?
Nada.

É o Si que joga dele mesmo e com ele mesmo.
É muito sedutor, porque a consciência é apenas uma experiência.
E, quanto mais as experiências aparecem, mais a consciência delas se nutre.
Como você quer, nesse caso, chegar a ser o que você É?

Há experiências que você não pode reproduzir.
E, aliás, esse gênero de experiência sobrevém, sempre, inesperadamente, sem preveni-los, caso contrário, vocês não a viveriam, por medo.
Aí também, não se extraia de nada.
Refute-a, ficando tranquila.
De qualquer modo, deixe vir, e você constatará que há algo que está por trás do observador, por trás daquele que diz: «eu vivo uma experiência e um êxtase».
Aí, você está no bom caminho, porque você fica tranquila.
Se você aceita que não é você que vive a experiência (mas o Si), então, o Absoluto está aí.

Questão: uma de suas intervenções pareceu-me límpida, mas eu acreditei compreender que o Absoluto revelar-se-ia a nós, unicamente, quando não se compreendesse mais nada. O que é isso?

O dia em que você compreender que nada pode compreender, o Absoluto estará aí.
Vá além do que é compreendido, porque compreender é tomar, é apropriar-se, é justificar, é explicar.
O Absoluto não pode ser nem compreendido, nem justificado, nem explicado.
E isso não é uma experiência.

Apreenda – como na questão anterior – que há, sempre, uma consciência que observa.
Vá além do observador.
Você não é aquele que olha a peça, nem mesmo a poltrona onde ele está sentado.
É preciso sair do teatro para compreender que não há teatro.
Mas o fato de sair não é uma ação: é uma imobilidade total, na qual você é o Centro, de toda parte.
É o eixo da roda.

O que eu digo não é feito para ser compreendido.
Justamente.
Quando isso aparece como límpido, não é mais o cérebro, por vezes, é o Si.
É o imediatismo do que você apreende que cria o sentido, mas vá além do sentido.
Vá além do que é compreendido.
Aceite que, desse lado (aí, onde você está), você é ignorância e que todo conhecimento é ignorância.
Solte seus conhecimentos e, aí, naquele momento, você considerará – porque é a Verdade a mais total – que você é ignorante.
Porque eu poderia perguntar-lhe: diga-me, quem É você?
O que você teria a responder?

O que quer que você compreenda, o Absoluto é imóvel, seja nessa forma efêmera, ou que ele não esteja mais em lugar algum.
Não há mais experiência, nem compreensão.
É um estado, além de todo estado.

Assim que você compreende algo, você tem a impressão de que isso lhe aparece como claro e que você o conhece.
E, portanto, você pode conhecer apenas o que é exterior a você.
É preciso, também, superar isso.
O Absoluto não é uma compreensão, bem ao contrário.
Não é, tampouco, uma experiência.
Não é, tampouco, um estado.
É o Final.

Questão: eu vivi a Fusão com a natureza. O resto ao redor era apenas um cenário. Depois, o Véu da ilusão rasgou-se e apareceu a brancura da Luz. O que era?
Isso se chama a infinita Presença.
É o momento – como você o diz – em que o Véu rasga-se.
É, de algum modo (se posso exprimir-me desse modo), a antecâmara do Absoluto.
Simplesmente, isso foi – como você o diz – uma experiência.

Para o Si, é uma etapa.
Ela é respeitável.
A coisa a realizar não é comemorar, lembrar-se dessa experiência, mas, aí também, observar, além da experiência e da memória da experiência.

Quem é você?
Coloque-se a questão: que sou eu?
Será que eu sou o observador que viu esse Véu da ilusão que se rasgou?
Será que eu sou a Luz que eu vi?
Você não pode ver o que você É, de maneira alguma, quando a experiência pode reproduzir-se.
Se ela se reproduz (e reproduzir-se-á), vá além do que você observa.
É o único modo de fazer desaparecer o observador.

Como você diz: é um cenário.
Mas vá além do cenário, também.
É uma fase preliminar.
O que eu quero dizer com isso: esqueça-se dessa experiência, ela já teve seu efeito.
Ela terá ainda mais efeito.
Lembre-se: você não é, jamais, as experiências que você vive, mesmo se a consciência está ávida dessas experiências (e, se possível, luminosas, e não sombrias).

