DO SITE AUTRES DIMENSIONS
Bem, caros amigos, bom dia.
Eis-me, de novo, extremamente contente por reencontrá-los.
Como de hábito, vamos, em alguns instantes, poder dialogar, trocar entre nós informações, perguntas, respostas, questões.
Primeiramente, gostaria de dizer-lhes que, no conjunto do planeta, foi implementado o que eu chamaria, quanto a mim, a estagnação de elementos, ou seja, a implementação de elementos que vão casar-se, entrar em rebelião, entrar em fusão, entrar em oposição e ser responsáveis por certo número de desgastes sobre este planeta.
Não se trata mais, unicamente, da água, mas, também, do fogo, do ar, da terra.
Cada um casa-se com seu cônjuge, ou com seu oposto, de maneira a gerar eventos de natureza catastrófica para o ser humano, e, isso, em todo ponto do planeta, e de maneira extremamente rápida, extremamente brutal, extremamente surpreendente.
Isso faz parte da agitação existente, também, no interior de cada ser humano, ao nível dessa perda de equilíbrio, ao nível dos elementos.
Isso é extremamente novo, e isso foi desencadeado antecipadamente, em relação ao que deveria produzir-se na primavera.
Agora, no que concerne ao que nós chamamos os frios excepcionais na Europa do Oeste, a priori, eles deveriam sobrevir antes do final deste mês.
Mas os elementos são agenciados diferentemente.
Quando do lançamento, a distribuição desses movimentos de energia ligados aos elementos que sobrevêm em diversos lugares do planeta e que provocam, de acordo com as regiões que são tocadas, inúmeras coisas que são descritas como desgastes elementares, quer sejam tornados, furacões, movimentos de falhas telúricas, mas, também, da água, em grande quantidade, mas, também, o fogo, em grande quantidade.
Tudo isso se mistura e provoca uma majoração das desordens observáveis, de maneira a atingir a totalidade da humanidade.
Os cientistas não poderão esconder-lhes muito tempo que a Groenlândia está perdendo todo o gelo, que gelos a que vocês chamam icebergs (tão grandes como países, ou mesmo subcontinentes) são desprendidos dos polos ártico e antártico, e desviando-se, e aproximando-se, perigosamente, de zonas nas quais eles vão derreter.
Tudo isso vocês ouvirão, progressivamente e à medida dos dias que vêm, assim como o evento e o advento de vírus que estão, também, atuando através do elemento ar.
Novos vírus vão aparecer, também, com extrema rapidez.
Tudo isso não é feito para dar-lhes medo, não é feito para induzi-los numa psicose, mas, realmente, para fazer o ser humano tomar consciência de que todas as escolhas que ele empreende não estão na lógica da vontade do Pai, da vontade da Luz, bem ao contrário.
Mas será que o ser humano será capaz de dar-se conta de que é ele mesmo o criador dessas desordens?
Isso é muito possível no que concerne aos gelos que derretem, mas, talvez, um pouco menos concebível no que concerne aos produtos derivados, em especial os vírus e outros elementos.
O conjunto que é ligado às disfunções induzidas pelos pensamentos do ser humano, mas, também, por seus modos de funcionamento exteriorizados através dos mecanismos industriais e os mecanismos de gestão de energias, de gestão de elementos.
Tudo isso vocês veem todos os dias.
Vocês o constatarão com uma maior amplitude ainda nos dias e nas semanas que vêm.
Aí está o que eu tinha a dizer-lhes.
Nós entramos no que anunciamos há três meses.
E isso vai acelerar-se, de maneira gradual, certamente, cada vez mais rapidamente, de modo a conduzir a uma agitação do espírito humano até que haja uma revolução intelectual, afetiva, emocional do ser humano.
Nós esperamos, em todo caso, que esse não seja o caso.
Aí está, caros amigos, em preâmbulo, o que eu tinha a dizer-lhes, mas, agora e já, eu os escuto para suas questões que, eu espero, serão enriquecedoras para todos nós.