Eu a engajo, portanto, a superar a experiência.

Questão: a memória que se liquefaz é uma ajuda para superar o jogo do mental ou é um jogo, uma recuperação do ego?

Não.
O ego tem necessidade da memória.
Olhe a criança que é virgem.
Ela não é afetada por qualquer memória, pelo menos muito jovem.

A memória é ligada ao tempo e à sua separação do espaço.
Você tem a memória do que você era antes?
A memória não lhe é de qualquer ajuda.
Então, regozije-se.
Você verá que, se sua memória desaparece, o que resta?
O Absoluto.

A memória pertence a esse mundo.
Ela faz parte da experiência.
Não é a Vida.
Portanto, regozije-se.

Questão: eu não sinto mais os estados de Contentamento que me ajudavam a viver. Eu devo renunciar a esses estados, para estar no Absoluto? Eu tenho a impressão de perder o contato com o que eu nomeava o Divino. Isso quer dizer que eu devo refutar esse estado? Pode ser o Si?

Se você refutou (ou que não o tenha refutado), você constata que ele não está mais aí.
Você mesma diz que era uma ajuda, para suportar.
Mas o Absoluto não tem necessidade de qualquer ajuda, nem de ser suportado pelo que quer que seja.
Porque é o que você É.
O Absoluto é Contentamento, mas ele nada ajuda a suportar, porque é sua natureza de ser o Contentamento, e não de viver a experiência do Contentamento.
Portanto, é claro, isso deve desaparecer da experiência, para que se torne, realmente, o que você É.

Eu disse: a Vibração, o Samadhi, as saídas do corpo, tudo isso representa o quê?
O Si, a a-consciência.
Ir além da consciência é não mais ter consciência, nem memória, nem Vibração, nem nada.
Quando isso acontece, ou você se desola (e é o Si que se desola), ou você aquiesce e, aí, tudo se revelará, para você, sem esforço.
Isso provará, de algum modo, que você renunciou.
Há, realmente, um Abandono do Si.

Você construiu o Eu Sou.
Você viveu o Eu Sou.
É tempo de superar isso.
É o que se produz.
Então, acolha.
E você não terá mais necessidade de suportar a vida.
A Vida desenrolar-se-á.
Você estará aqui (nesse corpo), mas, também, por vezes, em por toda a parte em outros lugares.
Você não será mais afetada pela repetição desse gênero de experiência ou pelo desaparecimento dela.

Você não deve nutrir-se da Luz, mas Ser a Luz.
É o que você É.
Então, o ego vai inventar sombras, projeções, experiências.
Ele chama a isso Divino.
Mas quando isso desaparece, você está madura.

Questão: que são os Leilas do Senhor?
É um jogo.
É a cena de teatro.
A vida é jogo [peça de teatro].
Então, por vezes, vocês têm papéis de comediante, por vezes, papéis de algoz, por vezes, papéis de vítima.
Às vezes, vocês estão felizes, às vezes, vocês estão infelizes.
Mas são esses jogos, justamente, que mantêm a consciência e o Eu Sou ou o ego.

Os Leilas do Senhor é além, ou seja, já, reconhecer o que acontece.
É considerar que o mundo não é mais real do que você.
É o cenário que está aí, que permite à consciência manifestar-se porque, sem manifestação, não haveria consciência (qualquer que seja essa manifestação).
Porque a manifestação é, sempre, uma expressão e uma projeção ao exterior (qualquer que seja esse exterior).

Então, são jogos.
A consciência joga de observar-se.
O Absoluto não é consciente.

Questão: ignorar os pensamentos é uma maneira de dar, ainda, peso ao mental?
Absolutamente não.

Questão: o que é que eu não teria identificado, que nutriria meu eu e que eu teria que conhecer hoje?
Se algo não está aí, se sua consciência não o vive, por que você quer que eu lhe responda, de maneira precisa, sobre seu inconsciente?
Você quer que eu nutra o quê?
Coloque-se a questão: o que você ainda está olhando, se não é seu próprio umbigo?
Não é preciso brincar com os medos.
Nada há a escavar, porque você escava um buraco: você cai dentro.
É, de algum modo, lógico.
Não vá procurar o que nada lhe pede.