Questão: por que os animais e as populações fragilizadas são mais tocados?
Há uma explicação perfeitamente real e concreta.
As almas que são, hoje, liberadas pelos processos, digamos, elementares, são as almas que não têm necessidade de estar sobre a Terra, porque são almas realizadas.
Nesse sentido, o que o ser humano pode conceber como algo de injusto – ou seja, os mais pobres, os mais necessitados, que estão sujeitos ao furor dos elementos – é arquifalso.
De fato, essas almas são almas de Luz, que nada mais têm a fazer sobre a Terra.
Vamos concordar que os eventos elementares são os sismos, os tsunamis, os vulcões, os deslizamentos de terra, a água, etc.
Questão: são famílias de almas que se sacrificam em grupo?
Não há sacrifícios.
Há partida em massa de famílias de almas, porque elas nada têm a fazer aqui.
Elas aceitaram o sacrifício descendo, certamente, não subindo.
Ao contrário, é uma liberação para elas.
Questão: para onde partem essas almas que nada mais têm a fazer sobre a Terra?
Elas partem para onde elas devem ir, ou seja, à Luz, aos mundos multidimensionais, para onde elas são esperadas.
Não há explicações suplementares a dar sobre esses mundos, que são os mesmos, descritos desde todas as gerações, quer no livro dos mortos egípcios, quer no livro dos mortos tibetanos e em todas as tradições.
Simplesmente, a passagem à Luz é extremamente rápida para essas almas de Luz.
Não se esqueçam, jamais de que, enquanto vocês façam, vocês façam como ser vivo, e estão persuadidos de que a morte é algo de terrível.
Vocês se enganam.
O aspecto terrível é o nascimento.
Não é, necessariamente, a morte.
Questão: alguns dizem que as almas que deixam a Terra nesse momento não passariam por etapas multidimensionais, mas reencarnariam para um novo ciclo?
Como é possível?
Como é que uma alma que morresse, hoje, não teria a possibilidade de passar ao multidimensional ou decidir refazer um ciclo de 50.000 anos?
O ciclo de 50.000 anos é determinado apenas no momento do fim do ciclo, no momento preciso em que há basculamento multidimensional para o planeta.
Naquele momento, quer se esteja encarnado ou não, isso nada muda na escolha que é feita.
Em contrapartida, uma alma que morre, hoje, morre nas condições habituais.
Uma alma, a título individual, que morre não importa como, não importa onde sobre o planeta, será confrontada à mesma escolha que o ser humano que permanece em vida.
Não há correlação alguma.
Caso contrário, isso quereria dizer que a pessoa que morre, hoje, não tem acesso à quinta dimensão.
E que apenas aqueles que estivessem vivos têm acesso à quinta.
É heresia.
Muito poucos seres humanos permanecerão vivos quando da passagem à quinta dimensão, em toda consciência, em relação aos alguns bilhões de seres humanos que há sobre o planeta.
A escolha não é uma decisão intelectual, ainda menos uma decisão emocional.
É uma escolha que se faz ao nível do espírito, não ao nível da personalidade.
Nenhum ser humano encarnado e que se exprime através de sua personalidade não pode ou não se sabe se ele passará à quinta ou não.
É muito fácil dizer eu quero passar à quinta ou eu quero permanecer na terceira.
Obviamente, todo o mundo quereria passar à quinta e aos mundos da Luz.
Entretanto, apenas o domínio do espírito terá feito a escolha, em função do grau de pureza da alma, em função do grau de refinamento da personalidade, em função do grau de apegos e de não apegos ligados à evolução dessa vida e de todas as vidas passadas.
Em caso algum, pode-se dizer que se faz a escolha de passar à quinta ou não.
Essa decisão não é tomada pela personalidade em encarnação.
Questão: o que você entende por «pureza» da alma?
A pureza da alma corresponde a uma alma que não tem qualquer sombra em si, que é apenas pura Luz.
A clareza, a pureza da alma está em relação com uma alma que apagou, não todo seu carma, mas apagou todas as zonas de sombras, todas as zonas de apegos ao processo encarnante, ao nível da alma.
Uma alma dita «de Luz» é uma alma que trabalhou, suficientemente, no interior de uma personalidade, para pacificar, purificar a personalidade, a fim de que ela não seja mais marcada pelas desordens inerentes à terceira dimensão.
Ora, a personalidade é uma criação da terceira dimensão.
Antes do aparecimento da terceira dimensão, não havia personalidade individualizada.
Havia uma alma coletiva ou uma personalidade coletiva, se preferem.
A partir do momento em que a individualização da alma conduziu ao aparecimento da personalidade – quando da criação de Atlântida – certo número de virtudes desenvolveu-se.
Coisas extremamente positivas – como o sentido da estética, como o sentido do belo, que pertencem à personalidade – mas, também, certo número de tendências, tal como o egoísmo (ou seja, querer tudo relacionar ao seu próprio olhar, agarrar ao seu próprio si mesmo).
Aí está a personalidade.
Agora, num ser humano em encarnação, há pessoas que são dominadas pela própria personalidade.
Há entidades que são dominadas pela alma.
E há, enfim, entidades que são dominadas pelo espírito de verdade.
São coisas extremamente diferentes.
Quando se diz que se escolhe se se permanece na terceira ou se se vai à quinta, a escolha não é, absolutamente, feita pela personalidade, ela é feita num grau altamente superior.
Questão: o «soltar» significa «tudo aceitar»?
Soltar jamais quis dizer aceitar tudo.
No que concerne a algo que não é de natureza espiritual, como uma relação comercial, por exemplo, é questão de combater, porque isso pertence à terceira dimensão.
O soltar está em relação com eventos desejados pelos planos espirituais e não por relações comerciais desarmoniosas.
O soltar corresponde a algo que se desejaria ou que se quereria, muito fortemente, e que não acontece, jamais.
Mas não é a mesma coisa no plano espiritual e no plano humano.
Soltar, poder-se-ia dizer, por exemplo, com referência a uma relação comercial de alguém que não paga o que é devido.
Aí, nós não estamos no soltar, nós estamos na tolice.
É muito importante respeitar os contratos que foram estabelecidos.
O soltar não é, jamais, em relação a um determinado evento ou a uma determinada relação, mas, mais, com o caminho da alma em relação com uma repetição de funcionamentos que devem ser soltos, abandonados, para passar a outra coisa.
Não é, de modo algum, a mesma coisa.
Questão: como pôr-se sob a influência da Divina Providência?
Ah sim, aí, há apenas uma frase, extremamente precisa, para repetir durante o dia, a cada momento, a cada minuto, a cada sopro: «Pai, que sua vontade seja feita e não a minha».
Apenas isso.
Mas, depois, não venham chorar, porque a vontade do Pai nem sempre é a sua.
É, mesmo, frequentemente, ao oposto.
A partir do momento em que se coloca a vida sob a vontade da Luz e não mais sob a vontade da personalidade, naquele momento, a Divina Providência vai tudo implementar para que as coisas sejam as mais fluidas, as mais sincrônicas e entrem numa fluidez total.
Efetivamente, é um conceito espiritual extremamente elevado.
Quando Jesus dizia «será que o pássaro preocupa-se com o que ele vai comer?», Ele tinha completa razão.
Entretanto, quem, hoje, sobre este planeta, é capaz de dizer-se: «eu não me preocupo com o que vou comer amanhã porque nutrir-me-ão».
E, no entanto, a Divina Providência é exatamente isso, em todos os setores da vida.
O que não quer dizer tudo abandonar.