Questão: como ficar calma, imóvel e tranquila?
Fique tranquila.
O que você quer que eu lhe diga mais?
Porque, se eu lhe dou algo a fazer (um conselho), você estará ainda menos tranquila.
Você persegue um objetivo que não pode existir.
Saia de si mesma.
Aí também, não se olhe o umbigo e esse corpo que tem necessidade de mover-se.
Ele exprime um medo.

Então, você quer saber qual é esse medo?
Isso para nada serve, a não ser para reforçar o ego.
Esqueça-se, de você também.
Você participa do movimento, porque você está identificada ao movimento.

Enquanto você crê que você é o movimento desse corpo que se move sem parar, ou desses pensamentos que saem, como você quer ficar tranquila?
E, se você quer opor-se a isso, coloque-se a questão: quem se opõe?
Sempre o eu.
O Absoluto a nada se opõe: ele É, além do Ser.
É o não ser, o não Si.
Portanto, nenhuma técnica do Si ou do eu pode solucionar o que você me pergunta.
É você que deve mudar de ponto de vista.
É você que deve deslocar-se do movimento.
Porque, se eu acrescento outro movimento, o que acontece?
O Absoluto está menos aí.
Portanto, eu não posso nutri-la.

Questão: Viver a Dissolução, Fusão, Dissolução com a Mônada corresponde a realizar a Dissolução do Si? Isso realizado, não é, então, viver as condições ideais do Absoluto?

Não existe qualquer condição ao Absoluto.
O Absoluto não é uma etapa, nem uma realização.
Contudo, o Sol, um fio de erva pode permitir-lhe realizar isso mais facilmente, por quê?
Porque a consciência não é mais tributária desse saco de alimento.
Ela concebe-se, a si mesma, existente fora desse saco, e é o Eu Sou, o Si.

Agora, o erro seria crer que há condições, preliminares: não há nenhuma.
Você procura, através de conceitos – portanto, através do mental – porque você tem necessidade de colocar conceitos e de apoiar-se neles.
Isso fará, sempre, parte da experiência.

Assim que você procura, você já está no erro, porque nada há a procurar.
Procurar é sair do ficar tranquila, é voltar a jogar o jogo da experiência.
Ora, toda experiência deve cessar.
Portanto, mesmo o que é nomeada Mônada ou Duplo ou fio de erva chega a você quando você está pronta.
Não é você que vai para ele, caso contrário, é um desejo, é, ainda, uma experiência.

Não se ocupe, tampouco, disso, pare de colocar conceitos ou condições.
Você não pode sair disso com a reflexão, é impossível: toda reflexão é um espelho do eu ou do Si, nada mais.

Questão: deve-se regozijar quando não se vive qualquer experiência?
Sim, e, mesmo, quando você dorme.

Questão: eu já saí do teatro, mas para encontrar um segundo cenário. O que aconteceu?
Não se regozije: substituir um teatro por outro para nada serve.
É, ainda, uma experiência, como você mesma diz.
Portanto, é preciso cessar as experiências.

É claro, elas se produzem, porque a consciência é apenas uma experiências, quaisquer que sejam.
Substituir um teatro por outro teatro para nada serve.
É um instante em que todos esses jogos devem cessar.
É a avidez que cria a experiência.
Você constatará que é o momento em que não há mais qualquer avidez, qualquer expectativa, qualquer desejo, que tudo acontece.
Mas não uma experiência.

O Absoluto não se nutre de qualquer experiência.
Ele as contém, não é a mesma coisa.
É preciso expulsar a avidez, o desejo.
Eu repito: fique tranquila, não se canse em sair de um teatro para entrar em outro teatro.
Quer ele seja mais belo ou menos belo, nada muda.

Toda experiência é da ordem da avidez ou do desejo.
Consciente ou inconsciente: isso não tem qualquer importância.

O desejo é, sempre, apenas a expressão ou desse saco de alimento, ou da alma, mas continua apenas um desejo.
A partir do instante em que não há mais qualquer desejo, o Absoluto está aí, porque é o que você É.