Soltar a vontade pessoal para deixar agir a vontade da Luz em nós não quer dizer não agir, mas entregar-se à Divina Providência é entregar-se à vontade da Unidade, que faz com que a cada minuto se esteja consciente, sejamos guiados por uma vontade superior que vai guiar, orientar nossos passos, nossos pensamentos, nossos reencontros, nossos deslocamentos, nosso futuro.
Não é uma desresponsabilização, ao contrário, é uma responsabilidade extremamente grande.
A Divina Providência não recorre a qualquer intermediário.
É o ser humano que tem um alinhamento total – corpo, alma, espírito – entre a personalidade, entre sua alma e seu espírito.
Estando totalmente alinhado, ele pode ser penetrado e atravessado pela lei de sincronia, que vai pô-lo em relação, em todos os setores de sua vida, com a fluidez, com o que vai ao sentido da vontade divina, enquanto a intercessão pode corresponder a um domínio preciso da vida, a um dado momento, unicamente.
Isso é uma intercessão.
Agora, a Divina Providência corresponde a um caminho extremamente preciso, extremamente em relação com algo que estará em ligação total e direta com essa ressonância espiritual da Luz.
Questão: a personalidade não deve, portanto, ser destruída, mas «alinhada» na ação?
Nem um, nem o outro.
A personalidade – mesmo a personalidade a mais perfeita, a mais humanista, digamos – que não tiver noção de Divindade, que não estiver engajada na abertura à multidimensionalidade do ser, não está aberta à realidade do Pai.
A personalidade deve ser transformada, deve ser transfigurada, realmente, pela energia da alma.
A personalidade, pode-se buscar melhorá-la de múltiplos modos.
Pode-se passar milhares de anos, milhares de vidas a tentar aperfeiçoar o veículo inferior, mas, enquanto esse veículo inferior não é regado pela energia da alma, não pode haver ascensão espiritual.
Toda personalidade, perfeita ou imperfeita, vai encontrar-se confrontada, a um dado momento, à energia da alma.
E isso não é ligado a um grau de aperfeiçoamento, digamos, da personalidade.
Há personalidades extremamente impuras, extremamente vacilantes, que vão deixar-se penetrar pela energia da alma.
Há personalidades perfeitamente realizadas, no sentido em que elas soberbas, sem defeitos, sem sombras, que, entretanto, não são, jamais, penetradas pelas verdades da alma.
A personalidade desenvolve-se num modo horizontal tridimensional, unicamente.
E a personalidade pode ser levada à sua realização de sublimação sem, contudo, ser regada pela energia da alma.
A evolução espiritual não consiste, unicamente, em desenvolver todos os lados positivos da personalidade.
Bem ao contrário, o desenvolvimento espiritual corresponde a deixar penetrar em si a totalidade das energias da alma e do espírito.
Pai, que sua vontade seja feita e não a minha.
Junta-se, sempre, a mesma frase.
Questão: pode-se aceder ao desenvolvimento espiritual com rituais, quer nas tradições hinduístas ou outras, por exemplo, a prática do rosário?
Isso pertence ao mundo passado, caro amigo
O mundo é movimento e mudança permanentes.
O que foi válido até o século XVI, XVII, não tem, hoje, mais qualquer sentido.
O grau de conhecimento do ser humano, mesmo ao nível de sua personalidade, o grau de abertura espiritual do ser humano, apesar de tudo o que se vê sobre a Terra, é diferentemente mais importante do que o que existia há 300 ou 400 anos.
Assim, entre o período que inaugurou a era dos peixes, até há 300 anos, nós estávamos sob a influência de raios específicos e, em especial, o raio da devoção, ou seja, a obrigação, para a personalidade humana que queria religar-se à sua alma, de fazer privações, de fazer rituais, de fazer rosários, de fazer genuflexões, de fazer salamaleques cinco vezes por dia.
Tudo isso está completamente terminado, enquanto o significado foi completamente real, justo e autêntico durante numerosos milênios.
Hoje, é solicitado para estar alinhado com a alma e o espírito.
Hoje, é solicitado para ir adiante, ir para essa multidimensionalidade, para esses contatos espontâneos que não se importam com rituais.
Isso está completamente superado, fora de moda, eu diria, mesmo, contrário à evolução espiritual, que é liberação e mestria, e não escravidão a coisas do passado, quaisquer que sejam.
A única coisa que não pertence ao passado, porque é uma verdade imutável, transcendente no tempo, quaisquer que sejam as galáxias ou os mundos em encarnação ou não, são os alfabetos sagrados, ou seja, o alfabeto hebreu e da cabala autêntica e, também, o alfabeto sânscrito.
Mas todas as aplicações da Lei – seja a Torah, sejam os rituais hindus ou tibetanos – são uma heresia.
«Pai, que sua vontade seja feita e não a minha».
Isso não é um ritual.
É uma afirmação.
Eu sou Um.
Eu estou unido.
Eu sou Deus.
Eu e meu Pai somos Um.
Aí está!
Questão: que acontece para as almas que se suicidam?
O resultado é extremamente diferente, de acordo com a origem e a procedência da alma e do espírito.
Há suicidas para os quais o suicídio não provoca qualquer consequência desagradável, porque essas almas eram suficientemente etereadas para que elas se juntem à Luz, instantaneamente, nos planos os mais altos.
Há almas que se suicidam e que buscaram, pelo suicídio, escapar de algo que elas haviam previsto resolver quando da vida em curso.
Cada caso é diferente.
Assim, frente ao suicídio, não há conduta única.
Isso depende da origem da alma e da origem do espírito e da causa do suicídio real.
Questão: como não ser afetado pelo desenvolvimento de violências?
Basta, simplesmente, não resistir à Luz e à energia que vem.
As manifestações de violência são ligadas apenas à resistência da terceira dimensão à emergência da quinta dimensão.
A violência é apenas a resistência da terceira dimensão ao advento da quinta, que é o advento da energia da alma, da Luz autêntica.
Agora, como resistir a isso?
Estando cada vez mais na aceitação da energia da quinta dimensão em si.
Não se esqueça de que essa violência onipresente é, também, uma importante parte, presente em vocês.
Convém, para isso, estar cada vez mais consciente dessa energia de quinta dimensão, aceitá-la, integrá-la e deixar a ela todo seu lugar em vocês.
Aí está o único modo de estar em acordo com o que vem.
Questão: como pôr-se em harmonia com essa energia de quinta dimensão?
Bem, é muito simples: parando de compreender e de conceituar.
Estando aqui e agora, presente a si mesmo, à vida, a tudo o que faz a vida a cada minuto, estar consciente a cada instante.
Isso basta.
Não há necessidade de compreensão.
Não há necessidade de conceituação.
Não há necessidade de construção intelectual ou mental.
Basta deixar fazer.
É tão simples assim.
Basta ser si mesmo.
Ser si mesmo não é uma técnica.
Estar no instante não é uma técnica.
É, eventualmente, uma atitude de espírito.
É além da compreensão.
É além de construções, de conceituações.
É, unicamente, estar aí.
«Pai, que sua vontade seja feita» e a Luz desce.
Estar presente no instante.
Estar no instante presente.
A quinta está aí.
Questão: qual é a diferença entre o pedido de graças e a graça imotivada?
Pedir uma graça é um evento pontual em relação a um fato preciso, um evento preciso, esperado, ou que deve sobrevir.
Agora, a ação de graça ou a graça inesgotável é um estado no qual entra um indivíduo que está totalmente alinhado, corpo/alma/espírito, que não está mais submisso à lei de ação/reação (o que os orientais chamaram, em seu tempo, os bodhisattva ou o estado de budidade), na qual a ação, qualquer que seja, na qual o pensamento, qualquer que seja, não é mais guiado pela ação/reação, mas, justamente, pela ação de graça, ou seja, pela felicidade divina.