Você não É um desejo e, ainda menos, uma experiência.
Apenas quando você aceita tudo soltar: o Abandono do Si.
Mas, enquanto o Si vive experiências, mesmo se ele se aproxime ou dê a impressão de aproximar-se, o Absoluto não está aí.
Em todo caso, você não está aí.
O Absoluto sempre esteve aí.

Questão: isso não estava ligado a uma vontade de experimentar, mas produziu-se espontaneamente, quando em entrei no som.

E depois?
A experiência, mesmo que não a interesse, é apenas uma projeção em sua consciência.
O som desemboca no Absoluto, senão, ele desemboca em uma experiência.
Supere a experiência.
E não me diga que você não a quis, porque nada se produz se você nada deseja.
A palavra avidez é exata, porque se há experiência, há desejo.
Ou, então, a experiência deve ser, justamente, a perda de toda referência, e não outra referência.
Não há movimento no Absoluto.

Toda experiência não surge de lugar algum, ela é construída em algum lugar.
Quer você veja elefantes rosa ou um teatro, nada muda: é, sempre, uma projeção.
Apenas quando o cenário desaparece, totalmente, quando o Si desaparece, também, não antes.

Questão: quando se apreendeu que é preciso ficar tranquilo, não há, então, mais questão a colocar?

Você é Absoluto?
Não. Não sei. Sim, certamente.

O que é que se move, nessas respostas, se não é o ego?
Eu já respondi a uma questão, longamente, sobre alguém que não tinha questão.
A questão não existe mais do que a resposta e, no entanto, isso não é um jogo.

Questão: como soltar tudo e Abandonar-se à Simplicidade?
Reconhecendo o que você É: Absoluto.
Nada há a soltar.
Quem coloca a questão, se não é o ego?
Quem crê que deve soltar algo?

Ficar tranquilo é nada soltar: é refutar.
Enquanto você procura o que quer que seja para soltar, é que você considera, é claro, que há algo a soltar.
O que você quer soltar, uma vez que você já soltou?

Questão: poderia voltar à noção de Absoluto inclusivo e a necessidade de não negar a ilusão?
Conceber que você é uma ilusão, porque efêmera, não faz, contudo, desaparecer o efêmero.
Ele desaparecerá por si mesmo.
Você não tem necessidade de pôr fim a esse corpo: ele é programado para desaparecer.
É mudar de ponto de vista, simplesmente.
Mudar de ponto de vista exprime a Verdade e a Realidade.

Enquanto você se atribui esse corpo, esses pensamentos, essa vida, você está no ponto de vista desse corpo, dessa vida, desse pensamento ou nessa experiência.

Mas você não é nem a experiência, nem o corpo, nem o pensamento, porque tudo isso passa.
Aceite, simplesmente, isso.
Você não tem qualquer meio de agir na ilusão porque, a partir do instante em várias consciências existem, elas criam uma ilusão comum, que vocês chamam o mundo.

Viva o que há a viver com entusiasmo, com paixão, se você quiser, mas não seja isso.
Nada há de incompatível no que eu digo, exceto para o ego.
Você não É esse corpo, tampouco você É esse mundo.
Ele existe apenas porque você ali está inserida.
Quem é responsável por essa inserção?
Seus pais?
Sua consciência?
Quem?
Se você consegue ver, sem ver, além de tudo isso, portanto, mudando de ponto de vista (eu não lhe peço para crer no que eu digo, mas colocar sua consciência no bom lugar), então, o cenário desaparecerá, a Luz estará aí.

E, em uma etapa dita Final, você perceberá que você É isso e que a ilusão está compreendida nisso.
É apenas o jogo da consciência.
O Absoluto não pode ver-se a ele mesmo.
É o que você É.

Questão: se não se reencontra o Absoluto em nossa vida, o que acontece depois?
A consciência existe, ainda e, portanto, ela se projetará.

Questão: você precisou que o silêncio é uma questão. Você pode a ela responder?
Sim.
As palavras que, hoje, podem parecer-lhes desprovidas de sentido, o ponto de vista, o olhar.
E, sobretudo “fique tranquila”: tudo está contido aí.
O Absoluto é Isso.

Questão: colocar a consciência no bom lugar é colocá-la ao nível do Absoluto?

Não, largue-a.
Colocar a consciência é uma atenção.
Eventualmente, você pode servir-se do som.
Você se apoia no Eu Sou, mas isso não é o Eu Sou, é o não Si.