O ser humano que atingiu esse grau de realização é implacável, permanentemente, portanto, sujeito a essa lei de graça inesgotável ou ação de graça, ou seja, tudo o que ele empreende é de natureza divina e não mais egoica, pessoal.
É sempre permitido pedir.
E é necessário pedir.
Os mundos ditos superiores, os mundos multidimensionais são sensíveis apenas à dimensão do coração e à dimensão do éter, ou seja, a algo que não conhece o mundo mental.
Eventualmente, pode-se ali chegar pelo pensamento claro, justo, preciso, mas ilustrado pela vontade da Luz e, portanto, pela dimensão do coração.
Absolutamente não por uma construção mental ou uma técnica.
Questão: como saber se a oração está ao nível do coração ou do mental?
A diferença é essencial.
Ela se diferencia, unicamente, através da vibração.
Quando se está no mental, está-se aqui (Aïvanhov faz gesto de mostrar a cabeça); quando se está no coração, está-se aqui (gesto de mostrar o coração).
Quem fala?
A cabeça ou o coração?
A oração feita com o coração, o pedido feito com o coração é ouvido instantaneamente no mais alto dos céus, mesmo se a resposta não seja «positiva».
O pedido ou a oração que permanece na cabeça não ultrapassa a cabeça.
Todo pedido que é feito com o mental, o intelecto ou uma técnica não é, jamais, recompensado.
Apenas o pedido desinteressado, autêntico, feito com o coração é ouvido, não necessariamente aceito, entretanto, ouvido.
O melhor modo de não se enganar: «Pai, que sua vontade seja feita, e não a minha».
Há uma técnica que se chama a oração do coração, tanto junto a São Francisco de Assis como junto a outros santos.
Eu não falo dessa oração do coração.
Eu falo de orar com o coração.
Não é, de modo algum, a mesma coisa.
A oração do coração, tal como ela é entendida etimologicamente, corresponde a algumas orações que foram dadas por São Francisco de Assis e por São João da Cruz, mas, também, por Santa Teresa D’Ávila.
Está-se, ainda, no tempo antigo.
Não se está na oração do coração.
Está-se no pedido autêntico do coração.
Não é, de modo algum, a mesma coisa.
Questão: por que, na descorporação, tem-se a sensação de estar desengajado da noção do tempo?
É uma constante habitual, assim que se escapa da linearidade do tempo da terceira dimensão.
Todos os seres que acedem ao estado multidimensional observaram e viveram essa saída da linearidade do tempo, e a capacidade, ao mesmo tempo, de agir na quinta e em outras dimensões e estar presente em diferentes pontos da terceira dimensão.
Isso é perfeitamente lógico e, mesmo, a garantia, a certeza do que é vivido.
Bem, caros amigos, eu lhes agradeço.
E eu lhes desejo uma boa noite em seus espaços terrestres.
E eu lhes aporto, como de hábito, toda a minha bênção.
E eu lhes digo até a próxima vez.
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Tudo isso não é feito para dar-lhes medo, não é feito para induzi-los numa psicose, mas, realmente, para fazer o ser humano tomar consciência de que todas as escolhas que ele empreende não estão na lógica da vontade do Pai, da vontade da Luz, bem ao contrário <> Quando se diz que se escolhe se se permanece na terceira ou se se vai à quinta, a escolha não é, absolutamente, feita pela personalidade, ela é feita num grau altamente superior <> O soltar não é, jamais, em relação a um determinado evento ou a uma determinada relação, mas, mais, com o caminho da alma em relação com uma repetição de funcionamentos que devem ser soltos, abandonados, para passar a outra coisa <> A partir do momento em que se coloca a vida sob a vontade da Luz e não mais sob a vontade da personalidade, naquele momento, a Divina Providência vai tudo implementar para que as coisas sejam as mais fluidas, as mais sincrônicas e entrem numa fluidez total <> O melhor modo de não se enganar: «Pai, que sua vontade seja feita, e não a minha».
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