Mudar de olhar é não mais colocar a consciência em lugar algum, justamente.
É não mais colocá-la, não mais experimentar.
De algum modo, entrar no silêncio da consciência.
O ponto de vista mudará, por si mesmo, sem ter necessidade de colocar o que quer que seja.

Questão: É preciso deixar o som penetrar-nos?
Mas você É o Som.
Se você considera que um som penetra-o, você considera o som exterior a você.
Portanto, o ponto de vista e o olhar não são bons.

Questão: é normal ter a impressão de que meu corpo não me pertence?
Mas como você quereria que seu corpo pertencesse a você?

Questão: quando se tem a impressão de não mais existir, é uma experiência do Absoluto?
Você mesmo tem a resposta: é uma experiência.
O Absoluto não é uma experiência.
Isso começa a entrar.
Vocês ali estão.
Vocês sempre estiveram ali.
Apreendam e soltem tudo.
Nada há a soltar.

Questão: quando se sente...
Quem sente?

Questão: ... uma presença à esquerda, como viver essa ressonância?
Mas ela está aí, uma vez que você a sente.
Nesse face a face (que é um lado a lado), o que é que vai acontecer?
O Absoluto.

A partir do instante em que você não é mais você, e que você É o que está ao seu lado, nesse face a face, você percebe que não há ninguém à frente e ninguém ao lado, uma vez que nem um nem o outro é verdadeiro.
É, justamente, nessas condições se percebe, para vocês, o que vocês São.
É uma descoberta e não uma experiência porque, quando isso É, a um momento, você sente.
Depois, você ressente.
E, depois, você Vibra.
E, depois, você Fusiona.
E, depois, há o Absoluto.
Mas não é um depois, isso sempre esteve aí.
Simplesmente, sua consciência não se deslocou, suficientemente e, quando ela estiver deslocada, suficientemente, ela desaparecerá.

Tudo isso lhes foi explicado pelos Arcanjos, pelos Anciões, pelas Estrelas.
Eu lhes digo a mesma coisa.
O Absoluto não conhece a distância.
De algum modo, o face a face do Si ao Duplo vem pôr fim à distância.
Isso não é uma experiência.

Questão: e se se viveu uma experiência de Fusão com o Duplo, mas que é parcial?
É como um exame, há parciais, será que você compreende?
Não.
Tanto melhor.

Questão: tornar-se o Som e o estremecimento, ao mesmo tempo, é correto?
De certo ponto de vista, pode-se dizer que você decola.
Portanto, fique tranquilo.
Mas isso é correto.
É a Presença Infinita.
É preciso ir além, mas está ótimo.

Não temos outras perguntas, agradecemos.
Então, calemo-nos.
Foi uma felicidade para BIDI.
E uma felicidade para vocês, mesmo se vocês não o compreendam.

BIDI saúda-os e diz-lhes até uma próxima vez.
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Um comentário:

  1. Eu não disse que era preciso deixar o que quer que fosse. Não há qualquer obstáculo ao Absoluto, a não ser você mesma <> Deixe esse corpo viver sua vida. Deixe-o falar, se ele quiser. Deixe-o fazer o silêncio, se ele quiser <> A linguagem é criada pelo saco de alimento: é uma interface da consciência. O silêncio também <> A experiência pertence, sempre, ao Si, ou à Presença, ou ao Eu Sou porque, se não houvesse observador que vive a experiência, o que restaria como experiência? Nada <> O dia em que você compreender que nada pode compreender, o Absoluto estará aí <> É preciso sair do teatro para compreender que não há teatro. Mas o fato de sair não é uma ação: é uma imobilidade total, na qual você é o Centro, de toda parte <> Aceite que, desse lado (aí, onde você está), você é ignorância e que todo conhecimento é ignorância <> O Absoluto não é uma compreensão, bem ao contrário. Não é, tampouco, uma experiência. Não é, tampouco, um estado. É o Final <> A memória pertence a esse mundo. Ela faz parte da experiência. Não é a Vida <>É preciso expulsar a avidez, o desejo. Eu repito: fique tranquila, não se canse em sair de um teatro para entrar em outro teatro. Quer ele seja mais belo ou menos belo, nada muda.

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